Aula 3

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• Quando a gente pensa em um processo de separação desse tipo, vai ter uma fase

(líquida ou vapor), e o caso mais geral envolve um trocador de calor e uma


válvula
• Se envolve uma válvula, significa que se quer abaixar a pressão, então se quer
gerar vapor, então a alimentação geralmente é líquida
• Se não envolve válvula, e sim um condensador parcial, a alimentação pode ser
vapor
• Caso mais geral: alimentação líquida; Variáveis de entrada: vazão, composição,
temperatura e pressão, e a partir dessas variáveis é possível usar um modelo
termodinâmico para calcular a entalpia dessa corrente a partir de uma regra de
mistura e entalpia dos puros
• Trocador de calor: tem um calor envolvido
• Válvula é adiabática, porque se foi proposta uma máquina térmica antes não faz
sentido trocar mais calor com a vizinhança
• A condição de estado dessa corrente é perturbada trocando calor com a
vizinhança e reduzindo a pressão
• Na corrente representada depois da válvula e antes do tanque, já tem duas fases
criadas
• É proposto um tanque de separação (tambor de “flash”) simplesmente para fazer
a separação das fases, evitar que o vapor arraste gotículas de líquido e que o
líquido carregue bolhinhas de vapor, e ter essa melhor separação possível
garantindo ao mesmo tempo um volume de líquido no tanque pulmão que
permita manter o processo contínuo em caso de eventual parada
• Corrente vapor em equilíbrio termodinâmico com a corrente líquida, e as
composições são diferentes entre elas (são composições em equilíbrio, mas não
são as mesmas), e são diferentes da composição da corrente de alimentação
• A partir de uma corrente foram geradas duas novas correntes com novas
composições
• Tipo de equipamento: dispositivo de geração de nova fase a partir do estado
físico da corrente de entrada
• Dica: propor uma envoltória que pegue os 3 dispositivos (trocador, válvula e
os tanques), cujas correntes mássicas que cruzam essa envoltória são a
corrente de alimentação, a corrente vapor e a corrente líquida
• Fazer análise de variáveis envolvidas levantando o número de correntes
• Cada corrente traz C + 3 variáveis mais o calor
• Agora, deve-se levantar o número de restrições baseadas no fenômeno que
tá ocorrendo
• Toda vez que se tiver uma envoltória é possível fazer balanços nela
• Pode-se fazer C balanços materiais
• Nesse exemplo, em que foi proposto um balanço global, C-1 balanços por componente
• Balanço de energia representado pelo balanço de entalpia
• ATENÇÃO: Essas entalpias são entalpias de mistura, calculadas a partir de regras de
mistura. Se for uma solução não ideal, a entalpia dessa fase é a média ponderada pela
fração molar das entalpias dos puros mais a entalpia de excesso da corrente. Isso vale
pro HV e pro HL
• Outras equações que podem ser utilizadas:
• As correntes de saída estão em equilíbrio termodinâmico, é possível usar o princípio do
equilíbrio termodinâmico para propor igualdade de pressões das correntes de saída
(equilíbrio mecânico) e igualdade de temperaturas das correntes de saída (equilíbrio
térmico)
• Para cada componente, pode-se fazer a equação oriunda do equilíbrio de fases
(igualdade de potencial químico): o potencial químico do componente na fase vapor
tem que ser igual ao potencial químico do componente na fase líquida. Isso vai levar a
igualdade de fugacidade e, abrindo as fugacidades a partir de uma estratégia fi-fi gama-
fi (mais comum no caso do equilíbrio líquido-vapor), isso dá um modelo para o
coeficiente de equilíbrio
• O modelo relacionando o coeficiente de equilíbrio com temperatura,
pressão e composição das fases e os modelos de entalpia são as
variáveis são as equações auxiliares que teriam que compor o sistema
para substituir essas variáveis em funções das variáveis básicas
(temperatura, pressão e composição das fases)
• Pra cada corrente pode-se propor um somation. O somation tem que
ser obedecido. Tem 3 correntes envolvidas pela envoltória, então pode-
se fazer 3 somations, totalizando 2C + 6 restrições, ou 2C + 6 equações
• Os graus de liberdade são a subtração do número de variáveis pelo
número de restrições
• Que especificações o engenheiro pode fazer?
• Sempre são conhecidos os dados da corrente de entrada
• Pode-se fazer C + 2 especificações da corrente de entrada: vazão de
entrada, temperatura de entrada, vazão de entrada e C-1 composições
(porque a última composição tá amarrada pelo somation)
• Sobram, portanto, duas variáveis a serem selecionadas
• Essas variáveis vão caracterizar diferentes problemas de simulação
• Se especificar pressão e temperatura de saída, tem-se um projeto que vai demandar um
algoritmo de flash isotérmico
• Fração vaporizada (definida como a vazão de vapor sobre a vazão de alimentação), se
for fixada em 0 e a pressão, vai ser necessário usar um algoritmo do tipo Bolha T
• Se fixar a fração vaporizada em 1 e a pressão, vai ter que usar um algoritmo do tipo
orvalho T
• Fração vaporizada 0 e temperatura: algoritmo bolha P
• Fração vaporizada 1 e temperatura: algoritmo orvalho P
• Se fixar o calor do trocador igual a 0 e a pressão (do ponto de vista de equipamento,
fixar o calor igual a 0 significa um flash sem trocador, ou seja, um flash composto por
válvula e tanque, ou às vezes na entrada de uma coluna de destilação só tem a válvula,
aí tem que fazer um cálculo do que essa válvula faz), se essa válvula for adiabática faz-
se o algoritmo flash adiabático
• Voltando com o trocador para o fluxograma, mas o calor trocado no trocador é
especificado e a pressão é especificada: tem-se algoritmo de flash não-adiabático P
• Se é amarrado um valor finito diferente de 0 e de 1 pra fração vaporizada e pra pressão,
tem-se o que se chama de flash P-fi ou flash com fração vaporizada.
• Levanta-se o número de variáveis de uma unidade fazendo uma envoltória dentro
de cada elemento que compõe essa unidade, levantando o número de variáveis
de cada um desses elementos e depois somando todos eles.
• Mas esses equipamentos estão interconectados, porque é um processo (um
dispositivo → tubulação → outro dispositivo), e por essa tubulação que
interconecta diferentes dispositivos num processo, quando se faz separadamente
o número de variáveis, contabiliza-se as variáveis dessa corrente de interconexão
duas vezes, o que não se pode fazer.
• Tem que descontar o número total de correntes de interconexão
• Cada corrente traz consigo C + 3 variáveis, então é necessário subtrair desse
somatório C + 3 vezes o número de correntes redundantes
• Se o processo ou unidade envolve vários dispositivos idênticos que se repetem, é
preciso contabilizar esse número de dispositivos que se repetem. Só que o
número de dispositivos que se repetem é um número. Por exemplo, o número de
pratos em uma coluna representa 1 variável. Deve-se colocar não o número de
repetições, mas sim o número de conjuntos de unidades que tem elementos que
se repetem.
• NA representa uma variável adicional que é uma variável estrutural do
equipamento, o número de elementos que se repetem dentro de uma
unidade.
• Levanta-se o número de restrições/equações de uma unidade como um
todo somando o número de restrições em cada elemento, mas quando
se soma todas as restrições dos elementos individuais o somation de
cada corrente redundante vai ter sido contado duas vezes.
• Se cada elemento tem uma envoltória, o balanço não foi contado duas
vezes. O somation é a única equação que é da corrente envolvida. É o
único que não leva envoltória.
• Então tem que eliminar essas equações.
• O número de grau de liberdade do processo fica somatório de NVe
menos somatório de Nee menos NR que multiplica C + 2 (porque
subtraiu: -3NR + NR, então fica –NR vezes C+2 mais NA).
• Torre de pratos. A torre de pratos não adiabática é uma unidade que tem vários
estágios de equilíbrio empilhados. Mas estágios de equilíbrio são dispositivos
idênticos. As variáveis vão ser diferentes a cada estágio, mas as variáveis
envolvidas e as restrições envolvidas são as mesmas em cada um deles, então do
ponto de vista dessa análise, assume-se equipamentos idênticos.
• Cada estágio de equilíbrio, para recordar, tem 2C+6 graus de liberdade. Se tem N
estágios, quando fizer a soma dos graus de liberdade, vai ter N que multiplica
2C+6. Esse 1 é NA, que representa a variável adicional referente à estrutura do
equipamento. Essa variável é o número de estágios empilhados na coluna.
• Quando se fez o produto NA(2C+6), foram contabilizadas variáveis a mais, que
são NR(C+3), das correntes redundantes, e foram contabilizadas também
equações a mais, que são os somations das redundantes.
• Quantas correntes redundantes se tem em uma coluna com N estágios? A cada
dois estágios de equilíbrio (pensando numa coluna com 2 estágios), tem duas
correntes redundantes: o vapor que sai do prato de baixo e sai pro de cima e o
líquido que sai do prato de cima e desce pro prato de baixo.
• Então numa coluna com 2 estágios tem duas correntes redundantes.
• Numa coluna com 3 estágios vai ter 4 correntes redundantes.
• O número de correntes redundantes é duas vezes N-1. Cada corrente redundante tem
C+3 variáveis contabilizadas a mais e NR, porque pra cada corrente tem um somation.
Da primeira conta feita tem que subtrair esses graus de liberdade.
• Outra maneira de fazer é calcular o número de graus de liberdade dos elementos
individuais e depois calcular o NR da unidade, que é o número de variáveis a mais
menos o número de equações a mais feitas
• Especificações que podem ser feitas:
• Tem duas correntes de entrada: a entrada de líquido e a entrada de vapor na coluna.
Para cada corrente de entrada pode-se especificar 2(C+2).
• Depende do projeto. Se é um projeto de análise de desempenho, significa que a coluna
é existente. A coluna é conhecida, então sabe-se o número de estágios da coluna, então
essa variável é fixada. Se a coluna é não-adiabática, sabe-se o calor trocado. Mas uma
coluna não adiabática é feita porque se quer controlar o calor em cada estágio, então o
calor trocado em cada estágio é especificado. E normalmente há uma especificação
para a pressão de saída e tem a queda de pressão em cada estágio, logo é possível
calcular a priori do projeto a pressão em cada estágio. Essas são as especificações
clássicas em coluna de absorção.
• Tem a seção de absorção, um prato de carga, uma seção de esgotamento, um
refervedor, um condensador total e um divisor de corrente. Aqui é uma coluna
não-adiabática.
• Pra cada um desses dispositivos, menos pro prato de carga, nós já fizemos essa
análise de graus de liberdade.
• Bota uma envoltória em torno de cada elemento separadamente.
• A seção de absorção e a seção de esgotamento são vários estágios de equilíbrio
empilhados, então pode-se falar que a seção de absorção é como se fosse uma
unidade de absorção, e a seção de esgotamento é com se fosse uma unidade de
absorção, e tem o mesmo número de graus de liberdade que em cima. Pode
trata-lo já como uma única envoltória.
• Condensador total já foi visto que tem C+4 graus de liberdade. Divisor de
corrente: C+5. A seção de absorção, ou enriquecimento, foi essa que a gente
acabou de fazer: 2n + 2C + 5 (esse n é o número de estágios da seção de
enriquecimento). Prato de carga fica como exercício, dá 3C+8. Seção de
esgotamento: 2m + 2C + 5 (m é o número de estágios da seção de esgotamento).
n e m são números distintos. O refervedor, que é uma máquina térmica, 2C+4.
• Somando isso tudo dá 2(n+m) + 10C +31. Se for dito que N é o número de estágios da coluna,
ele é a soma do número de estágios na seção de absorção, o número de estágios na seção de
esgotamento, mais o prato de carga. Então n + m é o N total menos o prato de carga.
• O livro e a apostila incluem as máquinas térmicas parciais no N, então fica um pouquinho
diferente.
• Como foi tudo somado, foi somada coisa demais. Foram somadas tanto variáveis demais como
restrições demais.
• A primeira etapa pra levantar o NRU é o número de correntes redundantes. Quantas correntes
redundantes se tem nesse problema a partir dessas envoltórias que foram desenhadas? 9.
Correntes redundantes são aquelas correntes que cruzam duas envoltórias.
• Quanto maior o processo, mais importante desenhar as envoltórias.
• E as correntes redundantes dentro da seção de absorção e da seção de esgotamento? Quando
se chegou nos graus de liberdade, já foi feita a eliminação delas. É por isso que a unidade toda
foi agrupada em uma única envoltória.
• Por que deu 9C+18, se cada corrente redundante traz consigo C+3 variáveis? Não tinha que dar
9C + 27? Só que o NRU contabiliza as variáveis, mas também tem que descontar as equações a
mais, os somations a mais. Então é 9C+27-9 somations. Basta multiplicar o número de
correntes redundantes por C+2.
• Dando o total de 2N+C+11 variáveis. Assumindo que tudo permite trocar calor. Se a coluna for
não adiabática e o divisor de corrente não adiabático, o 5 vira 4, o 2n e o 2m viram n e m e esse
8 vira 7. Uma coluna não adiabática.
• Especificações:
• C+2 da corrente de carga
• Pressão nos estágios: normalmente a pressão de topo é especificada
• Se a coluna for não adiabática significa que está se colocando trocadores de calor lateral
(tirando a corrente líquida ou vapor fazendo rodar em um trocador e devolvendo pra coluna, e
isso tem algum motivo, então tem que especificar por que se está colocando aquele trocador
ali, então tem que especificar o calor trocado)
• Pressão no condensador e no refervedor
• Pressão no divisor de corrente
• Calor trocado no divisor (se esse divisor não vai ser isolado, tem que dar uma demanda
energética pra ele, o porquê de eu não ter feito isso)
• Alimentar o simulador com o número de estágios (N)
• Ou especifica-se n e m (NA=2) ou se especifica o número total de estágios (N) e a localização do
prato de carga (onde o prato de carga vai se localizar, em qual estágio), então continua tendo 2
NA. Para uma coluna de destilação são 2 NA.
• O mais tradicional é especificar o número total de estágios e a localização do prato de carga.
• Temperatura da corrente de refluxo (a que está voltando para a coluna no topo)
• Vazão de retirada dos produtos D e B
• Fração vaporizada da carga (estado térmico da carga)

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