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º 21 797
Abstract: Pedro Lathaliza França, born in PARIS – FRANCE, son of Antônio Latha-
liza e Maria Fauxe, surgeon-mor that came to Brazil to exercise his profission of
doctor in interior of Minas Gerais, his life, his Will, his descendants.
de Curral Del Rey, que está no arquivo da Cúria Metropolitana de Belo Horizon-
te/MG:
“Testamento com que faleceu Pedro Lathaliza França, casado com Do-
na Mariana Ribeira de Carvalho, na Repartição de Matheus Lemes aos 13 de
julho de 1823.
“Em nome de Deus Amem. Eu Pedro Lathaliza França estando em meu perfeito
juízo e entendimento, porém gravemente enfermo e de cama e temendo-me da
morte faço este meu testamento, última e derradeira vontade na forma seguinte=
Declaro que sou natural e batizado na Cidade de Paris de França, filho legítimo
de Antônio Lathaliza e de Maria Fauxe, ambos já falecidos= Declaro que meu
corpo será envolto no hábito de Nossa Senhora do Carmo de quem sou indigno
irmão e acompanhado a sepultura pelo meu Reverendo Pároco ou quem suas
vezes fizer e os mais Clérigos que houverem no lugar, e me dirão Missa de cor-
po presente de esmola de mil e duzentos e os Clérigos que me acompanharem
me dirão hum oitavário de Missas de esmola de setecentos e cincoenta e se dará
e será na forma do costume = Declaro que sou casado com Dona Mariana Ri-
beira de Carvalho de cujo Matrimônio temos seis filhos os quaes são meus legí-
timos herdeiros= Declaro que deixo por meus testamenteiros em primeiro lugar
a minha mulher Dona Mariana e em segundo a meu filho Antônio e em terceiro
a meu filho João e o tempo de quatro anos para dar contas destas minhas dispo-
sições e lhe deixo de premio do seu trabalho cem mil reis ao qual aceitar a mi-
nha testamentária= Declaro que autorizo a sobredita minha mulher para tutôra
dos meus filhos menores por conhecer nela toda capacidade e entereza para
poder governar e conservar o que haja de theor tocar= Declaro que meu testa-
menteiro mandará dizer por minha alma cem Missas ditas aonde lhe for mais
cômodo de esmola de trezentos e vinte reis= Declaro de esmola ao meu enjeita-
do José Pedro dez mil reis= Declaro que todos os restantes da minha terça,
abatido huma cabra de nome Delfina que dei na dita minha terça a minha filha
Amariles, e hum crioulinho de nome Pocidonio a meu filho Pedro, e hum negro
de nome Francisco a meu filho João que lhes passei títulos, e satisfeitos os meus
legados e pagas as minhas dívidas, tudo que sobrar da sobredita minha terça
deixo a minha mulher Dona Mariana e nesta forma hei por revogado outro
qualquer testamento, sedula ou codicilio que antes tenha feito por querer que só
valha e tenha vigor e faltando nele alguma clausula em Direito aqui hei por
expressa e declarada como se dela fizesse menção para o que rogo as justiças
de S. Majestade Imperial façam cumprir digo dar inteiro cumprimento a todas
as minhas disposições aqui contidas escritas e declaradas por verdade roguei a
Manoel Ferreira Parada que este fizesse e eu assignei com minha mão e punho
neste Arraial de Santo Antônio de Matheus Leme aos 11 dias de junho de 1823.
Pedro Lathaliza França. Como testemunha que este fiz a rogo do sobredito Ma-
noel Ferreira Parada. Estava este testamento aprovado pelo Tabelião Bento
800 Pedro Lathaliza França
José de Castro e outra vez assinado pelo Testador Pedro Lathaliza França e
pelas testemunhas Ricardo Soares de Almeida, João Nepomuceno de Aguiar,
Bento Alves de Souza, Francisco Antônio França e Manoel Francisco Gomes.
E nada mais.
O Coadjutor Luiz Honorato da Silva
Abertura do Testamento em 13-JUL-1823: “Termo de Abertura; Aos treze dias
do mês de julho de mil oitocentos e vinte e trez anos foi aberto este Testamento
com que faleceu Pedro Lathaliza França na repartição da Capela do Morro de
Matheus Leme para se seguirem as disposições de seu funeral, estava costurado
e lacrado na forma de estilo. O que afirmo infide Paroachi Curral de Elrey. Sete
de agosto de mil oitocentos e vinte trez. O Coadjutor Luiz Honorato da Silva –
Numero cento e hum pagou oitenta reis de Sello – Ferreira Lupi = Cumpra-se –
Registre-se. Sabará dezessete de Outubro de mil oitocentos e vinte e trez.- Mo-
reira.
Aceitação de Testamenteiro: “Termo de Testamenteiro; Aos dezessete dias do
mês de Outubro de mil oitocentos e vinte e trez anos, nesta Fidelíssima Vila de
Sabará em Cartório Eclesiástico compareceu presente Manoel Venâncio Motta
e por ele me foi informado que em virtude dos poderes que lhe erão conferidos
na procuração bastante que adiante vai copiada de Dona Mariana Josefa Ribei-
ro de Carvalho, em nome da mesma vinha a este Juízo fazer aceitação da pre-
sente testamentária do Cirurgião-Mor Pedro Lathaliza França, obrigando-se
cumprir todo o determinado pelo Testador em seu Testamento, dentro do tempo
pelo mesmo consignado e a responder por todas as dependências da dita Testa-
mentária e renunciava a juízo de seu Foro qualquer privilégio que lhe haja de
conferir e se sujeitava deste, assina perante mim José Simplício Guimarães,
Escrivão do Juízo Eclesiástico escrevi, Manoel Venâncio Motta.“.
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Igreja matriz de Santo Antônio de Mateus Leme/MG, concluída em 1790, tombada pelo
IPHEA em 1976, nesta igreja foi sepultado Pedro Lathaliza França, falecido em 1823
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Casa França Ltda, casarão antigo, situado à rua Getúlio Vargas (antiga rua Direita) em
Mateus Leme/MG, de propriedade de descendentes do Cirurgião-Mór Pedro Lathaliza
França
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Casarão antigo, situado à rua Getúlio Vargas (antiga rua Direita), de propriedade da
família Aguiar, parentes de Claudina Emília Aguiar, casada com Antônio Lathaliza Fran-
ça, filho do Cirurgião-Mor Pedro Lathaliza França
Pedro Lathaliza França, veio para o Brasil, casou com uma mineira, mo-
rou em Itabira do Campo (Itabirito/MG), onde nasceram seus filhos João Evan-
gelista França e Claudina Cândida Lathaliza França, batizada em 28-AGO-1799,
depois mudou para Mateus Leme/MG, e praticava sua profissão de cirurgião-
mor no interior de Minas Gerais, atendia em uma área que abrangia, Esmeraldas,
Betim, Pitangui, Pompeu, Bom Despacho, Pará de Minas, São Gonçalo do Pará,
etc.. É fácil avaliar as dificuldades que enfrentou, além da língua, era raro naque-
la época haver médicos, principalmente no interior do país e o pagamento quan-
do a pessoa podia pagar, geralmente não era feito em dinheiro ou ouro, podia ser
em gêneros alimentícios ou animais como galinha, porco, carne de gado ou outra
coisa, a condução que existia era o cavalo, a carroça ou o carro de bois, e para
piorar a labuta do médico, a população era quase toda rural. Para se ter uma
idéia, Mateus Leme, fundada nos principio do século XVIII, por volta de 1710,
cidade onde ele residia; em 1822, um ano antes de sua morte, tinha somente
2.358 habitantes. Sua residência era na Rua Direita, perto da Igreja Matriz de
Santo Antônio. Para cuidar dos doentes, ele dependia do cavalo e sua área de
atuação era extensa. Ele era o médico de Joaquina Bernarda Silva de Abreu Cas-
telo Branco, a famosa Joaquina do Pompéu, mulher do Capitão Inácio de Olivei-
ra Campos, mulher riquíssima e poderosa que residia em Pompeu, distante 147
km de Mateus Leme. Pedro Lathaliza era também, sogro do Capitão Joaquim
Antônio de Oliveira Campos, filho de Joaquina do Pompeu, casado com sua
filha Claudina Cândida Lathaliza França. Encontramos no livro “Dona Joaquina
806 Pedro Lathaliza França
do Pompeu, escrito por Coriolano Pinto Ribeiro e Jacinto Guimarães, uma carta
escrita por Pedro Lathaliza para seu genro Joaquim Antônio de Oliveira Campos,
que transcrevemos a seguir e onde se poderá notar que ele não dominava muito
bem a língua portuguêsa: “Illmo. Sñr. Capm. Joaqm. Anto de Oliva. Campos.
Meu caro filho. Saúdo avme a ma. Fa. Claudina o meu Cpe, da Lagoa Seca a
Claudina Carolina Joaquina Bernarda. Xeguei a esta caza mto, mofino, mto, me
valeu o compadre, quero ver se pode ferrar o cavalo. O Te. Bento os saúda a
todos e vai levar as encomendas e fazer as contas com sua May. Os effeitos no
Rio estão melhores conforme as noticias que correm. Todos desta sua caza os
saudão e dezejão os ver, as mais recentes. So axei novessentos pregos que reme-
to. O Te. Levará mais se Ari Gomes trocer. Alias no Patafufo tem e o Parada
não axou no Sabará mais sem. No Patafufo que tem mto. Vms, asseitem hua viva
saudade minha. Mto, tenho sentido a afastando de minha Sócia. Sou seu pay
amte, e mto, obro. Pedro Lathaliza
Venha o pde. Ignácio com o Anto, que aqui todos os esperão. “
Apesar de ser cirurgião-mor, uma profissão que era exercida por poucas
pessoas naquela época, Pedro Lathaliza França não era homem de grandes pos-
ses, isto foi demonstrado em seu Inventário, datado de 1823 arquivado na Casa
de Borba Gato em Sabará/MG (CPON(10)456), onde os bens arrolados eram
uma morada de casas, situada à Rua Direita no Arraial de Mateus Leme, divi-
sando com os herdeiros de José Camilo da Rocha, no valor de 250 mil reis e 12
escravos. Devia 70 mil reis ao capitão Antônio Marques Reis; 92.625 reis a Pe-
dro Silvério de Carvalho e 25 mil reis ao capitão Teodoro Ribeiro de Carvalho.
O monte mor alcançou 6 contos e 85.896 reis, por causa dos escravos que na
época, de acordo com sua idade e qualidade valiam um bom dinheiro. No item
“Título de herdeiros” estão relacionados: a viúva Mariana e os filhos; Amarílis,
casada com Antônio Gomes Leite; Claudina, casada com Joaquim Antônio de
Oliveira Campos; Mariana Dometila França, casada com o Alferes José Nunes
de Carvalho; João Evangelista França, com 22 anos; Pedro Lathaliza França,
com 18 anos e Antônio Lathaliza França. O processo de seu Inventário “Contas
testamentárias”, cuja inventariante era sua viúva Mariana Josefa Ribeiro de Car-
valho é datado de 1832 e está arquivado na Casa de Cultura de Bonfim/MG. No
processo está o traslado de seu Testamento e a testamenteira foi notificada que
perderia o prêmio pois perdeu o prazo e faleceu sem prestar as contas, suceden-
do-lhe como testamenteiro o filho Antônio Lathaliza França.
Pedro Lathaliza França casou com Mariana Josefa Ribeiro de Carvalho,
nascida em 1763 e batizada em Itabira do Campo (Itabirito/MG), filha do capitão
Simeão Ribeiro de Carvalho e Joana Teresa de Azevedo. Simeão era natural e
batizado na freguesia de São João Batista, Concelho da Feira, Arcebispado de
Braga, batizado em 28-AGO-1720 em Vieira de Minho, era Capitão de Cavalaria
Auxiliar de Ligeiros do distrito de Itaubira e Paraopeba em 20-AGO-1765, fale-
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Itabirito/MG, antiga Itabira do Campo, onde nasceu Mariana Josefa Ribeiro de Carvalho,
mulher de Pedro Lathaliza França
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§ 2º
bens de Joaquina e ela teve que morar com a sogra. Como administrador dos
bens e testamenteiro de Joaquina, depois de sua morte, Joaquim Antônio teve
que demandar com o herdeiro T. C. Martinho Alves da Silva, porque estava
tomando prejuízo em seus negócios e não recebeu salário pelos serviços de vá-
rios anos como administrador da casa de Joaquina do Pompéu. No item 10 do
Processo de Libelo Civil de 1827, transcrito a seguir, cita até sua mulher Claudi-
na, para reforçar sua posição de autor da demanda, “Porque não foi só o Autor
com sua pessoa que se entregou a Administração do Casal, de sua falecida Mãe,
mas também sua mulher Dona Claudina no que dizia respeito ao regime da
Casa de portas a dentro, em fazer fiar, e tecer algodões, e o mais necessário na
forma do estilo, e tráfico da falecida Mãe comum, pois que o Autor não podia
acudir a tudo, muito principalmente depois que foi forçoso a fazer grande parte
da sua existência nesta Vila, por causa das demandas, que alguns Herdeiros,
começaram a propor contra o Casal comum, e que o Autor era obrigado a de-
fender.” Ainda bem que ganhou a Ação, porque os valores do inventário de
Joaquina do Pompeu, arquivado no Instituto Histórico de Pitangui, eram astro-
nômicos, atingindo muitos contos de reis, pois só em terras enfileirando as fa-
zendas arroladas existentes na região de Pitangui/MG, atingia a 20 por 8 léguas
de extensão, além das 4 fazendas existentes na região de Paracatu/Mg, gado
(60.000 cabeças), lavras de ouro no Batatal (Pitangui/MG) e em Paracatu/MG,
imóveis, ouro e escravos. Joaquim Antônio de Oliveira Campos, era Capitão da
1ª Companhia do 3º Regimento da Comarca do Rio das Mortes. JOAQUIM
ANTÔNIO e CLAUDINA, residiam na Fazenda do CHÔRO, mas mudaram
para a Fazenda do POMPÉU, para administrar os bens de JOAQUINA DO
POMPÉU, onde moraram de 1819 até o fim de 1824.
822 Pedro Lathaliza França
III- INÁCIO DE OLIVEIRA CAMPOS, casado 1ª vez com sua prima RITA DE
CAMPOS CORDEIRO VALADARES, filha do G. M. Joaquim Cordeiro Va-
ladares e Antônia de Oliveira Campos. O casal teve os seguintes filhos:
1(IV)- SEBASTIÃO DE CAMPOS CORDEIRO, que segue.
2(IV)- INÁCIO DE OLIVEIRA CAMPOS FILHO, que segue.
Filhos do 2º casamento de INÁCIO DE OLIVEIRA CAMPOS::
3(IV)- JOAQUIM ANTÔNIO DE CAMPOS, casado com LEOCÁDIA PE-
REIRA DA FONSECA, filha de Faustino Pereira da Fonseca e Maria
Duarte Maciel, pais de INÁCIO JOÃO, casado com LUIZA DE
OLIVEIRA MACHADO.
4(IV)- PEDRO HONÓRIO, faleceu solteiro.
5(IV)- ANTÔNIA, casada com CORNÉLIO PEREIRA DA FONSECA, fi-
lho de Faustino Pereira da Fonseca e Maria Duarte Maciel, pais de
GABRIEL, casado com RITA LUCAS DE OLIVEIRA, com os filhos
CASSILDA, HONORATA, LACERDINO, BENEVIDES, GERSI,
GLICÉRIA, LUCI, JOFRE, MARIA OSIAS e VALDEVINA; ISA-
BEL; MARIA; AFRA.
6(IV)- ÁLVARO, casado com SINHÁ, residiam em Abaeté/MG.
7(IV)- JOANA, casada com HORÁCIO CAMPOS CORDEIRO, residiam
em Abaeté/MG.
8(IV)- TEÓFILA, casada com ANTÔNIO MEDEIROS, pais de: TEÓFILO;
SINHÔ; XISTO; ANTÔNIO; JOSÉ MARIA; EMÍLIA e MARIA.
9(IV)- ALEXANDRE, casado com CÂNDIDA MARIA GUIMARÃES, fi-
lha de Cândido Tomaz Guimarães e Isabel Maria Guimarães, sem ge-
ração.
824 Pedro Lathaliza França
9(V)- JOAQUINA, casada com MIGUEL RIBEIRO, pais de: ANA; MARIA
DAS DÔRES; ANTÔNIO, casado com CONCEIÇÃO FERREIRA
LOBATO. JOAQUINA casou 2ª vez com JOSÉ LUIZ CHAVES, pais
de: MARIA JOSÉ; CECÍLIA; JOAQUINA; JOAQUIM; JOSÉ; FRAN-
CISCO; VIRGÍLIO e VIRGÍNIA.
2(V)-BENEDITO.
3(V)- BENEDITA.
4(V)-ANTÔNIO.
5(V)- JOSÉ.
6(V)- MARGARIDA.
IV- JOSÉ JOAQUIM, casado com ANA, filha de João Cordeiro Valadares e Maria
Moreira de Carvalho, pais de: MARIA; LUIZA e JOÃO.
IV- FERNANDO JOAQUIM, casado com ANA, filha de Antônio Garcia Cordeiro
Valadares e Maria Joaquina de Oliveira Machado, pais de: ROMUALDO; JO-
SÉ; HILDA e MARIA.
§ 3º
§ 4º
§ 5º
Filhos do 1º casamento:
1(IV)- MIGUEL PEREIRA DA SILVEIRA, que segue.
2(IV)- REGINA MARIA DE JESUS, falecida em 22-JUN-
1927. Casada com MARTINHO DE SOUZA ARRU-
DA.
3(IV)- CÂNDIDA GUILHERMINA DE JESUS, casada com
ANTÔNIO PEREIRA ARRUDA,
4(IV)- MARIA MAGDALENA DE JESUS, casada com AN-
TÔNIO BARBOSA SOBRINHO.
5(IV)- RITA SATURNINA DE JESUS, casada com VE-
NÂNCIO PEREIRA ARRUDA.
6(IV)- CONSTANCIA MARIA DE JESUS, faleceu solteira.
Filhos do 2º casamento:
7(IV)- JOÃO CAMILO DA SILVEIRA, casado com MARIA
CÂNDIDA DE JESUS.
8(IV)- ANTÔNIO CAMILO DA SILVEIRA, falecido em 8-
FEV-1903, com 26 anos.
9(IV)- JOSÉ CAMILO DA SILVEIRA, que segue.
10(IV)- CUSTÓDIA MARIA DE JESUS, casada com JOÃO
ALVES DE ARAÚJO.
11(IV)- MARIA BENFICA DE JESUS, casada com JUSCE-
LINO ALVES DE AGUIAR.
12(IV)- AURORA MARIA DE JESUS, casada com ANTÔ-
NIO JOSÉ DA SILVEIRA.
13(IV)- GALÍCANO CAMILO DA SILVEIRA, casado com
MARIA BENFICA DA CONCEIÇÃO.
14(IV)- CASTORINA MARIA DE JESUS, casada com AU-
GUSTO NOGUEIRA DE SOUZA.
15(IV)- GERCINO CAMILO DA SILVEIRA, falecido criança.
16(IV)- GERCINA MARIA DE JESUS, casada com RAI-
MUNDO NONATO GUIMARÃES.
17(IV)- OVIDIO CAMILO DA SILVEIRA, casado com DE-
MENCIANA FONSECA E SILVA.
18(IV)- CAMILO JOSÉ DA SILVEIRA, casado com MARIA
JOSÉ DAS GRAÇAS.
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§ 6º
de 415 mil reis. Deduziu do valor da terça, 30 mil reis para despesas, mais 10
mil reis para o prêmio do inventariante, 9.600 reis para missas, 70 mil reis para
despesas de funeral, no total de 119.600 reis, restando 296.210 reis, para ser
repartido entre a filha MARIA CÂNDIDA LATHALIZA FRANÇA e a neta
MARIA VIRGILINA DE JESUS, filha de João Batista da Silva Castro e Poli-
cena Lathaliza França, herdeiras da Têrça, nomeadas em testamento, ficando a
metade para a neta e afilhada Maria Virgilina de Jesus e metade para a filha
Maria Cândida Lathaliza França, recebendo cada uma 148.105 reis. Deduzindo
o valor líquido da Terça, cada herdeiro nomeado recebeu 83.162 reis. Maria
Cândida Lathaliza França, além dos 148.105 reis da Têrça, recebeu mais
83.162 reis como herdeira normal. Policena Lathaliza França, casada com João
Batista da Silva Castro, recebeu parte da casa de vivenda em Mateus Leme.
Maria Virgilina de Jesus, neta e afilhada de Claudina, recebeu parte da casa de
vivenda em Mateus Leme no valor de 62.105 reis e mais 86 mil reis, totalizan-
do 148.105 reis.
Lote situado à rua Getúlio Vargas(antiga rua Direita) em Mateus Leme/MG, onde estava
localizado o casarão, que foi demolido, cuja parte foi herdada por Maria Virgilina de
Jesus e a outra parte por sua mãe Policena Lathaliza França.
Lote vago situado à Rua Getúlio Vargas (antiga rua Direita) em Mateus Leme/MG, de
propriedade do Hospital Santa Terezinha, onde ficava provavelmente a casa de morada,
com 17 cômodos, do Cirurgião-Mor PEDRO LATHALIZA FRANÇA, cuja metade foi
herdada por sua bisneta MARIA VIRGILINA DE JESUS. Do lado, onde era o Beco,
pode ser vista a Delegacia de Policia de Mateus Leme e a pequena Estação da R.M.V.
mos vários documentos a partir de 1851 que têm sua assinatura; como teste-
munha na aprovação de testamentos e em escrituras de compra e venda, e a ro-
go de testador. O casal Marciano José da Silva e Maria Virgilina de Jesus, teve
os seguintes filhos, todos nascidos e batizados em Mateus Leme/MG;
1(V)- ELOE JOSÉ DA SILVA, nascido em 20-ABR-1859, batizado em 8-
MAIO-1859, tendo por padrinhos; Manoel Alves Diniz e Maria Joaqui-
na da Silva. Em 15-FEV-1880, Eloe foi padrinho de sua irmã caçula,
Maria do Carmo, nascida em 23-FEV-1880, juntamente com Maria Per-
pétua da Purificação.
2(V)-VIRGILINA MARIA DE JESUS, que segue.
3(V)- MARIA, nascida em 1863, tendo por padrinhos Rafael de Freitas Silvei-
ra e Carlota Carolina de Aguiar.
4(V)- ALEXANDRINO JOSÉ DA SILVA, batizado em 8-ABR-1865, tendo
por padrinhos: padre João José da Silva Araújo e sua mãe Ana Cândida
de Jesus.
5(V)- APRÍGIO JOSÉ DA SILVA, batizado em 29-OUT-1866, tendo por pa-
drinhos; padre João José da Silva Araújo e Joaquina Perpétua da Purifi-
cação, viúva de Camilo Xavier de Almeida.
6(V)- ENOK JOSÉ DA SILVA, que segue.
7(V)- OLÍMPIO JOSÉ DA SILVA, que segue.
8(V)- ERMELINO JOSÉ DA SILVA, nascido em 25-ABR-1874, batizado em
16-MAIO-1874, tendo por padrinhos Cândido Braga de Almeida e sua
mulher Maria das Dores de Jesus.
9(V)- MARIA DO CARMO, que segue.
Capela da comunidade rural de Buritis, em frente a provável sede da Fazenda Buritis, que
era propriedade de Manoel Pereira.
do por padrinhos Luiz Rodrigues Pereira e sua irmã Rita Maria Pereira;
TOBIAS, nascido em 16-JUN-1860.
João Rodrigues da Silva, tetraneto do Cirurgião-Mor Pedro Lathaliza França e sua esposa
Maria Amélia da Conceição, em 1930
898 Pedro Lathaliza França
João Rodrigues da Silva, tetraneto do Cirurgião-Mor Pedro Lathaliza França e sua esposa
Maria Amélia da Conceição, em 1960
Revista da ASBRAP n.º 21 899
6(VII)-EUNIR ENOQUE.
7(VII)-JOSÉ ALVES ENOQUE.
8(VII)-ALBERTO ENOQUE
9(VII)-CLÉIA ENOGUE.
10(VII)-MEIRE ENOQUE.
11(VII)-ANA MARIA ENOQUE.
Da esquerda para direita, o quarto Pergentino Enok da Silva, o sexto José Enok da Silva,
tetranetos do Cirurgião-Mor Pedro Lathaliza França, e assentadas, suas esposas, Orivalda
Nogueira da Silva e Laurinda Alves de Souza.
José Francisco de Freitas, tetraneto do Cirurgião-mor Pedro Lathaliza França e sua es-
posa Zeny Marques de Freitas.
Revista da ASBRAP n.º 21 915
José Francisco de Freitas, tetraneto do Cirurgião-mor Pedro Lathaliza França e sua filhas
Dirce e Helenita
José Francisco de Freitas, tetraneto do Cirurgião-mor Pedro Lathaliza França e seus netos
916 Pedro Lathaliza França
VI- GERALDO FRANCISCO ALVES, casado com MARIA APARECIDA, pais de:
CLAUDINA, CLAUDIANA e ALEXANDRINA.
FONTES:
Primárias:
1- Arquivo Público de Minas Gerais
2- Museu Regional de São João del Rei/MG
3- Museu do Ouro de Sabará/MG – Casa de Borba Gato
4- Instituto Histórico de Pitangui/MG
5- Museu de Pará de Minas/MG
6- Arquivo Público de Pará de Minas/MG
7- Instituto Cultural Maria de Castro Nogueira de Itaúna/MG
8- Casa de Cultura de Bonfim/MG
9- Arquivo da Cúria Metropolitana de Belo Horizonte/MG
10- Arquivo da Cúria de Mariana/MG
11- Arquivo da Cúria de Divinópolis/MG
12- Arquivo Judicial de Itapecerica/MG
13- Livros Paroquiais de Pitangui/MG
14- Livros Paroquiais de Itaúna/MG
15- Livros Paroquiais de Pará de Minas/MG
16- Livros Paroquiais de Mateus Leme/MG
17- Cartório Registro Civil de Itaúna/MG
18- Mapas de População em 1831 e 1832 de Itaúna, Betim, Pará de Minas, Mateus Leme,
Contagem, Belo Horizonte, Bonfim, Itapecerica, Desterro(Marilãndia), Divinópolis,
Itatiaiuçú
Livros e Revistas:
1- LEME, Luiz Gonzaga da Silva. Genealogia Paulistana. São Paulo, Dubrat e Cia, 9
volumes.
2- RIBEIRO, Coriolano Pinto e GUIMARÃES, Jacinto. Dona Joaquina do Pompeu. Belo
Horizonte, 1958.
3- COSTA, Joaquim Ribeiro. Toponímia de Minas Gerais. Belo Horizonte, 1970,
Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais.
4- FERREIRA, Washington Marcondes, Os Abreus de Taruaçu – I – Costados, artigo
publicado na Revista da Asbrap Nº 8 – Associação Brasileira de Pesquisadores de
História e Genealogia, São Paulo/SP, 2001.
AGRADECIMENTOS:
Agradeço a colaboração de meu sobrinho ALAN PENIDO, de meu primo AUREO
NOGUEIRA DA SILVEIRA e dos amigos, descendentes de PEDRO LATHALIZA
FRANÇA, residentes em Itaúna/MG.