PSD HPV 28082022
PSD HPV 28082022
PSD HPV 28082022
a) Fisiopatologia
O papilomavírus humano são pequenos vírus encapsulados sem envelope com um genoma
circular de oito quilobases que codifica oito genes, incluindo duas proteínas estruturais
encapsulantes, L1 e L2.
A proteína L1, expressa de forma recombinante em um sistema de cultura de células, se
auto-monta na ausência do genoma viral para formar uma partícula semelhante a vírus
(PSV). Essa partícula é o imunógeno usado nas vacinas contra o HPV. L2 é a proteína menor
do capsídeo que, junto com L1, medeia a infectividade do HPV.
O ciclo de replicação do vírus está integralmente ligado à diferenciação epitelial (isto é, a
maturação do queratinócito). A infecção inicial da célula-tronco basal ocorre como
resultado de rupturas microscópicas no epitélio. O HPV têm predileção pela pele
queratinizada anogenital.
b) Quadro clínico
Apresentação latente: ocorre quando as pessoas infectadas por HPV não desenvolvem
qualquer lesão. Essa condição pode permanecer durante toda a vida. Apenas algumas
pessoas podem, anos mais tarde, vir a expressar a doença com condilomas ou alterações
celulares do colo uterino. Nessa situação, não existe manifestação clínica, citológica ou
histológica, apenas podendo a infecção ser demonstrada por meio de exames de biologia
molecular (detecção do DNA viral).
Apresentação subclínica: a lesão subclínica ocorre quando as micro lesões pelo HPV são
diagnosticadas por meio de exame de Papanicolaou (lesões acetobrancas), com ou sem
biópsia. A lesão intraepitelial escamosa de baixo ou alto risco é detectada com mais
frequência. Os tipos oncogênicos de HPV podem resultar em lesões precursoras do
carcinoma escamoso da cérvice uterina.
c) Diagnóstico
Exame clínico: presença de condiloma; Análise histopatológica das lesões; Papanicolau
(esfregaço cervicovaginal), indicado acima de 25 anos até 64 anos, de 3 em 3 anos caso de
dois resultados negativos; Biologia molecular: PCR (define genótipo), captura do hibrido
(avalia risco).
d) Prevenção
Exames periódicos, uso de preservativos, evitar quantidade exacerbada de parceiros
sexuais, vacinação.
Vacina quadrivalente (6,11,16,18) está presente no SUS e no Calendário Nacional de
Vacinação desde de 2014. Duas doses para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14
anos, soropositivos, mulheres e homens imunossuprimidos.