Fundamentos de Enfermagem: Bjetivos DO Ensino
Fundamentos de Enfermagem: Bjetivos DO Ensino
Fundamentos de Enfermagem: Bjetivos DO Ensino
Enfermagem
OBJETIVOS DO ENSINO
Ao término deste capítulo o leitor deverá ser capaz de:
1. Descrever um evento histórico que contribuiu para o enfraquecimento da
enfermagem na Inglaterra até o aparecimento de Florence Nightingale.
2. Identificar quatro reformas de responsabilidade de Florence Nightingale.
3. Descrever, no mínimo, cinco maneiras pelas quais as primeiras escolas de
treinamento norte-americanas diferenciavam-se daquelas sob a direção de
Florence Nightingale.
4. Listar três situações em que as enfermeiras utilizavam suas habilidades no
início da história da enfermagem nos Estados Unidos.
TERMOS PRINCIPAIS 5. Explicar como a arte, a ciência e a teoria da enfermagem foram incorpora-
Arte das à prática da enfermagem contemporânea.
Atividades da vida diária 6. Discutir a evolução das definições de enfermagem.
Capitation 7. Listar quatro tipos de programas educacionais que preparam os estudantes
Ciência para os níveis iniciais da prática de enfermagem.
Diversidade multicultural 8. Identificar pelo menos cinco fatores que influenciam a escolha pessoal de
Empatia um programa educacional de enfermagem.
Escutar ativamente 9. Apontar três razões que apoiem a necessidade de educação continuada em
Garantia de qualidade enfermagem.
Habilidades de enfermagem 10. Listar exemplos de tendências atuais que afetam a enfermagem e o cuida-
Habilidades para a promoção do conforto do com a saúde.
Habilidades para o aconselhamento 11. Discutir as deficiências dos enfermeiros e dos métodos de redução de crises.
Habilidades para o cuidado 12. Descrever quatro habilidades utilizadas por todos os enfermeiros na prática
Habilidades para o levantamento de dados clínica.
Planejamento para a alta
Prática avançada
E
Prática baseada em evidências ste capítulo traça um histórico do desenvolvimento da enfermagem desde
Práticas de managed care seu início desorganizado até as sofisticadas práticas atuais. Os enfermeiros
Primary care do século XXI têm uma dívida de gratidão com seus colegas pioneiros, que
Protocolos clínicos serviram a seus pacientes nos campos de batalhas, nas favelas urbanas, na
Simpatia enseada de Boston, onde havia um “hospital infantil” flutuante, e a cavalo, na
Teoria fronteira Apalache. Ironicamente, a enfermagem está retornando ao seu modelo
Teoria de enfermagem original, de prática comunitária.
Treinamento cruzado
ORIGENS DA ENFERMAGEM
A enfermagem é uma das mais jovens profissões existentes, ainda que seja uma
das mais antigas artes. Ela emergiu das regras familiares de educação e cuidado.
As primeiras responsabilidades incluíam a assistência à mulher durante o parto,
a amamentação dos recém-nascidos saudáveis e a ajuda aos doentes, idosos e
desamparados, dentro de suas próprias casas e nas comunidades vizinhas. Seu
princípio era mais a prestação de cuidados do que o ato de curar.
Durante a Idade Média, na Europa, grupos religiosos assumiram muitos
dos papéis da enfermagem. Freiras, padres e missionários combinaram seus
esforços num compromisso de cuidar dos doentes na busca da salvação de
suas almas. Apesar de seu zelo, eles eram sobrecarregados de trabalho e sub-
jugados devido ao pequeno grupo que compunham, especialmente durante os
períodos em que as pragas e a peste espalhavam-se com rapidez entre as co-
munidades. Consequentemente, alguns conventos e monastérios se colocaram
ao lado dos penitentes e menos favorecidos na tarefa de partilhar o encargo de
prestar cuidados.
Na Inglaterra, o caráter e a qualidade dos cuidados de enfermagem sofre-
ram grandes mudanças quando grupos religiosos foram exilados na Europa
Ocidental, durante a cisão entre o Rei Henrique VIII e a Igreja Católica. A
FIGURA 1.2 Enfermeiras de saúde comunitária por volta do final de 1800 e início de 1900. (Cortesia da Visiting Nurse Association, Inc., Detroit, MI.)
ENFERMAGEM CONTEMPORÂNEA ta pode estudar a relação entre a luz solar e as plantas e chegar à
teoria da fotossíntese, a qual explica o processo pelo qual as plan-
Combinando a arte da enfermagem tas crescem. Os que acreditam ser a visão do teórico verdadeira
com a ciência podem, assim, aplicar essa teoria a sua própria prática.
No início, o treinamento das enfermeiras consistia no aprendi-
zado da arte (habilidade de fazer alguma coisa com talento) da
enfermagem. Estudantes aprenderam essa arte observando e co-
piando as técnicas empregadas por outros enfermeiros, mais ex-
perientes. Dessa forma, as habilidades de enfermagem passavam
de mentor a estudantes, informalmente.
A prática contemporânea da enfermagem, no entanto, teve
o acréscimo de outra dimensão: a ciência. A palavra “ciência”
tem origem no Latim, scio, e significa “saber”. Uma ciência (con-
junto de conhecimentos peculiar sobre determinado assunto)
desenvolve-se a partir da observação e do estudo da relação de
um fenômeno com outro. Por intermédio do desenvolvimento
de um corpo singular de conhecimentos científicos, atualmente
é possível prever quais as mais adequadas intervenções de enfer-
magem para o alcance dos resultados desejados – um processo
referenciado como prática baseada em evidências.
Integrando a teoria de enfermagem FIGURA 1.3 Uma enfermeira militar conforta um soldado durante a
A palavra teoria (opinião, crença ou perspectiva) tem origem em Segunda Guerra Mundial. (Cortesia do National Archives, Washington,
uma palavra grega que significa “visão”. Por exemplo, um cientis- DC.)
A enfermagem passou por uma revisão científica semelhan- humanas à saúde e à doença, dentro do ambiente físico e social; (3)
te. Florence Nightingale e outros teóricos examinaram as relações integração entre os dados objetivos e o conhecimento adquirido, ob-
entre o homem, a saúde, o ambiente e a enfermagem. O resultado tidos por meio da apreciação das experiências subjetivas dos pacien-
dessa análise constitui a base de uma teoria de enfermagem – tes ou grupos atendidos; (4) aplicação do conhecimento científico
ideias propostas sobre o que está envolvido dentro do processo no processo de diagnóstico e tratamento, através do pensamento e
chamado enfermagem. Os programas de enfermagem têm ado- do julgamento críticos; (5) avanço do conhecimento profissional da
tado uma teoria para servir de modelo conceitual ou referencial à enfermagem, através do questionamento acadêmico; e (6) influência
sua filosofia, ao seu currículo e, mais importante, às abordagens sobre as políticas públicas e sociais de promoção da justiça social.
da enfermagem em relação aos pacientes. Um exemplo similar Com base nas declarações da ANA, fica claro que a enfer-
pode ser encontrado na forma como os psicólogos adotaram a magem tem uma área independente de prática, além das funções
teoria psicanalítica de Freud ou a teoria comportamental de Skin- dependentes e interdependentes envolvendo a prática médica.
ner, passando a utilizá-las como modelos a serem seguidos para o Pode-se esperar que, à medida que o papel do enfermeiro con-
diagnóstico e a intervenção terapêutica com pacientes. tinue a mudar, ocorrerão outras tantas revisões na definição de
A Tabela 1.2 resume algumas teorias de enfermagem e discute enfermagem, assim como, no âmbito de sua prática.
a forma como cada uma vem sendo aplicada à prática. Estas teorias
são somente uma amostra representativa das várias que existem.
Outras informações podem ser encontradas na bibliografia atual A EVOLUÇÃO EDUCACIONAL DA
sobre enfermagem e nos cursos acadêmicos sobre o assunto.
ENFERMAGEM*
Existem duas opções educacionais básicas para aqueles interessa-
Definindo a enfermagem dos em seguir uma carreira em enfermagem: a prática (ou vocacio-
Em uma tentativa de esclarecer ao público e aos próprios enfer- nal) ou um dentre os vários programas que preparam para o exer-
meiros o que exatamente compreende a enfermagem, várias de- cício da enfermagem reconhecida como profissão registrada. Cada
finições de trabalho tem sido propostas. A Florence Nightingale um desses caminhos oferece o conhecimento e as habilidades as-
é creditada a mais recente definição moderna do que é enferma- sociados a determinado nível da prática. Alguns dos fatores que
gem: “reestabelecer a melhor condição possível dos indivíduos, influenciam a escolha de um programa de enfermagem incluem:
para que naturalmente eles se recuperem e mantenham a saúde”.
Foram oferecidas outras definições por enfermeiras que d As metas que uma pessoa tem para sua carreira
passaram a ser reconhecidas como autoridades no assunto e, em d A localização geográfica das escolas
consequência, representantes qualificadas da profissão. Uma des- d Os custos envolvidos
sas autoridades é Virginia Henderson (1897-1996). Sua definição, d A duração dos programas
adotada pelo International Council of Nurses, ampliou a descri- d A reputação e o sucesso dos graduados de outras épocas
ção de enfermagem, para incluir nela a promoção da saúde e não d A flexibildade dos horários do curso
somente o cuidado na doença. Em 1966, ela afirmou: d A oportunidade de matrícula para estudos em tempo integral
ou parcial
“A função única do enfermeiro é auxiliar o indivíduo, d A facilidade de ingressar em níveis posteriores de educação
doente ou são, a desempenhar aquelas atividades que
contribuem para a saúde ou sua recuperação (ou para
uma morte em paz), a fim de que ele possa realizá-las Enfermagem prática/vocacional
sem auxílio, caso possua força, desejo ou conhecimento Durante a Segunda Guerra Mundial, muitas enfermeiras registra-
necessários. E fazer isso de modo a auxiliá-lo a obter a das alistaram-se para o serviço militar. Como consequência, ocor-
independência tão rapidamente quanto possível.” reu uma falta muito grande de enfermeiras treinadas em hospitais
civis, clínicas, escolas e outras instituições de tratamento de doen-
Henderson propôs que a enfermagem significava mais do que tes. Para preencher essa lacuna o mais rápido possível, foram de-
executar prescrições médicas. Envolvia uma relação e serviços espe- senvolvidos programas mais curtos em prática de enfermagem em
ciais entre o enfermeiro e o paciente (bem como com seus familia- todo o país, com o objetivo de ensinar as habilidades essenciais de
res). Conforme Henderson, o enfermeiro age como um procurador enfermagem. Nesses programas, a meta era preparar os forman-
temporário, satisfazendo às necessidades de saúde do paciente com dos para o cuidado das necessidades de saúde de bebês, crianças e
conhecimento e habilidades que nem ele ou sua família são capazes adultos em estado de saúde regular, portadores de doenças crôni-
de oferecer. cas ou em convalescença, de modo que as enfermeiras registradas
A definição mais recente de enfermagem é a da American pudessem ser utilizadas de maneira mais efetiva no cuidado com
Nurses Association (ANA). No relatório publicado com o título os pacientes com doenças agudas.
a
Enfermagem: Uma Declaração de Política Social (3 edição, 2010), a Após a guerra, muitas enfermeiras registradas optaram por
enfermagem é definida como: empregos de um turno só ou desistiram da carreira para se tor-
d Proteção, promoção e otimização da saúde e habilidades narem donas de casa em tempo integral, dando continuidade à
d Prevenção de doenças e ferimentos carência de enfermeiros práticos. Ficou claro, portanto, que o pa-
d Alívio do sofrimento através do diagnóstico e tratamento das pel que as enfermeiras práticas estavam desempenhando no aten-
reações humanas
d Empenho no cuidado dos indivíduos, das famílias, das comu-
* N. de R. T. A descrição dos níveis de educação de enfermagem são referentes
nidades e da população aos programas americanos. No Brasil, atualmente, os níveis educacionais são: uni-
versitário (enfermeiro), nível médio (técnico de enfermagem), nível fundamental
A ANA (2010) atesta que outros seis aspectos caracterizam a (auxiliar de enfermagem). Existe ainda os cuidadores e os agentes de saúde que não
enfermagem: (1) provisão de relações de cuidado que favoreçam a são reconhecidos como profissionais de enfermagem, embora exerçam cuidados
saúde e a cura; (2) atenção à amplitude de experiências e respostas domiciliares e de saúde coletiva.
dimento à saúde não seria temporário. Consequentemente, os lí- o número atual de instituições com esta certificação chega a 1.500
deres nos programas de enfermagem prática se organizaram para escolas. Centros profissionais, escolas vocacionais, hospitais,
formar a National Association for Practical Nurse Education and agências independentes e faculdades comunitárias costumam ofe-
Service (NAPNES), Inc. Esse grupo trabalhou para padronizar a recer programas em enfermagem prática. A experiência clínica é
educação em enfermagem prática e facilitar o licenciamento de adquirida em hospitais comunitários locais, clínicas e instituições
seus formandos. Por volta de 1945, oito estados americanos ha- para cuidados de saúde. A duração média de um programa em
viam aprovado os programas em enfermagem prática (Mitchell & enfermagem prática é de 12 a 18 meses, após o qual os formandos
Grippando, 1993). Conforme o Bureau of Labor Statistics (2007), estão qualificados para realizar o exame para licenciamento. Pelo
175.000
159.128
153.347
LPN/LVN
150.000
RN
Matrículas em programas LPN/LVN e RN
125.000
110.703
99.186
100.000
87.079
76.523 76.688
75.000 71.392 70.692
68.759
61.880 63.394
54.969 56.944
49.283
50.000 44.075
37.372 38.297
35.572 34.650
25.000
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Ano
FIGURA 1.4 Tendências de matrículas em LPN/LVN, entre 1999-2008. Os números têm por base a quantidade de candidatos norte-america-
nos que fizeram o NCLEX pela primeira vez nos respectivos anos, como foi divulgado pelo Nacional Council of State Boards of Nursing.
fato de esse ser o programa de preparação à enfermagem de me- fissional do Estado no qual o enfermeiro está licenciado. Cada
nor duração, é considerado por muitos o mais econômico. Estado interpreta os limites da prática profissional de formas
Após um discreto declínio em 2001, as inscrições em escolas diferentes. Por exemplo, num determinado Estado um LPN
de enfermagem têm crescido anualmente (Fig. 1.4). Em 2008, um pode monitorar e administrar soluções intravenosas, inter-
total de 63.394 formandos norte-americanos passaram no Exame romper infusões e fazer curativos, porém o mesmo pode não
de Enfermagem Prática do National Council Licensure (NCLEX- valer para outra região. Os LPNs também podem delegar ta-
-PN) em sua primeira tentativa (National Council of State Boards refas para as UAPs, que podem ou não ter uma certificação
of Nursing, 2009). A estabilidade no trabalho para enfermeiros prá- estadual. Portanto, os LPNs precisam ter conhecimento dos
ticos (LPNs) é amparada pelas previsões do Bureau of Labor Statis- limites de atuação de seus assistentes, bem como quais são os
tics (2007), que estima que as oportunidades de trabalho para estes resultados esperados para suas ações (veja orientações sobre o
profissionais cheguem à projeção de 854 mil vagas até 2016 – o que delegar em “Enfermagem Registrada”). Devido a disparidades
representa um aumento de 14% dos postos de trabalho. Contudo, geográficas na atuação dos LPNs, nos programas educacionais
hospitais não serão os principais empregadores. Enfermeiros prá- e nas regulações regionais, o National Council of State Boards
ticos licenciados estarão mais propensos a atingir esta segurança of Nursing está em busca de estratégias que promovam maior
atuando em clínicas, consultórios médicos, no cuidado domiciliar, consistência neste cenário (Practical Nurse Scope of Practice
em hospitais-dia, em residenciais que ofereçam cuidados à saúde, White Paper, 2005). Outras informações sobre premissas acer-
institutos correcionais e agências governamentais (Larson, 2008). ca do exercício da enfermagem por enfermeiros práticos/voca-
Os enfermeiros práticos licenciados compreendem um cionais podem ser obtidas no website da National Federation of
elo vital entre o grupo de enfermeiros registrados e as equi- Licensed Practical Nurses.
pes de cuidadores, que não têm habilitação para tal atividade Oportunidades para obtenção de certificados pós-licencia-
(UAP). Eles exercem suas atividades sobre a supervisão de um mento nas áreas de farmacologia e cuidados prolongados estão
enfermeiro registrado, médico ou dentista, mas podem expan- disponíveis no National Association for Pratical Nurse Education
dir seu papel atuando como supervisores das UAPs, em certas and Services. Alcançá-los por meio da realização de um teste de-
situações como, por exemplo, necessidade de cuidados prolon- monstra conhecimento além dos padrões mínimos. Para propor-
gados (National Council of State Boards of Nursing, 2005). Os cionar mobilidade profissional, muitas escolas de enfermagem
enfermeiros práticos (LPN) ou vocacionais (LVN) oferecem prática têm desenvolvido “acordos de matrícula”, facilitando a
seus cuidados a pacientes com necessidades usuais de saúde, inscrição de seus formandos em outra escola que ofereça uma via
cujos resultados esperados são previsíveis. A abrangência da à enfermagem registrada, mediante programas de graus associa-
atuação desta categoria está descrita na regulamentação pro- dos ou de bacharelado.
Responsabilidades governamentais
Educação continuada Em 2009, o governo federal esforçou-se para debater a carência
A educação continuada na enfermagem é definida como qual- de enfermeiros por intermédio do Ato de Recuperação e Reinves-
quer experiência planejada de aprendizagem que se dê após um timento Norte-Americano. Essa proposta autorizaria:
programa básico de enfermagem. Credita-se à Florence Nightin-
gale a afirmação de que “permanecer o mesmo é retroceder”. O 1. Empréstimos para financiamento de programas e bolsas de
princípio de que aprender é um processo de toda a vida ainda é estudo para estudantes de enfermagem
aplicável. O Quadro 1.2 enumera razões pelas quais os enfermei- 2. Verbas para o serviço público divulgar a campanha incenti-
ros, em especial, buscam oportunidades de educação continuada. vando mais pessoas a ingressarem em programas de enfer-
Atualmente, muitos Estados estão exigindo que eles comprovem magem
a participação em programas de educação continuada para reno- 3. Programas de plano de carreira, para facilitar a progressão a
var suas licenças de enfermagem. níveis mais altos na prática de enfermagem
4. Concessão de certificados para estabelecimentos que apre-
sentem crescimento na retenção de profissionais e melhorias
TENDÊNCIAS FUTURAS na segurança dos pacientes
5. Reconhecimento à incorporação da gerontologia no currí-
Duas correntes maiores dominam a enfermagem hoje. A primei-
culo dos programas de enfermagem
ra compreende métodos para eliminação da escassez de enfer-
6. Programas de financiamento de empréstimos para estudantes
meiros. A segunda envolve estratégias para atender ao crescimen-
de enfermagem que concordarem em ensinar os próximos es-
to da população idosa com problemas crônicos de saúde.
tudantes (American Association of Colleges of Nursing, 2009)
Órgãos oficiais de assistência à saúde esperam que a inscri-
ção em programas de enfermagem e de educação continuada irá
contribuir para a redução da deficiência atual e futura de enfer- Estratégias proativas
meiros. Estima-se que este déficit de profissionais atinja o mon- Em vez de ficarem esperando resultados sobre o déficit de pro-
fissionais e as ramificações do Ato de Financiamento para En-
fermeiros, muitos deles estão respondendo proativamente às ten-
dências que afetam seu papel no cuidado à saúde (Quadro 1.3).
QUADRO 1.2 Razões para a educação continuada Os enfermeiros estão se relacionando com as mudanças próprias
do século XXI da seguinte forma:
d Nenhum programa básico oferece todos os conhecimentos e ha-
bilidades necessárias para uma carreira ao longo da vida. d Trocando jornadas de trabalho parciais por ocupações em tur-
d Os atuais avanços tecnológicos tornam obsoletos os métodos no integral.
das práticas anteriores. d Adiando a aposentadoria.
d O ato de assumir a responsabilidade do autoaprendizado de- d Procurando obter formação em nível de pós-graduação.
monstra comprometimento pessoal. d Treinando para assumir seus papéis em práticas avançadas
d Para garantir a confiança das pessoas, os enfermeiros precisam (enfermeiro assistencial, enfermeira obstétrica), para assegu-
evidenciar competência atualizada. rar um cuidado com a saúde tendo por base a relação custo-
d A prática em concordância com padrões atuais de enfermagem
-efetividade, nas áreas em que os médicos de atenção primária
ajuda a garantir a segurança legal dos cuidados.
são insuficientes.
d A renovação da licença estadual costuma estar associada a evi-
d Tornando-se um profissional submetido a treinamento cru-
dências de educação continuada.
zado (i.e., apto a assumir funções que não são da enfermagem,
sos, minorias étnicas e pobres, que demoram a procurar trata- nais de LPV/LVN e RN estão atualmente decrescendo.
mento precoce, pois não têm recursos financeiros para tal. d Mais enfermeiros licenciados estão obtendo, cada vez mais cedo,
d Doenças crônicas constituem o maior problema de saúde. d A razão paciente por enfermeiro nas instituições é mais alta.
d A prevenção de lesões e doenças, assim como a promoção da d Mais pacientes graves encontram-se em instituições que ante-
saúde, são prioridades. riormente não atendiam a esta clientela, como estabelecimentos
d A medicina tende a focalizar-se em altas tecnologias, com me- de saúde para cuidados prolongados e intermediários.
lhora de resultados para poucos indivíduos. d As oportunidades de trabalho têm crescido nos serviços de aten-
d Os hospitais estão reduzindo seu tamanho e contratando profis- dimento a pacientes ambulatoriais, em atendimento domiciliar,
sionais não licenciados para realizar procedimentos que são de hospital-dia, saúde comunitária e agências de saúde mental.
domínio exclusivo de enfermeiros licenciados, para conter custos.
d Existem poucos médicos de atenção primária nas áreas rurais.
dependendo do número ou do grau de acuidade dos pacientes, d Atendendo idosos que são assistidos com uma série de serviços
na demanda diária). Por exemplo, enfermeiros podem ser trei- de enfermagem, como avaliações físicas durante longos perío-
nados para fornecer tratamento respiratório e realizar eletro- dos de doença, na educação para saúde e na administração de
cardiogramas, tarefas que trabalhadores da área da saúde, não medicamentos, em residenciais, menos custosos que clínicas
enfermeiros, previamente realizavam. geriátricas tradicionais.
d Aprendendo mais sobre diversidade multicultural (caracte- d Desenvolvendo e implementando protocolos clínicos, padro-
rísticas únicas de grupos étnicos) e como isso afeta as crenças nizando planos multidisciplinares para diagnósticos ou proce-
e valores em relação à saúde, as preferências alimentares, a lín- dimentos específicos, que identifiquem aspectos do cuidado a
gua, a comunicação, os papéis e os relacionamentos. ser realizado durante um determinado período de permanên-
d Apoiando os esforços do legislativo em relação ao seguro na- cia (Fig. 1.7).
cional de saúde e outras reformas vinculadas aos cuidados à d Participando da garantia de qualidade (processo em que são
saúde, que envolvem enfermeiros no primary care (o primeiro identificados e avaliados os resultados).
cuidador de saúde a atender uma pessoa com necessidades de d Concentrando conhecimentos e habilidades para atender às
saúde). necessidades de saúde dos idosos norte-americanos, que serão
d Promovendo o bem-estar, por intermédio do cuidado domici- cerca de 70 milhões em 2030, de acordo com o National Center
liar e dos programas comunitários. for Chronic Disease Prevention and Health Promotion (2005).
d Ajudando os pacientes com doenças crônicas a aprender téc-
nicas para viver com mais saúde e, consequentemente, viver Considerações gerontológicas
por mais tempo.
d Encaminhando os pacientes com problemas de saúde para tra- j Atualmente, 30% ou mais dos idosos institucionalizados em clí-
tamento precoce, uma prática que requer o mínimo de recur- nicas geriátricas retornam ao ambiente comunitário, gerando um
sos e, portanto, reduz despesas. aumento da necessidade na assistência domiciliar (Miller, 2009).
d Coordenando serviços de enfermagem, por meio de estabele-
cimentos de cuidado à saúde – isto é, planejando a alta (ge- Além de estratégias que estão sendo desenvolvidas pelos
renciando as necessidades dessa transição e garantindo sua próprios enfermeiros, há sugestões de reforma emergindo nos lo-
continuidade). cais de trabalho, os quais, acredita-se, possam atrair e promover
DIA DA SEMANA: DIA DA SEMANA: DIA DA SEMANA: DIA DA SEMANA: DIA DA SEMANA: DIA DA SEMANA:
DATA:
DATA: DATA: DATA: DATA: DATA: DATA:
Pré-admissão
DIA 1 (OU DIA) DIA 2 – 1ºPO DIA 3 – 2ºPO DIA 4 – 3ºPO DIA 5 – 4ºPO DIA 6 – 5ºPO
Terapia parenteral (1xdia a Orientação pré-operatória: S N Protocolo para prótese total de – Treinamento para andar – Treinamento para andar – Treinamento para andar – Treinamento para andar
menos que especificado) Check-list de segurança quadril prescrito pelo médico 10-20min _____: S N 20-25min, conforme 25-40min, conforme 40-50min, conforme
transoperatória (Orientações ao paciente e – Precauções tomadas quanto tolerância _____: S N tolerância _____: S N tolerância _____: S N
resultados esperados) ao quadril: S N – Exercícios respiratórios x 10 – Sentar-se e levantar-se da – Sentar-se e levantar-se da
(Avaliação e tratamento) – Reorientações sobre repetições, com auxílio poltrona, com auxílio poltrona: S N
– Deitar e sair da cama, de – Treinamento para andar
SN precaucões com o quadril: mínimo: S N mínimo: S N
forma independente: S N 50-60min, conforme
SN – Compreende precauções – Exercício 10-15 repetições:
– Exercícios 15-20 repetições: tolerância _____: S N
com prótese total de quadril: SN
SN – Subir escadas de forma
SN – Começar a subir escadas:
– Subir escadas: S N independente: S N
– Sentar-se com auxílio: S N SN
– Revisar/aperfeiçoar – Exercitar-se, de forma
– Levantar da poltrona com – Treinamento para entrar na
orientações sobre segurança independente 15-20
auxílio: S N banheira e sentar no vaso
em casa e como simplificar repetições: S N
– Participação do paciente, sanitário sozinho: S N
tarefas, antes da alta: S N – Orientações para alta
conforme tolerância, para
vestir-se e banhar-se, com
auxílio de dispositivo: S N
Medicamentos Conforme orientação médica Antibióticos Antibióticos Antibióticos: S N Analgésicos (PO): S N Analgésicos (PO): S N Laudo com interpretação
Analgésicos Analgésicos Analgésicos (push): S N do Raio X
Analgésicos
Nutrição NPO após a meia-noite Líquidos claros (SND) Líquidos claros (SND) SND SND SND SND
Funcionamento
gastrintestinal: S N
FIGURA 1.7 Exemplo de protocolo de recuperação no managed care. (Cortesia do Elkhart General Hospital, Elkhart, IN.) (continua)
Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem
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11/12/13 13:39
Timby_book.indb 14
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DIA DA SEMANA: DIA DA SEMANA: DIA DA SEMANA: DIA DA SEMANA: DIA DA SEMANA: DIA DA SEMANA:
DATA:
DATA: DATA: DATA: DATA: DATA: DATA:
Pré-admissão
DIA 1 (OU DIA) DIA 2 – 1°PO DIA 3 – 2°PO DIA 4 – 3°PO DIA 5 – 4°PO DIA 6 – 5°PO
Barbara Kuhn Timby
Atividade Orientação pré-operatória – Cama reta em ângulo – Cadeira: S N – Cadeira/de pé no – Cadeira / de pé no – Cadeira/de pé no – Cadeira/de pé no
de 90°– – Flexão dorsiplantar em quarto/ante-sala, quarto/antessala: S N quarto/antessala, de quarto/antessala, de
Manter abdução: S N ângulo de 45°: S N conforme tolerância: S N – Flexão dorsiplantar em forma independente: S N forma independente: S N
– Flexão dorsiplantar em – Pés da cama: S N – Flexão dorsiplantar em ângulo de 45°: S N – Flexão dorsiplantar em – Flexão dorsiplantar em
ângulo de 90°: S N ângulo de 45°: S N – Pés da cama: S N ângulo de 45°: S N ângulo de 45°: S N
– Pés da cama: S N – Pés da cama: S N – Pés da cama: S N – Pés da cama: S N
– Se cirurgia cedo da manhã –
elevar cadeira: S N
Orientação – Vídeo educacional – Reforçar orientação Continuar reforço Continuar reforço: Continuar reforço – Coumadin (usado em casa): Orientações para alta
– Controle da dor pré-operatória: S N – Meias de compressão: S N SN Consultas de acompanhamento
– Jantar leve/supositório – Precauções com quadril: S N – Treinamento para andar / – Continuar reforço
– Escala da dor (0-10): S N transferências: S N
– Precauções quadril: S N
Planejamento da alta Paciente deve trazer SS – encontro com a família SS – Monitorar evolução – Avaliar potencial para – Avaliar potencial para – Avaliar potencial para Cuidados domiciliares ou
orientações pré-operatórias – Desenvolver plano inicial: S N reabilitação x ECF: S N reabilitação x instituciona- reabilitação x instituciona- institucionalização
com ele -lização : S N -lização: S N Ligação telefônica para
– Identificar dispositivos – Encomendar dispositivos: S N acompanhamento domiciliar,
necessários (para casa): S N – Esclarecer o plano com para concluir envolvimento: S N
– Esclarecer plano com paciente e familiares: S N
paciente/família: S N – Coordenar alta para casa
(atendimento domiciliar/dis-
-positivos necessários): S N
Resultados esperados para Paciente declara sua Paciente compreende razões – Paciente participa ativamente – Verbalizar precauções com Verbaliza/demonstra: – Paciente/família demonstra Paciente/família compreende
o paciente responsbilidade/envolvimento do tratamento: S N do cuidado: S N o quadril: S N – Precauções com o quadril: independência com atividades as orientações para alta e está
na recuperação: S N – Paciente verbaliza SN do cotidiano: S N confiante na capacidade para
compreensão dos – Planos de alta: S N Alta para cuidar de si mesmo: S N
cuidados: S N – Alta para reabilitação: S N – Instituição: S N – Alta para casa: S N
– Reabilitação: S N
– Casa: S N
Assinaturas:
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Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem 15
a permanência de mais enfermeiros. Algumas delas incluem: (1) Habilidades para o aconselhamento
elaboração de escalas de trabalho não tradicionais, com horários Conselheiro é aquele indivíduo que escuta as necessidades de um
mais flexíveis; (2) oferta de creches nos locais de trabalho; (3) paciente, responde com informação fundamentada em sua área
apoio à criação de cursos de reciclagem para enfermeiros inati- de conhecimento e facilita o resultado que o paciente deseja. Os
vos; (4) abandono das políticas de cumprimento de horas extras enfermeiros implementam habilidades para o aconselhamento,
obrigatórias; e (6) melhora da política salarial (Oncology Nursing comunicando-se com os pacientes, ouvindo ativamente quando
Society, 2007). da troca de informações, oferecendo ensino de saúde pertinente e
demonstrando apoio emocional nas suas relações com eles.
Para entender a situação sob a perspectiva do paciente, o
HABILIDADES PECULIARES À enfermeiro pode utilizar técnicas de comunicação terapêutica
ENFERMAGEM para encorajar sua expressão verbal (ver Cap. 7). A interação te-
Apesar do local onde são aplicadas ou da forma como são con- rapêutica é facilitada pelo uso da escuta ativa (demonstração de
duzidas, as habilidades de enfermagem (atividades peculiares à atenção total ao que está sendo dito, ouvindo o conteúdo que está
prática de enfermagem) diferem de acordo com o preparo edu- sendo comunicado, bem como a mensagem não falada). Dar aos
cacional, mas todos os enfermeiros compartilham da mesma pacientes a oportunidade de serem ouvidos ajuda-os a organi-
perspectiva filosófica. Mantendo as tradições de Florence Ni- zarem os pensamentos e a avaliarem de maneira mais realista a
ghtingale, a prática de enfermagem contemporânea ainda inclui situação em que se encontram.
habilidades para o levantamento de dados, para o cuidado, para o Uma vez estando clara a perspectiva do paciente, o enfermei-
aconselhamento e para o conforto. ro oferece informações de saúde pertinentes sem oferecer aconse-
lhamento específico. Reservando-se de suas opiniões pessoais, os
enfermeiros promovem o direito que cada pessoa possui de tomar
Habilidades para o levantamento de dados suas próprias decisões e fazer suas próprias escolhas em assuntos
Antes de o enfermeiro poder determinar os cuidados de que a que afetam a saúde e o cuidado na doença. O papel do enfermeiro
pessoa necessita, devem ser apontadas as necessidades e os pro- é partilhar informações sobre potenciais alternativas, dar aos pa-
blemas do paciente. Isso requer o uso de habilidades para o le- cientes a liberdade de escolha e apoiar a decisão tomada.
vantamento de dados (atos que envolvem a coleta de dados), que Enquanto oferece cuidados, o enfermeiro encontra várias
incluem entrevista, observação e exame do paciente e, em cer- oportunidades para ensinar aos pacientes a forma de promover
tos casos, da família do paciente – termo amplamente utilizado processos de cura, bem-estar, prevenir doenças e realizar as ati-
em referência às pessoas com as quais o paciente mora ou está vidades cotidianas da melhor forma possível. As pessoas sabem
intimamente relacionado. Embora o paciente e seus familiares muito mais sobre saúde e cuidados com a saúde atualmente do
constituam a fonte primária de informações, o enfermeiro ainda que no passado e esperam que os enfermeiros partilhem com elas
faz uso do registro médico do paciente e da conversa com ou- informações exatas.
tros profissionais da saúde para obter outros fatos. As habilidades Como os pacientes nem sempre comunicam seus sentimentos
para o levantamento de dados são abordadas com mais detalhe a desconhecidos, os enfermeiros devem fazer uso da empatia, uma
na Unidade IV. consciência intuitiva daquilo que o paciente está vivenciando. O
enfermeiro faz uso da empatia para perceber o estado emocional
Habilidades para o cuidado do paciente e sua necessidade de apoio. Essa habilidade é diferente
As habilidades para o cuidado, intervenções de enfermagem da simpatia, que é um sentimento tão emocionalmente perturba-
que recuperam ou mantêm a saúde de um indivíduo, podem en- do quanto o paciente. A empatia auxilia o enfermeiro a tornar-se
volver ações tão simples como o auxílio nas atividades da vida afetivo no atendimento às necessidades do paciente, enquanto per-
diária (ADLs), que são atitudes comumente realizadas pelas pes- manece em estado de compaixão, ainda que distanciada.
soas. Exemplos incluem tomar banho, arrumar-se, vestir-se, co-
mer e atividades de toalete. Cada vez mais, no entanto, amplia-se Habilidades para a promoção do conforto
o papel do enfermeiro, de modo a incluir os cuidados de seguran- A presença de Florence Nightingale e a luz de sua lamparina
ça dos pacientes que requerem o uso de equipamentos invasivos comunicavam conforto aos soldados britânicos amedrontados
ou altamente técnicos. Este livro apresenta aos profissionais ini- no século XIX. Como uma das consequências dessa herança, os
ciantes na carreira os conceitos e as habilidades necessárias para atuais enfermeiros compreendem que a doença costuma causar
oferecer cuidados com pacientes cujos problemas tenham resul- sentimentos de insegurança, capazes de ameaçar a capacidade do
tados facilmente previsíveis. Uma vez consolidados esses funda- paciente ou de seus familiares de enfrentar a situação. Eles podem
mentos, os estudantes podem fazer acréscimos à sua base inicial se sentir muito vulneráveis. É nesse momento que o enfermeiro
de conhecimentos. utiliza as habilidades para a promoção do conforto, que são
Tradicionalmente, os enfermeiros são – e sempre foram – intervenções que promovem estabilidade e segurança durante
provedores de todo o cuidado físico com as pessoas incapazes de uma crise relacionada à saúde (Fig. 1.8). Ele se torna um guia, um
sozinhas atenderem às próprias necessidades de saúde. Cuidar, companheiro e um intérprete do paciente. Essa relação de apoio
todavia, ainda envolve a preocupação e o apego que resultam da costuma evocar confiança e reduzir o medo e a preocupação.
íntima relação entre dois seres humanos. Apesar da relação pró- Vê-se que, como resultado dos esforços de uma mulher, nas-
xima envolvida nos cuidados, o que o enfermeiro deseja é que ceu a enfermagem moderna. Desde então, ela tem passado por
os pacientes se tornem autoconfiantes. Aquele profissional que processos de amadurecimento e desenvolvimento. As habilidades
assume cuidados demasiados com os pacientes, tal como a mãe desempenhadas por Nightingale, em uma escala muito grande,
que ainda ata os cadarços dos sapatos do filho, costuma retardar são repetidas em nossos dias durante toda relação enfermeiro-
a situação de independência deste. -paciente, de forma única.