Resolução CONAMA Nº 267 - 2000

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RESOLUÇÃO 

CONAMA Nº 267, SET/2000 
  

RESOLUÇÃO NO 267, DE 14 DE SETEMBRO DE 2000. 

  

  

Ministério do Meio Ambiente 
Conselho Nacional do Meio Ambiente‐Conama  

RESOLUÇÃO NO 267, DE 14 DE SETEMBRO DE 2000. 

 
O Conselho Nacional do Meio Ambiente‐CONAMA, no uso das competências que lhe 
são conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo 
Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1990 tendo em vista o disposto nos Decretos nº 
99.280, de 07 de junho de 1990, e 181, de 24 de julho de 1991 e Decretos Legislativos 
nºs 051, de 29 de maio de 1996, e 91, de 1998, 

Considerando os prazos, limites e restrições previstos no Protocolo de Montreal sobre 
Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, à produção, ao comércio e ao 
consumo mundial das substâncias que destroem a Camada de Ozônio, em seu 
conjunto conhecidas como substâncias controladas e como SDOs;  

considerando o Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e do Consumo das 
Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio‐PBCO, compromisso formalizado pelo 
Governo Brasileiro junto ao Secretariado do Protocolo de Montreal, em junho de 1994, 
que estabelece a eliminação gradativa do uso dessas substâncias no País; 

considerando a necessidade de aperfeiçoamento da Resolução CONAMA nº 13, de 13 
de dezembro de 1995, que estabeleceu procedimentos e prazos para a eliminação das 
substâncias controladas e, em face do apontado no PBCO, revisado em março de 1999, 
resolve: 

Art. 1º É proibida, em todo o território nacional, a utilização das substâncias 
controladas especificadas nos Anexos A e B do Protocolo de Montreal sobre 
Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, constantes do Anexo desta Resolução 
nos sistemas, equipamentos, instalações e produtos novos, nacionais ou importados: 

I ‐ em quaisquer produtos utilizados sob a forma aerossol, exceto para fins medicinais 
conforme estabelecido no art. 4º desta Resolução; 
II ‐ equipamentos e sistemas de combate a incêndio; 
III ‐ instalações de ar condicionado central; 
IV ‐ instalações frigoríficas com compressores de potência unitárias superior a 100 HP; 
V ‐ ar condicionado automotivo; 
VI ‐ todos os usos como solventes. 

Art. 2º Fica proibida, a partir de 1º de janeiro de 2001, em todo o território nacional, a 
utilização das substâncias controladas constantes dos Anexos A e B do Protocolo de 
Montreal nos sistemas, equipamentos, instalações e produtos novos, nacionais ou 
importados: 

I ‐ refrigeradores e congeladores domésticos; 
II ‐ todos os demais equipamentos e sistemas de refrigeração; 
III ‐ espuma rígida e semi‐rígida (flexível e moldada/pele integral); e 
IV ‐ todos os usos como esterilizantes.  
Parágrafo único. para fins desta Resolução, entende‐se como "novos", os produtos, 
sistemas, equipamentos e instalações, discriminados no art. 1º e neste artigo, 
produzidos e/ou instalados a partir de 1º de janeiro de 2001. 

Art. 3º Ficam restritas, a partir de 1º de janeiro de 2001, as importações de CFC‐11 
(triclorofluormetano), CFC‐12 (diclorodifluormetano), Halon 1211 
(bromoclorodifluormetano) e Halon 1301 (bromotrifluormetano) como se segue: 

I ‐ as importações máximas de CFC‐12 sofrerão reduções gradativas em peso, por 
empresa importadora/produtora, obedecendo ao cronograma constante das alineas 
"a" a "g" deste inciso e tendo como base a quantidade de CFC‐12 importada/produzida 
no ano de 1999, não podendo exceder a média de importação/produção dessa 
substância, por empresa, no período de 1995 a 1997: 
a) quinze por cento no ano de 2001; 
b) trinta e cinco por cento no ano de 2002; 
c) cinqüenta e cinco por cento no ano de 2003; 
d) setenta e cinco por cento no ano de 2004; 
e) oitenta e cinco por cento no ano de 2005; 
f) noventa e cinco por cento no ano de 2006; e 
g) cem por cento no ano de 2007. 
II ‐ ficam proibidas as importações de CFC‐12 a partir de 2007; 
III ‐ as importações de CFC‐11 serão permitidas apenas para suprir os consumos das 
empresas cadastradas junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis‐IBAMA e que tenham projetos de conversão às tecnologias livres 
dessa substância, em processo de implantação, ou em vias de apresentarem propostas 
para tal finalidade, até doze meses a partir da data de publicação desta Resolução; 
IV ‐ para o atendimento das aplicações apontadas como de (uso essencial), definidas 
no art. 4º desta Resolução. 

Art. 4º Consideram‐se "usos essenciais", para efeito desta Resolução, os usos e/ou 
aplicações permitidas para utilização das substâncias constantes dos Anexos A e B do 
Protocolo de Montreal, quais sejam: 
I ‐ para fins medicinais e formulações farmacêuticas para medicamentos na forma 
aerossol, tais como os Inaladores de Dose de Medida‐MDI e/ou assemelhados na 
forma "spray" para uso nasal ou oral; 
II ‐ como agente de processos químicos e analíticos e como reagente em pesquisas 
científicas; 
III ‐ em extinção de incêndio na navegação aérea e marítima, aplicações militares não 
especificadas, acervos culturais e artísticos, centrais de geração e transformação de 
energia elétrica e nuclear, e em plataformas marítimas de extração de petróleo – 
Halons: bromoclorodifluormetano (Halons 1211) e bromotrifluormetano (Halons 
1301). 

Art. 5º É proibida, com os países não signatários do Protocolo de Montreal, a 
importação e exportação de quaisquer das substâncias controladas ou de 
produtos/equipamentos que as contenham. 

Art. 6º É proibida a importação de substâncias controladas recicladas, exceto o 
bromoclorodifluormetano (Halon 1211) e o bromotrifluormetano (Halon 1301) para 
atendimento aos usos essenciais especificados no art. 4º, Inciso III desta Resolução. 

Art. 7º Em todo e qualquer processo de retirada de substâncias controladas no local da 
instalação ou em oficinas de manutenção e reparo, os fluidos refrigerantes ou de 
extinção de incêndios devem ser adequadamente recolhidos, acondicionados e 
posteriormente enviados para centros de incineração ou unidades de reciclagem 
licenciados pelo órgão ambiental competente.  

§ 1º Na ausência de incineradores ou centros de reciclagem licenciados pelos órgãos 
ambientais competentes, as substâncias a que se refere este artigo devem ser 
acondicionadas adequadamente em recipientes que atendam às normas NBR 12.790 e 
NBR 12.791, ou normas supervenientes. 

§ 2º Somente poderão ser utilizados para a comercialização de CFC‐11 e CFC‐12 
cilindros retornáveis de aço para gases comprimidos que atendam às normas técnicas 
NBR 12.790 e NBR 12.791, ou normas supervenientes. 

Art. 8º As empresas contempladas com recursos do Fundo Multilateral para a 
Implementação do Protocolo de Montreal‐FMPM ao substituírem os equipamentos, 
nos prazos estabelecidos nos respectivos projetos, ou adequarem tecnologias para 
operar sem as substâncias controladas, não mais poderão fazer uso destas, devendo os 
equipamentos substituídos serem retirados da linha de produção. 

Art. 9º As empresas que produzam, importem, exportem, comercializem ou utilizem as 
substâncias controladas relacionadas nos Anexos do Protocolo de Montreal, ou 
produtos que as contenham, especialmente no setor de serviços, em quantidade anual 
igual ou superior a duzentos quilogramas, deverão estar cadastradas junto ao IBAMA 
até doze meses a partir da data de publicação desta Resolução.  

§ 1º Estão dispensadas do cadastramento de que trata este artigo as empresas que 
operem, no total de suas unidades, com menos de duzentos quilogramas anuais de 
substâncias controladas, e também as empresas, como lojas e supermercados, que 
apenas comercializam produtos que contenham essas substâncias.  

§ 2º Para as substâncias controladas constantes do Grupo II do Anexo A do Protocolo 
de Montreal, quais sejam, Halon 1211, Halon 1301 e o dibromotetrafluoretano (Halon 
2402), o cadastramento junto ao IBAMA é obrigatório para qualquer quantidade 
importada, exportada, comercializada ou utilizada, conforme previsto em Instrução 
Normativa específica do IBAMA ou Norma equivalente. 

Art. 10 As empresas cadastradas devem fornecer anualmente ao IBAMA, até 30 de 
abril de cada ano, o inventário com os dados quantitativos relativos às substâncias 
controladas comercializadas e/ou utilizadas no período de 1º de janeiro a 31 de 
dezembro do exercício imediatamente anterior ao corrente. 

Parágrafo único. Para o atendimento das disposições previstas no art. 9º e no caput 
deste artigo, as empresas deverão responder aos formulários de Cadastro e de 
Inventário Anual de Empresas que Operam com Substâncias Controladas pelo 
Protocolo de Montreal, disponibilizados pelo IBAMA. 

Art. 11 As empresas vendedoras de substâncias controladas devem enviar ao IBAMA 
no final de cada semestre, correspondente aos períodos de 1º de janeiro a 30 de junho 
e de 1º de julho a 31 de dezembro, a relação das empresas que compraram 
substâncias controladas, com os respectivos códigos de cadastro do IBAMA e as 
quantidades adquiridas. 

Parágrafo único ‐ Nas operações comerciais com as substâncias controladas, as 
empresas compradoras deverão apresentar seu código de cadastro fornecido pelo 
IBAMA. 

 
Art. 12 O IBAMA e os Órgãos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente devem exercer 
atividades orientadoras e fiscalizadoras com vistas ao cumprimento do disposto nesta 
Resolução. 

Art. 13 O IBAMA colocará à disposição dos Órgãos Estaduais e Municipais de Meio 
Ambiente os dados oficiais de seu cadastro relativo às empresas de cada estado, a fim 
de auxiliar a participação destes órgãos nas ações de controle e fiscalização previstas 
nesta Resolução. 

Art. 14 Os OEMAs devem fornecer ao IBAMA dados e informações disponíveis e de 
interesse relativos às substâncias controladas nos respectivos estados. 

Art. 15 O não cumprimento ao disposto nesta Resolução sujeitará os infratores às 
penalidades previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, regulamentada pelo 
Decreto nº 3.179, de 21 setembro de 1999.  

Art. 16 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 17 Ficam revogadas as Resoluções CONAMA nºs 13, de 13 de dezembro de 1995 e 
229, de 20 de agosto de 1997. 

SUBSTÂNCIAS CONTROLADAS*

ANEXO A 
  
Grupo I 

   Substância Nome Comercial 

   CFCl3 CFC‐11 

   CF2Cl2 CFC‐12 

   C2F3Cl3 CFC‐113 

   C2F4Cl2 CFC‐114 

   C2F5Cl CFC‐115 

      

Grupo II     

   CF2BrCl Halon ‐ 1211 

   CF3Br Halon ‐ 1301 

   C2F4Br2 Halon ‐ 2402 

      

ANEXO B   
Grupo I 

   CF3Cl CFC ‐ 13 

   C2FCl5 CFC ‐ 111 

   C2F2 Cl4 CFC ‐ 112 

   C3FCl7 CFC ‐ 211 

Grupo II     
   CCl4 CTC ‐ tetracloreto de carbono 

Grupo III     

C2H3Cl3  
1,1,1 ‐ tricloroetano 
   (esta fórmula não se refere ao 1,1,2‐ 
(metilclorofórmio) 
tricloroetano) 

 
* As Substâncias Controladas listadas como anexo I são as mesmas integrantes 
daquelas apresentadas nos Anexos A e B do Protocolo de Montreal sobre Substâncias 
que Destroem a Camada de Ozônio, conforme ratificado pelo Governo brasileiro 
(Decreto nº 99.280, de 07 de junho de 1990).  

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