Carreiras Aula 04 Processo Civil
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SUMÁRIO
1 RECURSOS .................................................................................................................................. 1
1.2 Recursos em espécie ................................................................................................................. 1
1.2.1 Apelação .................................................................................................................................. 1
1.2.2 Agravo de instrumento ............................................................................................................ 2
1.2.3 Agravo interno ....................................................................................................................... 10
1.2.4 Embargos de declaração ...................................................................................................... 13
1 RECURSOS
1.2.1 Apelação
Esse julgado corresponde à quarta hipótese vista na última aula, defeito de fundamentação.
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Cabimento
Contra decisões interlocutórias, especialmente, as contidas no rol do art. 1.015, CPC.
Quando a tutela provisória for capítulo da sentença, deve-se ataca-la por meio de apelação:
Inciso II: contra decisão interlocutória que versar sobre o mérito do processo.
Exemplo¹:
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Art. 356, CPC. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos
formulados ou parcela deles:
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I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
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Por isso, o correto é dizer que cabe agravo de instrumento contra decisão que verse sobre
prescrição ou decadência (que decreta parcialmente ou que afasta).
“Cabe agravo de instrumento, nos termos do art. 1.015, II, do CPC/2015, contra
decisão interlocutória que fixa data da separação de fato do casal para efeitos da
partilha dos bens.” (STJ, Informativo 644, REsp 1.798.975/2019)
Inciso III: contra decisão interlocutória que rejeita a alegação de convenção de arbitragem.
Se o juiz acolhe, tem-se sentença, porque extingue o processo.
Se cabe agravo de instrumento contra decisão que verse sobre arbitragem, também cabe contra
decisão que verse sobre competência (vácuo deixado no CPC/2015). O STJ, então, previu:
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Isso porque, quando o juiz decide sobre arbitragem, não deixa de estar decidindo sobre
competência. Contudo, também cabe mandado de segurança, se entender que há dúvida
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Se o tribunal já entendeu pelo cabimento de agravo de instrumento, não é mais adequado falar
na existência de dúvida razoável. Entretanto, os informativos são de órgãos diferentes do
tribunal, o que demonstra que não está sendo observado o art. 926, CPC, acerca da
necessidade de uniformização da jurisprudência.
No CPC/73, contra a impugnação à justiça gratuita, que era autuada em apartado, cabia
apelação, porque a decisão que a resolvia era sentença. No CPC/2015, o STJ uniformizou:
Se a decisão foi proferida após a entrada em vigor do CPC/2015, mesmo que em autos
apartados, em impugnação à justiça gratuita, cabe agravo de instrumento.
Inciso IV: contra decisão interlocutória que verse sobre IDPJ (arts. 133 a 137, CPC)
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Para o credor alcançar o patrimônio dos sócios, deve instaurar o IDPJ, que exige que os sócios
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intervenção de terceiros.
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Inciso VI: contra decisão interlocutória que versar sobre exibição ou posse de documento ou
coisa (arts. 396 e ss, CPC).
Se o juiz ordena que a parte exiba; se o juiz recusa ou acolhe o motivo do réu para não exibir;
em todos os casos, é cabível agravo de instrumento. O documento ou coisa precisam ser
exibidos para a instrução do feito, permitindo ao juiz analisar o mérito.
O tema relativo a agravo de instrumento é um dos mais decididos dentro do CPC/2015, e nenhum
outro tema foi tão tratado em informativos como esse.
Inciso VIII: contra decisão interlocutória que rejeita o pedido de limitação de litisconsórcio (art.
113 e §§, CPC).
Inciso XIX: contra decisão interlocutória que versar sobre admissão ou inadmissão de
intervenção de terceiros. Exemplo: denunciação da lide, assistência.
Exceção: no caso de amicus curiae, deve-se conjugar o art. 138, CPC com decisão do pleno
do STF de 2018. Segundo o CPC, a decisão do juiz ou do relator que solicita ou admite a
participação de amicus curiae é irrecorrível. Segundo o CPC, parece que a decisão que inadmite
é recorrível, mas o pleno do STF decidiu que também é irrecorrível:
“O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria de votos, que
não cabe a interposição de agravo regimental para reverter decisão de relator que
tenha inadmitido no processo o ingresso de determinada pessoa ou entidade como
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Exemplo: juiz profere decisão admitindo intervenção de terceiro, em razão da qual houve
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deslocamento de competência. Essa é uma decisão interlocutória com duplo conteúdo, porque
abrange a hipótese da intervenção de terceiros e a da competência. Nesse caso, cabe agravo
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de instrumento também:
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Inciso X: contra decisão que concede, revoga ou modifica efeito suspensivo em embargos à
execução.
Embargos à execução são a defesa do devedor na execução de título extrajudicial. Não há efeito
suspensivo, via de regra, mas pode ser requerido.
Contra decisão que indefere o pedido, também cabe agravo, segundo o STJ:
Isso porque efeito suspensivo é uma tutela de urgência, cuja decisão já está abrangida no inciso
I, porque todas as decisões que versem sobre tutela de urgência são desafiadas via agravo.
Inciso XI: contra decisão que verse sobre redistribuição do ônus da prova (art. 373, §1º, CPC).
No CPC/2015, em regra, o ônus da prova incumbe a quem alega. Todavia, é possível, diante
das particularidades do caso, que o juiz atribua o ônus da prova de maneira diversa, cuja decisão
desafia agravo.
Contra a decisão que indefere o pedido de redistribuição do ônus da prova, também cabe o
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agravo de instrumento.
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“Não cabe agravo de instrumento contra decisão do juiz que determina a elaboração
de cálculos judiciais e estabelece os parâmetros de sua realização.” (STJ,
Informativo 638, REsp 1.700.305/2018)
Isso porque essa decisão tem muito mais impressão de impulso da execução do que de
acertamento de controvérsia.
Além disso:
Por fim, o rol do art. 1.015, CPC, que aparentemente era taxativo, a partir do CPC/2015, foi sendo
mitigado, até o STJ decidir que, sempre que houver urgência, é possível agravar, ainda que não
haja compatibilidade com o rol:
E não poderia ser diferente, porque é necessário se solucionarem alguns problemas práticos.
Exemplo: decisão que indefere pedido de segredo de justiça; se for discutir por meio de apelação,
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até lá, todos já tiveram acesso aos autos. Exemplo: decisão que determina incompetência do juízo;
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Daí a questão de concurso que pegou os dois exemplos citados no voto da ministra relatora do
julgado:
Procedimento
Prazo: 15 dias.
Exige preparo.
É dirigido diretamente ao tribunal de justiça, razão pela qual, os autos ficam na primeira instância,
e deve-se formar o instrumento na segunda instância, com peças obrigatórias e facultativas.
Peças obrigatórias:
Cópia da decisão agravada (objeto de julgamento);
Cópia das procurações (para que o tribunal saiba se os advogados que assinaram são os
constituídos);
Certidão da intimação da decisão (para comprovar se o recurso é tempestivo) ou (novidade do
CPC/15) documento oficial que comprove a tempestividade do recurso (exemplo: a própria
decisão interlocutória pode estar datada).
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“As peças que devem formar o instrumento do agravo podem ser apresentadas em
mídia digital (dvd).” (STJ, Informativo 591, REsp 1.534.487/2016)
Se o processo é eletrônico nas duas instâncias, não é necessário juntas as peças, basta o tribunal
consultar no sistema:
Isso porque, se o processo é físico na primeira instância, não tem como o tribunal acessar da
segunda instância, então, o agravante deve juntá-las.
A falta de peças, mesmo que obrigatórias, entretanto, é vício sanável. O relator concederá 5 (cinco)
dias para regularização, indicando quais são as peças faltantes (em razão do princípio da
cooperação, pelo viés do dever de auxílio), sendo vedado inadmitir o recurso de plano (em razão
do princípio da primazia do julgamento do mérito).
Art. 1.018, CPC – O agravante tem prazo de 3 (três) dias para juntar, no juízo a quo (primeira
instância), cópia do agravo de instrumento, comprovante de interposição do recurso e relação de
documentos juntada ao agravo. O objetivo dessa norma é permitir o exercício do juízo de retratação,
mas, o mais importante, é facilitar o contraditório, dando acesso dos autos do agravo ao agravado,
para realizar a contraminuta, pois pode ocorrer de os autos serem físicos, e o agravado encontrar-
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“Nessa toada, a melhor interpretação para a norma contida no §2º do art. 1.018 é a
de que quando houver tramitação eletrônica dos feitos na origem e no Tribunal
de Justiça, o agravante não terá o ônus de requerer a juntada da cópia da
petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da
relação dos documentos que o instruem, bastando apenas que comunique tal
fato ao juiz da causa ou que tal providência seja feita pela Secretaria Judiciária
da Comarca, porque o acesso a ele seria simples.” (STJ, REsp 1.708.609/2018)
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Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o
respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do
regimento interno do tribunal.
O agravo interno legitima uma decisão que, em princípio, não seria legítima, por ser monocrática.
Em regra, decisão monocrática de relator desafia agravo interno, mas nem toda decisão
monocrática desafia agravo interno. Exemplos de decisão monocrática irrecorrível – arts. 138,
1.007, §6º, CPC:
A petição de agravo interno deve trazer impugnação específica. Isso é óbvio, por exigência do
princípio da dialeticidade, que todos os recursos devem observar. Contudo, é compreensível essa
determinação para o agravo interno, porque é necessário que se ataquem os fundamentos da
decisão do relator, e não repetir os fundamentos do recurso.
Do mesmo modo, o relator não pode fazer fundamentação per relationem (referencial), isto é,
reproduzir os fundamentos de sua decisão. Como regra, em geral, não se veda fundamentação per
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interno, ainda que “com o fito de evitar tautologia.” (STJ, Informativo 592, REsp
1.622.386/2016)
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Contudo, se o agravante não trouxe nada de novo em sua impugnação, não há sentido em exigir
do relator essa inovação:
“Importante também esclarecer que a vedação constante do art. 1.021, §3º, do CPC
não pode ser interpretada no sentido de se exigir que o julgador tenha de refazer o
texto da decisão agravada com os mesmos fundamentos, mas [com] outras
palavras, mesmo não havendo nenhum fundamento novo trazido pela agravante na
peça recursal.” (STJ, Corte Especial, EDcl no AgRg nos EREsp 1483155)
Portanto, se o agravante não trouxe qualquer fundamento novo, o relator pode fazer fundamentação
referencial.
Multa
Enunciado 358, FPPC. “A aplicação da multa prevista no art. 1.021, §4º, exige manifesta
inadmissibilidade ou manifesta improcedência.”
Enunciado 74, CJF. “O termo ‘manifestamente’ previsto no §4º do art. 1.021 do CPC se refere tanto
à improcedência quanto à inadmissibilidade do agravo.”
O termo “manifestamente improcedente” é uma carta branca na mão do julgador, porque é difícil se
pensar em uma hipótese que configure manifesta improcedência. Manifesta inadmissibilidade é
tranquilo de se pensar, a exemplo de um recurso interposto no 18º dia.
Enunciado 359, FPPC. “A aplicação da multa prevista no art. 1.021, §4º, exige que a manifesta
inadmissibilidade seja declarada por unanimidade.”
Se a multa for aplicada, seu depósito passa a ser condição para interposição de outros recursos,
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multa ao final. Justiça gratuita não isenta o pagamento de multas, que devem ser pagas ao final,
apenas isenta o depósito prévio.
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O STJ entende que não é possível aplicar essa multa quando o agravo for interposto com o objetivo
de exaurir a instância recursal ordinária para interposição de REsp e RE:
Se uma decisão monocrática traz uma ofensa brutal à Constituição da República, não se pode
interpor recurso extraordinário diretamente, mas agravo interno, com o intuito de exaurir a instância
ordinária (requisito para interposição de REsp e RE, que será visto em tópico oportuno).
Cabimento
Qualquer decisão (interlocutória, sentença, acórdão e até mesmo despachos).
No caso de decisão de inadmissão de recurso especial proferida pelo tribunal de origem, deve-se
interpor diretamente o agravo de instrumento, e não os embargos de declaração, salvo se a decisão
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for muito genérica, o que impede a interposição de agravo de instrumento, por não se saber o que
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Exemplo: decisão que inadmite recurso especial por falta do preenchimento dos pressupostos
gerais e constitucionais do recurso. É impossível agravar dessa decisão, porque não se sabe o que
não foi preenchido.
É tão absurda essa vedação à oposição de embargos de declaração, que o próprio Conselho da
Justiça Federal defende que deve caber:
Enunciado 75, CJF. “Cabem embargos declaratórios contra decisão que não admite recurso
especial e extraordinário, no tribunal de origem ou no tribunal superior, com a consequente
interrupção do prazo recursal.”
“A contradição que autoriza a reforma pela via dos embargos de declaração é tão-
somente aquela que ocorre entre as proposições e conclusões do próprio
julgador, ou seja, interna, e não entre o que ficou decidido e as teses defendidas
pelo embargante [externa].” (STJ, REsp 1.050.208/2008)
Omissão: a omissão mais familiar ocorre quando o juiz deixar de analisar algo. Contudo, o CPC
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Decisão que viola o dever de fundamentação real (art. 489, §1º, CPC), ou seja, é a decisão
“vestidinho preto” (estudada nas aulas de princípios).
Decisão que viola o dever de autorreferência, o que se verifica quando o juiz, sendo
necessário ao caso, não dialoga com um precedente firmado em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência:
“Se o tribunal julga determinado caso, mas não dialoga com precedente firmado em
julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência, seja
para aplica-lo ao caso, seja para realizar a distinção, não terá cumprido o
DEVER DE AUTORREFERÊNCIA [dever dos tribunais de não ignorarem seus
próprios precedentes]. Há, então, uma omissão, a ser suprida por embargos de
declaração.” (DIDIER, Fredie. Ob. Cit. p. 253)
Procedimento
Prazo: 5 dias.
Não se exige preparo.
Competência para julgamento:
Embargos opostos contra sentença de primeira instância: é o mesmo juízo que julga.
Embargos opostos contra decisão monocrática: é o próprio relator que julga.
Embargos opostos contra decisão do colegiado: o relator apresentará os embargos em mesa
na sessão subsequente.
Isso para a parte saber que serão julgados, porque o correto é que sejam julgados na sessão
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subsequente.
Suponha-se que foi proferido acórdão, contra o qual o autor interpôs REsp, e o réu opôs
embargos de declaração nos prazos legais. Contudo, se os embargos modificam a decisão
embargada, o embargado (no caso, o autor, que interpôs o REsp) tem direito de complementar
ou aditar suas razões recursais, no prazo de 15 dias. Caso não queira modificar nada em suas
razões, deverá, ao menos, ratificar o recurso interposto.
Súmula 579, STJ: “Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do
julgamento dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior.”
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