PROJETO de EXTENSÃO Interseccionalidade
PROJETO de EXTENSÃO Interseccionalidade
PROJETO de EXTENSÃO Interseccionalidade
Responsáveis AUTORIZAÇÃO
Coord. do Projeto: Carla Patrícia Pacheco Teixeira
Coord. do Curso de Jornalismo: Carla Teixeira
Coord. CIDH.UNICAP: Prof. Dr. João Paulo Fernandes Allain
Teixeira
Diretora da Escola de Comunicação: Carolina Monteiro
Pró-Reitor Com. e de Ext.: Prof. Dr. Pe. Delmar Araújo Cardoso
1. Título Interseccionalidade
2. Escola Escola de Comunicação
3. Curso Jornalismo e Direito
4. Área Temática:
...............................................................
6. Linha de extensão
1.7: Educação em Direitos Humanos
8. Participação de estudantes
Estudantes Bolsistas Voluntários
Graduação 06
Pós-graduação 04
Total 10
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
PRÓ-REITORIA COMUNITÁRIA E DE EXTENSÃO
9. Público alvo
Estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade Católica de Pernambuco
e outras instituições de ensino superior do Recife, comunidade acadêmica, população
em geral
11. Local de execução (Caso seja na UNICAP, especificar o espaço/ bloco/ andar/ etc).
Online via Google Meet e, uma vez a cada mês, na sala 701 do bloco G
( ) Sim ( x) Não
Valor: ..............................................................
Origem: ...........................................................
14. Parcerias
II – DETALHAMENTO DA ATIVIDADE
1. Apresentação e Justificativa
O presente projeto visa debater os diversos modos como classe, raça, etnicidade,
gênero e sexualidade atuam de forma articulada na conformação de diferenças,
posições de sujeito e desigualdade ou privilégio social. A interseccionalidade atua
como modo de compreensão das estruturas de poder e dominação, tais como
sexismo, racismo, homolesbotransfobia, e outras formas de discriminação, e de como
elas estão relacionadas e se constituem mutuamente.
Embora, pela primeira vez, os negros sejam maioria no ensino superior público
brasileiro, eles ainda são minoria nas posições de liderança no mercado de trabalho e
entre os representantes políticos no Legislativo. Também são uma parte ínfima da
magistratura brasileira. Entre aqueles que não têm emprego ou estão subocupados,
negros são a maior parte. Também são a maior parte entre as vítimas de homicídio e
compõem mais de 60% da população carcerária do país. Negros também são
sub-representados no cinema, sendo minoria entre os vencedores e os integrantes de
júris de premiações.
A situação é exatamente oposta entre os homens. Aqueles que vivem com crianças
até 3 anos registraram nível de ocupação de 89,2%, superior aos 83,4% dos que não
têm filhos nessa idade. Uma dificuldade adicional para inserção no mercado pode ser
observada no recorte racial dos dados. As mulheres pretas ou pardas com crianças de
até 3 anos apresentaram os menores níveis de ocupação, inferiores a 50%, enquanto
as brancas registraram um percentual de 62,6%.
Com relação à representatividade política, pesquisa do IBGE de 2019 indica que
apesar de um aumento no número de deputadas federais entre 2017 e 2020, temos
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atualmente apenas 14,8% de mulheres em exercício na Câmara dos Deputados. Com
esse dado, o Brasil tem a menor proporção entre os países da América do Sul e fica
na posição de número 142 em um ranking de 190 países".
2. Referencial Teórico
Quando aborda especialmente a mulher negra, Lélia afirma que “ Ser negra e mulher
no Brasil, repetimos, é ser objeto de tripla discriminação, uma vez que os estereótipos
gerados pelo racismo e pelo sexismo a colocam no mais baixo nível de opressão
(2018, p. 44). A perspectiva de Lélia Gonzalez se faz necessária, principalmente se
observarmos dados do IBGE. Levantamento divulgado em 2021 pelo Instituto revela
que 54,5% das mulheres com 15 anos ou mais integravam a força de trabalho no país
em 2019. Entre os homens, esse percentual foi 73,7%. A força de trabalho é
composta por todas as pessoas que estão empregadas ou procurando emprego. As
mulheres pretas ou pardas com crianças de até 3 anos apresentaram os menores
níveis de ocupação, inferiores a 50%, enquanto as brancas registraram um percentual
de 62,6%.
O termo surge então com uma conceituação acadêmica e de intervenção jurídica, mas
hoje vai além. Para Flávia Rios, pesquisadora da Afro-Cebrap - Núcleo de Pesquisa e
Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial, a interseccionalidade está atrelada ao
campo jurídico, como ferramenta de intervenção política, também nos movimentos
sociais. Está na Organização das Nações Unidas, como instrumento político para
combater as desigualdades. Também pode ser uma identidade política; pode ser a
percepção de suas experiências de opressão.
Trabalhamos ainda com a perspectiva teórica de Audre Lorde, Franz Fanon, Angela
Davis, Grada Kilomba, Patricia Hill Collins, Carla Akotirene, entre outras autoras e
autores, que trazem uma perspectiva de raça, gênero e classe social em seus
trabalhos. Complementando o arcabouço teórico que irá nortear o desenvolvimento
desse projeto, trazemos Judith Butler, Richard Miscolci e Catherine J. Nash, que
possibilitam a compreensão da Teoria Queer. A proposta queer
Geral:
Articular o debate sobre interseccionalidade entre estudantes e pesquisadores,
contribuindo para a formação em direitos humanos, na perspectiva de atuação e
mudança social por meio das redes sociais e atuação em comunidades.
Específicos:
- Estimular a observação interseccional nos campos do direito, da comunicação
e educação
- Contribuir para a formação de estudantes de graduação e pós-graduação
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- Analisar criticamente produtos midiáticos pela perspectiva interseccional
- Atuar junto a coletivos e comunidades, oferecendo formação sobre a
interseccionalidade a partir das demandas apresentadas
- Utilizar as mídias sociais para divulgação da temática junto à sociedade
- Estimular a pesquisa e a produção científica a partir das experiências
vivenciadas.
4. Metas
- Realizar reuniões semanais para o debate do tema, com leitura de livros e artigos;
- Produzir conteúdos para as redes sociais da Clínica de Direitos Humanos sobre a
temática interseccional, a partir dos debates realizados
- Realizar oficinas junto a coletivos e comunidades sobre a temática interseccional, a
partir das demandas desses grupos
- Realizar um seminário online sobre a temática interseccional, com a participação de
estudantes do projeto de extensão e palestrantes convidados
- Produzir, a cada semestre, um artigo científico sobre interseccionalidade, em dupla
de autores e com temas diversos, estimulando a cidadania e os Direitos Humanos.
5. Resultados Esperados
Nos aspectos mais práticos, este projeto pretende que a comunidade acadêmica da
Unicap e de outras instituições de ensino superior, recebam da Universidade o
conhecimento posto em prática pelos professores e estudantes universitários com
vistas ao desenvolvimento social e comunitário, a fim de formar pessoas com
habilidades para lidar com os direitos humanos, através do encontro entre a
Comunicação e Direitos Humanos.
Os estudantes de graduação e pós-graduação ainda terão aprimorado sua
sensibilidade social no convívio com diferentes contextos, respeito à diversidade e aos
Direitos Humanos nas práticas que serão desenvolvidas durante as atividades.
A produção de conteúdos para as redes sociais da Clínica de Direitos Humanos e a
formação por meio de oficinas junto a coletivos e comunidades poderá permitir a
Pretende-se, ainda, ao final do primeiro ano, a sistematização metodológica para
publicação de um artigo que analise a experiência do ponto de vista teórico-prático.
6. Procedimentos Metodológicos
A metodologia considera a perspectiva do pesquisador Larossa, pois consideramos o
campo da experiência como algo que permite nossa compreensão do que está sendo
debatido. Isso envolve a linguagem, as redes sociais, programas televisivos,
reportagens, nossos cotidianos, o campo de trabalho e estudo de cada uma e cada
um de nosso grupo. Dessa forma, estão previstos:
- Diagnóstico do grupo
- Leituras iniciais
- Reuniões semanais online, com uma reunião presencial a cada mês
- Revisão da literatura
- Relato de experiências
- Debates sobre textos selecionados
- Produção de conteúdos para redes sociais
- Apresentação de seminários
- Mapeamento de produtos de comunicação
- Mapeamento de grupos e comunidades para troca de experiências sobre
interseccionalidade e direitos humanos
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- Realização de oficinas
- Avaliação coletiva
- Produção de artigos
8. Referências
IV – CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
PROFESSORES DA CARGA
FUNÇÃO NO REGIME DE POSSUI
UNICAP HORÁRIA
PROJETO CONTRATAÇÃO HPE?
2 horas
Carla Teixeira Coordenação RTI não
semanais