Módulo 1. Meteorologia I UniGOYAZES
Módulo 1. Meteorologia I UniGOYAZES
Módulo 1. Meteorologia I UniGOYAZES
Sumário
Introdução
Básicos
Atmosfera
3 Dinâmica da Atmosfera
4 Informes Meteorológicos
Referências
Olá, seja bem-vindo e bem-vinda!
Bons estudos!
Introdução
A meteorologia é uma ciência que estuda os fenômenos que ocorrem na atmosfera
terrestre. Quando este conhecimento é voltado para uma área específica como a
aviação, tem-se a meteorologia aeronáutica, sendo esta um estudo prático do tempo
destinado à uma atividade aérea.
Mas por que você sendo um piloto de aeronaves ou um gestor da aviação civil deve
conhecer a meteorologia aeronáutica? Este conhecimento permite planejar melhor
um voo, visto que mediante as informações contidas nos códigos meteorológicos
disponíveis nos espaços apropriados de consulta, você conseguirá analisar o tempo
atmosférico do local de partida, da rota a ser voada e do destino, de modo a evitar
as condições atmosféricas adversas, propiciando um voo seguro e econômico.
3
Aula 01: A Terra no Espaço
1 Introdução
Os astros que giram no espaço podem ser luminosos (têm luz própria), como as
estrelas, e iluminados (que recebem luz de uma estrela), como os planetas e
satélites (Lua). O planeta Terra pertence ao Sistema Solar, cujo centro é o Sol
(estrela), em torno do qual giram pelo espaço os planetas de seus sistemas, todos
iluminados.
O Sistema Solar ocupa uma região próxima à periferia da Galáxia, situada à cerca
de 300.000 anos luz do seu centro. Por ano-luz, unidade que se adotou para facilitar
os cálculos de enormes distâncias, entende-se a distância que a luz, cuja velocidade
é de 300.000 km/seg., percorre em um ano. Essa distância é equivalente a 31
trilhões de quilômetros. Uma outra unidade utilizada é o parsec, que equivale a
3,26 anos luz.
O Sistema Solar é constituído por um conjunto de astros que tem o Sol como
centro e em cujo redor gira um cortejo de planetas, satélites, asteroides e cometas.
Somente o Sol tem luz própria. Os planetas e seus satélites brilham porque
refletem a luz solar.
4
ainda compõe o Sistema Solar os planetas anões Putão, Eris, Makemake,
Haumera e Ceres.
Figura. Beduka. Sistema Solar. Fonte: Domínio Público. Acesso em: 26 ago. 2021.
De acordo com Sussman (2000) o Sol fornece praticamente toda a energia da Terra.
A órbita da Terra em torno do Sol se altera de várias maneiras. Por exemplo, a
inclinação da Terra passa de 21,5 graus para 24,5 graus num ciclo de 41.000 anos.
Um ciclo diferente de 100.000 anos provoca uma mudança de uma órbita quase
circular para uma mais elíptica. Durante os últimos vários milhões de anos, essas
mudanças parecem causar um padrão recorrente de longos períodos de frio com
períodos mais curtos de calor (os interglaciais) que duram de dez a vinte mil anos.
5
2 Movimentos da Terra
Para Milone (2003) isto não acontece em razão da Terra executar em torno de um
eixo imaginário, que vai de um polo a outro, um giro constante sobre si mesma,
completando uma volta de Oeste para Este, em 23 horas, 56 minutos e 4 segundos.
Este movimento de rotação terrestre, cuja velocidade máxima é atingida no
Equador (1.666 km/h) é responsável pelo fenômeno dos dias e das noites.
Os dois pontos da órbita em que a Terra se situa mais próxima e mais distante do
Sol, denominam-se respectivamente periélio e afélio. Esses dois pontos situam-
se na interseção da órbita com o eixo maior da elipse, no mesmo alinhamento com
o Sol e recebem o nome genérico de solstícios.
6
Dois outros pontos, situados ao longo da órbita terrestre, chamados
equinócios, são pontos equidistantes do Sol que se situam a meio caminho entre o
periélio e o afélio.
Para Brandão (1981) o eixo da Terra não é perpendicular ao plano em que ela
descreve o movimento de translação. Ele mantém uma inclinação constante de
66°33’, ou, o que é a mesma coisa, um ângulo de 23°27’ com a perpendicular. Em
consequência disto, o plano que contém o Equador terrestre, mantém com o plano
da órbita, o mesmo ângulo de 23°27’. O plano que assim contém o círculo máximo
terrestre é chamado Eclítica e a inclinação da Eclítica é, pois, de 23°27’.
A inclinação da Terra traz, como consequência, uma variação na duração dos dias
e das noites e ainda, a ocorrência das chamadas estações do ano.
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Figura. Plano de órbita. Fonte: Brandão
(1981).
4 Latitudes Terrestres
Com a Terra no afélio, haverá incidência solar sobre o paralelo de 23°27’N que é o
Trópico de Câncer e o Sol estará tangenciando a Terra no paralelo de 66°33’S,
que corresponde ao Círculo Polar Antártico. Em função de desses paralelos,
temos a destacar as seguintes latitudes:
8
Figura. Brasil Escola.
Esquema dos paralelos da
Terra durante o Solstício.
Fonte: Domínio Público.
Acesso em: 26 ago. 2021.
9
A Meteorologia é um ramo da Geofísica que é uma ciência que trata da física do
globo terrestre e seus estudos abrangem a Litosfera (terra), a Hidrosfera (água)
e a Atmosfera (ar).
Polar Climatologia
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A Meteorologia Aeronáutica tem por finalidade proporcionar aos usuários
segurança e economia. Em sua área de responsabilidade, os serviços se preocupam,
principalmente, com os fenômenos que possam pôr em risco a segurança das
aeronaves. Para isso, é mantido um serviço de vigilância permanente e contínuo,
que difunde boletins sempre que esteja previsto ou tenha sido observado algum
fenômeno perigoso à aviação.
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A atmosfera é fonte do azul que adorna os nossos céus diurnos, fazendo da Terra
um planeta tão inesquecível. É nela que se produzem os crepúsculos multicoloridos
que tanto admiramos. É devido a ela que ocorrem as auroras polares, de
inesquecível esplendor. Nela se formam as nuvens, de caprichosos desenhos, que
vertem a água fertilizante das chuvas. Por outro lado, é nela que, em certas
estações do ano, ocorrem tempestades, com seus raios e relâmpagos fulgurantes,
acompanhados de trovões ensurdecedores.
É através dela que nos comunicamos, ouvimos o canto dos pássaros, o mugido das
ondas que se arrebentam contra os rochedos ou o som das bandas de rock que
curtimos.
É na atmosfera, e por causa dela, que os pássaros voam e que nós nos deslocamos,
sejam em modernas aeronaves a jato, sejam em pequenos aviões monomotores ou
em asas-deltas. Por tudo isso, vale a pena saber um pouco mais sobre ela.
Tolentino (1995) afirma que a observação de que o céu é azul tornou-se corriqueira
e não chama mais a atenção de qualquer pessoa. As cores variadas do crepúsculo
já inspiraram poetas de todas as épocas e culturas. As sombras refrescantes, e
penumbras agasalhadoras já se incorporaram ao nosso cotidiano.
Toletino (1995) explica que no dia 12 de abril de 1961 um fato novo veio lançar
luzes sobre o nosso planeta. Nessa ocasião o astronauta soviético Yuri Gagarin,
pilotando a astronave Vostok I, observou, pela primeira vez na história da
humanidade, durante 108 minutos, o nosso habitat de um ponto de vista muito
especial: praticamente do espaço interplanetário. E uma de suas observações – “a
Terra é azul” – entrou para a história das conquistas do homem.
“A Terra é azul e eu
não vi Deus”
Yuri Gagarin (1961)
Figura. 185 anos Observatório Nacional. 50 Anos da 1ª Viagem do Homem ao Espaço. Fonte:
Domínio Público. Acesso em: 26 ago. 2021.
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A partir de então, os avanços tecnológicos levaram o homem à Lua, de onde a Terra
foi fotografada num crescendo que conquistou as páginas de publicações, ilustrou
artigos e foi capa de revistas. Enfim, a Terra era vista de longe, como um astro
flutuando no espaço, sob a regência de forças que o homem e a sua ciência já haviam
desvendado, descrito e equacionado. O impressionante suave tom azul do nosso
planeta mesclava-se com o branco das nuvens e o marrom-avermelhado das massas
continentais.
O tom azulado da Terra (quando vista do espaço), o céu azul dos dias luminosos, o
colorido variado de alguns momentos do crepúsculo, as sombras pouco densas
projetadas pelos objetos que interceptam a luz do Sol e as penumbras refrescantes
são características próprias do nosso planeta. A capa gasosa da Terra, de natureza
única em nosso Sistema Solar, é a razão de tudo isso. A atmosfera terrestre tem
sido objeto de estudos profundos e se revela, cada vez mais, muito frágil e
importante para a existência e a sobrevivência da vida tal como a conhecemos.
3 Características da Atmosfera
A atmosfera é uma massa gasosa inodora e incolor que envolve a superfície do globo
terrestre, estendendo-se por cerca de 800 km acima da superfície. Em comparação
com o raio da Terra, que é aproximadamente de 6.600 km, é uma camada muito
fina. Na verdade, a maioria dos gases está concentrada em uma camada de cerca
de 6 km, acima da superfície da Terra (TOLENTINO, 1995).
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No entanto, entender a atmosfera e prever a ocorrência dos fenômenos
meteorológicos que nela acontecem, é muito difícil, visto que existem interações
entre a chegada e a saída de energia.
Uma vez que as condições do manto gasoso que envolve o nosso planeta passam
por alterações conforme a altitude considerada, a composição da atmosfera pode
variar bastante. O problema complica-se mais ainda quando se leva em conta a
entrada para a atmosfera de componentes estranhos, provenientes de atividades
naturais do nosso planeta ou resultantes de processos vitais ou tecnológicos
implantados na sua superfície. Portanto, para fixar algumas condições é usual a
composição do ar limpo e seco. O conceito de ar limpo abrange, nesse caso, a
ausência de substâncias ou materiais estranhos.
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certos compostos químicos produzidos pelo homem, tais como o sal marinho, as
queimadas, a fuligem ou, a fumaça das fábricas e dos automóveis que podem afetar
a visibilidade, mas ajudam na condensação, para a formação das nuvens e da
precipitação, agindo como núcleos higroscópicos, núcleos de condensação,
aerossóis ou litometeoros (conhecidas como impurezas sólidas).
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A composição do ar se mantém invariável até, mais ou menos, 70km de altitude.
Entre esse nível e 130 km os raios ultravioletas rompem e separam a molécula de
oxigênio, aumentando a proporção desse gás, chegando a aproximadamente 34%,
diminuindo a quantidade de nitrogênio para 66%. A partir de 300 km de altitude,
começa a ionização do nitrogênio, e mais acima o gás alcança a proporção de 80%,
passando a quantidade de oxigênio a ser de 20%.
Por outro lado, alguns de seus componentes funcionam, devido à sua natureza
química, como um filtro eficiente: eles vedam a passagem de uma parcela da
radiação solar (radiação ultravioleta) nociva à vida, interceptam as partículas
ionizantes presentes na radiação cósmica (que poderiam provocar efeitos
indesejáveis em animais e vegetais) e bloqueiam pequenos meteoritos (estrelas
cadentes), que são queimados antes de atingirem a superfície da Terra.
1Durante os três primeiros bilhões de anos, as bactérias foram os únicos organismos que habitaram
o planeta. Num período ainda inicial da história dessas bactérias, elas já haviam inventado um
modo de absorver a energia da luz do Sol e de armazená-la sob forma química como açucares. No
que diz respeito aos seres vivos, essa é provavelmente a única reação química importante. Nós a
chamamos de “fotossíntese”, que significa “agregar com luz”.
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protetora, espécie de manto térmico isolante que garante ao nosso planeta uma
temperatura bem acima da que ele teria se não houvesse atmosfera. A superfície
da Terra apresenta uma temperatura média de 15 graus Celsius; se o efeito
protetor não existisse, provavelmente a temperatura seria da ordem de 33 graus
Celsius negativos (-60°F) e o nosso mundo seria um planeta gelado, com sua crosta
coberta por gelo e neve.
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procurando regiões mais calmas, que permitam uma navegação tranquila e
confortável aos passageiros. Em alguns casos, a navegação aérea supersônica
utiliza os limites inferiores da Estratosfera, onde a maior rarefação do ar diminui
o atrito da aeronave com a atmosfera, atenuando efeitos mecânicos, aerodinâmicos
e mesmo térmicos. Tem uma subcamada capaz de absorver raios ultravioleta, a
Ozonosfera (cerca de 25 a 30 quilômetros da superfície terrestre) que
detalharemos mais à frente.
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(vento solar) ou do espaço (radiação cósmica), provoca a ionização de átomos e
moléculas, formando radicais e íons, principalmente por perda de elétrons.
19
Figura. Reflexão das ondas curtas de
radiofrequência na ionosfera. Tolentino (1995).
Importante:
Para efeitos de ANAC/ICAO – Anexo 3, considere a ordem
crescente das camadas atmosféricas:
Troposfera ou baixa atmosfera
Tropopausa
Estratosfera
Ionosfera ou Termosfera
Exosfera
4 Propagação do calor:
É a forma como o calor se propaga entre os corpos para manter o equilíbrio térmico.
De acordo com Sonnemaker (2017) A propagação térmica se dá de QUATRO
formas distintas:
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5 Calor específico:
É a quantidade de calor necessário a uma substância, para aumentar em um grau
Celsius, um grama de sua massa.
6 Caloria:
É a quantidade de calor necessária para aumentar de 14,5ºC para 15,5ºC, um
grama de água destilada sob pressão normal.
PARÂMETROS RAZÃO
TEMPERATURA E ALTITUDE (TROPOSFERA) INVERSA
TEMPERATURA E LATITUDE INVERSA
TEMPERATURA E DENSIDADE INVERSA
TEMPERATURA E PRESSÃO INVERSA
8 Inversão térmica:
Uma característica da troposfera é a diminuição da temperatura com a altitude
numa razão de 2ºC para cada 1.000 pés, no entanto, quando por alguma razão a
temperatura aumentar com a altitude tem-se uma inversão térmica, ou seja, a
temperatura aumenta com a altitude. O efeito estufa é um exemplo de inversão
térmica, assim como o céu com a presença total de nuvens que absorvem a radiação
infravermelha não permitindo o resfriamento da terra durante a radiação
terrestre.
9 Termometria:
É a medição da temperatura. Existem duas escalas termométricas:
a) Relativas:
• Celsius ou Centígrados (ºC): o ponto de congelamento da água é zero grau
e o ponto de fervura são cem graus. A escala está divida em cem partes.
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• Fahrenheit (ºF): o ponto de congelamento da água tem valor de 32 graus e
o de ebulição 212 graus. É dividida em 180 partes.
b) Absolutas:
Indicam as temperaturas onde não há mais agitação molecular, portanto, não há
calor.
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Temperatura 15ºC ou 59ºF
Pressão 1013,25hPa; 29,92 pol. Hg; 14,69 PSI; 76cm Hg;
760mm Hg.
4 Cálculo da ISA:
ISA = 15 – 2 N (nível de voo ou elevação)
1000
Exemplo:
Calcule a ISA para o FL 055
ISA = 15 – 2 (5500/1000)
ISA = 15 – 2 (5,5)
ISA = 15 – 11
ISA = 4ºC
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1 Definição:
Pressão é a força exercida por unidade de área F/A. A pressão atmosférica é a força
que o ar exerce por meio da gravidade sobre a superfície terrestre. A força da
gravidade é maior nos polos do que no equador, exercendo, portanto, maior pressão
nos polos.
2 Superfícies isobáricas:
São superfícies imaginárias ao longo da atmosfera, dispostas paralelamente,
superpostas entre si no sentido vertical (uma em cima da outra) e que mantém o
mesmo valor de pressão. A pressão atmosférica varia constantemente, de acordo
com outros parâmetros como umidade, densidade e principalmente a temperatura
do ar. As isóbaras são linhas que representam as superfícies isobáricas e unem
valores de mesma pressão atmosférica, são traçadas, convencionalmente, de 2 em
2 hPa’s pares.
PARÂMETROS RAZÃO
PRESSÃO E TEMPERATURA INVERSA
PRESSÃO E ALTITUDE INVERSA
PRESSÃO E UMIDADE INVERSA
PRESSÃO E DENSIDADE DIRETA
PRESSÃO E LATITUDE DIRETA
4 Medidores da pressão:
A pressão atmosférica é medida nos Barômetros, registrada nos Barógrafos ou
Microbarógrafos. As unidades de medida da pressão são o PSI, a Pol. Hg (in Hg),
cm de Hg, mm de Hg ou hPa (hectoPascal – a mais usada).
Os barômetros podem ser:
a) Hidrostáticos ou de Mercúrio:
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b) Aneróides ou Metálicos:
5 Sistemas de pressão:
5.1 Fechados
DIVERGENTE
CENTRO DE ALTA ANTICICLÔNICO
BOM TEMPO
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CONVERGENTE
CENTRO DE BAIXA CICLÔNICO
MAU TEMPO
a) Crista ou cunha
b) Cavado
Sistema de duas altas e duas baixas pressões. Ventos fracos e variáveis de direção.
6 Cartas sinóticas:
São cartas prognosticadas que identificam os centros de pressão tanto de alta
quanto de baixa.
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Aula 07: Altimetria
1 Definição:
Altimetria vem a ser a técnica de se usar o altímetro (instrumento de bordo
responsável pela indicação de distâncias verticais).
Botão seletor
3 Ajustes altimétricos:
a) QNH: é a pressão de um local introduzida no altímetro que fará com que o
instrumento indique, em relação ao nível médio do mar, a altitude oficial do
aeródromo, quando a aeronave estiver decolando ou pousando. O QNH deverá ser
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ajustado no altímetro ao se cruzar o nível de transição. É utilizado para FINS
AERONÁUTICOS.
4 Erros altimétricos:
Uma aeronave que voa de uma zona mais quente para uma zona mais fria terá sua
altitude verdadeira diminuída à proporção que se aproxima da zona fria. O inverso
acontece, se uma aeronave voar de uma zona mais fria para uma mais quente. Em
ambos os casos, o altímetro manterá a mesma indicação do nível de voo, mas
somente do ponto em que a temperatura e a pressão forem as padronizadas é que
a aeronave estará na altitude correta da indicação do altímetro.
Os erros
altimétricos podem ser instrumentais ou técnicos ou
meteorológicos.
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a) Erros instrumentais ou técnicos:
ERROS CARACTERÍSTICAS CAUSAS
b) Erros meteorológicos
• Erro de pressão para mais, pois a pressão ao nível do mar (1018) é maior
que a padrão (1013).
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• Erro de indicação para mais, ou seja, o altímetro indica um valor maior
do que a realidade da aeronave. Valor indicado 5.000 pés, enquanto que a
altitude é de 4.850 pés.
Dados:
31
1 Passo: Calcular a temperatura ISA para o FL.
4 Passo: Observar que se a temperatura do ar for mais quente que a ISA para o
nível, você deverá somar (ao valor da altitude pressão), pois, o ar quente se
expande, ocupando um volume maior. Caso a temperatura do ar seja mais fria no
nível do que a ISA, você deverá subtrair, porque o ar frio provoca a contração das
moléculas do ar, diminuindo o volume ocupado por estas moléculas.
2 x 5 = 10
15 (ISA no mar) – 10 = + 5ºC
Temperatura do ar ISA
Resumindo:
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• Erro de indicação para menos, ou seja, o altímetro indica um valor menor
do que a realidade da aeronave. Valor indicado 5.000 pés, enquanto que a
altitude da aeronave é de 5.200 pés;
• Condição de voo seguro porque a aeronave está voando acima da altitude
pressão indicada.
ALT = AP + ou – VALOR D
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4 Passo: Jogar o erro de temperatura (valor em pés) na altitude:
2 Performance:
A altitude densidade elevada afeta principalmente a decolagem. Assim, quanto
menor a densidade do ar maior será a altitude densidade, menor será a sustentação
e a corrida de decolagem (pista) aumentará. A altitude densidade varia na razão
inversa da densidade e direta da temperatura e da altitude. Veja:
AD = TEMPERATURA/ALTITUDE
DENSIDADE
Os elementos da performance que a AD afeta são:
• Sustentação
• Corrida na Decolagem
• Razão de Subida
• Potência Disponível
• Potência Necessária
• Carga embarcada
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Resumo da Performance
AD ELEMENTOS PERFORMANCE
3 Fórmula:
A altitude densidade poderá ser calculada com o auxílio do computador de voo,
porém, para os cálculos de meteorologia, existe uma fórmula básica para calcula-
la:
AD=AP + 100 X (d)
onde temos:
AD = Altitude Densidade
AP = Altitude Pressão ou elevação do aeródromo
100 = É uma constante na fórmula
d = É a diferença existente entre a temperatura atual e a temperatura padrão para
a AP considerada.
4 Exemplos:
a) Uma aeronave voa no FL 080 com temperatura de +10ºC. Qual a sua altitude
densidade?
Resposta: 9100 FT.
35
Figura. A altitude
decresce quando o
avião vai para uma
região de ar frio.
Fonte: Monteiro
(1989).
5 Densidade do Ar e Velocidades:
5.1 Velocidade Aerodinâmica (VA ou TAS):
VA = TEMPERATURA/ALTITUDE
DENSIDADE
Variação da VA:
a) Com a altitude:
b) Com a temperatura:
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5.3 Número de Mach:
VA / TAS
a
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Quantidade de vapor d’água e teor de umidade
0% ................... ar seco
1% a 2% .......... ar úmido
3% ................... ar super úmido
4% .................. .ar saturado
b) Condensação:
c) Sublimação:
d) Congelação ou solidificação:
e) Fusão:
É a passagem do estado sólido para o estado líquido. Exemplo: flocos de neve e
pedras de gelo que passam para o estado líquido.
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Nota: é importante ressaltar que a água (sólida) quando recebe/ganha calor ela
muda de estado até chegar ao vapor e em contrapartida quando ela libera/perde
calor em seu estado de vapor ela votará para o estado sólido.
O peso de uma molécula de vapor d’água é igual a 5/8 de uma molécula de ar seco.
Ar saturado:
• Nitrogênio = 75%
• Oxigênio = 20%
• Argônio = 0,90%
Resumo:
AR SECO MAIS PESADO, MAIS DENSO
AR ÚMIDO OU SATURADO MAIS LEVE, MENOS DENSO
Nota: Não confunda temperatura e umidade, podemos ter ar seco quente (deserto)
ou ar seco frio (polos), assim como podemos ter ar úmido e quente (Amazônia) ou
ar úmido e frio (Londres).
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Duas aeronaves do mesmo tipo e peso irão decolar de um mesmo aeródromo em
momentos diferentes. A primeira decolará às 07:00 horas (local), com a umidade
bastante elevada. Já a segunda irá decolar às 12:00 horas com ar mais seco.
Analisando-se o desempenho de cada uma das aeronaves e desprezando o efeito da
temperatura, temos que:
Conclusão:
AR ÚMIDO OU DENSIDADE MENOR VA MAIOR
SATURADO MENOR SUSTENTAÇÃO
AR SECO DENSIDADE MAIOR VA MENOR
MAIOR SUSTENTAÇÃO
U. A = Massa de vapor
Volume de ar
Exemplos:
1) Um determinado volume de ar atinge a saturação com 80 toneladas de vapor
d’água e num dado momento só apresenta 40 toneladas, então, a umidade relativa
deste volume, naquele momento é de 50%.
40
X = 50%
Quanto maior for a diferença entre as temperaturas, mais seco estará o ar.
9 Ciclo Hidrológico:
É processo pelo qual a água circula da superfície para a atmosfera por meio da
evaporação e retorna da atmosfera para a superfície por meio da precipitação.
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10 Instrumentos:
HIGRÔMETRO Mede a Umidade Relativa.
HIGROTERMÓGRAFO Registra a temperatura do ar e a umidade relativa*.
PSICRÔMETRO Mede a temperatura do ponto de orvalho,
termômetros de bulbo seco e úmido*.
TELPSICÔMETRO Mede eletronicamente a temperatura do ar e do
ponto de orvalho**
* Instrumentos instalados no abrigo meteorológico.
** Instrumento instalado ao longo da pista de pouso e decolagem.
Referências
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https://beduka.com/blog/materias/fisica/o-que-e-sistema-solar/. Acesso em: 26 ago. 2021.
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https://brasilescola.uol.com.br/geografia/paralelos-meridianos.htm. Acesso em: 26 ago.
2021.
BRASIL ESCOLA. Esquema dos paralelos da terra durante o solstício. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/a-relacao-entre-latitude-clima.htm. Acesso em:
26 ago. 2021.
FERREIRA, Artur Gonçalves. Meteorologia prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2006.
MILONE, André de Castro. Capítulo 1: a astronomia no dia-a-dia. São José dos Campos:
INPE, 2003.
MONTEIRO, Manoel Agostinho. Capítulo 4: Navegação Aérea. In: Piloto Privado – Avião.
2 ed. Rio de Janeiro: IAC, 1989.
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RESEARCHGATE. Barômetro de mercúrio. Disponível em:
https://www.researchgate.net/figure/Figura-19-Barometro-de-mercurio-A-pressao-
atmosferica-na-superficie-do-mercurio_fig2_323667774. Acesso em: 28 ago. 2021.
SONNEMAKER, João Baptista. Meteorologia. 32. ed. ver. E atual. São Paulo: ASA, 2017.
SOUZA, Walkir Barros de. Capítulo 2: Meteorologia. In: Piloto Privado – Avião. 2 ed. Rio
de Janeiro: IAC, 1989.
SUSSMAN. Art. Guia para o planeta terra: para terráqueos de 12 a 120 anos. São Paulo:
Editora Cultrix, 2000.
TOLENTINO, Mario; ROCHA FILHO, Romeu C.; SILVA, Roberto Ribeiro da. A atmosfera
terrestre. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
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2021. Todos os direitos reservados.
Produção editorial e revisões: Esp. Tammyse Araújo da Silva
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