Contratacao Publica de Cooperativa de Catadores
Contratacao Publica de Cooperativa de Catadores
Contratacao Publica de Cooperativa de Catadores
Salvador
INSPIRARIDEIAS
2012
FUNDACIÓN AVINA, 2012
EQUIPE TÉCNICA APRESENTAÇÃO
COOPER REGIÃO O Programa CATA AÇÃO é um modelo de intervenção socioeconômica local,
Helisa Padilha Anselmo - Socióloga realizado a partir de ações de integração social e organização produtiva. As ações
Vanessa Alves de Souza - Assessoria e Consultoria
Verônica Cardoso Costa - Diretora Financeira visam contribuir para a sustentabilidade econômica e a cidadania plena de cata-
Zaqueo Vieira - Diretor Presidente dores e suas famílias através de uma melhor integração na cadeia produtiva, no
Marilys Garani - Assistente Social da Prefeitura
Municipal de Londrina desenvolvimento de opções de geração de trabalho e renda no contexto da
economia solidária e do fortalecimento dos laços comunitários e de solidariedade.
Fundación AVINA
Anna Romanelli - Gestora Nacional do Tema de Reciclagem O Programa é fruto da parceria entre o Movimento Nacional dos Catadores de Ma-
Fernanda Ferreira - Coordenadora Geral do Programa CATA AÇÃO teriais Recicláveis (MNCR), o Banco Interamericano de Desenvolvimento, através do
Oscar Fergutz - Gestor Regional do tema de Reciclagem
Tatiane Negrão - Coordenadora Administrativo-Financeiro Fundo Multilateral de Investimentos (BID/FUMIN) e do Departamento de Água e Sanea-
do Programa CATA AÇÃO mento, o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a Fundación
Programa CATA AÇÃO - Comitê Gestor AVINA, a Coca-Cola Brasil e a Organização Intereclesiástica de Cooperação para o
Ismael Gilio - BID/Fomin Desenvolvimento (ICCO).
Victor Bicca e Flávia Neves - Coca-Cola Brasil
Waldemar de Oliveira Neto - Fundación Avina É interesse dos parceiros, executores e financiadores do Programa CATA AÇÃO
Severino Lima Júnior - MNCR que iniciativas sociais bem sucedidas sejam sistematizadas e difundidas como
INSPIRAR ideias e ideais tecnologia social para serem amplamente replicadas e revalidadas pelas
(projeto editorial e gráfico) cooperativas e organizações de apoio.
Nena Oliveira - Coordenação Geral
Diogo Lula | Nena Oliveira - Projeto Gráfico Essa publicação é o primeiro volume da Série CATA AÇÃO que visa contribuir com
Nathiara Damásio - Finalização
a disseminação de metodologia e boas práticas no tema da reciclagem.
Eneida Santana - Revisão
Tereza Soares - Produção
C764 Contratação pública municipal de uma cooperativa de catadores: o caso da Cooper Região
– cooperativa de catadores de materiais recicláveis da região metropolitana de Londrina - PR.
/ Fundación Avina [et al.]. – Salvador: Inspirar Ideias, 2012.
72p. il. graf. tab. ( Série CATA AÇÃO; v.1)
ISBN: 978-85-66436-00-6
CDD 363.728
Um desses 20 catadores, o Sr. Zaqueo Vieira, foi quem, durante a assembleia, sugeriu o
4. História da COOPER REGIÃO 18
nome COOPERSIL e todos os presentes concordaram com a ideia de que esse seria o nome
que, simbolicamente, traria novas realizações às suas vidas. E a COOPERSIL, a partir desse
CAPÍTULO II - SISTEMATIZAÇÃO OPERACIONAL DA COOPER REGIÃO 25
dia, trilhou o caminho para o reconhecimento da importância de seu trabalho.
1. Institucional 27
No entanto, em fevereiro de 2012 a cooperativa recebeu uma notificação extrajudicial que
solicitava a suspensão do nome em uso. A notificação foi enviada por uma cooperativa agríco- 2. Operacional/Produção 29
la do Estado de Goiás que também havia se constituído em 2009 e, por coincidência, também
3. Administrativo 31
havia escolhido o nome COOPERSIL. Como essa cooperativa agrícola já havia realizado o
registro da marca COOPERSIL, a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Lon-
4. Financeiro 32
drina passou, a partir do dia 15 de maio de 2012, a utilizar o nome COOPER REGIÃO, mais uma
vez escolhido por seus cooperados em assembleia geral. 5. Características Mercadológicas 40
Esse novo nome, COOPER REGIÃO, será agora o responsável por representar a Coope- 6. Principais Dificuldades 41
rativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Londrina e as conquistas do trabalho de seus
7. Utilidade Pública 44
catadores cooperados. E é o nome que estará representando toda a história da Cooperativa,
mesmo enquanto ainda era reconhecida como COOPERSIL, nesta publicação.
8. Parceria Público Privada 45
9. Metas 48
TABELAS 63
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
1
BREVE HISTÓRICO DO MUNICÍPIO
Avanço do
Desmatamento
no Estado do
Paraná.
Fonte: SEMA,
2009.
8 9
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
2
Neste período, apresentou rápida expansão rural e diversos investimentos
repercutiram na área urbana em razão da produção cafeeira no norte do Para- HISTÓRIA DA COLETA SELETIVA
ná, ficando conhecida como a Capital do Café. Após a geada da década de 70
se reinventou para ser a cidade que mais cresceu verticalmente durante a crise
A coleta seletiva existe desde 1996, em Londrina, e até
dos anos 80.
o início de 2001 era realizada através do sistema porta
a porta por caminhões da Prefeitura. Ampliada gradati-
Crescimento
500000
vamente, atendeu 30.000 domicílios no ano de 2000, o equivalente a 20,05% de
Populacional de
450000 um total de 149.593 domicílios, segundo o Censo Demográfico 2000 do IBGE.
Londrina.
350000
Fonte: SEMA,
300000 Nessa época, o material coletado era enviado para uma central de triagem
2009.
250000 operada por trabalhadores que recebiam um valor fixo pelo trabalho realizado;
200000
eram as chamadas “frentes de trabalho”. O local definido para este primeiro
150000
100000 barracão foi um galpão existente no aterro de lixo da cidade. Lá, os materiais
50000 eram triados, selecionados e estocados para venda (LIMA, 2007). Posterior-
0
mente, um barracão foi construído na Chácara São Miguel e equipado com
1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996 2000
prensas, balança eletrônica e um escritório com telefone, mesas, máquinas de
Pop. Urbana Pop. Rural Pop. Total escrever e calcular, banheiros e refeitório.
10 11
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
3
[1] Em março de 2001, o Ministério Público obrigou a Prefeitura a retirar 60
HISTÓRICO DAS ONGs DE RECICLAGEM catadores do lixão e nesse momento houve a assinatura do Termo de Ajuste de
Conduta (TAC) para a inserção desses catadores no programa de coleta sele-
tiva (LIMA, 2007). Após a assinatura do TAC, foi implantado o Programa “Reci-
Apesar da coleta seletiva em Londrina existir desde 1996,
clando Vidas” que colocou Londrina em destaque, por incluir os catadores do
a inclusão dos catadores só aconteceu em 2001 quando
lixão e os que coletavam nas ruas em um processo organizado por associações
eles foram estimulados a se organizarem em ONGs - Orga-
de catadores através das ONGs. Esse processo não teve êxito por demandar
nizações Não Governamentais, fato que preconizou o processo de descentrali-
das ONGs conhecimento dos procedimentos administrativos e de gestão, no
zação e formalização institucional da atividade de coleta seletiva no município.
entanto, estas continuaram responsáveis pela coleta porta a porta domiciliar,
Diante do novo cenário, a Prefeitura realizou um treinamento para a formação pela triagem e pela recolocação de materiais recicláveis no mercado.
das ONGs e organizou o trabalho através do sistema porta a porta com a proposta
Após três meses, o programa Reciclando Vidas atendia 25% da co-
de entrega do saco verde, que deveria ser distribuído aos domicílios participantes
leta seletiva de Londrina, com recolhimento de 09 toneladas de resíduos
da coleta. Todo o processo de criação das ONGs foi apoiado e orientado pela co-
sólidos ao dia.
ordenação de um antigo projeto da Prefeitura de Londrina chamado 1000 ONGs
- que oferecia suporte e orientação técnica para a criação de ONGs.
Com a ampliação da coleta seletiva, os catadores autônomos (carrinheiros)
sentiram uma diminuição no volume de material coletado e, consequentemen-
Na mesma época, existiam a CEPEVE (Central de Prensagem e Vendas) e a
te, houve uma queda na renda provinda da venda desses materiais.
COMAREL (Conselho das Organizações dos Profissionais da Reciclagem dos
Resíduos Sólidos de Londrina), que tinham como finalidade apoiar e fortalecer
essas ONGs tanto na parte organizacional como na questão da comercializa- Coleta Seletiva
(alumínio)
ção do material reciclável. Essas organizações promoviam cursos, seminários e
congressos para as ONGs e os catadores.
12 13
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
Diante disso, os carrinheiros cobraram do Poder Público Municipal uma a extinção da frente de trabalho, a falta de materiais para os catadores autôno-
solução para os problemas que enfrentavam e, então, a CMTU - Companhia mos e a retirada dos catadores do lixão. Apesar disso, ainda não havia melho-
Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina, propôs a organização desses rado as condições de vida e trabalho desses catadores.
catadores em ONGs de reciclagem que receberiam os materiais coletados atra-
No ano de 2004, existiam cerca de 500 pessoas desenvolvendo atividades
vés dos caminhões do município.
nas 26 ONGs de reciclagem. A Prefeitura não administrava e não cobrava dos
Conforme Gina Rizpah Besen[2] , a implantação do Programa “Reciclando catadores qualquer tipo de regularidade quanto ao vínculo trabalhista (catador
Vidas” possibilitou a parceria entre 26 (vinte e seis) Organizações Não Governa- - ONG) e pagava R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) para as ONGs desen-
mentais e a Prefeitura, envolvendo diretamente 474 catadores. volverem o trabalho. Com esse recurso foi possível a regularização e o cadastro
no CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, o pagamento do transporte
No segundo trimestre de 2001, os catadores foram encaminhados para uma
dos materiais e a aquisição dos sacos verdes que eram entregues nos domicí-
única unidade de triagem de propriedade da Prefeitura, a fim de capacitá-los
lios e estabelecimentos participantes da coleta. Mas, apesar disso, esse apoio
para que reconhecessem os diferentes tipos de materiais recicláveis encon-
não possibilitava a conquista da autonomia destas ONGs nem um aumento
trados nos resíduos domiciliares e a sua posição no mercado. Esse período
significativo na renda destes catadores.
foi importante para a capacitação dos catadores e a formação das primeiras
ONGs (LIMA, 2007). Então, em 04 de dezembro de 2006, o CONSEMMA - Conselho Municipal
do Meio Ambiente de Londrina aprovou a Resolução nº 11, que regulamenta-
No início das atividades, algumas ONGs trabalhavam em barracões aluga-
va a correta destinação dos resíduos e estabelecia a separação dos materiais
dos pela Prefeitura, outras possuíam sede própria. No entanto, uma pequena
recicláveis dos demais resíduos, obrigando todos os geradores, inclusive os
quantidade ainda ficou alojada nos fundos de vales ou em suas residências, de
residenciais, comerciais e industriais do Município de Londrina, a separar os
onde não queriam ser removidos.
materiais recicláveis dos demais resíduos.
14 15
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
No final de 2006, já havia 29 ONGs desenvolvendo ações na área de reci- Somados a estes fatores, muitos catadores realizavam a coleta porta a por-
clagem, e a CMTU estava incentivando a adesão de cerca de 400 autônomos à ta em carrinhos manuais e/ou kombis, em situação irregular ou perigosa. Ou
Central de Prensagem e Vendas (CEPEVE), pois faltavam barracões e pessoal seja, o sistema, considerado de baixo custo pelo poder público, transferia suas
para suprir o aumento da demanda de material reciclável. mazelas para os catadores.
Quanto à coleta seletiva e à inclusão social dos catadores, o Poder Público Esta situação precária mobilizou diversos segmentos do município, que co-
Municipal mostrava satisfação com o desenvolvimento do Programa Reciclan- bravam das autoridades condições mais dignas e humanas para esses traba-
do Vidas, implantado desde 2001. lhadores que cotidianamente estavam realizando um serviço em benefício tanto
da comunidade como do meio ambiente.
Apesar de participarem de um modelo inclusivo, as ONGs ainda enfrenta-
vam problemas devido às precárias condições de trabalho: falta de segurança, O Poder Público Municipal de Londrina, até o ano de 2008, não havia firma-
falta de equipamentos de proteção individual, formas inadequadas de arma- do contrato, convênio ou termo de parceria com cada ONG que fazia a coleta
zenagem dos materiais coletados - por isso os materiais ficavam expostos ao nem com a CEPEVE que agregava cerca de 20 ONGs.
tempo, provocando um risco para a saúde pública e para o meio ambiente - e
Com a crise financeira mundial em 2008, esta realidade tornou-se insusten-
falta de espaço físico, pois a maioria das ONGs funcionava em locais inadequa-
tável. A queda do preço do material reciclável levou os catadores a reivindica-
dos, como residências, áreas de preservação ambiental ou barracões sem uma
rem, junto ao poder público municipal, um contrato de prestação de serviços,
estrutura mínima.
pois apenas o dinheiro proveniente da venda do material não era suficiente para
Além das irregularidades estruturais e ambientais, muitas organizações atender as necessidades dos catadores.
apresentavam também irregularidades institucionais e legais.
Através das ações desenvolvidas pelo Programa Municipal de Economia
Solidária, em 2008, houve uma aproximação entre as diversas ONGs, forma-
Fotos que das por associações de catadores, que trabalhavam com reciclagem e que até
demonstram
então possuíam uma história de individualismo provocada pela disputa de se-
a situação de
irregularidade tores, de recursos e de poder. A partir desse momento, os catadores iniciaram
das ONGs.
um processo de reconhecimento de sua identidade coletiva, de valorização
de suas afinidades e identificação de suas necessidades, processo que durou
aproximadamente um ano e levou a junção de várias associações de catadores
de reciclagem.
16 17
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
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porta a porta domiciliar, segregação do material reciclável, prensagem e comer-
18 19
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
Além de melhorar o poder de venda dos catadores cooperados da COO- A COOPER REGIÃO se constituiu com o objetivo de proporcionar
PER REGIÃO, podemos citar uma série de outros benefícios proporcionados melhores condições de trabalho para os catadores, mais dignidade, inclusão
pela organização institucional e pelos termos formatados através da contrata- social, mais possibilidade de lutar pelos seus direitos, de contribuir para um de-
ção do poder público com a entidade, sendo alguns deles: senvolvimento sustentável e para a preservação do meio ambiente. Além disso,
um grande incentivo para a construção da cooperativa foi à busca pela equida-
• Licenciamento ambiental
de de oportunidades de ganho e desenvolvimento pessoal.
• Carrinhos elétricos
• Direito ao INSS para todos os cooperados
• Infraestrutura instalada
• Aumento da renda Perfil Socioeconômico dos Cooperados:
• Incentivo à capacitação e qualificação
Por ser composta expressivamente por mulheres, a COOPER REGIÃO possui
• Formação para autogestão
em todos os cargos e funções da cooperativa a participação ativa destas, que ocu-
• Inclusão digital
pam a maior parte dos cargos de coordenação dos entrepostos. É evidente nessas
• Representação no Movimento Nacional de Catadores de Materiais
mulheres o aumento na autoestima, que se reflete nas relações familiares e sociais.
Recicláveis (MNCR)
• Contratação de técnicos
Hoje, os catadores são
84%
• Abertura ao crédito
reconhecidos como os prin- 16%
102
20
20 21
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Acima de 10
05 a 10 Filhos
04 Filhos
03 Filhos
02 Filhos
01 Filho
Não Responderam
A COOPER REGIÃO é uma cooperativa que teve como meta inicial o que-
sito de responsabilidade ambiental e social, além da geração de renda para
várias pessoas que estavam excluídas do mercado de trabalho pela falta de
qualificação e o baixo nível escolar. Também atua no processo de estímulo e
capacitação dos seus cooperados, já que o sistema no qual ele está inserido
trata-se do seu próprio negócio.
15%
3%
1%
37% 3% Não Responderam
Analfabetos
2º ao 5º Ano
41% 6º ao 9º Ano
Ensino Médio
Superior Cursando
22
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
1
INSTITUCIONAL
26 27
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
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O Conselho de Administração é o órgão superior na hierarquia ad-
ministrativa, sendo de sua competência privativa e exclusiva a responsabili- OPERACIONAL/PRODUÇÃO
dade pela decisão sobre todo e qualquer assunto de ordem econômica ou
social, de interesse da cooperativa, de seus cooperados, do estatuto e das
A logística da coleta utilizada em Londrina teve seu iní-
recomendações das Assembleias.
cio marcado pelo PROGRAMA LONDRINA RECICLA
e mantém seu método até os dias atuais, através da
O Conselho Fiscal tem como responsabilidade primordial a fiscali-
coleta porta a porta com inclusão social. Semanalmente, os catadores em
zação assídua e minuciosa dos negócios e atividades da cooperativa.
setores fixos e em dias da semana pré-agendados entregam sacos verdes
A Administração Executiva é exercida por técnicos contratados para os moradores e recolhem nas residências o material previamente se-
para auxiliar na execução das decisões do Conselho Diretor e Administrati- gregado, ou seja, recebem nestas embalagens específicas (sacos verdes)
vo, acatando as regulamentações do estatuto, visando garantir o funciona- alumínio, vidros, papéis e plásticos em um único recipiente.
mento e a eficiência de gestão da cooperativa dentro dos objetivos estatutários.
Rejeito Cadeia Produtiva
Fluxograma da Indivíduos
Estrutura Diretiva e ASSEMBLEIA GERAL Gerador de Resíduos Orgânico
Gerencial
Reciclável
CONSELHO O
- Domicílios
ADMINISTRATIVO
- Empresas Privadas
- Órgãos Públicos
CONSELHO
FISCAL ADMINISTRAÇÃO Captação/Catador
EXECUTIVA Coleta Porta a Porta
Insumos/Produtos
Bandeira/Transbordo
Indústria Entreposto
28 29
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
Fazem a mesma rota para recolhimento dos sacos verdes de grandes O Sistema de Coleta Seletiva em Londrina é dividido em 04 regiões,
geradores e de órgãos públicos. Após percorrerem rua a rua, depositam sendo que a COOPER REGIÃO foi contratada para realizar a coleta apenas
grandes quantidades de sacos verdes “nas bandeiras” (locais estratégicos na Região A, composta atualmente por 84.000 domicílios.
dentro de cada setor nos quais os recipientes contendo materiais reciclá-
Após a realização da venda do mês, cada coordenador de entreposto,
veis, já coletados pelos catadores, são armazenados provisoriamente até o
em dias previamente agendados, faz a prestação de contas no escritório
transporte para os centros de triagem). Estas “bandeiras” são consideradas
central acompanhados por técnicos.
tecnicamente como áreas de transbordo intermediárias (podem ser praças
3
ou terrenos), onde o material reciclável coletado fica estocado por até 4 ho-
ras, quando são levados de forma variada por cada entreposto em Kombis,
carrinhos de mão, veículos elétricos ou caminhão até os galpões. Ou seja, o Administrativo
transporte dos sacos verdes, já acumulados, até os galpões permite maior
agilidade e menor esforço físico. Outrora, o transbordo era realizado por Para garantir um desenvolvimento sustentável, a CO-
empresa privada contratada pelo município, via licitação. Em 10 de junho de OPER REGIÃO possui, além dos 06 entrepostos, um
2011, este transporte passou a ser realizado pela COOPER REGIÃO. escritório central, onde os catadores são atendidos,
orientados e supervisionados visando à autogestão dos entrepostos e do
processo como um todo.
Caminhão
do transbordo
- retirada do Atualmente, a COOPER REGIÃO mantém um quadro administrativo de
material da ban-
funcionários e prestadores de serviços, composto por arquivista, socióloga,
deira para enca-
minhamento ao administradora, economista, estagiária técnica em meio ambiente, conta-
Entreposto.
dora e assessoria jurídica.
Escritório Central
do Entreposto A.
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Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
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- R$ 51.876,38 (cinquenta e um mil, oitocentos e setenta e seis reais e
FINANCEIRO trinta e oito centavos) referentes aos serviços de transbordo, em veículos
próprios da contratada, de todo o material coletado nas bandeiras até os
locais onde será executada a triagem dos mesmos.
O sistema financeiro da COOPER REGIÃO é garantido
por duas frentes, são elas:
- R$ 47.052,35 (quarenta e sete mil, cinquenta e dois reais e trinta e cin-
co centavos) como forma de remuneração pela manutenção dos serviços
1. O contrato com o município de Londrina via CMTU-LD de coleta seletiva de forma a não comprometer a continuidade do serviço
(órgão gestor do Fundo de Urbanização de Londrina – público e pelo aumento da longevidade do aterro e diminuição do impacto
FUL) ambiental.
O contrato contempla em seu objeto a prestação de serviço de coleta e - R$ 28.100,00 (vinte e oito mil e cem reais) referentes ao aluguel de
transporte de resíduos sólidos recicláveis domiciliares e de órgãos públicos. barracões onde será executada a triagem dos materiais coletados, sendo
Para a execução do serviço, o último contrato firmado com a CMTU-LD, em obrigatória a apresentação mensalmente, juntamente com nota fiscal, do
novembro de 2011, garante o valor mensal de até R$ 207.317,73, sendo que comprovante de pagamento do aluguel.
os pagamentos são feitos da seguinte forma:
32 33
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
de trabalho e a única coisa em comum entre eles era o saco verde que en- papel). Ao final do dia, são contados quantos sacos o cooperado segregou.
tregam aos munícipes participantes da coleta seletiva. Depois de triado, o material é encaminhado para a prensagem.
34 35
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
da equipe de rua, de pátio e da prensa é superior ao da equipe de triagem. grupo, de modo a garantir que o coordenador estimule o grupo no aumento
A Coordenação Geral, a equipe de Rua e a equipe de pátio recebem um da produção.
adicional (os percentuais estão detalhados no 3º item do 4º passo) pela res-
Sendo apresentados todos estes relatórios, o(a) Coordenador(a) Geral
ponsabilidade do funcionamento de todo o processo que envolve desde a
receberá 30% de adicional. Motorista do entreposto recebe um adicional
coleta até a venda do material.
correspondente a 20%. Equipe de rua, pátio e prensa os valores correspon-
4º Passo dem entre 5% a 10%.
Tendo identificado a média e somada aos percentuais relacionados às Esta variação é determinada de acordo com cada entreposto, por pos-
demais atividades, converte-se essa quantidade em diárias que correspon- suírem áreas de coleta e pátio diferenciados. Os coordenadores, juntamen-
de ao número de sacos verdes que deverá ser calculado em relação à as- te com os cooperados do entreposto, analisam e aplicam o percentual em
siduidade dos dias trabalhados pelos cooperados que exercem as demais algumas categorias para uma divisão justa da renda do grupo.
funções.
5º Passo
Detalhamento dos percentuais aplicados
Realizado o lançamento da produção de mesa/triagem e feito o cálculo
O/A Coordenador(a) deverá apresentar relatórios da seguinte forma: de sacos verdes das demais atividades, é o momento do levantamento das
vendas (data da venda, nome da empresa compradora, produtos e seus
1. Frequência do(a) Coordenador(a) no Entreposto e nas reuniões exter-
respectivos valores e peso). Ao final deste levantamento e conferência, tem-
nas de caráter extraordinário e ordinário corresponde a 10% de adicional.
-se o valor total de vendas do Entreposto que será distribuído entre eles.
Para essa informação é utilizada uma planilha específica.
2. Apresentação dos relatórios de produção individual do mês da equipe
de mesa/triagem e a frequência da equipe de rua, pessoal de pátio, prensa
6º Passo
e motorista, apresentação deste relatório equivale a mais 10%.
Dividindo-se o total das vendas pela somatória da produção do gru-
3. Relatório de Vendas - Prestação de contas de toda a venda realizada
po, teremos então o valor unitário de trabalho, que na tabela Produção de
pelo Entreposto devendo constar nome dos compradores, data da venda,
Fevereiro/2011 - Norte B (ver Capítulo Tabelas, página 65) estará discrimi-
quantidade e tipo do material vendido, valor por quilo, valor total de cada
nado como “R$ Saco”. Multiplica-se a produção do cooperado pelo valor
item comercializado e valor total da venda. Este relatório também equivale a
unitário do saco, valor este que é aplicado para todos; na coluna seguinte
mais 10% da somatória de atividades a serem cumpridas pelo coordenador,
pode ser visualizado o valor de produção individual do grupo que somado
para justificar seus 30% adicionais à média das três maiores produções do
deverá ter o mesmo valor do total das vendas.
36 37
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
8º Passo
Produção de Fevereiro
Realizados os cálculos de cada Entreposto, são impressas três cópias do
fechamento mensal do grupo. O coordenador assina todas as cópias e distri- Maiores Produções
bui da seguinte forma: uma via ficará no arquivo do escritório central da COO-
Situação Financeira
PER REGIÃO, a segunda será encaminhada para o escritório de contabilidade
Percentual por Função
responsável pela folha de pagamento e recolhimento do INSS e a terceira é
colocada em local visível no Entreposto para apresentação aos cooperados.
38 39
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
5
Ainda é necesário preparar relatório mensal de comercialização de ma-
CARACTERÍSTICAS MERCADOLÓGICAS terial reciclável da COOPER REGIÃO com o levantamento dos materiais
coletados por entreposto. Ver tabela de comercialização de material reciclá-
vel no Capítulo Tabelas, páginas 68 e 69.
Para apresentação das características mercadológi-
cas, a COOPER REGIÃO registra o nº de cooperados
7%
12% Representação
e não cooperados, valor da venda do entreposto, quilos
3% gráfica do escoa-
Série1
comercializados, renda média dos cooperados e não cooperados e quilos 20%
mento de material
Papéis; 238.044 reciclável .
comercializados per capita. Ver tabela com características mercadológicas
Plásticos; 80.387
Ref. Março/2011
no Capítulo Tabelas, página 67. Segue abaixo representação gráfica da evo- Vidro; 51.250
58%
lução de alguns dados da tabela. Metais; 28.511
Tetra Pak; 11.864
779,72
Pelos dados acima, podemos afirmar que o valor de comercialização do
768,27
704,02 material reciclável através da cooperativa possui variação de R$ 344,00 a
636,01 737,06
611,50 606,72
582,57 655,61 tonelada, ou seja, a união da força de trabalho garante aos catadores maior
539,67 634,04
597,00
553,04 volume de material, facilitando sua comercialização, transformando o que
460,40
409,00
431,68 antes era destinado para o aterro local em matéria prima.
6
11
n/
0
1
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ou
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ab
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fe
no
ju
ju
ag
ag
m
m
m
m
Principais Dificuldades
QUILOS DE MATERIAL RECICLÁVEL COMERCIALIZADO
Apesar dos avanços e resultados alcançados até o
momento, é importante mencionar algumas dificulda-
des encontradas no decorrer do processo produtivo e
de gestão da COOPER REGIÃO:
40 41
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
produção numa área com diversidades econômicas, culturais, • Identificar locais adequados para os entrepostos, para centrais de
sociais e geográficas, e num contexto onde a faixa etária dos co- armazenagem, triagem e venda de acordo com as normas técnicas
operados que participam do processo tem em seu eixo central de segurança de trabalho, das resoluções ambientais e conside-
quatro gerações: rando as questões de relações sociais, afinal ninguém quer um de-
pósito de lixo no lado de casa ou do trabalho.
Faixa Etária dos
Cooperados • Recusa de proprietários e imobiliárias de locação dos galpões de-
por Década de
vido aos aspectos insalubres.
Nascimento
• População e alguns catadores tratavam o material reciclável como
lixo e, mesmo com os avanços conquistados na relação catador/
população, continua sendo necessário orientar o catador na identi-
ficação do material reciclável como sua matéria-prima e conscienti-
zação da população sobre o seu consumo exagerado.
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Utilidade Pública Parceria Público Privada
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Metas O Impacto do Programa
CATA AÇÃO no Entreposto
Para continuar crescendo e proporcionando melhoria
na qualidade de vida dos cooperados, a COOPER RE-
Centro A
GIÃO definiu algumas metas:
O Entreposto Centro A formado em 1998, ini-
• Otimizar o processo de coleta, segregação, armazenagem e venda cialmente com 18 mulheres e 03 homens, foi
uma das primeiras ONGs de reciclagem em Londrina. Constituída como ARRV
• Galpões próprios e adequados conforme normas vigentes
- Associação de Recicladores Reciclando Vidas, fazia a separação do material
trazido pela prefeitura, debaixo de lona no bairro, em condições precárias.
• Transformar o salão comunitário da Centro A - ARRV em referência
e difusora de inclusão social
Entreposto
• Criar centros de atendimento socioeducativo nas regiões de con- Centro A
no início das
centração dos cooperados
atividades.
Catadores durante
atividade de Coleta
Em 2000, foram pioneiros
Seletiva.
no trabalho piloto da coleta
de materiais recicláveis porta a
porta com a entrega de sacos
verdes nas residências em bairros
predeterminados da cidade.
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Na sua casa, alguém tem interesse em estar realizando alguma dessas atividades?
ótima ideia
Está em processo de construção um campo de futebol organizado pela sem necessidade
comunidade local, na área do Entreposto Centro A, e nesse espaço novo péssima ideia
sem opinião
terá condição de desenvolver aulas de balé e outras atividades.
Ao lado do salão também existe uma horta comunitária de 450 , inau- Balé: 86 cooperados responderam à
pesquisa.
Futebol: 91 cooperados responderam à
pesquisa.
Na qual 73 pessoas teriam interesse em Na qual 67 pessoas teriam interesse em
gurada em meados de abril de 2010, resultado da contribuição mútua realizar a atividade descrita acima. realizar a atividade descrita acima.
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Vale ressaltar que foi nessa ONG o berço da elaboração do modelo de ra- RENDA MÉDIA DO ENTREPOSTO
820,31
Segue abaixo representação gráfica da evolução de alguns dados da tabela. 755,82 672,41 654,13
718,47
593,21
590,87 586,70
52 53
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P
ercebemos que no decorrer do processo várias iniciativas
corroboraram para a condição atual da COOPER REGIÃO.
Vale destacar o apoio do Programa Londrina Recicla, da
Assistência Social do município, do Programa Economia
Solidária e do Ministério Público local, todos apoiaram no
árduo trabalho de acompanhamento e convencimento dos
catadores de Londrina no processo de organização inicial.
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Vale salientar que nem todos os catadores do município optaram pelo É importante destacar que o aumento da coleta de materiais recicláveis
cooperativismo, porém é expressiva a diferença dos ganhos adquiridos pe- em Londrina e a diminuição da destinação de lixo para o aterro do muni-
los que livremente fizeram a adesão à COOPER REGIÃO. cípio, proporcionando um aumento da vida útil do aterro, devem-se, em
grande parte, a contratação da COOPER REGIÃO pela CMTU, através do
Dentro do contexto global, percebe-se a necessidade permanente de
FUL - Fundo de Urbanização de Londrina.
ações de responsabilidade compartilhada entre todos os agentes envolvi-
dos no contexto social, econômico e ambiental, pois, devido à complexida- O trabalho da COOPER REGIÃO tem contribuição direta com o meio
de do tema, não é possível pensar em ações isoladas. Por isso a vontade ambiente através do reaproveitamento de recursos naturais que manufatu-
política do município junto à sinergia com outros representantes da socie- rados e processados são recolocados no sistema produtivo, contribuindo
dade civil organizada faz-se necessário para a continuidade e eficiência com a oportunidade de trabalho digno a excluídos do mercado de trabalho.
do processo. Além de gerar renda, a COOPER REGIÃO incentiva seus cooperados, que
antes não tinham perspectivas, a participarem de processos de capacita-
Com a continuidade do contrato entre o Poder Público e a COOPER
ção e qualificação profissional, já que a cooperativa trata-se de propriedade
REGIÃO, será possível realizar uma série de ações que vão desde a edu-
privada coletiva e que cresce consideravelmente necessitando de profissio-
cação ambiental dos munícipes até a qualificação profissional e o suporte
nais qualificados para gerenciá-la.
aos catadores.
Atualmente, a COOPER REGIÃO, através da prestação de serviços de
A parceria com o Programa CATA AÇÃO veio fomentar esse trabalho
coleta, triagem e comercialização dos resíduos passíveis de reciclagem, é
já existente na cooperativa e contribuir para que a parceria entre COOPER
responsável por aproximadamente 50% da coleta dos domicílios da Cidade
REGIÃO e Prefeitura Municipal de Londrina tivesse mais eficácia e sucesso
de Londrina. Com a infraestrutura de 07 entrepostos de produção, distribuí-
no seu processo.
dos pela cidade, e um escritório central, iniciou um processo de construção
de uma metodologia para operacionalizar uma atividade que, até o momen-
Na base da pirâmide hierárquica de poder aquisitivo, verificamos o ger-
to, não possui uma referência balizada.
me inicial de um processo em construção de sustentabilidade, onde cata-
dores e pessoas excluídas do mercado de trabalho e das redes sociais se
Com pouco mais de 02 anos de existência, porém com cooperados
deparam na condição de transformador socioambiental.
que possuem mais de 10 anos de experiência no ramo da reciclagem, a
COOPER REGIÃO, através da formalização, do contínuo processo de apren-
O processo de incentivo à autogestão assistida dos entrepostos da
dizagem e do reconhecimento institucional, proporciona benefícios antes
COOPER REGIÃO e a constante busca para ser uma organização inova-
não imaginados, a exemplo do capital social que teve um salto R$1.200,00
dora, democrática e eficaz de modo que suas atribuições contribuam em
para os atuais R$1.000.000,00, além da garantia de seguridade social, para
ações concretas ao desenvolvimento são fatores de grande importância
todos os cooperados e contratação de técnicos para cumprimento de nor-
para o seu crescimento e para o contínuo aprimoramento de seu trabalho.
mas legais e burocráticas, e apoio aos editais públicos disponíveis.
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Entreposto Norte A - Rua Lupércio Pozatto, 1079 - Parque Terreno de 1900m², alugado, com barracão de 600m², com escritório,
Função Nome Dias trabalhados* N° Sacos R$ Sacos Produção R$ Ton Total Ton Bruto 7% Líquido
Industrial José Belinatti. mezanino, 02 banheiros e uma casa de alvenaria; 01 balança eletrônica; Coord. Rua Daiane Bisterço Galindo 20R 3.755 0,328342 1.232,86 0,067536 253,58 1.486,44 104,05 1.382,39
Associação Primavera, Associação Nova Olinda, Canaã 10 carros para big bag; 09 big bag em propileno; 03 carros de mov. de fardos;
e parte da Associação Recicla Café 01 elevador de cargas; 03 mesas de triagem; 01 prensa hidráulica vertical 30t; Rua Dalva Maria de Souza 20R 3.442 0,328342 1.130,12 0,067536 232,45 1.362,57 95,38 1.267,19
01 prensa; 01 carrinho elétrico; 01 kombi (02 mesas de triagem e 02 carrinhos
de carga - Programa CATA AÇÃO). 3.379 1.109,57
Prensa Dejanira Nogueira 18Pr + 2F C/J 0,328342 0,067536 228,23 1.337,80 93,65 1.244,15
Entreposto Centro A - Rua Saturnino de Brito, 93 - Vila Marísia. Galpão próprio de 600m², com 01 cozinha, 02 banheiros e 01 escritório; 01 Mesa Dianete Gonçalves de Andrade 20M 2.974 0,328342 976,49 0,067536 200,85 1.177,34 82,41 1.094,93
ONG: Associação de Recicladores Reciclando Vidas prensa hidráulica vertical 18t; 01 moinho de Pet; 01 lavadora; 01 decantadora;
01 secador; 02 carrinhos elétricos; 02 Kombis; 01 triturador de vidro; 09 Rua Eloir Jorge de Oliveira 20P 3.285 0,328342 1.078,75 0,067536 221,89 1.300,64 91,04 1.209,59
carros para big bag; 09 big bag em propileno; 02 carros de mov. de fardos; 03
mesas de triagem; 01 elevador/empilhadeira elétrica manual; (01 elevador, Mesa Fernanda Bezerra dos Santos 10M + 10F 1.080 0,328342 354,61 354,61 24,82 329,79
01 prensa hidráulica vertical PHV 150, 01 carrinho de carga - Programa
CATA AÇÃO). Pátio Jair Espada (rua e pátio) 20P 2.000 0,328342 656,68 0,067536 135,07 791,76 55,42 736,33
Entreposto Norte B - Rua Antonio Marcelino de Oliveira, 660 - Barracão com aproximadamente 200m², alugado, com 02 banheiros e 01 Pátio Jose Ferreira de Brito 20P 2.000 0,328342 656,68 0,067536 135,07 791,76 55,42 736,33
Jardim São Jorge. cozinha; 01 carrinho elétrico; 01 kombi; 01 prensa, (01 carrinho de carga -
Grupos Aracen, Reciclando para a Natureza e parte da Recicla Café Programa CATA AÇÃO). Mesa Keli Aparecida Bernabe 20M 3.345 0,328342 1.098,30 0,067536 225,91 1.324,21 92,69 1.231,52
Entreposto Leste - Rua São Pedro, 25 - Jardim Siam. Terreno de 2400m², alugado, com um salão de 800m², 02 banheiros, Motorista Leandro de Souza Eufrauzino 19,5 Mot. + 0,5F C/J 3.661 0,328342 1.202,04 0,067536 247,24 1.449,28 101,45 1.347,83
ONGs: Associação Monte Sinai, Associação El Shadai 01 cozinha e 01 escritório; 01 prensa; 01 prensa hidráulica vertical 30t; 06
e Associação Lindóia carrinhos elétricos; 02 elevadores de carga; 01 balança eletrônica; 12 carros Mesa Marcia Souza Oliveira 20M 2.550 0,328342 837,27 0,067536 172,22 1.009,49 70,66 938,82
para big bag; 12 big bag em propileno; 03 carros de mov. de fardos; 01 kombi;
04 mesas de triagem (sendo 02 mesas de triagem - Programa CATA AÇÃO). Mesa Maria Lucia Mondegue 20M 3.069 0,328342 1.007,68 0,067536 207,27 1.214,95 85,05 1.129,90
Entreposto Sul A - Rodovia Celso Garcia Cid, 12.300, Terreno com 50.658,82m², alugado, banheiros, cozinha e escritórios; 03
Mesa Quitéria da Silva Santos 20M 2.892 0,328342 949,57 0,067536 195,31 1.144,88 80,14 1.064,74
Lote nº11 D1/B. carrinhos elétricos; 01 prensa; 01 prensa hidráulica vertical 18t; 01 prensa
ONGs: União Reciclagem, Nova Conquista e Viang; Associação hidráulica vertical 30t; 21 carros para big bag; 01 balança eletrônica; 21 big
Coord. Rua Rosangela Gusmão de Oliveira 20 Coord. 4.068 0,328342 1.335,60 0,067536 274,72 1.610,31 112,72 1.497,59
de Recicladores da Região do Saltinho - Resalt, Arusul, Novo bag em propileno; 06 carros de mov. de fardos; 01 elevador de cargas; 01
Tempo e Resalt kombi; 07 mesas de triagem, (04 mesas de triagem e 02 carrinhos de carga -
Mesa Teresinha de Fátima Simão * 15P + 5F 1.500 0,328342 492,51 492,51 34,48 458,04
Programa CATA AÇÃO).
Rua Vanderlice dos Santos * 11R + 4F + 5M 2.763 0,328342 907,22 907,22 63,51 843,72
Entreposto Sul C - Rua Bélgica, 2350 - Jardim Igapó. Barracão com aproximadamente 1000m², subsidiado pelo Instituto de
ONGs: Parte da União Reciclagem, Parte da Oest Limp, Desenvolvimento de Londrina, com 01 escritório, 02 banheiros e 01 sala;
Mesa Velidiana R. de Brito 10M + 10F C/J 1.310 0,328342 430,13 430,13 30,11 400,02
Parte e Arpa 01 balança eletrônica; 09 big bag em propileno; 02 carros de mov. de fardos;
03 mesas de triagem; 09 carros para big bag; 02 prensas hidráulicas vertical
18t; 01 kombi (02 mesas de triagem e 01 carrinho de carga - Programa Total 15.456,08 2.729,79 18.185,87 1.273,01 16.912,86
CATA AÇÃO).
Produção do Grupo 47.073
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Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores O Caso da COOPER REGIÃO
DEMONSTRATIVOS DA PLANILHA DE RATEIO - cont. (pg. 65) CARACTERÍSTICAS MERCADOLÓGICAS (pg. 40)
Renda média de todos os envolvidos 798,82 989,91 1.016,59 533,87 828,84 1.273,22 1.335,08 968,04
Bruto 18.185,87
Líquido 16.912,86
66 67
Motor Geladeira
Contratação Pública Municipal de Uma Cooperativa de Catadores Papel Branco 12.059 5.200 407 5.395 O Caso da COOPER REGIÃO
30.061
Papel Terceira Fino 8.071 4.362 5.994 4.710 6.050 2.812 31.999
RELATÓRIO DE COMERCIALIZAÇÃO DE MATERIAL RECICLÁVEL
Material
Papel TerceiroColetado
Grosso Arpa Centro
4.812 A 4.151A
Norte 9.092C
Sul 5.353
Sul A 6.255
Leste 3.772 B
Norte 33.434
Total
DA COOPER REGIÃO - REF. JANEIRO - 2012 (pg. 41)
Papel TetraChaparia
Alumínio Pak 2.564 2.972
174 4.388 2.025 1.714
100 13.662
275
Material Coletado Arpa Centro A Norte A Sul C Sul A Leste Norte B Total Papelão Latinha
Alumínio 10.691 22.578 13.461
516 19.970
393 14.469 12.298 8.287
349 101.754
1.259
Alumínio Chaparia 174 100 275 Persiana
Antimônio 16 7,5 23
Alumínio Latinha 516 393 349 1.259 Pet 5.474 5.448 3.834 3.881 3.401 3.579 25.615
Bateria 35 35
Antimônio 16 7,5 23 Pet Colorido 100 100
Bloco 18 48 66
Bateria 35 35 Pet Óleo 307 413 172 391 223 379 1.884
Bloco II 83 9 91
Bloco 18 48 66 Plast. Balde/Bacia/PP 1.290 808 470 2.568
Chumbo
Bloco II 83 9 91 Plast. Fino Branco 1.730 934 1.660 377 1.139 1.021 6.860
Cobre encapado 82 82
Chumbo Plast. Fino 3.985 4.742 3.440 3.019 2.208
Cobre mistocolorido 3.850 21.243
Toneladas 30.749 27.370 38.011 41.031 37.202 32.777 42.121 42.385 48.833 58.426 59.695 66.636
Comercializadas
Média Salarial 593,21 590,87 755,82 672,41 654,13 586,70 718,47 820,31 866,72 837,38 912,73 974,59
do Grupo
Nº. 15 17 19 20 20 20 21 20 22 22 22 21
de Cooperados
*Valores a partir da utilização da prensa e do elevador doados pelo Programa CATA AÇÃO.
70