Anatomia para Massoterapia

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INDICE

• O Massoterapeuta precisa conhecer a anatomia do corpo


humano?

• Sistema Tegumentar
▫ Funções do Tegumento
▫ Epiderme
▫ Derme
▫ Receptores Sensoriais
▫ Glândulas

• Sistema Músculo-esquelético
▫ Ossos
▫ Músculos
▫ Tendões e Bursas
▫ Ligamentos
▫ Articulações

• Sistema Linfático
▫ Principais funções do sistema linfático
▫ Anatomia do sistema linfático
1. Linfa
2. Vasos linfáticos
3. Ductos Linfáticos
4. Orgãos Linfáticos
5. Linfonodos

▫ Para que serve a drenagem linfática


▫ Principais doenças do sistema linfático
▫ Quando ir ao médico
O Massoterapeuta precisa conhecer a anatomia do corpo
humano?

Muita gente acaba não pensando nisso, mas o massoterapeuta precisa conhecer
muito bem a anatomia do corpo humano para fazer um bom trabalho e assim elevar
a saúde e qualidade de vida dos seus clientes.

Uma das coisas que ensino para as meus alunos é a amar o corpo humano e as
estruturas que nele habitam. Aquele corpo que deita na maca é um grande
instrumento de trabalho e devemos honrar o que nosso paciente nos entrega de
mais precioso. O corpo e a saúde dele.

Fazer uma boa massagem não é só ir colocando a mão e chacoalhando para lá e


para cá, mexendo e fazendo as manobras sem perceber o que tem embaixo das
suas mãos. Eu não formo este tipo de profissional.

Ensino uma massagem que tem objetivo, que o profissional saiba onde está
tocando e o que está fazendo, para isso é preciso sim conhecer anatomia do corpo
humano, sistema linfático, muscular e ósseo.

Vamos começar pela pele, que além de ser o maior e mais pesado órgão do corpo
humano, é onde o massoterapeuta vai tocar para ter acesso ao corpo do seu
cliente/paciente. Além dessas informações, também é preciso saber sobre as suas
4 principais funções, que são:

- proteção;
regular a temperatura corporal;
defesa;
capacidade de detectar sinais que criam as percepções da temperatura,
movimento, pressão e dor.

Visto que a pele nos dá percepções de dor, como e onde vai ser o seu toque para
não gerar desconforto para o seu cliente? Sempre falo que uma boa massagem não
gera dor e que não é normal deixar o corpo roxo.
Outro ponto importante e que deve receber a devida atenção de um bom
profissional é a presença de órgãos vitais na região do abdômen, entre eles o
intestino, que costuma ser um ponto de muitas queixas entre pacientes.

Com certeza você já deve ter ouvido as frases “meu intestino não funciona direito,
meu intestino é preguiçoso, fico dias sem ir ao banheiro…” Esta paciente pode ser
beneficiada com uma massagem intestinal, mas é preciso saber exatamente como
fazer para poder atingir o resultado esperado. Mais um exemplo de como é
importante que o massoterapeuta conheça a anatomia humana.

Também temos o sistema nervoso, o sistema muscular e o sistema ósseo cada um


deles com suas particularidades, e, cada paciente vai ter uma queixa diferente e
para isso é necessário um olhar atento e que saiba qual a melhor maneira de
trabalhar em cada caso. Pode ser que uma dor em algum nervo esteja sendo
causada por um músculo tensionado, ou que dores nos ossos tenham origem em
articulações. Tudo está interligado.

Um bom massoterapeuta também precisa conhecer muito bem o sistema linfático,


pois é dele que vamos retirar as impurezas e é ele que vai garantir aquela foto de
antes de depois que gostamos de fazer das nossas clientes.

Durante a massagem levamos o inchaço do corpo (líquido) para os linfonodos e de


lá ele é eliminado através do xixi, suor e fezes. mas, se o profissional não sabe
exatamente como fazer isso, esse líquido vai apenas trocar de lugar no corpo do seu
cliente, sem gerar o resultado desejado.
Sistema Tegumentar
O sistema tegumentar é composto pela pele e anexos (glândulas, unhas, cabelos,
pelos e receptores sensoriais) e tem importantes funções, sendo a principal agir
como barreira, protegendo o corpo da invasão de microrganismos e evitando o
ressecamento e perda de água para o meio externo.
O tegumento é composto por camadas: a mais externa, a epiderme é formada por
tecido epitelial, a camada subjacente de tecido conjuntivo é a derme, seguida por
um tecido subcutâneo, também conhecida como hipoderme.
Funções do Tegumento

• Envolve e protege os tecidos e órgãos do corpo;


• Protege contra a entrada de agentes infecciosos;
• Evita que o organismo desidrate;
• Controla a temperatura corporal, protegendo contra mudanças bruscas de
temperatura;
• Participa da eliminação de resíduos, agindo como sistema excretor também;
• Atua na relação do corpo com o meio externo através dos sentidos,
trabalhando em conjunto com o sistema nervoso;
• Armazena água e gordura nas suas células.

Epiderme
A epiderme é constituída de tecido epitelial, cujas células apresentam diferentes
formatos e funções. Elas são originadas na camada basal, e se movem para cima,
tornando-se mais achatadas à medida que sobem. Quando chegam na camada
mais superficial (camada córnea) as células estão mortas (e sem núcleo) e são
compostas em grande parte por queratina. Entre a camada basal (mais interna) e a
córnea (mais externa), há a camada granulosa, onde as células estão repletas de
grânulos de queratina e a espinhosa, na qual as células possuem prolongamentos
que as mantêm juntas, dando-lhe esse aspecto.
As células da camada córnea são eliminadas periodicamente, tal como em répteis
que trocam a pele, ou continuamente em placas ou escamas, como acontece nos
mamíferos assim como nos humanos.

Derme
Observe na figura a seguir um corte transversal da pele visto ao microscópio. A
parte superior (mais escura) é a epiderme e a parte mais clara representa a derme,
com as papilas dérmicas em contato com as reentrâncias epidérmicas.
A derme é constituída de tecido conjuntivo fibroso, vasos sanguíneos e linfáticos,
terminações nervosas e fibras musculares lisas. É uma camada de espessura
variável que une a epiderme ao tecido subcutâneo, ou hipoderme. Sua superfície é
irregular com saliências, as papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias da
epiderme.

Receptores Sensoriais
são ramificações de fibras nervosas, algumas se encontram encapsuladas
formando corpúsculos, outras estão soltas como as que se enrolam em torno do
folículo piloso. Possuem função sensorial, sendo capazes de receber estímulos
mecânicos, de pressão, de temperatura ou de dor. São eles: Corpúsculos de Ruffini,
Corpúsculos de Paccini, Bulbos de Krause, Corpúsculos de Meissner, Discos de
Merkel, Terminais do Folículo Piloso e Terminações Nervosas Livres. Veja a figura a
seguir:
Glândulas
São exócrinas já que liberam suas secreções para fora do corpo. As glândulas
sebáceas são bolsas que secretam o sebo (substância oleosa) junto aos folículos
pilosos para lubrifica-los. Já as glândulas sudoríparas têm forma tubular enovelada
e secretam o suor (fluido corporal constituído de água e íons de sódio, potássio e
cloreto, entre outros elementos) através de poros na superfície da pele. O suor ajuda
a controlar a temperatura corporal.

SISTEMA MUSCULO-ESQUELÉTICO
O sistema musculoesquelético dá forma, estabilidade e movimento ao corpo
humano. Ele é constituído pelos ossos (que formam o esqueleto), músculos,
tendões, ligamentos, articulações, cartilagem e outros tecidos conjuntivos do corpo.
O termo “tecido conjuntivo” é usado para descrever o tecido que suporta e liga
tecidos e órgãos entre si. É composto, essencialmente, por colágeno e fibras
elásticas, que são compostas por diferentes proteínas.

Ossos
Os ossos, embora resistentes, são formados por um tecido em constante mudança
que tem várias funções. Os ossos servem como estruturas rígidas para o corpo e
como escudos para proteger órgãos internos delicados. Eles fornecem alojamento
para a medula óssea, onde as células sanguíneas são formadas. Os ossos também
mantêm o reservatório de cálcio do corpo.
Em crianças, alguns ossos têm áreas chamadas placas de crescimento. Os ossos
se alongam nessas áreas até que a criança atinja sua altura total, quando as placas
de crescimento se fecham. Depois disso, os ossos crescem em espessura, não
mais em comprimento, com base na necessidade corporal de resistência óssea
adicional em certas zonas.

Os ossos possuem duas formas:

• Plana (como as placas do crânio e as vértebras)


• Tubular (como o fêmur e os ossos do braço, que são chamados ossos
longos)
Alguns ossos tem uma combinação desses. Todos os ossos têm basicamente a
mesma estrutura.
A parte externa dura (osso cortical) consiste em grande parte de proteínas, como
colágeno, e uma substância chamada hidroxiapatita, que é composta
principalmente por cálcio e outros minerais. A hidroxiapatita é amplamente
responsável pela força e densidade dos ossos.
A parte interna dos ossos (osso trabecular) é menos rígida e menos densa do que a
parte externa dura, mas ainda contribui significativamente para o fortalecimento dos
ossos. A redução na quantidade ou qualidade do osso trabecular aumenta o risco de
fraturas (quebras).
A medula óssea é o tecido que preenche os espaços no osso trabecular. A medula
óssea contém células especializadas (incluindo células-tronco) que produzem
células sanguíneas. Os vasos sanguíneos fornecem sangue para o osso e nervos
que o envolvem.

Você sabia que...


• A estrutura óssea se ajusta ao longo da vida em resposta à atividade e ao
esforço mecânico (por exemplo, exercícios de sustentação de peso).

Sistema esquelético

Os ossos passam por um processo contínuo conhecido como remodelação. Nesse


processo, o tecido ósseo velho é gradualmente substituído por tecido ósseo novo.
Todos os ossos do corpo são completamente reformados a cada 10 anos.
Para manter a densidade e a força ósseas, o corpo requer um fornecimento
adequado de cálcio, outros minerais e vitamina D e deve produzir quantidades
adequadas de vários hormônios, como hormônio da paratireoide, hormônio do
crescimento, calcitonina, estrogênio e testosterona. Atividades físicas (por exemplo,
musculação para as pernas) ajudam a fortalecer os ossos através da remodelação.
Com a atividade e quantidades ideais de hormônios, vitaminas e minerais, o osso
trabecular se desenvolve em uma complexa estrutura entrelaçada que é leve, porém
resistente.
Os ossos são cobertos por uma fina membrana chamada periósteo. As lesões
ósseas são doloridas devido aos nervos de “identificação” de dor localizados
principalmente no periósteo. O sangue entra nos ossos através dos vasos
sanguíneos que entram pelo periósteo.

Classificação dos ossos por forma


Músculos

Existem três tipos de músculos:

• Esquelético
• Liso
• Cardíaco (coração)
Dois desses tipos — esquelético e liso — são parte do sistema musculoesquelético.

Sistema muscular

3D MODEL:

O músculo esquelético é o que a maioria das pessoas conhecem como músculo, o


tipo que pode ser contraído para mover as várias partes do corpo. Os músculos
esqueléticos são feixes de fibras contráteis organizados em um padrão regular, de
modo que, quando visualizadas em um microscópio, aparecem como listras (por
causa disso, eles também são denominados músculos estriados ou listrados). Os
músculos esqueléticos variam em suas velocidades de contração.
Os músculos esqueléticos, que são responsáveis pela postura e pelo movimento,
estão ligados aos ossos e dispostos em grupos opostos em torno das articulações.
Por exemplo, os músculos que dobram o cotovelo (bíceps) são contrapostos pelos
músculos que o estendem (tríceps). Esses movimentos opostos são equilibrados. O
equilíbrio torna os movimentos suaves, o que ajuda a evitar danos ao sistema
musculoesquelético.
Os músculos esqueléticos são controlados pelo cérebro e são considerados
músculos com movimento voluntário, pois funcionam com um controle consciente
da pessoa. O tamanho e a força dos músculos esqueléticos são mantidos ou
aumentados pela prática regular de exercícios físicos. Além disso, o hormônio do
crescimento e a testosterona ajudam os músculos a crescerem na infância e a
manterem o seu tamanho na fase adulta.
Os músculos lisos controlam certas funções corporais que não estão sob o controle
imediato de uma pessoa. O músculo liso envolve muitas artérias e se contrai para
ajustar o fluxo de sangue. Ele envolve os intestinos e se contrai para transportar
alimentos e fezes ao longo do trato digestivo.
O músculo liso também é controlado pelo cérebro, mas não voluntariamente. Os
desencadeadores da contração e do relaxamento dos músculos lisos são
controlados por necessidades do corpo, assim, os músculos lisos são considerados
músculos involuntários, pois funcionam sem o controle consciente da pessoa.
O músculo cardíaco constitui o coração e não faz parte do sistema
musculoesquelético. Assim como o músculo esquelético, o músculo cardíaco tem
um padrão regular de fibras, que também aparecem como listras no microscópio.
No entanto, o músculo cardíaco se contrai e relaxa ritmicamente de forma
involuntária.
Sistema musculoesquelético
Tendões e bursas

Os tendões são cordões de tecido conjuntivo resistentes compostos principalmente


por uma proteína rígida, chamada colágeno. Os tendões ligam firmemente as
extremidades dos músculos aos ossos. Eles estão, muitas vezes, localizados no
interior de bainhas, que são lubrificadas para permitir que os tendões se movam
sem atrito.

Você sabia que...


• Os tendões conectam as extremidades dos músculos aos ossos ao passo que
os ligamentos conectam ossos a outros ossos.

As bursas são pequenos sacos cheios de líquido que podem estar sob um tendão,
amortecendo-o e protegendo-o de uma lesão. As bursas também fornecem
amortecimento extra para estruturas adjacentes, que, na sua ausência, poderiam se
esfregar umas contra as outras, causando desgaste e dilaceração – por exemplo,
entre um osso e um ligamento ou entre uma saliência óssea e a pele sobrejacente
(como nos cotovelos, joelhos ou região dos ombros).

Ligamentos
Ligamentos são cordões fibrosos resistentes compostos por tecido conjuntivo que
contém fibras elásticas e de colágeno. As fibras elásticas permitem que os
ligamentos se alonguem até certo ponto. Os ligamentos ficam ao redor das
articulações e as mantêm juntas. Eles ajudam a fortalecer e estabilizar as
articulações, permitindo movimentos somente em determinadas direções. Os
ligamentos também ligam um osso ao outro (como no interior do joelho).

Articulações
Articulações são as junções entre dois ou mais ossos. Algumas articulações
normalmente não se movem, como as localizadas entre as placas do crânio. Outras
articulações permitem uma ampla e complexa gama de movimentos.
A configuração de uma articulação determina o grau e o sentido do movimento
possível. Por exemplo, as articulações do ombro, que têm um formato de esfera e
soquete, permitem rotações para dentro e para fora, bem como os movimentos dos
braços para frente, para trás e para os lados. As articulações dobradiças dos
joelhos, dedos das mãos e dedos dos pés permitem apenas dobrar (flexão) e abrir
(extensão) os dedos.
Articulação do ombro

VÍDEO

Os componentes das articulações proporcionam estabilidade e reduzem o risco de


danos por uso constante. Em uma articulação, as extremidades dos ossos são
cobertas por cartilagem. Cartilagem é um tecido liso, resistente, elástico e protetor
composto por colágeno, água e proteoglicanos que reduz o atrito durante o
movimento das articulações. (O colágeno é um tecido fibroso resistente e os
proteoglicanos são substâncias que ajudam a dar resistência à cartilagem.)
As articulações também têm um revestimento (tecido sinovial) que as envolve para
formar a cápsula articular. As células do tecido sinovial produzem uma pequena
quantidade de líquido claro (líquido sinovial) que nutre a cartilagem e reduz ainda
mais o atrito, facilitando o movimento.

Dentro do joelho
O joelho é projetado para sua própria proteção. Ele é completamente cercado por
uma cápsula articular que é flexível o suficiente para permitir o movimento, porém
resistente o suficiente para manter a articulação unida. A cápsula é revestida por
tecido sinovial, que secreta o líquido sinovial para lubrificar a articulação. Uma
cartilagem resistente ao desgaste recobre as extremidades do osso da coxa
(fêmur) e do osso da canela (tíbia), ajudando a reduzir o atrito durante o
movimento. Amortecedores de cartilagem (meniscos) atuam como almofadas
entre os dois ossos e ajudam a distribuir o peso do corpo na articulação. Sacos
cheios de líquido (bursas) fornecem amortecimento entre estruturas como a tíbia
e o tendão ligado à rótula (tendão patelar). Cinco ligamentos ao longo das laterais
e da parte de trás do joelho reforçam a cápsula articular, adicionando
estabilidade. A rótula (patela) protege a parte frontal da articulação.
SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático é um conjunto de órgãos, tecidos, vasos e canais que se
distribuem pelo corpo para ajudar a filtrar e remover o excesso de líquidos e
impurezas do organismo.
Além disso, o sistema linfático também contribui para a formação das células de
defesa do organismo, como os linfócitos, que são responsáveis pela defesa e
combate de microrganismos que podem causar doenças.
Evitar o contato com produtos químicos como agrotóxicos ou produtos de limpeza,
beber bastante água, e manter um estilo de vida saudável, com uma alimentação
balanceada e práticas de atividades físicas regulares, são medidas importantes que
ajudam a manter o sistema linfático saudável e prevenir doenças.

Principais funções do sistema linfático


A principal função do sistema linfático é coletar e filtrar o excesso de líquido do
corpo, através da linfa, e, depois, transferi-lo para o sangue. Outras funções do
sistema linfático incluem:
• Absorver a gordura do intestino e transportar para o sangue, contribuindo
para produção de linfócitos e desenvolvimento da imunidade;
• Transportar e remover resíduos e células “com defeito” do organismo.
O sistema linfático é uma parte importante do sistema imunológico, produzindo e
liberando linfócitos e outras células de defesa que combatem bactérias, vírus,
parasitas e fungos, ajudando na prevenção de diversos tipos de doenças, como
câncer, gripe e resfriado.
Anatomia do sistema linfático
O sistema linfático é composto por células, vasos, tecidos e órgãos, que
desempenham variadas funções. Os principais componentes desse sistema
incluem:
1. Linfa
É um líquido transparente que é formado por água, nutrientes e substâncias
produzidas pelas células, como hormônios e enzimas, e que percorre através da
circulação linfática.
Função: a linfa ajuda a drenar o excesso de água e resíduos do organismo, além de
transportar os glóbulos brancos para todo o corpo, ajudando a combater infecções.
2. Vasos linfáticos
Os capilares são vasos linfáticos pequenos e finos que coletam a linfa, e à medida
que percorrem o caminho para levar a linfa para o coração, aumentam de tamanho e
formam os vasos linfáticos.
Função: os capilares e os vasos linfáticos coletam e levam a linfa para ser filtrada
nos linfonodos. Ao final do trajeto e filtração, os vasos linfáticos liberam a linfa, já
filtrada, nos dutos torácicos, estrutura que vai do abdômen ao pescoço.

3. Dutos linfáticos
São grandes canais linfáticos, conhecidos como duto linfático esquerdo e duto
linfático direito, onde os vasos linfáticos esvaziam a linfa, já filtrada. Esses dutos se
conectam ao coração, por onde a linfa passa antes de retornar para a corrente
sanguínea.
Função: o duto torácico coleta e conduz a maior parte da linfa do corpo para o
sangue, ajudando a manter o volume de sangue e a pressão arterial normais, além
de evitar o acúmulo de líquido, conhecido como edema.
4. Órgãos linfáticos
Os órgão linfáticos são órgãos, distribuídos ao longo do trajeto dos vasos linfáticos,
que são estimulados sempre que há uma infecção ou inflamação. Os principais
órgãos linfáticos são:

• Medula óssea: é um tecido macio e esponjoso localizado dentro de ossos


longos, como quadril e o esterno, que tem a função de produzir as diversas
células sanguíneas, incluindo os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e
as plaquetas;
• Timo: é uma glândula localizada na parte superior do tórax, que tem a função
de desenvolver e multiplicar os linfócitos T, células da medula óssea que
ajudam a combater microrganismos, especialmente nos primeiros anos de
vida;
• Baço: é o maior órgão linfático, localizado na parte superior esquerda do
abdômen, acima do estômago, sendo responsável por produzir os linfócitos,
além de filtrar o sangue, eliminando micro-organismos e células
envelhecidas;
• Apêndice: o apêndice contém tecido linfóide que ajuda a combater bactérias
antes de chegarem ao intestino. Além disso, acredita-se que o apêndice
também armazena bactérias benéficas, ajudando a equilibrar a flora
intestinal, após uma infecção.
Existem ainda as tonsilas, conhecidas também como amígdalas, que são
aglomerados de nódulos linfáticos, localizados na boca, além das placas de Peyer,
que estão situadas no intestino, e que também são responsáveis por produzir
células do sistema imune e auxiliar na proteção contra microrganismos.
5. Linfonodos
Os linfonodos são pequenas glândulas encontradas em regiões como axila, virilha e
pescoço que são responsáveis por filtrar a linfa, removendo bactérias, vírus e
células cancerígenas, além de produzirem e armazenarem linfócitos e outras células
do sistema imunológico que combatem os microrganismos presentes na linfa.
Para que serve a drenagem linfática
A drenagem linfática é um procedimento que consiste na realização de uma
massagem com as mãos, com movimentos suaves, que tem como objetivo
estimular e facilitar a circulação da linfa pelos seus vasos, e chegar mais
rapidamente à corrente sanguínea.
Como o sistema linfático não tem um bombeamento, como o que é feito pelo
coração, esta massagem pode ajudar no retorno de linfa, principalmente em
pessoas que têm fragilidade destes vasos e tendência à retenção de líquidos,
ajudando a diminuir inchaços no rosto ou no corpo. Veja como é feita a drenagem
linfática.

doenças do sistema linfático


Algumas situações podem provocar alterações no funcionamento do sistema
linfático, resultando em doenças, como:
1. Filariose
A filariose, também conhecida como elefantíase, é uma das principais doenças do
sistema linfático, sendo causada pelo parasita Wuchereria bancrofti, que é
transmitido para as pessoas por meio da picada do mosquito do gênero Culex sp.
Nessa doença, o parasita atinge os vasos linfáticos e bloqueia o fluxo da linfa,
causando inchaço do órgão que teve sua circulação obstruída. Conheça os
sintomas e saiba como tratar a filariose.
2. Câncer
Alguns tipos de câncer podem acontecer nos vasos e órgãos da circulação linfática,
como o linfoma, um tipo de câncer onde a multiplicação dos linfócitos é aumentada,
comprometendo a circulação linfática e resultando na formação do tumor, podendo
levar a sintomas, como mal estar, coceira e perda de peso. Conheça outros
sintomas e as principais causas do linfoma.
Além disso, alguns tipos de câncer também podem bloquear os canais linfáticos,
atrapalhando a circulação da linfa.
3. Alergias
Alergias são reações do organismo contra substâncias, como poeira, pólen e
fumaça de cigarro, podendo causar situações, como rinite alérgica, asma,
conjuntivite e dermatite.
As alergias acontecem quando o organismo aumenta a produção das células de
defesa para tentar combater as substâncias, levando a inflamação e sintomas como
espirros, corrimento nasal, entupimento do nariz ou dificuldade ao respirar.
4. Linfonodos aumentados
Os linfonodos estão aumentados, devido a infecções, como faringite, mononucleose
ou infecção por HIV, ou ainda podem estar aumentados devido a uma infecção ou
câncer.
Já a linfadenite é uma inflamação causada por microrganismos nos nódulos ou
glândulas linfáticas, que ficam aumentados e moles.

5. Malformação do sistema linfático


Malformações do sistema linfático também podem causar alterações na circulação
da linfa, podendo acontecer devido a alterações nos vasos ou gânglios linfáticos. Ao
prejudicar a circulação da linfa para a corrente sanguínea, essas situações podem
causar o linfedema, que é o inchaço gerado pelo acúmulo de linfa e líquido no corpo.
6. Lesões em órgãos do sistema linfático
Lesões em órgãos do sistema linfático, como medula óssea, baço e linfonodos,
causadas por pancadas ou como consequência de tratamentos com medicamentos,
também podem alterar a circulação linfática.
Mulheres que passam pelo tratamento de câncer de mama com radioterapia ou
retirada dos gânglios linfáticos da região da axila, por exemplo, podem apresentar
alterações na capacidade de drenagem da linfa.

Quando ir ao médico
É importante procurar a orientação de um médico ao apresentar cansaço extremo
ou sinais como inchaço por muito tempo, sem causa aparente ou que atrapalhe as
atividades diárias, perda de peso e febre.

Referencias Bibliograficas:

Ligamentos - Distúrbios ósseos, articulares e musculares - Manual MSD Versão Saúde para a
Família (msdmanuals.com) Por Alexandra Villa-Forte , MD, MPH, Cleveland Clinic

• RIZZO, C, Donald. Fundamentos de anatomia e fisiologia. 3.ed. São Paulo: Cencage Learning,
2012. 330-346.
• CLEVELAND CLINI. Lymphatic System. Disponível em:
<https://my.clevelandclinic.org/health/articles/21199-lymphatic-system#anatomy>. Acesso
em 10 dez 2021
• MAIA, Raul. Atlas de anatomia humana. 1.ed. São Paulo: DCL, 2013. 108-114.

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