Estatística Aplicada
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Estatística Aplicada
Notas de aula
O presente material foi elaborado com o objetivo de facilitar as atividades em sala de aula,
seguindo a bibliografia apresentada no final do texto. Esclarece-se que o material, não
substitui a bibliografia apresentada, portanto, é necessário consultar os livros recomendados.
2022
ii
SUMÁRIO
Introdução .................................................................................................................................... 6
1 ESTATÍSTICA DESCRITIVA .................................................................................................... 7
1.1 Variável Aleatória ................................................................................................................ 7
1.2 Tipos de Escalas e Variáveis............................................................................................... 8
1.3 Variáveis Aleatórias Qualitativas e Quantitativas ................................................................. 9
1.4 Arredondamento de Números ........................................................................................... 10
1.5 Tabelas ............................................................................................................................. 10
1.5.1 Elementos essenciais de uma tabela ............................................................................. 10
1.5.2 Tabelas de distribuição de frequências........................................................................... 11
1.5.2.1 Variável Aleatória Discreta .................................................................................. 11
1.5.2.2 Variável Aleatória Contínua ................................................................................ 12
1.6 Gráficos ............................................................................................................................. 13
1.6.1 Representação Gráfica ................................................................................................... 13
1.6.1.1 Elementos componentes dos gráficos................................................................. 14
1.6.2 Histograma de Frequências ............................................................................................ 14
1.6.3 Diagrama de Ramo e Folhas (Stem and Leaf Plot)......................................................... 15
LISTA DE EXERCÍCIOS 01 .................................................................................................... 16
1.7 Medidas de tendência central, Variabilidade e Forma da Distribuição ............................... 17
1.7.1 Medidas de Tendência Central ....................................................................................... 17
1.7.1.1 Esperança matemática ou média aritmética........................................................ 17
1.7.1.2 Mediana .............................................................................................................. 19
1.7.1.3 Moda................................................................................................................... 22
1.7.2 Separatrizes ................................................................................................................... 23
1.7.2.1 Quartil ................................................................................................................. 23
1.7.3 Medidas de variabilidade ou Dispersão .......................................................................... 26
1.7.3.1 Amplitude Total ................................................................................................... 26
1.7.3.2 Amplitude Interquartil .......................................................................................... 27
1.7.3.3 Variância e Desvio Padrão.................................................................................. 27
1.7.3.4 Coeficiente de Variação ...................................................................................... 29
1.7.4 Forma da Distribuição .................................................................................................... 30
1.7.4.1 Coeficiente do momento de assimetria ............................................................... 30
1.7.4.2 Coeficiente do momento de curtose .................................................................... 32
LISTA DE EXERCÍCIOS 02 .................................................................................................... 34
2 ELEMENTOS DE PROBABILIDADES .................................................................................... 37
2.1 Experimento Aleatório (E)................................................................................................. 37
2.2 Espaço Amostral (S).......................................................................................................... 37
2.3 Evento ............................................................................................................................... 37
2.3.1 Evento Complementar .................................................................................................... 38
2.3.2 Eventos Independentes .................................................................................................. 38
2.3.3 Eventos Mutuamente Exclusivos .................................................................................... 38
2.4 Definição Clássica de Probabilidade ................................................................................. 39
2.5 Definição Axiomática de Probabilidade ............................................................................. 40
2.6 Probabilidade Condicional ................................................................................................. 40
2.7 Teorema da Probabilidade Total ....................................................................................... 41
2.8 Teorema de Bayes ............................................................................................................ 42
LISTA DE EXERCÍCIOS 03 .................................................................................................... 43
3 VARIÁVEIS ALEATÓRIAS DISCRETAS E DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADES ........... 45
3.1 Definições ......................................................................................................................... 45
3.2 Distribuições de Probabilidades para V. A. Discretas ........................................................ 47
3.2.1 Distribuição binomial ...................................................................................................... 47
iii
7.2.3.2 Quando as variâncias populacionais 𝜎12 e 𝜎22 são Desconhecidas .................... 100
7.2.4 Teste para Igualdade de Duas Variâncias Populacionais ............................................. 103
LISTA DE EXERCÍCIOS 07 .................................................................................................. 106
8 ANÁLISE DA VARIÂNCIA ..................................................................................................... 108
8.1 Fundamentos da ANOVA ................................................................................................ 108
8.2 Análise da Variância a um Critério de Classificação ........................................................ 110
8.3 Comparações Múltiplas entre Médias .............................................................................. 114
8.3.1 Teste de Scheffé .......................................................................................................... 114
LISTA DE EXERCÍCIOS 08 .................................................................................................. 117
9 ANÁLISE DE CORRELAÇÃO E REGRESSÃO SIMPLES .................................................... 119
9.1 Introdução ....................................................................................................................... 119
9.2 Diagrama de Dispersão ................................................................................................... 119
9.3 Análise de Correlação ..................................................................................................... 119
9.3.1 Coeficiente de Correlação Linear de Pearson .............................................................. 119
9.3.1.1 Teste de Hipóteses para Coeficiente de Correlação ......................................... 122
9.4 Análise de Regressão Linear Simples ............................................................................. 122
9.4.1 Estimação dos Parâmetros........................................................................................... 123
9.4.2 Testes de Hipóteses na Regressão .............................................................................. 126
9.4.2.1 Análise da Variância ......................................................................................... 126
9.4.3 Coeficiente de Determinação ou Explicação................................................................. 128
9.5 Ajuste de Função Exponencial ........................................................................................ 128
9.5.1 Estimativa dos Coeficientes .......................................................................................... 128
9.5.2 Testes de Hipóteses na Regressão .............................................................................. 129
9.5.2.1 Análise da Variância ......................................................................................... 129
9.5.3. Coeficiente de Determinação ou Explicação................................................................ 130
LISTA DE EXERCÍCIOS 09 .................................................................................................. 133
10 CONTROLE ESTATÍSTICO DE QUALIDADE ..................................................................... 135
10.1 Gráficos de Controle...................................................................................................... 135
10.2 Gráfico de Controle para Variáveis ................................................................................ 138
10.2.1 Gráfico de Controle de 𝑋̅ ............................................................................................ 138
10.2.2 Gráfico de Controle de 𝑅 ............................................................................................ 139
10.3 Gráfico de Controle para Atributos ................................................................................ 143
10.3.1 Gráfico de Controle para Fração de Não Conformes (Gráfico p) ................................ 143
LISTA DE EXERCÍCIOS 10 .................................................................................................. 146
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ 149
APÊNDICE 1 – MÉTODOS DE OBTENÇÃO DE ESTIMADORES ....................................... 150
1 Método dos Momentos .......................................................................................................... 151
2 Método da Máxima Verossimilhança ..................................................................................... 151
3 Método dos Mínimos Quadrados........................................................................................... 152
APÊNDICE 2 - TESTES DE ADERÊNCIA ............................................................................... 155
1 Teste do Qui-quadrado ......................................................................................................... 155
1.1 Teste de Aderência para a Distribuição de Poisson......................................................... 156
1.2 Teste de Aderência para a Distribuição Binomial ............................................................ 158
APÊNDICE 3 - VERIFICAÇÃO DA NORMALIDADE DOS DADOS .......................................... 160
1 Gráfico para verificar normalidade ...................................................................................... 161
1.1 Gráfico normal probabilístico (QQ-normal) ...................................................................... 161
2 Testes para verificar a normalidade.................................................................................... 162
2.1 Teste de Lilliefors (Kolmogorov-Smirnov com correção de Liliefors) ................................ 162
2.2 Teste de Shapiro-Wilk ..................................................................................................... 163
TABELA A1.1 – ÁREAS SOB A CURVA NORMAL ............................................................... 166
TABELA A1.2 – ÁREAS SOB A CURVA NORMAL ............................................................... 167
TABELA A2 - DISTRIBUIÇÃO ‘t’ DE STUDENT .................................................................... 168
TABELA A3 – DISTRIBUIÇÃO 𝜒 2 ......................................................................................... 169
v
Introdução
Estatística
Indutiva
A Teoria das Probabilidades permite modelar os fenômenos aleatórios, ou seja, aqueles em que
está presente a incerteza. É uma ferramenta fundamental para a inferência estatística.
A Estatística Indutiva compreende um conjunto de técnicas baseadas em probabilidades, que a
partir de dados amostrais, permite-nos tirar conclusões sobre a população de interesse.
A Amostragem é o ponto de partida para um estudo estatístico. O estudo de qualquer fenômeno,
exige a coleta e a análise de dados estatísticos. A coleta de dados é, pois, a fase inicial de
qualquer pesquisa.
A População é o conjunto de todas as observações potenciais sobre determinado fenômeno. O
conjunto de dados efetivamente observados, ou extraídos, constitui uma amostra da população.
É a partir do dado amostral, que se desenvolvem os estudos, com o objetivo de se fazer
inferências sobre a população.
7
1 ESTATÍSTICA DESCRITIVA
0, 𝑠𝑒 𝑠 = 𝑃𝑃𝑃
1, 𝑠𝑒 𝑠 = 𝐷𝑃𝑃 𝑜𝑢 𝑠 = 𝑃𝐷𝑃 𝑜𝑢 𝑠 = 𝑃𝑃𝐷
𝑋(𝑠) = {
2, 𝑠𝑒 𝑠 = 𝐷𝐷𝑃 𝑜𝑢 𝑠 = 𝐷𝑃𝐷 𝑜𝑢 𝑠 = 𝑃𝐷𝐷
3, 𝑠𝑒 𝑠 = 𝐷𝐷𝐷
sendo P=perfeito e D=defeituoso.
Uma variável pode se apresentar das seguintes formas, quanto aos valores assumidos:
1.o Escala nominal: o nível nominal de mensuração é caracterizado por dados que consistem em
nomes, rótulos ou categorias apenas.
Por exemplo, seja X, a variável “cor” dos automóveis vendidos durante um determinado
mês. Neste caso, a variável X assume as categorias “prata”, “branco”, “preto”, etc., sendo
denominada politômica. Quando assume somente duas categorias é denominada dicotômica.
Exemplo: situação das lâmpadas (perfeita ou defeituosa).
Outros exemplos:
a) autoveículos segundo categorias (veículos leves, caminhões e ônibus);
b) cor dos olhos;
c) automóvel segundo fabricante.
2.o Escala ordinal: dados a nível ordinal são mais informativos do que dados nominais. Quando a
ordenação é importante, os dados coletados são chamados ordinais.
Por exemplo, seja X a variável que indica a categoria de consumo de energia elétrica de
determinado eletrodoméstico. Tem-se então: A (mais eficiente) até G (menos eficiente).
Outros exemplos:
a) Qualidade de um determinado produto.(A - melhor qualidade, B - qualidade intermediária)
e C - pior qualidade);
b) escolaridade;
c) grupos etários.
3.º Escala intervalar: o nível intervalar de mensuração é como o nível ordinal, com a propriedade
adicional de que a diferença entre quaisquer dois valores de dados é significativa. No entanto, os
dados nesse nível não têm um ponto inicial zero natural (quando o nada da quantidade está
presente).
Exemplo: As escalas para medir temperaturas como a Fahrenheit e a Celsius são
exemplos de escalas intervalar. Não se pode afirmar que 40oC é duas vezes mais quente que
uma temperatura de 20oC, embora se possa dizer que a diferença entre 20oC e 40oC é a mesma
que entre 75oC e 95oC. No entanto, não há um ponto inicial natural. O valor 0oC, pode parecer um
ponto inicial, mas é arbitrário e não significa ausência total de calor.
9
Outro exemplos:
a) Os anos 1000, 2000, 1400, 1900. O tempo não começa no ano 0, de modo que o ano 0
é arbitrário e não um ponto inicial zero natural que represente nenhum tempo;
b) quociente de inteligência.
4.º Escala de razão: o nível de mensuração de razão possui todas as propriedades da escalas
nominal, ordinal e intervalar, mais a propriedade adicional de possuir um zero absoluto
(verdadeiro) no ponto de origem.
Exemplo: consumo de energia elétrica (KWh/mês) de determinado eletrodoméstico.
Outros exemplos:
a) Velocidade de um automóvel;
b) peso e altura de um equipamento;
c) nível auditivo (em decibéis).
Nominal
Qualitativa
Ordinal
Variável
Discreta
Quantitativa
Contínua
FONTE: A autora
FONTE: A autora
10
1.5 TABELAS
Uma tabela deve apresentar os dados de forma resumida, oferecendo uma visão geral do
comportamento do fenômeno analisado.
Uma tabela é constituída dos seguintes elementos:
• Frequência absoluta (𝑓𝑖 ): número de vezes que um elemento aparece no conjunto de dados.
∑𝑘𝑖=1 𝑓𝑖 = 𝑛 onde 𝑛 é o número total de observações e 𝑘 é o número de valores diferentes
observados.
• Frequência Relativa (𝑓𝑟 ): razão entre a frequência absoluta do valor i e total de frequências.
𝑓𝑖
𝑓𝑟𝑖 = e ∑𝑘𝑖=1 𝑓𝑟𝑖 = 1
𝑛
• Frequência Absoluta Acumulada (𝑓𝑎𝑐 ): soma da frequência absoluta do valor 𝑖 assumida pela
variável com todas as frequências absolutas anteriores.
Quando se tratar de uma variável quantitativa discreta que pode assumir um grande
número de valores distintos, a construção da tabela de frequências e de gráficos considerando
cada valor como uma categoria fica inviável. A solução é agrupar os valores em classes ao
elaborar a tabela.
▪ Amplitude total ou “range” (At): É a diferença entre o maior e o menor valor observados no
conjunto de dados.
𝐴𝑡 = 𝑋𝑚á𝑥 − 𝑋𝑚𝑖𝑛
▪ Amplitude ou intervalo das classes (h): É a divisão da amplitude total (At) pelo número de
classes (k).
Ou seja:
𝐴𝑡
ℎ≅
𝑘
Quando a variável quantitativa em estudo é contínua, que assume muitos valores distintos,
o agrupamento dos dados em classes será sempre necessário, na construção das tabelas de
distribuições de frequências.
Exemplo 1: A seguir, são apresentadas as medidas (mm) de uma dimensão de uma peça
produzida por um processo de usinagem. Construir a tabela de distribuição de frequências em
classes.
102,8 - 136,4 - 110,1 - 115,9 - 118,5 - 149,3 - 125,3 - 144,8 - 129,7 - 132,7
135,0 – 108,2 - 138,1 - 138,6 - 139,6 - 140,4 - 125,9 - 145,2 - 145,7 – 120,4
ROL:
102,8 - 108,2 - 110,1 - 115,9 - 118,5 - 120,4 - 125,3 - 125,9 - 129,7 - 132,7
135,0 - 136,4 - 138,1 - 138,6 - 139,6 - 140,4 - 144,8 - 145,2 - 145,7 - 149,3
𝑘=5
𝐴𝑡 46,50
ℎ≅ = = 9,3 ≅ 10
𝑘 5
13
Exemplo 2: O tempo necessário para se realizar certa operação industrial foi cronometrado (em
segundos), sendo feita 30 determinações:
45 - 37 - 39 - 48 - 51 - 40 - 53 - 49 - 39 - 41 - 45 - 43 - 45 - 34 - 45
41 - 57 - 38 - 46 - 46 - 58 - 57 - 36 - 58 - 35 - 31 - 59 - 44 - 57 - 35
ROL:
31 - 34 - 35 - 35 - 36 - 37 - 38 - 39 - 39 - 40 - 41 -41 - 43 - 44 - 45
45 - 45 - 45 - 46 - 46 - 48 - 49 - 51 - 53 - 57- 57 - 57 - 58 - 58 – 59
1.6 GRÁFICOS
O objetivo do gráfico é passar para o leitor uma visão clara do comportamento do fenômeno
em estudo, uma vez que os gráficos transmitem informação mais imediata do que uma tabela.
A representação gráfica de um fenômeno deve obedecer a certos requisitos fundamentais,
apresentados a seguir:
14
b) Clareza: o gráfico deve possibilitar uma correta interpretação dos valores representativos do
fenômeno em estudo.
c) Veracidade: o gráfico deve ser a verdadeira expressão do fenômeno em estudo.
INTERVALO DAS
CLASSES (mm) 𝑓𝑖
3 145567899 9
4 0113455556689 13
5 13777889 8
Observe que no ramo 4 existem muitas folhas, neste caso, recomenda-se dividir em duas
linhas, como apresentado a seguir.
LISTA DE EXERCÍCIOS 01
1. Conceitue:
a) População ou Universo;
b) Amostra;
c) Parâmetro;
d) Estatística ou medida amostral;
e) Variável aleatória discreta e exemplifique;
f) Variável aleatória contínua e exemplifique.
2. Uma importante característica de qualidade da água é a concentração de material sólido
suspenso. Em seguida são apresentadas 30 medidas de sólidos suspensos de um certo lago.
42,4 - 65,7 - 29,8 - 58,7 - 52,1 - 55,8 - 57,0 - 68,7 - 67,3 - 67,3 - 54,3 - 54,0 - 73,1 - 81,3 - 59,9
56,9 - 62,2 - 69,9 - 66,9 - 59,0 - 56,3 - 43,3 - 57,4 - 45,3 - 80,1 - 49,7 - 42,8 - 42,4 - 59,6 - 65,8
3. O tempo necessário para se realizar certa operação industrial foi cronometrado (em segundos),
sendo feita 40 medições:
45 - 37 - 39 - 48 - 51 - 40 - 53 - 49 - 39 - 41 - 45 - 43 - 45 – 34 - 45 - 35
41 - 57 - 38 - 46 - 46 - 58 - 57 - 36 - 58 - 35 - 31 - 59 - 44 - 57 - 45 - 44
38 - 43 - 33 - 56 - 47 - 48 - 44 - 49
▪ Forma.
∑𝑘𝑖=1 𝑥𝑖 𝑓𝑖
𝐸(𝑋) = 𝜇 =
𝑁
onde: k é o número de classes;
𝑥𝑖 é o ponto médio das classes.
18
∑𝑘𝑖=1 𝑥𝑖 𝑓𝑖
𝑋̅ =
𝑛
onde: k é o número de classes (intervalos);
𝑥𝑖 é o ponto médio das classes.
Exemplos de aplicação
1) Suponha que um engenheiro esteja projetando um conector de náilon para ser usado em uma
aplicação automotiva. O engenheiro estabelece como especificação do projeto uma espessura de
3/32 polegadas, mas está inseguro acerca do efeito dessa decisão na força da remoção do
conector.
Oito unidades do protótipo são produzidas e suas forças de remoção são medidas (em libras-força):
12,6 - 12,9 - 13,4 - 12,3 - 13,6 - 13,5 - 12,6 - 13,1. A média da força de remoção será:
1 104
𝑋̅ = [12,6 + 12,9 + 13,4 + 13,6 + 13,5 + 12,6 + 13,1] = = 13,0
8 8
A média da força de remoção é 𝑋̅ = 13,0 libras-força
Solução:
INTERVALO DAS
𝑓𝑖 𝑥𝑖 𝑥𝑖 𝑓𝑖
CLASSES (s)
∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖 𝑓𝑖 1365
𝑋̅ = = = 45,40 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠
𝑛 30
1.7.1.2 Mediana
A mediana é o valor que ocupa a posição central do conjunto de observações de uma
variável, dividindo o conjunto em duas partes iguais, sendo que 50% dos dados assumem valores
menores ou igual ao valor da mediana e os 50% restantes, acima do seu valor.
NOTA: A mediana é independente dos valores extremos, porque ela só leva em consideração os
valores de posição central.
Exemplos de aplicação:
1) Considerando-se as forças de remoção, medidas em uma amostra de oito unidades do protótipo
(em libras-força): 12,6 - 12,9 - 13,4 - 12,3 - 13,6 - 13,5 - 12,6 - 13,1.
12,9 + 13,1
𝑀𝑒 = = 13,0
2
2) Os dados que seguem são os resultados da inspeção diária de todas as unidades de computadores
produzidos durante os últimos 10 dias. O número de unidades não conformes são:
4-7-5-8-6-6-4-5-8-7
Calcular a mediana.
Rol: 4 - 4 - 5 - 5 - 6 - 6 - 7 - 7 - 8 - 8
(𝑛 − 1) (10 − 1)
𝑃𝑜𝑠𝑀𝑒 = +1= + 1 = 5,5
2 2
6+6
𝑀𝑒 = = 6 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒𝑠
2
b) Dados agrupados em classes
(𝑛/2) − ′𝑓𝒂𝒄
𝑀𝑒 = 𝐿𝑖 + ×ℎ
𝑓𝒊
onde:
𝐿𝑖 é o limite inferior da classe que contém a mediana;
𝑛 é o número de elementos do conjunto de dados;
′𝑓𝑎𝑐 é a frequência acumulada da classe anterior a que contém a mediana;
𝑓𝒊 é a frequência simples da classe que contém a mediana;
ℎ é o intervalo ou amplitude da classe que contém a mediana.
1) Seja a distribuição de frequências a seguir. Calcular a mediana das medidas de uma dimensão
das peças.
Solução:
𝑛 20
= = 10
2 2
2) Calcular as frequências acumuladas (𝑓𝑎𝑐 )
21
INTERVALO DAS
𝑓𝑖 𝑓𝑎𝑐
CLASSES (mm)
102,8 |--- 112,8 3 3
112,8 |--- 122,8 3 6
122,8 |--- 132,8 4 10
132,8 |--- 142,8 6 16
142,8 |--- 152,8 4 20
TOTAL 20
(𝑛/2) − ′𝑓𝒂𝒄
𝑀𝑒 = 𝐿𝑖 +
𝑓𝒊
10 − 6
𝑀𝑒 = 122,8 + × 10 = 132,8 𝑚𝑚
4
Solução:
INTERVALO DAS
𝑓𝑖 𝑓𝑎𝑐
CLASSES (s)
31 |---- 36 4 4
36 |---- 41 6 10
41 |---- 46 8 18
46 |---- 51 4 22
51 |---- 56 2 24
56 |---- 61 6 30
TOTAL 30
𝑛 30
= = 15
2 2
(𝑛/2) − ′𝑓𝒂𝒄
𝑀𝑒 = 𝐿𝑖 +
𝑓𝒊
15 − 10
𝑀𝑒 = 41 + × 5 = 44,125 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠
8
22
1.7.1.3 Moda
A moda, representada por Mo , é o valor que apresenta maior frequência. Ela pode não
existir (distribuição amodal), ter somente um valor (unimodal) ou pode ter dois ou mais (bimodal
ou multimodal), principalmente quando a variável assume muitos valores.
Exemplo:
1) Considerando-se as forças de remoção, medidas em uma amostra de oito unidades do protótipo
(em libras-força): 12,6 - 12,9 - 13,4 - 12,3 - 13,6 - 13,5 - 12,6 - 13,1.
Moda de Pearson
𝑀𝑜 = 3 × 𝑀𝑒 − 2 × 𝑋̅
onde:
𝑀𝑒 é a mediana da distribuição de dados;
𝑋̅ é a média da distribuição de dados.
Moda de Czuber
𝑑1
𝑀𝑜 = 𝐿𝑖 + ×ℎ
𝑑1 + 𝑑2
Onde:
𝑑1 é a diferença entre a frequência da classe modal e a frequência da classe vizinha anterior;
𝑑2 é a diferença entre a frequência da classe modal e a frequência da classe vizinha posterior.
Exemplos:
1) Dada a distribuição de frequências a seguir, calcular a moda.
Solução
Tem-se que, a média e a mediana, da distribuição são, respectivamente:
23
𝑋̅ = 45,50 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠
𝑀𝑒 = 44,125 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠
2) Seja a distribuição de frequências a seguir. Calcular a moda das medidas de uma dimensão
das peças.
TABELA 9 – DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS
DAS MEDIDAS DE UMA DIMENSÃO
DAS PEÇAS
INTERVALO DAS
𝑓𝑖
CLASSES (mm)
102,8 |--- 112,8 3
112,8 |--- 122,8 3
122,8 |--- 132,8 4
132,8 |--- 142,8 6
142,8 |--- 152,8 4
TOTAL 20
Solução
1.7.2 Separatrizes
1.7.2.1 Quartil
São três medidas (𝑄1 , 𝑄2 , 𝑄3 ) que dividem o conjunto de dados em 4 partes iguais, sendo
que a cada quartil correspondem 25% dos dados.
24
(𝑛−1)
𝑃𝑜𝑠𝑄𝑖 = 𝑖 × 4
+ 1, 𝑖 = 1,2,3
Calcular os quartis.
(9−1)
𝑃𝑜𝑠𝑄1 = 1 × 4
+ 1 = 3 (3º. elemento) , logo 𝑄1 = 12,6 𝑐𝑚
(9−1)
𝑃𝑜𝑠𝑄2 = 2 × + 1 = 5 (5º. elemento) , logo 𝑄2 = 13,1 𝑐𝑚
4
(9−1)
𝑃𝑜𝑠𝑄3 = 3 × 4
+ 1 = 7 (7º. elemento) , logo 𝑄3 = 13,5 𝑐𝑚
Exemplo 2: Os dados abaixo são as medidas (mm) de uma dimensão de peças produzidas por
um processo de usinagem.
102,8 - 108,2 - 110,1 - 115,9 - 118,5 - 120,4 - 125,3 - 125,9 - 129,7 - 132,7
135,0 - 136,4 - 138,1 - 138,6 - 139,6 - 140,4 - 144,8 - 145,2 - 145,7 - 149,3
(20−1)
𝑃𝑜𝑠𝑄2 = 2 × 4
+ 1 = 10,5 (10,5º. elemento)
(20−1)
𝑃𝑜𝑠𝑄3 = 3 × 4
+ 1 = 15,25 (15,25º. elemento)
𝑛
𝑃𝑜𝑠𝑄𝑖 = 𝑖 × , i=1,2,3
4
(𝑃𝑜𝑠𝑄𝑖 ) − ′𝑓𝒂𝒄
𝑄𝑖 = 𝐿𝑖 + ×ℎ
𝑓𝒊
onde:
n é o número de elementos do conjunto de dados;
𝐿𝑖 é o limite inferior da classe que contém o quartil;
′𝑓𝒂𝒄 é a freqüência acumulada da classe anterior a que contém o quartil;
𝑓𝒊 é a freqüência simples da classe que contém o quartil;
h é o intervalo ou amplitude da classe que contém a mediana.
25
Exemplos:
1) Seja a distribuição de frequências a seguir. Calcular os quartis 1,2 e 3, das medidas de uma
dimensão das peças.
TABELA 10 – DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS
DAS MEDIDAS DE UMA DIMENSÃO
DAS PEÇAS
INTERVALO DAS 𝑓𝑎𝑐
𝑓𝑖
CLASSES (mm)
102,8 |--- 112,8 3 3 1º. ao 3º.
112,8 |--- 122,8 3 6 4º. ao 6º.
122,8 |--- 132,8 4 10 7º. ao 10º.
132,8 |--- 142,8 6 16 11º. ao 16º.
142,8 |--- 152,8 4 20 17º. ao 20º.
TOTAL 20
30
𝑃𝑜𝑠𝑄3 = 3 × = 22,5
4
INTERVALO DAS
𝑓𝑖 𝑓𝑎𝑐
CLASSES (s)
31 |---- 36 4 4 1º. ao 4º.
36 |---- 41 6 10 5º. ao 10º.
41 |---- 46 8 18 11º. ao 18º.
46 |---- 51 4 22 19º. ao 22º.
51 |---- 56 2 24 23º. ao 24º.
56 |---- 61 6 30 25º. Ao 30º.
TOTAL 30
Cálculo do 𝑄1 :
7,5−4
𝑄1 = 36 + ×5 = 38,91667 ≅ 38,92 segundos
6
Cálculo do 𝑄2 :
15−10
𝑄2 = 41 + 8
×5 = 44,1250 ≅ 44,12 segundos
Cálculo do 𝑄3 :
22,5−22
𝑄3 = 51 + 2
× 5 = 52,25 segundos
𝐴𝑡 = 𝑋𝑚á𝑥 − 𝑋𝑚𝑖𝑛
Exemplo de aplicação:
Tem-se que:
𝐴𝑡 = 𝑋𝑚á𝑥 − 𝑋𝑚𝑖𝑛 = 15,0 − 12,3 = 2,7 𝑐𝑚
Exemplo: considerando os dados referentes aos diâmetros (em cm) de peças de automóveis e
os quartis correspondentes, já calculados anteriormente, calcular a amplitude interquartil.
(9−1)
𝑃𝑜𝑠𝑄1 = 1 × 4
+1 = 3 (3º. elemento) , logo 𝑄1 = 12,6 𝑐𝑚
(9−1)
𝑃𝑜𝑠𝑄2 = 2 × 4
+ 1 = 5 (5º. elemento) , logo 𝑄2 = 13,1 𝑐𝑚
(9−1)
𝑃𝑜𝑠𝑄3 = 3 × 4
+ 1 = 7 (7º. elemento) , logo 𝑄3 = 13,5 𝑐𝑚
15,0 é outlier
superior
13,6
13,5
13,1
12,6
12,3
Propriedades da Variância
𝜎 = √𝜎 2 (desvio padrão)
𝑆 = √𝑆 2 (desvio padrão)
𝜎 = √𝜎 2 (desvio padrão)
2
∑𝑘𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅)2 𝑓𝑖 ∑𝑘𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅)2 𝑓𝑖
𝑆 = = (variância)
∑𝑘𝑖=1 𝑓𝑖 − 1 𝑛−1
𝑆 = √𝑆 2 (desvio padrão)
REGRA EMPÍRICA:
Exemplos de aplicação
1 1
𝑆 2 = 𝑛−1 ∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅)2 = 9−1 × 5,1556 = 0,6445 𝑐𝑚2
𝑆 = √0,6445 = 0,80 𝑐𝑚
Dado: 𝑋̅ = 130,3 mm
INTERVALO DAS
𝑓𝑖 𝑥𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑋̅) (𝑥𝑖 − 𝑋̅)2 (𝑥𝑖 − 𝑋̅ )2 𝑓𝑖
CLASSES (mm)
102,8 |--- 112,8 3 107,8 -22,5 506,25 1.518,75
112,8 |--- 122,8 3 117,8 -12,5 156,25 468,75
122,8 |--- 132,8 4 127,8 -2,5 6,25 25,00
132,8 |--- 142,8 6 137,8 7,5 56,25 337,50
142,8 |--- 152,8 4 147,8 17,5 306,25 1.225,00
TOTAL 20 3.575,00
σ
CV = × 100 coeficiente de variação populacional
μ
𝑆
𝐶𝑉 = × 100 coeficiente de variação amostral
𝑋̅
REGRA EMPÍRICA:
Regra empírica para interpretações do Coeficiente de variação (MARTINS; DOMINGUES, 2019).
• Se 𝐶𝑉 < 15%, há pequena dispersão dos dados e a representatividade da média como
medida de tendência central é boa;
• Se 15 ≤ 𝐶𝑉 < 30%, há média dispersão dos dados e a representatividade da média como
medida de tendência central é regular;
• Se 𝐶𝑉 ≥ 30%, há elevada dispersão dos dados e a representatividade da média como
medida de tendência central é ruim.
assimetria positiva;
assimetria negativa.
Em alguns casos, apenas o conhecimento da forma da distribuição de frequências de uma
variável já nos fornece uma boa informação sobre o comportamento dessa variável.
onde:
31
Simétrica: 𝑎3 = 0
Assimétrica negativa: 𝑎3 < 0
Assimétrica positiva: 𝑎3 > 0
Assimetria positiva: observações com valores menores são mais frequentes (deslocada para a
direita);
Assimetria negativa: observações com valores maiores são mais frequentes (deslocada para a
esquerda);
1 𝑘
∑𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅)4 𝑓𝑖
𝑎4 = 𝑛
2
1
[𝑛 ∑𝑘𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅ )2 𝑓𝑖 ]
onde:
𝑛: número de observações na amostra;
𝑘: número de classes;
𝑥𝑖 : ponto médio da classe i;
𝑓𝑖 : frequência simples da classe i;
𝑋̅: média aritmética.
Exemplo 1: Para a distribuição de frequências das medidas (mm) de uma dimensão das peças,
apresentadas a seguir, e as estatísticas já calculadas anteriormente, calcular os coeficientes de
assimetria e curtose.
INTERVALO DAS
𝑓𝑖
CLASSES (mm)
102,8 |--- 112,8 3
112,8 |--- 122,8 3
122,8 |--- 132,8 4
132,8 |--- 142,8 6
142,8 |--- 152,8 4
TOTAL 20
Solução:
INTERVALO DAS
𝑓𝑖 𝑥𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑋̅) (𝑥𝑖 − 𝑋̅)𝑓𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑋̅ )2 𝑓𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑋̅)3 𝑓𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑋̅)4 𝑓𝑖
CLASSES (mm)
102,8 |--- 112,8 3 107,8 -22,5 -67,5 1.518,75 - 34.171,88 768.867,19
112,8 |--- 122,8 3 117,8 -12,5 -37,5 468,75 - 5.859,38 73.242,19
122,8 |--- 132,8 4 127,8 -2,5 -10,0 25,00 - 62,50 156,25
132,8 |--- 142,8 5 137,8 7,5 45,0 337,50 2.531,25 18.984,38
142,8 |--- 152,8 5 147,8 17,5 70,0 1.225,00 21.437,50 375.156,25
TOTAL 20 3.575,00 -16.125,00 1.236.406,25
1 𝑘 ̅ 3 1
∑
𝑎3 = 𝑛 𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋) 𝑓𝑖 = 20 × (−16.125,00)
= −0,3374
3/2 3/2
1 1
[𝑛 ∑𝑘𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅ )2 𝑓𝑖 ] [20 × 3.575,00]
A distribuição é platicúrtica.
34
INTERVALO DAS
𝑓𝑖
CLASSES (s)
31 |---- 36 4
36 |---- 41 6
41 |---- 46 8
46 |---- 51 4
51 |---- 56 2
56 |---- 61 6
TOTAL 30
Solução:
INTERVALO DAS
𝑓𝑖 𝑥𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑋̅) (𝑥𝑖 − 𝑋̅)𝑓𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑋̅)2 𝑓𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑋̅)3 𝑓𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑋̅)4 𝑓𝑖
CLASSES (s)
31 |---- 36 4 33,5 -12 -48 576 -6.912 82.944
36 |---- 41 6 38,5 -7 -42 294 -2.058 14.406
41 |---- 46 8 43,5 -2 -16 32 -64 128
46 |---- 51 4 48,5 3 12 36 108 324
51 |---- 56 2 53,5 8 16 128 1.024 8.192
56 |---- 61 6 58,5 13 78 1.014 13.182 171.366
TOTAL 30 0 2.080 5.280 277.360
1 𝑘 1
∑ (𝑥 − 𝑋̅)3 𝑓𝑖 × (5.280)
𝑎3 = 𝑛 𝑖=1 𝑖 = 30 = 0,3049
3/2 3/2
1 1
[𝑛 ∑𝑘𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅ )2 𝑓𝑖 ] [30 × 2.080]
A distribuição é platicúrtica.
LISTA DE EXERCÍCIOS 02
1. Foram obtidas oito medidas do diâmetro interno de anéis de pistão forjados de motor de
automóvel. Os dados (em mm) são:
Calcule a média, mediana, quartil 1, quartil 3, desvio padrão e coeficiente de variação e comente
os resultados obtidos. (Usar a fórmula de Sturges para calcular o número de classes).
3. O pH de uma solução é medido oito vezes por uma operadora que usa o mesmo instrumento.
Ela obteve os seguintes dados:
7,15 - 7,20 - 7,18 - 7,19 - 7,21 - 7,20 -7,16 - 7,18
Calcule a média, os quartis (1,2 e 3), desvio padrão e coeficiente de variação da amostra. Comente
os resultados obtidos.
5. Uma amostra de 7 corpos de prova de concreto forneceu as seguintes resistências à ruptura
(kg/cm2):
340 - 329 - 337 - 348 - 351 - 360 - 354
Calcular a média, mediana, moda, variância, desvio padrão e coeficiente de variação. Comente
os resultados obtidos.
6. O tempo necessário para se realizar certa operação industrial foi cronometrado (em segundos),
sendo feita 20 medições.
45 - 37 - 39 - 48 - 51 - 40 - 53 - 49 - 39 - 41 - 45 - 43 - 45 – 34 - 45 - 35 - 38 - 46 - 46 - 58
Faça uma análise estatística dos dados construindo a distribuição de frequências em classes
(calcule também as medidas de assimetria e curtose). Usar 𝑘 = 5.
8. A propagação de trincas por fadiga em diversas peças de aeronaves tem sido objeto de muitos
estudos. Os dados a seguir consistem dos tempos de propagação (horas de vôo) para atingir um
determinado tamanho de trinca em furos de fixadores propostos para uso em aeronaves militares.
Usar 𝑘 = 5.
0,736 - 0,863 - 0,865 - 0,913 - 0,915 - 0,937 - 0,983 - 1,007
1,011 - 1,064 - 1,109 -1,132 - 1,140 - 1,153 - 1,253 - 1,394
9. O tempo necessário para se realizar certa operação industrial foi cronometrado (em segundos),
sendo feita 12 medições:
45 – 37 – 39 – 48 – 51 – 40 - 53 – 49 – 39 – 41- 45 – 43
2 ELEMENTOS DE PROBABILIDADES
Definição 1: É o fenômeno que, mesmo repetidos várias vezes sob condições semelhantes,
apresentam resultados imprevisíveis. O resultado final depende do acaso.
2.3 EVENTO
A
S
Exemplo:
Por serem subconjuntos, é possível realizar a operação de união (U) entre conjuntos. A União de
Eventos representa a ocorrência de um evento OU de outro. Outra operação que pode ser feita
sobre Eventos é a intersecção (∩). A intersecção de eventos representa a ocorrência de um E
de outro.
A
B
38
A B
A
Interseção de eventos => A B
B
O evento complementar do evento A, representado por 𝐴̅, é aquele que ocorre somente se
A deixar de ocorrer. E tem-se que:
cara" e o evento "tirar coroa" são mutuamente exclusivos, já que, ao se realizar um deles, o outro
não se realiza.
A
B
S
Exemplos:
Solução:
15 𝑝𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠
10 𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒𝑠
75 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠
a) 𝑃(𝑝𝑒𝑟𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑜𝑢 𝑝𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑜 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜) =?
75 15 90
𝑃(𝑝𝑒𝑟𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑜𝑢 𝑝𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑜 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜) = + = = 0,90 × 100 = 90%
100 100 100
15 10 25
𝑃(𝑝𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑜 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑜𝑢 𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒) = + = = 0,25 × 100 = 25%
100 100 100
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵)
𝑃(𝐴|𝐵) = , sendo 𝐴 ∈ E
𝑃(𝐵)
𝑃(𝐴|𝐵): probabilidade de ocorrer o evento “A”, dado que ocorreu o evento “B” (sabe-se que
ocorreu o evento “B”)
Exemplo: O quadro a seguir fornece um exemplo de 400 itens classificados por falhas na
superfície e como defeituosos (funcionalmente).
FALHAS NA SUPERFÍCIE
DEFEITUOSO
Sim Não TOTAL
Sim 10 18 28
Não 30 342 372
TOTAL 40 360 400
a) Qual é a probabilidade do item ser defeituoso, dado que apresenta falhas na superfície?
b) Qual é a probabilidade de ter falhas na superfície dado que é defeituoso?
Solução:
a) Sabe-se que o item apresenta falhas na superfície, portanto, considerar somente os itens que
apresentam falhas na superfície
10
𝑃(𝑑𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑢𝑜𝑠𝑜 | 𝑓𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒) = = 0,25 × 100 = 25%
40
Exemplos:
1) A probabilidade de que um conector elétrico que seja mantido seco falhe durante o período de
garantia de um computador portátil é 1%. Se o conector for molhado, a probabilidade de falha
durante o período de garantia será de 5%. Se 90% dos conectores forem mantidos secos e 10%
forem mantidos molhados, qual é a probabilidade dos conectores falharem durante o período da
garantia?
Uma das relações mais importantes envolvendo probabilidades condicionais é dada pelo teorema
de Bayes, que expressa uma probabilidade condicional em termos de outras probabilidades
condicionais.
𝑃(𝐴𝑖 ) × 𝑃(𝐵|𝐴𝑖 )
𝑃(𝐴𝑖 |𝐵) = 𝑘
∑𝑗=1 𝑃(𝐴𝑗 ) × 𝑃(𝐵|𝐴𝑗 )
Exemplo: Uma determinada peça é produzida por três fábricas, 1, 2 e 3. Sabe-se que a fábrica 1
produz o dobro de peças que 2, e 2 e 3 produziram o mesmo número de peças durante um período
de produção especificado. Sabe-se também que 2% das peças produzidas por 1 e por 2 são
defeituosas, enquanto 4% daquelas produzidas por 3 são defeituosas. Todas as peças são
colocadas num depósito. Uma peça é retirada ao acaso do depósito e se verifica que é defeituosa.
Qual a probabilidade de que tenha sido produzida na fábrica 1?
𝑃(𝐴1 ) × 𝑃(𝐵|𝐴1 )
𝑃(𝐴1 |𝐵) =
𝑃(𝐴1 ) × 𝑃(𝐵|𝐴1 ) + 𝑃(𝐴2 ) × 𝑃(𝐵|𝐴2 ) + 𝑃(𝐴3 ) × 𝑃(𝐵|𝐴3 )
1
𝑃(𝐴1 |𝐵) = 2 × 0,02 = 0,40 × 100 = 40%
1 1 1
× 0,02 + × 0,02 + × 0,04
2 4 4
2) Cada objeto manufaturado é submetido para exame com a probabilidade 0,55 a um controlador
e com a probabilidade 0,45 a um outro. A probabilidade de passar no exame é, segundo o
controlador, respectivamente igual a 0,90 e 0,98. Achar a probabilidade de que um objeto aceito
tenha sido examinado pelo segundo controlador.
B={ ser aceito }
A1={ controlador A}
A2={ controlador B}
𝑃(𝑠𝑒𝑟 𝑎𝑐𝑒𝑖𝑡𝑜|𝐴1 ) = 0,90
𝑃(𝑠𝑒𝑟 𝑎𝑐𝑒𝑖𝑡𝑜|𝐴2 ) = 0,98
𝑃(𝐴1 ) = 0,55
𝑃(𝐴2 ) = 0,45
𝑃(𝐴2 |𝐵) =?
LISTA DE EXERCÍCIOS 03
1. De uma caixa contendo 100 peças entre as quais 10 são defeituosas se extraem quatro peças
ao acaso, sem reposição. Encontrar a probabilidade de que entre estas não ocorra:
a) nenhuma peça defeituosa;
b) nenhuma peça boa.
2. De um lote de 15 válvulas 10 são boas. Encontrar a probabilidade de que de 3 válvulas extraídas
ao acaso, sem reposição, 2 sejam boas.
3. Uma caixa contém 20 peças das quais 5 são defeituosas. Extraem-se duas ao acaso, sem
reposição. Qual a probabilidade de:
a) ambas serem boas?
b) ambas serem defeituosas?
c) uma boa e outra defeituosa?
5. A probabilidade de que numa medição o erro ultrapasse o admitido é 0,4. Achar a probabilidade
de que em apenas uma medição de uma série de três o erro ultrapasse o admitido.
6. A probabilidade de que uma peça do tipo exigido se ache em cada uma de quatro caixas é
igual, respectivamente, a 0,60; 0,70; 0,80 e 0,90. Calcular a probabilidade de que tal peça se
encontre:
a) no máximo em três caixas;
b) pelo menos em duas caixas.
44
7. Um circuito elétrico é constituído de três elementos ligados em série que deixam de funcionar
com probabilidade 𝑝1 = 0,10; 𝑝2 = 0,15; 𝑝3 = 0,20, respectivamente. Achar a probabilidade de
que não haja corrente no circuito.
8. Um dispositivo de freio de automóvel consiste de três subsistemas, que devem funcionar
simultaneamente para que o freio funcione. Os subsistemas são um sistema eletrônico, um
sistema hidráulico e um ativador mecânico. Ao frear, a probabilidade de sucesso dessas unidades
é de 0,96, 0,95 e 0,95, respectivamente. Estime a confiabilidade do sistema, admitindo que os
subsistemas funcionem independentemente.
Comentário: Sistemas deste tipo podem ser representados graficamente, conforme ilustração
abaixo, onde os subsistemas A (eletrônico), B (hidráulico) e C (ativador mecânico), dispõem-se
em série. Considera-se a trajetória a-b como a trajetória do sucesso.
A B C
FABRI- QUALIDADE
CANTE Aceitável Marginal Inaceitável TOTAL
A 128 10 2 140
B 97 5 3 105
C 110 5 5 120
PROBABILIDADES
3.1 DEFINIÇÕES
X X( s )
s
Exemplo: Uma caixa contém 4 válvulas, sendo duas perfeitas e duas defeituosas. Duas válvulas
são retiradas aleatoriamente da caixa e testadas (sendo representadas por D se a peça é
defeituosa e P se a peça é perfeita). O espaço amostral associado a este evento é:
S={PP,PD,DP,DD}
Seja a variável aleatória X=número de válvulas defeituosas. Os valores possíveis da
variável aleatória X, serão:
S X=número de válvulas
defeituosas
(P,P)
0
(P,D)
1
(D,P)
2
(D,D)
𝑅𝑋 = {0, 1,2}
Exemplo 1: Uma caixa contém 4 válvulas, sendo duas perfeitas e duas defeituosas. Duas válvulas
são retiradas aleatoriamente da caixa, com reposição, e testadas (sendo representadas por D se
a peça é defeituosa e P se a peça é perfeita). O espaço amostral associado a este evento é:
S={PP,PD,DP,DD}
1
𝑃(𝑋 = 0) =
4
2
𝑃(𝑋 = 1) =
4
1
𝑃(𝑋 = 2) =
4
A distribuição de probabilidades é
DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADES DE X
𝑿 = 𝒙𝒊 𝑷(𝑿 = 𝒙𝒊 )
0 1⁄4
1 2⁄4
2 1⁄4
𝚺 1
𝑋=𝑥 𝑃(𝑋 = 𝑥)
0 0,008
1 0,096
2 0,384
3 0,512
𝐹(𝑥) = 𝑃(𝑋 ≤ 𝑥)
Se X for variável discreta, tem-se
𝐹(𝑥) = ∑ 𝑃(𝑥𝑖 )
𝑥𝑖 ≤𝑥
47
Esperança
O valor esperado, esperança matemática ou média aritmética de uma variável aleatória discreta
X, é definida por:
𝑛 𝑛
Variância
A variância da variável aleatória discreta X, é definida por:
∞ ∞
𝑖=1 𝑖=1
Exemplo: Foram inspecionados 100 lotes, cada um com 3 válvulas. A distribuição a seguir,
apresenta a variável X, que é o número de válvulas defeituosas por lote. Calcular a média e a
variância de X.
𝐸(𝑋) = ∑ 𝑥𝑖 𝑝(𝑥𝑖 )
𝑖=1
65 30 4 1
𝐸(𝑋) = 0 × +1× +2× +3× = 0,41 𝑣á𝑙𝑣𝑢𝑙𝑎 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑢𝑜𝑠𝑎
100 100 100 100
∞ ∞
Exemplo 1: Seja X uma v.a. que indica o número de peças não conformes (não segue a
especificação definida no projeto de qualidade) produzidas pela máquina “Z”. Se a probabilidade
desta máquina produzir uma peça não conforme é de 15%, ao selecionar aleatoriamente 5 peças,
pede-se:
a) a probabilidade de nenhuma peça ser não conforme;
b) a probabilidade de todas as peças serem de acordo com especificação do projeto de qualidade;
c) obter a distribuição de probabilidades e o gráfico.
Solução
a)
𝑛=5
𝑝 = 0,15 (probabilidade de uma peça ser não conforme)
𝑞 = 1 − 𝑝 = 0,85
x=0 (nenhuma ser não conforme)
𝑃(𝑋 = 0) = 𝐶50 (0,15)0 (0,85)5−0 = 0,4437 × 100 = 44,37%
c) Distribuição de Probabilidades
DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADES DE X
𝑥 𝑃(𝑋 = 𝑥)
0 0,4437
1 0,3915
2 0,1382
3 0,0244
4 0,0022
5 0,0001
Graficamente, tem-se:
Exemplo 2: Seja X uma v.a. que indica o número de parafusos defeituosos produzidos pela
máquina “A”. Se a probabilidade desta máquina produzir um parafuso defeituoso é de 5%, pede-
se:
49
𝑒 −𝜆 𝜆𝑥
𝑃(𝑋 = 𝑥) = , 𝑥 = 0, 1, 2 … e 𝜆 > 0
𝑥!
Solução:
𝜆 = 2,0 (parâmetro)
𝑒 −2 20 𝑒 −2 21 𝑒 −2 22
𝑃(𝑋 < 3) = + +
0! 1! 2!
DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADES DE X
X=x 𝑃(𝑋 = 𝑥)
0 0,1353
1 0,2707
2 0,2707
3 0,1804
4 0,0902
5 0,0361
6 0,0120
7 0,0034
8 0,0009
9 0,0002
10 0,0000
Graficamente, tem-se:
𝜆=3
𝑒 −3 30
𝑃(𝑋 = 0) = = 𝑒 −3 = 0,050 × 100 = 5%
0!
𝑘
onde: 𝑝=
𝑁
𝑘
𝑞 =1−
𝑁
Exemplo 1: Pequenos motores elétricos são expedidos em lotes de 30 unidades. Antes que uma
remessa seja aprovada, um inspetor seleciona ao acaso 3 destes motores para inspeção. Se
nenhum dos motores inspecionados for defeituoso, o lote é aprovado. Se um ou mais dos motores
verificados forem defeituosos, o lote todo é inspecionado. Suponha que existam, de fato, 2
motores defeituosos no lote. Qual é a probabilidade de que a inspeção de todo o lote seja
necessária?
𝑁 = 30 (número de casos total na população)
𝑘=2 (número de casos favoráveis na população)
𝑛=3 (tamanho da amostra)
𝑥 = 1, 2, 3
A probabilidade de que a inspeção seja necessária é igual a:
Exemplo 2: Uma empresa adquiriu diversas caixas, cada uma contendo 15 lâmpadas. Ela decidiu
fazer uma inspeção por amostragem sem reposição, analisando 5 lâmpadas de uma caixa. A
caixa será aceita caso encontre no máximo duas defeituosas. Qual a probabilidade de aceitar uma
caixa sabendo que a qualidade do produto é definida por 20% de defeituosos?
𝑁 = 15
𝑛=5
𝑥≤2
𝑘 = 0,20 × 15 = 3
𝑃(𝑋 ≤ 2) = 𝑃(𝑋 = 0) + 𝑃(𝑋 = 1) + 𝑃(𝑥 = 2)
5−0 5−1 5−2
𝐶30 𝐶15−3 𝐶31 𝐶15−3 𝐶32 𝐶15−3 792 + 1.485 + 660 2.937
𝑃(𝑋 ≤ 2) = 5 + 5 + 5 = = = 0,9780 × 100 = 97,80%
𝐶15 𝐶15 𝐶15 3.003 3.003
(66)(60−6
6−6
) 1
𝑃(𝑋 = 6) = = = 1,9974 × 10−8
(60
6
) 50.063.860
LISTA DE EXERCÍCIOS 04
1. Um proprietário acaba de instalar 20 lâmpadas em uma nova casa. Supondo que cada lâmpada
tenha 0,20 de probabilidade de funcionar por mais de três meses, pede-se:
a) qual a probabilidade de ao menos cinco delas durarem mais de três meses?
b) qual o número médio de lâmpadas que deverão ser substituídas em três meses?
4. Um departamento de conserto de máquinas recebe uma média de 5 chamadas por hora. Qual
a probabilidade de que em uma hora selecionada aleatoriamente sejam recebidas:
a) Exatamente três chamadas?
b) Menos que três chamadas?
6. Suponha que 90% de todas as pilhas do tipo D, de certo fabricante, tenham voltagens
aceitáveis. Um determinado tipo de lanterna necessita de 2 pilhas tipo D, e ela só funciona se as
duas pilhas tiverem voltagem aceitável. Entre 10 lanternas selecionadas aleatoriamente, qual é a
probabilidade de:
a) pelo menos 9 funcionarem?
b) no máximo 2 funcionarem?
b) 𝑃(𝑋 = 8)
c) 𝑃(5 ≤ 𝑋 ≤ 8)
PROBABILIDADES
4.1 DEFINIÇÕES
Definição 1: Seja X uma variável aleatória continua. A função densidade de probabilidade 𝑓(𝑥),
é uma função que satisfaz as seguintes condições:
𝑓(𝑥) ≥ 0 para todo 𝑥 ∈ 𝑅𝑋
∞
∫ 𝑓(𝑥)𝑑(𝑥) = 1
−∞
Exemplo: Seja X uma variável contínua com função densidade de probabilidade dada por:
𝑥
𝑓(𝑥) = , 2≤𝑥≤6
16
𝑓(𝑥) = 0, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑖𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠
Para 𝑥 = 2:
2 1
𝑓(2) = =
16 8
Para 𝑥 = 4:
4 2
𝑓(4) = =
16 8
Para 𝑥 = 6:
6 3
𝑓(6) = =
16 8
∞
A condição ∫−∞ 𝑓(𝑥)𝑑(𝑥) = 1, indica que a área total limitada pela curva que representa
𝑓(𝑥) e o eixo das abcissas é igual a 1.
Seja o intervalo [a, b] de 𝑅𝑋 . A probabilidade de um valor de X pertencer a esse intervalo
𝑏
será dada por: 𝑃(𝑎 ≤ 𝑋 ≤ 𝑏) = ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑(𝑥), que representa a área sob a curva da função
densidade de probabilidade.
Para variáveis aleatórias contínuas, as probabilidades são interpretadas como áreas.
Sendo X uma variável aleatória continua, a probabilidade em um ponto é nula, então:
𝑃(𝑎 ≤ 𝑋 ≤ 𝑏) = 𝑃(𝑎 ≤ 𝑋 < 𝑏) = 𝑃(𝑎 < 𝑋 ≤ 𝑏) = 𝑃(𝑎 < 𝑋 < 𝑏)
𝐹(𝑥) = 𝑃(𝑋 ≤ 𝑥)
55
Exemplo: Seja X uma variável contínua com função densidade de probabilidade dada por:
𝑥
𝑓(𝑥) = , 2≤𝑥≤6
16
𝑓(𝑥) = 0, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑖𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠
Esperança
A esperança matemática ou média aritmética de uma variável aleatória continua X, com função
densidade de probabilidade 𝑓(𝑥), é definida por:
∞
𝐸(𝑋) = ∫ 𝑥𝑓(𝑥)𝑑𝑥
−∞
Variância
Se X é uma variável aleatória continua, a variância é definida por:
∞
𝑉(𝑋) = ∫ [𝑥 − 𝐸(𝑋)]2 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
−∞
∞
𝑉(𝑋) = ∫ [𝑥 − 𝐸(𝑋)]2 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
−∞
4 4 4 4
𝑥3 𝑥2
𝑉(𝑋) = ∫ [𝑥 − 2]2 0,25𝑑𝑥 = 0,25 ∫ (𝑥 2 − 4𝑥 + 4)𝑑𝑥 = 0,25 × {[ ] − 4 [ ] + 4[𝑥]40 }
0 0 3 0 2 0
1 1 𝑥−𝜇 2
− ( )
𝑓(𝑥) = 𝑒 2 𝜎
𝜎√2𝜋
sendo: 𝑥 ∈ 𝑅, 𝜇 ∈ 𝑅 , 𝜎 ∈ 𝑅 +
Quando se deseja especificar que a variável aleatória X, segue distribuição normal com
média 𝜇 e variância 𝜎 2 , usa-se a notação: 𝑋 ~ 𝑁(𝜇; 𝜎2 ).
Uma das características importantes é que a partir desses dois parâmetros será possível
calcular, por exemplo, a percentagem de valores que deverão estar acima ou abaixo de um
determinado valor da variável aleatória, ou entre esses dois valores definidos etc.
A probabilidade de a variável aleatória contínua X ser igual ou maior que 𝒂 e, ao mesmo
tempo, menor ou igual a 𝒃, 𝑃(𝑎 ≤ 𝑋 ≤ 𝑏), é obtida da área definida pela função 𝑓(𝑥) entre os
limites 𝑎 e 𝑏, sendo 𝑏 > 𝑎.
Representação gráfica:
57
− 3 − 2 − + + 2 + 3
𝑋−𝜇 𝑑𝑋
𝑍= então, 𝑑𝑍 =
𝜎 𝜎
Tem-se que:
𝑥 1 𝑥−𝜇 2
1 − ( )
𝐹(𝑥) = ∫ 𝑒 2 𝜎 𝑑𝑥
−∞ 𝜎√2𝜋
que é a função de distribuição acumulada para a variável normal reduzida, que pode ser
representada por:
𝑧
1 1 2
(𝑧)
Φ(𝑧) = ∫ 𝑒 −2 𝑑𝑧
√2𝜋 −∞
58
0,2485 − 0,2508
𝑍1 = = −4,6
0,0005
0,2515 − 0,2508
𝑍2 = = 1,4
0,0005
𝑃(−4,6 ≤ 𝑍 ≤ 1,4) = 0,9192 − 0,0000 = 0,9192 × 100 = 91,92%
1
Média: 𝐸(𝑋) =
𝜆
1
Variância: 𝑉(𝑋) =
𝜆2
Essa distribuição tem papel importante na descrição de uma grande classe de fenômenos,
particularmente nos assuntos relacionados a teoria da confiabilidade. Porém, é importante lembrar
que, essa distribuição considera a taxa de falha constante.
Exemplo 1: O tempo de vida X (em horas) das lâmpadas elétricas fabricadas por uma empresa é
uma variável aleatória, tendo sua função densidade de probabilidade dada por:
a) qual a probabilidade do tempo de vida de uma lâmpada ser superior a 600 horas?
b) qual é o tempo de vida esperado?
Solução:
Considerando a função densidade de probabilidade da distribuição exponencial tem-se:
𝑓(𝑥) = 𝜆𝑒 −𝜆𝑥
E a função densidade de probabilidade do tempo de vida das lâmpadas elétricas:
𝑓(𝑥) = 0,002𝑒 −0,002𝑥
60
Exemplo 2: A vida média de um satélite é 4 anos, seguindo o modelo exponencial. Seja X a variável
definindo o tempo de vida do satélite. Calcule a 𝑃(𝑋 > 4).
1
𝐸(𝑋) =
𝜆
portanto:
1
𝜆=
4
1
−4×4
𝑃(𝑋 > 4) = 𝑒 = 𝑒 −1 = 0,3679 × 100 = 36,79%
onde:
𝑥 é a variável que define o período de vida útil, podendo ser expresso em distância percorrida (km),
em número de ciclos (n) ou em tempo de funcionamento (h);
𝛽: é o parâmetro de forma
𝛼: é o parâmetro de escala
e,
𝑥 𝛽
−( )
𝑃(𝑋 ≥ 𝑥) = 𝑒 𝛼
Variância:
2
2 1 2
𝑉(𝑋) = 𝛼 {Γ (1 + ) − [Γ (1 + )] }
𝛽 𝛽
OBS:
Γ(𝑛) = (𝑛 − 1)!
e,
1
Γ ( ) = √𝜋
2
1 1
𝐸(𝑋) = 𝛼 Γ (1 + ) = 5000 × Γ (1 + ) = 5000 × Γ(3) = 5000 × 2 = 10.000 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝛽 1/2
b) 𝑃(𝑋 > 6.000)
𝑥 𝛽 6000 1/2
−( ) −( )
𝑃(𝑋 ≥ 𝑥) = 𝑒 𝛼 =𝑒 5000 = 𝑒 −1,095 = 0,3340 × 100 = 33,40%
Exemplo 2: Suponha que a vida de um mancal de rolamento siga uma distribuição de Weibull
com parâmetros 𝛽 = 2 e 𝛼 = 10.000 horas.
a) determine a probabilidade de um mancal durar no mínimo 8.000 horas;
3
b) determine o tempo médio até haver uma falha de um mancal (dado: Γ (2) = 0,8862)
Graficamente:
Média: 𝐸(𝜒2𝜐 ) = 𝜐
Variância: 𝑉(𝜒2𝜐 ) = 2𝜐
Esta distribuição possui numerosas aplicações em inferência estatística. Dentre as
aplicações da Distribuição Qui-quadrado cita-se a construção de intervalos de confiança e testes
de hipóteses para variância.
Graficamente:
63
1 (𝜐1/2) −1
Γ[ (𝜐1 +𝜐2 )]
2
𝜐1 (𝜐1 /2) 𝜐2 (𝜐2 /2) 𝐹𝜐 , 𝜐
1 2
𝑓(𝐹𝜐1, 𝜐2 ) = 𝜐 𝜐 × 1 , 𝐹𝜐1 , 𝜐2 ≥ 0
Γ( 1 ) Γ( 2 ) (𝜐 +𝜐 )
2 2 (𝜐2 +𝜐1 𝐹𝜐1 , 𝜐2 )2 1 2
Graficamente:
LISTA DE EXERCÍCIOS 05
2. Suponha que um componente eletrônico tenha um tempo de vida X (em unidades de 1.000
horas) que é considerado uma variável aleatória com função densidade de probabilidade
𝑓(𝑥) = 𝑒 −𝑥 , 𝑥 > 0 . Qual é a probabilidade de 𝑥 ≤ 0,9 ?
3. O tempo (em horas) necessário para reparar uma máquina é uma variável aleatória
exponencialmente distribuída com parâmetro 𝜆 = 1⁄2 . Determine a probabilidade de que o tempo
de reparo exceda duas horas.
4. Suponha que uma variável aleatória X seja distribuída como Weibull, com parâmetros 𝛼 = 250,
𝛽 = 0,25 .
a) calcular a média da variável aleatória X.
b) calcular 𝑃(5000 < 𝑋 < 7000).
7. Seja X a variável aleatória que representa os diâmetros dos parafusos produzidos por certa
máquina. Supondo que essa variável tenha distribuição normal com média igual 2 cm e desvio
padrão igual a 0,04 cm. Qual a probabilidade de um parafuso ter o diâmetro com valor entre 2 e
2,05 cm ?
8. A tensão de ruptura (em newtons) de uma fibra sintética é representada por X e distribuída
como 𝑁(800, 122 ). O controle de qualidade na fabricação da fibra exige uma tensão de no mínimo
772 N. Uma amostra da fibra é randomicamente testada. Qual é a probabilidade de obtermos
𝑃(𝑋 ≥ 772) ?
65
9. Suponha que as frequências indesejáveis para um determinado sinal elétrico tenham uma
variação normal com média 60 Hz e desvio padrão 15 Hz.
a) Qual a probabilidade desse sinal elétrico possuir componentes entre 40 e 70 Hz devido a essas
frequências indesejáveis?
b) Qual a maior frequência do sinal para que a probabilidade de contaminação por frequências
indesejáveis seja de 10%?
10. A vida média de certo aparelho é de oito anos, com desvio padrão de 1,8 ano. O fabricante
substitui os aparelhos que acusam defeito dentro do prazo de garantia. Se ele deseja substituir no
máximo 5% dos aparelhos que apresentem defeito, qual deve ser o prazo de garantia?
11. Um processo industrial produz peças com diâmetro médio de 2,00” e desvio padrão de 0,01”.
As peças com diâmetro que se afaste da média por mais de 0,03” são consideradas defeituosas.
Admitida a normalidade:
a) qual a percentagem das peças defeituosas?
b) qual a percentagem de peças perfeitas?
12. Uma empresa usa anualmente milhares de lâmpadas elétricas, que permanecem acesa
continuamente, dia e noite. A vida de uma lâmpada pode ser considerada uma variável aleatória
normal, com média de 50 dias e desvio padrão de 15 dias. Em 1º de janeiro a companhia instalou
8.000 lâmpadas novas. Aproximadamente quantas deverão ser substituídas em 1º de fevereiro?
13. O diâmetro do eixo principal de um disco rígido segue a distribuição normal com média 25,08
in. e desvio padrão 0,05 in. Se as especificações para esse eixo são 25,00 ± 0,15in. Determine o
percentual de unidades produzidas em conformidades com as especificações.
66
5.1 INTRODUÇÃO
No excel:
ALEATÓRIO()*(b-a)+a onde a=1; b=500
5) a amostra de 30 anéis de pistão será composta pelos anéis com as numerações acima.
No excel:
Exemplo:
Ao retirar uma amostra aleatória de uma população, está-se considerando cada valor da
amostra como um valor de uma variável aleatória cuja distribuição de probabilidade é a mesma da
população, no instante da retirada desse elemento para a amostra.
Em consequência do fato de os valores da amostra serem aleatórios, decorre que qualquer
quantidade calculada em função dos elementos da amostra, também será uma variável aleatória.
Os parâmetros são valores teóricos correspondentes à população e as estatísticas são
funções dos valores amostrais.
As estatísticas, sendo variáveis aleatórias, terão alguma distribuição de probabilidade, com
uma média, variância, etc. A distribuição de probabilidade de uma estatística chama-se,
comumente, distribuição amostral ou distribuição por amostragem.
a) Sem reposição
O número de amostras possíveis é dado por 𝑘 = 𝐶𝑁𝑛 . Então, o número de amostras
possíveis é igual a 6.
69
𝑋1 2 2 2 5 5 7
𝑋2 5 7 10 7 10 10
Média (𝑋̅𝑖 ) 3,5 4,5 6,0 6,0 7,5 8,5
Observe que a média da amostra depende de cada amostra extraída. Qualquer inferência
realizada sobre a média da população utilizando uma única amostra estará sujeita a alguma
incerteza, pois a média de cada amostra pode ser diferente.
𝑘
1 3,5 + 4,5 + 6,0 + 6,0 + 7,5 + 8,5 36
𝐸(𝑋̅) = ∑ 𝑋̅𝑖 = = =6
𝑘 6 6
𝑖=1
𝐸(𝑋̅) = 6
A média das médias amostrais ou a média da distribuição amostral coincide com a média
da população. Tem-se, então, a primeira conclusão importante: a média das médias amostrais é a
própria média da população.
𝑘
1
𝑉(𝑋̅) = ∑(𝑋̅𝑖 − 𝐸(𝑋̅))2
𝑘
𝑖=1
1
𝑉(𝑋̅) = [(3,5 − 6)2 + (4,5 − 6)2 + (6 − 6)2 + (6 − 6)2 + (7,5 − 6)2 (8,5 − 6)2 ]
6
1 17
𝑉(𝑋̅) = [6,25 + 2,25 + 0 + 0 + 2,25 + 6,25] = = 2,83
6 6
𝑉(𝑋̅) = 2,83
A variância das médias amostrais é igual à variância da população multiplicada pelo fator
chamado de correção de população finita:
1 𝑁−𝑛
×
𝑛 𝑁−1
𝜎2 𝑁 − 𝑛
𝑉(𝑋̅) = 𝜎𝑋2̅ = × (Variância da distribuição amostral de médias)
𝑛 𝑁−1
70
a) Com reposição
𝑋1 2 2 2 2 5 5 5 5
𝑋2 2 5 7 10 2 5 7 10
Média (𝑋̅𝑖 ) 2,0 3,5 4,5 6,0 3,5 5,0 6,0 7,5
AMOSTRAS AMOS- AMOS- AMOS- AMOS- AMOS- AMOS- AMOS- AMOS-
TRA 9 TRA 10 TRA 11 TRA 12 TRA 13 TRA 14 TRA 15 TRA 16
𝑋1 7 7 7 7 10 10 10 10
𝑋2
2 5 7 10 2 5 7 10
Média (𝑋̅𝑖 ) 4,5 6,0 7,0 8,5 6,0 7,5 8,5 10,0
𝐸(𝑋̅) = 6
A variância das médias amostrais é igual à variância da população multiplicada pelo fator:
1
𝑛
𝜎2
𝑉(𝑋̅) = 𝜎𝑋2̅ = (Variância da distribuição amostral de médias)
𝑛
71
Resumindo:
𝜎2 𝑁 − 𝑛
𝑉(𝑋̅) = 𝜎𝑋2̅ = × (Variância da distribuição amostral de médias)
𝑛 𝑁−1
𝑋̅ − 𝜇 𝑋̅ − 𝜇
𝑍= = √𝑛 ( ) ~ 𝑁(0, 1)
2 𝜎
√𝜎
𝑛
A aproximação melhora com o aumento do tamanho da amostra.
Se, de uma população com parâmetros (𝜇, 𝜎 2 ), for retirada uma amostra de tamanho n
suficientemente grande, a distribuição de 𝑋̅ será aproximadamente 𝑁(𝜇, 𝜎 2 /𝑛), seja qual for a
forma da distribuição da população.
O teorema central do limite é muito importante, pois permite utilizar a distribuição normal
para realizar inferências da média amostral, seja qual for a forma da distribuição da população.
72
Seja uma população tal que, a probabilidade de sucesso de certo evento é 𝑝 e de insucesso
é 𝑞 = 1 − 𝑝. Para cada amostra de tamanho 𝑛, pode-se determinar o número 𝑘 de sucesso e como
𝑘
consequência, a frequência relativa ou proporção dada por 𝑓𝑟 = 𝑝̂ = .
𝑛
O conjunto de frequências relativas calculadas para as amostras constitui a distribuição
amostral das proporções ou de frequências relativas.
(d1 , b1 )
(d1 , b2 ) DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL
(b1 , b2 )
( 1⁄2 )
( 1⁄2 ) DISTRIBUIÇÃO AMOSTRA DE PROPORÇÕES DE PEÇAS DEFEITUOSAS
(0)
Resumindo:
𝑝×𝑞 𝑁−𝑛
𝜎𝑝2̂ = × (variância da distribuição amostral de proporções)
𝑛 𝑁−1
73
𝑘 = 𝑁 𝑛 = 32 = 9
1 1⁄2 1⁄2
1⁄2 0 0 DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL DE PROPORÇÕES DE PEÇAS DEFEITUOSAS
1⁄2 0 0
1 1 1 1
1+2+2+2+0+0+2+0+0 1
𝜇𝑃̂ = =
9 3
1 1 1 1 1 1 1 1
(1 − 3)2 + (2 − 3)2 + (2 − 3)2 + (2 − 3)2 + ⋯ + (0 − 3)2 1
𝜎𝑃2̂ = =
9 9
Resumindo:
𝑝×𝑞
𝜎𝑝2̂ = (variância da distribuição amostral de proporções)
𝑛
Para amostras suficientemente grandes, a distribuição amostral das proporções, que segue
distribuição binomial, poderá se aproximar de uma distribuição normal de mesma média e mesma
variância. Na prática, considera-se a amostra grande para 𝑛 ≥ 30 e 𝑝 próximo de 0,5.
74
6 ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS
6.1 INTRODUÇÃO
A inferência estatística tem como objetivo fazer generalizações sobre uma população, com
base nos dados amostrais.
Divide-se em duas grandes áreas: estimação e teste de hipóteses.
Pontual
Estimação
Inferência Por intervalo
Estatística
Teste de Hipóteses
Estimador: Quantidade calculada em função dos elementos amostrais, que será utilizada no
processo de estimação do parâmetro de interesse.
Principais métodos de obtenção de estimadores:
Um estimador 𝜃̂ é não tendencioso ou não viesado quando a sua média (ou esperança ou
expectância) é o próprio valor do parâmetro populacional 𝜃 que está se pretendendo estimar, ou
seja: 𝐸(𝜃̂) = 𝜃
1 1 1
𝐸(𝑋̅) = 𝐸 [ × [𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 ]] = 𝐸[𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 ] = × 𝑛 × 𝜇 = 𝜇
𝑛 𝑛 𝑛
75
b) Consistência
Um estimador 𝜃̂ é consistente se (além de ser não viesado) sua variância tende para zero,
quando n tende para ∞, isto é:
c) Eficiência
Dados dois estimadores 𝜃̂1 e 𝜃̂2 de um mesmo parâmetro, é mais eficiente aquele que
apresenta menor variância, ou seja:
Se 𝑉(𝜃̂1 ) < 𝑉(𝜃̂2 ) então 𝜃̂1 , é mais eficiente que 𝜃̂2 .
Ainda, se 𝜃̂1 e 𝜃̂2 forem ambos não tendenciosos, a eficiência relativa será dado pelo
quociente das respectivas variâncias, ou seja:
𝑉(𝜃̂1 )
𝑉(𝜃̂2 )
A média aritmética e a mediana são dois estimadores não tendenciosos da média aritmética
populacional 𝜇 para populações normais. Tem-se que:
𝜎2
𝑉(𝑋̅) =
𝑛
𝜋𝜎 2
𝑉(𝑀𝑒 ) =
2𝑛
𝜎2
𝑉(𝑋̅) 2
= 𝑛 2 = = 0,64
𝑉(𝑀𝑒 ) 𝜋𝜎 𝜋
2𝑛
d) Suficiência
Estimador suficiente é aquele que tem a capacidade de retirar da amostra toda a informação
que ela pode fornecer, ou seja, resume os dados sem perder nenhuma informação sobre o
parâmetro 𝜃.
76
Quando o parâmetro é estimado através de um único valor diz-se que a estimação é por
ponto ou pontual. Por exemplo: 𝑋̅, é um estimador pontual da média populacional 𝜇; 𝑆 2 , é um
estimador pontual da variância populacional 𝜎 2 ; etc.
2
∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝜇)2
𝑆 =
𝑛
Consiste em construir um intervalo em torno da estimativa por ponto, de tal forma que ele
possua probabilidade conhecida (nível de confiança) de conter o verdadeiro valor do parâmetro.
Seja o parâmetro 𝜃, tal que 𝑃(𝑡1 ≤ 𝜃 ≤ 𝑡2 ) = 1 − 𝛼. Então, tem-se:
A escolha do nível de confiança depende do grau de precisão com que se deseja estimar
o parâmetro. É comum utilizar os níveis de 95% e 99%. Evidentemente, o aumento no nível de
confiança implica no aumento de sua amplitude.
𝜎 𝜎
𝑃 (𝑋̅ − 𝑍𝛼/2 ≤ 𝜇 ≤ 𝑋̅ + 𝑍𝛼/2 )= 1−𝛼
√𝑛 √𝑛
onde:
𝑋̅ é a média da amostra;
𝛼 é o nível de significância adotado;
𝑍𝛼/2 é o valor de Z da tabela da distribuição “t” para um determinado nível de significância e
graus de liberdade 𝜐 → ∞;
𝜎 é o desvio padrão da população;
𝑛 é o tamanho da amostra.
A utilização da expressão acima deve atender aos seguintes critérios:
Para amostras pequenas (n<30), a população deve ser normalmente distribuída;
Para grandes amostras (n≥30), não existe a exigência de que a população seja normalmente
distribuída (justificada pelo Teorema Central do Limite), e sendo 𝜎 desconhecido, pode ser
substituído pelo desvio padrão amostral 𝑆.
1−
2 2
− Z 2 Z 2
Exemplos de aplicação
1) O desvio padrão dos comprimentos de todas as peças produzidas por certa máquina é 2 mm.
Uma amostra de 50 peças produzidas por essa máquina apresenta média igual a 25 mm. Construir
o I.C. de 95% para o verdadeiro comprimento das peças produzidas por essa máquina.
𝜎=2
78
𝑛 = 50
𝑋̅ = 25
1 − 𝛼 = 0,95 , portanto, 𝛼 = 0,05 e 𝑍𝛼⁄2 = 1,96
Assim, o intervalo de confiança de (1 − 𝛼)100% será:
𝜎 𝜎
𝑃 (𝑋̅ − 𝑍𝛼/2 ≤ 𝜇 ≤ 𝑋̅ + 𝑍𝛼/2 ) = 1 − 𝛼
√𝑛 √𝑛
2 2
𝑃 (25 − 1,96 ≤ 𝜇 ≤ 25 + 1,96 ) = 95%
√50 √50
𝑃(24,45 𝑚𝑚 ≤ 𝜇 ≤ 25,55 𝑚𝑚) = 95%
É possível dizer que o intervalo acima contém o verdadeiro parâmetro 𝜇, com 95% de
confiança.
1−
2 2
− t 2 t 2
Exemplos de aplicação
1) Uma amostra de 20 cabos, produzidos por uma indústria, foram avaliados e medidas as tensões
de rupturas (em kgf). A média e o desvio padrão da amostra são iguais a 762 kgf e 14,4 kgf,
respectivamente. Deseja-se construir o intervalo de confiança de 95% para a tensão média de
ruptura de cabos produzidos pela indústria.
𝑛 = 20
𝑋̅ = 762
𝑆 = 14,4
1 − 𝛼 = 0,95 , portanto 𝛼 = 0,05 e 𝜐 = 𝑛 − 1 = 19 , então: 𝑡𝛼⁄2 = 2,09
É possível dizer que o intervalo acima contém o verdadeiro parâmetro 𝜇, com 95% de
confiança.
80
2) A resistência do concreto à compressão está sendo testada por um engenheiro civil. Ele testa
12 corpos de prova e obtém dados abaixo. Construir um intervalo de 95% para a resistência média.
𝑛 = 12
𝑝̂ × 𝑞̂ 𝑝̂ × 𝑞̂
𝑃 [𝑝̂ − 𝑍𝛼⁄2 √ ≤ 𝑝 ≤ 𝑝̂ + 𝑍𝛼⁄2 √ ] =1−𝛼
𝑛 𝑛
Onde:
𝑥
𝑝̂ = é a proporção amostral (onde x representa o número de casos favoráveis ao evento
𝑛 estudado).
Exemplo de aplicação
Em uma amostra de 200 peças produzidas por certa máquina, verificou-se que 10 eram
defeituosas. Estimar a verdadeira proporção de peças defeituosas produzidas por essa máquina,
utilizando I.C. de 90%.
𝑛 = 200
10
𝑝̂ = = 0,05
200
𝑞̂ = 1 − 𝑝̂ = 0,95
𝑍𝛼⁄2 = 1,64
81
𝑝̂ × 𝑞̂ 𝑝̂ × 𝑞̂
𝑝̂ − 𝑍𝛼⁄2 √ ≤ 𝑝 ≤ 𝑝̂ + 𝑍𝛼⁄2 √
𝑛 𝑛
0,0247 ≤ 𝑝 ≤ 0,0753
𝑃[2,47% ≤ 𝑝 ≤ 7,53%] = 90%
É possível dizer que o intervalo acima contém o verdadeiro parâmetro 𝑝, com 95% de
confiança.
onde:
Exemplo de aplicação
Os desvios padrão das durações das lâmpadas elétricas fabricadas pelas indústrias A e B
são, respectivamente, 50 horas e 80 horas. Foram ensaiadas 40 lâmpadas de cada marca e as
durações médias obtidas foram 1.200 horas e 1.100 horas, para A e B, respectivamente. Construir
o intervalo de confiança de 99% para a diferença entre os tempos médios de vida das lâmpadas
de marcas A e B, ou seja, 𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 .
𝜎𝐴 = 50
𝜎𝐵 = 80
𝑛𝐴 = 𝑛𝐵 = 40
𝑋̅𝐴 = 1200
82
𝑋̅𝐵 = 1100
1 − 𝛼 = 0,99 , logo: 𝑍𝛼⁄2 = 2,58
O intervalo de confiança (I.C.) de (1 − 𝛼)100% para 𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 , será dado por:
𝜎2 𝜎2 𝜎2 𝜎2
(𝑋̅𝐴 − 𝑋̅𝐵 ) − 𝑍𝛼⁄2 √ 𝐴 + 𝐵 ≤ (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 ) ≤ (𝑋̅𝐴 − 𝑋̅𝐵 ) + 𝑍𝛼⁄2 √ 𝐴 + 𝐵
𝑛𝐴 𝑛𝐵 𝑛𝐴 𝑛𝐵
1 1 1 1
𝑃 [(𝑋̅1 − 𝑋̅2 ) − 𝑡𝛼⁄2 √𝑆𝑝2 ( + ) ≤ (𝜇1 − 𝜇2 ) ≤ (𝑋̅1 − 𝑋̅2 ) + 𝑡𝛼⁄2 √𝑆𝑝2 ( + )] = 1 − 𝛼
𝑛1 𝑛2 𝑛1 𝑛2
sendo que:
(𝑛1 − 1)𝑆12 + (𝑛2 − 1)𝑆22
𝑆𝑝2 =
𝑛1 + 𝑛2 − 2
Exemplo de aplicação
Uma amostra de 5 tubos da fábrica A, apresentou os seguintes resultados quanto aos diâmetros
(mm):
𝑋̅𝐴 = 45,40 ; 𝑆𝐴2 = 1,30
E, uma amostra de 6 tubos da fábrica B, apresentou: 𝑋̅𝐵 = 44,17 ; 𝑆𝐵2 = 1,37
Construir o I. C. de 95% para a diferença entre os diâmetros médios (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 ), supondo as
variâncias populacionais iguais.
𝑛𝐴 = 5
𝑛𝐵 = 6
83
1 − 𝛼 = 0,95
𝑡𝛼⁄2 , com 𝜐 = 𝑛1 + 𝑛2 − 2 graus de liberdade, logo 𝜐 = 9
𝑡𝛼⁄2 = 2,26
1 1 1 1
𝑃 [(𝑋̅𝐴 − 𝑋̅𝐵 ) − 𝑡𝛼⁄2 √𝑆𝑝2 ( + ) ≤ (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 ) ≤ (𝑋̅𝐴 − 𝑋̅𝐵 ) + 𝑡𝛼⁄2 √𝑆𝑝2 ( + ) ≤ (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 )]
𝑛𝐴 𝑛𝐵 𝑛𝐴 𝑛𝐵
=1−𝛼
onde:
(𝑛𝐴 − 1)𝑆𝐴2 + (𝑛𝐵 − 1)𝑆𝐵2 (5 − 1)(1,30) + (6 − 1)(1,37)
𝑆𝑝2 = = = 1,34
𝑛𝐴 + 𝑛𝐵 − 2 5+6−2
1 1 1 1
(45,40 − 44,17) − 2,26√1,34 ( + ) ≤ (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 ) ≤ (45,40 − 44,17) + 2,26√1,34 ( + )
5 6 5 6
É possível dizer que o intervalo acima contém a verdadeira diferença entre 𝜇𝐴 e 𝜇𝐵 , com
95% de confiança.
(𝑤1 + 𝑤2 )2
𝜐=
𝑤12 𝑤22
+
𝑛1 − 1 𝑛2 − 1
Sendo:
𝑆12
𝑤1 =
𝑛1
𝑆22
𝑤2 =
𝑛2
84
Tem-se que:
Exemplo de aplicação
Dois operários mediram o tempo (em min) de certa operação industrial, obtendo:
𝑋̅1 = 12,17; 𝑋̅2 = 15,60 ; 𝑆12 = 7,77; 𝑆22 = 16,30 ; 𝑛1 = 6 ; 𝑛2 = 5
Estimar através de um I.C. de 95% a diferença 𝜇1 − 𝜇2 , supondo que as variâncias sejam
diferentes.
1 − 𝛼 = 0,95
𝑡𝛼⁄2 é o valor de t da tabela da distribuição “t” para um determinado nível de significância e 𝜐 graus
de liberdade.
Onde:
(𝑤1 + 𝑤2 )2
𝜐=
𝑤12 𝑤22
+
𝑛1 − 1 𝑛2 − 1
Sendo:
𝑆12 7,77
𝑤1 = = = 1,30
𝑛1 6
𝑆22 16,30
𝑤2 = = = 3,26
𝑛2 5
Logo:
𝑆2 𝑆2 𝑆2 𝑆2
(𝑋̅1 − 𝑋̅2 ) − 𝑡𝛼⁄2 √ 1 + 2 ≤ (𝜇1 − 𝜇2 ) ≤ (𝑋̅1 − 𝑋̅2 ) + 𝑡𝛼⁄2 √ 1 + 2
𝑛1 𝑛2 𝑛1 𝑛2
85
É possível dizer que o intervalo acima contém a verdadeira diferença entre 𝜇1 e 𝜇2 , com
95% de confiança.
Sendo: 𝑒0 = |𝜇 − 𝑋̅|
Qual o tamanho mínimo da amostra para se estimar a média de uma população cujo desvio
padrão é igual a 10, com confiança de 99% e precisão igual a 4? Supor que a amostragem é obtida:
a) com reposição;
b) sem reposição de uma população com 1000 elementos;
𝜎 = 10
𝑒0 = 4
1 − 𝛼 = 0,99, logo 𝛼 = 0,01 e 𝑍𝛼⁄2 = 2,58
86
𝜎 2 10 2
𝑛 ≥ (𝑍𝛼⁄2 ) = (2,58 × ) = 41,6025 = 42
𝑒0 4
NOTA: Não conhecendo 𝜎, usar 𝑆 e substituir 𝑍𝛼/2 por 𝑡𝛼/2 com 𝜐 = 𝑛 − 1 𝑔. 𝑙. O que ocorre
é que não se conhece também o 𝑆, e se não tem um valor que possa ser utilizado, retirar uma
amostra piloto, de 𝑛0 elementos e obter o desvio padrão S.
Calcular:
𝑆 2
𝑛 ≥ (𝑡𝛼⁄2, 𝑛0 −1× )
𝑒0
Se 𝑛 ≤ 𝑛0 , a amostra piloto já terá sido suficiente para a estimação. Caso contrário, deve-
se retirar, ainda, da população os elementos necessários à complementação do tamanho mínimo
da amostra.
Sendo: 𝑒0 = |𝑝 − 𝑝̂ |
𝑝×𝑞
𝑛 ≥ 𝑍𝛼2⁄2 (Extração de amostras com reposição ou população
𝑒02 infinita)
Exemplo de aplicação
Qual o tamanho de amostra suficiente para estimar a proporção de peças defeituosas fornecidas
por certa máquina, com precisão de 0,08 e 99% de confiança, sabendo que essa proporção não
ultrapassa a 0,10?
𝑝 = 0,10
𝑒0 = 0,08
1
NOTA: O problema está no fato de não se conhecer 𝑝, nesse caso, é possível fazer 𝑝 = 𝑞 = ,
2
que fornecerá o maior valor do tamanho da amostra. Assim, seguramente o tamanho de amostra
obtido será suficiente para a estimação de qualquer que seja 𝑝.
1 1
× 𝑍𝛼⁄2 2 1 𝑍𝛼⁄2 2
𝑛≥ 𝑍𝛼2⁄2 2 2 2 =( ) × =( )
𝑒0 𝑒0 4 2𝑒0
LISTA DE EXERCÍCIOS 06
3. Sabe-se que a vida (em horas), de um bulbo de uma lâmpada de 75 W é distribuída normalmente
com 𝜎 = 25 horas. Uma amostra aleatória de 20 bulbos tem uma vida média de 1.014 horas.
Construa um intervalo de confiança de 95% para a vida média.
4. Um engenheiro do setor de pesquisa de um fabricante de pneu está investigando a vida média
do pneu em relação a um novo componente de borracha. Ele fabricou 16 pneus e testou-os até o
final da vida em um teste na estrada. A média e o desvio padrão da amostra são 60.139,7 e
3.645,94 km, respectivamente. Sabendo-se que a vida média do pneu é normalmente distribuída,
encontre um intervalo de confiança de 95% para a vida média do pneu.
5. Uma máquina produz bastões metálicos usados em um sistema de suspensão de automóveis.
Uma amostra aleatória de 15 bastões é selecionada e mede-se o diâmetro dos bastões. Os dados
(em milímetro) resultantes são mostrados a seguir:
𝑛 = 15 ; 𝑋̅ = 8,23 ; 𝑆 = 0,03 .
Sabendo-se que o diâmetro dos bastões é distribuída normalmente, encontre um intervalo de
confiança de 95% para o diâmetro médio dos bastões;
6. Em uma amostra aleatória de 85 mancais de eixos de manivelas de motores de automóveis, 10
têm um acabamento de superfície que é mais rugoso do que as especificações permitidas.
Consequentemente, uma estimativa pontual da proporção de mancais na população que excede
10
a especificação de rugosidade é 𝑝̂ = 85 =0,12. Construir o intervalo de confiança de 95% para a
proporção populacional.
7. Um fabricante de calculadoras eletrônicas retira uma amostra aleatória de 1200 calculadoras e
encontra 80 unidades defeituosas. Construa um intervalo de confiança de 95% para a proporção
de calculadoras defeituosas na população.
8. Está-se estudando a fração de circuitos integrados defeituosos produzidos em um processo.
Uma amostra de 300 circuitos é testada, revelando 13 defeituosos. Calcular o intervalo de
confiança de 90% para a fração de circuitos defeituosos produzidos pelo processo.
9. Uma empresa vem tendo sérios problemas com sucata e retrabalho, de modo que um de seus
engenheiros de qualidade decide investigar um determinado processo. Uma amostra aleatória de
150 itens é extraída num determinado dia, sendo encontrada uma porcentagem alta e alarmante
de 16% de itens desconformes (ou seja, defeituosos). O engenheiro decide criar um intervalo de
confiança de 95% para a proporção real de unidades defeituosas naquele momento. Qual é o
intervalo obtido?
10. Dois tipos de plásticos são adequados para uso por um fabricante de componentes eletrônicos.
A resistência à quebra desse plástico é importante. É sabido que 𝜎1 = 𝜎2 = 1,0 psi. A partir de uma
amostra aleatória de 𝑛1 = 10 e 𝑛2 = 12, obteve-se 𝑋̅1 = 162,5 e 𝑋̅2 = 155,0 psi. A companhia não
adotará o plástico 1, a menos que sua resistência média à quebra exceda do plástico 2, por no
mínimo, 10 psi. Calcule o intervalo de confiança de 95% para a diferença de médias, supondo que
ambas as populações sejam normalmente distribuídas.
11. Duas formulações diferentes de um combustível oxigenado de um motor devem ser testadas
com a finalidade de estudar sua octanagem na estrada. A variância da octanagem na estrada no
caso da formulação 1 é 𝜎12 = 1,5 e no caso da formulação 2 é 𝜎22 = 1,2. Duas amostras aleatórias
89
de 𝑛1 = 15 e 𝑛2 = 20 e são testadas, sendo que as octanagens médias observadas são 𝑋̅1 = 89,6
e 𝑋̅2 = 92,5. Considere normalidade das distribuições. Calcular o intervalo de confiança de 90%
para a diferença na octanagem média (𝜇2 − 𝜇1 ) observada na estrada.
12. Diâmetro de bastões de aço (mm), fabricadas em duas máquinas extrusoras diferentes, está
sendo investigado. Duas amostras aleatórias de tamanhos de 𝑛1 = 15 e 𝑛2 = 17 são selecionadas
e as médias e variâncias das amostras são 𝑋̅1 = 8,73, 𝑠12 = 0,35, 𝑋̅2 = 8,68 e 𝑠22 = 0,40,
respectivamente. Suponha que 𝜎12 = 𝜎22 e que os dados sejam retirados de uma população
normal. Construa um intervalo de confiança de 98% para a diferença no diâmetro médio dos
bastões.
13. Duas companhias fabricam um material de borracha para uso em uma aplicação automotiva.
A peça será sujeita a um desgaste abrasivo no campo de aplicação. Assim, decide-se comparar,
através de um teste, o material produzido por cada companhia. Vinte e cinco amostras de material
de cada companhia são testadas em um teste de abrasão, sendo a quantidade de desgaste
observada depois de 1000 ciclos. Para a companhia 1, a média e o desvio padrão do desgaste na
amostra são 𝑋̅1 = 20 miligramas/1000 ciclos e 𝑆1 = 2 miligramas/1000 ciclos, enquanto para
companhia 2 são 𝑋̅2 = 15 miligramas/1000 ciclos e 𝑆2 = 8 miligramas/1000 ciclos. Construa um
intervalo de confiança para 95% e 99% para a diferença de média de desgastes, considerando que
as populações são normalmente distribuídas com variâncias diferentes.
14. Um experimento realizado para estudar várias características de pinos de ferro resultou em 38
observações sobre a resistência de corte (kip) de pinos de 3/8 polegada de diâmetro e 35
observações sobre a resistência de pinos de 1/2 polegada de diâmetro. Os resultados obtidos
foram:
PINOS 𝑛 𝑋̅ 𝑆
Pino diâmetro 3/8 38 6,140 0,9
Pino diâmetro 1/2 35 4,250 1,3
Construir um intervalo de confiança de 98% para diferença entre as resistências médias de corte,
supondo normalidade das duas populações e variâncias distintas.
15. Qual o tamanho mínimo de amostra para se estimar a média de uma população cujo desvio
padrão é igual a 12, com confiança de 95% e precisão igual a 3? Supor que a amostragem é obtida
sem reposição de uma população com 2000 elementos.
16. Qual o tamanho de amostra suficiente para estimarmos a proporção de peças defeituosas
fornecidas por certa máquina, com erro de 0,03 e 99% de confiança, sabendo que a proporção não
ultrapassa de 0,10
17. Determinar o número mínimo de elementos de uma amostra, se desejamos estimar a média
populacional com 95% de confiança e erro amostral de 1, sendo que de uma amostra piloto com
70 elementos obteve-se variância igual a 36.
18. Um fabricante de peças acredita que aproximadamente 5% de seus produtos são defeituosos
se ele deseja estimar a verdadeira porcentagem, com erro de 0,05, com 90% de confiança. Qual
deverá ser o tamanho da amostra a ser retirada?
90
7 TESTES DE HIPÓTESES
R.R.
R.R. Figura 7 Figura 8 R.R. Figura 9
Os pontos -c e c são os pontos críticos, localizados nas tabelas das distribuições das
estatísticas do teste, considerando-se o nível de significância adotado e o número de graus de
liberdade em questão.
5) Definir o tamanho da amostra, coletar os dados e calcular o valor da estatística correspondente;
6) Rejeitar ou não rejeitar 𝐻0 , avaliando se o valor da estatística, obtida a partir dos dados
amostrais, situa-se na área de rejeição ou na região de aceitação.
Erro tipo II – Não rejeitar a hipótese nula quando ela for falsa, também denominado erro
beta (𝛽).
𝛽 = 𝑃(𝑎𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑟 𝐻0 |𝐻0 𝑓𝑎𝑙𝑠𝑎)
Para realizar o teste de hipóteses, as etapas apresentadas na seção 7.1 devem ser
seguidas.
As hipóteses estatísticas são:
𝐻0 : 𝜇 = 𝜇0
𝜇 < 𝜇0 (𝑇𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑢𝑛𝑖𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙 à 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎)
𝐻1 : { 𝜇 > 𝜇0 (𝑇𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑢𝑛𝑖𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙 à 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎)
𝜇 ≠ 𝜇0 (𝑇𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑏𝑖𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙)
Exemplo de aplicação
1) Uma peça ao ser fabricada, foi planejada de tal forma que uma de suas dimensões seja igual a
10 cm. Conhece-se o desvio padrão do processo produtivo, que é igual a 0,8 cm e sabe-se que a
distribuição das dimensões é normal. Uma amostra de 40 peças forneceu uma dimensão média
igual a 10,09 cm. Há interesse em testar se a média populacional é maior que 10 cm, ao nível de
5% de significância.
92
𝜎 = 0,8 𝑐𝑚
𝑛 = 40
𝑋̅ = 10,09 𝑐𝑚
𝑋̅ − 𝜇0 10,09 − 10
𝑍= 𝜎 = = 0,71
0,8
√𝑛 √40
Conclusão: O valor de Z calculado é 0,71 e o tabelado 𝑍0,05 = 1,64 . Portanto, não se rejeita 𝐻0 ,
logo, a média populacional não é maior que 10 cm.
2) Uma população normalmente distribuída tem desvio padrão conhecido, sendo igual a 5 mm.
Uma amostra de 20 elementos, obtida dessa população, tem média igual a 46 mm. Pode-se
afirmar que a média dessa população é superior a 43 mm, ao nível de significância de 1%?
𝜎 = 5𝑚𝑚
𝑛 = 20
𝑋̅ = 46 𝑚𝑚
𝑋̅ − 𝜇0 46 − 43
𝑍= 𝜎 = = 2,68
5
√𝑛 √20
Conclusão: O valor de Z calculado é 2,68 e o tabelado 𝑍0,01 = 2,33. Portanto, rejeita-se 𝐻0 , logo,
a média populacional é maior que 43 mm.
P-VALOR OU VALOR-P
É possível interpretar o p-valor como o menor valor do nível de significância para o qual
rejeita-se 𝐻0 . Desta forma, se o nível de significância (𝛼) proposto para o teste for menor que o p-
valor não rejeita a hipótese 𝐻0 .
Exemplo:
A tensão de ruptura dos cabos produzidos por um fabricante apresenta média de 1800 kg e desvio
padrão de 100 kg. Mediante nova técnica no processo de fabricação, proclama-se que a tensão de
ruptura pode ter aumentado. Para testar esta declaração, ensaiou-se uma amostra de 50 cabos,
tendo-se determinado a tensão média de ruptura de 1850 kg. Pode-se confirmar a declaração ao
nível de significância de 0,01?
𝐻0 : 𝜇 = 1800 (não houve modificação da tensão de ruptura)
1850 − 1800
𝑍= = 3,54
100
√50
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 − 𝑝 = 𝑃(𝑍 > 3,54) = 1 − 0,9998 = 0,0002
Conclusão: Como valor-p é menor do que o nível de significância 𝛼 = 0,01, não há evidências de
que a tensão média de ruptura é igual a 1800 kg e confirma-se a declaração.
Vamos considerar a situação a seguir, para calcular o erro tipo II e poder do teste.
Desejamos testar 𝐻𝑜 : 𝜇 = 20 contra 𝐻1 : 𝜇 > 20. Sabemos que a variância da população é igual a
16 e foi retirada uma amostra de 16 elementos. Calcular o erro tipo II e poder do teste considerando
os valores 20,50; 21,00; 21,64 e 22,00, para a verdadeira média (retirado de: MARTINS e
DOMINGUES, 2019)
𝜎 2 = 16
𝑛 = 16
𝐻0 : 𝜇 = 20
𝐻1 : 𝜇 > 20
Qual é o valor de 𝑋̅𝑐 ?
𝑋̅𝑐 − 𝜇0
𝑍= 𝜎
√𝑛
𝜎
𝑋̅𝑐 = 𝑍 × + 𝜇0
√𝑛
94
Calcular o erro tipo II (𝛽 ) e poder do teste (1-𝛽), se a verdadeira média for: 20,50; 21,00; 21,64 e
22,00.
Considerando 𝜇 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 20,50:
Para amostras pequenas (𝑛 < 30), a população de onde a amostra foi retirada deve ser
normalmente distribuída. Se 𝜎 2 é desconhecida, a estatística de teste é calculada por:
𝑋̅ − 𝜇0
𝑡=
𝑆⁄√𝑛
As áreas de rejeição e aceitação de 𝐻0 devem ser definidas de acordo com o valor crítico
de t, que deve ser obtido em uma tabela da distribuição t de Student, para nível de significância 𝛼
e n-1 graus de liberdade. Deve-se rejeitar 𝐻0 se o valor de t amostral situar na região de rejeição
ou não rejeitar 𝐻0 , se situar-se na região de aceitação.
Exemplos de aplicação
Solução:
𝑋̅ = 10,8
𝑆 = 0,9
𝑛 = 20
𝛼 = 0,05
𝜐 = 𝑛 − 1 = 20 − 1 = 19 graus de liberdade e 𝑡0,01; 19 𝑔.𝑙. = 2,54
𝑋̅ − 𝜇0 10,8 − 10
𝑡= = = 3,98
𝑆⁄√𝑛 0,9
√20
Conclusão: O valor de t calculado é 3,98 e o tabelado 𝑡0,01; 19 𝑔.𝑙. = 2,54. Portanto, rejeita-se 𝐻0 ,
logo, a média populacional é maior do que 10 cm.
2) Um fabricante afirma que a tensão média de ruptura dos cabos produzidos por sua companhia
não é inferior a 500 kgf. Uma amostra de 7 cabos foi ensaiada, obtendo-se os resultados (em Kgf):
𝑋̅ = 485,14 e 𝑆 = 7,77. Sabendo-se que a tensão de ruptura é normalmente distribuída, testar a
hipótese de que a média populacional é menor que 500 kgf, utilizando o nível de significância de
5%.
𝑋̅ = 485,14
𝑆 = 7,77
𝑛=7
𝛼 = 0,05
𝜐 = 𝑛 − 1 = 7 − 1 = 6 graus de liberdade e 𝑡0,05; 6 𝑔.𝑙. = −1,943
As hipóteses estatísticas são:
𝐻0 : 𝜇 = 500
𝐻1 : 𝜇 < 500
97
𝑋̅ − 𝜇0 485,14 − 500
𝑡= = = −5,06
𝑆⁄√𝑛 7,77
√7
Conclusão: O valor de t calculado é -5,06 e o tabelado 𝑡0,05; 6 𝑔.𝑙. = −1,943. Portanto, rejeita-se
𝐻0 , logo, a média populacional é menor que 500 kgf.
𝑝̂ é a proporção amostral;
𝑝0 é o valor a ser testado;
𝑛 é o tamanho da amostra.
Exemplos de aplicação
1) Um fabricante afirma que no máximo 3% das peças produzidas por sua indústria são
defeituosas. Um comerciante comprou 100 peças e verificou que 8 eram defeituosas. Testar a
hipótese de que a proporção de peças defeituosas é superior a 3%, utilizando nível de significância
de 5%.
𝑛 = 100
8
𝑝̂ = = 0,08
100
𝛼 = 0,05
𝐻0 : 𝑝 = 0,03
𝐻1 : 𝑝 > 0,03
98
Solução:
𝑛 = 200
192
𝑝̂ = = 0,96
200
𝛼 = 0,01 , portanto, 𝑍0,01 = 2,33
𝐻1 : 𝑝 > 0,95
Conclusão: O valor de Z calculado é menor que Z tabelado, portanto, não se rejeita a hipótese
𝐻0 , logo, a proporção de tubos que apresentam resultado satisfatório não é maior que 95%.
(𝑋̅1 − 𝑋̅2 ) − 𝑑0
𝑍=
𝜎2 𝜎2
√ 1 + 2
𝑛1 𝑛2
onde:
Exemplos de aplicação
1) Duas amostras de tubos de aço das marcas A e B foram analisadas e obtidas as resistências
médias, respectivamente de 40 kgf/mm2 e 35 kgf/ mm2. Conhecendo-se os desvios padrão
populacionais das resistências, de 4 kgf/ mm2 e 6 kgf/ mm2 , respectivamente, e tamanhos de
amostras iguais a 30, qual a conclusão a respeito das diferenças entre as médias, ao nível de
significância de 5%?
𝑋̅1 = 40; 𝜎1 = 4, 𝑛1 = 30
𝑋̅2 = 35; 𝜎2 = 6, 𝑛2 = 30
𝛼 = 0,05
𝐻0 : 𝜇1 − 𝜇2 = 0
𝐻1 : 𝜇1 − 𝜇2 ≠ 0
(𝑋̅1 − 𝑋̅2 ) − 𝑑0 40 − 35
𝑍= = = 3,80
2 2
𝜎2 𝜎22 √4 + 6
√ 1 + 30 30
𝑛1 𝑛2
Conclusão: O valor de Z calculado é igual a 3,80 e valor tabelado é 1,96, portanto, rejeita-se
𝐻0 . Logo, as resistências médias das marcas A e B são diferentes.
100
2) Uma amostra de 100 válvulas da Indústria A apresentou vida média 𝑋̅𝐴 = 1.530 ℎ, sendo
𝜎𝐴 = 100 ℎ. Uma outra amostra de 70 válvulas da Indústria B, apresentou vida média 𝑋̅𝐵 = 1.450 ℎ,
sendo 𝜎𝐵 = 90 ℎ. Testar a hipótese de que as válvulas da indústria A em relação a B tem duração
média superior a 100 h. Utilizar nível de significância de 1%.
𝑋̅𝐴 = 1.530 ℎ ; 𝜎𝐴 = 100 ℎ ; 𝑛𝐴 = 100
𝑋̅𝐵 = 1.450 ℎ ; 𝜎𝐵 = 90 ℎ ; 𝑛𝐵 = 70
𝛼 = 0,01
𝑍0,01 = 2,33
Conclusão: Como o valor de Z calculado é igual a -1,36 e o valor tabelado é 2,33, não se rejeita
𝐻0 . Logo, a diferença entre as durações médias das válvulas da indústria A e B não é maior que
100 horas.
A aplicação do teste requer as seguintes suposições quando 𝜎12 e 𝜎22 são Desconhecidas:
1. As populações devem ser normalmente distribuídas;
2. Os tamanhos de amostras devem ser pequenos (não exceder 30)
(𝑋̅1 − 𝑋̅2 ) − 𝑑0
𝑡=
1 1
√𝑆𝑝2 ( + )
𝑛1 𝑛2
Sendo:
101
Exemplo de aplicação:
Dois tipos de soluções químicas foram ensaiados para se determinar os pH. Os resultados obtidos
foram:
𝑋̅1 = 7,516; 𝑆12 = 0,033 ; 𝑛1 = 5
𝑋̅2 = 7,505; 𝑆22 = 0,011 ; 𝑛2 = 6
Testar a hipótese de que não existe diferença entre os pH médios das duas populações,
supondo que os desvios padrão populacionais são iguais. Usar 𝛼 = 0,05.
𝛼 = 0,05
Sendo:
(𝑛1 − 1)𝑆12 + (𝑛2 − 1)𝑆22
𝑆𝑝2 =
𝑛1 + 𝑛2 − 2
(5 − 1)0,033 + (6 − 1)0,011
𝑆𝑝2 = = 0,021
5+6−2
(7,516 − 7,505) − 0
𝑡= = 0,13
√0,021 (1 + 1)
5 6
Conclusão: O valor de t calculado é igual 0,13, menor que o valor tabelado, logo, não se rejeita
𝐻𝑜 . Conclui-se, portanto, que os pH médios das duas populações (soluções) não são diferentes,
para nível de significância de 5%.
(𝑋̅1 − 𝑋̅2 ) − 𝑑0
𝑡=
𝑆2 𝑆2
√ 1+ 2
𝑛1 𝑛2
A determinação da região crítica será com base no valor de t tabelado com graus de
liberdade dado pela expressão abaixo e nível de significância 𝛼.
(𝑤1 + 𝑤2 )2
𝜐=
𝑤12 𝑤22
+
𝑛1 − 1 𝑛2 − 1
Sendo:
𝑆12
𝑤1 =
𝑛1
𝑆22
𝑤2 =
𝑛2
Tem-se que:
Exemplo de aplicação
Uma mesma distância foi medida 5 vezes por dois instrumentos (em metros):
(𝑤1 + 𝑤2 )2
𝜐=
𝑤12 𝑤22
+
𝑛1 − 1 𝑛2 − 1
Sendo:
𝑆12 0,473
𝑤1 = = = 0,0946
𝑛1 5
𝑆22 0,01
𝑤2 = = = 0,002
𝑛2 5
(0,0946 + 0,002)2
𝜐= = 4,16 ≅ 4
0,09462 0,0022
+
4 4
Conclusão: O valor de 𝑡𝛼⁄2 com 𝜐 = 4 graus de liberdade é 2,78, logo, não se rejeita 𝐻0 , logo,
as médias não são diferentes.
Para aplicar o teste para variâncias é necessário que as populações de onde foram
extraídas as amostras, sejam normalmente distribuídas.
As hipóteses estatísticas são:
𝐻0 : 𝜎12 = 𝜎22
𝑆12
𝐹=
𝑆22
onde:
𝑆12 é a variância da amostra 1;
𝑆22 é a variância da amostra 2;
𝑛1 é o tamanho da amostra 1;
𝑛2 é o tamanho da amostra 2.
𝐹(1−𝛼⁄2); 𝜐1 ; 𝜐2 𝐹𝛼⁄2; 𝜐1 ; 𝜐2
Exemplos de aplicação:
Exemplo 1: Foram testadas as durabilidades (em km) dos pneus das marcas A e B, obtendo-se
para 5 pneus de cada marca os seguintes resultados:
Marca A: 30.000 32.000 28.000 26.000 31.000
Marca B: 25.000 30.000 20.000 21.000 23.000
Existe diferença significativa entre as variâncias das durabilidades dos dois pneus, ao nível
de 5% de significância?
Solução:
𝐻0 : 𝜎12 = 𝜎22
𝐻1 : 𝜎12 ≠ 𝜎22
105
𝑆12
𝐹=
𝑆22
Deve-se, portanto, calcular inicialmente os desvios padrão amostrais:
𝑆12 = 5.800.000 𝑛1 = 5 𝜐1 = 𝑛1 − 1 = 4
𝑆22 = 15.700.000 𝑛2 = 5 𝜐2 = 𝑛2 − 1 = 4
𝑆12 5.800.000
𝐹= = = 0,37
𝑆22 15.700.000
A.A.
.
A.R.
A.R.
0,16 6,39
0,10 9,60 F
Conclusão: Não se rejeita a hipótese 𝐻𝑜 , logo, as variâncias das durabilidades dos dois pneus não
são diferentes, para nível de significância de 5%.
Exemplo 2: Foram ensaiadas válvulas das marcas A e B, e verificou-se que os tempos de vida (em
horas) foram:
Testar a hipótese de igualdade para as variâncias do tempo de vida das válvulas de marcas A e B,
ao nível de significância de 5%.
Solução:
𝑆𝐴2 = 770 𝑛𝐴 = 5 𝜐𝐴 = 𝑛𝐴 − 1 = 4
𝑆𝐵2 = 17.225 𝑛𝐵 = 4 𝜐𝐵 = 𝑛𝐵 − 1 = 3
𝑆𝐴2 770
𝐹= 2 = 17.225 = 0,04
𝑆𝐵
A.A.
.
A.R.
A.R.
0,16 6,39
0,10
0,11 15,10
6,59 F
Conclusão: Rejeita-se H 0 , logo, as variâncias do tempo de vida das válvulas de marcas A e B são
diferentes, para nível de significância de 5%.
LISTA DE EXERCÍCIOS 07
1. Sabe-se que os diâmetros internos de rolamentos usados no trem de pouso de aviões têm desvio
padrão = 0,009 cm e normalmente distribuídos. Uma amostra aleatória de 15 rolamentos acusa
um diâmetro interno médio de 8,2535 cm. Testar a hipótese de que o diâmetro interno médio do
rolamento é maior que 8,25 cm. Usar 𝛼 = 0,05.
2. Deseja-se testar a hipótese de que o diâmetro médio da haste de liga de alumínio, produzidas
em uma máquina de calibragem, é diferente de 0,5025 in. Uma amostra de 25 hastes apresentou
um diâmetro médio de 0,5046 in e desvio padrão de 0,01 in. Utilizar 𝛼 = 0,05 e supor distribuição
normal.
3. A força média de resistência de uma fibra sintética é uma característica de qualidade de
interesse do fabricante, que deseja testar a hipótese de que a força média é maior que 50 psi,
usando 𝛼 = 0,05. O desvio padrão populacional da força de resistência é desconhecido. Uma
107
4. Uma fundição produz cabos de aço usados na indústria automotiva. Deseja-se testar a hipótese
de que a fração de itens não-conformes é menor que 10%. Em uma amostra aleatória de 250
cabos, detectou-se que 24 estavam fora das especificações. Usar 𝛼 = 0,05.
7. Dois catalisadores estão sendo testados para determinar como afetam o rendimento médio de
um processo químico. Especificamente, o catalisador 1 está sendo usado atualmente, mas o
catalisador 2 é aceitável. Como o catalisador 2 é mais barato, ele poderia ser adotado, desde que
não alterasse o rendimento do processo. Um teste é realizado em uma fábrica piloto e os resultados
são apresentados abaixo. Existe alguma diferença entre os rendimentos médios? Usar 𝛼 = 0,05 e
supor que as populações são normais e as variâncias iguais.
Dados: 𝑋̅1 = 92,26; 𝑆1 = 1,39; 𝑛1 = 8 ; 𝑋̅2 = 92,68; 𝑆2 = 1,28; 𝑛2 = 8
8. Considerar o exercício anterior supondo que as variâncias populacionais não são iguais.
9. Uma pesquisa apresenta os resultados de uma análise do peso do cálcio no cimento padrão e
no cimento misturado com chumbo. Níveis reduzidos de cálcio são uma indicação de que o
mecanismo de hidratação no cimento está bloqueado, o que permitirá a água atacar vários locais
da estrutura de cimento. Dez unidades do cimento padrão acusaram um peso médio de cálcio de
𝑋̅1 = 90,0, com desvio padrão 𝑆1 = 5,0 e 15 unidades do cimento misturado com chumbo
apresentaram um peso médio de cálcio de 𝑋̅2 = 87,0, com desvio padrão de 𝑆2 = 4,0. Testar a
hipótese de que 𝜇1 − 𝜇2 é maior que zero, utilizando 𝛼 = 0,01 e supondo que ambas as populações
são normalmente distribuídas e têm o mesmo desvio padrão.
10. Dois técnicos de controle de qualidade mediram o acabamento da superfície de uma parte de
metal, cujos dados estão apresentados abaixo. Suponha que as medidas sejam normalmente
distribuídas. Testar a hipótese de que as medidas médias do acabamento da superfície obtidas
pelos dois técnicos são iguais. Usar 𝛼 = 0,01 e supor variâncias iguais.
Dados: 𝑋̅1 = 1,39; 𝑆1 = 0,11; 𝑛1 = 7 ; 𝑋̅2 = 1,18; 𝑆2 = 0,12; 𝑛2 = 8
108
8 ANÁLISE DA VARIÂNCIA
Introdução
contra a hipótese alternativa de que, pelo menos uma dessas médias seja diferente das demais,
ou seja:
𝐻1 : pelo menos uma média 𝜇𝑗 ≠ 𝜇
AMOSTRA k
AMOSTRA 1 AMOSTRA 2
n1 n2 nk
Onde:
𝑛
∑𝑘𝑗=1 ∑𝑖=1
𝑗
𝑥𝑖𝑗
𝑋̅ = é a média de todas as amostras.
𝑁
𝑛
∑𝑘𝑗=1 ∑𝑖=1
𝑗
(𝑋̅𝑗 − 𝑋̅)2
𝑆𝑒2 =
𝑘−1
Onde:
𝑛𝑗
∑𝑖=1 𝑥𝑖𝑗
𝑋̅𝑗 = é a média da j-ésima amostra (j=1, 2, ...,k)
𝑛𝑗
𝑛 2
𝑗
∑𝑖=1(𝑥𝑖𝑗 − 𝑋̅𝑗 )
𝑆𝑗2 =
𝑛𝑗 − 1
110
R.A.
1− R.R.
O teste será sempre unilateral. O valor crítico de F será obtido para nível de significância 𝛼
e (𝑘 − 1) e (𝑁 − 𝑘) graus de liberdade, no numerador e denominador, respectivamente.
111
d) Cálculo da estatística F
Total
SQT N-1
f) Conclusão
Exemplos de aplicação:
POSTOS DE MÉDIAS
INDICES DE PRODUÇÃO (%) (𝑥𝑖𝑗 ) SOMAS
TRABALHO (𝑋̅𝑗 )
A 90,8 100 81,1 271,90 90,63
B 85,5 83 73,7 242,20 80,73
C 65,9 77,1 68,5 211,50 70,50
TOTAL 725,60 80,62
Então, tem-se:
𝑆𝑄𝑇 = (90,8 − 80,62)2 + (100,0 − 80,62)2 + ⋯ + (77,1 − 80,62)2 + (68,5 − 80,62)2
𝑆𝑄𝑇 = 932,78
e) Quadro da ANOVA
2) Em uma indústria, quatro operários executam uma mesma operação. Com o objetivo de
identificar se existe diferença entre os tempos gastos para executar a operação mencionada, foram
realizadas as seguintes observações desses tempos (em segundos):
113
Solução:
𝐻0 : 𝜇1 = 𝜇2 = 𝜇3 = 𝜇4 = 𝜇
𝐻1 : pelo menos uma média 𝜇𝑗 ≠ 𝜇
𝑆𝑄𝑇 = 0,98
e) Quadro da ANOVA
Hipóteses:
𝐻0 : 𝜇𝑖 = 𝜇𝑚
𝐻1 : 𝜇𝑖 ≠ 𝜇𝑚
Se |𝑋̅𝑖 − 𝑋̅𝑚 | > ∆𝛼 , rejeita-se a hipótese nula de que 𝐻0 : 𝜇𝑖 = 𝜇𝑚 , sendo que a estatística
∆𝛼 é dada por:
1 1
∆𝛼 = √𝑄𝑀𝑅 × (𝑘 − 1) × ( + ) × 𝐹𝑘−1, 𝑁−𝑘, 𝛼
𝑛𝑖 𝑛𝑚
Exercícios de aplicação
1) Para o exemplo dos índices de produção segundo diferentes postos de trabalho, verificar quais
médias são diferentes, utilizando 𝛼 = 0,05
POSTOS DE MÉDIAS
TRABALHO (𝑋̅𝑗 )
A 90,63
B 80,73
C 70,50
𝑘 = 3 (postos de trabalho)
𝑁−𝑘 =9−3=6
𝛼 = 0,05
𝑛 = 3 (tamanho da amostra em cada posto de trabalho)
324,90
𝑄𝑀𝑅 = = 54,15 (do quadro da ANOVA do exemplo de aplicação no. 1)
6
𝐹2;6; 0,05 = 5,14
𝑛𝐵 = 3
1 1
∆𝛼 = √𝑄𝑀𝑅 × (𝑘 − 1) × ( + ) × 𝐹𝑘−1, 𝑁−𝑘, 𝛼
𝑛𝑖 𝑛𝑚
1 1
∆0,05 = √54,15 × (3 − 1) × ( + ) × 5,14
3 3
∆0,05 = 19,26
Portanto, tem-se:
Conclui-se, portanto, que os índices médios de produção dos postos de trabalho A e C são
diferentes, para nível de 5% de significância.
2) Para o exemplo de quatro operários que executam uma mesma operação em uma indústria,
aplicar o método de Scheffé, utilizando 𝛼 = 0,01.
116
Solução:
OPERÁ- MÉDIAS
RIOS 𝑛𝐽 (𝑋̅𝑗 )
1 5 8,2
2 4 8,4
3 3 8,8
4 6 8,3
1 1
∆𝛼 = √𝑄𝑀𝑅 × (𝑘 − 1) × ( + ) × 𝐹𝑘−1, 𝑁−𝑘, 𝛼
𝑛𝑖 𝑛𝑚
𝑘=4 (operários)
𝑁 = 18
𝑁 − 𝑘 = 18 − 4 = 14
𝛼 = 0,01
𝑄𝑀𝑅 = 0,24⁄14 = 0,0171 (do exemplo de aplicação no. 2)
1 1
∆0,01 = √0,0171 × 3 × ( + ) × 5,56 = 0,36
5 4
As médias dos operários 1 e 2 são: 𝑋̅1 = 8,2 e 𝑋̅2 = 8,4, portanto a diferença é
|𝑋̅1 − 𝑋̅2 | = 0,2 . Tem-se que |𝑋̅1 − 𝑋̅2 | = 0,2 < ∆0,01 = 0,36 , logo não há diferença entre as duas
médias.
Considerando os operários 1 e 3, tem-se:
𝑛1 = 5
𝑛2 = 3
1 1
∆0,01 = √0,0171 × 3 × ( + ) × 5,56 = 0,39
5 3
1 1
∆0,01 = √0,0171 × 3 × ( + ) × 5,56 = 0,32
5 6
1 1
∆0,01 = √0,0171 × 3 × ( + ) × 5,56 = 0,41
4 3
1 1
∆0,01 = √0,0171 × 3 × ( + ) × 5,56 = 0,34
4 6
1 1
∆0,01 = √0,0171 × 3 × ( + ) × 5,56 = 0,38
3 6
Assim, tem-se:
O tempo médio gasto para a execução do operário número 3 difere do tempo médio dos
operários 1 e 4, ao nível de 1% de significância.
LISTA DE EXERCÍCIOS 08
1. Uma empresa deseja adquirir certa máquina e verificou que existem no mercado três marcas
diferentes: A, B, e C que satisfazem. Decidiu-se que será comprada a máquina que apresentar
melhor rendimento. Foi realizado um ensaio com as três máquinas em períodos iguais durante 5
dias e as produções resultantes foram:
118
Pergunta-se: com relação ao rendimento, existe diferença significativa entre as máquinas ao nível
de 1% de significância? Aplicar o teste de Scheffé e concluir qual a máquina a ser adquirida.
2. Foram testados três tipos de lâmpadas elétricas e os tempos de vida (em horas) obtidos foram:
lâmpada A: 1.245 1.354 1.367 1.289
lâmpada B: 1.235 1.300 1.230 1.189
lâmpada C: 1.345 1.450 1.320
Existe diferença significativa entre os tempos médios de vida dessas três marcas de lâmpadas, ao
nível de significância de 1%? Se necessário, aplicar o teste de Scheffé.
3. Três máquinas produzem parafusos. Encontram-se a seguir, os diâmetros correspondentes a
uma amostra de 4 parafusos produzidos em cada máquina.
MÁQUINAS
A B C
8 9 7
7 7 9
9 7 7
7 8 7
5) A resistência de contato de um relé foi estudada para três materiais diferentes (todos eram ligas,
tendo prata como base). Os dados encontram-se a seguir.
9.1 INTRODUÇÃO
A correlação simples mede a “força” ou “grau” de associação entre duas variáveis. Já, o
modelo de regressão linear simples, define uma relação linear entre a variável dependente e uma
variável independente.
100
80
60
40
20
0
2 7 12 17 22
FONTE: A autora. X
A visualização do diagrama de dispersão possibilita ter uma boa ideia de como as duas
variáveis se correlacionam.
GRÁFICO 5 – DIAGRAMA DE DISPERSÃO ENTRE AS VARIÁ- GRÁFICO 6 – DIAGRAMA DE DISPERSÃO ENTRE AS VARIÁ-
VEIS X E Y
DIAGRAMA DE DISPERSÃO VEIS XEY
DIAGRAM A DE DISPERSÃO
Y Y
120 70
60
100
50
80
40
60
30
40 20
20 10
0
0
2 7 12 17
2 7 12 17 22
X
X
Exemplo de aplicação:
70
60
50
40
30
20
10
0
2 4 6 8 10 12 14
Quantidade de metal
A visualização do diagrama de dispersão possibilita ter uma boa ideia de como as duas
variáveis se relacionam, ou seja, qual a tendência de variação conjunta que apresentam. O gráfico
sugere a existência de uma relação linear entre as duas variáveis. Assim, calcular-se-á o
coeficiente de correlação linear de Pearson.
OBS. 𝑥𝑖 𝑦𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑋̅) (𝑦𝑖 − 𝑌̅) (𝑥𝑖 − 𝑋̅)(𝑦𝑖 − 𝑌̅) (𝑥𝑖 − 𝑋̅)2 (𝑦𝑖 − 𝑌̅)2
1 6 10 -2,45 -25 61,25 6,00 625
2 4 10 -4,45 -25 111,25 19,80 625
3 6 20 -2,45 -15 36,75 6,00 225
4 8 20 -0,45 -15 6,75 0,20 225
5 7,5 30 -0,95 -5 4,75 0,90 25
6 8,5 40 0,05 5 0,25 0,00 25
7 9,5 45 1,05 10 10,50 1,10 100
8 11 50 2,55 15 38,25 6,50 225
9 12 60 3,55 25 88,75 12,60 625
10 12 65 3,55 30 106,50 12,60 900
84,5 350 465,00 65,73 3.600
MÉDIA 8,45 35
Tem-se que:
465
𝑟 = 𝜌 ̂𝑋,𝑌 = = 0,9560
√65,73 × 3.600
Exemplo de aplicação:
Seja o exemplo do processo de recobrimento de uma determinada peça com metal. Tem-se que o
coeficiente de correlação estimado é 𝑟 = 0,9560. Testar a hipótese de que a correlação
populacional é diferente de zero, utilizando nível de significância de 5%.
As hipóteses são:
A estatística t é:
Análise de regressão linear simples é uma técnica de modelagem utilizada para analisar a
relação entre uma variável dependente (Y) e uma variável independente X .
O objetivo dessa técnica é identificar uma função que descreve, o mais próximo possível, a
relação entre essas variáveis e assim poder predizer o valor que a variável dependente (Y) irá
assumir para um determinado valor da variável independente X.
O modelo de regressão poderá ser expresso como:
𝑌 = 𝛼 + 𝛽𝑋 + 𝜀
Y
34
32
30
28
26
24
22
20
20 22 24 26 28 X 30
Verifica-se no gráfico que nem todos os pontos tocam a reta, e essa diferença é o erro (),
mas supõe-se que em média esses erros tendem a se anular, ou seja:
𝐸(𝜀𝑖 ) = 0
Ao estabelecer o modelo de regressão linear simples, deve-se pressupor que:
1) os erros (𝜀𝑖 ) têm distribuição normal;
2) os erros (𝜀𝑖 ) são independentes;
3) 𝜀𝑖 é uma variável aleatória com média igual a zero, isto é, 𝐸(𝜀𝑖 ) = 0;
4) A variância de 𝜀𝑖 é igual à 𝜎 2 para todos os valores de X.
Uma vez escolhido o modelo de regressão, deve-se estimar os seus parâmetros, neste
caso, os coeficientes da equação da reta, 𝛼 e 𝛽 . Isso pode ser feito a partir da aplicação do
Método dos Mínimos Quadrados. Neste método, a soma dos erros quadráticos (isto é, a soma dos
quadrados da distância vertical entre as observações e a reta ajustada) é mínima.
Os parâmetros 𝛼 e 𝛽 são estimados através dos dados amostrais e a reta estimada será
da forma:
𝑌̂ = 𝑎 + 𝑏𝑋
Seja 𝑒𝑖 a distância da reta ajustada aos pontos amostrais. O método dos mínimos
quadrados minimiza a soma de 𝑒𝑖2 , ou seja:
∑𝑛𝑖=1 𝑒𝑖2 = ∑𝑛𝑖=1(𝑦𝑖 − 𝑦̂𝑖 )2 = ∑𝑛𝑖=1(𝑦𝑖 − 𝑎 − 𝑏𝑥𝑖 )2
∑𝑛𝑖=1 𝑦𝑖 = 𝑛𝑎 + 𝑏 ∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖
∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅)𝑦𝑖
𝑏=
∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅)2
Exemplos de aplicação
1) Seja o processo de recobrimento de uma determinada peça com metal. O recobrimento é feito
com metal fundido.
X= quantidade utilizada de metal fundido (em gramas);
Y = porcentagem de recobrimento obtida (%).
𝑋̅ = 8,45
𝑌̅ = 35
(𝑥𝑖 − 𝑋̅)2 = 65,725
(𝑥𝑖 − 𝑋̅)𝑦𝑖 = 465,00
Logo,
OBS. 𝑥𝑖 𝑦𝑖 𝑦̂𝑖
1 6 10 17,7
2 4 10 3,5
3 6 20 17,7
4 8 20 31,8
5 7,5 30 28,3
6 8,5 40 35,4
7 9,5 45 42,4
8 11 50 53,0
9 12 60 60,1
10 12 65 60,1
60
50
40
30
20
10
0
0 5 10 15
Quantidade de metal fundido
126
Ŷ = a + bX
yi
( y i − Y) ( y i − ŷ i )
Y
( Y − ŷ i )
X
A estatística utilizada para o teste é a variável aleatória com distribuição F de Snedecor,
com m graus de liberdade no numerador e n graus de liberdade no denominador. As hipóteses
são:
𝐻0 : A regressão linear de Y sobre X não é significativa
𝐻1 : A regressão linear de Y sobre X é significativa
As variações ou somas dos quadrados são obtidos através de:
𝑛
𝑖=1 𝑖=1
Tem-se que: 𝑆𝑄𝑇 = 𝑆𝑄𝐸 + 𝑆𝑄𝑅
Exemplo de aplicação:
Solução:
Para obter as somas dos quadrados faz-se necessário os seguintes cálculos:
OBS. 𝑥𝑖 𝑦𝑖 𝑥𝑖 𝑦𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑋̅) (𝑦𝑖 − 𝑌̅) (𝑥𝑖 − 𝑋̅)2 (𝑦𝑖 − 𝑌̅)2 (𝑥𝑖 − 𝑋̅)(𝑦𝑖 − 𝑌̅)
1 6 10 60,0 -2,45 -25 6,0 625 61,25
2 4 10 40,0 -4,45 -25 19,8 625 111,25
3 6 20 120,0 -2,45 -15 6,0 225 36,75
4 8 20 160,0 -0,45 -15 0,2 225 6,75
5 7,5 30 225,0 -0,95 -5 0,9 25 4,75
6 8,5 40 340,0 0,05 5 0,0 25 0,25
7 9,5 45 427,5 1,05 10 1,1 100 10,5
8 11 50 550,0 2,55 15 6,5 225 38,25
9 12 60 720,0 3,55 25 12,6 625 88,75
10 12 65 780,0 3,55 30 12,6 900 106,5
Total 84,5 350 3.422,5 65,70 3.600 465,00
𝑛
𝑆𝑄𝐸 = 𝑏 × 𝑆𝑋𝑌
sendo que 𝑆𝑋𝑌 = ∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅)(𝑦𝑖 − 𝑌̅) = 465
Tem-se que 𝐹0,05;1; 8 = 5,32 , logo, conclui-se que a regressão de Y sobre X é significativa,
para nível de 5% de significância.
128
𝑆𝑄𝐸 3.289,829
𝑅2 = = = 0,9138
𝑆𝑄𝑇 3.600,000
O modelo ajustado explica 91,38% das variações ocorridas na variável dependente Y.
2
(𝑛 − 1) 10 − 1
𝑅𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 =1− × (1 − 𝑅 2 ) = 1 − × (1 − 0,9138) = 0,9030
(𝑛 − 𝑘) 10 − 2
2
Utilizando o 𝑅𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 , o modelo explica 90,30% das variações ocorridas na variável
dependente Y.
O modelo estimado é:
𝑌̂ = 𝛼̂𝛽̂ 𝑋
129
Assim, reduz-se ao problema de ajuste de uma reta aos pontos (𝑥𝑖 , 𝑧𝑖 ), onde 𝑧𝑖 = 𝑙𝑛(𝑦𝑖 ).
Os parâmetros A e B são estimados através dos dados amostrais e a reta estimada será da
forma:
𝑍̂ = 𝐴̂ + 𝐵̂𝑋
𝐴̂ = 𝑍̅ − 𝐵̂𝑋̅
∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅)𝑧𝑖
𝐵̂ =
∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋̅)2
Para obter a estimativa do modelo na sua forma original, faz-se a transformação inversa
dos coeficientes 𝐴̂ e 𝐵̂. Tem-se então que:
𝐴̂ = 𝑙𝑛𝛼̂, logo, 𝛼̂ = 𝑒 𝐴̂
𝐵̂ = 𝑙𝑛𝛽̂, logo, 𝛽̂ = 𝑒 𝐵̂
Se 𝐹𝑐𝑎𝑙𝑐 > 𝐹𝛼; 1; 𝑛−2 , rejeita-se 𝐻0 e conclui-se que a regressão de Y sobre X é significativa.
2
(𝑛 − 1)
𝑅𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 =1− × (1 − 𝑅 2 )
(𝑛 − 𝑘)
Exemplo:
1) Seja o processo de recobrimento de uma determinada peça com metal. O recobrimento é feito
com metal fundido.
X= quantidade utilizada de metal fundido (em gramas);
Y = porcentagem de recobrimento obtida (%).
OBSERVAÇÃO
𝑥𝑖 𝑦𝑖
1 6,0 10
2 4,0 10
3 6,0 20
4 8,0 20
5 7,5 30
6 8,5 40
7 9,5 45
8 11,0 50
9 12,0 60
10 12,0 65
OBS. 𝑥𝑖 𝑦𝑖 𝑦̂𝑖
1 6,0 10 16,16
2 4,0 10 10,02
3 6,0 20 16,16
4 8,0 20 26,05
5 7,5 30 23,12
6 8,5 40 29,36
7 9,5 45 37,29
8 11,0 50 53,36
9 12,0 60 67,76
10 12,0 65 67,76
132
70
60
50
40
30
20
10
0
2 4 6 8 10 12 14
OBS. 𝑥𝑖 𝑦𝑖 𝑧𝑖 = 𝑙𝑛(𝑦𝑖 ) (𝑥𝑖 − 𝑋̅) (𝑧𝑖 − 𝑍̅) (𝑧𝑖 − 𝑍̅)2 (𝑥𝑖 − 𝑋̅)(𝑧𝑖 − 𝑍̅)
1 6,0 10 2,3026 -2,45 -1,0648 1,1338 2,6088
2 4,0 10 2,3026 -4,45 -1,0648 1,1338 4,7384
3 6,0 20 2,9957 -2,45 -0,3717 0,1381 0,9106
4 8,0 20 2,9957 -0,45 -0,3717 0,1381 0,1673
5 7,5 30 3,4012 -0,95 0,0338 0,0011 -0,0321
6 8,5 40 3,6889 0,05 0,3215 0,1033 0,0161
7 9,5 45 3,8067 1,05 0,4393 0,1930 0,4612
8 11,0 50 3,9120 2,55 0,5446 0,2966 1,3888
9 12,0 60 4,0943 3,55 0,7269 0,5284 2,5807
10 12,0 65 4,1744 3,55 0,8070 0,6512 2,8648
SOMA 84,5 350 4,3177 15,7045
MÉDIA 8,45 35 3,3674
Quadro da ANOVA
FONTE DE SOMA DE GRAUS DE QUADRADO
VARIAÇÃO QUADRADOS LIBERDADE MÉDIO F
Explicada 3,7525 1 3,7525
53,11
Residual 0,5652 8 0,0706
Total 4,3177 9
Tem-se que 𝐹0,05; 1; 8 = 5,32 . Como 𝐹 = 53,11 > 𝐹0,05; 1; 8 = 5,32, conclui-se que a
regressão de Y sobre X é significativa, ao nível de 5% de significância.
133
2
(𝑛 − 1) (10 − 1)
𝑅𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 =1− × (1 − 𝑅 2 ) = 1 − × (1 − 0,8691) = 0,8527
(𝑛 − 𝑘) (10 − 2)
O modelo ajustado explica 85,27% das variações ocorridas na variável Y.
LISTA DE EXERCÍCIOS 09
Peso 12 13 14 14 16 18 19 22 24 26
Rendimento 16 14 14 13 11 12 09 09 08 06
Pede-se:
a) calcular o coeficiente linear de Pearson e testar a significância ao nível de 5%.
b) ajustar a função linear e testar a existência de regressão, adotando 𝛼 = 0,05. Qual é o coeficiente
de explicação da função linear?
c) ajustar a função exponencial e testar a existência de regressão, adotando 𝛼 = 0,05. Qual é o
coeficiente de explicação da função exponencial?
d) Qual das funções ajustadas é a melhor? Comente?
2) Um estudo foi desenvolvido para verificar o quanto o comprimento de um cabo da porta serial
de microcomputadores influencia na qualidade da transmissão de dados, medida através do
número de falhas em 100.000 lotes de dados transmitidos (taxa de falha). Os resultados foram:
Comp. do 8 8 9 9 10 10 11 11 12
Cabo (m)
Taxa de 2,2 2,1 3,0 2,9 4,1 4,5 6,2 5,9 9,8
Falha
Comp. do 12 13 13 14 14 15
Cabo (m)
Taxa de 8,7 12,5 13,1 19,3 17,4 28,2
Falha
Pede-se:
a) calcular o coeficiente linear de Pearson e testar a significância ao nível de 5%.
b) ajustar a função linear e testar a existência de regressão, adotando 𝛼 = 0,05. Qual é o coeficiente
de explicação da função linear?
c) ajustar a função exponencial e testar a existência de regressão, adotando 𝛼 = 0,05. Qual é o
coeficiente de explicação da função exponencial?
d) Qual das funções ajustadas é a melhor? Comente.
134
Pede-se:
a) ajustar a função linear e testar a existência de regressão, adotando 𝛼 = 0,05. Qual é o coeficiente
de explicação da função linear?
b) ajustar a função exponencial e testar a existência de regressão, adotando 𝛼 = 0,05. Qual é o
coeficiente de explicação da função exponencial?
c) Qual das funções ajustadas é a melhor? Comente.
135
Introdução
De acordo com Montgomery (2009), a qualidade de um produto pode ser avaliada de várias
formas. É possível resumir as várias dimensões da qualidade em oito componentes: desempenho,
confiabilidade, durabilidade, assistência técnica, estética, características (o que o produto faz?),
qualidade percebida e conformidade com a especificação.
A definição moderna de qualidade, segundo Montgomery (2009), é: qualidade é
inversamente proporcional à variabilidade.
São várias as técnicas estatísticas úteis na melhoria da qualidade, sendo possível citar as
duas principais áreas: controle estatístico do processo e planejamento de experimentos.
O controle estatístico do processo (CEP) é um conjunto de ferramentas poderoso, útil para
obter estabilidade do processo e melhoria da capacidade através da redução da variabilidade. O
CEP pode ser aplicado a qualquer processo. Algumas das principais ferramentas são:
1. Histograma de frequências e diagrama de ramo e folhas
2. folha de controle
3. gráfico de Pareto
4. diagrama de causa e efeito
5. diagrama de concentração de defeito
6. diagrama de dispersão
7. gráfico de controle (mais sofisticado tecnicamente)
De acordo com Montgomery (2009), mesmo um processo de produção bem planejado ou
cuidadosamente mantido, apresentará uma pequena variabilidade, inerente ao processo. Nesse
caso, diz-se que o processo opera apenas com causas de variações aleatórias e está sob controle
estatístico.
Entretanto, outros tipos de variabilidade podem ocorrer, devido a três fatores: máquinas mal
ajustadas ou controladas de forma inadequada; erros do operador e matéria prima com problemas.
Essas fontes de variabilidade são chamadas de “causas atribuíveis”.
Seja w uma estatística amostral que mede alguma característica da qualidade de interesse,
sendo:
𝜇𝑊 : a média de w
𝜎𝑊 : desvio padrão de w
Então, a linha central, o limite superior de controle e o limite inferior de controle se tornam:
𝐿𝑆𝐶 = 𝜇𝑊 + 𝐿𝜎𝑊 (limite superior de controle)
𝐿𝐶 = 𝜇𝑊 (linha central)
onde:
L é a distância dos limites de controle à linha central, expressa em unidades de desvio
padrão. Normalmente, utiliza-se 𝐿 = 3. Os limites três sigmas são normalmente utilizados nos
Estados Unidos.
A teoria geral dos gráficos de controle foi proposta, inicialmente pelo Dr. Walter A. Shewhart.
Os gráficos de controle desenvolvidos segundo esses princípios são chamados gráficos de
controle de Shewhart.
𝑋̅𝑗
LSC
LC
LIC
Amostras
O processo está “fora do controle” se houver um ou mais pontos fora dos limites de controle
ou em disposição não aleatória.
𝑋̅𝑗
LSC
LC
LIC
Amostras
137
𝑋̅𝑗
LSC
LC
LIC
Amostras
𝑋̅𝑗
LSC
LC
LIC
Amostras
𝑋̅𝑗
LSC
LC
LIC
Amostras
Outra disposição de pontos que indicam processo “fora de controle”: mais de 6 pontos
consecutivos em um só lado da linha central.
138
𝑋̅𝑗
LSC
LC
LIC
Amostras
̅
10.2.1 Gráfico de Controle de 𝑿
Estes parâmetros devem ser estimados com base em pelo menos 20 a 25 amostras, sendo
cada uma de tamanho 4 ou 5.
Seja 𝑋1 , 𝑋2 , … , 𝑋𝑛 uma amostra aleatória de um processo que está sob investigação. Então,
temos:
∑𝑛𝑖=1 𝑋𝑖 𝑋1 + 𝑋2 + ⋯ + 𝑋𝑛
𝑋̅ = =
𝑛 𝑛
E, sejam 𝑋̅1 , 𝑋̅2 , . . . , 𝑋̅𝑚 as médias de cada uma das m amostras. Então, o melhor estimador
de 𝜇, a média do processo, é a média geral, isto é:
∑𝑚 ̅
𝑗=1 𝑋𝑗 𝑋̅1 + 𝑋̅2 + ⋯ + 𝑋̅𝑚
𝑋̿ = =
𝑚 𝑚
𝑅 = 𝑋𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 − 𝑋𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
∑𝑚
𝑗=1 𝑅𝑗 𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ + 𝑅𝑚
𝑅̅ = =
𝑚 𝑚
Com base na normalidade, calcula-se os limites de controle três sigmas para o gráfico de
controle de 𝑋̅.
𝐿𝐶 = 𝑋̿ linha central
𝐿𝑆𝐶 = 𝑋̿ + 𝐴2 𝑅̅ limite superior de controle
𝐿𝐼𝐶 = 𝑋̿ − 𝐴2 𝑅̅ limite inferior de controle
Onde:
𝑋̿ é a média das m amostras
̅
10.2.2 Gráfico de Controle de 𝑹
Este gráfico é utilizado para o controle da variabilidade do processo. OS limites de controle
três sigmas para o gráfico de controle de 𝑅 são:
𝐿𝐶 = 𝑅̅ linha central
𝐿𝑆𝐶 = 𝐷4 × 𝑅̅ limite superior de controle
𝐿𝐼𝐶 = 𝐷3 × 𝑅̅ limite inferior de controle
Onde:
𝑅̅ é a amplitude média das m amostras
𝐷3 e 𝐷4 são constantes tabelados em função do tamanho da amostra n.
Exemplo 1
A tabela que se segue lista a quantidade de energia elétrica (em kWh) de certa residência.
̅
Gráfico de controle de 𝑿
𝐿𝐶 = 𝑋̿ = 2687,5333
𝐿𝑆𝐶 = 𝑋̿ + 𝐴2 𝑅̅ = 2687,5333 + 1,023 × 1232,20 = 3948,0739
𝐿𝐼𝐶 = 𝑋̿ − 𝐴2 𝑅̅ = 2687,5333 − 1,023 × 1232,20 = 1426,9927
Gráfico de controle de R
𝐿𝐶 = 𝑅̅ = 1232,20
𝐿𝑆𝐶 = 𝐷4 × 𝑅̅ = 2,575 × 1232,20 = 3172,915
𝐿𝐼𝐶 = 𝐷3 × 𝑅̅ = 0 × 1232,20 = 0
141
Exemplo 2
A tabela adiante fornece dados sobre medidas de diâmetros de rolamentos de esferas usados nas
rodas de equipamento pesado de construção. Doze amostras, cada uma de tamanho quatro, são
extraídas diretamente da linha de produção. As amostras são provenientes de todos os três turnos,
e nenhuma amostra contém dados de mais de um turno. Use esses dados para construir gráficos
𝑋̅ e R, e para verificar se o processo está estável. Suponha que as medidas dos diâmetros sejam
normalmente distribuídas.
∑𝑛𝑖=1 𝑋𝑖 𝑋1 + 𝑋2 + ⋯ + 𝑋𝑛
𝑋̅ = =
𝑛 𝑛
𝑅 = 𝑋𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 − 𝑋𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
142
MEDIDAS (mm)
AMOSTRA 𝑋̅𝑗 𝑅𝑗
1 2 3 4
1 15,155 15,195 15,145 15,125 15,155 0,070
2 15,095 15,162 15,168 15,163 15,147 0,073
3 15,142 15,150 15,168 15,152 15,153 0,026
4 15,132 15,168 15,154 15,146 15,150 0,036
5 15,172 15,188 15,178 15,194 15,183 0,022
6 15,174 15,166 15,186 15,194 15,180 0,028
7 15,166 15,178 15,192 15,184 15,180 0,026
8 15,172 15,187 15,193 15,180 15,183 0,021
9 15,182 15,198 15,185 15,195 15,190 0,016
10 15,170 15,150 15,192 15,180 15,173 0,042
11 15,186 15,194 15,175 15,185 15,185 0,019
12 15,178 15,192 15,168 15,182 15,180 0,024
SOMA 182,0590 0,4030
MÉDIA 15,1716 0,0336
∑𝑚 ̅
𝑗=1 𝑋𝑗 182,0590
𝑋̿ = = = 15,1716
𝑚 12
∑𝑚
𝑗=1 𝑅𝑗 0,4030
𝑅̅ = = = 0,0336
𝑚 12
̅
Gráfico de controle de 𝑿
𝐿𝐶 = 𝑋̿ = 15,1716
𝐿𝑆𝐶 = 𝑋̿ + 𝐴2 𝑅̅ = 15,1716 + 0,729 × 0,0336 = 15,1961
𝐿𝐼𝐶 = 𝑋̿ − 𝐴2 𝑅̅ = 15,1716 − 0,729 × 0,0336 = 15,1471
Gráfico de controle de R
𝐿𝐶 = 𝑅̅ = 0,0336
𝐿𝑆𝐶 = 𝐷4 × 𝑅̅ = 2,282 × 0,0336 = 0,0767
𝐿𝐼𝐶 = 𝐷3 × 𝑅̅ = 0 × 0,0336 = 0
143
Eficiência de R em relação a S
𝐷𝑖
𝑝̂ 𝑖 = , 𝑖 = 1,2, … , 𝑚
𝑛
∑𝑚
𝑖=1 𝐷𝑖 ∑𝑚
𝑖=1 𝑝̂𝑖
𝑝̅ = =
𝑚×𝑛 𝑚
Os limites de controle e a linha central do gráfico de controle serão definidos através de:
𝑝̅ (1 − 𝑝̅ )
𝐿𝐼𝐶 = 𝑝̅ − 3√
𝑛
𝐿𝐶 = 𝑝̅
𝑝̅ (1 − 𝑝̅ )
𝐿𝑆𝐶 = 𝑝̅ + 3√
𝑛
Exemplo 1
Usa-se um gráfico de controle para a fração de não conformes de uma parte plástica
fabricada em um processo de moldagem por injeção. Dez subgrupos fornecem os seguintes dados:
Estabeleça um gráfico de controle para a fração de não conformes em amostra de n=100.
No. DE NÃO
AMOSTRA
CONFORMES
1 10
2 15
3 31
4 18
5 24
6 12
7 23
8 15
9 8
10 8
No. DE NÃO
AMOSTRA
CONFORMES
𝑝̂𝑖
1 10 0,100
2 15 0,150
3 31 0,310
4 18 0,180
5 24 0,240
6 12 0,120
7 23 0,230
8 15 0,150
9 8 0,080
10 8 0,080
SOMA 1,640
𝑝̅ 0,164
𝑝̅ = 0,164
𝐿𝐶 = 𝑝̅ = 0,164
𝑝̅ (1 − 𝑝̅ ) 0,164(1 − 0,164)
𝐿𝐼𝐶 = 𝑝̅ − 3√ = 0,164 − 3√ = 0,0529
𝑛 100
145
𝑝̅ (1 − 𝑝̅ ) 0,164(1 − 0,164)
𝐿𝑆𝐶 = 𝑝̅ + 3√ = 0,164 + 3√ = 0,2751
𝑛 100
Exemplo 2
Um processo que produz cárter para mancais é controlado por um gráfico de controle para a
fração de não conformes, usando tamanho de amostra n=100 e uma linha central 𝑝̅ = 0,02.
a) Ache os limites três-sigma para esse gráfico;
b) Analise as dez novas amostras (n=100) mostrada para controle estatístico. Que conclusões
podem ser tiradas sobre o processo?
No. DE NÃO
AMOSTRA
CONFORMES
1 5
2 2
3 3
4 8
5 4
6 1
7 2
8 6
9 3
10 4
a)
𝑝̅ = 0,02
𝐿𝐶 = 𝑝̅ = 0,02
𝑝̅ (1 − 𝑝̅ ) 0,02 × 0,98
𝐿𝐼𝐶 = 𝑝̅ − 3√ = 0,02 − 3√ = 0,02 − 0,042 = −0,022 = 0
𝑛 100
𝑝̅ (1 − 𝑝̅ ) 0,02 × 0,98
𝐿𝑆𝐶 = 𝑝̅ + 3√ = 0,02 + 3√ = 0,02 + 0,042 = 0,062
𝑛 100
146
b)
No. DE NÃO 𝑝̂𝑖 No. DE NÃO 𝑝̂ 𝑖
AMOSTRA AMOSTRA
CONFORMES CONFORMES
1 5 0,05 7 2 0,02
2 2 0,02 8 6 0,06
3 3 0,03 9 3 0,03
4 8 0,08 10 4 0,04
5 4 0,04 SOMA 0,38
6 1 0,01 𝑝̅ 0,038
LISTA DE EXERCÍCIOS 10
Construir os gráficos de controle 𝑋̅ e 𝑅 para esse processo. O processo está sob controle?
2. A tabela apresenta, 20 subgrupos de cinco medidas, de uma dimensão crítica de uma peça
produzida por um processo de usinagem.
AMOS- AMOS-
x1 x2 x3 x4 x5 x1 x2 x3 x4 x5
TRA TRA
1 138,1 110,8 138,7 137,4 125,4 11 139,6 127,9 151,1 143,7 110,5
2 149,3 142,1 105,0 134,0 92,3 12 125,3 160,2 130,4 152,4 165,1
3 115,9 235,6 124,2 155,0 117,4 13 145,7 101,8 149,5 113,3 151,8
4 118,5 116,5 130,2 122,6 100,2 14 138,6 139,0 131,9 140,2 141,1
5 108,2 123,8 117,1 142,4 150,9 15 110,1 114,6 165,1 113,8 139,6
6 102,8 112,0 135,0 135,0 145,8 16 145,2 101,0 154,6 120,2 117,3
7 120,4 84,3 112,8 118,5 119,3 17 125,9 135,3 121,5 147,9 105,0
8 132,7 151,1 124,0 123,9 105,1 18 129,7 97,3 130,5 109,0 150,5
9 136,4 126,2 154,7 127,1 173,2 19 123,4 150,0 161,6 148,4 154,2
10 135,0 115,4 149,1 138,3 130,4 20 144,8 138,3 119,6 151,8 142,7
Construir gráficos de controle 𝑋̅ e 𝑅 para esse processo. O processo está sob controle?
4. A tabela abaixo apresenta as medidas dos diâmetros internos (mm) de anéis de pistão de
motores de automóveis.
AMOSTRA X1 X2 X3 X4 X5
1 74,030 74,002 74,019 73,992 74,008
2 73,995 73,992 74,001 74,011 74,004
3 73,988 74,024 74,021 74,005 74,002
4 74,002 73,996 73,993 74,015 74,009
5 73,992 74,007 74,015 73,989 74,014
6 74,009 73,994 73,997 73,985 73,993
7 73,995 74,006 73,994 74,000 74,005
8 73,985 74,003 73,993 74,015 73,988
9 74,008 73,995 74,009 74,005 74,004
10 73,998 74,000 73,990 74,007 73,995
11 73,994 73,998 73,994 73,995 73,990
12 74,004 74,000 74,007 74,000 73,996
13 73,983 74,002 73,998 73,997 74,012
14 74,006 73,967 73,994 74,000 73,984
15 74,012 74,014 73,998 73,999 74,007
16 74,000 73,984 74,005 73,998 73,996
17 73,994 74,012 73,986 74,005 74,007
18 74,006 74,010 74,018 74,003 74,000
19 73,984 74,002 74,003 74,005 73,997
20 74,000 74,010 74,013 74,020 74,003
21 73,982 74,001 74,015 74,005 73,996
22 74,004 73,999 73,990 74,006 74,009
23 74,010 73,989 73,990 74,009 74,014
24 74,015 74,008 73,993 74,000 74,010
25 73,982 73,984 73,995 74,017 74,013
7. Um altímetro é considerado defeituoso se não pode ser calibrado ou corrigido para fornecer
leituras precisas (dentro de 20 fit, ou aproximadamente 6,10 metros de altitude real). Uma empresa
produz altímetros em lotes de 100, e cada altímetro é testado e se determina se é aceitável ou
defeituoso. A seguir, estão listados os números de altímetros defeituosos em lotes sucessivos de
100. Construa um gráfico de controle para a proporção p de altímetros defeituosos e determine se
o processo está sob controle estatístico.
LOTES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
ALTÍMETROS
DEFEITUOSOS
2 0 1 3 1 2 2 4 3 5 3 7
149
BIBLIOGRAFIA
Aplicação:
Suponha que X seja uma variável aleatória com distribuição de probabilidade 𝑓(𝑥, 𝜃) em
que 𝜃 é um único parâmetro desconhecido. Sejam 𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 os valores observados na amostra
aleatória de tamanho n. Então, a função de verossimilhança da amostra é
𝐿(𝜃) = 𝑓(𝑥1 , 𝜃) ∙ 𝑓(𝑥2 , 𝜃) ∙ … ∙ 𝑓(𝑥𝑛 , 𝜃)
Se 𝜃̂ é o valor de 𝜃 que maximiza, 𝐿(𝜃) então 𝜃̂ é o estimador de máxima verossimilhança de 𝜃.
(MONTGOMERY e RUNGER, 2009).
Aplicação:
𝑛
𝜕𝑙𝑛𝐿(𝜇, 𝜎 2 ) 1 ∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖 − 𝑛𝜇
= 2 ∑(𝑥𝑖 − 𝜇) =
𝜕𝜇 𝜎 𝜎2
𝑖=1
Igualando a zero:
∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖 − 𝑛𝜇
=0
𝜎2
∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖
𝜇̂ = = 𝑋̅
𝑛
Derivando a expressão 𝑙𝑛 𝐿(𝜇, 𝜎2 ) em relação a 𝜎 2 :
𝑖=1
∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝜇)2
𝜎̂ 2 =
𝑛
𝑓= ∑(𝑦𝑖2 − 2[𝑎 + 𝑏𝑥𝑖 ]𝑦𝑖 + (𝑎 + 𝑏𝑥𝑖) ) = ∑(𝑦𝑖2 − 2𝑎𝑦𝑖 − 2𝑏𝑥𝑖 𝑦𝑖 + 𝑎2 + 2𝑎𝑏𝑥𝑖 + 𝑏 2 𝑥𝑖2 )
2
𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛
𝜕𝑓
= −2 ∑ 𝑦𝑖 + 2𝑛𝑎 + 2 ∑ 𝑥𝑖
𝜕𝑎
𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛 𝑛
𝜕𝑓
= −2 ∑ 𝑥𝑖 𝑦𝑖 + 2𝑎 ∑ 𝑥𝑖 + 2𝑏 ∑ 𝑥𝑖2
𝜕𝑏
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1
Dividindo ambos os lados da igualdade das duas funções por 2 e igualando a zero, tem-
se:
𝑛 𝑛
− ∑ 𝑦𝑖 + 𝑛𝑎 + 𝑏 ∑ 𝑥𝑖 = 0
𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛 𝑛
− ∑ 𝑥𝑖 𝑦𝑖 + 𝑎 ∑ 𝑥𝑖 + 𝑏 ∑ 𝑥𝑖2 = 0
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1
∑ 𝑦𝑖 = 𝑛𝑎 + 𝑏 ∑ 𝑥𝑖
𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛 𝑛
∑ 𝑥𝑖 𝑦𝑖 = 𝑎 ∑ 𝑥𝑖 + 𝑏 ∑ 𝑥𝑖2
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1
TESTES DE ADERÊNCIA
Existem diferentes testes de ajustamento que possibilitam testar as hipóteses acima. Por
exemplo, o teste de ajustamento do Qui-quadrado (sugerido por Karl Pearson).
1 TESTE DO QUI-QUADRADO
Seja uma amostra aleatória de 𝑛 elementos, retirada de uma população com distribuição
desconhecida, a partir dos quais se observa uma determinada característica (variável) qualitativa
ou quantitativa. Os valores assumidos pela característica em estudo são inicialmente divididos em
𝑘 classes mutuamente exclusivas, 𝐴1 , 𝐴2 , ⋯ , 𝐴𝑘 .
A estatística de teste é dada por:
𝑘
2
𝑂𝑖 − 𝐸𝑖 2
𝜒 = ∑( )
𝐸𝑖
𝑖=1
onde:
𝑂𝑖 são os números de observações ou frequências absolutas observadas da classe 𝐴𝑖 ;
𝑛 é o número total de observações;
𝑝𝑖 são as probabilidades de obter uma observação na classe 𝐴𝑖 ;
Sendo verdadeira a hipótese nula, a estatística acima tem distribuição assintótica do Qui-
2
quadrado com (𝑘 − 𝑝 − 1) graus de liberdade, ou seja, 𝜒(𝑘−𝑝−1) , onde 𝑘 representa o número de
classes e 𝑝 o número de parâmetros da distribuição da população, estimados a partir da amostra.
Se esta última condição não prevalecer, o teste pode ainda ser utilizado, embora com
moderada confiança se, não mais de 20% dos valores de 𝐸𝑖 forem inferiores a 5 e nenhum for
inferior a 1. Quando tal não se verificar, procuram-se agregar classes adjacentes, de forma a obter
novas classes que satisfaçam esta condição.
156
2 2
Se 𝜒𝑐𝑎𝑙𝑐 ≤ 𝜒𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 , não se rejeita 𝐻𝑜 (Há aderência a distribuição especificada)
2 2
Se 𝜒𝑐𝑎𝑙𝑐 > 𝜒𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 , rejeita-se 𝐻𝑜 (Não há aderência a distribuição especificada).
Graficamente tem-se:
𝑒 −𝜆 𝜆𝑥
𝑃(𝑋 = 𝑥) = , 𝑥 = 0, 1, 2 … e 𝜆 > 0
𝑥!
Supõe-se que o número de defeitos nas placas de circuito impresso segue a distribuição de
Poisson. Uma amostra de 60 placas impressas foi coletada e observou-se o número de defeitos,
apresentados a seguir.
NÚMERO DE FREQUÊNCIA
DEFEITOS OBSERVADA
0 32
1 15
2 9
3 4
NO. DE
No. DE
MÁQUINAS 𝑃(𝑋 = 𝑥𝑖 )
DEFEITOS (𝑥𝑖 )
(Freq.)
0 32 0,53
1 15 0,25
2 9 0,15
3 4 0,07
TOTAL 60 1,00
𝑒 −0,75 0,752
𝑃(𝑋 = 2) = = 0,133
2!
𝑒 −0,75 0,753
𝑃(𝑋 = 3) = = 0,033
3!
As frequências esperadas são obtidas pela multiplicação do tamanho da amostra ( 𝑛 =
60) pelas probabilidades (𝑝𝑖 = 𝑃(𝑋 = 𝑥𝑖 )), ou seja, 𝐸𝑖 = 𝑛 × 𝑝𝑖 . As frequências observadas e as
esperadas estão apresentadas na tabela abaixo.
28,32
× 60 = 28,548 ≅ 28,55
59,52
21,24
× 60 = 21,411 ≅ 21,41
59,52
7,98
× 60 = 8,044 ≅ 8,04
59,52
1,98
× 60 = 1,996 ≅ 2,00
59,52
A estatística de teste é:
𝑘
2
(𝑂𝑖 − 𝐸𝑖 )2 (32 − 28,55)2 (15 − 21,41)2 (9 − 8,04)2 (4 − 2,00)2
𝜒 =∑ = + + + = 4,45
𝐸𝑖 28,55 21,41 8,04 2,00
𝑖=1
Conclusão:
2 2
Como 𝜒𝑐𝑎𝑙𝑐 = 4,45 é menor que 𝜒0,05;2𝑔.𝑙. = 5,99, não se rejeita a hipótese de que a
distribuição de defeitos é Poisson.
O teste tem como objetivo testar a aderência dos dados à distribuição binomial.
Uma variável aleatória discreta X, que conta o número de sucessos em n provas
independentes, que apresentam os resultados sucesso (𝑝) ou fracasso (𝑞 = 1 − 𝑝) , tem
distribuição binomial. Sua função de probabilidade é dada por:
Exemplo:
Foram inspecionados 100 lotes, cada um com 3 válvulas. A distribuição a seguir, apresenta a
variável X, que é o número de válvulas defeituosas por lote. Testar a hipótese de que a
distribuição é binomial, utilizando 𝛼 = 0,01.
𝐸(𝑋) = ∑ 𝑥𝑖 𝑝(𝑥𝑖 )
𝑖=1
65 30 4 1
𝐸(𝑋) = 0 × +1× +2× +3× = 0,41
100 100 100 100
A distribuição binomial é dada por:
𝑛
𝑃(𝑋 = 𝑥) = ( ) 𝑝 𝑥 𝑞𝑛−𝑥 = 𝐶𝑛𝑥 𝑝 𝑥 𝑞𝑛−𝑥
𝑥
onde 𝑝 é a probabilidade de uma válvula ser defeituosa.
A média da distribuição binomial é 𝐸(𝑋) = 𝑛𝑝 (parâmetro da distribuição binomial), assim,
𝐸(𝑋) = 3𝑝 .
Tem-se que 𝐸(𝑋) = 0,41, e assim, 3𝑝 = 0,41, portanto, 𝑝 = 0,14 e consequentemente,
𝑞 = 0,86. Então, a distribuição binomial ajustada é:
𝑃(𝑋 = 𝑥) = 𝐶3𝑥 (0,14)𝑥 (0,86)3−𝑥
As probabilidades são:
𝑃(𝑋 = 0) = 𝐶30 (0,14)0 (0,86)3−0 = 0,6361
𝑃(𝑋 = 1) = 𝐶31 (0,14)1 (0,86)3−1 = 0,3106
𝑃(𝑋 = 2) = 𝐶32 (0,14)2 (0,86)3−2 = 0,0506
𝑃(𝑋 = 3) = 𝐶33 (0,14)3 (0,86)3−3 = 0,0027
Foram agrupadas as duas últimas classes, pois a frequência esperada da última classe é
menor do que 1.
As probabilidades, as frequências teóricas e observadas são:
No. DE
FREQ. TEÓRICA FREQ. OBS.
DEFEITUOSAS 𝑃(𝑋 = 𝑥𝑖 ) (𝐸𝑖 ) (𝑂𝑖 )
(𝑥𝑖 )
0 0,6361 100 × 0,6361 = 63,61 65
1 0,3106 100 × 0,3106 = 31,06 30
≥2 0,0533 100 × 0,0533 = 5,33 5
𝑘
(𝑂𝑖 − 𝐸𝑖 )2 (65 − 63,61)2 (30 − 31,06)2 (5 − 5,33)2
𝜒2 = ∑ = + +5 = 0,0870
𝐸𝑖 63,61 31,06 5,33
𝑖=1
O número de graus de liberdade é 𝑘 − 𝑝 − 1, onde 𝑘 representa o número de classes e 𝑝
o número de parâmetros da distribuição da população estimados a partir da amostra. Assim tem-
se: 𝑔. 𝑙. = 3 − 1 − 1 = 1
Exemplo: Dez observações sobre o tempo (em minutos) efetivo de serviço de baterias usadas em
um computador pessoal são: (retirado de Montgomery e Runger, 2009)
176 191 214 220 205 192 201 190 183 185
O teste de Lilliefors é utilizado para verificar a aderência dos dados a uma distribuição
normal. Lilliefors modificou o teste de Kolmogorov-Smirnov, utilizando as estimativas de média e
variância dos dados.
As hipóteses a serem testadas são:
𝐻0 : a amostra provém de uma população que segue uma distribuição normal
𝐻1 : a amostra não provém de uma população que segue uma distribuição normal
Onde:
𝑆(𝑥𝑖 ) é a frequência relativa acumulada observada
𝑥𝑖 − 𝑋̅
𝑍𝑖 =
𝑆
𝐹(𝑥𝑖 ) = 𝑃(𝑥𝑖 ≤ 𝑍𝑖 )
Exemplo:
Dez observações sobre o tempo (em minutos) efetivo de serviço de baterias usadas em um
computador pessoal são: (retirado de Montgomery e Runger, 2009)
176 191 214 220 205 192 201 190 183 185
𝐻0 : a amostra provém de uma população que segue uma distribuição normal
𝐻1 : a amostra não provém de uma população que segue uma distribuição normal
O valor crítico para nível de significância de 5% é 𝐷0,05= 0,258, portanto menor que 0,2040,
logo, não se rejeita 𝐻𝑜 .
∑𝑛/2
𝑖=1 𝑎𝑛−𝑖+1 × (𝑥(𝑛−𝑖+1) − 𝑥(𝑖) ) 𝑠𝑒 𝑛 𝑝𝑎𝑟
𝑏2
𝑊= 𝑛
{∑𝑖=1(𝑥𝑖 −𝑋)2 }
, onde 𝑏={
∑(𝑛+1)/2
𝑖=1 𝑎𝑛−𝑖+1 × (𝑥(𝑛−𝑖+1) − 𝑥(𝑖) ) 𝑠𝑒 𝑛 í𝑚𝑝𝑎𝑟
A estatística 𝑊 é comparada ao valor obtido em tabelas, caso 𝑊 < 𝑊𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑜 , o teste rejeita
𝐻0 , indicando a não normalidade das observações.
Exemplo:
Dez observações sobre o tempo (em minutos) efetivo de serviço de baterias usadas em um
computador pessoal são: (retirado de Montgomery e Runger, 2009)
176 191 214 220 205 192 201 190 183 185
𝐻0 : a amostra provém de uma população que segue uma distribuição normal
𝐻1 : a amostra não provém de uma população que segue uma distribuição normal
𝑖 𝑥𝑖 ∑(𝑥𝑖 − 𝑋̅ )2
𝑖=1
1 176 388,09
2 183 161,29
3 185 114,49
4 190 32,49
5 191 22,09
6 192 13,69
7 201 28,09
8 205 86,49
9 214 334,89
10 220 590,49
Soma 1.772,10
𝑋̅ 195,70
𝑆 14,03
164
𝑛−𝑖
𝑖 𝑎𝑛−𝑖+1 𝑥𝑛−𝑖+1 𝑥𝑖 𝑎𝑛−𝑖+1 (𝑥𝑛−𝑖+1 − 𝑥𝑖 )
+1
1 10 0,5739 220 176 25,2516
2 9 0,3291 214 183 10,2021
3 8 0,2141 205 185 4,2820
4 7 0,1224 201 190 1,3464
5 6 0,0399 192 191 0,0399
SOMA 41,122
𝑏 = 41,122
𝑏2 41,1222
𝑊= 𝑛 = = 0,9543
{∑𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑋)2 } 1.772,10
O valor de 𝑊 > 𝑊0,05 = 0,842, logo, não se rejeita 𝐻𝑜 , portanto, a amostra provém de uma
população que segue uma distribuição normal.
165
ANEXOS
166
TESTE UNILATERAL
P 0,550 0,600 0,650 0,700 0,750 0,800 0,850 0,900 0,950 0,975 0,990 0,995
1 0,158 0,325 0,510 0,727 1,000 1,376 1,963 3,078 6,314 12,706 31,821 63,657
2 0,142 0,289 0,445 0,617 0,817 1,061 1,386 1,886 2,920 4,303 6,965 9,925
3 0,137 0,277 0,424 0,584 0,765 0,979 1,250 1,638 2,353 3,182 4,541 5,841
4 0,134 0,271 0,414 0,569 0,741 0,941 1,190 1,533 2,132 2,776 3,747 4,604
5 0,132 0,267 0,408 0,559 0,727 0,920 1,156 1,476 2,015 2,571 3,365 4,032
6 0,131 0,265 0,404 0,553 0,718 0,906 1,134 1,440 1,943 2,447 3,143 3,707
7 0,130 0,263 0,402 0,549 0,711 0,896 1,119 1,415 1,895 2,365 2,998 3,500
8 0,130 0,262 0,400 0,546 0,706 0,889 1,108 1,397 1,860 2,306 2,897 3,355
9 0,129 0,261 0,398 0,544 0,703 0,883 1,100 1,383 1,833 2,262 2,821 3,250
10 0,129 0,260 0,397 0,542 0,700 0,879 1,093 1,372 1,813 2,228 2,764 3,169
11 0,129 0,260 0,396 0,540 0,697 0,876 1,088 1,363 1,796 2,201 2,718 3,106
12 0,128 0,259 0,395 0,539 0,696 0,873 1,083 1,356 1,782 2,179 2,681 3,055
13 0,128 0,259 0,394 0,538 0,694 0,870 1,080 1,350 1,771 2,160 2,650 3,012
14 0,128 0,258 0,393 0,537 0,692 0,868 1,076 1,345 1,761 2,145 2,625 2,977
15 0,128 0,258 0,393 0,536 0,691 0,866 1,074 1,341 1,753 2,131 2,603 2,947
16 0,128 0,258 0,392 0,535 0,690 0,865 1,071 1,337 1,746 2,120 2,584 2,921
17 0,128 0,257 0,392 0,534 0,689 0,863 1,069 1,333 1,740 2,110 2,567 2,898
18 0,127 0,257 0,392 0,534 0,688 0,862 1,067 1,330 1,734 2,101 2,552 2,878
19 0,127 0,257 0,391 0,533 0,688 0,861 1,066 1,328 1,729 2,093 2,540 2,861
20 0,127 0,257 0,391 0,533 0,687 0,860 1,064 1,325 1,725 2,086 2,528 2,845
21 0,127 0,257 0,391 0,533 0,686 0,859 1,063 1,323 1,721 2,080 2,518 2,831
22 0,127 0,256 0,390 0,532 0,686 0,858 1,061 1,321 1,717 2,074 2,508 2,819
23 0,127 0,256 0,390 0,532 0,685 0,858 1,060 1,320 1,714 2,069 2,500 2,807
24 0,127 0,256 0,390 0,531 0,685 0,857 1,059 1,318 1,711 2,064 2,492 2,797
25 0,127 0,256 0,390 0,531 0,684 0,856 1,058 1,316 1,708 2,060 2,485 2,787
26 0,127 0,256 0,390 0,531 0,684 0,856 1,058 1,315 1,706 2,056 2,479 2,779
27 0,127 0,256 0,389 0,531 0,684 0,855 1,057 1,314 1,703 2,052 2,473 2,771
28 0,127 0,256 0,389 0,530 0,683 0,855 1,056 1,313 1,701 2,048 2,467 2,763
29 0,127 0,256 0,389 0,530 0,683 0,854 1,055 1,311 1,699 2,045 2,462 2,756
30 0,127 0,256 0,389 0,530 0,683 0,854 1,055 1,310 1,697 2,042 2,457 2,750
40 0,127 0,255 0,388 0,529 0,681 0,851 1,050 1,303 1,684 2,021 2,423 2,705
50 0,126 0,255 0,388 0,528 0,679 0,849 1,047 1,299 1,676 2,009 2,403 2,678
60 0,126 0,255 0,387 0,527 0,679 0,848 1,046 1,296 1,671 2,000 2,390 2,660
70 0,126 0,254 0,387 0,527 0,678 0,847 1,044 1,294 1,667 1,994 2,381 2,648
80 0,126 0,254 0,387 0,527 0,678 0,846 1,043 1,292 1,664 1,990 2,374 2,639
90 0,126 0,254 0,387 0,526 0,677 0,846 1,042 1,291 1,662 1,987 2,369 2,632
100 0,126 0,254 0,386 0,526 0,677 0,845 1,042 1,290 1,660 1,984 2,364 2,626
200 0,126 0,254 0,386 0,525 0,676 0,843 1,039 1,286 1,653 1,972 2,345 2,601
300 0,126 0,254 0,386 0,525 0,675 0,843 1,038 1,284 1,650 1,968 2,339 2,592
400 0,126 0,254 0,386 0,525 0,675 0,843 1,038 1,284 1,649 1,966 2,336 2,588
0,126 0,253 0,385 0,524 0,675 0,842 1,036 1,282 1,645 1,960 2,326 2,576
P 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,900 0,950 0,980 0,990
TESTE BILATERAL
169
TABELA A3 - DISTRIBUIÇÃO 𝝌𝟐
P 0,005 0,010 0,025 0,050 0,100 0,250 0,750 0,900 0,950 0,975 0,990 0,995
1 0,000 0,000 0,001 0,004 0,016 0,102 1,323 2,706 3,842 5,024 6,635 7,879
2 0,010 0,020 0,051 0,103 0,211 0,575 2,773 4,605 5,992 7,378 9,210 10,597
3 0,072 0,115 0,216 0,352 0,584 1,213 4,108 6,251 7,815 9,348 11,345 12,838
4 0,207 0,297 0,484 0,711 1,064 1,923 5,385 7,779 9,488 11,143 13,277 14,860
5 0,412 0,554 0,831 1,146 1,610 2,675 6,626 9,236 11,071 12,833 15,086 16,750
6 0,676 0,872 1,237 1,635 2,204 3,455 7,841 10,645 12,592 14,449 16,812 18,548
7 0,989 1,239 1,690 2,167 2,833 4,255 9,037 12,017 14,067 16,013 18,475 20,278
8 1,344 1,647 2,180 2,733 3,490 5,071 10,219 13,362 15,507 17,535 20,090 21,955
9 1,735 2,088 2,700 3,325 4,168 5,899 11,389 14,684 16,919 19,023 21,666 23,589
10 2,156 2,558 3,247 3,940 4,865 6,737 12,549 15,987 18,307 20,483 23,209 25,188
11 2,603 3,054 3,816 4,575 5,578 7,584 13,701 17,275 19,675 21,920 24,725 26,757
12 3,074 3,571 4,404 5,226 6,304 8,438 14,845 18,549 21,026 23,337 26,217 28,300
13 3,565 4,107 5,009 5,892 7,042 9,299 15,984 19,812 22,362 24,736 27,688 29,820
14 4,075 4,660 5,629 6,571 7,790 10,165 17,117 21,064 23,685 26,119 29,141 31,319
15 4,601 5,229 6,262 7,261 8,547 11,037 18,245 22,307 24,996 27,488 30,578 32,801
16 5,142 5,812 6,908 7,962 9,312 11,912 19,369 23,542 26,296 28,845 32,000 34,267
17 5,697 6,408 7,564 8,672 10,085 12,792 20,489 24,769 27,587 30,191 33,409 35,719
18 6,265 7,015 8,231 9,391 10,865 13,675 21,605 25,989 28,869 31,526 34,805 37,157
19 6,844 7,633 8,907 10,117 11,651 14,562 22,718 27,204 30,144 32,852 36,191 38,582
20 7,434 8,260 9,591 10,851 12,443 15,452 23,828 28,412 31,410 34,170 37,566 39,997
21 8,034 8,897 10,283 11,591 13,240 16,344 24,935 29,615 32,671 35,479 38,932 41,401
22 8,643 9,543 10,982 12,338 14,042 17,240 26,039 30,813 33,924 36,781 40,289 42,796
23 9,260 10,196 11,689 13,091 14,848 18,137 27,141 32,007 35,173 38,076 41,638 44,181
24 9,886 10,856 12,401 13,848 15,659 19,037 28,241 33,196 36,415 39,364 42,980 45,559
25 10,520 11,524 13,120 14,611 16,473 19,939 29,339 34,382 37,653 40,647 44,314 46,928
26 11,160 12,198 13,844 15,379 17,292 20,843 30,435 35,563 38,885 41,923 45,642 48,290
27 11,808 12,879 14,573 16,151 18,114 21,749 31,528 36,741 40,113 43,195 46,963 49,645
28 12,461 13,565 15,308 16,928 18,939 22,657 32,621 37,916 41,337 44,461 48,278 50,993
29 13,121 14,257 16,047 17,708 19,768 23,567 33,711 39,088 42,557 45,722 49,588 52,336
30 13,787 14,954 16,791 18,493 20,599 24,478 34,800 40,256 43,773 46,979 50,892 53,672
35 17,192 18,509 20,569 22,465 24,797 29,054 40,223 46,059 49,802 53,203 57,342 60,275
40 20,707 22,164 24,433 26,509 29,051 33,660 45,616 51,805 55,759 59,342 63,691 66,766
45 24,311 25,901 28,366 30,612 33,350 38,291 50,985 57,505 61,656 65,410 69,957 73,166
50 27,991 29,707 32,357 34,764 37,689 42,942 56,334 63,167 67,505 71,420 76,154 79,490
55 31,735 33,571 36,398 38,958 42,060 47,611 61,665 68,796 73,312 77,381 82,292 85,749
60 35,535 37,485 40,482 43,188 46,459 52,294 66,982 74,397 79,082 83,298 88,379 91,952
65 39,383 41,444 44,603 47,450 50,883 56,990 72,285 79,973 84,821 89,177 94,422 98,105
70 43,275 45,442 48,758 51,739 55,329 61,698 77,577 85,527 90,531 95,023 100,425 104,215
75 47,206 49,475 52,942 56,054 59,795 66,417 82,858 91,062 96,217 100,839 106,393 110,286
80 51,172 53,540 57,153 60,392 64,278 71,145 88,130 96,578 101,880 106,629 112,329 116,321
85 55,170 57,634 61,389 64,749 68,777 75,881 93,394 102,079 107,522 112,393 118,236 122,325
90 59,196 61,754 65,647 69,126 73,291 80,625 98,650 107,565 113,145 118,136 124,116 128,299
95 63,250 65,898 69,925 73,520 77,818 85,376 103,899 113,038 118,752 123,858 129,973 134,247
100 67,328 70,065 74,222 77,930 82,358 90,133 109,141 118,498 124,342 129,561 135,807 140,170
110 75,550 78,458 82,867 86,792 91,471 99,666 119,608 129,385 135,480 140,917 147,414 151,949
170
Nível de significância de 1%
1 1 2 3 4 5 6 7 8 12 24
2
1 4.052,18 4.999,50 5.403,35 5.624,58 5.763,65 5.858,99 5.928,36 5.981,07 6.106,32 6.234,63 6.365,83
2 98,50 99,00 99,17 99,25 99,30 99,33 99,36 99,37 99,42 99,46 99,50
3 34,12 30,82 29,46 28,71 28,24 27,91 27,67 27,49 27,05 26,60 26,13
4 21,20 18,00 16,69 15,98 15,52 15,21 14,98 14,80 14,37 13,93 13,46
5 16,26 13,27 12,06 11,39 10,97 10,67 10,46 10,29 9,89 9,47 9,02
6 13,75 10,92 9,78 9,15 8,75 8,47 8,26 8,10 7,72 7,31 6,88
7 12,25 9,55 8,45 7,85 7,46 7,19 6,99 6,84 6,47 6,07 5,65
8 11,26 8,65 7,59 7,01 6,63 6,37 6,18 6,03 5,67 5,28 4,86
9 10,56 8,02 6,99 6,42 6,06 5,80 5,61 5,47 5,11 4,73 4,31
10 10,04 7,56 6,55 5,99 5,64 5,39 5,20 5,06 4,71 4,33 3,91
11 9,65 7,21 6,22 5,67 5,32 5,07 4,89 4,74 4,40 4,02 3,60
12 9,33 6,93 5,95 5,41 5,06 4,82 4,64 4,50 4,16 3,78 3,36
13 9,07 6,70 5,74 5,21 4,86 4,62 4,44 4,30 3,96 3,59 3,17
14 8,86 6,51 5,56 5,04 4,70 4,46 4,28 4,14 3,80 3,43 3,00
15 8,68 6,36 5,42 4,89 4,56 4,32 4,14 4,00 3,67 3,29 2,87
16 8,53 6,23 5,29 4,77 4,44 4,20 4,03 3,89 3,55 3,18 2,75
17 8,40 6,11 5,19 4,67 4,34 4,10 3,93 3,79 3,46 3,08 2,65
18 8,29 6,01 5,09 4,58 4,25 4,01 3,84 3,71 3,37 3,00 2,57
19 8,18 5,93 5,01 4,50 4,17 3,94 3,77 3,63 3,30 2,92 2,49
20 8,10 5,85 4,94 4,43 4,10 3,87 3,70 3,56 3,23 2,86 2,42
21 8,02 5,78 4,87 4,37 4,04 3,81 3,64 3,51 3,17 2,80 2,36
22 7,95 5,72 4,82 4,31 3,99 3,76 3,59 3,45 3,12 2,75 2,31
23 7,88 5,66 4,76 4,26 3,94 3,71 3,54 3,41 3,07 2,70 2,26
24 7,82 5,61 4,72 4,22 3,90 3,67 3,50 3,36 3,03 2,66 2,21
25 7,77 5,57 4,68 4,18 3,86 3,63 3,46 3,32 2,99 2,62 2,17
26 7,72 5,53 4,64 4,14 3,82 3,59 3,42 3,29 2,96 2,58 2,13
27 7,68 5,49 4,60 4,11 3,78 3,56 3,39 3,26 2,93 2,55 2,10
28 7,64 5,45 4,57 4,07 3,75 3,53 3,36 3,23 2,90 2,52 2,06
29 7,60 5,42 4,54 4,04 3,73 3,50 3,33 3,20 2,87 2,49 2,03
30 7,56 5,39 4,51 4,02 3,70 3,47 3,30 3,17 2,84 2,47 2,01
40 7,31 5,18 4,31 3,83 3,51 3,29 3,12 2,99 2,66 2,29 1,80
60 7,08 4,98 4,13 3,65 3,34 3,12 2,95 2,82 2,50 2,12 1,60
120 6,85 4,79 3,95 3,48 3,17 2,96 2,79 2,66 2,34 1,95 1,38
6,63 4,61 3,78 3,32 3,02 2,80 2,64 2,51 2,18 1,79 1,01
171
Nível de significância de 5%
n = 5% = 1%
4 0,381 0,417
5 0,337 0,405
6 0,319 0,364
7 0,300 0,348
8 0,285 0,331
9 0,271 0,311
10 0,258 0,294
11 0,249 0,284
12 0,242 0,275
13 0,234 0,268
14 0,227 0,261
15 0,220 0,257
16 0,213 0,250
17 0,206 0,245
18 0,200 0,239
19 0,179 0,235
20 0,190 0,231
25 0,173 0,200
30 0,161 0,187
0,886 1,031
n 30 dc = dc =
n n
174
𝑖 ⁄𝑛 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 0,7071 0,7071 0,6872 0,6646 0,6431 0,6233 0,6052 0,5888 0,5739
2 0,0000 0,1677 0,2413 0,2806 0,3031 0,3164 0,3244 0,3291
3 0,0000 0,0875 0,1401 0,1743 0,1976 0,2141
4 0,0000 0,0561 0,0947 0,1224
5 0,0000 0,0399
𝑖 ⁄𝑛 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
1 0,5601 0,5475 0,5359 0,5251 0,5150 0,5056 0,4968 0,4886 0,4808 0,4734
2 0,3315 0,3325 0,3325 0,3318 0,3306 0,3290 0,3273 0,3253 0,3232 0,3211
3 0,2260 0,2347 0,2412 0,2460 0,2495 0,2521 0,2540 0,2553 0,2561 0,2565
4 0,1429 0,1586 0,1707 0,1802 0,1878 0,1939 0,1988 0,2027 0,2059 0,2085
5 0,0695 0,0922 0,1099 0,1240 0,1353 0,1447 0,1524 0,1587 0,1641 0,1686
6 0,0000 0,0303 0,0539 0,0727 0,0880 0,1005 0,1109 0,1197 0,1271 0,1334
7 0,0000 0,0240 0,0433 0,0593 0,0725 0,0837 0,0932 0,0113
8 0,0000 0,0196 0,0359 0,0496 0,0612 0,0711
9 0,0000 0,0163 0,0303 0,0422
10 0,0000 0,0140