Aula 3 - AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS

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AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS

PNEUMONIA

Existem 2 tipos

Pneumonia adquirida na comunidade (PAC)

 Acomete o indivíduo fora do ambiente hospitalar ou nas primeiras 24h de


internação
 Normalmente os casos são leves e o tratamento pode ser ambulatorial, mas
em casos de sinais de alerta a internação é necessária
 Sinais e sintomas: antes 48h de internação

Pneumonia nosocomial (hospitalar)

 Após 48h de internação

Definição: Infecção da VAI (via área inferior)

Epidemiologia:

Causas: Bactéria, vírus, fungos

Fisiopatologia

1. queda da imunidade
2. a barreira cai e os microrganismos entram e se proliferam no tecido
causando uma resposta inflamatória
3. Sinais de inflamação: calor, rubor, edema, perda de função e dor
4. Liberação de exsudato para o meio externo do alvéolo (conforme mais
agressão dos microrganismos, maior a produção de exsudato, maior
produção de muco – catarro)
5. Conforme o muco realiza produção de catarro os cílios tentam expelir o que
gera a tosse

- A consequência desse muco é uma alteração na troca gasosa.

-A F.R começa a aumentar, o que gera a falta de ar.

-Se o paciente não tiver uma tosse efetiva, se realiza a aspiração do muco.

-Se a membrana alvéolo capilar estiver espessa, há um estreitamento da via


aérea pelo edema da inflamação, o que gera sibilos pelo estreitamento de luz
das vias aéreas.

Primeiros cuidados de enfermagem: respiração

Sinais clínicos

 Tosse produtiva
 Dispneia (falta de ar)
 SpO2 (deve sempre estar maior que 90%)

Se tiver abaixo: 1º se tiver tosse produtiva tossir, 2ºaspiração, 3º dar O2

 Ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares presentes (entrada e saída de ar)


+ ronco (catarro)
 Febre
 Cianose central (falta de oxigênio)

(cianose periférica – má perfusão nos dedos

cianose central – boca roxa: + preocupante)

 Dor *
 Taquipneia
 Musculatura acessória – verifica se a narina está abrindo e fechando
(batimento de asa de nariz)
 Retração de fúrcula
 Músculos intercostais
 Respiração abdominal (barriga empurra o diafragma)
 Cefaleia (quando tosse. aumenta a pressão intratoráxica, o que interrompe o
fluxo de oxigênio da jugular – retorno venoso, aumentando a pressão
intracraniana, gerando a cefaleia)

Tratamento pneumonia

 Antibiótico - azitromicina, amoxicilina, levofloxacina e ciprofloxacino)


 Antibiótico mais crítico – vancomicina
 Inalação para deixar o muco mais fino: SF 10-5ml
Se houver sibilos realizar inalação com broncodilatador
- Salbutamol/Berotec – Brometo de fenoterol
-Atrovent - Brometo de ipratrópico
 Corticóide (combate inflamação) metilpredinisona
 O2

Complicação

 Sepse  choque séptico


 Derrame pleural
 Necessidade de ventilação mecânica (fazer de tudo para não chegar a esse
ponto)

Fatores de risco

-Tabagismo

-Idade > 65 anos


Exames laboratoriais

 Escarro
 Aspiração
 Hemocultura
 Lavado broncoalveolar
 Métodos moleculares (painel viral – swab no fundo do nariz)

Exame de imagem: áreas esbranquiçadas no raio-x

DERRAME PLEURAL

- Acúmulo de líquido entre as pleuras (visceral e parietal)

Fisiopatologia

 Transudato: Saída de líquido (doenças: ICC, hepatopatia)


 Exsudato: Saída de líquido + soluto – proteínas mediadoras que saem do
processo inflamatório (doença: pneumonia)

*Vaso: dentro do vaso há a saída de pressão hidrostática (água) e de pressão


osmótica (soluto)

*Líquido deve ficar dentro do vaso para garantir a pressão hidrostática, entre
outras.

Sinais clínicos

 Dispneia
 Taquipneia
 AP: Onde houver o derrame pleural a ausculta estará abolida
 Percussão: maciça

*Não tem febre pois só há acúmulo de líquido

Diagnóstico

 Realiza raio-x e ultrassom para saber a quantidade de líquido que há.

Tratamento

 Toracocentese de alívio, diagnóstica ou com colocação de dreno de tórax


(retirada de líquido entre as pleuras)
-Selo da água: proteção para não entrar ar e virar um pneumotórax
-Nunca levantar o dreno acima da cintura, apenas se tiver clampeado
(fechado)
-Selo da água deve subir e descer entre a extensão para dizer que não
tem nenhuma obstrução no dreno.
-Se o dreno tiver borbulhando, quer dizer que há uma fístula pleural
(não é para acontecer)
-Troca a cada 24h o frasco e curativo.

DPOC

 Processo crônico, ao qual o paciente é exposto a agentes nocivos que irão


alterar a estrutura dos alvéolos (fica cheio de buraco) e bronquíolos.
 Ou por genética

Fisiopatologia

 Nicotina (tóxica)  alvéolos  processo inflamatório


- Membrana alvéolo capilar é destruída em maior parte por conta da
inflamação  fibrose
-Destruição dos alvéolos com retenção de ar  Enfisema pulmonar
-Inflamação gera a formação de muco  tosse

Sinais e sintomas

 Dispneia
 Taquipneia
 Tórax – tonel
 Baqueteamento digital
 Hipóxia (SpO2 – 89/90%)

*Não deve dar O2 para paciente com DPOC, pois ele irá rebaixar, a não ser que ele
esteja com falta de ar.

 Hipercapnia
 Cianose
 Tosse
 Cefaleia
 AP: ronco, pode ter sibilo
 Caquexia (músculos atrofia e começa a queimar gordura para gerar energia)

Inspiração - (bulbo controla mudança de INS para EXP  Co2) – Expiração

 Essa mudança no DPOC começa a ser pela baixa taxa de O2, devido a isso
não pode dar O2 caso não precise.
 Se der, o bulbo entende que tem que ficar maior tempo na fase de INS
retendo mais Co2 caso de O2, o que aumenta a PIC (pressão intracraniana),
rebaixando o paciente.

Tratamento

 Inalação – SF0,9% (se houver sibilo: broncodilatador)


 Corticoide  somente quando tiver exacerbação do DPOC (pneumonia
/tabagismo)
 O2: Sp02 < 80%  colhe gasometria e a quantidade de PaO2 < 60)
 Fisioterapia respiratória (cateter nasal, máscara de Venturi)
 VNI (ventilação não invasiva)  Bipap (queda de O2 e aumento de Co2) ou
Caf (só queda de O2)
 Vm (ventilação mecânica)
 Ecmo
 Finais da DPOC: suporte de oxigênio, transplante pulmonar

Pneumotórax

 Ácumulo anormal de ar entre pleura parietal e visceral (ar livre na cavidade


pleural)

Fisiopatologia

Aberto: Comunicação com o meio externo

- Trauma, ferida por arma de fogo, ferido por arma branca, passagem de cateter
central.

Fechado: Rompimento espontâneo da pleura visceral (dpoc)

Sinais e sintomas

 Dispneia
 Taquipneia (FR > 20(
 Taquicardia (FC > 100)
 Dor
 AP: MV ausentes ou abolidos no local do pneumotórax
 Percussão: timpânica (oca)
 Expansibilidade assimétrica (o pulmão afetado não sobre a caixa toráxica)
 Dessaturação de O2 (< 90%)
 Febre
 Hipotensão (PAS <90 ou PAM <65)
 RNC (rebaixamento do nível de consciência)

Tratamento

 Toracocentese com colocação de dreno

Complicação

 Pneumotórax hipertensivo (compressão do mediastino e consequente


ocorrência de estado de choque = gravidade)
Radiografia de tórax

 As imagens brancas ou radiopacas do filme representam as várias


estruturas densas no interior do objeto que barram totalmente o feixe de
raios X. (osso, metal)
 As imagens pretas ou radiolúcidas representam áreas onde o feixe de raios
X passou através do objeto e não foi totalmente barrado (ar)

Pele, gordura e estruturas celulares: cor cinza preto

Posições

- Anteroposterior

-Postoanterior

-Lateral

-Perfil

*Sempre pedir ao paciente que inspire e prenda a respiração (apnéia) para melhor
visualização das estruturas no RX.

Identificação

- Sempre avaliar de baixo para cima

BASE

G  bulha gástrica (estômago)

L  fígado (deve ser branco na imagem)

D  diagragma

CoPhS  Ângulo Costofrênico (abertura total pulmonar (V))

TOPO

R  costelas (as mais esbranquiçadas estão na frente e as mais escuras atrás)

Ranhuras  capilares sanguíneos e alvéolos – trama/tecido pulmonar (cinza leve)


L  identificada a localização

CL  clavícula

Sca  escápula

MEIO

TR  traqueia

AA  arco aórtico

PA  artéria pulmonar

SVC  veia cava superior

RA  átrio direito

LV  ventrículo esquerdo

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