Organização Social e Movimentos Sociais Rurais: Ivaldo Gehlen Daniel Gustavo Mocelin
Organização Social e Movimentos Sociais Rurais: Ivaldo Gehlen Daniel Gustavo Mocelin
Organização Social e Movimentos Sociais Rurais: Ivaldo Gehlen Daniel Gustavo Mocelin
Organização social
e movimentos sociais
rurais
Ivaldo Gehlen
Daniel Gustavo Mocelin
Organizadores
EDITORA DA UFRGS
Diretor
Alex Niche Teixeira
Conselho Editorial
Álvaro Roberto Crespo Merlo
Augusto Jaeger Jr.
Carlos Pérez Bergmann
José Vicente Tavares dos Santos
Marcelo Antonio Conterato
Marcia Ivana Lima e Silva
Maria Stephanou
Regina Zilberman
Tânia Denise Miskinis Salgado
Temístocles Cezar
Alex Niche Teixeira, presidente
Série Ensino, Aprendizagem e Tecnologias
Organização social
e movimentos sociais
rurais
Ivaldo Gehlen
Daniel Gustavo Mocelin
Organizadores
Coordenação da Série:
Laura Wunsch, Gabriela Trindade Perry, Tanara Forte Furtado e Marcello Ferreira
A grafia desta obra foi atualizada conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, de 1990,
que entrou em vigor no Brasil em 1º de janeiro de 2009.
ATORES SOCIAIS
Ivaldo Gehlen
INTRODUÇÃO
Quadro 2 - Atores sociais rurais e formas sociais na agricultura segundo alguns indicadores (sul do Brasil)
OBJETIVO /
INDICADORES/ ORIGEM TECNOLOGIA / IMPACTOS PERSPECTIVAS /
TERRA TRABALHO DESTINO DO
FORMAS SOCIAIS Étnico-Social RACIONALIDADE AMBIENTAIS OBSERVAÇÕES
PRODUTO
Serviço não
Portuguesa Sesmaria, nobre, mas Exportação Especulador
Extensiva/ extrativa (prestígio do de Médio: tecnologia
LATIFUNDIÁRIA (Alentejo), fonte de poder necessário. (subordina públi-
Tradicional / mista. fora – desqua- tradicional usa fogo
Hispânica. Patrimônio persona- Trabalhador = co ao patrimônio),
lifica consumi- e desmatamento.
lizado, absolutizado. Patrimônio dor nacional). Em extinção.
personalizado.
Racionalizada,
Centralidade Sustentabilida- Racionalizado:
Mercados diversos,
Mobilidade ética/ Gera- de competitiva,
Agroindústrias, Sensibilidade Em expansão,
GRANJEIRO social ascendente, Capital familiar, dor de bens e
(uso intensivo de ambiental
Diversificação, de riqueza, Região como valor Compromisso
(EMPRESÁRIO) Meio de riqueza. tecnologias/ gestão), (tecnologias,
simbólico de com o local.
Investimento. Eficiência/ Dependência de discurso éti-
mercado. co sobre).
Competitividade. informação e de
comunicação.
(Continuação do Quadro 2)
Fonte de vida, Não trabalha “Primitiva” (Brasil) Consumo familiar, Muito fraco: Em reconhe-
Autóctone. Patrimônio da (segundo ótica Tradicional, Excedente para Forte interdepen- cimento,
INDÍGENA comunidade, nossa), a comunidade. dência em rela- Crescimento
braçal/instrumen-
uso familiar Atividade de tos rudimentares. ção à natureza. demográfico.
(rodízio). sobrevivência.
49
......
50
......
(Continuação do Quadro 2)
Diversa Espaço de Atividade eventual Dependente de Para quem solicita. Depende Diminuição da
OUTRAS: para sobreviver, quem solicita. (em geral fraco). possibilidade de
biscateiros, (excluídos). Sobrevivência.
Troca de favores. reprodução.
andarilhos
FAORO, R. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. 2. ed. rev. São Paulo:
Globo, 2000.
GEHLEN, I. Estrutura, dinâmica social e concepção sobre a terra no meio rural do Sul.
Cadernos de Sociologia, Porto Alegre, PPG em Sociologia/UFRGS, v. 6, p. 154-176, 1994.
NEUFVILE, S. Travail et loisirs, histoire d’un divorce. Alternatives économiques, Paris, n. 139, p.
46, jul./ago, 1996.