27 - Apologética

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Apologética -1-

NOME - Aluno (a): ______________________________________________Data: ____/___/______


Apologética -2-

Índice

1. O que o “G – 12” ?..................................................................................................................3


2. O que “Nova Era” ? ............................................................................................................6
3. O que é Neopentecostalismo? ......................................................................10
4. A Teologia da Prosperidade..............................................................................13
5. Biblicamente Existem Maldições Hereditárias ?..........17
6. Batalha Espiritual ou Valorização dos Demônios?...20
7. O que são os Católicos Carismáticos?............................................23
8. A Importância do Discernimento Bíblico................................27
9. A Igreja de Deus como Voz Profética Para o Mundo..........30
10. Quais são os Aspectos da Verdadeira Igreja de Deus.....33
Apologética -3-

1. O QUE O “G – 12” ?

O que o G 12?

Alguns segmentos evangélicos vivem em função de ondas espirituais. O que eles sempre
alegam é que Deus está dando uma nova revelação para a sua obra. Até este ponto, tudo bem.
Cremos de fato que Deus dá diretrizes para a sua obra, entretanto, o que nos preocupa são os
movimentos que se denominam como “únicos”, e os seus líderes se comportam como se toda
verdade estivesse só do lado deles. Várias ondas já surgiram e desapareceram. A explicação é
simples, na sua maioria, são sem consistência teológica, sobrevivem só enquanto durar a febre ou
até que uma outra onda apareça. Uma das mais recentes novidades que atingiu esses segmentos
e merecem uma atenção especial por parte da Igreja é o G-12.

1. Uma síntese histórica do G-12

O passado mais recente da história do G-12 está ligado a um pastor da Colômbia, que relata
em seus livros e conferências ter recebido através de visões, estratégias para o crescimento da
Igreja nos dias atuais. Conforme ele próprio relata, no ano de 1983 ele teve uma experiência com
Deus que o chamava para pastorear. No ano de 1991, ele recebeu as diretrizes para entrar no
processo de multiplicação.
a) Porque G-12
Segundo o idealizador do movimento, o G-12 foi uma estratégia dada por Deus: “Pedi direção do
Senhor, e Ele prometeu dar-me a capacidade de preparar a liderança em menos tempo. Pouco
depois abriu um véu em minha mente dando-me o entendimento em algumas áreas das Escrituras,
e perguntou-me: quantas pessoas Jesus Treinou? Começou desta maneira a mostrar-me o
revolucionário modelo da multiplicação através dos doze”.
b) O G-12 no Brasil
No Brasil esta visão foi abraçada, principalmente, pelos movimentos neopentecostais. Segundo
conta, um dos expoentes mais influente desta visão no Brasil, certa vez, enquanto orava, Deus
falou com ele sobre a importância de um “ato profético” que marcasse o inicio de uma nova fase na
conquista da nação. Dentre os detalhes desta visão, este “ato” simbolizava o sepultamento da
estrutura da Igreja herdada de Roma, com “caixão e tudo” significando que a estrutura atual da
Igreja está ultrapassada. E não apenas isso, ela está também fora dos propósitos de Deus.
c) Os conceitos da visão dos 12
A visão tem por princípio dividir a Igreja em pequenos grupos. O pastor da igreja escolhe doze
pessoas para treina-las, produzindo nelas a sua visão e o seu caráter. Cada pessoa devidamente
treinada se torna líder de uma célula. O trabalho desse líder será de fazer esta célula se
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multiplicar, através da escolha de seus doze. Estes outros doze trabalha também visando a
multiplicação, e assim sucessivamente. Segundo essa visão “um pastor não pode discipular, de
fato, mais do que doze pessoas. Se isso fosse possível, Jesus o teria feito”. Essa premissa não é
uma verdade bíblica, pois no princípio da Igreja não foi assim (At 2.41; 4.4; 9.31; 11.21-23).

2. Encontro ou desencontros?

A palavra “encontro” faz parte da linguagem da nossa visão, afirmam eles. Para que o
crente tenha êxito em todas as áreas de sua vida, é preciso que ele passe por alguns encontros,
que são retiro de três dias, durante os quais o novo crente compreende a dimensão do significado
do arrependimento, recebe cura interior e é liberto de qualquer maldição que tenha imperado em
sua vida.

a) A integração na visão
Para se encaixar dentro da visão a pessoa tem que passar por várias etapas: O pré-
encontro, realizado no templo ou na célula, onde a pessoa recebe orientações para o encontro. O
“Encontro”, um retiro espiritual por três dias em uma chácara onde só podem participar as pessoas
que já passaram pelo pré-encontro. A ênfase das administrações está nas áreas de
arrependimento, quebra de maldições, cura interior e batismo no Espírito Santo. No encontro, a
pessoa também toma conhecimento da visão. E, por último, o pós-encontro, realizado no templo
ou em outro lugar conveniente com objetivo de ensinar às pessoas a lidar com os contra-ataques
de Satanás.

b) Métodos Antibíblicos
Existem métodos que são utilizados nos “encontros” que fogem totalmente aos padrões
bíblicos e que são motivos de questionamento. Dentre eles, “a cura interior” que envolve regressão
psicológica, atividade que só pode ser exercida por profissionais da área de psicologia, mesmo
assim com riscos para a pessoa. Todos nós precisamos de saúde espiritual, porém ela não
depende de nenhum ritual, conforme (Ef. 2.4-6).

c) Métodos estranhos
Ainda faz parte dos rituais do “encontro”, a pessoa escrever os seus pecados em pedaços
de papel e depois queimar em uma fogueira acesa para este fim. Esta prática procura anular a
eficácia do sangue de Jesus: “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está temos comunhão um
com os outros, e o sangue de Jesus Cristo seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I Jo 1.7).

3. Os desvios doutrinários do G-12

Apesar das veementes defesas que as lideranças deste movimento têm feito, não há
como negar os grandes problemas que ele tem trazido à obra de Deus (I Co 14.33). Essa
afirmativa, não é nenhuma leviandade, mas é a constatação da prática de igrejas que se dividiram,
crentes que desviaram desiludidos e nas igrejas que entraram para a visão, os crentes que não
quiseram passar pelos encontros foram descriminados (I Co 1.10). Vejamos alguns problemas do
G-12.
a) Exclusivismo
Para os líderes do G-12, essa é a visão de Deus para este momento da Igreja. E não
apenas isto, mas a única saída para o crescimento, veja o que escreveu o seu líder maior em um
de seus livros: “A frutificação neste milênio será tão incalculável, que a colheita só poderá ser
alcançada por aquelas igrejas que tenha entrado na visão celular. Não há alternativa: a igreja
celular é a igreja do século XXI”. Esquecem-se eles que, quem dá crescimento à Igreja é Deus (I
Co 3.6), Ele é a razão da multiplicação da Igreja (I Co 3.7).

b) Desvios doutrinários
Desviar-se da doutrina é deixar de ensinar e trilhar na boa doutrina e escolher
caminhos próprios de interpretação (Tt 2.1). Na medida em que as práticas adotadas nos
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encontros exigem da pessoa: quebra de maldição hereditária, regressão psicológica, escrever o
pecado em pedaços de papel e depois queimá-los, todo o passado de vida cristã é
desconsiderado. Quanto a isto a Bíblia nos ensina que o nosso passado foi esquecido por Deus
em Cristo, quando o confessamos (Hb 8.12; 10.14,17).

c) Divisão no corpo de Cristo


Um gravíssimo problema que tem acontecido no Brasil depois da chegada da visão G-
12, é a divisão nas igrejas locais (Rm 16.17). É sabido de todos, que as igrejas inteiras que
tentaram implantar a visão se dividiram, umas chegando quase a desaparecer ao tentarem se
reerguerem, pagaram um alto preço (I Co 16.9). Contabiliza-se ainda um número muito grande de
pessoas que se afastaram de vez da Igreja (Hb 10.25).

4. O parecer da convenção nacional em relação ao G-12

A Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, preocupada e com muito zelo
pela obra de Deus, resolveu em Assembléia Geral o seu parecer contrário ao movimento G-12.
Isso caracteriza o cuidado com o “rebanho de Deus” (I Pe 5.2-4).
a) Quanto a Cura Interior
O grupo utiliza-se de hipnose e aplica a técnica de regressão etária para ensinar aos
que participam do encontro à libertação de perdão contra ofensas recebidas desde a fase
embrionária, ao pai, à mãe, aos irmãos, aos familiares e até mesmo a Deus. A cura interior que
nós cremos e a Bíblia respalda á aquela operada pelo Espírito Santo (Jo 16.8-13; Rm 8.1; I Co
2.16; Fp 3.12-14; Hb 4.12; 9.14), onde não precisa de ajuda do homem.

b) Quebra de maldição
De acordo com o manual que rege os encontros, eles usam citações bíblicas (Êx
20.1-5) sobre o tema, e dizem: “a maldição é a permissão dada ao Diabo para causar danos à vida
das pessoas”. Caem em contradição na mesma referência bíblica, pois o versículo 5, na parte b,
afirma que é o próprio Deus quem amaldiçoa. Fica, portanto bem claro que a liderança do
movimento não aprecia os princípios da hermenêutica. Cristo anulou na cruz todo o efeito de
nossos pecados, quando de nossa entrega incondicional a Ele (Pv 3.33; II Co 5.17; Cl 3.13; Hb
7.25).

c) A fogueira para queimar pecado


Eles registram seus pecados em uma folha de papel, e esta é lançada,
posteriormente, em uma fogueira preparada previamente. No momento de tal ação dizem: “estão
anulados todos os argumentos sobre a minha vida”; “e deve-se cantar um hino de vitória”. A
doutrina da salvação é por si mesma completa, sendo desnecessário inovações (fogueira, etc.),
pois pelo sangue de Jesus Cristo “a obra redentora” foi consumada (Jo 19.30; At 20.28; Hb 10.14; I
Jo 1.7; Ap 5.9).

A Igreja precisa estar alerta quanto às novidades que surgem de tempos em tempos,
para não abandonar aquilo que a Bíblia ensina. Os tempos são difíceis, exatamente como previa
Paulo a Timóteo. Para não sofrermos danos na vida espiritual, necessário se faz, termos muita
cautela e acima de tudo, apego à Palavra de Deus. Toda inovação nestes últimos dias deve ser
vista como cumprimento das profecias que nos alertam para o surgimento de falsos mestres e
falsos pastores. Todo cuidado é pouco!
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2. O QUE “NOVA ERA” ?

 Símbolos da NOVA ERA

As heresias são tão antigas, quanto o próprio homem. Mescladas com a verdade, usando a
religião e penetrando dentro da própria ciência parece sempre oferecer respostas para as grandes
questões da vida. O movimento “Nova Era” é hoje, uma espécie de um guarda-chuva, que sob si,
abriga todos os tipos de heresias e apostasias. Devemos, portanto, não dar ouvidos a espíritos
enganadores e a doutrinas de demônios.

1. Conhecendo as Origens da Nova Era

Quando se estuda qualquer seita, geralmente é fácil encontrar informações a respeito


delas. Isso não acontece com o movimento da Nova Era. Isto porque, diferentemente das seitas,
onde há fatos precisos, o movimento da Nova Era tem muito poucos destes elementos. Mas, sua
ausência não faz desta seita um movimento qualquer. O movimento Nova Era tem exercido uma
admiração no meio dos intelectuais, principalmente, através das suas literaturas, hoje muito
divulgadas entre aqueles que estão dentro desta ciranda mística. Vamos buscar compreender um
pouco deste movimento que é hoje um dos maiores sinais da vinda de Cristo (Mt 24.24).

a) Porque Nova Era?


O nome “Nova Era”, que no inglês é “New Age”, serve exatamente para designar a era de
aquários, que segundo seus divulgadores será uma era iluminada. Não é assim que a Bíblia
entende, ao contrário, ela chama a presente era de tempos difíceis (I Tm 3.1-8). A Igreja espera,
portanto, aternidade com Cristo nos céus (I Ts 4.17).

b) Seus idealizadores e atuais divulgadores


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Apesar de antiqüíssima, quanto as suas crenças, a Nova Era teve na pessoa de Helena
Petrovina Blasvastky, uma russa que nasceu no ano de 1831 e viveu até o ano de 1891, o seu
expoente maior. No ano de 1875, morando no cidade de Nova York, ela fundou a sociedade
Teosófica. A Teosofia ensina que todas religiões têm verdades e princípios comuns. No Brasil,
são diversos os seus divulgadores, sendo o mais conhecido deles, Paulo Coelho e Lauro
Trevisan.

c) Qual é o Objetivo da Nova era


O objetivo idealizador da Nova é Era alcançar o estabelecimento de uma Nova Ordem Mundial,
e é, justamente, neste sentido, que o planeta está caminhando. Só que a pretensão do
movimento vai mais longe, quer também só uma religião com um só líder, e, na área da política,
pretendem um governo central. É claro que, na medida em que o palco vai sendo armado e
suas peças vão sendo colocadas, a Igreja vê o cumprimento das profecias bíblicas (II Ts 2.2-4)

2. Os enfoques contraditórios da Nova Era

Segundo Mcdowell: “uma seita é uma perversão, uma distorção do cristianismo bíblico
e ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja Cristã”. A Nova era, do ponto de vista teológico se
constitui num verdadeiro sincretismo religioso, misturando filosofias orientais com espiritismo,
cristianismo e outras doutrinas e religiões.

a) O que ensinam sobre Deus


Para a Nova Era, Deus é tudo e tudo é Deus. A natureza é Deus e Deus é a
natureza, ou seja, o Criador e a criação se misturam. Isto revela o ensino “Panteísta”, onde tudo é
Deus. Entretanto, a Bíblia mostra o contrário, a natureza revela o poder criador de Deus (Rm
1.19,20). Para esse “movimento herético”, Deus não é uma pessoa, apenas uma fonte de energia
cósmica de onde emanaram as demais coisas existentes. Para nós, cristãos Deus é uma pessoa
da Trindade (Gn 1.26), o soberano Criador do universo (Sl 33.6,9), através do qual todas as coisas
subsistem.

b) O que ensinam sobre Jesus


Para os seguidores da “Nova Era”, Jesus não é uma pessoa única e distinta. A Ele se
assemelham os grandes mestres espirituais que já existiram tais como: Buda, Maomé, Krishna e
outros mestres que existem até hoje. Ele é simplesmente um iluminado, como muitos. Para eles,
todos estes possuíram também uma percepção cristológica, não sendo um atributo exclusivo de
Jesus. Eles ensinam que o primeiro e bom mestre de todos os tempos, e guardado por eles é
Maytreya, o novo Cristo. Entretanto, a Bíblia nos ensina que Jesus é Deus: “Eu e o Pai somos um”
(João 10.30). Ele é o Salvador e a propiciação pelos nossos pecados (I João 2.2). Ele é o criador e
sustentador de todas as coisas (Cl 1.16,17).

c) O que ensinam sobre a Bíblia


Eles não valorizam a Bíblia como sendo a Palavra de Deus (II Pe 1.21).
Simplesmente emprestam a ela uma interpretação esotérica. Há alguns escritos de Paulo Coelho,
o mago da Nova Era, que utiliza textos da Bíblia e até capítulos inteiros, mas nunca dando a
interpretação literal do texto sagrado (II Pe 2.1). Eles dão às Palavras de Jesus o sentido que elas
não têm. Rechaça a Bíblia quanto à questão do diabo, afirmando que essa é uma idéia do
passado. Todas as definições Bíblicas são mitológicas: pecado, salvação, céu, inferno,
ressurreição, juízo, etc. O Salmista, no entanto declara: “Para sempre, ó Senhor tua palavra
permanece no céu” (Sl 119.89).

3. As distorções na doutrina da Salvação

Para Nova Era, o problema do homem é porque ainda não evoluiu suficientemente,
ele ainda vive no plano inferior. Mas na medida em que cresce em sua divindade, porque todos
têm em si a divindade latente, estará com todos seus problemas resolvidos, inclusive a sua
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salvação. Em tudo isso a Bíblia afirma o contrário; o homem só resolverá os seus problemas em
Cristo (Jo 15.1-5).

a) Pecado, um problema antigo


Não é de hoje que o diabo leva o homem no cabresto do engano, já no Jardim do
Éden ele trabalhou o coração do homem, despertando nele o desejo frenético de ser igual a
Deus: “Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abriram os vossos olhos, e
sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.5). Esse sentido tem aflorado de forma cada
vez mais intensa nos corações dos homens na medida em que a Igreja avança rumo aos fins dos
tempos.

b) O que dizem sobre a salvação


A salvação para Nova Era está dentro do próprio homem, na medida em que ele
evoluir rumo a sua divindade, já que seu problema é a ignorância da mesma, estará atingindo o
seu estado de perfeição. É neste ponto que, o Espiritismo e a Nova Era: equiparam-se na
questão reencarnação. É o princípio de que, através de sucessivas encarnações, a alma humana
vai se aperfeiçoando até atingir o seu estado máximo de consciência de sua divindade cósmica.
A Bíblia é totalmente contra a este princípio, ela diz que “aos homens está ordenado morrerem
uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hb 9.27).

d) O Enfoque verdadeiro
A Bíblia nos mostra que na plenitude dos tempos, Cristo morreu, embora nada
tivéssemos que nos recomendasse, na verdade tínhamos tudo contra nós. Acontece que a morte
de Cristo na cruz foi um ato de amor que nos possibilitou encontrar em Jesus, o único e
suficiente salvador de nossas almas.

4. É já a última hora.

João escreveu, advertidamente: “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que


vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que já é
última hora” (I Jo 2.18). Evidente que a referência que João faz a “anticristo” pode ser entendida
como aqueles que se opõem a cristo, ou querem se colocar no lugar de Cristo (II Ts 2.1-11).

a) Busquemos fortalecer nossa fé

Causa-nos espanto e preocupação como os falsos ensinos atacam a fé, (I Tm


1.19). Infelizmente, nem todos estão devidamente arraigados na Palavra (Cl 1.23). É hora do
povo de Deus se decidir mais ao estudo da Bíblia, porque só ela tem o antídoto contra as
venenosas filosofia humanistas. O lugar da Palavra no culto tem que ser assegurado, pois Deus
mesmo disse: “O meu povo foi destruído, porque lhes faltou o conhecimento...” (Os 4.6).

b) Devemos renovar nossa esperança

A terra está ferida pela maldade do homem, a violência campeia num verdadeiro
processo de auto destruição (I Jo 5.19). É hora de renovar nossas esperanças nas preciosas
promessas divinas (I Ts 5.1-4).

c) Vivendo em discernimento

O diabo sempre trabalha com o plágio, com a imitação, com a aparência,


Transfigurando, muitas vezes, em anjo de luz (II Co 11.14). É preciso tomar cuidado com o
relativismo, não chamar o mal de bem, não chamar o pecado de simples ignorância e não
misturar o santo com profano (Tt 1.15).

O tempo aguardado pela Igreja de Cristo, não é o mesmo aguardado pela Nova Era,
nós aguardamos “a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e
nosso Senhor Jesus Cristo”. Enquanto eles pregam sucessivas reencarnações para se chegar ao
divino, nós aguardamos a ressurreição dos que já morreram em Cristo, e a transformação dos
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crentes vivos para o arrebatamento glorioso da Igreja. Enquanto eles pregam que a solução está
dentro do próprio homem, a Igreja descansa na graça salvadora do sangue de Cristo.

Exercício 1


1. O G 12 ensinam que os seus adeptos devem escrever seus pecados em papel e depois será
queimados em fogueiras .
Esta Informação É:
[ ] Verdadeira
[ ] Falsa

2. Qual é o Objetivo da Nova Era?


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3. O que a Nova Era ensina sobre Deus?


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4. O que a Nova Era ensina sobre a Bíblia?


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5. Qual é um grande escritor brasileiro que faz parte da Nova Era?


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3. O QUE É NEOPENTECOSTALISMO?

Estamos vivemos no período do cumprimento bíblico da a era dos modismos teológicos, e


uma grande avidez por novidades. É preciso provar e testar se que o se pretende é bíblico. É
importante estar alerta com as principais tendências doutrinárias que têm afetado a igreja nos dias
atuais, confrontando-as com o legítimo cristianismo. Precisamos fazer uma avaliação “à luz da
Bíblia” das nossas práticas cristãs, é nelas que iremos encontrar o modelo da igreja ideal. Apesar
de sermos parte de um mundo totalmente diferente da “era cristã”, a mente de quem concebeu fez
isto de forma tão perfeita, que qualquer prática estranha adotada incomoda, causando rejeição.

1. A Origem e Fundamento do Pentecostalismo

A declaração da Bíblia nos enfatiza o pentecostes, dizendo: “Cumprindo-se o dia de


Pentecostes, estava todos reunidos no mesmo lugar... E todos foram cheios do Espírito Santo e
começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At
2.1-4). Eis aqui o inicio da história do maior e mais puro avivamento já experimentado pela Igreja
de Cristo aqui na terra, fruto da busca e da obediência (At 1.4-8), eles foram os primeiros irmãos
em Jerusalém, na festa do Pentecostes (Lv 23.15,16).

a) A origem do Pentecostes baseado na doutrina dos apóstolos


Dentro do NT existem duas palavras gregas empregadas para doutrina. A primeira é
“didaskalia”, e a Segunda “didache”, ambas significam tanto o ato como o conteúdo do ensino. A
referência de Lucas: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42a). Havia uma constante
preocupação dos apóstolos quanto à infiltração de falsos ensinos (I Tm 1.3,4), o que os levou a
escrever cartas às Igrejas estabelecidas, fazendo surgir através delas um sistema doutrinário
fundamentado naquilo que Cristo começou a ensinar (At 1.1) e que ficou como tarefa para os seus
apóstolos concluírem (At 28.31).

b) O Pentecostes e a União
É quase impossível ler a história da Igreja Primitiva e não encontrar fortes traços de uma
comunhão verdadeira. A palavra comunhão usada por Lucas: “e perseveraram... na comunhão” (At
2.42) do grego é ”Koinonia” que segundo estudiosos pode ser entendida num sentido absoluto,
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como parte essencial da vida de adoração. É fácil entender isto pelas muitas alusões bíblicas
quanto às ações da Igreja no sentido de apoiar a as pessoas individualmente (At 4.32); e não
apenas isto, mas na “Koinonia” a pessoa era constrangida pelo Espírito a compartilhar o vínculo
comum e íntimo de companheirismo com sua comunidade (At 4.34,35).

b) O Pentecostes e Oração
Um dos pontos fortes do pentecostalismo primitivo foi à vida devocional, incluindo aí a
oração (At 2.42b). A Igreja nasceu em uma atmosfera de oração (At 1.12,13). Foi em resposta às
orações, que o Espírito Santo desceu no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Consultando a história da
Igreja vemos que existia uma observância rígida a períodos estritos de oração (At 3.1). A razão da
manifestação do Espírito Santo conferindo à Igreja poder para dar testemunho de Cristo estava
ligada à vida de oração de seus membros (At 4.31).

2. A Origem do Pentecostalismo no Brasil

O movimento pentecostal no Brasil teve inicio no ano de 1911, com a chegada de dois
jovens suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren. Eles assumiram o desafio do Espírito Santo para
serem missionários em terras brasileiras. Suas vidas estavam ardendo no poder Pentecostal, e,
em uma reunião de oração, foram levantados pelo poder do Espírito Santo para trazerem ao Brasil
a mensagem pentecostal. Esse avivamento mudou a história da igreja evangélica brasileira.

a) O Resultado da Evangelização da Igreja


A grande marca do movimento Pentecostal no Brasil foi o despertamento para a
evangelização (Lc 4.18). Não foi necessário mais que trinta anos para que o trabalho das
Assembléias de Deus, pioneiras do Movimento Pentecostal, estivesse espalhado por todas as
capitais do Brasil (At 13.52).

b) A Igreja Vivendo na Palavra


A Igreja pentecostal no Brasil se estruturou e cresceu em cima de práticas bíblicas (Mt
7.24). A ênfase da sua mensagem era basicamente no arrependimento, na transformação, na
santificação, no batismo no Espírito Santo, nos dons espirituais, na esperança na volta de Cristo e
no dever que cada crente tinha de pregar o Evangelho (I Co 2.4,5; Rm 8.14).

c) Vocação de ser apenas igreja


Essa talvez seja uma das grandes virtudes de uma igreja triunfante, conhecer seu espaço e
papel (I Pe 2.5). A igreja que perde a noção da sua importância como igreja, cedo ou tarde deixara
de triunfar no papel a que foi destinada para se ver refém de uma vocação a que não foi chamada
(I Co 7.20-23; Gl 5.13).

3. A Origem do Neopentecostalismo

Traçamos nas linhas anteriores o perfil do pentecostalismo histórico, suas origens, sua
mensagem e suas práticas. Sabe-se que é resultado de movimentos que começaram a acontecer
nos Estados Unidos por volta das décadas de 60 e 70. No Brasil mais recente, por volta do ano de
1975. A principal característica foi a mudança no enfoque doutrinário, principalmente com relação a
fé.

a) O Inicio
O surgimento do neopentecostalismo no Brasil está primeiramente ligado à sujeição da
cultura norte-americana. No tempo teológico não tem sido diferente, a Igreja acaba consumindo o
que se produz nos EUA. Dentro desse contexto, segundo alguns estudiosos, está uma gama de
fatores, que estão ligados á fragilidade teológica da Igreja, à vocação mística do brasileiro,
obsessão pela praticidade e pelo utilitarismo. O “evangelho neopentecostal” volta todas suas
atenções para uma cultura de consumo e sucesso (Fp 1.15).
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b) A Variação do Neopentecostalismo
Por ser excessivamente tolerante o neopentecostalismo se tornou um movimento de
inclusão, aceitando no seu seio todo tipo de pensamento e prática. Por ser pluralista é um
movimento que agrega, sem critérios, toda nova visão que aparece, desde que a mesma venha
acompanhada de uma virtual autoridade (I Jo 4.1). É um movimento que não valoriza a reflexão
bíblica, até porque a Bíblia é um instrumento adaptado aos propósitos de sua teologia, e se nega a
sujeitar àquilo que realmente ela diz, enfocando apenas o que se quer (I Tm 4.1,2).

c) Mensagem Atraente
A ênfase de sua mensagem recai, quase que exclusivamente na fé, como um instrumento
não de salvação, mas de trazer para a existência a prosperidade financeira a e saúde perfeita (I Co
2.5).O movimento trabalha muito mais a dimensão física de pessoa do que a sua dimensão
espiritual (I Tm 4.8). “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos
os homens” (I Co 15.19).

4. Quais são as Inovações do Neopentecostalismo

É preciso salientar que a obra de Deus precisa de dinamismo, criatividade, estratégias e


fervor. Não se pode prescindir os dons, da capacidade, do arrojo dos homens e das mulheres de
Deus (I Ts 5.12,13). Entretanto, é preciso se resguardar de práticas que não contam com o apoio
bíblico. Já no Antigo Testamento temos o exemplo dos filhos de Arão, Nadabe e Abiú, que
morreram por se apresentarem a Deus com fogo estranho (Lv 10.1,2). É necessário entender que
funcionalidade não é garantida de prática correta.

a) Uma inovação chama outra inovação


Igrejas que fundamentam seus cultos, seus trabalhos, suas programações exclusivamente
em cima de inovações pagarão um alto preço, o dia em que elas deixarem de existir (I Tm 6.3-5).

b) A valorização dos símbolos


Embora o Antigo Testamento seja rico em tipologia, exatamente com função de tornar
mais fácil a comunicação de Deus com seu povo (Hb 10.1), no Novo Testamento esses símbolos
ficaram reduzidos basicamente a três: Água no batismo, o pão e o vinho na Santa Ceia (I Jo 5.7,8).
Só que o neopentecostalismo inovou, criando um conjunto de práticas que jamais se viu na
história, boa parte destas inovações cheiram a superstições e alguns símbolos e objetos passam a
servir de amuletos.

c) As fantasias teológicas
O neopentecostalismo, por não Ter a preocupação quanto às doutrinas, restringe
basicamente a sua teologia em verdadeira fantasia, a deificação humana: “você não tem um Deus
dentro de você. Você é um Deus”. Ensinam o rebaixamento de Cristo: “O crente foi uma
encarnação tanto quanto foi Jesus de Nazaré”. A fé de Deus: “Deus é um ser dotado de fé”,
afirmam os pregadores do movimento da fé. Enfatizam ainda a quebra de maldição hereditária, a
confissão positiva, a fé na fé e tantas outras aberrações teológicas.
É importante salientar que nossa reflexão visa dar elementos para que possamos avaliar
práticas e métodos não endossáveis pela Bíblia Sagrada. Não é intenção nossa, ser juiz e nem ir
contra aqueles que sinceramente procuram fazer a obra de Deus imbuídos de honestidade. É
preciso reconhecer aqueles que estão verdadeiramente comprometidos com uma visão sadia.
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4. A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

A teologia da prosperidade, ou teologia da saúde e prosperidade, como também é


chamada, é um ensino que, entre tantas coisas, afirma que o crente não pode adoecer, passa por
privações, dificuldades financeiras ou outros tipos de adversidade. Segundo este ensino, a
presença destas situações na vida do cristão é sinal de que ele fracassou na fé ou carrega consigo
algum tipo de pecado. Conquanto, seja uma mensagem atrativa, ela trás consigo muitos desvios
doutrinários. A Igreja, portanto, precisa estar alerta.

1. Raízes Históricas da Teologia da Prosperidade

Ao discorrermos sobre a “teologia da prosperidade”, não estamos tratando propriamente


de uma seita. Estamos sim, cuidando de advertir contra as distorções dos ensinos que ela traz
para perverter a genuína fé cristã (At 20.28-30). O seu surgimento está ligado a um conjunto de
valores, como: pessoas, lugares e épocas. Situar historicamente se torna o primeiro passo a ser
dado para sua compreensão e perceber que, qual uma onda, procura esconder as verdades mais
singelas de um Evangelho simples e descomplicado, propondo um outro evangelho (II Co 11.3,4).

a) O surgimento de uma heresia


Paulo escrevendo aos Gálatas, exorta, exatamente, àqueles que mudam repentinamente do
Evangelho da Graça para “outro evangelho” (Gl 1.6-8). No grego “outro” é heteron, “outro de um
tipo diferente”. Por volta da década de 40 um pregador por nome Essek William Kenyon passou a
ensinar que a saúde e a prosperidade são direitos de todos os crentes, nascia o chamado
“Movimento da Fé”. Muitos outros vieram e formaram a imensa galeria dos tais chamados
“pregadores da prosperidade”. No Brasil, principalmente, no chamado movimento neopentecostal é
grandemente difundida essa teologia.

b) Como se manifestou essa heresia


Esta heresia, como todo falso ensino, surgiu a partir de revelações extrabíblicas e práticas de
uma hermenêutica desonesta que força a interpretação do texto, mutilando o seu sentido. Essek
William Kenyon, pai desses ensinos, teve sua vida e ministério fortemente influenciados pelas
seitas “Ciência de mente” e “Ciência Cristã”. A partir dele, de Keneth Hagin e outros, O “Evangelho
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da Prosperidade”, como também é conhecido, ganhou fama e peso nos movimentos
neopentecostais.

c) A razão do crescimento
Estas heresias crescem tanto por algumas razões básicas: Primeiro: porque é muito atrativo,
satisfaz exatamente aquilo que o homem mais gosta, uma vida financeira tranqüila (Lc 12.16-19).
Segundo: porque as pessoas não parecem tão dispostas a assumirem as regras do verdadeiro
discipulado (Mc 10.21,22). Terceiro: mudança de conceito, o temporal passa a Ter mais valor do
que o eterno. O exemplo da Igreja Primitiva nos ensina exatamente o contrário (At 2.44-46).

2. Os Pressupostos de Teologia da Prosperidade

Na medida em que a ênfase dessa “teologia” estabelece como referência de fé as


pessoas que conseguem sucesso na vida financeira, valores de vida cristã como salvação e
vida eterna passam a condições de secundários (II Ts 2.2). Este ensino acaba restringindo as
bênçãos de Deus na vida do cristão.

a) A prosperidade como objetivo e não como conseqüência


A ênfase da teologia da prosperidade inverte os valores da vida, ao invés de valorizar o ser,
valoriza o Ter (Fp 4.11,12; Mc 10.21-24). A experiência de Paulo estaria equivocada (Fp 3.10-19) e
Tiago teria ensinado heresia (Tg 1.2-5).

b) Prosperidade como referência de quem vive a fé


Para os pregadores da prosperidade o sucesso na vida financeira é a marca de um cristão fiel e a
resposta às orações é uma prerrogativa do filho de Deus (Tg 4.1-3). No entanto a maior injustiça
fica por conta de se colocar um peso sobre os ombros de quem não alcançam a tal prosperidade:
Estão em pecado e não vivem com fé, ou estão debaixo de uma maldição.

c) A teologia da saúde perfeita


A cura divina é uma realidade que todos nós cristãos acreditamos (Tg 5.14-15). É uma ordem de
Jesus (Mc 16.14-18). Mas afirmar que o crente não pode ficar doente, porque não faz parte da
vontade de Deus para sua vida, é um grande engano. A vida tem dias bons e maus (Ec 7.14; 11.8).

3. As Influências da Teologia da Prosperidade na Igreja

Não é de hoje que a igreja precisa tomar uma posição mais refletida sobre as influências
que estes ou outros ensinos, de forma lisonjeira, têm sido introduzidos no seu seio. A melhor
posição diante desses desafios é adotar a posição dos crentes de Beréia (At 17.10-11). A
valorização do ensino e o estímulo para a leitura da Bíblia são os melhores instrumentos de
defesa contra as influências das falsas doutrinas (I Tm 4.13-16).

a) A influência sobre a visão da Igreja


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Visão é ao mesmo tempo capacidade de perceber a realidade como ela é, bem como
projetar algo. A teologia da prosperidade tem influenciado a visão da Igreja na medida em
que ela absorve valores que alteram a sua forma de ser (II Co 11.3,4; At 5.42).
b) A influência sobre a mensagem da Igreja
Quem muda a visão, muda também o discurso. E, a primeira baixa sofrida é no conteúdo
teológico da mensagem, onde a fé passa a Ter mais valor do que o próprio Deus, a bênção é
mais valorizada que o abençoador e a ânsia por bênçãos materiais tomam conta dos cultos,
cuja liturgia perde seu caráter contemplativo e o resultado, é a ausência total de reflexão
bíblica (II Tm 4.2-5).

c) A influência sobre a teologia da Igreja


A mudança na visão e mensagem cria uma Igreja teologicamente vulnerável, abrindo espaço
no seu seio, para heresias (II Pe 2.1), “Ninguém voz domine o seu bel-prazer” (Cl 2.18,19), foi
a advertência que Paulo fez à Igreja. Precisamos resistir a toda mensagem que questione a
suficiência de Cristo e roube nossa liberdade em servi-lo com uma consciência pura e
tranqüila (Gl 5.1).

4. A Prosperidade sob a Perspectiva Bíblica

Uma perspectiva correta da prosperidade, à luz da Bíblia, pode nos levar a desfrutar o
melhor de Deus para nossas vidas (Ef 1.3). Ao falar assim, evocamos sua soberania nas
nossas orações idéia abominável para aqueles que acham que Deus é obrigado a atender os
nossos pedidos (I Jo 5.14,15).

a) Deus e as nossas necessidades


Deus é conhecido na sua palavra como Jeová Jirê, “O Senhor proverá” (Gn 22.8). O crente
em Cristo já experimentou pessoalmente os cuidados de Deus em sua vida. Quem já não leu
os confortantes Salmos da Bíblia, os conselhos de Pedro (I Pe 5.7), as palavras de Jesus aos
seus discípulos (Mt 6.25-34), e a confiança expressada por Habacuque? (Hb 3.17,18). Tudo
isso revela que Deus está atento às nossas necessidades (Jo 6.1-12).

b) Deus e os nossos desejos


“Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, credes que o recebereis e tê-lo-eis” (Mc
11.24). No entanto, o contexto desta passagem deixa claro que há condições para que os
nossos desejos sejam satisfeitos, é necessário o perdão (Mc 11.26). Os nossos desejos, para
serem prontamente atendidos, precisam estar em consonância com a vontade de Deus (Tg
4.3; I Jo 5.14).

c) Ser próspero é ume responsabilidade


Deus não é contrário à prosperidade de ninguém, no entanto adverte seriamente, em pelo
menos três coisas em relação às riquezas (I Tm 6.17-19): primeiro, que não se deve colocar
nelas o coração, pois não podem proporcionar à vida a devida segurança (I Tm 6.10).
Segundo, não confiar nelas, pois toda riqueza é passageira (Tg 1.10,11), e terceiro, não
administrar mal, pois a quem muito é dado muito será exigido (Lc 12.48).

A busca de respostas aos nossos anseios tem que passar necessariamente pelo
crivo da soberania de Deus. Aprender a orar sabiamente é o grande desafio da vida cristã e
só conseguem essa façanha aqueles que aprenderam que a maior busca da vida deve ser à
busca da vontade divina. Portanto, não é a pobreza nem a riqueza que definem a
performance na vida espiritual, mas a nossa capacidade de nos situar adequadamente dentro
dos propósitos divinos.
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Exercício 2


1. Em que ano o Movimento Pentecostal chegou ao Brasil?
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2. Quais são as três razões do crescimento da teologia da prosperidade?


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3. A onde iniciou-se o Neopentecostalismo?


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4. Quais são os três símbolos do NT mais importante?


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5. Escreva com suas palavras: “O Crente pode ser Prospero”

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5. BIBLICAMENTE EXISTEM MALDIÇÕES HEREDITÁRIAS ?

Como todo ensino controverso, a Teologia da Maldição Hereditária foi concebida a partir
da má interpretação bíblica, e faz parte de um pacote de novidades que surgem periodicamente
em nosso meio, é como um novo produto no mercado. E, muitas vezes, por encontrar terreno
apropriado, essas novidades acabam se enraizando, criando sérios problemas para a vida da
Igreja.

1. A Maldição Hereditária como Engano Doutrinário

Esse ensino diz que qualquer pessoa, mesmo aquelas já convertidas à Cristo, que
carregam consigo certos problemas, não conseguirão se libertar deles, se não quebrar as
maldições das gerações passadas (Ez 18.20). Se acontecer na vida da pessoa ou de sua família
problemas, porque seus ancestrais deram lugar ao diabo, e agora sua família está sob “a maldição
hereditária”, entretanto, a Bíblia afirma, que “os que estão em Cristo Jesus, são novas criaturas: as
coisas velhas ficaram para trás” (II Co 5.17).

a) A punição dos pecados dos pais nos filhos

Esse é um dos textos prediletos dos pregadores que ensinam sobre a crença na maldição
hereditária. “Não te curvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, Sou Deus
zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e Quarta geração daqueles que me
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aborrecem” (Êx 20.5,6). No entanto, no texto o que está em foco não são maldições hereditárias e
sim os efeitos do pecado. A Bíblia deixa muito claro que a responsabilidade pelos pecados é
individual (Ez 18.1-4).

b) Doenças como maldição hereditária

Assim, se uma pessoa é acometida com certa enfermidade, como câncer, por exemplo, é
porque essa doença se fez presente em gerações passadas, é uma maldição herdada que precisa
ser quebrada. Jesus certa vez foi argüido pelos seus discípulos sobre um determinado cego de
nascença, e respondeu: “Nem ele pecou nem seus pais, mas foi assim para que se manifestem
nele às obras de Deus” (Jo 9.2,3).

c) Maldição de nomes próprios

Outra crença desta teologia é de que há nomes próprios cujos significados são
carregados de uma carga negativa muito grande, e uma vez que se dá um desses nomes a uma
pessoa, o mesmo pode se constituir um fator de maldição na vida dela. Há inúmeros nomes na
Bíblia cujos significados não corresponderam àquilo que as pessoas foram na prática: Absalão -
pai da paz; Judas- louvor; Apolo- nome de um deus da mitologia grega. O que faz o nome é o
caráter da pessoa. Um dia, todos os salvos terão um novo nome (Ap 2.17).

2. Há Poder em Suas Palavras?

Um chavão que se tornou comum no meio evangélico é: “ há poder em suas palavras” (Pv
18.21). Segundo este astuto ensino, as palavras estão encarregadas de poder, tanto para
abençoar, como para amaldiçoar, basta que sejam pronunciadas e assim acontecerão. É certo que
todos nós temos que Ter cuidado e responsabilidade com aquilo que pronunciamos, até mesmo
em função da nossa condição de filhos de Deus (Pv 13.3; 21.23), mas não há nenhum apoio
bíblico para a crença de que a palavra tem poder objetivo em si mesma.

a) O poder de amaldiçoar e abençoar

As condições para as bênçãos e as maldições estão fixadas pela Palavra de Deus, e se


relacionam diretamente com obediência. “E será que se ouvires a voz do Senhor, teu Deus...” (Dt
28.15). Nenhuma palavra tem poder em si mesma de abençoar e amaldiçoar.

b) Palavras, poder absoluto ou influência?

Não podemos ignorar influência relativa que a palavra pode exercer na vida das pessoas.
Uma criança, que vive em um ambiente de ódio, discórdias e mentiras tem maiores possibilidades
de desenvolver um caráter baseado nestes valores do que uma que vive em um lar cheio de amor,
concórdia e verdade (I Co 15.33). A isso podemos chamar de influência relativa da palavra (Ef
4.29).

O que fazer com os inimigos; Jesus nos ensinou a cerca dos nossos inimigos. (Mt
5.43,44). As atitudes do cristão em relação ao seu próximo, mesmo que ele o odeie está expresso
nestas célebres palavras de Jesus, registradas no texto acima.

3. A Responsabilidade é Individual

Que culpa tem a pessoa pelos pecados que os seus antepassados praticaram? Deveriam
ler a Bíblia, pois ela ensina que a responsabilidade é individual (Ez 18.20). Ao contrário, é preciso
que ela creia no poder da salvação, que quebra todas as maldições (Rm 8.1).

a) Mania de transferência
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Em Ez.18.1,4, o profeta exorta o povo a tomar consciência da individualidade na
responsabilidade pelo pecado. Ele descreve nesta profecia três gerações para mostrar que cada
uma sofreu pelos seus próprios pecados. Entretanto, o homem sempre foi buscar fora de sua vida
as razões e os motivos de seus erros (Lm 3.39). Adão culpou Eva, que por sua vez culpou a
serpente (Gn 3.12,13). Infelizmente, a “teologia das maldições hereditárias” faz parte dessa “mania
milenar”.

b) O medo de assumir

O medo de assumir responsabilidades é uma das atitudes mais devastadoras da natureza


humana. (Gn 4.9; Js 7.1011; I Sm 13.11; II Sm 12.5,7). Certamente aí reside a causa de tantas
pessoas espiritualmente enfermas, que ao invés de crerem no poder da confissão como único
caminho capaz de quebrar as maldições, ficam adiando benção do perdão (Hb 4.14-16).

c) A lei da semeadura

Paulo afirmou: “Não erreis; Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem
semear, isso também ceifará. Porque o semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o
que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6.7,8). Quando o homem escolhe
uma ação, ele escolhe também as conseqüências advindas dessa ação. Essa é a lei da
semeadura, ou seja, a semente colhida terá sempre a natureza da semente semeada.

4. Maldição Hereditária ou Falta de Santificação

Se o cristão tem problemas que o afligem em sentido geral sentenciando-o a viver uma
vida de lamúrias e sofrimentos, não existe caminho melhor do que confiar na capacidade do amor
de Deus (Hb 4.16); chegando com confiança diante do trono da graça e recebendo pela confissão,
o perdão de seus pecados (Fp 3.13,14).

a) As maldições das atitudes

A porta de entrada das bênçãos de Deus em nossas vidas são as nossas atitudes,
principalmente a de obedecer-lhe, mesmo que nos custe algum sacrifício, assim como fez Moisés
(Hb 11.24-26). Se o homem preferir uma vida de distanciamento e desobediência receberá o
prêmio da condenação presente em formas de maldições e, por fim, se não arrepender, a
condenação eterna (Mc 16.16).

b) Uma bênção chamada conversão

Na parábola do filho pródigo, Jesus exemplificou através do filho mais moço, as duas
condições em que o homem pode-se achar: estar em Cristo, ou estar fora dele; nunca nas duas
condições ao mesmo tempo. Estar nele é de todas a maior benção (Lc 15.18). Estar fora dele é a
maior maldição. O que determina uma ou a outra condição é a atitude que o homem toma em
relação a Deus. Tiago escreveu: “Chegai-vos a Deus, e Ele se achegará a vós” (Tg 4.8). Assim
sendo, a única maneira de se quebrar a maior de todas as maldições é através de uma conversão
genuinamente verdadeira (Rm 8.1).

c) Uma saída chamada santificação

A quebra de maldição hereditária induz o crente a viver irresponsavelmente a sua vida


cristã, porque atribui àquilo que ele faz de negativo, como sendo o reflexo do que as suas
gerações passadas praticaram; ao passo que a Bíblia nos desafia a uma vida de renuncia às obras
da carne (Gl 5.16-21) e o cultivo de uma vida de profunda devoção a Deus (Cl 3.1-3).

Temos de ser cautelosos, pois vivemos em um tempo de inverdades em que as


experiências parecem estar mais valorizadas do que a própria Palavra. E para este tempo do fim,
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nada melhor do que submetermos todas as dimensões do nosso viver ao crivo das Sagradas
Escrituras: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas” (Ap 2.29).

6. BATALHA ESPIRITUAL OU VALORIZAÇÃO DOS DEMÔNIOS?

Batalha espiritual tem sido um tema bastante discutido ultimamente. Não resta a menor
dúvida de que vivemos experimentalmente em nossas vidas a batalha espiritual, como também é
verdade que há uma valorização extremada dos demônios por parte de pessoas que têm uma
teologia desequilibrada a respeito do assunto. É importante estudar a verdade sobre este tema
para não incorrermos no equívoco de dar aos problemas, diagnósticos que não correspondem à
realidade.

1. Diferentes Reações Frente à Batalha Espiritual

Por ser um assunto que gera muitas controvérsias, quanto os pontos de vista vão desde o
extremo do ceticismo ao extremo do supersticionismo, é sempre bom analisar todos os fenômenos
à luz de que a Bíblia diz. Ela sim é a maior autoridade do assunto. Há pelo menos três reações
perigosas que precisam ser evitadas.

a) A reação da incredulidade

Existem aqueles que acham que é pura fantasia da mente a existência dos demônios,
chegando até ridicularizar a idéia de sua realidade (Sl 89.48). Por não acreditarem: estas pessoas
estarão sujeitas a riscos que podem gerar grandes prejuízos em suas vidas. Podem ser
enganadas, como Eva (II Co 11.3), e podem Ter suas mentes obscurecidas quanto às suas ações,
uma vez que não crêem na realidade de sua existência. Paulo advertiu: “...para que não sejamos
vencidos por Satanás, porque não ignoramos as suas ardilezas” (II Co 2.10,11).

b) A reação de indiferença

São pessoas que não buscam informações bíblicas a respeito do assunto, preferindo
manter uma atitude de total desinteresse (At 17.32,33). Como os incrédulos, elas também correm
os mesmos riscos, sendo susceptíveis de nunca neutralizarem as ações do mal que podem afetar
as suas vidas (II Co 4.4). Pedro exorta-nos a viver com discernimentos e critério dizendo: “...sedes
sóbrios...” (I Pe 5.8).

c) A reação do fascínio

São aquelas pessoas que vivem sob o constante estímulo de achar que na vida tudo é
uma questão de guerra entre o bem e o mal (Rm 7.19). Valorizam exageradamente o tema, a
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ponto de adotarem elementos supersticiosos à fé cristã (At 17.22). Esse fascínio de que tudo é
demônio pode levar a pessoa à nunca corrigir os seus problemas de caráter e nunca se desviar do
caminho do mal (Sl 1.1,2).

2. A Realidade da Batalha Espiritual

Uma vez que a Bíblia trata da existência de uma intensa batalha envolvendo o reino de
Deus e o reino das trevas, não podemos ficar alheios a esse assunto. Primeiro, porque nós
estamos envolvidos, e qualquer cristão pode atestar essa realidade nas suas próprias experiências
(II Co 12.7). Segundo, porque é nossa missão contribuir para a libertação espiritual de outras
pessoas (Mt 10.1,8; Mc 16.17).

a) Bíblia expõe tal batalha

Jó foi afligido (Jó 1.6-12), o homem de Gadara estava possesso por uma legião de
demônios e Jesus expulsou (Lc 8.26-39). Em outra oportunidade, expulsou da vida de uma mulher
sete demônios (Lc 8.2), havia uma outra mulher há dezoito anos sofrendo como uma prisioneira de
Satanás e Jesus a libertou (Lc 13.10-17). Paulo também, no exercício de seu ministério, deparou
com pessoas possessas (At 16.16,18). Ainda hoje a Igreja luta contra as forças das trevas (Ef
6.12).

b) Ela é uma realidade em nosso contexto

O Brasil é um terreno fértil para a manifestação das forças do mal. Primeiro, a formação
étnica e cultural da nação abre espaço para todo tipo de manifestação e invocação de demônios.
Segundo, apesar do crescimento do Evangelho, o país ainda hoje, recebe o título de uma das
maiores nações espíritas do mundo. Terceiro, vivemos em um país onde grande parte da mídia
nacional dá espaço, valorizando e divulgando, toda forma de cultos e invocação aos demônios. É
necessário orar pelo Brasil (II Tm 2.1-5).

c) Uma realidade na experiência pessoal

Quem de nós não é alvo dos constantes ataques de satanás? Se há uma coisa certa, é
que, ele nunca desistiu de nós. O grande aviso foi dado por Pedro: “Sedes sóbrios, vigiai, porque o
diabo, o nosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa
tragar; aos quais resistir firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os
vossos irmãos no mundo” (I Pe 5.8,9). O apóstolo Paulo enfrentou na sua vida constantes ataques
de Satanás (II Co 12.7), foi certa vez impedido de visitar Tessalônica (I Ts 2.18). O crente, no
entanto, não precisa temer as forças do mal, pois sua vida está guardada em Cristo (Cl 3.3).

3. O Perigo da Valorização dos Demônios


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Uma posição perigosa é emprestar valor demasiado aos demônios, mania que muitos
crentes têm, para todos os fatos infortúnios da vida (Ef 4.27). É preciso Ter muito cuidado,
principalmente com a literatura nesta área, hoje, muito explorada e às vezes sem o devido
conteúdo bíblico. Examinaremos três situações preocupantes, quando o assunto é valorização dos
demônios.

a) A preocupação na liturgia do culto

Em atos 42-47, temos os registros das primeiras atividades da Igreja Primitiva, O culto
naquela Igreja contemplava, prioritariamente o ensino da Palavra, com ênfase na Doutrina dos
Apóstolos. Isso fazia aquela Igreja atrativa, caindo na graça do povo. No entanto, vivemos hoje
uma situação, em que muitas igrejas mudaram a centralidade de seus cultos. Dá-se exagerada
importância a batalha espiritual, como se o culto fosse de seu início ao fim uma disputa entre
forças do bem e as forças do mal, amarrando todos os demônios (Rm 16.20).

b) Nas circunstâncias da vida

É preciso de uma vez por todas, saber discernir entre as obras da carne e as ações do
inimigo (I Jo 4.1). Existem muitos crentes que interpretam aquilo que fazem de errado como se
fossem demônios, quando na verdade são atitudes carnais (Gl 5.19-21).

c) A falta de apoio bíblico

Existem algumas práticas adotadas pelos pregadores e alguns escritores de batalha


espiritual que são questionáveis à luz da Bíblia. Uma delas diz respeito à exorcização, na hora de
expulsar o demônio a pessoa fica tentando manter diálogo e ordenando a sua manifestação. Não
vamos encontrar Jesus ensinando e nem praticando este tipo de exorcismo, ao contrário, a sua
presença era bastante para que eles se manifestassem (Mc 1.23-27). Os apóstolos também não
adotaram tal prática, o exemplo é de Paulo na cidade de Filipos (At 16.16-18).

4. Perguntas que Merecem Respostas

Um dos grandes desafios na área de batalha espiritual é saber separar as diversas formas
de Satanás agir. Sabemos que em até um anjo de luz ele se transfigura (II Co 11.14). Algumas
questões têm suscitado muitas dúvidas em alguns crentes: Pode um cristão ser possesso? O que
é uma opressão maligna? Como e quem pode expulsar demônios? Vejamos o que a Bíblia diz a
respeito a esses assuntos.

Pode um cristão ser possesso?

Crente nascido de novo, que já renunciou uma vida de pecado agora vive para Deus, não
pode ficar possesso (I Jo 5.18), isso porque, o crente é habitação e santuário do Espírito Santo (I
Co 6.19,20). Não há concórdia entre Cristo e Belial, afirma o apóstolo Paulo (II Co 6.15).

O que é opressão maligna?

A palavra opressão significa: ato de oprimir, carregar com peso, apertar, comprimir, afligir.
São estas as atitudes do inimigo em relação aos crentes: Todo crente precisa ter consciência de
que por trás de uma vida santa e piedosa há sempre perseguições (II Tm 3.12).

Como expulsar os demônios?

O maior poder de Satanás está na mentira (Jo 8.44; Rm 1.21). Portanto a melhor arma
contra Satanás é a verdade: (Jo 8.32). Assim, qualquer crente cheio do Espírito Santo pode
exercer autoridade sobre os demônios (Lc 9.11) e expulsa-los em nome de Jesus.
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Evitar sempre os exageros, e procurar conhecer o mundo espiritual à luz da Bíblia, são os
primeiros passos para que não se cometa aberrações quando o assunto é batalha espiritual. A
finalidade com que estudamos esta lição é exatamente para podermos estabelecer um ponto de
equilíbrio que nos dê uma compreensão teológica sobre guerra espiritual. Que Deus use cada um
de seus filhos para a obra de libertação que Ele quer realizar, principalmente na vida daqueles que
ainda não o conhecem.

7. O QUE SÃO OS CATÓLICOS CARISMÁTICOS?

O movimento da renovação Católica Carismática é um dos que mais cresce no Brasil nos
dias atuais, graças, principalmente, ao apoio que recebe por parte da grande mídia nacional. Por
não abandonar práticas condenáveis pela própria bíblia se tornou alvo de muito questionamento
quanto à sua originalidade. Neste assunto trataremos dos pontos que podem trazer luz a respeito
do referido movimento.

1. Renovação Católica Carismática

O termo “carismático” deriva-se de “carisma”, tradução da palavra grega charisma , que


significa “dom”. Assim, quando se fala em carismáticos é uma referência aos que crêem nos dons
espirituais dados à Igreja Primitiva e que estão disponíveis ou ao alcance da Igreja nos dias atuais
(I Co 12.1). Esse termo em referência aos Católicos serve para designar aqueles que dentro do
catolicismo acreditam e buscam as manifestações dos dons espirituais.

a) A origem desse movimento


Por volta do ano de 1996, dois professores leigos de teologia da Universidade de
Duquesne, uma instituição de ensino católica, na cidade de Pittsburgh, no estado da Pensilvânia,
Estados Unidos, iniciaram em uma busca por satisfação espiritual em suas vidas. Ralph Kefer e Bill
Storey , após a leitura dos livros “A cruz e o punhal” de David Wilkerson e “Eles falam em outras
línguas de John Herrill, descobriram que a promessa do batismo no Espírito Santo como está em
Atos 2.39, dizia respeito a eles também. Foi aí que começaram a busca, procurando encontros de
oração em igrejas pentecostais, num desses encontros, eles foram batizados no Espírito Santo. A
Partir daí, começaram a se reunir em grupos de oração, em retiros, em vigílias, e outros também
vieram a Ter a mesma experiência.

b) O que mudou com a renovação Carismática


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Aquela liturgia latinizada e de certa forma enrijecida, deu lugar a uma mais solta e mais
alegre. O louvor ficou mais contagiante, palmas e gestos deram um brilho especial aos cânticos,
claro que, com as músicas evangélicas (Lc 16.8).

c) O que não mudou com esse movimento


Houve de fato um derramar do espírito Santo sobre os sedentos (Is 44.3). Como a Igreja
católica dá muita ênfase às tradições, e a autoridade é da instituição e não da Bíblia, ao longo do
tempo perderam a objetividade do batismo com o Espírito Santo (Jo 16.13-14). A idolatria e a
mariolatria continuaram formas vivas no culto carismático, resguardando às exceções de uns
poucos católicos que abandonaram estas práticas e conseguiram se manterem dentro da Igreja.

2. Os Alvos da Renovação Católica Carismática

Querendo ser o porta-voz das classes menos favorecidas, mas sem uma objetividade
pastoral, perdeu-se em discussão e pregações evasivas, envolvendo-se com a política, deixando
de cumprir a missão da igreja que é pregar o Evangelho (Mc 16.15). O movimento carismático
encontrou nestas ovelhas desgarradas o seu maior desafio e passou a trabalhar em cima de
alguns objetivos e direções.

a) Buscaram em direção interna


O movimento Carismático visou desenvolver aos que permaneceram fiéis ao catolicismo, o
orgulho de serem católicos. Através de campanhas bem elaboradas, apelaram para o sentimento
dos fiéis no sentido de detê-los dentro da igreja através de “slogans” e chamadas à consciência
católica.

b) Buscaram uma direção externa


O alvo principal era aqueles que migravam para o movimento pentecostal em busca de uma
experiência de salvação e de renovação nas suas vidas (Rm 1.16,17). Vale ressaltar aqui que o
movimento de Renovação Carismática em está preocupado simplesmente fazer crescer
numericamente o rebanho que já começava ficar desestimulado com uma prática litúrgica
envelhecida e atraídos pela vida dos cultos pentecostais (Mt 15.6-9).

c) A importância suprema da figura de Maria


Infelizmente, para esse movimento, Maria está no centro. Os apelos são sempre muitos
sentimentalistas, porém não convencem àqueles que conhecem o lugar exato do Salvador e da
mãe do Salvados (I Tm 2.5; Lc 16.13).

3. A Missão do Espírito Santo nos dias atuais

O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade divina (Mt 28.19), aquele que executa os
desígnios de Deus aqui na Terra e cumpre harmoniosamente o seu trabalho (Jo 16.13).

a) Ele convence o mundo do pecado


Jesus afirmou acerca da obra do Espírito Santo (Jo 16.7,8). Ora, se a obra do Espírito
Santo é convencer o mundo do pecado, creio que não existe pecado maior do que rejeitar Jesus,
como Senhor e Salvador (Jo 12.48), seguindo após outros deuses. A idolatria foi causa de juízo e
castigo por parte de Deus contra o seu povo no passado (Êx 32.25-29). Jamais Ele mudaria de
opinião (Ml 3.6).

b) Ele glorifica a Jesus


A Missão do Espírito Santo é unicamente de glorificar a Jesus (Jo 16.14) e não Maria. Po
ocasião do milagre da transformação da água em vinho, ela reportou-se aos empregados da casa
e disse: “Fazei tudo quanto ele vos disser” (Jo2.5) Isso implica em obedecer-lhe, então ela
obedeceu a Jesus. Jamais o Espírito Santo nos levará a falar com Maria, pois Ele sempre fala do
próprio Deus (Jo 16.13).
Apologética - 25 -
c) Ele transforma a Igreja
A missão do Espírito Santo é o responsável por nos transformar segundo a imagem de
Cristo (II Co 3.18). É função do Espírito Santo levar a Igreja à santificação, por isso, Ele não pode
habitar em um coração cheio de idolatria (Rm 8.8,9).

4. A Verdadeira Renovação

A verdadeira renovação é aquela que emana de Deus (Tt 3.5), trazendo vida, no sentido de
demonstração prática e desejo incontido de fazer a vontade daquele que nos chamou das trevas
para sua gloriosa luz (Is 6.1-9, Lv 10.10).

a) A renovação traz consciência do pecado


Qualquer renovação divorciada da consciência do pecado ou desejo de uma vida mais
santificada é mera emoção (Rm 12.2). A Bíblia fala-nos de renovação nacional, no caso de Israel,
mas fala também de renovação individual. Em todas, o que é comum, é a consciência do pecado e
o desejo ardente de arrependimento. Foi assim nos dias do rei Josias (II Rs 22), nos dias de
Esdras (Ed 9). Assim também aconteceu no chamamento profético de Isaías (Is 6.5).

b) A renovação nos afasta de práticas pecaminosas


A grande evidência de uma vida renovada é o desejo incontido em se afastar da vida de
pecado (Ed 10.1-3). A ação do Espírito é tão dinâmica e perfeita que a pessoa perde o prazer pelo
pecado e passa uma vida absorvida por Cristo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais
eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual
me amou e se entregou a si mesmo por mim (Gl 5.20)”.

c) A verdadeira renovação é Cristocêntrica


A renovação cristã coloca Jesus no centro da fé e não divide com Maria e nem com José a
suficiência salvadora que há no seu nome: “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e
os homens, Jesus Cristo, homem” (I Tm 2.5). O simples ato de falar em outras línguas não é
garantia de novo nascimento, portanto não garante salvação: “Muitos me dirão naquele dia:
Senhor, Senhor, não profetizamos nós no teu nome? E, em teu nome, não fizemos muitas
maravilhas? E, então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que
praticais a iniquidade (Mt 7.22,23).

Embora possa ser considerado por muitos um movimento legítimo, é difícil aceitar a idéia,
de que, onde há realmente a genuína manifestação do Espírito Santo, as pessoas continuam
praticando um culto idólatra. A última advertência bíblica quanto aos que não entrarão na cidade
santa pelas portas, incluem os que praticam a idolatria (Ap 22.15). Ninguém é dono da renovação
espiritual (João 3.8), mas o Espírito Santo, para não nos deixar confusos, só age dentro daquilo
que a própria Palavra estabelece. Nesse caso nenhuma experiência pode servir de regra para
normatizar o ensino bíblico deste importante assunto.
Apologética - 26 -

Exercício 3


1. Cite um versículo que é contra a maldição hereditária...
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2. Cite pelo menos dois casos que Jesus libertou pessoas de demônios...
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3. Este aviso foi dado por quem:


“Sedes sóbrios, vigiai, porque o diabo, o nosso adversário, anda em derredor, bramando
como leão, buscando a quem possa tragar; aos quais resistir firmes na fé, sabendo que
as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo”
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4. Pode um Cristão Fiel ser possesso por demônios?


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5. Escreva com suas palavras:


“O ímpio pode receber o Batismo no Espírito Santo”?
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Apologética - 27 -

8. A IMPORTÂNCIA DO DISCERNIMENTO BÍBLICO

1. As Três Classes de Pessoas

O Apóstolo Paulo na primeira carta que escreveu aos Coríntios falou sobre três tipos de
homens, e descreveu a forma como cada um deles reage às realidades espirituais (I Co 2.14). De
acordo com a sua colocação, fica claro que cada pessoa se enquadra em uma das três categorias:
ele pode ser natural, espiritual, ou carnal. Vejamos, portanto, como estes três tipos podem
influenciar nossa vida espiritual.

a) O homem natural

Paulo nos informa que, o homem natural não compreende as coisas do Espírito (I Co
2.14a). Ele sustenta a sua afirmação colocando para isso duas razões principais: Primeira razão,
“porque lhe parece loucura”. O homem que não é nascido de novo, portanto privado do Espírito
Santo, não tem interesse e nem apreço pela Palavra (Nm 15.31). Ele só não acha loucura ficar
ocupando seu tempo com coisas espirituais, como também aceita-las como verdades vindas de
Deus, por isso acha mais importante ocupar sua mente com a sabedoria do mundo (I Co 1.18-23).

b) O homem espiritual

O homem que antes andava pelos seus próprios caminhos, não discernindo a importância
das coisas de Deus e nem se importando com elas, mediante a obra da regeneração é despertado
para reagir favoravelmente às realidades espirituais (II Pe 1.3,4). É que ele, como resultado de
uma nova lei que se planta na sua interioridade, deixa de viver apenas em função da sua natureza
temporal para viver uma perspectiva eterna e espiritual (I Pe 2.1-5). E dentre as muitas
características desse novo viver, estão aquelas que lhe permitem ser um homem de discernimento
(I Co 2.15).
Apologética - 28 -

c) O homem carnal
Infelizmente, para alguns crentes, Paulo disse: “E eu, irmãos, não vos pude falar como
as espirituais, mas como as carnais como a meninos em Cristo”( I Co 3.1). Neste texto, ele não
está tratando com as pessoas descrentes, mas com os próprios crentes, só que carnais. O crente
carnal, é aquele que já foi regenerado, mas vive como se não fosse. É crente guiado e controlado
pela carne (Rm 8.8). A este, a verdade espiritual parece ficar entre fumaças e aquilo que poderia
ser Claro à sua mente passa a ser indiscernível (I Co 11.29).

2. As Causas da Falta de Discernimento

Entende-se por discernimento a capacidade que a pessoa tem de estabelecer diferença.


Segundo Aurélio, é “faculdade de julgar as coisas claras e sensatamente”. Concernente ao âmbito
espiritual da vida é a capacidade de distinguir entre as alternativas, qual é a que mais se aproxima
daquilo que a Bíblia tem a dizer no tocante a determinado tema (Hb5.14). É algo que vem de Deus:
“A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente
discirna entre o bem e o mal. Porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?” (I Rs 3.11).

a) A falta de leitura bíblica

Quando falamos em leitura estamos nos reportando ao hábito diário que cada crente deve
Ter em relação à Bíblia. Não há de que duvidar, a falta de discernimento está ligada direta e
proporcionalmente à falta de leitura acompanhada de meditação das Sagradas Escrituras. Se nós
cristãos como um todo, nos despertássemos para essa prática, fecharíamos de vez as portas para
as seitas e heresias (I Tm 4.15,16). Só o conhecimento da Palavra de Deus pode fazer a defesa
certa contra os ataques das seitas (119.105).

b) A falta de oração

Sabedoria e discernimento são duas virtudes que caminham inseparáveis, e a forma de


adquiri-las está definida por Tiago (Tg 1.5). Quando o crente ora pedindo discernimento ele está
dando liberdade ao Espírito Santo em sua vida, para que Ele possa conduzi-lo nas circunstâncias
difíceis (I Cr 21.10-13). O grande exemplo está no próprio Jesus orando para a escolha dos seus
discípulos, foi uma noite inteira de oração (Lc 6.12-16).

c) A falta de crescimento espiritual

De todos os apóstolos, Paulo foi o que mais se preocupou com o crescimento espiritual da
Igreja e de seus membros individualmente (Ef 4.15). Em todas as cartas que escreveu foi o único
assunto que não deixou de abordar em nenhuma delas (Fp 3.1). Ele fez a seguinte exortação
quando escreveu a sua primeira carta aos Coríntios para dar instruções acerca de excessos
quanto às manifestações dos dons espirituais: “Irmãos, não sejamos meninos na malícia e adultos
no entendimento” (I Co 14.20).

3. A Falta de Discernimento e suas Implicações

Não há prejuízo maior para a Igreja e seus membros individualmente do que a falta de
discernimento espiritual (I Co 12.10). A falta dele faz o povo ficar vulnerável aos ventos de
doutrinas com implicações sérias para a saúde espiritual do corpo (Gl 5.9). Um dos maiores
desafios do ministério de Jesus foi combater contra o fermento dos fariseus (Lc 12.11).

a) A falta de discernimento traz problemas para a Igreja

A primeira implicação que falta de discernimento traz, é vida espiritual confusa. Esta foi a
situação em que ficou a igreja de Corinto, onde Paulo teve que escrever uma carta para por fim a
confusão (I Co 11.18). Quando o povo não sabe discernir, se não houver uma liderança espiritual
vigorosa o povo se corrompe.
Apologética - 29 -
b) A falta de discernimento traz problemas para a vida cristã

Cresce a cada dia o número de crentes espiritualmente enfermos, porque ao buscar uma
ajuda espiritual, a palavra que, às vezes ouve, acrescenta mais confusão do que esclarecimento (I
Sm 28.11-15). É cada vez maior o abandono da Bíblia como fonte de revelação de Deus para o
viver diário, e a busca por soluções em fontes nem sempre confiáveis (Jr 2.13). A ânsia das
pessoas por profecias e revelações tem dado a Bíblia a conotação de um livro de Segunda
necessidade (Is 34.16).

c) A falta de discernimento pode levar à apostasia

Paulo nos advertiu (I Tm 4.1). Essa é conseqüência da falta de discernimento espiritual.


Primeiro vem a dúvida, ela alimentada, gera interiormente uma barreira de resistência à Palavra de
Deus (Hb 3.7,8). A resistência não quebrada finalmente leva a pessoa à apostasia, que é “decair
na fé” (I Tm 4.1), “desviar-se do Deus vivo” (Hb 3.12).

4. A Necessidade do Discernimento

Deus não espera outra coisa de seu povo neste tempo de apostasias e inverdades, que não
seja uma vida de discernimento. O homem espiritual discerne bem todas as coisas e sabe
distinguir entre o falso e o verdadeiro, o que edifica e o que não edifica, o que vê, o que ouve e o
que lê (At 17.10,11).

a) É preciso o apoio pastoral para o discernimento

A pior situação espiritual é a do crente que não tem pastor (Mt 9.36). O crente que não tem
pastor, ele bebe em muitas fontes e nunca aprende a submeter-se à autoridade espiritual, e
submissão é condição imprescindível para nos situarmos corretamente no reino de Deus.
Infelizmente, o crente que não tem pastor sobre sua vida, nos momentos de dificuldades torna-se
presa fácil dos lobos (At 20.22,30), pois não sabe discernir entre o certo e o errado.

b) É preciso ter senso de valor

O crente precisa ter senso de valor, saber o que é mais ou menos importante para sua vida
espiritual. O caráter e a conduta começam na mente (I Co 2.16). Nossas ações são afetadas pelas
coisas que habitam os nossos pensamentos. Paulo adverte seus leitores a se concentrarem nas
coisas que resultarem nas coisas que resultarão na vida correta e na paz de Deus (Fp 4.8).

c) É preciso uma avaliação pessoal

Paulo disse: “Examinai-vos a vos mesmos se permaneceis na fé, provai-vos a vós


mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós?” (II Co 13.5). Não
raro, os nossos alvos ficam desvirtuados, é preciso estarmos sempre avaliando algumas áreas da
nossa vida. É preciso avaliar as nossas atitudes, se elas estão dentro do padrão de Deus para elas
(I Co 11.28; Gl 6.4). É preciso avaliar o nosso nível de devoção a Deus e à sua Palavra (Jo 8.31).
É preciso avaliar os sintomas que medem nosso crescimento espiritual (Fp 3.13,14).

Para a firmeza da fé é preciso viver com discernimento. Quem não discerne, jamais
conseguirá afirmação como um crente maduro e equilibrado. É sabendo fazer diferença entre
“coisas e coisas”, que a nossa fé ganha grandeza. Há uma grande necessidade de sabermos
discernir os dias atuais, pois são dias de grande “confusão espiritual”, onde o crente é confrontado
com as seitas e ideologias humanas. Vigiemos, pois e sejamos sóbrios.
Apologética - 30 -

9. A IGREJA DE DEUS COMO VOZ PROFÉTICA PARA O MUNDO

Qual o verdadeiro papel profético da Igreja? A igreja quanto mais afinada com a Palavra de
Deus torna-se mais credenciada para ser um instrumento e cumprir com os propósitos divinos aqui
na Terra. Enquanto ela cumpre a missão delegada por Deus, se torna também bênção para
aqueles que são alcançados pelas verdades que ele prega. Vamos estudar sobre a verdadeira voz
profética da Igreja e o seu papel de despertar a consciência humana para Deus.

1. A Verdadeira Voz Profética é Solitária

Um dos maiores equívocos do homem está expresso na seguinte frase: “a voz do povo é a
voz de Deus”. Em sua absoluta perfeição moral, a veracidade se torna o aspecto do caráter de
Deus que mais confronta o homem desviado da verdade (Rm 3.4).

a) Solitária por sua natureza


Por seu caráter, a voz profética é de natureza solitária (Jo 1.23). Se tomarmos como
exemplo os homens que falaram da parte de Deus no passado iremos constatar que, na maioria
das vezes, eles falavam sozinhos, ou sejam, não faziam coro com a multidão. Micaías por
exemplo, ficou sozinho para dizer a verdade ao rei Acabe (I Rs 22.14), contra os profetas
mentirosos (I Rs 22.6). Elias teve que lutar contra a mentira e a idolatria um dos piores períodos da
Apologética - 31 -
sua nação (I Rs 18.22). Com a Igreja não é diferente, o mundo moderno conspira contra a própria
noção da verdade (Rm 1.24.25), e para ser verdadeira voz profética a Igreja precisa aceitar a
solidão do seu ofício.

b) Solitária por sua hora


Historicamente, a manifestação da verdadeira voz profética se deu nos momentos de maior
crise. Talvez aí se explique o seu caráter solitário. Elias chegou a se queixar a Deus por se sentir
só (I Rs 19.10). João Batista, como uma voz clamava em tempos difíceis, anunciando a chegada
de um novo tempo (Lc 3.1-16). Somos parte de uma geração que precisa conhecer a nossa hora,
principalmente do ponto de vista dos acontecimentos proféticos.

c) Solitária por sua aspiração


Os homens mais solitários são aqueles em quem é confiada uma mensagem
verdadeiramente profética (Lc 5.16). Por causa do seu zelo e de suas aspirações, dificilmente são
cercados de multidões. Não é fácil acompanhar um profeta como Noé, que pregou a mensagem de
arrependimento aos seus contemporâneos sem que uma alma se arrependesse (Hb 11.7; II Pe
2.5). Seguir os passos de um Paulo que ansiava por ver o mundo convertido a Cristo, mas convivia
com sentimentos de solidão: “Bem sabeis isto: que os que estão na Ásia todos se apartaram de
mim; dentre os quais foram Fígelo e Hermógenes” (II Tm 1.15). Se a Igreja sonha com a verdade,
a justiça, o perdão, a paz, ela deve estar preparada para não contar com as multidões.

2. A Verdadeira Voz Profética é Reflexiva

O nosso tempo é caracterizado pela falta de reflexão, principalmente quando o assunto está
relacionado a temas bíblicos. A Igreja para se constituir em verdadeira voz profética nestes dias
precisa aferir a sua mensagem com a Palavra de Deus (I Jo 1.5). A nossa orientação atual, tanto
quanto a escatológica, deve receber luz daquilo que já está escrito (II Pe 1.19). A reflexão auxiliada
pelo Espírito Santo confere à mensagem profética autoridade e autenticidade, pois ninguém pode
falar senão pelo Espírito (Jo 16.13).

a) A voz profética precisa ter pertinência


Isso significa dizer que, para ser a verdadeira voz profética, a mensagem da Igreja precisa
ter relevância (Mc 1.22, Jo 10.41). Esta é notadamente a era das inverdades, do relativismo, das
coisas falsificadas, das coisas aparentes e para ser verdadeiramente voz profética neste tempo, a
Igreja precisa se manter fiel à verdade (I Tm 3.15).

b) A profecia de João Batista


O ministério de João Batista é descrito brevemente nos quatro evangelhos. A narrativa do
arrependimento, que utilizou com lema as palavras de Isaías 40.3: “Voz do que clama no deserto:
Preparai o caminho do Senhor, endiretai no ermo a vereda a nosso Deus” (Mt 3.1-3; Mc 1.2-4; Lc
3.3-6). O teor da sua mensagem profética era a manifestação do messias a Israel, fato cumprido
na pessoa de Cristo.

c) A voz profética tem caráter confrontativo


A Igreja precisa compreender a importância que ela tem no contexto atual e assumir a
responsabilidade de ser uma voz profética de confrontação. Confrontar os homens quanto aos
pecados (Mc 6.18), quanto à santidade de Deus (I Pe 1.15), às justiças sociais (Am 5.11-15),
desigualdades (Lc 3.11), à fonte da salvação (At 4.12) e quanto ao tempo da salvação: “Buscai o
Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Is 55.6).

3. A Verdadeira Voz Profética é Denunciativa

Equilíbrio, essa é a palavra de ordem quando a Igreja exerce o seu papel de verdadeira voz
profética quanto ao mundo (At 20.27). Não estamos autorizados a falar além do que a própria
Palavra de Deus nos autoriza (II Co 4.2). É preciso ter senso e muita submissão ao Espírito Santo
Apologética - 32 -
para não assumirmos posições extremadas que, ora condena tudo, ou ora aceita tudo (Cl 2.8,18; I
Tm 4.3). O certo é que qualquer dom exercitado tem que ter como base o amor (I Co 13.2).

a) A Igreja denuncia o pecado


É preciso que se denuncie a conseqüências do pecado, o seu poder destruidor de aniquilar
as vidas, separar a família, separar o homem de Deus, trazer pestes e doenças, ódios e
desavenças, inimizades e condenação. É de absoluta importância que se fale de seu salário:
“Porque o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).

b) A Igreja aponta para o amor de Deus


A mesma voz que denuncia: “O salário do pecado é a morte”, é a mesma que declara “o
dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23). A mesma voz
que denuncia: “todo mundo está no maligno” (I Jo 5.19), é a mesma que declara: “para isto o filho
de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo (I Jo 3.8)”.

c) A Igreja chama ao arrependimento


A Igreja deve imitar o evangelista João: “E naqueles dias, apareceu João Batista pregando
no deserto da Judéia e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus” (Mt 3.1,2).
É regra que ao final de toda boa mensagem segue-se o apelo (Is 53.1). O grande êxito do
cristianismo reside no chamamento que a Igreja, através da sua mensagem salvadora, faz ao
mundo. Pedro, no dia de pentecostes, tomado de poder e graça no espírito conclamou o povo ao
arrependimento (At 2.37).

4. A Verdadeira Voz Profética em uma Cultura Caótica

Nunca os valores da nossa cultura atingiram índices tão baixos no que diz respeito aos
valores éticos e cristãos. É na verdade a cultura do caos, e nos parece que, aqui se cumpre, na
sua plenitude, a palavra de João: “Sabemos que somos de Deus e que todo mundo está no
maligno” (I Jo 5.19). É preciso que a Igreja aprenda a levantar a sua voz, o exemplo que fez João
Batista quando denunciou o adultério de Herodes com a irmã de seu irmão Felipe, Herodias (Lc
3.19,20).

a) Uma cultura fundamentalmente mentirosa


Cultura é complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros
valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade. Só
podemos lamentar o estado em que vivem nossas instituições. A nossa cultura está impregnada de
mentira (II Tm 3.13). Nessa hora que a Igreja tem que lembrar das palavras do Mestre: “Vós sois o
sal da Terra” (Mt 5.13). Jesus ao se referir à mentira diz que ela tem por pai o diabo (Jo 8.44).
Quanto a sentença dos mentirosos da Bíblia diz que o destino deles será o lago que arde com
fogo e enxofre (Ap 21.8).

b) Uma cultura fundamentalmente permissiva


Quando falamos de cultura permissiva nos referimos ao ato de tolerância a todas as
práticas, quer certas ou erradas (Ap 2.20). Em função da sua cegueira espiritual, a permissividade
dá ao homem o direito de julgar os seus próprios atos, sem que para isto tenha que prestar contas.
A Palavra de Deus rejeita essas práticas (Rm 1.26-32). A Igreja que quer ser a verdadeira voz
profética de Deus precisa se manifestar contrária a este estado de caos, do contrário deixa de ser
sal e luz (Fp 2.15).

c) Uma cultura a beira do colapso


A nossa cultura, se continuar caminhando sem limites rumo à medida plena do caos,
provocará o maior esfacelamento social de toda a história, trazendo enormes prejuízos para a
principal instituição social que é a família (I Tm 5.8). Por esta razão a igreja deve trabalhar como
guardiã dos verdadeiros princípios éticos e cristãos, a fim de ser considerada como Igreja de
Filadélfia (Ap 3.8-10).
Apologética - 33 -
Mesmo diante de situações de adversidades é importante saber se Deus está trabalhando
em favor de sua Igreja. Essa premissa nos garante que se estivermos atentos ao que Deus quer
fazer através de nós, as nossas vidas poderão constituir-se em um verdadeiro farol neste tempo de
obscuridade espiritual. Consideremos, portanto, a importância da verdadeira Igreja em tempos de
crise!

10. QUAIS SÃO OS ASPECTOS DA VERDADEIRA IGREJA DE DEUS

Ao ler os Evangelhos encontramos a história do ministério terreno de Jesus. Em Atos


encontramos o estabelecimento histórico da Igreja em Jerusalém. Das Epístolas herdamos as
bases doutrinárias da Igreja. Assim sendo, nelas podemos encontrar o perfil ideal de uma igreja
genuinamente bíblica.

1. A Igreja deve dar Primazia à Bíblia

A grande marca de uma Igreja verdadeira é sua paixão e devoção pela Palavra de Deus (At
17.11). Com a verdadeira fé vem (Rm 10.17) o equilíbrio.

a) A suficiência da Bíblia, como revelação de Deus


Encontramos uma definição de Grudem sobre a suficiência da Bíblia que é bastante para
compreendermos a importância dela como revelação de Deus: “Dizer que as Escrituras são
suficientes significa dizer que a Bíblia contém todas as palavras divinas que Deus quis dar ao seu
povo em cada estágio da história da redenção e que hoje contém todas as palavras de Deus que
precisamos para a salvação, para que, de maneira perfeita, nele possamos confiar e ele obedecer”
(II Tm 3.16).

b) O erro de não conhecer a Bíblia


Jesus asseverou que o grande erro dos saduceus era não conhecer a Palavra (Mc 12.24).
Ora, é evidente que Jesus confrontava acerca daquilo que Moisés já havia escrito, e eles por
ignorância ainda não tinham compreendido. Não conhecer a Bíblia é não conhecer Jesus, pois Ele
é o seu tema central (Jo 1.1-14).

c) O erro em não aplicar a Bíblia


Existem três situações quanto à aplicação da Bíblia. A primeira dela é não aplicar de forma
alguma aquilo que ele diz ou prescreve (Tg 1.23-24). A segunda diz respeito a sua má aplicação,
isso tem a ver com as leis de interpretação da hermenêutica bíblica. A terceira fala da sua boa
aplicação; que resulta de uma saudável interpretação. Uma Igreja que tem a Bíblia como aferidora
da sua mensagem e conduta, não pode colocar os seus regimentos e nem suas tradições acima
do que ela prega (Mt 15.6).
Apologética - 34 -

2. A Igreja deve Pregar um Cristo Suficiente

Jesus foi enfático: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e
são elas que de mim testificam” (Jo 5.39). Jesus censurou os estudiosos de seu tempo por não
conhecerem as Escrituras (Mc 12.24; Lc 24.45). A igreja que se propõe pregar a Bíblia tem que
aceitar o fato de que Cristo é suficiente. Não pode baratear o Evangelho como muitos fazem nos
dias atuais , com pregação inócuas, e sem a presença do Cristo vivo. Toda boa mensagem tem
que partir de Cristo e retornar a Ele (I Co 1.23,24).

a) Cristo como profeta


Em Deuteronômio 18.15-22, Moisés predisse o levantar de um poderoso profeta no meio do
povo de Israel, numa ilusão clara a Cristo. Ele como profeta revela-nos Deus (Jo 1.1-14; 14.6-11),
e ensina-nos a sua Palavra (Jo 14.10). A grande segurança da Igreja está na garantia que Cristo
lhe deu (Mt 24.35).

b) Cristo como Sacerdote


Uma igreja que prega que Cristo morreu pela remissão dos pecados da humanidade, não
pode ficar inventando meios e nem fórmulas, sob pena de estarem anulando a eficácia de seu
sacrifício (Hb 9.12). É importante conservamos na memória que o sacrifício de Cristo foi único e
perfeito e que de uma vez por todas preencheu todos os requisitos exigidos por Deus (Hb 9.26).

c) Cristo como Rei e Senhor


Dizer que só Cristo é o Senhor envolve em assumir as implicações dessa afirmativa (I Co
12.3). Jesus nasceu para ser Senhor e Rei (Jo 18.37; Jo 6.15). Uma das implicações mais sérias
dessa afirmativa é a de que ela nos tira do trono para colocar Jesus. Nada está acima dele, quer
sejam principados, potestades, instituições, personalidades (Cl 1.16,17). Precisamos resgatar a
mensagem que evidencia o Senhorio de Cristo e coloca o homem e as instituições em seus
devidos lugares.

3. A Igreja deve Pregar a Salvação pela Graça

Para ser uma Igreja de perfil bíblico, implica em pregar que a salvação é pela graça, e não
por méritos. Quando falamos de graça estamos ressaltando o caráter sobrenatural da salvação (Ef
2.8).
Alguém já declarou que, “a misericórdia retém o julgamento que um homem merece, mas a
graça outorga alguma bênção que esse homem não merece” (At 15.11).

a) A graça que aceita


Crer que algo pode ser feito a fim de alcançarmos os favores de Deus, é diminuir a
grandeza da graça (II Tm 1.9). É necessário entender que o preço da nossa liberdade foi o sangue
de Cristo (Rm 3.24). Paulo afirma que a graça traz salvação a todos os homens (Tt 2.11). É um
verdadeiro desprezo à graça, quando o homem valoriza as obras como pré-requisitos para a
salvação, e não como uma conseqüência de quem já foi graciosamente perdoada, e por esta razão
quer agora, em função de sua nova vida, produzir frutos (Jo 15.1-5).

b) A graça que transforma


Da mesma forma que a graça nos aceita, ela é capaz de agir em nossas vidas no sentido
de transformá-la. Paulo coloca isto de forma bem clara quando escreveu sua carta aos Romanos:
(Rm 8.30). Fica evidente aí a atuação da graça divina nos vários estágios da salvação. Nenhum de
nós seríamos capazes de vivermos uma vida transformada, senão pela ação direta do Espírito
Santo de Deus em nossas vidas (II Co 3.18).

c) A graça que santifica


Apologética - 35 -
Quem de nós daria conta de abandonar o pecado para viver uma vida de santidade senão
pela graça? (Rm 5.20). Quem prega a santificação como algo que se processa de fora para dentro,
esquece-se que o Espírito Santo tem que trabalhar na interioridade da pessoa a fim de que ela
possa responder satisfatoriamente as exigências de Deus (I Ts 5.23; Ef 1.3-7).

4. A Igreja tem Respostas Equilibradas

Para o presente tempo, a igreja precisa saber dar respostas equilibradas aos grandes
desafios que aparecem pelo caminho (I Pe 3.15). Nos seus quase dois mil anos, nada foi
exatamente fácil para ela, houve momentos de sua história que seus líderes tiveram que pagar
com a própria vida em defesa da fé (Ap 2.10). Não será agora que as coisas serão diferentes (II
Tm 3.12).

a) A igreja sabe refutar quando precisa


A igreja que não aprende a rejeitar aquilo que é prejudicial à fé de seus membros, está
contribuindo para o fracasso dos mesmos. É dever da Igreja se posicionar coerentemente com a
Palavra, para evitar transtornos no corpo de Cristo (Fp 1.16). Essa é uma prática que devemos
aprender com a Igreja primitiva (At 11.17,18).

b) A igreja sabe ser sensível a obra do Espírito


Sensibilidade espiritual é a grande característica de uma igreja que não quer fugir do
modelo bíblico (Fp 1.3-6). Se crermos que é o Espírito Santo quem faz a obra, não resta outra
alternativa, senão ser sensíveis à sua direção (Rm 8.14). Nos parece ter sido esta a grande marca
da Igreja Primitiva que buscava resolver todos os seus problemas à luz da direção do Espírito: “E,
servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a
obra que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os
despediram” (At 13.2,3). É notória a atitude de submissão da Igreja nos primeiros séculos de sua
existência, e se ela nos dias atuais, quiser ver realizados os propósitos de Deus terá que percorrer
o mesmo caminho.

c) A igreja conhece os grandes momentos de Deus


Deus espera que a Igreja esteja na vanguarda. Que nos grandes momentos da história,
saiba se posicionar coerentemente, com o fim de cumprir os desígnios de Deus aqui na Terra (I Tm
3.15). Conhecer os grandes momentos de Deus é a arte de manter todos os sentidos da alma
humana atentos para o que Ele tem a mostrar: “Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei
coisas grandes e firmes, que não sabes” (Jr 33.3). Aos discípulos de Jesus é dado conhecer os
mistérios do reino dos céus (Mt 13.11).

Esperamos que, na busca de ser uma igreja cada vez melhor, haja de fato o
comprometimento com um projeto de espiritualidade integral. Que nada possa roubar as nossas
forças ao fazer o melhor para Deus. Devemos sempre trazer à memória as palavras do apóstolo
Paulo nos ensinando a ser firmes e constantes, porque o nosso trabalho não é vão no Senhor (I Co
15.58).
Apologética - 36 -

Exercício 4


1. Quais são as três classes de pessoas?
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_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

2. Quem disse:
“Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endiretai no ermo a vereda a nosso Deus”
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3. A onde está escrito: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”
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4. A onde está escrito:


“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”
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5. Escreva com suas palavras:


“Por que temos que defender a nossa Fé Cristã”?
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Apologética - 37 -

Bibliografia

 Bíblia de Tradução Almeida, Revista e Corrigida, CPAD.


 Noções do Grego Bíblico, Vida Nova.
 Pequena Enciclopédia Bíblica, CPAD.
 Dicionário da Língua Portuguesa, Fênix.
 Comentário Bíblico, Lourival Dias Neto, Betel.
Apologética - 38 -
Nota

Prova de Apologética Cristã

(NOME LEGÍVEL)

Aluno (a):.....................................................................................................data............../.............../..............

(Marque um X na alternativa correta)

1. O G - 12 ensina que os seus adeptos devem escrever seus pecados em papel e depois será
queimado em fogueira . Esta Informação É:
 Verdadeira
 Falsa

2. Qual é o Objetivo da Nova Era?


 O objetivo unificar a Fé e as trevas
 O objetivo unificar o bem com mal
 O objetivo tornar o homem a ser deus
 O objetivo idealizador da Nova é Era alcançar o estabelecimento de uma Nova Ordem Mundial

3. Em que ano o Movimento Pentecostal chegou ao Brasil?


 No ano de 1911
 No ano de 1915
 No ano de 1925
 No ano de 1950
 No ano de 1970

4. Quem respondeu sobre um cego: “Nem ele pecou nem seus pais, mas foi assim para
que se manifestem nele às obras de Deus”
 Paulo
 Pedro
 João
 Tiago
 Jesus

5. Pode um Cristão Fiel ser possesso por demônios?


 Sim
 Não

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