10 Semana. Apelação
10 Semana. Apelação
10 Semana. Apelação
Processo nº _________
YURI E URSULA, já qualificados nos autos da ação penal referida, vem respeitosamente,
na forma do artigo 593 do Código de Processo Penal, não concordando com a sentença proferida,
apresentar TERMO DE APELAÇÃO, requerendo, vista para apresentação das razões.
Local, data
ADVOGADO
OAB
EXMO. JUIZ DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DO MUNICÍPIO _____
Processo nº _________
YURI E URSULA, já qualificados nos autos da ação penal referida, vem respeitosamente,
na forma do artigo 600 do Código de Processo Penal, não concordando com a sentença proferida,
apresentar RAZÕES DE APELAÇÃO, requerendo sua juntada, remessa ao tribunal competente
para processamento e julgamento
Termos em que pede deferimento
Local, data
ADVOGADO
OAB
RAZÕES DE APELAÇÃO
I - ADEQUAÇÃO
Este recurso é cabível, adequado e tempestivo, sendo apresentado dentro do prazo legal .
II – FATOS
Yuri e Úrsula foram processados e condenados como incursos no art. 129, em combinação
com o art. 61, II, a do código Penal, onde, em tese, teriam no dia 01/01/2021 nas proximidades do
Shopping Estação, por volta das 23 horas, agredido Fabiana que, segundo a denúncia, era inimiga
de Úrsula, e por vingança por prejudicá-la na empresa onde ambas trabalhavam.
Ocorre que durante a instrução processual, uma das testemunhas da acusação foi ouvida por
precatória, expedida para a Comarca de Betim/MG, sem que a defesa tivesse sido cientificada da
data da audiência naquele juízo, e sendo nomeado um defensor ad hoc, para acompanhar a oitiva,
sem que o mesmo tenha tido qualquer contato com o caso.
Vale ressaltar que as testemunhas ouvidas alegaram não haver presenciado os fatos, não
podendo dizer nada acerca da autoria das agressões.
Conforme consta nos autos apesar de a defesa não ter sido cientificada da data da audiência
para oitiva da testemunha por precatória pela comarca de Betim/MG, sendo nomeado um defensor
ad hoc para acompanhar a referida oitiva, mas este não ter tido nenhum contato anterior com o caso,
todas as testemunhas ouvidas, disseram não terem presenciado os fatos, nada podendo dizer acerca
da autoria das agressões.
Ocorre que em nosso sistema processual, cabe ao Ministério Público comprovar a real
existência do delito e a relação direta com a sua autoria, não podendo basear sua acusação apenas
no depoimento da vítima. Portanto para que haja a condenação é necessário a real comprovação da
autoria e da materialidade do fato, conforme artigo 386, VII, do Código de Processo Penal, o juiz
deverá absolver o réu, quando não existir prova suficiente para a condenação.
Ocorre que no presente caso, todas as testemunhas ouvidas disseram não terem presenciado
os fatos e não tinham nada a dizer acerca da autoria das agressões. Portanto em caso de dúvidas
quanto a esta autoria, o nosso ordenamento jurídico presa pela presunção da inocência, portanto o
processo deve ser resolvido em favor do réu, conforme destaca o Ministro Celso de Mello no voto
do HC 83.947/AM, em que era relator.
Com base nos depoimentos das testemunhas presentes no processo, é possível verificar a
ausência de qualquer evidência que confirme as alegações do denunciante.
Conforme já decidido por nosso tribunal, deve-se observar o princípio in dubio pro reo.
IV – CONCLUSÃO
Diante do exposto, requer o conhecimento e provimento do recurso, para absolvição dos
apelantes por ausência de provas de autoria.
X, data
ADVOGADO
OAB