Curso IRPF2021

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CURSO EDUCAÇÃO CONTINUADA

DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA


PESSOA FÍSICA 2021
Noções gerais e atualizações.
Sede: BHMG
03/2021
Profa. Andréia Mota
Profa. Mestre Andréia Fernandes da Mota
 Mestre em Administração Profissional com ênfase em Gestão da Inovação e
Competitividade pela UNIPEL – Fundação Pedro Leopoldo
 Pós- graduada em Auditoria pela Universidade de Minas Gerais – UFMG
 Pós- graduada em Perícia Contábil , Mediação e Arbitragem pela FEAD.
 Possui graduação em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Newton Paiva.
 Atua na área de docência em diversas Instituições e em cursos de graduação em Ciências
Contábeis, Administração, logística, RH, Finanças e Pós Graduação - em áreas afins e
atualmente Faculdade Pitágoras.
 Atua como professora no curso preparatório do exame de suficiência para o CRC no
SCBH.
 Ministra cursos nas área de contabilidade para o Conselho Reginal de Contabilidade
 Professora formadora no curso EAD em Gestão Administrativa Pública no CAD da UFMG.
 Professora nos cursos de MBA - IBPEX - FACINTER- Faculdade Internacional de Curitiba.
 Ministra cursos de educação continuada no CRCMG em diversas áreas da contabilidade e
gestão.
 Coordenadora do projeto de curso preparatório para exame de suficiência do CRC pela
PREATORIUM.
 Conselheira Classista em processos Tributários Administrativos no conselho do
Contribuintes na SEF/MG.
 Consultora e Perita contábil de empresas e contadora.
 Possui 30 anos de experiência em Gestão, consultoria Administrativa, financeira e
contábil.
Introdução
 Como esperado, a Receita Federal anunciou as regras e o calendário do Imposto
de Renda da pessoa física, válidos para 2021 com ano base 2020.
 Permanece obrigado a declarar neste ano, entre outras situações, quem ganhou
acima de R$ 28.559,70 em 2020. Para 2021 havia a expectativa de atualização
da tabela do IR – o que não aconteceu – permanecendo, na prática, as mesmas
faixas dos anos anteriores.
 A principal mudança que impacta um número grande de pessoas neste ano
é a exigência de declaração daqueles que receberam o auxílio emergencial
para enfrentar a pandemia de Covid-19 durante o ano de 2020. Mas nem
todos precisam declarar o auxílio. Apenas aqueles que ganharam, além do
auxílio emergencial, outros rendimentos tributáveis que somem R$ 22.847,76 ou
mais. Quem se enquadrar nesse caso pode ter que devolver o valor recebido
como auxílio.
 O período para entrega da declaração vai de 1º de março e até as 23h59 do dia
30 de abril, pelo horário de Brasília. Quem atrasar e não conseguir cumprir o
prazo, terá que pagar uma multa de 1% sobre o imposto devido, com valor
mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20% do imposto devido. Em 2021 a Receita
espera receber mais de 32,6 milhões de declarações.
Qual o prazo para entrega do IRPF em 2021?

 O prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física


2021 – ano base 2020 vai de 1º de março até as 23h59 do dia 30 de abril,
pelo horário de Brasília. Dessa maneira o contribuinte tem 60 dias para
preparar sua declaração e enviá-la à Receita.
 É importante não deixar para o último momento. Além de possíveis
indisponibilidades de sistema nos últimos dias, quem declarar primeiro tem
prioridade no calendário de restituição que começa em maio.
Quem precisa declarar o imposto de renda?

 Para começar, é importante entender quais são as situações que te obrigam à entrega desta
declaração para a Receita Federal. Confira abaixo quais são elas:

 Os que receberam rendimentos tributáveis acima de R$28.559,70 durante o ano de 2020, como
salários, honorários, férias, comissões, pró-labore, receita com aluguel de imóveis, pensões, entre
outros.
 Todos que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte
superior a R$40.000,00 durante o ano de 2020, como por exemplo: alimentação, transporte e
uniformes fornecidos pela empresa de forma gratuita, reembolso de viagens em geral, salário-
família, entre outros.
 Quem recebeu em qualquer mês, dinheiro por conta de alienação de bens e direitos – em que o IR
incida – ou então realizaram operação em bolsas de valores, mercadorias, futuro ou semelhantes;
 Teve até 31/12/2020 bens ou direitos no valor total superior a 300 mil, somando todos os bens;
 Aqueles que passaram à condição de residente no Brasil e se mantiveram até 31/12/2020;
 Todos que venderam imóveis residenciais e obtiveram ganho na operação, mesmo que tenha
comprado outro imóvel em um prazo de 180 dias e usaram da regra de isenção do imposto de
renda;
 Quem exerce atividade rural e teve receita bruta acima de R$142.798,50 ou que pretende
compensar prejuízos de anos anteriores ou até mesmo de 2020.
IMPORTANTE

 E a novidade para a declaração de 2021 é a inclusão nas


obrigatoriedades de quem recebeu o Auxílio Emergencial em
função da Covid-19 e além disso, teve rendimentos tributáveis
iguais ou superiores a R$ 22.847,76.
Há alguma doença que dispense os portadores da declaração e do
pagamento do IRPF?
 Do pagamento do imposto existe a possibilidade da isenção do IRPF, mas no caso da declaração, ela
deve ser feita normalmente, não há dispensa. A Receita Federal possui uma lista de doenças cujos
portadores podem ser isentos do pagamento do Imposto de Renda. As condições para usufruir da
isenção são válidas desde que a pessoa se enquadre SIMULTANEAMENTE nas seguintes situações
(Lei nº 7.713/88):
 1) Os rendimentos sejam relativos a aposentadoria, pensão ou reforma; e (simultaneamente)
 2) Possuam alguma das seguintes doenças:
 AIDS;
 Alienação mental;
 Cardiopatia grave;
 Cegueira (inclusive monocular).
 Contaminação por radiação.
 Doença de Parkinson.
 Esclerose Múltipla.
 Espondiloartrose anquilosante.
 Fibrose Cística.
 Hanseníase.
 Hepatopatia grave.
 Nefropatia Grave.
 Neoplasia maligna (câncer).
 Osteíte deformante.
 Paralisia Irreversível e Incapacitante.
 Tuberculose ativa.
O que é preciso informar na declaração do IRPF anual?

 Todos os seus rendimentos durante o ano de 2020, inclusive os isentos


e não tributados pelo imposto de renda como saque de FGTS e
indenizações por acidente de trabalho, além de bens, despesas
médicas, odontológicas, gastos com educação, aluguéis, pagamento de
pensão alimentícia, dependentes, operações na bolsa de valores, entre
outros.
 Vale lembrar que nem todas as suas despesas poderão ser deduzidas
de seu imposto final, mas é importante incluir todas as informações
necessárias para avaliar qual o melhor cenário para o seu caso.
O que eu posso deduzir do imposto devido na declaração?

 Para garantir o menor valor de imposto a pagar ou restituir o maior valor


possível, é importante declarar todas as suas despesas e saber quais
delas são dedutíveis para fins do cálculo deste imposto.
 Vale lembrar que você tem a possibilidade de entregar sua declaração
em dois modelos diferentes: o simplificado, que deduz 20% da base de
cálculo do imposto, limitado a R$16.754,34, e o modelo completo, que
leva em consideração todas as despesas dedutíveis que você teve
durante o ano.
 Informe todos eles na declaração e guarde os comprovantes, para comparar qual é o
mais vantajoso no seu caso. Podem ser deduzidos de sua base de imposto, por
exemplo:
 Dependentes: Pais, filhos, enteados e companheiros, são alguns exemplos que podem
ser adicionados como dependentes, garantindo uma dedução de R$ 2.275,08 por
dependente.
 Pensão Alimentícia: O valor de pensão pago é dedutível quando for estabelecido em
decisão judicial ou acordo extrajudicial.
 Educação: As despesas com educação infantil, ensino fundamental, médio e superior
do próprio contribuinte e seus dependentes também podem ser deduzidas da base do
imposto, com um limite de R$ 3.561,50 por pessoa. Vale lembrar que material escolar e
cursos de idioma e preparatórios não podem ser incluídos na conta.
 Saúde: Todos os valores pagos a título de consultas, planos de saúde, internações,
psicólogos, dentistas, entre outros, podem ser deduzidos integralmente do imposto de
renda, sejam eles do declarante ou de seus dependentes, desde que comprovadas
como notas fiscais e/ou recibos.
 Previdência Social ou Privada: É possível deduzir todo o valor pago ao INSS em folha
ou de forma autônoma, inclusive dos dependentes. Já a previdência privada do tipo
PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) pode ser deduzida com um limite de 12% da
renda bruta anual tributável declarada.
Qual a documentação necessária para fazer a declaração?
 É importante que você organize toda a documentação e comprovantes necessários para entregar
sua declaração e o faça o quanto antes, evitando atrasos e multas.

 Para o preenchimento, você vai precisar:

 Documentos pessoais (RG, CPF, comprovante de residência e dados bancários);


 Informe de rendimentos (a empresa deve fornecer);
 Documentos pessoais dos dependentes (CPF obrigatório);
 Informe de rendimentos financeiros e de aplicações ou extrato de aplicações
(fornecidos pelo banco);
 Comprovantes de despesas médicas (nome, endereço, CPF ou CNPJ do prestador,
data e assinatura do médico caso não seja uma nota fiscal);
 Comprovantes de despesas com ensino;
 Extrato de Previdência Privada;
 Documentação do Plano de Saúde;
 Documentação de imóveis e veículos (inclusive financiados);
 Recibos de pagamento ou recebimento de aluguel;
 Recibos de doações;
 Incluir: Contrato social das empresas as quais é sócio;
 Documentação de consórcios contemplados ou não;
 Extrato do carnê-leão, caso seja autônomo;
Declaração Completa ou Simplificada, qual a melhor?

 Quem possui dependentes, gastou com saúde, pagou escola no ano


passado, ou investiu em um plano de previdência do tipo PGBL deve
informar todas essas despesas na declaração. O programa de
preenchimento da declaração mostra automaticamente ao contribuinte qual
é a opção tributária mais vantajosa, se o modelo simplificado ou o
completo.
 No modelo simplificado, é aplicado um desconto padrão de 20%, até o
limite de R$ 16.754,34. Já o modelo completo permite utilizar as deduções
legais para reduzir o valor do imposto a pagar ou aumentar a restituição.
Na dúvida, preencha todos os campos da declaração. No final, o programa
informará a você qual é a opção mais vantajosa para você.
Como declarar imóveis no Imposto de Renda?

 Os imóveis em nome do contribuinte e dos dependentes são informados na


ficha de “Bens e Direitos”. É importante ter em mãos o IPTU do imóvel e os
dados de aquisição como data, valor e condições da compra para
preencher todos os campos solicitados.
 Caso o imóvel seja financiado, o valor declarado deverá ser apenas o
efetivamente pago pelo contribuinte até 31.12.2020, até que o imóvel esteja
quitado.
Como declarar investimentos no imposto de renda?

 Os investimentos têm diversas modalidades e é importante entender como


declarar cada um deles, pois títulos de renda fixa, fundos de investimentos,
ações, conta poupança, e até criptomoedas devem ser discriminados em
campos próprios da declaração.

 Os investimentos serão informados na ficha “bens e direitos” da declaração,


com seus códigos específicos.

 Já os rendimentos podem ou não serem tributados pelo imposto de renda e


então serão preenchidos em suas respectivas fichas. Para Tesouro Direto, por
exemplo, acesse a ficha “Bens e Direitos”, selecione o código “45 – Aplicação de
renda fixa” e clique em “novo”. Informe o saldo dos investimentos entre
31/12/2019 e 31/12/2020 e preencha a página com o CNPJ da instituição
financeira onde realizou o investimento. Os valores dos rendimentos
provenientes do investimento devem constar na ficha “Rendimentos Sujeitos à
Tributação Exclusiva/Definitiva”, no código “06 – Rendimentos de aplicações
financeiras”. Informe o beneficiário do título, o CNPJ, o nome da instituição e o
valor do rendimento no período.
Como será o calendário da restituição do IRPF em 2021?

 Assim como em 2020 o calendário da restituição começará no final de maio e


terá 5 lotes. Confira as datas:
 1º lote: 31 de maio de 2021
 2º lote: 30 de junho de 2021
 3º lote: 30 de julho de 2021
 4º lote: 31 de agosto de 2021
 5º lote: 30 de setembro de 2021

 Normalmente estão enquadrados nos primeiros lotes idosos, pessoas com


deficiência e professores, eles tem prioridade no recebimento. Porém quanto
antes você fizer a declaração e enviar, mais cedo ela será processada e, caso
você tenha direito a restituição, mais rápido poderá recebê-la.
Como acompanhar a situação da declaração do meu Imposto de Renda?

 Após finalizar sua declaração, é possível consultar o processamento


entrando no portal do GovBR, acessando o e-CAC. Feito isso, vá até a
opção “Meu Imposto de Renda”. Lá, você tem acesso ao status de sua
declaração com a Receita, além de acompanhar a liberação de sua
restituição ou emitir suas guias de imposto, caso seja apurado IR a
pagar.
 Para acessar o portal será necessário ter um certificado digital ou criar
um código de acesso. Para isso, você precisará informar seus dois
últimos números de recibo da declaração de IRPF, caso não possua, a
senha pode ser gerada em um posto da Receita Federal.
Despesas e ou Gastos Dedutíveis na declaração de ajuste anual:

Entre os gastos que o contribuinte pode deduzir do IR, é possível citar, por exemplo,
aqueles com:

 Despesas médicas (sem limites)


 Filhos ou pais (dependentes, no valor máximo de R$ 2.275,08 por dependente)
 Educação (escola e faculdade, no valor máximo de R$ 3.561,50 por dependente)
 Contribuição à Previdência Social (sem limites)
 Contribuição à Previdência Privada (PGBL)(que correspondam a até 12% da renda
tributável).

É válido reforçar que todos os valores que você colocar na declaração precisam ser
exatamente iguais aos informados nos comprovantes de rendimentos e de pagamentos.
A maioria das empresas envia esses informes através de cartas, e-mails ou os disponibiliza
em seus sites. Esses comprovantes são originados na DIRF/2020 informados a receita
federal .
Alguns são os valores que poderão ser deduzidos do IRPF, veja:

Despesas médicas

Enquadram-se nessa categoria as despesas relacionada aos pagamentos feitos para


hospitalizações, consultas ou tratamentos médicos de qualquer especialidade. Ou seja, os
gastos que você teve ao longo do ano com dentistas, psicólogos, terapias, exames
laboratoriais e outros, podem ser deduzidos da sua declaração.
Os comprovantes de pagamento devem ser emitidos por um médico, laboratório ou
hospital e deve constar o serviço médico prestado. Importante que esse comprovante seja
idôneo!
As despesas médica, quando não ocorrerem em nome do contribuinte, precisam ser em
nome de dependentes declarados ou alimentandos (desde que previstos em ordem
judicial).
Por exemplo: mesmo que o contribuinte tenha tido um gasto médico alto com o cônjuge,
mas o cônjuge não é dependente na declaração, essa despesa não poderá ser declarada.
Instrução

Ou como conhecida popularmente: gastos com educação. Esses gastos consistem no


pagamento de estabelecimentos de ensino, que podem ser:

•educação infantil – creches e pré-escolas;


•ensino Fundamental;
•endino Médio;
•educaçã superior – graduação e pós-graduação;
•educação Profissional – ensino técnico e tecnológico.

As despesas com instrução, limitam-se ao pagamento de mensalidades ou anuidades.


Os gastos provenientes aos materiais didáticos e compra de uniformes não são
considerados.
Legal saber que as deduções dessa categoria vão até R$ 3.561,50 apenas.
Previdência

Os pagamentos feitos para a previdência, ou o recolhimento do contribuinte autônomo são


dedutíveis também. Bem como gastos com previdência privada de dependentes ou do
próprio contribuinte.

Dependentes

Consideram-se dependentes para efeito de imposto de renda:


companheiro(a) a mais de 5 anos, ou cônjuge;
filho(a) ou enteado(a);
pais, avós e bisavós;
pessoa absolutamente incapaz.
Para essa categoria estabeleceu-se o valor máximo de R$ 2.275,08 por dependente,
quaisquer valores a mais não serão considerados.
Rendimentos de aluguéis

Nesses casos, tantos devem ser declarados os valores pagos quanto os valores recebidos.
Caso você seja um locatário, deve declarar qual o valor gasto no último exercício e para
quem esse valor foi pago.
Entretanto, se você for o locador, deverá informar para a receita que recebeu a quantia no
último exercício e informar quem fez o pagamento.

Livro-caixa

Os profissionais autônomos, que devem estar bem acostumados com esse termo, podem
deduzir as despesas relacionadas à atividade profissional, desde que elas constem no livro-
caixa. Por exemplo: gastos com o aluguel do escritório, constas de consumo como água, líz,
material de trabalho.
Quem trabalha em casa pode deduzir até um quinto de todos os gastos relacionados à
manutenção da residência, incluindo IPTU e as taxas de condomínio. Somente não são
dedutíveis despesas com reparos, conservação e recuperação do imóvel.
Como declarar ações:
Reúna todas as informações de suas operações de 01 de janeiro de 2020 a 31 de dezembro
de 2020. É necessário separar cada movimentação, mês a mês, de acordo com o tipo de
ativo, como ações, opções, mercado a termo, dólar, índice, entre outros, e agrupá-las por
tipo de venda: comum ou Day Trade.
Além de ter todos os Darfs, notas de corretagem, extratos de IR “dedo-
duro”, disponibilizado por sua corretora, e o informe de rendimentos da companhia aberta
referente aos proventos declarados e recebidos no ano-calendário de 2020.
Também é importante ter mais detalhes sobre seus investimentos, como o custo de médio
dos ativos e seu extrato em mãos.
Além disso, as notas de corretagem e os comprovantes de pagamento dos Darfs sobre seu
ganho de capital são fundamentais para quem está aprendendo como declarar ações no
Imposto de Renda e devem ser armazenadas por, no mínimo, cinco anos.
2. Cheque os lucros e prejuízos
Nesta etapa, para calcular os lucros, o ideal é construir uma planilha com o preço médio
de compra e de venda das ações.
Para calcular a média do preço de compra, multiplique a quantidade de ações pelo preço
pago e acrescente os custos de corretagem e das taxas cobrados pela Bolsa.
Já para calcular o preço médio de venda, multiplique a quantidade de ativos pelo preço
vendido e desconte o valor da corretagem e das taxas da Bolsa.
Por fim, faça uma média de lucro ou prejuízo de todos os tipos de ativos operados em
2020.
O ideal é somar os lucros e prejuízos, de cada um dos ativos, separando-os entre operações
comuns e Day Trade.
Declare os rendimentos isentos

Primeiramente, comece declarando suas operações isentas de IR, ou


seja, dividendos recebidos ao longo de 2020 ou venda de ações que, no total, somem
menos de R$ 20.000,00.
Para declarar os dividendos, será necessário ter o informe de rendimentos da companhia
aberta.
Com esse documento em mãos, acesse sua Declaração, a ficha “Rendimentos Isentos e
Não Tributáveis” e, em seguida, selecione o campo com o código 09 “Lucros e dividendos
recebidos” como tipo de rendimento.
Depois, para cada ação que tenha recebido dividendos, inclua o titular, o nome da empresa,
o CNPJ e o valor recebido. Todas essas informações estão no informe de rendimentos da
companhia aberta.
Já para declarar vendas de ações de até R$ 20 mil, selecione a opção 20 “Ganhos
líquidos em operações no mercado à vista negociadas em bolsas de valores”.
( Rendimentos Isentos e não tributados).
Informe o tipo de beneficiário e o valor total para cada uma das operações de venda,
lembrando-se sempre que o total das vendas é diferente do total de ganhos.
Informe os rendimentos sujeitos à tributação

Os juros sobre o capital próprio (JCP) mencionados no Informe de Rendimento


enviado pela companhia aberta devem ser declarados no campo “Rendimentos Sujeitos
à Tributação Exclusiva”.
Escolha o código 10 “Juros sobre capital próprio” e informe, para cada ação que você
tenha recebido JCP, o titular, o nome da fonte pagadora, seu CNPJ e o valor, como
exibido no informe.
Porém, se os juros sobre capital foram declarados pela empresa em 2020 e ainda não
foram pagos, inclua o valor na ficha de “Bens e Direitos” com o código 99, informando no
campo “descriminação” a natureza do pagamento pendente, o nome e CNPJ da
empresa, além do valor dos juros não recebido.
Preencha a ficha Renda Variável
Nesta etapa, os relatórios auxiliares com os valores retidos na fonte nas operações em Bolsa e Day
Trade, além dos Darfs de recolhimento de IR sobre ganho de capital pagos ao longo de 2020, serão
fundamentais para o preenchimento do restante da declaração sobre seus ativos.
No campo de janeiro, se você tiver prejuízos para compensar referente ao ano de 2020, preencha o
valor em “Prejuízos a compensar”.
Caso não tenha declarado os prejuízos em anos anteriores, você deverá fazer uma retificação das
declarações antigas para compor o seu prejuízo.
Na opção “Operações Comuns/Day Trade”, informe, mês a mês, o valor obtido de lucro ou prejuízo do
mês, de acordo com o ativo correspondente (ações, opções, mercado futuro ou a termo) e separando
por tipo de operação (comum ou Day Trade).
Em casos de prejuízo, o valor deve ser incluído com o sinal de menos na frente. Porém, se você não
tiver feito operações em determinado mês, nem operado outro tipo de ativo ou Day Trade,
basta colocar zero nos campos pendentes.
Para compensar o IR “dedo-duro”, verifique o valor retido a cada mês informado nos Relatórios
Auxiliares e insira o valor do IR retido no campo “Consolidação do Mês” a final da ficha do mês
correspondente nas linhas “IR fonte Day-Trade a compensar” e “IR fonte (Lei nº 11.033/2004) a
compensar”, conforme o caso.
Depois de preencher os ganhos obtidos e o IR “dedo-duro” a compensar, preencha o campo “Imposto
Pago” com o valor dos Darfs, além de conferir se o valor do campo “Imposto a Pagar” foi calculado
corretamente. Se o DARF foi pago em atraso, insira apenas o valor do imposto principal, sem a multa e
juros pagos.
Finalize a ficha de “Bens e Direitos”

Por fim, na etapa final de como declarar ações no Imposto de Renda, você deve completar
a ficha de “Bens e Direitos”, inserindo o código 31 para “Ações” e 47 para “opções,
contratos futuros ou a termo”.
No campo “discriminação”, você deve inserir o nome e CNPJ da empresa, o código de
negociação do ativo em Bolsa, a quantidade de ações adquiridas e o valor pago, além de
informar vendas parciais ou compras de mais ações de um ano para o outro.
O valor em 31/12/2020 deve ser inserido pelo valor do custo médio das ações multiplicado
pela quantidade de ativos nesta mesma data.
Como declarar investimentos no Imposto de Renda

Na hora de preencher os dados referentes aos seus investimentos, é fundamental ter em


mãos as informações referentes a todas as suas aplicações.
Geralmente, as próprias instituições financeiras (bancos e corretoras) ou mesmo a bolsa de
valores (Bovespa) disponibilizam para o investidor um demonstrativo, chamado “Informe de
Rendimentos”, no qual constam todos os dados sobre valores a serem declarados.
É possível receber esse documento por e-mail, ou consultá-lo direto no site do banco ou da
corretora.

Ao fazer a declaração, é necessário tomar cuidado com outros equívocos comuns.


Conforme destacamos anteriormente, um simples erro de digitação no valor pode fazer a
Receita desconfiar que você está sonegando impostos.
É preciso lembrar também que, embora os investimentos em LCI, LCA e Caderneta de
Poupança estejam isentos de IR, eles devem ser listados na sua declaração.

Quanto aos demais, é importante estar atento para não confundir os códigos ou informá-los
nos campos errados, já que a tributação para cada um pode ser diferente.
No caso da LCI, é importante não a declarar como se fosse um FII, que é o Fundo de
Investimento Imobiliário.
Outra situação que exige atenção do investidor é o rendimento feito e resgatado no
mesmo ano, que deve ser informado na seção específica “Rendimentos Sujeitos à
Tributação Exclusiva/Definitiva”. O valor inicial da aplicação não precisa ser listado
na seção Bens e Direitos – o que interessa é informar o lucro obtido.

Por exemplo:
Você aplica R$ 5.500 no Tesouro Direto em fevereiro e resgata o valor em
outubro, com um lucro líquido de R$ 320. Como o investimento foi iniciado e
resgatado no mesmo ano, a posição no fim de dezembro é igual a R$ 0. Nesse
caso, o que interessa à Receita são os R$ 320 obtidos como lucro.
Em contrapartida, existem outros itens que a receita não admite que sejam
deduzidos na hora da declaração:

 Gastos com financiamentos de um veículo ou imóvel;


 Gastos com cursinho pré-vestibular;
 Gastos com óculos de grau;
 Gastos com pagamento de veículos, aluguel;
 Gastos com seguro de vida;
 Gastos com lentes de contato;
 Gastos com clareamento dentário;
 Gastos com pensão maior do que o determinado por lei;
 Gastos com tratamentos de beleza;
 Gastos com exame de DNA;
 Gastos com medicamentos de rotina;
 Gastos com curso de idiomas;
 Gastos com academia;
Malha fina

Trata-se do cruzamento de dados para checagem das informações disponibilizadas, através do


computador.Se a Receita observar algo estranho na sua declaração, ela será examinada em detalhes e
você poderá ser chamado para prestar esclarecimentos.Se já tiver feito a retificação antes, essa será
considerada uma demonstração de que você não agiu de má-fé, o que reduz as chances de uma pena de
prisão, por exemplo.

Ganhou esse nome por ser um processo minucioso e detectar erros e pendências facilmente,
impossibilitando a restituição até regularização.
Em casos de erros mais grosseiros, pode acarretar uma investigação mais profunda.

Podem ser casos detectáveis pela Malha Fina IR 2021:


Despesas médicas não dedutíveis – declarar no IRPF 2021 gastos de pessoas que não são seus
dependentes.
O que deve ser feita é apenas a declaração em relação ao próprio declarante e aos dependentes. Sendo
sempre necessário a comprovação através recibos e notas finais (estas obrigatórias);
Omissão de renda de dependentes – os dependentes podem ser declarados, mas também precisa ser
inserido nesse rol todos os benefícios financeiros que o dependente aufere. É possível optar por inseri-lo
ou não;
Outros motivos para cair na malha fina– Existem vários outros motivos que são passiveis a cair na Malha
Fina , como:
 Omissão de salários de empregos anteriores;
 Omissão do recebimento de aluguéis;
 Omissão da pensão alimentícia;
 Incluir despesas de educação que não são dedutíveis;
 Incluir dependentes de forma incorreta;
 Divergência entre os valores declarados com os informados à Receita Federal;
 Deduzir qualquer doação.
Os principais fatores para cair na Malha Fina IR 2021 são:
 Incompatibilidade de Informações;
 Preenchimento incorreto;
 Informações divergentes;
 Informações sem documentos probatórios;
 Omissão de dados a Receita Federal.

Para consultar Malha Fina:

É possível saber se sua declaração caiu na Malha Fina através da internet.


A partir do meio do ano em curso que foi declarado, o Governo Federal divulga os
contribuintes que estão irregulares.

➜ É preciso acessar o site da Receita Federal e ter acesso aos dados.

Para corrigir inconsistencias:


Se você preencheu alguns dados errado ou houve incompatibilidade de informações na hora
da declaração, ainda da tempo de corrigir.
Quando o contribuinte cai na Malha Fina, a declaração enviada volta ao contribuinte para que
ele possa realizar as correções em um prazo determinado e reenvie a declaração do IR com
os esclarecimentos pertinentes as duvidas
Dependentes na declaração de Imposto de Renda
Quem declara dependentes precisa informar qualquer rendimento por parte
deles. Por exemplo: se o filho é estagiário em uma empresa, o pai ou a mãe
deve informar os rendimentos dele na sua declaração.
Agora, você já tem uma ideia ampla do que vai precisar declarar: basicamente,
tudo o que ganhou e pagou no ano anterior. A próxima etapa é mais prática,
verificar a maneira correta de fazer a sua declaração para evitar quaisquer
problemas.
Qual é a diferença entre dependente e alimentando
Dependente e alimentando são figuras diferentes na declaração do Imposto de
Renda. Normalmente, quem é dependente não pode ser alimentando na mesma
declaração e vice-versa. O dependente é a pessoa que se encaixa em uma das
definições dadas na tabela de dependentes da Receita Federal. Pode ser o filho,
o pai, o companheiro, uma pessoa de quem o contribuinte tenha a guarda
judicial....
Mas, para ser dependente, é preciso seguir as rígidas regras da Receita. Por
exemplo: um filho só pode ser considerado dependente até 21 anos. Ou até 24
anos, se ainda estiver cursando escola técnica ou ensino superior.
O alimentando é o beneficiário da pensão alimentícia judicial ou decidida num
acordo feito por escritura pública. Pode ser uma criança ou um adulto. Exemplo:
uma ex-mulher, um ex-marido, um filho, um pai, um parente qualquer. Se o juiz
decidiu que alguém necessita da pensão alimentícia, ele é um alimentando.
O que pode deduzir?
O contribuinte pode deduzir, na declaração, todos os gastos que teve com um
dependente. Alguns têm limite; outros, não. Entre as deduções possíveis, estão gastos
com educação, despesas médicas, contribuição à Previdência etc.
No caso do alimentando, é possível deduzir a pensão alimentícia judicial paga. As
despesas médicas e com instrução só poderão ser deduzidas se também constarem da
sentença judicial. Ou seja, é preciso que um juiz tenha dado uma sentença que obrigue o
pagamento da pensão e das despesas, ou seguir o acordo da escritura pública.
Um pai que paga as despesas para o filho sem que o juiz tenha dado a sentença ou sem
que haja uma escritura pública não poderá abater estes valores na declaração. Outro
ponto importante: no caso do alimentando, mesmo se a sentença obrigar o contribuinte a
pagar aluguéis, condomínio, transporte ou previdência privada, estes gastos não são
dedutíveis. Dependente e alimentando ao mesmo tempo? É possível ser dependente e
alimentando ao mesmo tempo em apenas uma situação: no ano em que a sentença de
pensão alimentícia judicial foi dada. Por exemplo: o filho era dependente do pai até março.
Em abril, sai a sentença que manda o pai pagar a pensão alimentícia para o filho. A partir
de abril, o filho torna-se alimentando. Veja como declarar O dependente deve ser
identificado na ficha "Dependentes". O alimentando deve ser incluído na ficha
"Alimentandos". Quando o contribuinte for deduzir alguma despesa de qualquer um deles,
deverá identificar na própria ficha, clicando no ícone correspondente. Ou seja, se for
informar uma despesa com instrução, deverá selecionar a ficha "Pagamentos Efetuados"
e clicar em uma das três opções: despesa realizada com titular, dependente ou
alimentando
Dicas para preencher a declaração corretamente

Para ter maior facilidade ao prestar contas com a Receita Federal, também é
indicado guardar os comprovantes de seus rendimentos e notas fiscais durante o
ano.
Tome cuidado para não preencher de forma equivocada alguns dos campos da
declaração. É comum, por exemplo, confundir Bens e Direitos (campo no qual se
informam bens de valor como imóveis ou veículos) com Rendimentos Tributáveis
(como rendimentos do trabalho assalariado). Esse tipo de erro pode levar o
contribuinte de primeira viagem a cair na malha fina.
Outro equívoco comum, é o erro de digitação. Esquecer ou acrescentar um
número por descuido no teclado não é difícil. Por isso, a dica é conferir bem as
informações antes da entrega.

Assim que concluir o preenchimento e transmitir a declaração, imprima uma cópia


e guarde junto com o recibo e os comprovantes que você utilizou por até cinco
anos. Esse é o período de tempo que a Receita Federal tem para eventualmente
questionar suas informações.
IRPF: Declaração simplificada x Declaração completa

Na declaração completa, todos os gastos com saúde e educação de


dependentes devem ser discriminados pelo contribuinte de acordo com as notas
fiscais.

A vantagem desse modelo, para quem tem muitas despesas que podem ser
deduzidas, é um abatimento maior no valor do desconto do IR.

Já para quem não possui dependentes ou muitas despesas que possam ser
deduzidas do imposto, a declaração simplificada incide apenas um abatimento
de 20% sobre todos os rendimentos tributados. Isso substitui quaisquer
outras deduções legais da declaração completa.
Tabela do Imposto de Renda

ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR


BASE DE CÁLCULO (R$)
(%) DO IRPF

Até 1.903,98 isento isento

De 1.903,99 até 2.826,65 7,5% R$142,80

De 2.826,66 até 3.751,05 15% R$354,80

De 3.751,06 até 4.664,68 22,5% R$636,13

Acima de 4.664,68 27,5% R$869,36


Penalidades pela não entrega no prazo previsto ( 30/04/2021)
A princípio, quem deixa de entregar a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) dentro do
prazo, recebe multa de 1% ao mês sobre o valor do tributo. O objetivo da Receita Federal (RF) é
penalizar aqueles que não cumpriram com o prazo e acumularam as entregas.
A partir de março os contribuintes já podem acessar o site da RF e baixar a plataforma de
preenchimento da declaração. Ou, apenas inserir as informações com base no que já foi feito no ano
anterior.

Mas, caso não faça, a multa por atraso no Imposto de Renda 2021 é de no mínimo R$165,74 e no
máximo 20% do valor do tributo sobre os rendimentos declarados.
Segundo informações do portal da Receita, logo depois do contribuinte enviar sua declaração atrasada
ele será notificado sobre a multa. A mensagem será impressa junto com o recibo de comprovação do
envio, mais o Darf para pagamento.
A taxa deve ser quitada no máximo 30 dias após o recebimento da notificação, no banco responsável
pelo recolhimento que vai estar registrado no boleto. Caso não seja paga, o valor ainda recebe reajuste
com juros de mora.
Para ter acesso a guia, o contribuinte pode acessar o extrato do DIRPF. Inserindo normalmente o seu
código de acesso, e procurando por “Declaração”, depois “Darf de multa por entrega em atraso”.
E mais, se a multa não for devidamente paga e o contribuinte tiver direito a restituição do Imposto de
Renda 2021. A quantia será descontada do pagamento, diminuindo o valor.
Também vale dizer que deixar de entregar a declaração ou de fazer o pagamento do tributo pode ser
considerado sonegação de imposto. Logo, o cidadão caí na malha fina e terá seus bens bloqueados,
incluindo sua conta salário, até que regularize o débito.
Micro Empreendedor Individual ( MEI) obrigatóriedade

Para a Receita Federal, o lucro como MEI é isento do IRPF 2021, mas os rendimentos
de pessoa física não.

Os microempreendedores só precisarão realizar a declaração em alguns casos como:

 Rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 no ano anterior (cerca de R$ 2.380


por mês);
 Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte,
cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
 Obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito
à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de
mercadorias, de futuros e assemelhadas;
 Escolheu a isenção de imposto na venda de um imóvel residencial para a compra de
um outro imóvel em até 180 dias;
 Obteve receita bruta anual acima de R$142.798,50 em atividades rurais;
 Pretende compensar prejuízos relativos à atividade rural realizada em anos
anteriores;
Se até 31/12/2021 tinha posses somando mais de R$300 mil;
Passou a ser residente no Brasil em qualquer mês do ano passado.
RECAPITULANDO...
5 passos para declarar o IRPF 2021 com sucesso
 1. Organize toda a documentação necessária

A primeira coisa que você precisa para entregar a declaração é separar


toda a documentação necessária. Utilize a lista completa de documentos
necessários que informamos no início dos slides para confirmar se você
já está com tudo certo para partir desta etapa para a próxima.
 2. Instale o programa da Receita Federal ou baixe o aplicativo
 Com todos os documentos em mãos, é hora de realizar o download do
programa da Receita Federal em seu computador ou baixar o aplicativo
IRPF.
 Você pode iniciar uma declaração do zero, importar os dados de sua
declaração do ano anterior ou se tiver um certificado digital, selecionar a
opção de declaração pré-preenchida, que importa várias informações
automaticamente para o programa.
 3. Preencha todos os campos e fichas da declaração
 Chegou a hora de preencher os dados da declaração. Junte os
documentos separados e inclua as informações conforme as orientações
que passamos, tendo muita atenção no preenchimento, pois a maior
parte dos casos de malha fina são por erros preenchidos de forma
incorreta.
 É muito importante lembrar que você só pode lançar dados que possuam
comprovantes válidos para comprovação, como notas fiscais e recibos.
 4. Verifique a declaração mais vantajosa
 Ao finalizar o preenchimento das informações, o programa irá apresentar o
valor a pagar ou restituir nas duas modalidades disponíveis: completa e
simplificada. E você poderá escolher a mais vantajosa para você.
 No modelo completo poderão ser deduzidas da base de cálculo do imposto
todas as despesas permitidas por lei da . Significa dizer que, de seus
rendimentos tributáveis serão deduzidas as despesas com INSS, médicas,
com educação e outros.
 Já na declaração simplificada, estas despesas não são consideradas, tendo a
base de cálculo um desconto fixo de 20%, limitado a R$16.754,34 total.
 5. Transmita as informações
 Após terminar o preenchimento, conferir e escolher seu modelo de
declaração, basta verificar as pendências para garantir que nada ficou
para trás, e transmitir sua declaração para a Receita Federal.
 Imprima o recibo e a declaração completa, gere uma cópia de segurança
do arquivo, ele pode ser utilizado para importar seus dados na
declaração do ano seguinte.
Malha fiscal

Quando você envia a sua Declaração de Imposto de Renda, ela passa por uma análise dos
sistemas da Receita Federal, onde são verificadas as informações que você enviou e elas são
comparadas com informações fornecidas por outras entidades (terceiros), que também tem que
prestar informações à Receita: empresas, instituições financeiras, planos de saúde e outros.
Se for encontrada alguma diferença entre as informações apresentadas por você em relação às
informações apresentadas por terceiros, a sua declaração será separada para uma análise mais
profunda, é o que se chama de Malha Fiscal (ou "malha fina" como é popularmente conhecida).

Você não receberá a sua restituição enquanto a sua declaração estiver em Malha Fiscal.

Como saber se está em malha?

Para saber se a sua Declaração está em malha, acesse o e-CAC. Selecione a opção "Meu
Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)" e na aba "Processamento", escolha o item "Pendências de
Malha". Lá você pode ver se sua declaração está em malha e também verificar qual é o motivo
pelo qual ela foi retida.
Se a declaração está em malha porque você cometeu algum erro no preenchimento ou deixou de
informar alguma coisa, pode fazer uma retificação da sua declaração, desde que ainda não tenha
recebido o termo de intimação.
Carnê Leão
O Carnê-leão é o imposto sobre a renda que deve ser pago mensalmente, de forma obrigatória, pelas pessoas físicas,
residentes no Brasil, que receberem rendimentos de outra pessoa física ou do exterior.
Através deste serviço você poderá emitir o DARF para pagar o carnê-leão, além de manter o registro dos rendimentos
mensais utilizados no cálculo. No ano seguinte, os registros poderão ser importados para sua Declaração de Imposto de
Renda (DIRPF), facilitando o preenchimento.

Quem pode utilizar este serviço?

São obrigados ao recolhimento do carnê-leão:


pessoas físicas, residentes no Brasil, que receberem rendimentos de outra pessoa física ou do exterior; e
serventuários da justiça, independentemente de a fonte ser pessoa física ou jurídica, exceto quando forem remunerados
exclusivamente pelos cofres públicos.

Estão sujeitos ao pagamento do Carnê-leão os rendimentos:


 Trabalho sem vínculo empregatício;
 Locação e sublocação de bens móveis e imóveis;
 Arrendamento e subarrendamento;
 Pensões, inclusive alimentícia, ou alimentos provisionais, mesmo que o pagamento tenha sido feito por meio de
pessoa jurídica;
 Prestação de serviços a embaixadas, repartições consulares, missões diplomáticas ou técnicas ou a organismos
internacionais;
 Prestação de serviços de representante comercial autônomo, intermediário na realização de negócios por conta de
terceiros;
 Emolumentos e custas dos serventuários da Justiça, exceto quando forem remunerados pelos cofres públicos;
 Prestação de serviços de transporte de cargas - no mínimo 10% (dez por cento) do total dos rendimentos recebidos;
 Prestação de serviços de transporte de passageiros - no mínimo 60% (sessenta por cento) do total dos rendimentos
recebidos;
 Rendimentos decorrentes da atividade de leiloeiro.

Etapas para a realização deste serviço

• Informar rendimentos e emitir o DARF


• Acesse o sistema Meu Imposto de Renda e clique em "Acessar Carnê-Leão" e
preencha as informações necessárias para emitir o DARF.
• Para rendimentos recebidos antes de 2021, baixe o programa correspondente ao
respectivo ano.
Novidades
 DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
 Publicado em: 25/02/2021 | Edição: 37 | Seção: 1 | Página: 134
 Órgão: Ministério da Economia/Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
 INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 2.010, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2021

 Dispõe sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto


sobre a Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2021, ano-
calendário de 2020, pela pessoa física residente no Brasil, e altera a
Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001.
 O SECRETÁRIO ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso
da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 350 do Regimento Interno
da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, aprovado pela
Portaria ME nº 284, de 27 de julho de 2020, e tendo em vista o disposto
no art. 88 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, no caput do art. 7º e
nos arts. 10, 14 e 25 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, no art.
27 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, no art. 16 da Lei nº
9.779, de 19 de janeiro de 1999, e no § 2º-B do art. 2º da Lei nº 13.982,
de 2 de abril de 2020, resolve:
Art. 1º Esta Instrução Normativa estabelece normas e procedimentos para a apresentação da
Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2021,
ano-calendário de 2020, pela pessoa física residente no Brasil.
CAPÍTULO I
DA OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO
Art. 2º Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2021 a pessoa
física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2020:
I - recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$
28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos);
II - recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi
superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
III - obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do
Imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
IV - relativamente à atividade rural:
a) obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 (cento e quarenta e dois mil, setecentos e
noventa e oito reais e cinquenta centavos); ou
b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2020 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário
anteriores ou do próprio ano-calendário de 2020;
V - teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor
total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);
VI - passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31
de dezembro;
VII - optou pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda
de imóveis residenciais, caso o produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais
localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da celebração do contrato de venda,
nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005; ou
VIII - recebeu auxílio emergencial para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente da doença causada pelo Coronavírus identificado em 2019 (Covid-19), em
qualquer valor, e outros rendimentos tributáveis em valor anual superior a R$ 22.847,76 (vinte e dois mil,
oitocentos e quarenta e sete reais e setenta e seis centavos).
§ 1º Fica dispensada de apresentar a Declaração de Ajuste Anual a pessoa física que se
enquadrar:

I - apenas na hipótese prevista no inciso V do caput, cujos bens comuns, na constância da


sociedade conjugal ou da união estável, tenham sido declarados pelo outro cônjuge ou
companheiro, desde que o valor total dos seus bens privativos não exceda R$ 300.000,00
(trezentos mil reais); e
II - em pelo menos uma das hipóteses previstas nos incisos I a VIII do caput, caso conste
como dependente em Declaração de Ajuste Anual apresentada por outra pessoa física, na
qual tenham sido informados seus rendimentos, bens e direitos, caso os possua.
§ 2º A pessoa física, ainda que desobrigada, pode apresentar a Declaração de Ajuste
Anual, observado o disposto no § 3º.
§ 3º É vedado a um mesmo contribuinte constar simultaneamente em mais de uma
Declaração de Ajuste Anual, seja como titular ou dependente, exceto nos casos de
alteração na relação de dependência no ano-calendário de 2020.
CAPÍTULO II

DA OPÇÃO PELO DESCONTO SIMPLIFICADO

Art. 3º A pessoa física pode optar pelo desconto simplificado, correspondente à dedução de 20%
(vinte por cento) do valor dos rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste Anual, limitado a
R$ 16.754,34 (dezesseis mil, setecentos e cinquenta e quatro reais e trinta e quatro centavos),
observado o disposto nesta Instrução Normativa.
§ 1º A opção prevista no caput implica a substituição de todas as deduções admitidas na
legislação tributária.
§ 2º O valor utilizado a título do desconto simplificado a que se refere o caput não justifica
variação patrimonial e será considerado rendimento consumido.
CAPÍTULO III
DA FORMA DE ELABORAÇÃO

Art. 4º A Declaração de Ajuste Anual deve ser elaborada, exclusivamente, com a utilização
de:
I - computador, por meio do Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao exercício
de 2021, disponível no site da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) na
Internet, no endereço <https://www.gov.br/receitafederal/pt-br>;
II - computador, mediante acesso ao serviço "Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)"
do Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) da RFB, disponível no endereço eletrônico
informado no inciso I, observado o disposto no art. 5º; ou
III - dispositivos móveis, tais como tablets e smartphones, mediante acesso ao aplicativo
"Meu Imposto de Renda", observado o disposto no art. 5º.
§ 1º O aplicativo "Meu Imposto de Renda" a que se refere o inciso III do caput encontra-se
disponível nas lojas de aplicativos Google play, para o sistema operacional Android, ou App
Store, para o sistema operacional iOS.
§ 2º acesso ao serviço "Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)" nos termos do inciso II
do caput será realizado de acordo c
CAPÍTULO IV
DAS VEDAÇÕES à UTILIZAÇÃO DO aplicativo "MEU IMPOSTO DE RENDA"
e do serviço "Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)“

Art. 5º Ficam vedados o preenchimento e a apresentação da Declaração de


Ajuste Anual por meio do aplicativo "Meu Imposto de Renda" previsto no inciso III
do caput do art. 4º, na hipótese de o declarante ou o seu dependente informado
na declaração, no ano-calendário de 2020:
I - ter auferido rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste anual cuja soma seja
superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais);
II - ter recebido rendimentos do exterior;
III - ter auferido os seguintes rendimentos sujeitos à tributação exclusiva ou
definitiva:
a) cuja soma seja superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais);
b) ganhos de capital na alienação de bens ou direitos;
c) ganhos de capital na alienação de bens, direitos e aplicações financeiras
adquiridos em moeda estrangeira;
d) ganhos de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie; ou
e) ganhos líquidos em operações de renda variável realizadas em bolsa de valores, de
mercadorias, de futuros e assemelhadas, exceto para operações no mercado à vista de
ações e com fundos de investimento imobiliário;

IV - ter auferido os seguintes rendimentos isentos e não tributáveis:


a) cuja soma seja superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais);
b) relativos à parcela isenta correspondente à atividade rural;
c) relativos à recuperação de prejuízos em operações de renda variável realizadas em bolsa
de valores, mercadorias, de futuros e assemelhados, exceto no caso de operações no
mercado à vista de ações e com fundos de investimento imobiliário;
d) correspondentes ao lucro na venda de imóvel residencial para aquisição de outro imóvel
residencial; ou
e) correspondentes ao lucro na alienação de imóvel residencial adquirido após o ano de
1969;

V - ter-se sujeitado:
a) ao imposto pago no exterior ou ao recolhimento do Imposto sobre a Renda Retido na
Fonte (IRRF) de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de
2004; ou
b) ao preenchimento dos demonstrativos referentes à atividade rural, ao ganho de capital ou
à renda variável, exceto, neste último caso, no caso de operações no mercado à vista de
ações e com fundos de investimento imobiliário; ou
VI - ter realizado pagamentos de rendimentos a pessoas físicas ou jurídicas cuja soma
seja superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).
Parágrafo único. A vedação de que trata este artigo aplica-se, também, ao acesso ao
serviço "Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)" previsto no inciso II do caput do art.
4º, exceto nas hipóteses previstas no inciso I, na alínea "a" do inciso III, na alínea "a" do
inciso IV e no inciso VI deste artigo.
CAPÍTULO V
DA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL PRÉ-PREENCHIDA

Art. 6º O contribuinte poderá utilizar os dados da Declaração de Ajuste Anual Pré-


preenchida para a elaboração de uma nova Declaração de Ajuste Anual com utilização do:
I - PGD, nos termos do inciso I do caput do art. 4º, mediante a seleção, a partir da tela de
entrada do Programa, na aba "Nova", da opção "Iniciar Declaração a partir da Pré-
Preenchida"; ou
II - serviço "Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)", nos termos do inciso II do caput
do art. 4º, mediante a seleção, a partir da tela inicial do e-CAC, da opção pelo acesso à
conta gov.br, dentro do Menu "Declarações e Demonstrativos" do item "Meu Imposto de
Renda (Extrato da DIRPF)" e, em seguida, do item "Preencher Declaração Online" e, por
fim, do item "INICIAR DECLARAÇÃO COM A PRÉ-PREENCHIDA".
§ 1º Para fins do disposto no caput, no momento da criação da nova declaração, as fontes
pagadoras ou as pessoas jurídicas ou equiparadas, conforme o caso, deverão ter enviado
à RFB as informações relativas ao contribuinte, referentes ao exercício de 2021, ano-
calendário de 2020, por meio da:
I - Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf);
II - Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed); ou
III - Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob).
§ 2º A Declaração de Ajuste Anual Pré-Preenchida contém algumas informações relativas
a rendimentos, deduções, bens e direitos e dívidas e ônus reais, e poderá ser obtida
somente com utilização de certificado digital do:
I - contribuinte; ou
II - representante do contribuinte com procuração RFB ou procuração eletrônica, nos
termos da Instrução Normativa RFB nº 1.751, de 16 de outubro de 2017.
§ 3º A verificação da correção de todos os dados pré-preenchidos na Declaração de
Ajuste Anual é de responsabilidade do contribuinte, o qual deve realizar as alterações,
inclusões e exclusões das informações necessárias, se for o caso.
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com a
utilização do aplicativo "Meu Imposto de Renda" previsto no inciso III do caput do art. 4º.
CAPÍTULO VI
DO PRAZO E DOS MEIOS DISPONÍVEIS PARA A APRESENTAÇÃO

Art. 7º A Declaração de Ajuste Anual deve ser apresentada no período de 1º de


março a 30 de abril de 2021, pela Internet, mediante a utilização:
I - do PGD, nos termos do inciso I do caput do art. 4º; ou
II - do serviço "Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)" ou do aplicativo "Meu
Imposto de Renda", nos termos dos incisos II e III do caput do art. 4º,
respectivamente, observado o disposto no art. 5º.
§ 1º O serviço de recepção da Declaração de Ajuste Anual será interrompido às
23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove
segundos), horário de Brasília, do último dia do prazo estabelecido no caput.
§ 2º A comprovação da apresentação da Declaração de Ajuste Anual é feita por meio
de recibo gravado depois da transmissão, em disco rígido de computador, em mídia
removível ou no dispositivo móvel que contenha a declaração transmitida, cuja
impressão fica a cargo do contribuinte.
§ 3º Deve transmitir a Declaração de Ajuste Anual com a utilização de certificado digital o
contribuinte que, no ano-calendário de 2020:
I - tenha recebido rendimentos:
a) tributáveis sujeitos ao ajuste anual, cuja soma foi superior a R$ 5.000.000,00 (cinco
milhões de reais);
b) isentos e não tributáveis, cuja soma foi superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de
reais); ou
c) sujeitos à tributação exclusiva ou definitiva, cuja soma foi superior a R$ 5.000.000,00
(cinco milhões de reais); ou

II - tenha realizado pagamentos de rendimentos a pessoas físicas ou jurídicas cuja soma


seja superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), em cada caso ou no total.
§ 4º A Declaração de Ajuste Anual relativa a espólio, independentemente de ser inicial ou
intermediária, ou a Declaração Final de Espólio, que se enquadre nas hipóteses previstas
no § 3º, deve ser apresentada, em mídia removível, a uma unidade da RFB, durante o seu
horário de expediente, sem a necessidade de utilização de certificado digital.
§ 5º O disposto nos §§ 3º e 4º não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada nos
termos do inciso II do caput do art. 4º.
§ 6º A transmissão da Declaração de Ajuste Anual elaborada por meio do PGD pode ser
feita, também, com utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site
da RFB, no endereço eletrônico informado no inciso I do caput do art. 4º.
CAPÍTULO VII
DA APRESENTAÇÃO DEPOIS DO PRAZO

Art. 8º A apresentação da Declaração de Ajuste Anual depois do prazo previsto no caput do


art. 7º deve ser realizada:
I - pela Internet, mediante a utilização do PGD, nos termos do inciso I do caput do art. 4º;
II - mediante utilização do serviço "Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)" ou do
aplicativo "Meu Imposto de Renda", nos termos dos incisos II e III do caput do art. 4º,
respectivamente, observado o disposto no art. 5º; ou
III - em mídia removível, às unidades da RFB, durante o seu horário de expediente.
Parágrafo único. A transmissão da Declaração de Ajuste Anual elaborada mediante
utilização do PGD depois do prazo previsto no caput do art. 7º pode ser feita, também,
com utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site da RFB, no
endereço eletrônico informado no inciso I do caput do art. 4º.
CAPÍTULO VIII
DA RETIFICAÇÃO

Art. 9º A pessoa física que constatar a ocorrência de erros, omissões ou inexatidões em Declaração de
Ajuste Anual já entregue poderá apresentar declaração retificadora:
I - pela Internet, nos termos do art. 4º; ou
II - em mídia removível, às unidades da RFB, durante o horário de expediente, se realizada depois do
prazo previsto no caput do art. 7º.
§ 1º A Declaração de Ajuste Anual retificadora tem a mesma natureza da declaração originariamente
apresentada e a substitui integralmente, e deve conter todas as informações anteriormente declaradas
com as alterações e exclusões necessárias, bem como as informações adicionais, se for o caso.
§ 2º Para a elaboração e a transmissão de Declaração de Ajuste Anual retificadora deve ser informado o
número constante no recibo de entrega da última declaração apresentada, relativa ao mesmo ano-
calendário.
§ 3º Depois do prazo previsto no caput do art. 7º, não é admitida a retificação que tenha por objeto a
troca de opção por outra forma de tributação.
§ 4º A transmissão da Declaração de Ajuste Anual retificadora elaborada mediante utilização do PGD
pode ser feita, também, com utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site da
RFB, no endereço eletrônico informado no inciso I do caput do art. 4º.
§ 5º Nas hipóteses de redução de débitos já inscritos em Dívida Ativa da União ou de redução de
débitos objeto de pedido de parcelamento deferido, a retificação da declaração será admitida somente
após autorização administrativa, desde que haja prova inequívoca da ocorrência de erro no
preenchimento da declaração e enquanto não extinto o crédito tributário.
CAPÍTULO IX
DA MULTA POR ATRASO NA ENTREGA OU PELA NÃO APRESENTAÇÃO

Art. 10. A entrega da Declaração de Ajuste Anual depois do prazo previsto no caput do art. 7º ou a sua
não apresentação, se obrigatória, sujeita o contribuinte à multa de 1% (um por cento) ao mês-calendário
ou fração de atraso, lançada de ofício e calculada sobre o total do imposto devido nela apurado, ainda
que integralmente pago.
§ 1º A multa de que trata este artigo:
I - terá valor mínimo de R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos) e valor
máximo correspondente a 20% (vinte por cento) do Imposto sobre a Renda devido; e
II - terá, por termo inicial, o 1º (primeiro) dia subsequente ao término do período fixado para a entrega da
Declaração de Ajuste Anual e, por termo final, o mês em que a declaração foi entregue ou, caso não
tenha sido entregue, a data do lançamento de ofício.
§ 2º No caso de contribuinte com direito a restituição apurada na Declaração de Ajuste Anual, será
deduzido do valor desta o valor da multa por atraso na entrega, não paga dentro do prazo de
vencimento estabelecido na notificação de lançamento emitida pelo PGD, pelo serviço "Meu Imposto de
Renda (Extrato da DIRPF)" ou pelo aplicativo "Meu Imposto de Renda", referidos nos incisos I, II e III do
caput do art. 4º, respectivamente, incluídos os acréscimos legais decorrentes do não pagamento.
§ 3º A multa mínima a que se refere o inciso I do § 1º será aplicada, inclusive, no caso de Declaração de
Ajuste Anual da qual não resulte imposto devido.
CAPÍTULO X
DA DECLARAÇÃO DE BENS E DIREITOS E DE DÍVIDAS E ÔNUS REAIS

Art. 11. A pessoa física sujeita à apresentação da Declaração de Ajuste Anual deve nela relacionar os
bens e direitos que, no Brasil ou no exterior, constituíram, em 31 de dezembro de 2019 e em 31 de
dezembro de 2020, seu patrimônio e o de seus dependentes relacionados na declaração, e os bens e
direitos adquiridos e alienados no decorrer do ano-calendário de 2020.
§ 1º Devem ser informados, também, as dívidas e os ônus reais existentes em 31 de dezembro de
2019 e em 31 de dezembro de 2020, em nome do declarante e de seus dependentes relacionados na
Declaração de Ajuste Anual, e as dívidas e os ônus constituídos ou extintos no decorrer do ano-
calendário de 2020.
§ 2º Fica dispensada a inclusão, na Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2021, os
seguintes bens ou valores existentes em 31 de dezembro de 2020:
I - saldos de contas correntes bancárias e demais aplicações financeiras cujo valor unitário não exceda
R$ 140,00 (cento e quarenta reais);
II - bens móveis e direitos cujo valor unitário de aquisição seja inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
exceto veículos automotores, embarcações e aeronaves;
III - conjunto de ações e quotas de uma mesma empresa, negociadas ou não em bolsa de valores, e o
ouro ativo financeiro cujo valor de constituição ou de aquisição seja inferior a R$ 1.000,00 (mil reais); e
IV - dívidas e ônus reais cujo valor seja igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
CAPÍTULO XI
DO PAGAMENTO DO IMPOSTO

Art. 12. O saldo do imposto pode ser pago em até 8 (oito) quotas mensais e sucessivas, observado que:
I - nenhuma quota deve ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais);
II - o imposto de valor inferior a R$ 100,00 (cem reais) deve ser pago em quota única;
III - a 1ª (primeira) quota ou quota única deve ser paga até o último dia do prazo previsto no caput do art.
7º; e
IV - as demais quotas devem ser pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros
equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) acumulada
mensalmente, calculados a partir da data prevista para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual
até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.
§ 1º É facultado ao contribuinte:
I - antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das quotas, caso em que não será
necessário apresentar Declaração de Ajuste Anual retificadora com a nova opção de pagamento; e
II - ampliar o número de quotas inicialmente previsto na Declaração de Ajuste Anual, até a data de
vencimento da última quota pretendida, observado o disposto no caput, por meio da apresentação de
declaração retificadora ou de alteração feita com utilização do serviço "Meu Imposto de Renda (Extrato
da DIRPF)" diretamente no site da RFB na Internet, disponível no endereço eletrônico informado no
inciso I do caput do art. 4º.
§ 2º O pagamento integral do imposto, ou de suas quotas, e de seus respectivos acréscimos legais pode
ser efetuado mediante:
I - transferência eletrônica de fundos por meio de sistemas eletrônicos das instituições financeiras
autorizadas pela RFB a operar com essa modalidade de arrecadação;
II - Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), em qualquer agência bancária integrante da
rede arrecadadora de receitas federais, no caso de pagamento efetuado no Brasil; ou
III - débito automático em conta corrente bancária.
§ 3º O débito automático a que se refere o inciso III do § 2º:
I - é permitido somente para Declaração de Ajuste Anual original ou retificadora apresentada:
a) até 10 de abril de 2021, para a quota única ou a partir da 1ª (primeira) quota; e
b) entre 11 de abril e o último dia do prazo previsto no caput do art. 7º, a partir da 2ª (segunda) quota;
II - é autorizado mediante a indicação dessa opção no PGD, no serviço "Meu Imposto de Renda (Extrato
da DIRPF)" ou no aplicativo "Meu Imposto de Renda", referidos nos incisos I, II e III do caput do art. 4º,
respectivamente, e formalizado no recibo de entrega da Declaração de Ajuste Anual;
III - é automaticamente cancelado na hipótese de:
a) apresentação de Declaração de Ajuste Anual retificadora depois do prazo previsto no caput do art. 7º;
b) envio de informações bancárias com dados inexatos;
c) o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) informado na Declaração de Ajuste
Anual ser diferente daquele vinculado à conta corrente bancária; ou
d) os dados bancários informados na Declaração de Ajuste Anual se referirem a conta corrente do tipo
não solidária;
IV - está sujeito a estorno, mediante solicitação da pessoa física titular da conta corrente, caso fique
comprovada a existência de dolo, fraude ou simulação; e
V - pode ser incluído, cancelado ou modificado, depois da apresentação da Declaração de Ajuste Anual,
com utilização do serviço "Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)", disponível no site da RFB na
Internet, no endereço eletrônico informado no inciso I do caput do art. 4º:
a) até as 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos),
horário de Brasília, do dia 14 de cada mês, hipótese em que produzirá efeitos no próprio mês; e
b) depois do prazo a que se refere a alínea "a", hipótese em que produzirá efeitos no mês seguinte.
§ 4º O saldo do imposto a pagar cujo valor for inferior a R$ 10,00 (dez reais) deve ser adicionado ao
saldo do imposto a pagar relativo a exercícios subsequentes, até que o valor total a recolher seja igual
ou superior à referida quantia, momento em que deve ser pago ou recolhido no prazo estabelecido para
esse exercício.
§ 5º A Coordenação-Geral de Arrecadação e de Direito Creditório (Codar) pode editar normas
complementares necessárias à regulamentação do pagamento por intermédio de débito automático em
conta corrente bancária a que se refere o inciso III do § 2º.
Art. 13. A pessoa física que recebe rendimentos do trabalho assalariado de autarquias ou repartições do
Governo brasileiro situadas no exterior pode efetuar o pagamento integral do imposto, ou de suas
quotas, e dos respectivos acréscimos legais, além das formas previstas no § 2º do art. 12, mediante
remessa de ordem de pagamento com todos os dados exigidos no Darf, no respectivo valor em reais ou
em moeda estrangeira, a favor da RFB, por meio do Banco do Brasil S.A., Gerência Regional de Apoio
ao Comércio Exterior - Brasília-DF (Gecex - Brasília-DF), prefixo 1608-X.
CAPÍTULO XII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 14. O beneficiário do auxílio emergencial que recebeu, no ano-calendário de


2020, outros rendimentos tributáveis em valor superior a R$ 22.847,76 (vinte e
dois mil, oitocentos e quarenta e sete reais e setenta e seis centavos) deve
devolver por meio da declaração a que se refere o art. 1º, caso ainda não o
tenha feito, o valor do auxílio recebido por ele ou pelos dependentes constantes
dessa declaração.
Art. 15. A Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
"Art. 11. São sujeitos a sobrepartilha os bens (Código de Processo Civil - CPC, art. 669):
....................................................................................................................................
II - da herança descobertos após a partilha;
....................................................................................................................................
Parágrafo único. Os demais bens integrantes do espólio devem ser baixados na declaração final de
espólio da partilha." (NR)
"Art. 13. Relativamente aos bens da sobrepartilha, deve ser observado o disposto nos arts. 5º a 7º e, se a
sobrepartilha se referir:
I - ao mesmo ano-calendário da partilha, devem também ser informados, na declaração final de espólio
relativa à partilha, os bens da sobrepartilha e os rendimentos por eles produzidos; ou
...................................................................................................................................
II - a ano-calendário posterior ao da partilha, devem ser informados, nas declarações de sobrepartilha
intermediárias, se obrigatórias, e final, apenas os bens da sobrepartilha e os rendimentos por eles
produzidos.
....................................................................................................................................
§ 2º Transitado em julgado a decisão judicial referente à sobrepartilha, deve ser apresentada a
declaração final da sobrepartilha." (NR)
Art. 16. Ficam revogados os seguintes dispositivos da Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro
de 2001:
I - as alíneas "a" e "b" do inciso I do caput do art. 13;
II - as alíneas "a" e "b" do inciso II do caput do art. 13; e
III - o inciso II do § 1º do art. 13.
Art. 17. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.
JOSÉ BARROSO TOSTES
Gerar código de acesso extrato IRPF 2021

O acesso ao portal para o extrato é possível apenas com o código de acesso. No


entanto, alguns contribuintes não têm esse código. Pois ele deve ser criado antes
do primeiro login no portal.
Saiba como gerar código de acesso extrato IPRF 2020: Para pessoa física é
necessário ter em mãos: CPF, data de nascimento e número do recibo das
declarações entregues nos últimos 2 anos.
Este código é feito de forma virtual, veja:
 Acesse o Atendimento Virtual e clique em ‘Gerar código de acesso’;
AGRADECEMOS A PRESENÇA DE TODOS!

À DISPOSIÇÃO
Andréia Fernandes da Mota
Email: [email protected]
WhastApp : 31.98811-1151

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