Nascimento Da Semiótica

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O que é semiótica?

A semiótica é a ciência que estuda os signos, portanto, seu campo de estudo é


amplo, pois abarca todas as linguagens (verbais e não verbais), já que cada
linguagem é formada de signos que permitem a comunicação entre os indivíduos.
Isso porque os signos estão associados a algum tipo de representação. Queremos
dizer, com isso, que os signos são sinais indicadores de algo, dentro de um
determinado contexto sociocultural.
Os signos podem ser vistos em toda parte e estão relacionados a elementos
naturais e culturais. Portanto, são signos, por exemplo: uma cor, um gesto, uma
palavra, um ruído, um cheiro, uma carta, um acontecimento, uma música, um olhar
etc. De acordo com o contexto em que estão inseridos, sempre associamos a eles
alguma significação.
Divisões da semiótica
Sintaxe: estuda as relações entre os signos.

Semântica: preocupa-se com a relação entre os signos e aquilo que eles designam
ou representam.

Pragmática: busca entender a relação entre os signos e seus intérpretes ou


utilizadores.

Origem da semiótica
A semiótica surgiu nos estudos linguísticos e teve seu auge na década de 1960,
com as pesquisas do lituano Algirdas Julius Greimas (1917-1992). Contudo, a
palavra “semiótica” foi usada, pela primeira vez, pelo filósofo e linguista
americano Charles Sanders Peirce (1839-1914).
Para que serve a semiótica?
A semiótica serve para entender os signos e, com base nisso, aprimorar a
comunicação. Assim, também é útil na análise do comportamento humano e da
organização da sociedade, já que as linguagens são instrumentos de expressão de
pensamentos e emoções. Ela também é usada no entendimento e aprimoramento
das mídias sociais, e pode estar associada às seguintes áreas, entre outras:
 Computação
 Direito
 Arquitetura
 Artes
 Linguística
 Literatura
 Publicidade
 Filosofia
 Psicanálise
 Educação
Semiótica ou semiologia
“Semiótica” e “semiologia” são palavras sinônimas atualmente. O termo
“semiologia” foi usado pelo linguista suíço Ferdinand de Saussure (1857-
1913), que o entendia como uma ciência da comunicação; mais tarde, passou a ser
entendido também como ciência da significação.
No entanto, estudiosos, em outros países, utilizavam o termo “semiótica”.
Então, alguns pesquisadores, como Roman Jakobson (1896-1982) e Greimas, em
1969, optaram por utilizar apenas a palavra “semiótica” e não mais “semiologia”.
Semiologia e semântica
A semiologia ou semiótica, originalmente, está relacionada ao reconhecimento do
signo, à forma, de modo que entende o significado como algo conceitual,
intralinguístico ou intratextual.
Já a semântica está relacionada ao discurso, que depende do que é
extralinguístico ou extratextual, já que o sentido se constrói em uma situação
comunicativa, em um contexto específico. Para saber mais sobre essa área da
gramática, leia o texto: Semântica.
Importância da semiótica
Já que podemos encontrar signos em toda parte, a semiótica está associada a
várias áreas do conhecimento. Assim, ela é uma ciência de grande importância
para entender fenômenos comunicativos de caráter natural ou cultural. Por meio
dela, é possível compreender os mecanismos de comunicação humana e
animal, associados a pensamentos, emoções ou instintos.
Linguística e semiótica
Na linguística, Saussure traz a ideia de que um signo é formado por:
 um significante (forma ou “imagem acústica”)
 um significado (conceito)
Por exemplo, a palavra “céu” é um significante, já aquilo a que ela se refere é o
significado. Assim, o signo linguístico é estudado por uma perspectiva sintática,
semântica e pragmática.

Semiótica e comunicação
O estudo da comunicação engloba não só os meios de comunicação, mas a
comunicação em si, isto é, a produção e a difusão de informação em determinado
contexto. A existência da comunicação depende da linguagem, que, por sua vez,
é formada de signos. Portanto, uma vez que a semiótica é a ciência dos signos ou
da significação, comunicação e semiótica estão intrinsecamente relacionadas.

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