DEGENERAÇÃO
DEGENERAÇÃO
DEGENERAÇÃO
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As agressões sofridas pelo organismo são reconhecidas por células e tecidos, os
quais montam uma resposta que, juntamente com o agente agressor, também podem
provocar lesões.
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Degeneração é a lesão reversível secundária a alterações bioquímicas que resultam
em acúmulo de substâncias no interior de células.
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As degenerações são classificadas em:
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Degeneração hidrópica
É uma lesão não letal mais comum diante dos mais variados tipos de agressão,
independentemente da natureza:
física, química ou biológica do agente agressor.
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Degeneração hidrópica pode ser provocada por grande variedade de agentes lesivos:
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Em todas essas situações, diferentes causas conduzem a um fenômeno comum:
retenção de sódio,
redução de potássio e
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Em geral, os órgãos aumentam de peso e volume,
as células são mais salientes na superfície de corte e
a coloração é mais pálida,
porque as células degeneradas, que ficam aumentadas de volume, comprimem os
capilares e diminuem a quantidade de sangue no órgão.
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Degeneração hialina
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O corpúsculo hialino de Mallory-Denk encontrado tipicamente em hepatócitos de
alcoólatras crônicos, é formado por:
filamentos intermediários (ceratina) associados a outras proteínas do
citoesqueleto.
Além do alcoolismo, é visto também na esteato-hepatite não alcoólica, na cirrose
juvenil da Índia e no carcinoma hepatocelular.
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A degeneração hialina de fibras musculares esqueléticas e cardíacas resulta de
endotoxinas bacterianas e de agressão por linfócitos T e macrófagos (p. ex.,
miocardite e miosite chagásicas).
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Ao microscópio de luz, muitas vezes é difícil distinguir necrose hialina de degeneração
hialina acentuada. Os miócitos em apoptose podem também ter aspecto hialino.
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Em indivíduos com proteinúria, encontra-se degeneração hialina no epitélio tubular
renal por endocitose excessiva de proteínas.
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Degeneração mucóide
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Esteatose
é o acúmulo de gorduras neutras (mono, di ou triglicerídeos) no citoplasma de células
que, normalmente, não as armazenam. A lesão é comum no fígado, no epitélio tubular
renal e no miocárdio, mas pode ser encontrada também em músculos esqueléticos e
no pâncreas.
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Apesar de ser uma lesão reversível, em agressões mais graves a esteatose pode
evoluir para morte celular.
O excesso de ácidos graxos pode gerar ceramida, que é potente indutor de apoptose.
No fígado, os hepatócitos repletos de gordura podem se romper e formar lagos de
gordura (cistos gordurosos), podendo ocorrer reação inflamatória com células
gigantes.
Em alguns casos de esteatose difusa e grave (p. ex., esteatose aguda da gravidez),
pode haver manifestações de insuficiência hepática.
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No etilismo crônico, a esteatose hepática muitas vezes se acompanha de fibrose
pericelular, especialmente centrolobular, que pode evoluir para cirrose.
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Lipidoses
São acúmulos intracelulares de outros lipídeos que não triglicerídeos. Em geral, são
representados por depósitos de colesterol e seus ésteres, sendo raros acúmulos de
lipídeos complexos, como esfingolipídeos e gangliosídeos, que se formam em
doenças metabólicas.
Depósitos de colesterol
Os depósitos localizados de colesterol e seus ésteres podem ser formados em
artérias (aterosclerose), na pele (xantomas) e em locais com inflamações crônicas.
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Aterosclerose
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Xantomas
São lesões encontradas na pele sob a forma de nódulos ou placas que, quando
superficiais, têm coloração amarelada.
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Esfingolipidoses
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O diagnóstico é confirmado a partir da cultura de células do paciente (p. ex., da pele),
nas quais pode ser feita a pesquisa de enzimas lisossômicas.
Embora as lesões possam ser sistêmicas, são mais graves em alguns órgãos:
em neurônios do sistema nervoso central na doença de Fabry,
na doença de Niemann-Pick e
na doença de Tay-Sachs;
em macrófagos do fígado e do baço, na doença de Gaucher.
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Glicogenoses
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Mucopolissacaridoses
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REFERÊNCIAS
FARIA, José Lopes de;. Patologia geral: fundamentos das doenças, com aplicações
clínicas.. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.