27 - Apologética
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27 - Apologética
Índice
1. O QUE O “G – 12” ?
O que o G 12?
Alguns segmentos evangélicos vivem em função de ondas espirituais. O que eles sempre
alegam é que Deus está dando uma nova revelação para a sua obra. Até este ponto, tudo bem.
Cremos de fato que Deus dá diretrizes para a sua obra, entretanto, o que nos preocupa são os
movimentos que se denominam como “únicos”, e os seus líderes se comportam como se toda
verdade estivesse só do lado deles. Várias ondas já surgiram e desapareceram. A explicação é
simples, na sua maioria, são sem consistência teológica, sobrevivem só enquanto durar a febre ou
até que uma outra onda apareça. Uma das mais recentes novidades que atingiu esses segmentos
e merecem uma atenção especial por parte da Igreja é o G-12.
O passado mais recente da história do G-12 está ligado a um pastor da Colômbia, que relata
em seus livros e conferências ter recebido através de visões, estratégias para o crescimento da
Igreja nos dias atuais. Conforme ele próprio relata, no ano de 1983 ele teve uma experiência com
Deus que o chamava para pastorear. No ano de 1991, ele recebeu as diretrizes para entrar no
processo de multiplicação.
a) Porque G-12
Segundo o idealizador do movimento, o G-12 foi uma estratégia dada por Deus: “Pedi direção do
Senhor, e Ele prometeu dar-me a capacidade de preparar a liderança em menos tempo. Pouco
depois abriu um véu em minha mente dando-me o entendimento em algumas áreas das Escrituras,
e perguntou-me: quantas pessoas Jesus Treinou? Começou desta maneira a mostrar-me o
revolucionário modelo da multiplicação através dos doze”.
b) O G-12 no Brasil
No Brasil esta visão foi abraçada, principalmente, pelos movimentos neopentecostais. Segundo
conta, um dos expoentes mais influente desta visão no Brasil, certa vez, enquanto orava, Deus
falou com ele sobre a importância de um “ato profético” que marcasse o inicio de uma nova fase na
conquista da nação. Dentre os detalhes desta visão, este “ato” simbolizava o sepultamento da
estrutura da Igreja herdada de Roma, com “caixão e tudo” significando que a estrutura atual da
Igreja está ultrapassada. E não apenas isso, ela está também fora dos propósitos de Deus.
c) Os conceitos da visão dos 12
A visão tem por princípio dividir a Igreja em pequenos grupos. O pastor da igreja escolhe doze
pessoas para treina-las, produzindo nelas a sua visão e o seu caráter. Cada pessoa devidamente
treinada se torna líder de uma célula. O trabalho desse líder será de fazer esta célula se
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multiplicar, através da escolha de seus doze. Estes outros doze trabalha também visando a
multiplicação, e assim sucessivamente. Segundo essa visão “um pastor não pode discipular, de
fato, mais do que doze pessoas. Se isso fosse possível, Jesus o teria feito”. Essa premissa não é
uma verdade bíblica, pois no princípio da Igreja não foi assim (At 2.41; 4.4; 9.31; 11.21-23).
2. Encontro ou desencontros?
A palavra “encontro” faz parte da linguagem da nossa visão, afirmam eles. Para que o
crente tenha êxito em todas as áreas de sua vida, é preciso que ele passe por alguns encontros,
que são retiro de três dias, durante os quais o novo crente compreende a dimensão do significado
do arrependimento, recebe cura interior e é liberto de qualquer maldição que tenha imperado em
sua vida.
a) A integração na visão
Para se encaixar dentro da visão a pessoa tem que passar por várias etapas: O pré-
encontro, realizado no templo ou na célula, onde a pessoa recebe orientações para o encontro. O
“Encontro”, um retiro espiritual por três dias em uma chácara onde só podem participar as pessoas
que já passaram pelo pré-encontro. A ênfase das administrações está nas áreas de
arrependimento, quebra de maldições, cura interior e batismo no Espírito Santo. No encontro, a
pessoa também toma conhecimento da visão. E, por último, o pós-encontro, realizado no templo
ou em outro lugar conveniente com objetivo de ensinar às pessoas a lidar com os contra-ataques
de Satanás.
b) Métodos Antibíblicos
Existem métodos que são utilizados nos “encontros” que fogem totalmente aos padrões
bíblicos e que são motivos de questionamento. Dentre eles, “a cura interior” que envolve regressão
psicológica, atividade que só pode ser exercida por profissionais da área de psicologia, mesmo
assim com riscos para a pessoa. Todos nós precisamos de saúde espiritual, porém ela não
depende de nenhum ritual, conforme (Ef. 2.4-6).
c) Métodos estranhos
Ainda faz parte dos rituais do “encontro”, a pessoa escrever os seus pecados em pedaços
de papel e depois queimar em uma fogueira acesa para este fim. Esta prática procura anular a
eficácia do sangue de Jesus: “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está temos comunhão um
com os outros, e o sangue de Jesus Cristo seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I Jo 1.7).
Apesar das veementes defesas que as lideranças deste movimento têm feito, não há
como negar os grandes problemas que ele tem trazido à obra de Deus (I Co 14.33). Essa
afirmativa, não é nenhuma leviandade, mas é a constatação da prática de igrejas que se dividiram,
crentes que desviaram desiludidos e nas igrejas que entraram para a visão, os crentes que não
quiseram passar pelos encontros foram descriminados (I Co 1.10). Vejamos alguns problemas do
G-12.
a) Exclusivismo
Para os líderes do G-12, essa é a visão de Deus para este momento da Igreja. E não
apenas isto, mas a única saída para o crescimento, veja o que escreveu o seu líder maior em um
de seus livros: “A frutificação neste milênio será tão incalculável, que a colheita só poderá ser
alcançada por aquelas igrejas que tenha entrado na visão celular. Não há alternativa: a igreja
celular é a igreja do século XXI”. Esquecem-se eles que, quem dá crescimento à Igreja é Deus (I
Co 3.6), Ele é a razão da multiplicação da Igreja (I Co 3.7).
b) Desvios doutrinários
Desviar-se da doutrina é deixar de ensinar e trilhar na boa doutrina e escolher
caminhos próprios de interpretação (Tt 2.1). Na medida em que as práticas adotadas nos
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encontros exigem da pessoa: quebra de maldição hereditária, regressão psicológica, escrever o
pecado em pedaços de papel e depois queimá-los, todo o passado de vida cristã é
desconsiderado. Quanto a isto a Bíblia nos ensina que o nosso passado foi esquecido por Deus
em Cristo, quando o confessamos (Hb 8.12; 10.14,17).
A Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, preocupada e com muito zelo
pela obra de Deus, resolveu em Assembléia Geral o seu parecer contrário ao movimento G-12.
Isso caracteriza o cuidado com o “rebanho de Deus” (I Pe 5.2-4).
a) Quanto a Cura Interior
O grupo utiliza-se de hipnose e aplica a técnica de regressão etária para ensinar aos
que participam do encontro à libertação de perdão contra ofensas recebidas desde a fase
embrionária, ao pai, à mãe, aos irmãos, aos familiares e até mesmo a Deus. A cura interior que
nós cremos e a Bíblia respalda á aquela operada pelo Espírito Santo (Jo 16.8-13; Rm 8.1; I Co
2.16; Fp 3.12-14; Hb 4.12; 9.14), onde não precisa de ajuda do homem.
b) Quebra de maldição
De acordo com o manual que rege os encontros, eles usam citações bíblicas (Êx
20.1-5) sobre o tema, e dizem: “a maldição é a permissão dada ao Diabo para causar danos à vida
das pessoas”. Caem em contradição na mesma referência bíblica, pois o versículo 5, na parte b,
afirma que é o próprio Deus quem amaldiçoa. Fica, portanto bem claro que a liderança do
movimento não aprecia os princípios da hermenêutica. Cristo anulou na cruz todo o efeito de
nossos pecados, quando de nossa entrega incondicional a Ele (Pv 3.33; II Co 5.17; Cl 3.13; Hb
7.25).
A Igreja precisa estar alerta quanto às novidades que surgem de tempos em tempos,
para não abandonar aquilo que a Bíblia ensina. Os tempos são difíceis, exatamente como previa
Paulo a Timóteo. Para não sofrermos danos na vida espiritual, necessário se faz, termos muita
cautela e acima de tudo, apego à Palavra de Deus. Toda inovação nestes últimos dias deve ser
vista como cumprimento das profecias que nos alertam para o surgimento de falsos mestres e
falsos pastores. Todo cuidado é pouco!
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As heresias são tão antigas, quanto o próprio homem. Mescladas com a verdade, usando a
religião e penetrando dentro da própria ciência parece sempre oferecer respostas para as grandes
questões da vida. O movimento “Nova Era” é hoje, uma espécie de um guarda-chuva, que sob si,
abriga todos os tipos de heresias e apostasias. Devemos, portanto, não dar ouvidos a espíritos
enganadores e a doutrinas de demônios.
Segundo Mcdowell: “uma seita é uma perversão, uma distorção do cristianismo bíblico
e ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja Cristã”. A Nova era, do ponto de vista teológico se
constitui num verdadeiro sincretismo religioso, misturando filosofias orientais com espiritismo,
cristianismo e outras doutrinas e religiões.
Para Nova Era, o problema do homem é porque ainda não evoluiu suficientemente,
ele ainda vive no plano inferior. Mas na medida em que cresce em sua divindade, porque todos
têm em si a divindade latente, estará com todos seus problemas resolvidos, inclusive a sua
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salvação. Em tudo isso a Bíblia afirma o contrário; o homem só resolverá os seus problemas em
Cristo (Jo 15.1-5).
d) O Enfoque verdadeiro
A Bíblia nos mostra que na plenitude dos tempos, Cristo morreu, embora nada
tivéssemos que nos recomendasse, na verdade tínhamos tudo contra nós. Acontece que a morte
de Cristo na cruz foi um ato de amor que nos possibilitou encontrar em Jesus, o único e
suficiente salvador de nossas almas.
4. É já a última hora.
A terra está ferida pela maldade do homem, a violência campeia num verdadeiro
processo de auto destruição (I Jo 5.19). É hora de renovar nossas esperanças nas preciosas
promessas divinas (I Ts 5.1-4).
c) Vivendo em discernimento
O tempo aguardado pela Igreja de Cristo, não é o mesmo aguardado pela Nova Era,
nós aguardamos “a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e
nosso Senhor Jesus Cristo”. Enquanto eles pregam sucessivas reencarnações para se chegar ao
divino, nós aguardamos a ressurreição dos que já morreram em Cristo, e a transformação dos
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crentes vivos para o arrebatamento glorioso da Igreja. Enquanto eles pregam que a solução está
dentro do próprio homem, a Igreja descansa na graça salvadora do sangue de Cristo.
Exercício 1
1. O G 12 ensinam que os seus adeptos devem escrever seus pecados em papel e depois será
queimados em fogueiras .
Esta Informação É:
[ ] Verdadeira
[ ] Falsa
3. O QUE É NEOPENTECOSTALISMO?
b) O Pentecostes e a União
É quase impossível ler a história da Igreja Primitiva e não encontrar fortes traços de uma
comunhão verdadeira. A palavra comunhão usada por Lucas: “e perseveraram... na comunhão” (At
2.42) do grego é ”Koinonia” que segundo estudiosos pode ser entendida num sentido absoluto,
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como parte essencial da vida de adoração. É fácil entender isto pelas muitas alusões bíblicas
quanto às ações da Igreja no sentido de apoiar a as pessoas individualmente (At 4.32); e não
apenas isto, mas na “Koinonia” a pessoa era constrangida pelo Espírito a compartilhar o vínculo
comum e íntimo de companheirismo com sua comunidade (At 4.34,35).
b) O Pentecostes e Oração
Um dos pontos fortes do pentecostalismo primitivo foi à vida devocional, incluindo aí a
oração (At 2.42b). A Igreja nasceu em uma atmosfera de oração (At 1.12,13). Foi em resposta às
orações, que o Espírito Santo desceu no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Consultando a história da
Igreja vemos que existia uma observância rígida a períodos estritos de oração (At 3.1). A razão da
manifestação do Espírito Santo conferindo à Igreja poder para dar testemunho de Cristo estava
ligada à vida de oração de seus membros (At 4.31).
O movimento pentecostal no Brasil teve inicio no ano de 1911, com a chegada de dois
jovens suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren. Eles assumiram o desafio do Espírito Santo para
serem missionários em terras brasileiras. Suas vidas estavam ardendo no poder Pentecostal, e,
em uma reunião de oração, foram levantados pelo poder do Espírito Santo para trazerem ao Brasil
a mensagem pentecostal. Esse avivamento mudou a história da igreja evangélica brasileira.
3. A Origem do Neopentecostalismo
Traçamos nas linhas anteriores o perfil do pentecostalismo histórico, suas origens, sua
mensagem e suas práticas. Sabe-se que é resultado de movimentos que começaram a acontecer
nos Estados Unidos por volta das décadas de 60 e 70. No Brasil mais recente, por volta do ano de
1975. A principal característica foi a mudança no enfoque doutrinário, principalmente com relação a
fé.
a) O Inicio
O surgimento do neopentecostalismo no Brasil está primeiramente ligado à sujeição da
cultura norte-americana. No tempo teológico não tem sido diferente, a Igreja acaba consumindo o
que se produz nos EUA. Dentro desse contexto, segundo alguns estudiosos, está uma gama de
fatores, que estão ligados á fragilidade teológica da Igreja, à vocação mística do brasileiro,
obsessão pela praticidade e pelo utilitarismo. O “evangelho neopentecostal” volta todas suas
atenções para uma cultura de consumo e sucesso (Fp 1.15).
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b) A Variação do Neopentecostalismo
Por ser excessivamente tolerante o neopentecostalismo se tornou um movimento de
inclusão, aceitando no seu seio todo tipo de pensamento e prática. Por ser pluralista é um
movimento que agrega, sem critérios, toda nova visão que aparece, desde que a mesma venha
acompanhada de uma virtual autoridade (I Jo 4.1). É um movimento que não valoriza a reflexão
bíblica, até porque a Bíblia é um instrumento adaptado aos propósitos de sua teologia, e se nega a
sujeitar àquilo que realmente ela diz, enfocando apenas o que se quer (I Tm 4.1,2).
c) Mensagem Atraente
A ênfase de sua mensagem recai, quase que exclusivamente na fé, como um instrumento
não de salvação, mas de trazer para a existência a prosperidade financeira a e saúde perfeita (I Co
2.5).O movimento trabalha muito mais a dimensão física de pessoa do que a sua dimensão
espiritual (I Tm 4.8). “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos
os homens” (I Co 15.19).
c) As fantasias teológicas
O neopentecostalismo, por não Ter a preocupação quanto às doutrinas, restringe
basicamente a sua teologia em verdadeira fantasia, a deificação humana: “você não tem um Deus
dentro de você. Você é um Deus”. Ensinam o rebaixamento de Cristo: “O crente foi uma
encarnação tanto quanto foi Jesus de Nazaré”. A fé de Deus: “Deus é um ser dotado de fé”,
afirmam os pregadores do movimento da fé. Enfatizam ainda a quebra de maldição hereditária, a
confissão positiva, a fé na fé e tantas outras aberrações teológicas.
É importante salientar que nossa reflexão visa dar elementos para que possamos avaliar
práticas e métodos não endossáveis pela Bíblia Sagrada. Não é intenção nossa, ser juiz e nem ir
contra aqueles que sinceramente procuram fazer a obra de Deus imbuídos de honestidade. É
preciso reconhecer aqueles que estão verdadeiramente comprometidos com uma visão sadia.
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4. A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
c) A razão do crescimento
Estas heresias crescem tanto por algumas razões básicas: Primeiro: porque é muito atrativo,
satisfaz exatamente aquilo que o homem mais gosta, uma vida financeira tranqüila (Lc 12.16-19).
Segundo: porque as pessoas não parecem tão dispostas a assumirem as regras do verdadeiro
discipulado (Mc 10.21,22). Terceiro: mudança de conceito, o temporal passa a Ter mais valor do
que o eterno. O exemplo da Igreja Primitiva nos ensina exatamente o contrário (At 2.44-46).
Não é de hoje que a igreja precisa tomar uma posição mais refletida sobre as influências
que estes ou outros ensinos, de forma lisonjeira, têm sido introduzidos no seu seio. A melhor
posição diante desses desafios é adotar a posição dos crentes de Beréia (At 17.10-11). A
valorização do ensino e o estímulo para a leitura da Bíblia são os melhores instrumentos de
defesa contra as influências das falsas doutrinas (I Tm 4.13-16).
Uma perspectiva correta da prosperidade, à luz da Bíblia, pode nos levar a desfrutar o
melhor de Deus para nossas vidas (Ef 1.3). Ao falar assim, evocamos sua soberania nas
nossas orações idéia abominável para aqueles que acham que Deus é obrigado a atender os
nossos pedidos (I Jo 5.14,15).
A busca de respostas aos nossos anseios tem que passar necessariamente pelo
crivo da soberania de Deus. Aprender a orar sabiamente é o grande desafio da vida cristã e
só conseguem essa façanha aqueles que aprenderam que a maior busca da vida deve ser à
busca da vontade divina. Portanto, não é a pobreza nem a riqueza que definem a
performance na vida espiritual, mas a nossa capacidade de nos situar adequadamente dentro
dos propósitos divinos.
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Exercício 2
1. Em que ano o Movimento Pentecostal chegou ao Brasil?
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Como todo ensino controverso, a Teologia da Maldição Hereditária foi concebida a partir
da má interpretação bíblica, e faz parte de um pacote de novidades que surgem periodicamente
em nosso meio, é como um novo produto no mercado. E, muitas vezes, por encontrar terreno
apropriado, essas novidades acabam se enraizando, criando sérios problemas para a vida da
Igreja.
Esse ensino diz que qualquer pessoa, mesmo aquelas já convertidas à Cristo, que
carregam consigo certos problemas, não conseguirão se libertar deles, se não quebrar as
maldições das gerações passadas (Ez 18.20). Se acontecer na vida da pessoa ou de sua família
problemas, porque seus ancestrais deram lugar ao diabo, e agora sua família está sob “a maldição
hereditária”, entretanto, a Bíblia afirma, que “os que estão em Cristo Jesus, são novas criaturas: as
coisas velhas ficaram para trás” (II Co 5.17).
Esse é um dos textos prediletos dos pregadores que ensinam sobre a crença na maldição
hereditária. “Não te curvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, Sou Deus
zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e Quarta geração daqueles que me
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aborrecem” (Êx 20.5,6). No entanto, no texto o que está em foco não são maldições hereditárias e
sim os efeitos do pecado. A Bíblia deixa muito claro que a responsabilidade pelos pecados é
individual (Ez 18.1-4).
Assim, se uma pessoa é acometida com certa enfermidade, como câncer, por exemplo, é
porque essa doença se fez presente em gerações passadas, é uma maldição herdada que precisa
ser quebrada. Jesus certa vez foi argüido pelos seus discípulos sobre um determinado cego de
nascença, e respondeu: “Nem ele pecou nem seus pais, mas foi assim para que se manifestem
nele às obras de Deus” (Jo 9.2,3).
Outra crença desta teologia é de que há nomes próprios cujos significados são
carregados de uma carga negativa muito grande, e uma vez que se dá um desses nomes a uma
pessoa, o mesmo pode se constituir um fator de maldição na vida dela. Há inúmeros nomes na
Bíblia cujos significados não corresponderam àquilo que as pessoas foram na prática: Absalão -
pai da paz; Judas- louvor; Apolo- nome de um deus da mitologia grega. O que faz o nome é o
caráter da pessoa. Um dia, todos os salvos terão um novo nome (Ap 2.17).
Um chavão que se tornou comum no meio evangélico é: “ há poder em suas palavras” (Pv
18.21). Segundo este astuto ensino, as palavras estão encarregadas de poder, tanto para
abençoar, como para amaldiçoar, basta que sejam pronunciadas e assim acontecerão. É certo que
todos nós temos que Ter cuidado e responsabilidade com aquilo que pronunciamos, até mesmo
em função da nossa condição de filhos de Deus (Pv 13.3; 21.23), mas não há nenhum apoio
bíblico para a crença de que a palavra tem poder objetivo em si mesma.
Não podemos ignorar influência relativa que a palavra pode exercer na vida das pessoas.
Uma criança, que vive em um ambiente de ódio, discórdias e mentiras tem maiores possibilidades
de desenvolver um caráter baseado nestes valores do que uma que vive em um lar cheio de amor,
concórdia e verdade (I Co 15.33). A isso podemos chamar de influência relativa da palavra (Ef
4.29).
O que fazer com os inimigos; Jesus nos ensinou a cerca dos nossos inimigos. (Mt
5.43,44). As atitudes do cristão em relação ao seu próximo, mesmo que ele o odeie está expresso
nestas célebres palavras de Jesus, registradas no texto acima.
3. A Responsabilidade é Individual
Que culpa tem a pessoa pelos pecados que os seus antepassados praticaram? Deveriam
ler a Bíblia, pois ela ensina que a responsabilidade é individual (Ez 18.20). Ao contrário, é preciso
que ela creia no poder da salvação, que quebra todas as maldições (Rm 8.1).
a) Mania de transferência
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Em Ez.18.1,4, o profeta exorta o povo a tomar consciência da individualidade na
responsabilidade pelo pecado. Ele descreve nesta profecia três gerações para mostrar que cada
uma sofreu pelos seus próprios pecados. Entretanto, o homem sempre foi buscar fora de sua vida
as razões e os motivos de seus erros (Lm 3.39). Adão culpou Eva, que por sua vez culpou a
serpente (Gn 3.12,13). Infelizmente, a “teologia das maldições hereditárias” faz parte dessa “mania
milenar”.
b) O medo de assumir
c) A lei da semeadura
Paulo afirmou: “Não erreis; Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem
semear, isso também ceifará. Porque o semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o
que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6.7,8). Quando o homem escolhe
uma ação, ele escolhe também as conseqüências advindas dessa ação. Essa é a lei da
semeadura, ou seja, a semente colhida terá sempre a natureza da semente semeada.
Se o cristão tem problemas que o afligem em sentido geral sentenciando-o a viver uma
vida de lamúrias e sofrimentos, não existe caminho melhor do que confiar na capacidade do amor
de Deus (Hb 4.16); chegando com confiança diante do trono da graça e recebendo pela confissão,
o perdão de seus pecados (Fp 3.13,14).
A porta de entrada das bênçãos de Deus em nossas vidas são as nossas atitudes,
principalmente a de obedecer-lhe, mesmo que nos custe algum sacrifício, assim como fez Moisés
(Hb 11.24-26). Se o homem preferir uma vida de distanciamento e desobediência receberá o
prêmio da condenação presente em formas de maldições e, por fim, se não arrepender, a
condenação eterna (Mc 16.16).
Na parábola do filho pródigo, Jesus exemplificou através do filho mais moço, as duas
condições em que o homem pode-se achar: estar em Cristo, ou estar fora dele; nunca nas duas
condições ao mesmo tempo. Estar nele é de todas a maior benção (Lc 15.18). Estar fora dele é a
maior maldição. O que determina uma ou a outra condição é a atitude que o homem toma em
relação a Deus. Tiago escreveu: “Chegai-vos a Deus, e Ele se achegará a vós” (Tg 4.8). Assim
sendo, a única maneira de se quebrar a maior de todas as maldições é através de uma conversão
genuinamente verdadeira (Rm 8.1).
Batalha espiritual tem sido um tema bastante discutido ultimamente. Não resta a menor
dúvida de que vivemos experimentalmente em nossas vidas a batalha espiritual, como também é
verdade que há uma valorização extremada dos demônios por parte de pessoas que têm uma
teologia desequilibrada a respeito do assunto. É importante estudar a verdade sobre este tema
para não incorrermos no equívoco de dar aos problemas, diagnósticos que não correspondem à
realidade.
Por ser um assunto que gera muitas controvérsias, quanto os pontos de vista vão desde o
extremo do ceticismo ao extremo do supersticionismo, é sempre bom analisar todos os fenômenos
à luz de que a Bíblia diz. Ela sim é a maior autoridade do assunto. Há pelo menos três reações
perigosas que precisam ser evitadas.
a) A reação da incredulidade
Existem aqueles que acham que é pura fantasia da mente a existência dos demônios,
chegando até ridicularizar a idéia de sua realidade (Sl 89.48). Por não acreditarem: estas pessoas
estarão sujeitas a riscos que podem gerar grandes prejuízos em suas vidas. Podem ser
enganadas, como Eva (II Co 11.3), e podem Ter suas mentes obscurecidas quanto às suas ações,
uma vez que não crêem na realidade de sua existência. Paulo advertiu: “...para que não sejamos
vencidos por Satanás, porque não ignoramos as suas ardilezas” (II Co 2.10,11).
b) A reação de indiferença
São pessoas que não buscam informações bíblicas a respeito do assunto, preferindo
manter uma atitude de total desinteresse (At 17.32,33). Como os incrédulos, elas também correm
os mesmos riscos, sendo susceptíveis de nunca neutralizarem as ações do mal que podem afetar
as suas vidas (II Co 4.4). Pedro exorta-nos a viver com discernimentos e critério dizendo: “...sedes
sóbrios...” (I Pe 5.8).
c) A reação do fascínio
São aquelas pessoas que vivem sob o constante estímulo de achar que na vida tudo é
uma questão de guerra entre o bem e o mal (Rm 7.19). Valorizam exageradamente o tema, a
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ponto de adotarem elementos supersticiosos à fé cristã (At 17.22). Esse fascínio de que tudo é
demônio pode levar a pessoa à nunca corrigir os seus problemas de caráter e nunca se desviar do
caminho do mal (Sl 1.1,2).
Uma vez que a Bíblia trata da existência de uma intensa batalha envolvendo o reino de
Deus e o reino das trevas, não podemos ficar alheios a esse assunto. Primeiro, porque nós
estamos envolvidos, e qualquer cristão pode atestar essa realidade nas suas próprias experiências
(II Co 12.7). Segundo, porque é nossa missão contribuir para a libertação espiritual de outras
pessoas (Mt 10.1,8; Mc 16.17).
Jó foi afligido (Jó 1.6-12), o homem de Gadara estava possesso por uma legião de
demônios e Jesus expulsou (Lc 8.26-39). Em outra oportunidade, expulsou da vida de uma mulher
sete demônios (Lc 8.2), havia uma outra mulher há dezoito anos sofrendo como uma prisioneira de
Satanás e Jesus a libertou (Lc 13.10-17). Paulo também, no exercício de seu ministério, deparou
com pessoas possessas (At 16.16,18). Ainda hoje a Igreja luta contra as forças das trevas (Ef
6.12).
O Brasil é um terreno fértil para a manifestação das forças do mal. Primeiro, a formação
étnica e cultural da nação abre espaço para todo tipo de manifestação e invocação de demônios.
Segundo, apesar do crescimento do Evangelho, o país ainda hoje, recebe o título de uma das
maiores nações espíritas do mundo. Terceiro, vivemos em um país onde grande parte da mídia
nacional dá espaço, valorizando e divulgando, toda forma de cultos e invocação aos demônios. É
necessário orar pelo Brasil (II Tm 2.1-5).
Quem de nós não é alvo dos constantes ataques de satanás? Se há uma coisa certa, é
que, ele nunca desistiu de nós. O grande aviso foi dado por Pedro: “Sedes sóbrios, vigiai, porque o
diabo, o nosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa
tragar; aos quais resistir firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os
vossos irmãos no mundo” (I Pe 5.8,9). O apóstolo Paulo enfrentou na sua vida constantes ataques
de Satanás (II Co 12.7), foi certa vez impedido de visitar Tessalônica (I Ts 2.18). O crente, no
entanto, não precisa temer as forças do mal, pois sua vida está guardada em Cristo (Cl 3.3).
Uma posição perigosa é emprestar valor demasiado aos demônios, mania que muitos
crentes têm, para todos os fatos infortúnios da vida (Ef 4.27). É preciso Ter muito cuidado,
principalmente com a literatura nesta área, hoje, muito explorada e às vezes sem o devido
conteúdo bíblico. Examinaremos três situações preocupantes, quando o assunto é valorização dos
demônios.
Em atos 42-47, temos os registros das primeiras atividades da Igreja Primitiva, O culto
naquela Igreja contemplava, prioritariamente o ensino da Palavra, com ênfase na Doutrina dos
Apóstolos. Isso fazia aquela Igreja atrativa, caindo na graça do povo. No entanto, vivemos hoje
uma situação, em que muitas igrejas mudaram a centralidade de seus cultos. Dá-se exagerada
importância a batalha espiritual, como se o culto fosse de seu início ao fim uma disputa entre
forças do bem e as forças do mal, amarrando todos os demônios (Rm 16.20).
É preciso de uma vez por todas, saber discernir entre as obras da carne e as ações do
inimigo (I Jo 4.1). Existem muitos crentes que interpretam aquilo que fazem de errado como se
fossem demônios, quando na verdade são atitudes carnais (Gl 5.19-21).
Um dos grandes desafios na área de batalha espiritual é saber separar as diversas formas
de Satanás agir. Sabemos que em até um anjo de luz ele se transfigura (II Co 11.14). Algumas
questões têm suscitado muitas dúvidas em alguns crentes: Pode um cristão ser possesso? O que
é uma opressão maligna? Como e quem pode expulsar demônios? Vejamos o que a Bíblia diz a
respeito a esses assuntos.
Crente nascido de novo, que já renunciou uma vida de pecado agora vive para Deus, não
pode ficar possesso (I Jo 5.18), isso porque, o crente é habitação e santuário do Espírito Santo (I
Co 6.19,20). Não há concórdia entre Cristo e Belial, afirma o apóstolo Paulo (II Co 6.15).
A palavra opressão significa: ato de oprimir, carregar com peso, apertar, comprimir, afligir.
São estas as atitudes do inimigo em relação aos crentes: Todo crente precisa ter consciência de
que por trás de uma vida santa e piedosa há sempre perseguições (II Tm 3.12).
O maior poder de Satanás está na mentira (Jo 8.44; Rm 1.21). Portanto a melhor arma
contra Satanás é a verdade: (Jo 8.32). Assim, qualquer crente cheio do Espírito Santo pode
exercer autoridade sobre os demônios (Lc 9.11) e expulsa-los em nome de Jesus.
Apologética - 23 -
Evitar sempre os exageros, e procurar conhecer o mundo espiritual à luz da Bíblia, são os
primeiros passos para que não se cometa aberrações quando o assunto é batalha espiritual. A
finalidade com que estudamos esta lição é exatamente para podermos estabelecer um ponto de
equilíbrio que nos dê uma compreensão teológica sobre guerra espiritual. Que Deus use cada um
de seus filhos para a obra de libertação que Ele quer realizar, principalmente na vida daqueles que
ainda não o conhecem.
O movimento da renovação Católica Carismática é um dos que mais cresce no Brasil nos
dias atuais, graças, principalmente, ao apoio que recebe por parte da grande mídia nacional. Por
não abandonar práticas condenáveis pela própria bíblia se tornou alvo de muito questionamento
quanto à sua originalidade. Neste assunto trataremos dos pontos que podem trazer luz a respeito
do referido movimento.
Querendo ser o porta-voz das classes menos favorecidas, mas sem uma objetividade
pastoral, perdeu-se em discussão e pregações evasivas, envolvendo-se com a política, deixando
de cumprir a missão da igreja que é pregar o Evangelho (Mc 16.15). O movimento carismático
encontrou nestas ovelhas desgarradas o seu maior desafio e passou a trabalhar em cima de
alguns objetivos e direções.
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade divina (Mt 28.19), aquele que executa os
desígnios de Deus aqui na Terra e cumpre harmoniosamente o seu trabalho (Jo 16.13).
4. A Verdadeira Renovação
A verdadeira renovação é aquela que emana de Deus (Tt 3.5), trazendo vida, no sentido de
demonstração prática e desejo incontido de fazer a vontade daquele que nos chamou das trevas
para sua gloriosa luz (Is 6.1-9, Lv 10.10).
Embora possa ser considerado por muitos um movimento legítimo, é difícil aceitar a idéia,
de que, onde há realmente a genuína manifestação do Espírito Santo, as pessoas continuam
praticando um culto idólatra. A última advertência bíblica quanto aos que não entrarão na cidade
santa pelas portas, incluem os que praticam a idolatria (Ap 22.15). Ninguém é dono da renovação
espiritual (João 3.8), mas o Espírito Santo, para não nos deixar confusos, só age dentro daquilo
que a própria Palavra estabelece. Nesse caso nenhuma experiência pode servir de regra para
normatizar o ensino bíblico deste importante assunto.
Apologética - 26 -
Exercício 3
1. Cite um versículo que é contra a maldição hereditária...
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2. Cite pelo menos dois casos que Jesus libertou pessoas de demônios...
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O Apóstolo Paulo na primeira carta que escreveu aos Coríntios falou sobre três tipos de
homens, e descreveu a forma como cada um deles reage às realidades espirituais (I Co 2.14). De
acordo com a sua colocação, fica claro que cada pessoa se enquadra em uma das três categorias:
ele pode ser natural, espiritual, ou carnal. Vejamos, portanto, como estes três tipos podem
influenciar nossa vida espiritual.
a) O homem natural
Paulo nos informa que, o homem natural não compreende as coisas do Espírito (I Co
2.14a). Ele sustenta a sua afirmação colocando para isso duas razões principais: Primeira razão,
“porque lhe parece loucura”. O homem que não é nascido de novo, portanto privado do Espírito
Santo, não tem interesse e nem apreço pela Palavra (Nm 15.31). Ele só não acha loucura ficar
ocupando seu tempo com coisas espirituais, como também aceita-las como verdades vindas de
Deus, por isso acha mais importante ocupar sua mente com a sabedoria do mundo (I Co 1.18-23).
b) O homem espiritual
O homem que antes andava pelos seus próprios caminhos, não discernindo a importância
das coisas de Deus e nem se importando com elas, mediante a obra da regeneração é despertado
para reagir favoravelmente às realidades espirituais (II Pe 1.3,4). É que ele, como resultado de
uma nova lei que se planta na sua interioridade, deixa de viver apenas em função da sua natureza
temporal para viver uma perspectiva eterna e espiritual (I Pe 2.1-5). E dentre as muitas
características desse novo viver, estão aquelas que lhe permitem ser um homem de discernimento
(I Co 2.15).
Apologética - 28 -
c) O homem carnal
Infelizmente, para alguns crentes, Paulo disse: “E eu, irmãos, não vos pude falar como
as espirituais, mas como as carnais como a meninos em Cristo”( I Co 3.1). Neste texto, ele não
está tratando com as pessoas descrentes, mas com os próprios crentes, só que carnais. O crente
carnal, é aquele que já foi regenerado, mas vive como se não fosse. É crente guiado e controlado
pela carne (Rm 8.8). A este, a verdade espiritual parece ficar entre fumaças e aquilo que poderia
ser Claro à sua mente passa a ser indiscernível (I Co 11.29).
Quando falamos em leitura estamos nos reportando ao hábito diário que cada crente deve
Ter em relação à Bíblia. Não há de que duvidar, a falta de discernimento está ligada direta e
proporcionalmente à falta de leitura acompanhada de meditação das Sagradas Escrituras. Se nós
cristãos como um todo, nos despertássemos para essa prática, fecharíamos de vez as portas para
as seitas e heresias (I Tm 4.15,16). Só o conhecimento da Palavra de Deus pode fazer a defesa
certa contra os ataques das seitas (119.105).
b) A falta de oração
De todos os apóstolos, Paulo foi o que mais se preocupou com o crescimento espiritual da
Igreja e de seus membros individualmente (Ef 4.15). Em todas as cartas que escreveu foi o único
assunto que não deixou de abordar em nenhuma delas (Fp 3.1). Ele fez a seguinte exortação
quando escreveu a sua primeira carta aos Coríntios para dar instruções acerca de excessos
quanto às manifestações dos dons espirituais: “Irmãos, não sejamos meninos na malícia e adultos
no entendimento” (I Co 14.20).
Não há prejuízo maior para a Igreja e seus membros individualmente do que a falta de
discernimento espiritual (I Co 12.10). A falta dele faz o povo ficar vulnerável aos ventos de
doutrinas com implicações sérias para a saúde espiritual do corpo (Gl 5.9). Um dos maiores
desafios do ministério de Jesus foi combater contra o fermento dos fariseus (Lc 12.11).
A primeira implicação que falta de discernimento traz, é vida espiritual confusa. Esta foi a
situação em que ficou a igreja de Corinto, onde Paulo teve que escrever uma carta para por fim a
confusão (I Co 11.18). Quando o povo não sabe discernir, se não houver uma liderança espiritual
vigorosa o povo se corrompe.
Apologética - 29 -
b) A falta de discernimento traz problemas para a vida cristã
Cresce a cada dia o número de crentes espiritualmente enfermos, porque ao buscar uma
ajuda espiritual, a palavra que, às vezes ouve, acrescenta mais confusão do que esclarecimento (I
Sm 28.11-15). É cada vez maior o abandono da Bíblia como fonte de revelação de Deus para o
viver diário, e a busca por soluções em fontes nem sempre confiáveis (Jr 2.13). A ânsia das
pessoas por profecias e revelações tem dado a Bíblia a conotação de um livro de Segunda
necessidade (Is 34.16).
4. A Necessidade do Discernimento
Deus não espera outra coisa de seu povo neste tempo de apostasias e inverdades, que não
seja uma vida de discernimento. O homem espiritual discerne bem todas as coisas e sabe
distinguir entre o falso e o verdadeiro, o que edifica e o que não edifica, o que vê, o que ouve e o
que lê (At 17.10,11).
A pior situação espiritual é a do crente que não tem pastor (Mt 9.36). O crente que não tem
pastor, ele bebe em muitas fontes e nunca aprende a submeter-se à autoridade espiritual, e
submissão é condição imprescindível para nos situarmos corretamente no reino de Deus.
Infelizmente, o crente que não tem pastor sobre sua vida, nos momentos de dificuldades torna-se
presa fácil dos lobos (At 20.22,30), pois não sabe discernir entre o certo e o errado.
O crente precisa ter senso de valor, saber o que é mais ou menos importante para sua vida
espiritual. O caráter e a conduta começam na mente (I Co 2.16). Nossas ações são afetadas pelas
coisas que habitam os nossos pensamentos. Paulo adverte seus leitores a se concentrarem nas
coisas que resultarem nas coisas que resultarão na vida correta e na paz de Deus (Fp 4.8).
Para a firmeza da fé é preciso viver com discernimento. Quem não discerne, jamais
conseguirá afirmação como um crente maduro e equilibrado. É sabendo fazer diferença entre
“coisas e coisas”, que a nossa fé ganha grandeza. Há uma grande necessidade de sabermos
discernir os dias atuais, pois são dias de grande “confusão espiritual”, onde o crente é confrontado
com as seitas e ideologias humanas. Vigiemos, pois e sejamos sóbrios.
Apologética - 30 -
Qual o verdadeiro papel profético da Igreja? A igreja quanto mais afinada com a Palavra de
Deus torna-se mais credenciada para ser um instrumento e cumprir com os propósitos divinos aqui
na Terra. Enquanto ela cumpre a missão delegada por Deus, se torna também bênção para
aqueles que são alcançados pelas verdades que ele prega. Vamos estudar sobre a verdadeira voz
profética da Igreja e o seu papel de despertar a consciência humana para Deus.
Um dos maiores equívocos do homem está expresso na seguinte frase: “a voz do povo é a
voz de Deus”. Em sua absoluta perfeição moral, a veracidade se torna o aspecto do caráter de
Deus que mais confronta o homem desviado da verdade (Rm 3.4).
O nosso tempo é caracterizado pela falta de reflexão, principalmente quando o assunto está
relacionado a temas bíblicos. A Igreja para se constituir em verdadeira voz profética nestes dias
precisa aferir a sua mensagem com a Palavra de Deus (I Jo 1.5). A nossa orientação atual, tanto
quanto a escatológica, deve receber luz daquilo que já está escrito (II Pe 1.19). A reflexão auxiliada
pelo Espírito Santo confere à mensagem profética autoridade e autenticidade, pois ninguém pode
falar senão pelo Espírito (Jo 16.13).
Equilíbrio, essa é a palavra de ordem quando a Igreja exerce o seu papel de verdadeira voz
profética quanto ao mundo (At 20.27). Não estamos autorizados a falar além do que a própria
Palavra de Deus nos autoriza (II Co 4.2). É preciso ter senso e muita submissão ao Espírito Santo
Apologética - 32 -
para não assumirmos posições extremadas que, ora condena tudo, ou ora aceita tudo (Cl 2.8,18; I
Tm 4.3). O certo é que qualquer dom exercitado tem que ter como base o amor (I Co 13.2).
Nunca os valores da nossa cultura atingiram índices tão baixos no que diz respeito aos
valores éticos e cristãos. É na verdade a cultura do caos, e nos parece que, aqui se cumpre, na
sua plenitude, a palavra de João: “Sabemos que somos de Deus e que todo mundo está no
maligno” (I Jo 5.19). É preciso que a Igreja aprenda a levantar a sua voz, o exemplo que fez João
Batista quando denunciou o adultério de Herodes com a irmã de seu irmão Felipe, Herodias (Lc
3.19,20).
A grande marca de uma Igreja verdadeira é sua paixão e devoção pela Palavra de Deus (At
17.11). Com a verdadeira fé vem (Rm 10.17) o equilíbrio.
Jesus foi enfático: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e
são elas que de mim testificam” (Jo 5.39). Jesus censurou os estudiosos de seu tempo por não
conhecerem as Escrituras (Mc 12.24; Lc 24.45). A igreja que se propõe pregar a Bíblia tem que
aceitar o fato de que Cristo é suficiente. Não pode baratear o Evangelho como muitos fazem nos
dias atuais , com pregação inócuas, e sem a presença do Cristo vivo. Toda boa mensagem tem
que partir de Cristo e retornar a Ele (I Co 1.23,24).
Para ser uma Igreja de perfil bíblico, implica em pregar que a salvação é pela graça, e não
por méritos. Quando falamos de graça estamos ressaltando o caráter sobrenatural da salvação (Ef
2.8).
Alguém já declarou que, “a misericórdia retém o julgamento que um homem merece, mas a
graça outorga alguma bênção que esse homem não merece” (At 15.11).
Para o presente tempo, a igreja precisa saber dar respostas equilibradas aos grandes
desafios que aparecem pelo caminho (I Pe 3.15). Nos seus quase dois mil anos, nada foi
exatamente fácil para ela, houve momentos de sua história que seus líderes tiveram que pagar
com a própria vida em defesa da fé (Ap 2.10). Não será agora que as coisas serão diferentes (II
Tm 3.12).
Esperamos que, na busca de ser uma igreja cada vez melhor, haja de fato o
comprometimento com um projeto de espiritualidade integral. Que nada possa roubar as nossas
forças ao fazer o melhor para Deus. Devemos sempre trazer à memória as palavras do apóstolo
Paulo nos ensinando a ser firmes e constantes, porque o nosso trabalho não é vão no Senhor (I Co
15.58).
Apologética - 36 -
Exercício 4
1. Quais são as três classes de pessoas?
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2. Quem disse:
“Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endiretai no ermo a vereda a nosso Deus”
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3. A onde está escrito: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”
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Bibliografia
(NOME LEGÍVEL)
Aluno (a):.....................................................................................................data............../.............../..............
1. O G - 12 ensina que os seus adeptos devem escrever seus pecados em papel e depois será
queimado em fogueira . Esta Informação É:
Verdadeira
Falsa
4. Quem respondeu sobre um cego: “Nem ele pecou nem seus pais, mas foi assim para
que se manifestem nele às obras de Deus”
Paulo
Pedro
João
Tiago
Jesus