QUIMICAORG2 - Unidade 1

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UNIDADE 1

Química Orgânica II
Profa. Davila Zampieri
Reações de Alcenos

Adição eletrofílica à ligação π

Eliminação (E1 ou E2)


Reações de Alcenos
• Visão geral:
Reações de Adição Eletrofílica
• A ligação π é rica em elétrons, podendo compartilhar um par de
elétrons para um eletrófilo (ácido de Lewis);
• Alcenos e alcinos comportam-se como nucleófilos (bases de Lewis)
Reações de Adição Eletrofílica
• A ligação π é rica em elétrons, podendo compartilhar um par de
elétrons para um eletrófilo (ácido de Lewis);
• Alcenos e alcinos comportam-se como nucleófilos (bases de Lewis)
Reações de Adição Eletrofílica
• Alcenos e alcinos comportam-se como bases ou como nucleófilos:
Reações de Adição Eletrofílica
• Alcenos e alcinos comportam-se como bases ou como nucleófilos:
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidro-halogenação (adição de HX):
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidro-halogenação (adição de HX):

1 2

1. O alceno é protonado, formando um 2. O Íon brometo funciona como um nucleófilo e


carbocátion intermediário e um íon brometo ataca o carbocátion intermediário
Reações de Adição Eletrofílica

Diagrama de Energia
• Reação exergônica
(ΔG° < 0)
• 1ª Etapa da reação
(protonação): mais
lenta, etapa
determinante da
reação
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidro-halogenação (adição de HX):
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidro-halogenação (adição de HX):
Regioseletividade

Posições vinílicas Onde H e X se adicionarão?


Reações de Adição Eletrofílica
Regra de Markovnikov:
“O hidrogênio será adicionado ao carbono
vinílico mais hidrogenado”
Vladimir Vasilyevich Nahuel Markovnikov

Adição do tipo Markovnikov


Reações de Adição Eletrofílica
Regra de Markovnikov:
“O hidrogênio será adicionado ao carbono vinílico mais
hidrogenado”

Adição do tipo Markovnikov


Estrutura e estabilidade de carbocátions:
• Carbocátions são planos (hibridização sp2)

• Dados termodinâmicos mostram que a estabilidade dos carbocátions


se eleva com o aumento da substituição:
Estrutura e estabilidade de carbocátions:
A estabilidade dos carbocátions é justificada por dois efeitos:
• Efeitos indutivos:
Elétrons de grupos alquilas relativamente grandes e mais polarizáveis,
podem se deslocar em direção a uma carga positiva vizinha.
Estrutura e estabilidade de carbocátions:
A estabilidade dos carbocátions é justificada por dois efeitos:
• Efeitos de hiperconjugação:
A interação entre o OM ligante σ (da ligação C-H) e o orbital p vazio
adjacente age estabilizando a carga positiva. Quanto mais grupos
alquilas, mais possibilidades existem para a hiperconjugação.
Estrutura e estabilidade de carbocátions:
Estrutura e estabilidade de carbocátions:
Rearranjos de carbocátions

Em alguma reações de adição verifica-se a ocorrência de rearranjos


estruturais:
Rearranjos de carbocátions
Em alguma reações de adição verifica-se a ocorrência de rearranjos
estruturais:
Rearranjos de carbocátions
Em alguma reações de adição verifica-se a ocorrência de rearranjos
estruturais:
Rearranjos de carbocátions
Em alguma reações de adição verifica-se a ocorrência de rearranjos
estruturais:
Estereoquímica das Hidro-halogenações
Em muitos casos, as reações de adição dão origem a carbonos estereogênicos:

Nessa reação há a formação de um centro de quiralidade, desta forma dois


produtos são obtidos, a mistura racêmica formada pelos enantiômeros R e S:

Mistura racêmica

50% 50%
Estereoquímica das Hidro-halogenações
Em muitos casos, as reações de adição dão origem a carbonos estereogênicos:
Estereoquímica das Hidro-halogenações
Em muitos casos, as reações de adição dão origem a carbonos estereogênicos:
Reações de Adição Eletrofílica
Reações de Hidratação de alcenos:
1. Hidratação catalisada por ácido

2. Oximercuração (Hg(OAc)2)

3. Hidroboração (BH3)
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidratação catalisada por ácido

1. O alceno é protonado pelo ácido, formando


um carbocátion intermediário
2. Ocorre um ataque nucleofílico por uma
molécula de água
3. Um próton é removido do álcool protonado
(íon oxônio), por outra molécula de água.
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidratação catalisada por ácido

•Os aspectos estereoquímicos e regioseletivos devem ser


observados, visto que esta reação ocorre via formação de
carbocátion.

Reação do tipo Markovnikov

Produto racêmico
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidratação catalisada por ácido
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Oximercuração

• Hidratação de alcenos tipo Markovnikov, sem a ocorrência de rearranjos.


•Utiliza-se acetato de mercúrio (II), Hg(AcO)2, seguido de redução com
boro-hidreto de sódio (NaBH4)
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Oximercuração
1. Dissociação do acetato de mercúrio em cátion (eletrofílico):

2. Este cátion sofre ataque nucleofílico dos elétrons π. O carbocátion tradicional


não é formado, já que o mercúrio possui elétrons livres capazes de interagir com
a carga positiva vizinha, formando uma ponte (íon mercurínio):
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Oximercuração
•O carbono mais substituído possui uma carga parcial positiva (δ+) em vez de uma
completa carga positiva:

•Desta forma, o intermediário não sofrerá rearranjo de imediato, mas estará sujeito a
um ataque nucleofílico anti (tipo Markovnikov):
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Oximercuração
•Após o ataque nucleofílico, o mercúrio pode ser removido através do processo
chamado desmercurização, que ocorre via mecanismo radicalar com o uso de boro-
hidreto de sódio (NaBH4):
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Oximercuração
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidroboração/Oxidação

• Hidratação de alcenos: reação tipo anti-Markovnikov.


• -OH adiciona-se ao carbono menos substituído (mais hidrogenado).
•Utiliza-se como reagente o borano (BH3), seguido de oxidação com
peróxido de hidrogênio (H2O2).
Reações de Adição Eletrofílica

Reação de Hidroboração/Oxidação
• Estrutura eletrônica do borano é similar a um carbocátion, sem a carga positiva.
•O boro possui octeto incompleto (6 e-), sendo bastante reativo e capaz de formar
dímeros ao reagir com outra molécula de borano, formando o diborano (B2H6).
•Os átomo de hidrogênio no diborano formam ligações bastante particulares,
chamadas “ligações dois elétrons-três centros”
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidroboração/Oxidação
Considerações do mecanismo reacional
Regioseletividade da hidroboração
•O primeiro passo dessa reação é a adição do BH2 ao carbono mais
hidrogenado, sendo posteriormente substituído pelo grupo -OH.
•Esse preferência pode ser explicada através de :
(a) considerações eletrônicas
(b) considerações estéricas
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidroboração/Oxidação
Considerações do mecanismo reacional
Regioseletividade da hidroboração
(a) considerações eletrônicas: no primeiro passo do mecanismo proposto, o
ataque dos elétrons π desencadeia uma movimentação “simultânea” de um
hidreto. À medida que os elétrons atacam o orbital p vazio, um dos carbonos
vinílicos adquire carga parcial positiva (δ+). Haverá uma preferência para que a
carga positiva seja formada no carbono mais substituído, assim o BH2 se
adicionará ao carbono menos substituído.
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidroboração/Oxidação
Considerações do mecanismo reacional
Regioseletividade da hidroboração
(b) considerações estéricas: no primeiro passo do mecanismo proposto,
ambos BH2 e H estão sendo adicionados à dupla ligação simultaneamente.
Como o BH2 é maior que o H, o estado de transição será menos “comprimido”
e possuirá menor energia se o BH2 for posicionado em uma posição menos
impedida estericamente.
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidroboração/Oxidação
Considerações do mecanismo reacional
Estereoespecificidade da hidroboração
•O mecanismo de adição concertada do BH2 e do H requer que ambos os
grupos adicionem-se à mesma face da dupla ligação, numa adição do tipo syn.
•É importante observar se haverá a formação de centros estereogênicos, já
que a adição pode ocorrer dos dois lados na mesma proporção, gerando um
par de enantiômeros.
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidroboração/Oxidação
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidroboração/Oxidação
Mecanismo reacional:

Hidroboração
O primeiro passo
é repetido para
cada ligação B-H

trialquilborano
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidroboração/Oxidação
Oxidação

O hidroperóxido
funciona como
O íon hidróxido funciona como
um nucleófilo e
uma base e desprotona o
ataca o
peróxido de hidrogênio,
trialquilborano
formando um hidroperóxido

Um grupo alquila migra,


Os primeiros três causando a explusão de
passos se repetem, um íon hidroxido
convertendo o
trialquilborano em um
trialcoxiborano

O íon hidróxido funciona como


um nucleófilo e ataca o
trialcoxiborano
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidroboração/Oxidação

Oxidação

O íon hidróxido funciona como


um nucleófilo e ataca o
trialcoxiborano

Um grupo alcóxido é
expulso, removendo
a carga negativa do
boro

O íon alcóxido é
protonado
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Hidroboração/Oxidação
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Halogenação

• A halogenação envolve a adição de halogênios (Br2 ou Cl2) à dupla ligação.


• A adição ocorre de modo que os átomos de halogênio são inseridos de
lados opostos da ligação π, chamada de adição do tipo anti.
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Halogenação
• O bromo molecular é apolar, no entanto é polarizável e com a presença
de um nucleófilo pode causar a formação de dipolo momentâneo .

•Esse efeito cria uma carga parcial positiva sobre um dos átomos de
bromo, tornando-o eletrofílico e susceptível ao ataque nucleofílico.
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Halogenação
Mecanismo

O alceno funciona como um nucleófilo e ataca o


bromo molecular, expelindo o brometo como
grupo de saída e formando um intermediário em íon
ponte, chamado bromônio
íon bromônio
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Halogenação
• É importante observar a estereoquímica do produto final, já que a
configuração do alceno de partida determinará a do produto;

Adição anti ao alceno cis-2-buteno


gera um par de enantiômeros

Adição anti ao alceno trans-2-buteno


gera um composto meso
Reações de Adição Eletrofílica
Reação de Halogenação
Reações de Adição Eletrofílica
Formação de Haloidrinas

• Quando a reação de halogenação ocorre em um solvente não-nucleofílico


(CHCl3, por exemplo), acontece a adição de átomos de bromo à ligação π.
• No entanto, se essa reação ocorrer na presença de água, o íon bromônio
formado inicialmente poderá sofrer ataque ataque tanto pela água quanto
pelo brometo.
Reações de Adição Eletrofílica
Formação de Haloidrinas
Mecanismo

O alceno ataca o Br2, A água age A água serve


expelindo o brometo e como nucleófilo como base e
formando o íon bromônio e ataca o o íon desprotona o
bromônio íon bromônio
Reações de Adição Eletrofílica
Formação de Haloidrinas
Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcenos – Hidrogenação catalítica

• Alcenos reagem com H2 na presença de um catalisador metálico (Pt, Pd ou Ni),


produzindo seus equivalentes saturados.
• Catalisadores heterogêneos mais utilizados: paládio (Pd/C) ou platina (PtO2).
• A adição ocorre pela mesma face da dupla ligação(adição syn)
Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcenos – Hidrogenação catalítica

• O hidrogênio molecular interage com a superfície do metal, quebrando a


ligação H-H, deixando átomos de H adsorvidos à superfície.
• O alceno coordena com a superfície do metal, permitindo a interação entre a
ligação π e os átomos de hidrogênio (adição syn).
Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcenos – Hidrogenação catalítica

• A estereoquímica da reação deve ser observada, já que esta dependerá dos


centros de quiralidade formados.

A adição syn gera somente o produto meso


Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcenos – Hidrogenação catalítica

• A estereoquímica da reação deve ser observada, já que esta dependerá dos


centros de quiralidade formados.

A adição syn gera uma mistura racêmica


(par de enantiômeros)
Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcenos – Hidrogenação catalítica
• Calores de Hidrogenação:
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Epoxidação e Hidroxilação

• Quando tratados com perácidos, alcenos são oxidados a époxidos.


• Um epóxido, é um éter cíclico de três membros (anel oxirano).
• Geralmente utiliza-se ácido m-cloroperbenzóico (MCPBA) como oxidante.
Reações de Adição Eletrofílica

Oxidação de alcenos – Epoxidação e Hidroxilação

• O átomo de oxigênio é transferido pelo perácido à dupla ligação através de


um mecanismo syn. Ligações C-O formadas pelo mesmo lado da ligação π.
•O mecanismo é concertado (simultâneo) não ocorrendo a formação de
intermediários.
• O oxigênio transferido é aquele mais distante da carbonila.
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Diidroxilação anti

• Os epóxidos sofrem abertura de anel através de catálise ácida com água


(hidrólise), dando origem a um diálcool (diol), chamado glicol.
• Desta forma, a epoxidação/hidrólise é chamada hidroxilação.
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Epoxidação e Hidroxilação

• O mecanismo inicia com a protonação do epóxido, deixando-o mais reativo,


seguido pela adição nucleofílica de uma molécula de H2O.
•A estereoquímica da reação se assemelha à halogenação, resultando em uma
hidroxilação do tipo anti.
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Diidroxilação syn

• Quando alcenos são tratados com tretóxido de ósmio (OsO4), há a formação


do éster osmato cíclico:

•O OsO4 adiciona-se à dupla ligação por um mesmo lado (adição syn) através
de um mecanismo concertado.
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Diidroxilação syn

• O éster osmato é estável e pode ser isolado, e tratado em seguida com água
e Na2SO4 (sulfito de sódio) ou NaHSO4 (bissulfito de sódio), produzindo um
diol:

cis
• Devido à alta toxicidade do Os, outros métodos são empregados na
diidroxilação de alcenos utilizando OsO4.
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Diidroxilação syn

•Quantidades catalíticas de OsO4 com um co-oxidante como N-óxido de n-


metilmorfolina (NMO) ou hidroperóxido de tertbutila:

cis
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Diidroxilação syn

•Um mecanismo similar é observado na reação de alcenos com permanganato


de potássio (KMnO4) a frio em condições alcalinas:

cis
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Clivagem oxidativa (ozonólise)

•Alguns reagentes podem realizar a clivagem completa da dupla ligação, entre


eles, o mais comum é o ozônio.
•O ozônio (O3) é produzido através do bombardeamento de um fluxo de
oxigênio por radiação ultravioleta.
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Clivagem oxidativa (ozonólise)

•O ozônio irá reagir primeiramente com o alceno, formando um ozonídeo


primário (molozonídeo) que em seguida rearranja, produzindo um ozonídeo
mais estável:
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Clivagem oxidativa (ozonólise)

•Na presença de um agente redutor brando (DMS ou Zn/H2O), o ozonídeo é


então convertido nos produtos:
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Clivagem oxidativa (ozonólise)
Reações de Adição Eletrofílica
Oxidação de alcenos – Clivagem oxidativa (ozonólise)
Reações de Adição Eletrofílica
Adição radicalar de HBr: Adição anti-Markovnikov

•Observa-se que na presença de peróxidos, o produto de adição de HX a


alcenos é anti-Markovnikov:
Reações de Adição Eletrofílica
Adição radicalar de HBr: Adição Anti-Markovnikov

INICIAÇÃO
Clivagem homolítica

Abstração do hidrogênio

formação de brometo radicalar


Reações de Adição Eletrofílica
Adição radicalar de HBr: Adição Anti-Markovnikov

PROPAGAÇÃO
Adição

formação do carbono
radicalar mais estável

Abstração do hidrogênio
Reações de Adição Eletrofílica
Adição radicalar de HBr: Adição Anti-Markovnikov

TERMINAÇÃO
Acoplamento
Reações de Adição Eletrofílica
Adição radicalar de HBr: Adição Anti-Markovnikov

• Iônica vs Radicalar:
Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcinos – Hidrogenação catalítica

• Alcinos sofrem reação de hidrogenação catalítica similar aos alcenos.


• A redução de alcinos utilizando Pt, Pd e Ni como catalisadores dificulta o
isolamento do produto parcialmente hidrogenado (alceno):
Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcinos – Semi-hidrogenação

• Para se obter alcenos a partir de alcinos, são utilizados catalisadores


“envenedados”. O mais comum é o catalisador de Lindlar:

•O processo é de superfície, similar à hidrogenação catalítica, assim obtêm-se


assim o alceno com configuração cis:
Reações de Adição Eletrofílica

Redução de alcinos – Hidrogenação catalítica


Reações de Adição Eletrofílica

Redução de alcinos – Hidrogenação catalítica


Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcinos – Metais dissolvidos

• Alcinos podem ser reduzidos a alcenos com configuração trans, através de


reduções com metais dissolvidos.
•O metal empregado é sódio (Na) dissolvido em amônia. Essa reação em
conduzida em baixas temperaturas (< 35 °C):
Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcinos – Metais dissolvidos

• Alcinos podem ser reduzidos a alcenos com configuração trans, através de


reduções com metais dissolvidos.

• O metal empregado é o sódio (Na) dissolvido em amônia. Essa reação em


conduzida em baixas temperaturas (< -35 °C). Quando dissolvidos em amônia
líquida os átomos de sódio servem como fonte de elétrons:
Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcinos – Metais dissolvidos
• Mecanismo:

Um elétron é transferido A amônia doa um Um elétron é


do átomo de sódio para próton ao ânion transferido do átomo
o alcino produzindo um radicalar, gerando de sódio para o
ânion radicalar um intermediário intermediário
intermediário radicalar radicalar, gerando um
ânion
Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcinos – Metais dissolvidos
• Mecanismo:

Um elétron é A amônia doa um


transferido do átomo próton ao ânion
de sódio para o radicalar, gerando
intermediário um alceno trans
radicalar, gerando um
ânion
Reações de Adição Eletrofílica
Redução de alcinos
Hidrogenação catalítica vs Redução por metais dissolvidos
• Para produzir um alcano, um alcino deve ser tratado com H2 na presença de
um catalisador de Pt, Pd ou Ni.
•Para produzir um alceno cis, um alcino deve ser tratado com H2 na presença
de um catalisador “envenenado”, como o catalisador de Lindlar.
•Para produzir um alceno trans, um alcino deve ser tratado com sódio em
amônia líquida.
Reações de Adição Eletrofílica
Hidro-halogenação de alcinos
• Assim como os alcenos, os alcinos irão reagir com HX através de uma adição
do tipo Markovnikov.
• O halogênio é adicionado ao carbono mais substituído.
•Esta reação pode ser controlada estequiometricamente, obtendo-se,
preferenciamente, o produto trans (no caso do uso de 1 eq. de HX)
Reações de Adição Eletrofílica
Hidro-halogenação de alcinos
•Devido à hibridização sp do carbono, a formação de carbocátions vinílicos não
é tão prontamente observada como a de um carbocátion alquila.
•Carbocátions vinílicos secundários possuem estabilidade similar a de
carbocátions alquila primários.

A formação de
carbocátions vinílicos
primários não é observada
Reações de Adição Eletrofílica
Hidro-halogenação de alcinos
•A formação de carbocátions vinílicos primários não é observada, dessa
forma, outros mecanismos são propostos:
Reações de Adição Eletrofílica
Hidratação de alcinos
• Alcinos também reagem com H2O em meio ácido, mas somente na presença
de um catalisador (HgSO4).
•No entanto, o produto obtido não é um álcool vinílico (enol), e sim uma
cetona, oriunda da tautomerização ceto-enólica.
•Na maior parte dos casos, o equilíbrio ceto-enólico está deslocado no sentido
da cetona.
Reações de Adição Eletrofílica
Hidratação de alcinos
• Alcinos também reagem com H2O em meio ácido, mas somente na presença
de um catalisador (HgSO4), similar à oximercuração:
Reações de Adição Eletrofílica
Hidratação de alcinos
• Mecanismo de tautomerização ceto-enólica:

A ligação π é protonada, O intermediário


gerando um intermediário Intermediário estabilizado estabilizado é
estabilizado por ressonância por ressonância desprotonado originando
uma cetona

Enóis sofrem processo de


tautomerização mesmo em
pequenas quantidades de
ácido.
Reações de Adição Eletrofílica
Hidroboração-oxidação de alcinos
• Alcinos também sofrem reação de hidroboração-oxidação, com a adição de
uma hidroxila ao carbono menos substituído (anti-Markovnikov). O produto
hidratado, no entanto, não é isolado, e sim, seu tautômero carbonilado.
Reações de Adição Eletrofílica
Hidroboração-oxidação de alcinos
• Em meio alcalino, o enol é inicialmente desprotonado, formando o ânion
enolato, para depois ser protonado e formar o composto carbonilado:

O grupo hidroxila é do enol O enolato é protonado


é desprotonado, gerando o formando o produto
íon enolato carbonilado
íon enolato
Reações de Adição Eletrofílica
Halogenação de alcinos
• Alcinos reagem com halogênios, produzindo compostos tetra-halogenados.
•É possível a obtenção de compostos di-halogenados através do controle
estequiométrico dos reagentes.

O mecanismo de halogenação de alcinos ainda não é


completamente compreendido.

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