Agir e Pensar Como Um Gato - Stephane Garnier

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Copyright © 2017 by Éditions de l’Opportun

TÍTULO ORIGINAL
Agir et penser comme un chat

CAPA
Raul Fernandes

ILUSTRAÇÕES DE MIOLO
MaGwen (Paris) by Sebastien Hardy & Victoria Arbuzova para Éditions de l’Opportun

DIAGRAMAÇÃO
Samantha Regina Silva |

ADAPTAÇÃO PARA E-BOOK


Marcelo Morais

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO


SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

G222a

Garnier, Stéphane
Agir e pensar como um gato [recurso eletrônico] / Stéphane Garnier;
tradução de Maria Alice A. de Sampaio Dória. - 1. ed. - Rio de Janeiro:
Valentina, 2019.
Clube do Livro Digital
Tradução de: Agir et penser commeun chat
Formato: ePub
Requisitos do sistema: Adobe Digital Editions
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN 978-85-5889-093-9 (recurso eletrônico)

1. Motivação (Psicologia). 2. Conduta. 3. Autoconsciência. 4.


Autorrealização. 5.Livros eletrônicos. I. Dória, Maria Alice A. de Sampaio. II.
Título.

19-58227 CDD: 158.1


CDU: 092019022

Todos os livros da Editora Valentina estão em conformidade com


o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Todos os direitos desta edição reservados à

EDITORA VALENTINA
Rua Santa Clara 50/1107 – Copacabana
Rio de Janeiro – 22041-012
Tel/Fax: (21) 3208-8777
www.editoravalentina.com.br
Para Ziggy,
meu gato.
SUMÁRIO
Prefácio
Nossos amigos, os gatos
O gato é livre
Passo a Passo: O despertar do gato
O gato é carismático
O gato é calmo (na maior parte do tempo)
O gato sabe se impor
O gato é um sábio ancião
O gato, antes de tudo, pensa em si mesmo
Passo a Passo: A manhã do gato
O gato se aceita como é, o gato se ama
O gato sabe se exibir, ele é orgulhoso
O gato adora ser o centro das atenções
O gato é um ser difícil de entender
O gato é curioso por natureza
Passo a Passo: A manhã do gato
O gato é in-de-pen-den-te
Segredo de gato
O gato é a autoconfiança em pessoa
O gato sabe delegar
Passo a Passo: A manhã do gato
O gato sabe dar-se um tempo para curtir a vida
O gato se adapta rapidamente a tudo
O gato ama a calma
O gato escolhe sua turma
Passo a Passo: O dia do gato
O gato sabe descansar, ele adora dormir
O gato sabe dizer não (e não se priva de dizer!)
O gato sabe evitar brigas (quando é possível, claro!)
O gato adora a casa dele, ele marca território
Passo a Passo: A tarde do gato
O gato confia
O gato é um líder nato
Segredo de gato
Passo a Passo: O fim de tarde do gato
O gato é obstinado
O gato é sempre prudente
O gato precisa muito de amor
O gato é descansado por natureza
O gato sabe o que quer, ele é direto
O gato ousa pedir (o tempo todo!)
Passo a Passo: A noite do gato
O gato é honesto
O gato é silencioso e observador
O gato é um amigo sincero
O gato se concentra no essencial
Passo a Passo: A noite do gato
O gato é sempre natural
O gato é humilde e indulgente
Segredo de gato
O gato se diverte com tudo!
Passo a Passo: A noite do gato
O gato é belo… e ele sabe disso!
O gato se sente à vontade em qualquer situação
O gato dá provas de empatia
E então: gato ou paxá?
A última palavra é sempre do gato!
Segredo de gato
Teste: Avalie agora o seu quociente gato (qg)
Resultados do teste do quociente gato
Sobre o autor
PREFÁCIO

Tem certos dias em que não estamos nem um pouco a fim de trabalhar, de
saber o que está acontecendo no mundo, e muito menos nos preocuparmos
com o que vem pela frente… Não estamos a fim de discutir sobre política
pra não ter que rosnar para quem pensa diferente, nem ficar angustiados
por causa do trabalho, cogitando se vamos conseguir nos aposentar…
Não estamos nem aí para os problemas pessoais e muito menos para os
familiares, não queremos nos sentir culpados porque tomamos um banho
demorado em “detrimento” do planeta, nem ficar com a consciência
pesada porque comemos besteiras demais.
Só queremos desligar, dar uma boa desconectada, e apenas por um
instante… respirar.
Quando me viro, vejo meu gato, Ziggy, entrando no escritório sem fazer
qualquer ruído. Ele me observa, pula na minha mesa de trabalho e se deita
sobre o teclado do computador. Pequeno ritual de muitos anos, desde o
tempo em que eu ainda escrevia em cadernos e ele não parava de
mordiscar a tampa da minha caneta. Sorrio, pois é uma brincadeira nossa.
Ziggy age como se adorasse me ver escrevendo, mas faz tudo para me
impedir.
Confesso que até hoje, além das suaves patadas, das idas e vindas entre
os meus joelhos e o teclado, eu não via nessa manobra nada além de
carinho e travessura…
Mas é bem provável que ele esteja querendo me dizer alguma coisa
depois de todos esses anos, ou simplesmente me propondo: “Ei! Que tal
desligar um pouco?”
Desligar… Nesse exato momento em que está esfregando o nariz no
meu pescoço, eu não estou a fim… Não estou nada a fim de saber se vou
conseguir pagar as minhas contas, nem de me preocupar com o sobe e
desce da Bolsa…
Por acaso ele se preocupa com isso?
Talvez seja exatamente esse o segredo que ele está querendo me contar
há tanto tempo: largar de mão, me entregar ao essencial, pensar no meu
bem-estar, fazer como ele… Viver como um gato!
Ao que tudo indica, o gato vive muito melhor do que nós! Por que não
aprender com ele? Foi o que decidi fazer ao decodificar seu dia a dia, suas
aspirações e seu estilo de vida.
Estava tudo ali na minha frente, sem que eu realmente me desse conta
esses anos todos.
Tanto na nossa vida pessoal quanto na profissional, temos muito a
aprender com o gato!
Por isso, convido você a descobrir neste livro: como se distanciar da
rotina, recuperar o bem-estar e sorrir mais!
Ele tem razão em quê? Em que deveremos nos inspirar nele?
A partir de agora, para considerar uma nova maneira de ver a vida,
vamos pensar e agir como um gato!
NOSSOS AMIGOS,
OS GATOS

“No começo, Deus criou o homem, mas ao vê-lo tão


frágil, deu-lhe o gato.”
WARREN ECKSTEIN

“Os gatos, mesmo os de rua, são sempre nobres. Eles


não querem nada. São apenas gatos… e ponto final.”
FRÉDÉRIC VITOUX
Os gatos nos fascinam desde a noite dos tempos. Ao observá-los, ao
tentar compreendê-los, nós encontramos no seu vigor, nas suas atitudes,
nas suas qualidades, nos seus hábitos, nas suas pequenas manias, uma
espécie de magia em viver serenamente e ser felizes.
Com certeza, muitos dos trunfos que os gatos possuem naturalmente,
podemos utilizar no nosso cotidiano, na nossa vida pessoal e profissional.
Eles têm uma filosofia de vida que parece se resumir em algumas
palavras: comer, brincar, dormir, preocupar-se com o próprio conforto e só
fazer o que lhes dá prazer. O que já é muuuito para nós! Só que não para
por aí, como você vai descobrir.
Os gatos levam uma vida saudável que lhes permite viver sem estresse,
porque sua única prioridade é o próprio bem-estar!
Por intermédio deles, observando sua rotina, podemos abrir para nós
uma outra perspectiva, uma outra visão de mundo, bem como uma
compreensão diferente e mais positiva de nós mesmos.
Então, bem-vindo ao olhar do gato, aos seus pensamentos e à sua
filosofia, para que possamos apreciar a vida do mesmo jeito que ele
aprecia!
O GATO É LIVRE

“No íntimo, somos todos motivados pelas mesmas


urgências. Os gatos têm coragem de viver sem se
preocupar com elas.”
J IM DAVIS
Liberdade, doce liberdade! Quem não sonha com ela como o motor que
movimenta a própria vida?
Livre para ir e vir, livre para fazer somente o que dá prazer, livre nas
ações, nos desejos, nos caprichos… Pensamentos e movimentos livres!
Livre!
Paradoxalmente, todos nós temos uma forte propensão a acumular
obstáculos e, com frequência, nos aprisionarmos, seja a empréstimos
bancários que só nos obrigam a trabalhar cada vez mais, seja a objetos
fúteis mas preciosos aos nossos olhos, seja a hábitos que se tornam
obrigações que nem mesmo percebemos, seja a pessoas nocivas que ainda
nos obrigamos a suportar…Talvez seja esse o momento para fazer uma
boa faxina na vida.
Por que não tentar conservar o que você ama, preservar as amizades que
lhe fazem bem, praticar as atividades que lhe dão prazer e escolher a
profissão que o apaixona?
Só fazer o que dá na cabeça, ir atrás exclusivamente dos desejos…
talvez você pense que se trata de um sonho quase impossível… Mas não
para o gato, que decidiu ser livre, livre de ter, livre para ser, livre para
viver como melhor lhe parecer em todos os momentos da vida.
Mais do que uma rotina, uma segunda natureza do gato, trata-se mesmo
é da razão da sua vida: ser livre. O resto, no final, pouco lhe importa,
enquanto nós, muitas vezes, relegamos esse ideal a, quem sabe, um dia
poder tirar férias, quando… quando o cronograma da empresa permitir.
VOCÊ QUER VIVER COMO UM
GATO? SEJA LIVRE COMO O AR!
E SÓ FAÇA O QUE bem entender!
O DESPERTAR DO GATO
Siga-o passo a passo e o inclua na sua rotina. você viverá melhor!

7:30 1 O DESPERTADOR TOCA.

Com o cérebro sonolento, como acontece com muitas pessoas, o despertar nem
sempre é fácil… Observe o que faz o gato.

Ele não pula do cesto como o palhaço da caixa surpresa; faz mal ao corpo e ao
humor. Ele se espreguiça, se estica, abre os olhos devagar e leva o tempo que achar
necessário para acordar.

Então, espreguice, boceje… De nada vai adiantar você se apressar. O gato se alonga
enquanto ainda está deitado, depois se levanta, se encolhe para tornar a se alongar e
boceja arreganhando os caninos; só depois se senta piscando os olhos.

Eu tentei. Eu o imitei. De fato, é muito mais agradável agir assim do que dar um pulo
digno de uma panqueca sendo virada na frigideira, e sair da cama feito um alucinado em
direção à cafeteira.

Esse fenômeno, usual na maioria dos animais, se chama pandiculação, um


automatismo que nós humanos tendEmos a esquecer constantemente. É excelente para
ter um bom despertar e um ótimo início de dia!
O GATO É
CARISMÁTICO

“Com as qualidades de asseio, afeto, paciência,


dignidade e coragem que os gatos possuem, pergunto:
quantos de nós poderiam se tornar gatos?”
FERNAND MERY
O gato não precisa miar nem ficar dando piruetas ou derrubando bibelôs
para chamar atenção. Percebemos sua presença assim que ele entra no
ambiente. Seu carisma, muito peculiar, é a garantia de que será notado.
Sua discrição e personalidade nos obrigam a virar a cabeça na direção
dele todas as vezes que passeia pela sala. Que classe, uma classe e tanto,
realmente! Quem não sonha possuir tal magnetismo?
O que ele faz para irradiar tantas vibrações positivas e captar tanta
admiração à sua volta?
Nada. ELE É.
Eis a grande lição a se aprender com o gato para adquirir um pouco mais
de carisma: é preciso ser!
Nada de mentir nem se esconder atrás de falsas aparências, nada de
representar um papel, nem se agitar fazendo grandes movimentos com os
braços para tentar hipnotizar as pessoas… Simplesmente, não faça nada.
Irradie sua personalidade como se você fosse uma fonte de luz. Não se
envolva mais do que o necessário numa discussão, não monopolize a
conversa para se exibir… você só vai entediar a plateia. As pessoas
perceberão, inconscientemente, que, por meio desses longos monólogos,
você está tentando, acima de tudo, se autopromover e tranquilizar a si
mesmo.
Isso não é ter carisma, é apenas ser onipresente, invasivo… Até se tornar
praticamente enfadonho. Resumindo: um chato!
Você nunca percebeu que as pessoas mais carismáticas não exageram na
performance? Elas são discretas nas opiniões e na maneira como se
vestem.
As pessoas mais carismáticas não são as mais extravagantes; ao
contrário, elas estão presentes, mas sempre mostram uma certa reserva.
O carisma se desenvolve à medida que somos honestos com nós mesmos
e com os outros, que nos aceitamos tal como somos, sem usar de artifícios
que não correspondem à nossa verdadeira personalidade.
Por várias razões, todos nós podemos desenvolver a atraente
personalidade felina, desde que sejamos autênticos em todas as
circunstâncias.
PARA ILUMINAR O ambiente COM
A SUA PRESENÇA, COM O SEU
CARISMA: SEJA SINCERO, SEJA
DISCRETO, SEJA SIMPLES, SEJA
VERDADEIRO!
O GATO É CALMO
(NA MAIOR PARTE DO TEMPO)

“A ideia de calma está num gato sentado.”


RENÉ CHAR
O estresse é o grande flagelo da nossa sociedade. Como combatê-lo?
Como canalizá-lo?
Nos últimos anos foram desenvolvidos muitos métodos e técnicas de
relaxamento. Mas isso está longe de ser um bom sinal, pois significa que
só cresce o número de pessoas cada vez mais estressadas.
Nervos constantemente à flor da pele, uma insônia implacável que se
soma ao nervosismo, à ansiedade, ao ranger dos dentes, para muitas vezes
se refletir no corpo, se transformar em hipertensão e até chegar à síndrome
de burnout, surgida nos últimos anos.
Vivemos mal, muito mal, para chegar a limites tão extremos.
Pois bem, feita essa constatação, como mudar? Observemos o gato: por
acaso ele parece estressado? Somente em raros momentos.
O gato exala calma e tranquilidade. Serenamente instalado, com os
músculos relaxados, ele não mostra qualquer sinal físico de agitação, e seu
olhar não reflete nenhuma tensão.
O que, às vezes, chamamos de estresse nos gatos não passa de um pico
no seu estado de alerta. Ele está atento a algum perigo em potencial, a
algum acontecimento que acabou de perturbar a contínua e repousante
calma do seu dia a dia. Suas orelhas se aprumam, o olhar se fixa, ele
observa, ele aguarda. Contudo, uma vez identificado o causador da
inquietude, ele volta à calma e, em poucos segundos, repousa a cabeça.
O gato não cultiva estresse a posteriori de uma situação. Uma vez
identificado o perigo, evitado ou afastado, e retornada a calma ao seu
ambiente, fica claro que ele se desliga, se desinteressa, como se nada
tivesse acontecido. Talvez essa seja a sua grande força, uma das chaves da
sua serenidade imperial.
Além de contemplativo, o gato leva uma vida organizada e tranquila, e
não tolera bem grandes mudanças na sua rotina.
Seus raros momentos de estresse são provenientes de uma alteração
nesse bem-estar: uma situação que o obrigue a agir e resolver
rapidamente, seja expulsando um intruso, ou mostrando com força e
obstinação que detestou a ração nova, mais barata, ou ainda dando a
entender que a ausência longa e repetida do seu dono não corresponde às
suas necessidades de atenção e amor.
PARA MANTER A CALMA E A
PAZ INTERIOR, FAÇA COMO O
GATO: IDENTIFIQUE A ORIGEM
DO SEU ESTRESSE, RESOLVA O
PROBLEMA DE UMA VEZ POR
TODAS, VÁ INCANSAVELMENTE
ATÉ O FIM E SE LIVRE DELE!
NÃO FIQUE REMOENDO. A
CALMA VAI VOLTAR, E COM ELA
o SEU BEM-ESTAR.

Outro fenômeno observado no gato, sobre o qual os veterinários são


unânimes: se, por acaso, os gatos ficam constantemente estressados, em
geral, a culpa é do dono!
Os gatos são esponjas, eles sentem tudo, absorvem os humores, mas, às
vezes, dependendo do nível de tensão, de barulho e de gritaria, não
conseguem digerir tudo na sua calma absoluta.
Se o bem-estar dele estiver em jogo e se ele tiver oportunidade, poderá
chegar ao ponto de ir embora se o “ambiente” se tornar insuportável. E de
quem será a culpa mais uma vez?
Se partir for a condição para restabelecer a tranquilidade do gato, ele o
fará… E ponto final!
O GATO SABE
SE IMPOR

“Para o gato, ser inútil é uma questão de honra, mas


isso não o impede de reivindicar, na casa, um lugar
melhor que o do cachorro.”
MICHEL TOURNIER
Muitas vezes, por falta de autoconfiança ou mesmo por timidez, temos
dificuldade de nos afirmarmos diante dos “outros”. Nós nos anulamos, nos
calamos, não ousamos desafiar os “outros” por parecerem
intelectualmente superiores ou, no mínimo, bastante seguros de si, e isto
basta para nos subjugarem com a sua presença, com o seu saber… e até
com as bobagens que nos obrigam a escutar!
Quem são os “outros”? É você, sou eu – somos “os outros” de alguém.
Se os “outros” ocupam mais espaço do que você, é porque você permitiu.
É como numa casa: quanto mais armários temos, mais nos espalhamos!
Os “outros” invadem o seu espaço, enchem o seu saco e até passam por
cima de você sem ao menos pedir licença? Pense no gato!
Tente pisar no rabo de um gato só para ver a reação dele! Você vai ouvir
um miado alto e sentir a dor de cinco garras afiadas se cravando na sua
panturrilha!
Pare já de deixar os outros pisarem no seu calo! Os “outros” não têm
nenhuma legitimidade para se imporem desse jeito. Eles só têm o espaço
que você lhes dá, pois você aceita, você tolera. E mais: depois de terem
triturado seu pé, partem para pisar na cabeça, até transformá-lo no cocô do
cavalo do bandido!
Existe uma grande diferença entre ter carisma e ser dono de uma
personalidade forte como o gato, e usar de artimanhas para se impor.
O gato ocupa o espaço que lhe é devido, sem com isso pisar no próximo,
mas não tolera que invadam esse lugar. Ele se impõe serenamente, não age
como um tirano, mas também não aceita o papel de figurante!
SAIBA SE IMPOR CALMAMENTE
E DEFENDA SEU LUGAR NA
PRIMEIRA TENTATIVA DE
INTROMISSÃO! VOCÊ MERECE
MAIS DO QUE FAZER O PAPEL DE
FIGURANTE!
PARA MEDITAR

“E QUANDO VEJO PASSAR UM


GATO, EU DIGO: ELE SABE
MUITO SOBRE O HOMEM.”
J ULES SUPERVIELLE
O GATO É UM
SÁBIO ancião

“Estudei profundamente os filósofos e os gatos. A


sabedoria dos gatos é infinitamente superior.”
HIPPOLIYTE TAINE
Pela atitude cuidadosa e ouvidos atentos como um psicólogo em silêncio,
o gato se parece com um monge budista, com um sábio ancião. Talvez seja
apenas impressão, mas sua maneira de viver, de não se cansar à toa, de
contemplar o mundo com serenidade nos deixa pensativos.
Adquirir sabedoria com o passar do tempo, distanciar-se um pouco do
mundo, da vida, dos acontecimentos… Todos nós vivemos o avanço da
idade, uns de modo mais lento, outros de modo mais rápido…
Quantos de nós já se disseram: “Com o que sei hoje, gostaria de voltar
aos meus 20 anos…” Adquirimos sabedoria com o tempo, enquanto os
gatos, sem escola, sem livros, sem orientação ou referência, e até com
poucos anos de experiência, possuem uma forma de sabedoria inata.
Sabedoria da qual nós só conseguimos surrupiar alguns fragmentos, e
mesmo assim com inúmeras indagações, duvidando de pontos de vista,
realizando tentativas, trocando conhecimento, fazendo reflexões e
introspecções.
Um percurso bem sinuoso, penoso por várias razões, para um dia
conseguirmos ser como o gato, sentarmo-nos serenamente para admirar o
horizonte, com um sorriso estampado no rosto e mais de 60 anos.
Enquanto ele sabe fazer o mesmo praticamente desde que nasceu.
Temos que aprender isso com os gatos. Mas como conseguir apreender
as causas e as consequências dessa sabedoria insondável, quase mística,
que eles transpiram?
Essa sabedoria eles simplesmente nos oferecem. Se você tem um gato,
sabe disso muito bem. Você já passou por momentos em que foi assaltado
por dúvidas, por pensamentos que se repetem continuamente e dos quais
não consegue se livrar? Olhe direto nos olhos dele, de modo que ele
também encare seu olhar como que lendo através de você. A sensação
profunda que você terá é a de que, ao contrário de você, ele sabe. Ele sabe
ou ele soube…
O gato oferece o olhar condescendente de quem narra uma lenda… É a
velha história de um imperador chinês que reuniu seus maiores sábios e
pediu que encontrassem uma frase que pudesse responder a todos os
sentimentos, a todas as situações, boas ou más, que um ser humano
pudesse passar na vida… Os sábios retornaram ao imperador algum tempo
depois e lhe disseram a frase… A mensagem que o gato transmite no olhar
quando você está perdido é a frase que atravessa os tempos:

“Isso também vai passar.”

Sim, para o melhor e para o pior, isso também vai passar; afinal, tudo
passa.
Talvez gastemos tempo demais nos agitando em todos os sentidos, até
que nos tornamos surdos ao essencial da vida.
Eis o que nos diz o gato, no seu imobilismo, na sua contemplação, na
sua benevolência ao retribuir o nosso olhar: eu estou aqui, eu te vigio,
assim como zelo por ti, isso também vai passar…
A SABEDORIA NÃO É UMA
MATÉRIA QUE SE APRENDE OU
SE ENSINA. ELA É UM ESTADO,
UMA POSTURA UM POUCO
RECUADA DA AGITAÇÃO DA
VIDA, PARA MELHOR
APREENDÊ-LA NA SUA totalidade.
O SÁBIO SABE SENTAR-SE NA
LUA PARA OLHAR A TERRA,
COMO O GATO SE SENTA NO
TELHADO PARA OBSERVAR A
LUA.
O GATO, ANTES DE TUDO,
PENSA EM SI MESMO

“O gato não nos acaricia, ele se acaricia em nós.”


RIVAROL
Como vimos, para o gato, o essencial na vida é cultivar, antes de tudo, o
próprio bem-estar. E para tal é preciso saber ser um pouco egoísta e pensar
mais em si mesmo.
Isso não significa ser ególatra, narcisista ou egocêntrico, e sim, em
certos momentos, passar o seu bem-estar pessoal na frente da satisfação
alheia.
Não podemos dar nada a ninguém se não sabemos dar a nós mesmos.
Seja física ou psicologicamente, antes de qualquer coisa cuide de você,
essa é a chave da qual depende a sua felicidade.
Quanto mais feliz e radiante, mais você saberá dar e compartilhar.
Não espere os outros para criar a sua bula de bem-estar e serenidade.
Isso só depende de você. Ninguém o fará por você, mesmo porque
ninguém sabe o que, no fundo, é importante, ou mesmo fundamental, para
o seu bem-estar.
Então, pegue a si mesmo pela mão e, como o gato, construa seu
território, seu porto seguro, suas condições de bem-estar e suas
possibilidades de plenitude pessoal.
Cultive, diariamente, pequenos prazeres, e jamais desperdice uma
oportunidade para curtir um bom momento ou se dar um pequeno
presente, porque, sim, você merece! Nunca duvide disso!
PENSE EM VOCÊ, NO SEU BEM-
ESTAR. CUIDE-SE. NINGUÉM
FARÁ ISSO MELHOR E NEM FARÁ
MAIS POR VOCÊ DO QUE VOCÊ
MESMO.
A manhã DO GATO
7:45 1 CAFÉ DA MANHÃ.

Água numa tigela limpa, ração, patê, petisco, sachê, mas tudo de boa qualidade,
fresco e num lugar limpo!

Pode parecer simplista, mas quantos de nós não dedicam um tempo para tomar o café
da manhã? Quantos dão uma lavada rápida numa xícara para tomar um café, de pé,
encostados na pia da cozinha, com preguiça de pôr a mesa?

Você cuidou dele, agora cuide de você! Tomar o café da manhã confortavelmente
instalado, como o gato, é a melhor maneira de começar seu dia!

Consagre um tempo para comer, para preparar um pão na torradeira, para pegar a
geleia gostosa perdida lá no fundo da geladeira. Coma o que quiser, mas não tenha
pressa e faça tudo com prazer.

O café da manhã é a refeição mais importante do dia, insistem os nutricionistas.


Também é uma maneira de cuidar de você, do seu bem-estar, e de começar o dia com
um sorriso!
O GATO SE ACEITA
COMO É,
O GATO SE AMA

“A espécie humana é a única que tem dificuldade de se


ver como espécie. O gato não parece ter nenhuma
dificuldade de ser gato: é tudo muito simples.
Aparentemente os gatos não têm nenhum complexo,
nenhuma ambivalência, nenhum conflito, e não dão
nenhum sinal de ter vontade de serem cães.”
ABRAHAM MASLOW
É fato! Não nos aceitarmos como somos só gera dor e decepção. Todos
nascemos diferentes, e a maioria de nós está insatisfeita com a sua
condição, seu corpo, sua posição social… Muitos de nós nem se amam.
Gostaríamos de ser outra pessoa, em vez de simplesmente aceitarmos
quem somos. Aceitar-se é, também, descobrir as riquezas e as capacidades
que temos individualmente…
Ao contrário do gato, muitas vezes rejeitamos o que somos por termos
inveja daqueles que são o que gostaríamos de ser… Resumindo, é o
melhor meio de nos tornarmos infelizes.
O gato deseja ser um outro gato ou um outro animal? Ao que tudo
indica, essa indagação nem passa pela cabeça dele, por ser completamente
inútil. Ele é feliz e se orgulha do que é, e sua atitude, praticamente altiva
em relação aos outros animais, e às vezes também em relação aos
humanos, só serve para confirmar esse fato.
Ele é inteligente o bastante para não se incomodar com essa falsa
indagação que nos faz ruminar reflexões estéreis. Consequentemente, ele
se ama pelo que é, e isso o torna feliz.
Saber se aceitar não é nada complicado, basta que nos coloquemos na
pele do gato, que está muito bem, obrigado.
Nós o amamos, principalmente porque ele ama a si mesmo. Que tal
seguir seus passos sem se fazer tantas perguntas?
Por que, de manhã, diante do espelho, não se dizer sorrindo: “Sabia que
eu te amo?”
Parece simples, não? Então tente! Você será obrigado a sorrir ao dizer
essa frase!
Mas o que significa esse sorriso? Que você se ama muito ou não…?
Segundo o seu sorriso no espelho, triste ou brincalhão, você saberá o
caminho que ainda lhe resta a percorrer para definitivamente se amar e se
aceitar na sua nova pele de gato!
PARA SER AMADO, É PRECISO
COMEÇAR POR SE ACEITAR E
AMAR A SI MESMO!
PARA MEDITAR

“OS GATOS, AS MULHERES E OS


GRANDES CRIMINOSOS TÊM
ALGO EM COMUM: ELES
REPRESENTAM UM IDEAL
INACESSÍVEL E UMA
CAPACIDADE DE AMAR A SI
MESMOS QUE OS TORNAM
ATRAENTES AOS NOSSOS
OLHOS.”
SIGMUND FREUD
O GATO SABE
SE EXIBIR,
ELE É ORGULHOSO

“Não existe gato vulgar.”


SIDONIE-GABRIELLE COLETTE
Muitas vezes confundimos autoestima com autoconfiança. Essas duas
noções se complementam, mas podemos muito bem ter autoconfiança e,
no entanto, não ter autoestima, e vice-versa.
Está um pouco vago? Digamos, por exemplo, que você é um excelente
comerciante, tem confiança absoluta no seu talento de vendedor e
autoconfiança nessa atividade. Entretanto, diariamente, você diz a si
mesmo que não consegue crescer no trabalho, que ele não serve pra nada,
que você teria coisa melhor para fazer neste mundo, mas… Isso é falta de
autoestima.
O exemplo inverso, para reforçar, consiste em dizer que a música é a sua
paixão, que você é um músico talentoso e tem consciência disso devido ao
feedback dos fãs, mas sente dificuldade em se exibir em público… Isso é
falta de autoconfiança.
Você se orgulha de quem é? Do que faz?
A imagem que tem de si mesmo naquilo que faz, de quem você é, exerce
um papel importantíssimo na sua autoconfiança. Se você está em sintonia
com os seus desejos, necessidades e sonhos, a autoestima e a
autoconfiança se juntam e se confundem para atingir o apogeu da sua
plenitude e da sua imensa felicidade.
O que dizer sobre a autoestima que o gato tem, sobre o orgulho de ser
quem é e fazer o que faz? Ao que tudo indica, trata-se de uma conquista na
qual devemos nos inspirar, tamanha é a sua falta de modéstia, com todas
as vantagens que isso representa!
Ele é único e sabe disso, não precisa fazer algo mais para se convencer
ou demonstrar às pessoas à sua volta.
Ele tem autoconfiança e autoestima. O que precisa provar? E para
quem? Ele é, e pronto!
Razão suficiente e necessária para poder se exibir orgulhoso,
simplesmente por ser um gato.
TENHA ORGULHO DE QUEM
VOCÊ É! ASSIM, VOCÊ SERÁ
EXCEPCIONAL!
PARA MEDITAR

“COMO ALGUÉM QUE CONVIVEU


UM POUCO COM ELES SABE
BEM, OS GATOS DEMONSTRAM
UMA PACIÊNCIA INFINITA COM
OS LIMITES DO ESPÍRITO
HUMANO.”
CLEVELAND AMORY
O GATO ADORA SER O
CENTRO DAS ATENÇÕES

“Ao convivermos com os gatos, corremos o risco de nos


tornarmos melhores.”
SIDONIE-GABRIELLE COLETTE
Com seu ar indiferente, silencioso e calmo, o gato, quando gosta dos
humanos que o cercam, quer sempre ser o centro das atenções. Passando
de um colo ao outro, dengoso, ele chega até a se esfregar nas pernas da
única pessoa do grupo que não gosta muito de gatos, como que a
desafiando.
Ninguém escapa da sua presença, inclusive os mais reticentes. Ele já
tem o posto de rei da casa, e ser o centro das atenções durante um bate-
papo entre amigos é um passatempo de que também gosta.
E o que faz, então? Reclama? Mia? Um filhotinho pode agir assim nos
seus primeiros meses de vida. Mas o gato experiente se limita a ir na
direção do grupo, silencioso, piscando os olhos, hipnotizando por alguns
segundos todos à volta… E lhes oferecendo a “chance” de poder acariciá-
lo, assim como de poder dar um pouco de carinho, de atenção, mas sempre
olhando para eles… Mesmo o gato que estamos vendo pela primeira vez
se tornará o centro da nossa atenção pela sua gentileza em vir calmamente,
deixando-se tocar e fingindo (às vezes) sentir prazer com isso, para captar
melhor a nossa atenção.
Instintivamente, quando estendemos a mão para um gato, procuramos
tirar algum proveito desse gesto… Um pouco de calma, de serenidade…
Ele sabe disso e nos olha… Permite que o toquemos, que fiquemos
calmos… Porque, inevitavelmente, todos nós sorrimos ao acariciar um
gato!
O que ele faz para ser o centro das atenções?
Ele se oferece. Pela sua maneira de ser, pelo simples fato de se
apresentar como um presente que acalma, como uma oferta que podemos
tocar… ele se oferece.
Basta fazer algumas carícias, e de repente, como que hipnotizados, não
escutamos mais nada do que se está falando em volta da mesa… Por quê?
Porque o interesse que ele nos despertou, a fonte de vida e de serenidade
que ele pôs ao alcance da nossa mão valem muito mais do que qualquer
consideração metafísica, do que qualquer reflexão filosófica ou qualquer
discussão sobre política!
PARA CAPTAR A ATENÇÃO, SEJA
UMA FONTE confiável, UM
CENTRO DE GRAVIDADE PARA O
PRÓXIMO. DOE!
O GATO É um ser DIFÍCIL
DE ENTENDER

“Os gatos sabem muito bem quem gosta deles e quem


não gosta, mas não estão nem aí para isso.”
WINIFRED CARRIERE
Uma observação que sempre me agradou: os gatos não estão nem aí se
são ou não apreciados, seja por outros gatos, seja pelos humanos.
Seu caráter independente, solitário, e que só se liga por opção e bom
senso a certos seres, animais ou humanos, leva-os a mandar às favas
naturalmente e com grande prazer o famoso “O que os outros devem estar
pensando de mim?”, ao qual damos uma importância desmesurada.
O gato não se importa com essa necessidade que temos de sermos
amados, apreciados, admirados e, no mínimo, aceitos “pelos outros”: ele
é! Nesse caso, ele próprio se basta.
Não podemos, é claro, viver só olhando o próprio umbigo, não é essa a
questão, mas a balança entre a autoestima e o que os outros pensam de nós
sempre tende a pesar mais para o lado errado do que permanecer em
equilíbrio.
As tentações do “tudo para parecer” não faltam na nossa sociedade nem
nas mídias. A autoimagem se tornou um culto, não para nós mesmos, mas
para o que os outros estão pensando, o que é o cúmulo da ilusão!
Parecer descolado, parecer jovem, parecer rico, parecer inteligente,
parecer tolerante, parecer engraçado, parecer de mente aberta, parecer,
parecer, parecer… Esse é o leitmotiv das últimas décadas que domina a
moda, os reality shows das falsas aparências…
Parecer ter talento, parecer ser honesto até conseguir se convencer disso,
mentir para si mesmo. Pois o que conta, uma vez que a balança se inclina
para o lado do que os outros pensam, é essa cooptação, essa aceitação da
maioria, da moda, das tendências… É o que se deve mostrar, o que se deve
parecer, bem antes do que se deve ser… Bem antes daquilo que se parece
mais conosco. Em suma, bem antes do que poderia realmente nos fazer
felizes.
Somos constantemente submetidos a essa ditadura social do que
“parecer” ou do que “ter”, enquanto o gato está pouco se lixando para isso,
como se não estivesse nem aí para o primeiro camundongo do dia!
Mesmo quando vive num grupo domesticado ou em estado selvagem,
um gato nunca adota a atitude de um dos seus congêneres. Ele continua a
ser o que é, com suas vontades, seu caráter, suas necessidades, sem nunca
pensar, como nós, que precisa se submeter a um modelo social, ou mesmo
exibir e apregoar uma imagem para “se integrar” na exigência de uma
maioria, em geral, perdida em referências.
Ele é íntegro, antes de tudo fiel a si mesmo, e faríamos bem em nos
inspirarmos nele socialmente, nem que fosse para evitar viver uma trama
de pensamentos (unilaterais), atitudes rudes (estéreis), discursos
(convenientes) e uma moral (duvidosa, relativa), que podem variar de
acordo com as circunstâncias.
Ele é íntegro e deveríamos ser assim, nem que fosse para nos
reconectarmos com os nossos desejos, nem que fosse para ficarmos felizes
ao escutarmos a voz interior repetindo sem cessar:
LIberte-SE DO QUE OS OUTROS
ESTÃO PENSANDO! SEJA VOCÊ
MESMO!
O GATO É CURIOSO
POR NATUREZA

“A curiosidade é a base essencial da educação, e se


você me disser que a curiosidade matou um gato, eu
responderei simplesmente que o gato morreu com
nobreza.”
ARNOLD EDINBOROUGH
A curiosidade é inata no gato. Assim que consegue sair do cesto dando
braçadas até o chão, ele bisbilhota por toda parte, cheira, investiga com
atenção os novos objetos e os lugares ainda inexplorados.
Ao contrário do cachorro, o gato não se joga de peito aberto numa
novidade. Avança, prudente, sem desviar o olhar da caixa de papelão, um
estratégico novo esconderijo.
A imensa curiosidade o faz redescobrir incansavelmente seu universo.
Para ele, todo dia é uma nova descoberta, uma pontinha do
“extraordinário” que não cessa de alimentar com essa curiosidade.
Temos todo o interesse em nos inspirarmos nele para aprender um pouco
a cada dia e nos maravilharmos muitas vezes.
Existem pessoas que têm o espírito voltado para fazer novas descobertas
a todo instante, e com isso a novidade faz parte do seu bem-estar, é o
oxigênio do seu espírito. Precisam dessa novidade tanto quanto precisam
respirar, pois sem ela vão murchando aos poucos.
Para aqueles que não sabem como cultivar essa paixão pela curiosidade,
que pode ser encarada como uma lufada de bom humor para um ótimo dia,
existe um princípio simples a ser respeitado: aprenda uma coisa nova
todos os dias.

“One knowledge, one day.”

Pouco importa o mérito, a importância ou o valor do novo


conhecimento, mas é preciso um novo conhecimento por dia, às vezes uma
simples palavra. Um conhecimento que você guardará para sempre.
Isso pode parecer simples, mas o que conta é estar constantemente
praticando esse exercício, se você não for um “espírito curioso” por
natureza. Pois um instante de curiosidade por dia equivale a 365 novos
conhecimentos por ano, e, acredite, tanto para a sua cultura, como para o
seu bem-estar, isso fará toda a diferença.
SEJA CURIOSO! TENHA
CURIOSIDADE POR TUDO! VOCÊ
VIVERÁ MELHOR! DESLUMBRE-
SE!
A manhã DO GATO
8:15 1 TOALETE DO GATO.

Depois de se fartar no café da manhã, você verá que ele vai começar a se lamber por
muuuito tempo. é a hora do banho.

Todo mundo conhece a tal da “chuveirada rápida” quando está atrasado! Às vezes,
não dá nem tempo de esperar a água esquentar. anda logo! É preciso sair voando!
Estamos atrasados! Enquanto isso, o gato passa lentamente a língua ao longo de uma
das patas traseiras, depois ao longo da outra. Tranquilamente. Sem pressa.

Além da higiene, o banho faz parte dos momentos do dia em que podemos e
DEVEMOS cuidar de nós. Com muita calma nessa hora, é também um excelente
momento para deixar “correr soltos” os pensamentos e permitir que o cérebro acorde
tranquilamente para o que você tem de fazer durante o dia.

Em geral, as mulheres se cuidam mais do que os homens, e podem levar até três
horas no banheiro! com frequência, É uma verdadeira atitude de gato que elas adotam
nos finais de semana.
O GATO É
IN-DE-PEN-DEN-TE

“Conquistar a amizade de um gato é uma tarefa difícil.


Ele é um animal filosófico, metódico, tranquilo,
defensor dos seus hábitos, amigo da ordem e da limpeza,
e que não estabelece suas afeições impensadamente: ele
quer ser seu amigo, se você for digno disso, mas não seu
escravo.”
THÉOPHILE GAUTIER
A independência é uma das características principais do gato. Ele não se
submete a nenhuma hierarquia, não precisa viver em grupo, em tribo,
como certos animais.
Sua independência é inalienável; longe da gataria, ele vive a vida ao
sabor de seus desejos, sem precisar do aval de seus semelhantes e muito
menos dos humanos!
Por que tal independência como lifestyle?
Isso lhe permite não ter de prestar contas. Só age em função da sua
vontade, sem pressão externa, nem obrigação social, nem olhar acusador…
Essa independência inegociável é a base da sua liberdade!
A dependência em relação aos outros, seja ela pessoal ou profissional, só
faz nos submeter a pressões que nem sempre correspondem aos nossos
anseios.
No entanto, por natureza, não podemos, como o gato, ser totalmente
independentes. Os seres humanos sempre se aproximaram para viver em
grupo. Apesar de tudo, gostamos de medir regularmente as nossas taxas de
dependência e independência, fazendo-nos algumas perguntas, de tempos
em tempos:
Até que ponto eu sou financeiramente independente?
Sou capaz de suportar alguns meses de celibato, sem apresentar uma
necessidade compulsiva de me sentir amado e desejado a todo instante,
sem ter de acumular relações sem futuro para preencher meu vazio
afetivo?
Sou o único a decidir as grandes orientações da minha vida, ou elas são
sistematicamente desviadas pelas diferentes necessidades da minha cara-
metade, dos meus pais ou dos meus filhos?
Até que ponto sou dependente do meu trabalho pelo que ele me traz
financeiramente? Endividei-me a tal ponto que não tenho outra escolha
senão acumular horas extras, precisando trabalhar nos finais de semana e
feriados?
Sou tão dependente da minha cara-metade que sou capaz de aceitar tudo,
de sofrer tudo, até de me calar diante de possíveis humilhações?
Meus amigos desempenham um papel tão importante que não posso me
permitir contradizê-los por meus atos, minhas opiniões, temendo ofendê-
los ou até mesmo correr o risco de perdê-los?
Sou obrigado a suportar o mau humor do meu chefe para manter o meu
emprego, embora em outro lugar uma função melhor me aguarde, mesmo
que eu não precise me esforçar para solicitá-la?
Até que ponto minhas dependências – sejam do tabaco, do álcool, da
droga, da comida ou do esporte! – têm importância na minha vida e,
portanto, dirigem minhas atividades e meus desejos?
Até que ponto me isolei nessas dependências?
Até que ponto elas ditam as minhas regras?
Até que ponto ainda comando a minha vida?
Tantas perguntas a serem feitas regularmente (que tal começar logo
hoje?) para nos conscientizarmos do nosso nível de dependência.
É fato que, em todas essas hipóteses, nós vivemos uma forma de
dependência tanto na vida pessoal como na profissional.
Por isso, o essencial é determinar essa fração e saber se ela é majoritária
ou minoritária.
No final, o que eu ponho na balança? Quais são os ingredientes do meu
bem-estar?
Não podemos viver em total independência como o gato, mas devemos
corrigir certas falhas de rumo que costumamos deixar se instalarem na
nossa vida, muitas vezes sem que tenhamos consciência disso…
TRABALHE PARA
RECONQUISTAR, EM TODOS OS
CAMPOS, UMA fração DE
INDEPENDÊNCIA. ASSIM, VOCÊ
GANHARÁ mais LIBERDADE.
SEGREDO DE GATO
“Podem acreditar: não fazemos nada durante o dia porque não precisamos tanto de
agitação quanto vocês!
Ao contrário do que imaginam, somos muito úteis aos seres humanos.
Quando vocês voltam do trabalho, estressados, mal-humorados, cheios de más
vibrações e energias negativas que armazenaram sem perceber, quem vocês acham que
cuida de limpar tudo isso?
Por que depois de apenas alguns instantes na nossa companhia, ao nos acariciar,
vocês se sentem melhor, como que por milagre? Cada vez mais calmos?
Nós, os gatos, estamos aí para isso. Ao ficarem em contato conosco, sugamos todas
essas energias negativas que tornam vocês tão tristes, agressivos, desolados. Aliás, vocês
percebem o que acontece e pensam que só a nossa presença já é relaxante, porém
fazemos muito mais do que isso sem que sequer desconfiem.
Diariamente, nós curamos vocês de todos os males que a vida lhes inflige porque nós
amamos vocês.”
Ziggy
O GATO É A
AUTOCONFIANCA EM PESSOA

“Existe uma diferença entre o cão e o gato. O cão


pensa: eles me alimentam, eles me protegem, devem ser
deuses. O gato pensa: eles me alimentam, eles me
protegem, devo ser deus.”
IRA LEWIS
Como falamos no capítulo sobre orgulho e autoestima, a autoconfiança
também é uma das principais forças inatas do gato.
Você já viu um gato adotar uma atitude introvertida, submissa, como se
estivesse pouco seguro de si? Nunca! Ele é orgulhoso, ele é o melhor, e
sabe disso. É como diz o ditado: “Não somos os melhores quando
pensamos, mas quando sabemos.” Aí reside um dos mecanismos da
autoconfiança. A diferença pode parecer pequena, mas é importante!
A autoconfiança resulta tanto da aceitação do que realmente somos,
como abordamos há pouco, quanto do orgulho do que somos,
proporcionalmente aos nossos talentos e ao nosso sistema de valores.
A autoconfiança significa, por exemplo, para o gato, vir
espontaneamente até você, dizendo a si mesmo: “eu sei que você gosta de
mim”, e não “você ainda gosta de mim?”.
Assim sendo, essa certeza que ele tem também faz parte da sua aura, do
seu carisma, do seu charme, da sua beleza, pelo simples fato de que o
amamos.
Muitas pessoas sofrem dessa carência de autoconfiança, enquanto em
outras ela é transbordante, ainda que muitas vezes sem razão.
Todos esses capítulos se juntam e se entrecruzam, como você já
percebeu, pois a plena autoconfiança resulta de um conjunto de
capacidades, propositalmente segmentadas neste livro para serem mais
bem compreendidas, mas que se unem e interferem umas nas outras…
Sim, é preciso gostar de si mesmo para ter autoconfiança, é preciso ser
suficientemente independente, inteiro (e não pela metade), e se livrar do
“O que vão dizer?” etc.
A autoconfiança não é um conceito lançado no ar, e sim uma
aprendizagem, uma soma de forças que, por sinal, o gato possui.
Capacidades que devem ser integradas uma a uma, e que nos permitem
produzir com mais qualidade e viver cada dia melhor.
As pessoas que têm autoconfiança são “o centro das atenções”, “livres”,
“carismáticas”… Para muitos, elas são felizes, mas porque souberam
cultivar todos os parâmetros que permitem desenvolver, com o passar do
tempo, essa confiança em si mesmas.
Copie o gato nesse aspecto, e você será você.
“CONFIE EM si mesmo!” SERIA
UMA FRASE FÁCIL PARA ESTE
TIPO DE LIVRO. MAS POSSO
GARANTIR QUE CULTIVAR OS
DIFERENTES ASPECTOS QUE A
FORJAM, COMO FAZ O GATO,
DARÁ A VOCÊ ALEGRIAS E
VITÓRIAS NA VIDA QUE FARÃO
brotar NATURALMENTE ESSA
AUTOCONFIANÇA!
O GATO SABE
DELEGAR

“Os gatos são espertos e sabem disso.”


TOMI UNGERER
Vocês cercam de cuidados as pessoas à sua volta e costumam ficar à
disposição delas? Ou, muito pelo contrário, consideram que tudo é dever
delas (dos outros), que todos devem estar ao seu dispor e satisfazer a
menor das suas exigências?
Sem incorrer em exageros, saber fazer os outros servirem você como faz
o gato pode facilitar bastante o seu dia a dia.
O gato não faz nada, todo mundo sabe, e passa o tempo todo sendo
servido! Ele é o rei!
Sem querer copiar à perfeição atitudes dominadoras dignas da realeza,
você também não precisa ser o empregadinho, sempre à disposição da
família! Satisfazer todas as expectativas, todos os caprichos e todas as
vontades dos seus filhos e da sua cara-metade não é o que há de mais
sadio.
Aprenda com o gato a ser servido e comece a delegar pequenas tarefas
do dia a dia. Você não é empregado dos seus filhos, portanto, dividir com
eles certos trabalhinhos para manter o bom funcionamento da casa não vai
lhes fazer mal algum! Muito pelo contrário.
Você vai ganhar tempo, eficácia, sentirá menos cansaço e ficará menos
estressado! Saber delegar é o começo de tudo! Mas, para isso, é preciso
pedir ao invés de simplesmente ir lá e fazer, só porque será mais bem-feito
ou mais rápido se você…
Isso também vale para os diretores de empresas, muito raramente
capazes de confiar, de delegar, precisando sempre verificar e confirmar o
trabalho de todos os seus subordinados… É um péssimo hábito que se
transforma em regra, pois, por conta disso, todos os funcionários,
“paparicados” nos seus cargos, vão querer que você valide cada vírgula do
trabalho deles… Isso representa muitas horas de autonomia perdidas e de
sobrecarga de trabalho para o chefe, que talvez seja você!
Aprender a delegar é, antes de tudo, liberar um tempo para você, para
fazer o que quiser, em vez de ser escravo permanente das necessidades
cotidianas das pessoas à sua volta.
E mais, delegar não é uma prova de confiança que você está dando às
pessoas à sua volta, aos seus colaboradores, à sua cara-metade, aos seus
filhos? É uma outra maneira de ver as coisas, não acha?
Daí a dizer que é para o nosso bem que o gato se faz servir
permanentemente seria um pouco de exagero! De qualquer forma…
SEJA UM GATO TANTO NO
TRABALHO QUANTO EM CASA:
APRENDA A DELEGAR e a dividir
tarefas!
PARA MEDITAR

“OS CACHORROS TÊM


AMOS,
OS GATOS TÊM
SERVOS.”
DAVE BARRY
A manhã DO GATO
8:45 1 SEM PRESSA.

O gato quer sair, passear, ao contrário de você que precisa ir para o trabalho. Quem
sabe dizer o que o gato realmente faz durante o dia?

Será que ele sai de casa correndo? Não mesmo. Ele desfila tranquilamente,
repousando, na maior parte do tempo, o rabo no batente da porta enquanto inspira a
brisa matinal. O que agrada a ele, mas enerva você, porque não há como fechar a porta!

Por que você corre quando vai sair para o trabalho? Por que, em seguida, dá meia-
volta e pega as chaves ou os documentos que esqueceu em cima da mesa? Seja zen!
Você não vai precisar correr se for um pouco mais organizado! Olhe para o seu gato. Ele
acabou de atravessar a rua tranquilamente. sair correndo feito um louco só fará você
perder tempo e gerar mais estresse.

Seu bem-estar vai depender, sobretudo, da serenidade que você demonstrar durante o
dia. Você fará tudo de forma eficiente e pragmática, com calma e organização, e não de
maneira atabalhoada, virando uma presa fácil para o estresse e a ansiedade.

Como o gato, o melhor é começar o dia num passo firme e tranquilo, levar alguns
segundos para absorver os primeiros raios de sol, erguer os olhos para o céu, como ele
faz… e sorrir!
O GATO SABE
DAR-SE UM TEMPO
PARA CURTIR A VIDA

“De todos os animais, só o gato alcança uma vida


contemplativa.”
ANDREW LANG
Quando vemos o gato bem acomodado, sentado ou deitado, com aquele
típico olhar felino fixo na paisagem, examinando os mínimos detalhes,
podemos achar que ele é um grande preguiçoso, que não faz nada o dia
todo! E não é mentira… pelo menos segundo o ponto de vista humano!
Entre não fazer nada e se dar um tempo para curtir a vida, a diferença é
apenas um julgamento… bem humano.
Nos dias de hoje, não fazer nada, ser tranquilão, contemplar, respirar…
observar, dar-se um tempo para curtir a vida é considerado uma atitude
quase suspeita! É preciso se mexer, explorar cada minuto, preenchê-lo,
acumular obrigações, atividades, não “perder tempo”! Isso é o normal, é a
regra praticamente imposta pela nossa sociedade!
Observando essa agitação permanente, quase neurótica, de alguns dos
meus colegas, não posso deixar de ficar do lado do gato, que parece se
divertir ao nos observar extenuados numa bicicleta ergométrica, enquanto
falamos ao telefone e acompanhamos o noticiário na TV… Nesse instante,
é ele que nos vê como meio loucos ao nos esgotarmos desse jeito.
Dar-se um tempo para curtir a vida não é, a cada instante, usar o fórceps
da vida, com esse sentimento surdo de medo da morte: ter que ver tudo,
fazer tudo antes…
Dar-se um tempo para curtir a vida é, ao contrário do que muitos
pensam, conscientizar-se de cada instante que passa, levá-lo em
consideração, apropriar-se dele para aproveitá-lo melhor e curti-lo até a
menor fração de segundo…
É assim que age o gato, ele não faz nada ao primeiro olhar, não tem
nenhuma noção do tempo (ao menos no sentido que o entendemos), não
tem noção alguma da morte que o aguarda e que ele nunca antecipa até o
último instante da sua vida. (A não ser que ele conheça, com seu saber
inato, o outro lado da moeda, o que também poderia explicar a sua atitude
plácida no mundo dos vivos. Mas isso já é outra história…)
Dar-se um tempo para curtir a vida é saber gozar plenamente a
existência, e não acumular, num cronograma fracionado em minutos, tudo
o que “deve ser feito”, tudo o que “deve ser visto” e tudo o que “deve ser
visitado”… Para alguns, até as férias se tornam uma corrida extenuante e
cronometrada, pior do que uma semana de trabalho!
Desligue, acomode-se, observe… Imite seu gato e sinta a serenidade
voltar para você.
Já ouviu O DITADO “JÁ QUE
DEMOROU PARA NASCER,
DEMORE PARA MORRER!”?
ENTÃO FAÇA COMO O GATO: DÊ-
SE UM TEMPO PARA curtir a vida!
O GATO SE ADAPTA
RAPIDAMENTE A TUDO

“O gato é como o molho à bolonhesa, ele sempre cai de


volta sobre as pa(s)tas.”
PHILIPPE GELUCK
Meu gato Ziggy leva uma desvantagem em relação aos outros gatos:
com um ano de idade, ele perdeu a pata dianteira direita, depois de ter sido
atropelado por uma moto.
Entretanto, como morávamos numa área rural da cidade, ele tinha um
vasto território para defender de invasores, gatinhas para seduzir, instintos
de caça para satisfazer, mas uma orelha em que ele não podia passar a pata
para fazer a toalete!
Contudo, para uma sessão de coceira diária atrás da orelha, a solução era
fácil: ele se roçava em mim até ficar satisfeito!
Para tudo mais, eu ficava impressionado ao vê-lo agir com as três patas
como se tivesse as quatro. Em duas semanas, assim que retiramos o
curativo, ele foi à luta!
Nem uma única vez ficou parado diante de um obstáculo a ser
transposto, diante de um muro ou de uma cerca a ser escalada. Para ele,
absolutamente nada havia mudado; no entanto, com uma pata a menos,
absolutamente tudo havia mudado.
Impressionado com a sua capacidade de adaptação, passei a observá-lo
longamente para ver como ele se virava, e, de fato… havia algumas
diferenças quase imperceptíveis. Quando corria, ele não tracionava as
patas dianteiras como faz um felino, e sim tomava impulso com as patas
traseiras como faz um coelho! Numa rapidez alucinante!
Quanto aos gatos intrusos que o viam amputado e achavam que
poderiam passear no jardim sem ter o que temer: ledo engano! Ele havia
adotado uma técnica só dele: em vez de correr atrás do valentão que tinha
vindo se exibir, Ziggy se sentava imóvel no centro do jardim e deixava o
outro avançar e circular à sua volta, cada vez mais perto. Assim que o
inimigo estava suficientemente próximo, ele se erguia nas patas traseiras
feito um canguru, com a única pata dianteira em guarda como um
boxeador, e deixava o invasor avançar mais. O intruso não compreendia a
atitude pouco comum para um gato, e avançava desconfiado. Eu ficava só
observando, hipnotizado com a calma dele, com aquela postura de
boxeador. E, uma vez o gato ao alcance do comprimento da sua pata, Ziggy
lhe desferia uma esquerda espetacular! (Com sua única pata, ele havia
adquirido bastante musculatura!) Surpreso, o invasor começava a recuar, e
só nesse momento Ziggy iniciava uma perseguição para fazê-lo dar o fora
do seu território! Eu ficava chocado! Era raro ele precisar fazer mais para
expulsar os gatos que tentavam se aproximar da nossa casa: bastava um
cruzado certeiro!
Com relação às gatinhas, o caso era diferente, pois a sedução e o jogo
que antecediam o acasalamento eram um pouco brutais para a sua
dificuldade de se equilibrar nas costas delas! (Que grande momento!)
No entanto, a gata da vizinha, apaixonada por Ziggy, compreendeu
rapidamente que, se executasse o jogo de sedução habitual, não seria
possível para ele segurá-la pela nuca, como fazem os gatos, e ele não
poderia ficar em cima dela sem cair… Então, quando sentia desejo, ela se
postava diante dele, completamente imóvel, deitada e com o traseiro para
cima! O sedutor só precisava agir a seu bel-prazer.
Os gatos nos superam em muitas coisas, inclusive na capacidade de
adaptação, e no caso específico dessa gata, na capacidade de compreensão.
Ziggy nunca sofreu com a deficiência e vive exatamente da mesma
maneira que antes do acidente. Nenhuma escada, nenhuma árvore jamais
conseguiram vencer a pata que falta a ele. Seríamos capazes disso? Logo
nós, frágeis humanos, que gememos tanto por qualquer machucadinho de
nada!
O gato tem uma capacidade de adaptação física invejável.
Mudando dessa casa, fui morar no Centro da velha Lyon. Um novo
hábitat para ele, novas condições de vida, nenhum jardim, mas uma ruela
que ficava calma depois das 23 horas, e onde se localizavam antigos
ateliês, com uma portinhola para gatos… Foi a felicidade de Ziggy, que,
adaptando-se ao novo lar, atravessava a tal portinhola e passava a metade
da noite caçando ratos!
Para terminar esse assunto de adaptação ao meio ambiente, hoje em dia
moramos num barco, sempre em Lyon. Ele precisou, simplesmente,
administrar sua atração pelos patos, para não cair no rio Saône! A
imensidão dessa extensão de água em volta dele deixou-o bastante
impressionado… Mas depois de alguns dias, como novo dono do pedaço,
ele se pavoneava no ponto mais alto do teto do barco e ficava vigiando o
novo território, indo e vindo entre os passadiços. Até que, querendo
aumentar sua nova propriedade, decidiu passear no cais, esparramar-se na
grama e vigiar bem de perto os patos perdidos que se aproximavam da
margem.
Capacidade de adaptação física, capacidade de adaptação ao meio
ambiente… o gato é mestre no assunto! Mesmo que deteste que mudemos
seus hábitos e sua casa, ele será capaz de pôr tudo em ação para recriar seu
casulo de bem-estar, seus hábitos de vida prazerosa, seu universo.
O que é a capacidade de adaptação? Uma verdadeira marca de
inteligência.
DE ONDE VEM A CAPACIDADE
DE ADAPTAÇÃO DO GATO? SERÁ
DO SEU AMOR PELA VIDA? SERÁ
DO SEU AMOR PELA PRÓPRIA
VIDA? SERÁ DO SEU AMOR POR
SI MESMO? OS TRÊS, CREIO EU!
TEMOS QUE APRENDER ESSA
LIÇÃO!
PARA MEDITAR

“SE PUDÉSSEMOS CRUZAR O ser


humano COM O GATO, ISSO
MELHORARIA O ser humano, MAS
DEGRADARIA O GATO.”
MARK TWAIN
O GATO
AMA A CALMA

“O silêncio do gato é contagiante.”


ANNY DUPEREY
“Me deixa em paz! Silêncio! Tenha calma! Sai daqui! Não perturba!”
Quantas vezes sonhamos dizer isso em certos momentos…
Na maior parte do nosso dia, estamos envolvidos num turbilhão de
ruídos, buzinas, estresses, portas de metrô abrindo e fechando, celulares
tocando, alertas da agenda, de reuniões, de e-mails… movimentos
incessantes, barulhentos, que acabam com os nervos de qualquer um.
A calma revitaliza o gato; ele aprecia e busca essa calma. A calma
exterior alimenta sua calma interior. Por que não fazemos o mesmo?
Por que nós não tentamos, pelo menos, separar diariamente alguns
instantes para imergir na calma absoluta, no silêncio? Para ouvir somente
nossa voz interior, nosso coração bater… aumentando, com isso, nossa paz
de espírito, cultivando-a e mantendo-a todos os dias para recuperar a
serenidade… Simplesmente, vivendo melhor.
Faça como o gato, busque um pouco de calma. E se o ambiente não se
prestar a isso, faça igual a ele: saia sem dizer nada para se isolar, vá para
um lugar que só você conhece! E só volte quando sua necessidade de
calma estiver satisfeita, quando sua reserva de energia estiver revigorada.
Podemos suportar todo o barulho do mundo, desde que não seja imposto
pela opressão, desde que não venha invadir nossa paz de espírito para
alimentar um estresse inútil.
CRIAR CONDIÇÕES DE CALMA É
CRIAR CONDIÇÕES DE BEM-
ESTAR, E A MELHOR DAS
SOLUÇÕES PARA AS ÚLCERAS
EVITAR!
O GATO ESCOLHE
SUA TURMA

“Nunca escolhemos um gato, ele é que nos escolhe.”


PHILIPPE RAGUENEAU
Uma coisa é certa, o gato nunca se estressa por causa da convivência
com outros gatos, e muito menos com humanos que não lhe interessam.
Ele escolhe a dedo (ops! à pata) com quem vai conviver, e gostará
igualmente de todos.
Então, por que nós, animais humanos, passamos uma grande parte da
vida suportando pessoas que não engolimos e que têm valores totalmente
opostos aos nossos?
Por que, por conveniência social, e às vezes por preguiça, nos obrigamos
a multiplicar bajulações e sorrisos, perdendo o nosso tempo e despendendo
energia para manter, quase que obrigados, essas relações que nos
violentam?
Escolher, como o gato, é o que poderíamos fazer de mais simples!
Escolher com quem vamos conviver, escolher com quem vamos passar o
tempo, escolher de quem gostamos, com quem queremos viver a vida.
O gato que escolheu você testou a sua afeição, a sua personalidade e a
sua fidelidade. Ele só se entregará a você se quiser, se sentir que você é
fundamental na vida dele atual e na velhice, e lhe será fiel, pois a escolha
foi dele.
A vida é muito curta para dividi-la com idiotas: será que geralmente
somos tão burros assim?
Às vezes, somos mesmo, e isso não nos parece tão óbvio!
PARE DE aturar GENTE IMBECIL,
ESCOLHA SEUS
RELACIONAMENTOS, ESCOLHA
SEUS AMIGOS!
O DIA DO GATO
12:30 1 HORA DA PAUSA.

Já que o seu gato passou a manhã passeando, por que não fazer o mesmo?

almoçar numa sala sombria não é nada bom! Num refeitório barulhento, nem pensar!

Então, aproveite essa pausa para almoçar fora da empresa.

Tome ar puro, caminhe, sonhe acordado diante das vitrines, num parque, andando
tranquilamente, sente-se num banco para fazer sua refeição… Mas tome ar puro, como
um gato. Ande sem destino, saia, respire fundo, pare, admire as belezas que
normalmente você nem sequer dispõe de tempo para olhar!

Caminhar é, com certeza, o melhor meio de se distrair, de respirar e de dar a si


mesmo uma oportunidade de fazer belas descobertas e adquirir novos conhecimentos…

O amor da sua vida está na próxima esquina? Então, é preciso caminhar ao encontro
dele ;-)
O GATO SABE DESCANSAR,
ELE ADORA DORMIR

“Quando acordo meu gato, ele faz cara de agradecido


pela oportunidade que lhe daremos de voltar a dormir.”
MICHEL AUDIARD
Existe um ditado que diz: “Não acorde o gato que dorme!” Observe-o
dormir, dormir, dormir… Todos nós adoramos dormir… Então, por que
nos impedimos quando surge a oportunidade?
Por que não preferir uma pequena sesta reparadora a sair correndo para
lavar a louça que precisa “impreterivelmente” ser lavada, secada e
guardada na mesma hora?
Aprenda a descansar como o gato, deixe-se cair nos braços de Morfeu
sempre que tiver uma chance. É bom demais, e você sabe disso! Bom para
a cabeça e para o corpo… Observe-o piscar os olhos devagar, ele é craque
nisso faz tempo…
O gato, esse grande inventor do far niente, cultiva, não o sono, mas o
prazer de adormecer repetidamente…
Dormir faz parte dos seus prazeres preferidos, desde cochilos aos sonos
mais profundos, nos quais é visto correndo nos sonhos. Porque dormir é
descansar, ter prazer e sonhar… Às vezes, não temos sonhos que
gostaríamos que fossem bem mais longos?
Ah, claro que sim! Existem até sonhos que gostaríamos de tornar a
sonhar. Shhhhh… Mas isso é segredo!
SINTA PRAZER EM DORMIR, ISSO
NÃO IMPEDIRÁ VOCÊ EM NADA
DE “CURTIR A VIDA”!
SOBRETUDO NO SENTIDO um
tanto tolo QUE DAMOS A ESSA
FRASE HOJE EM DIA!
O GATO SABE DIZER NÃO
(E NÃO SE PRIVA DE DIZER!)

“Gosto muito dos gatos, eles pensam e guardam o


pensamento só para si.”
J EAN-MARIE GOURIO
Os gatos detestam que lhes digam o que têm de fazer. Obedecer a uma
ordem? Nem pensar!
“Nesse caso, adote um cachorro!”, pensam eles.
Teimosos feito uma mula, só raramente você vai conseguir que
obedeçam a uma ordem dada.
Mas, por acaso, nós humanos gostamos de receber ordens? Claro que
não. Entretanto, nos sujeitamos a elas o dia inteiro, seja no trabalho, seja
em casa… Sem falar em todas as ordens indiretas, representadas pelos
códigos da sociedade, aos quais “temos” que obedecer ao pé da letra!
Dizer “não”, eis o que podemos aprender com o gato!
Precisamos parar de nos submetermos o tempo todo às necessidades dos
outros, de nos sentirmos obrigados a seguir ordens que nada têm a ver
conosco, ao ponto de só vivermos submissos, dizendo sempre “sim” –
feito vaca de presépio – quando gostaríamos de dizer “não”. Precisamos
aprender a dizer não a pequenas tarefas que tenham se tornado um hábito
do qual depois não conseguiremos nos livrar, como uma sobrecarga de
trabalho além da nossa obrigação, que acaba se tornando um compromisso
assumido perante nossos chefes e colegas na empresa, sem, no entanto,
extrairmos disso qualquer compensação financeira que deveria vir junto…
Não!!!
Aprender a dizer não, de vez em quando, aos filhos, à cara-metade, ao
patrão, aos amigos, não por puro egoísmo, mas para preservar a liberdade
de ação, o tempo livre. Porque, de tanto dizer “sim” para tudo e todos, o
que sobra de tempo para você fazer as suas coisas e satisfazer os seus
prazeres?
Aprender a dizer “não” é saber preservar seu tempo, sua capacidade de
ação, sua vida, e é também saber se fazer respeitar por esse entorno que, às
vezes, diante da sua incapacidade de dizer “não”, sabe se aproveitar
injustamente.
É preciso restabelecer a balança entre as ordens e os pequenos favores.
Nenhum de nós tem que estar permanentemente à disposição dos outros.
“NÃO!… É NÃO! ENTENDEU?”
PARA MEDITAR

LEMA DO GATO: “NÃO IMPORTA


O QUE VOCÊ TENHA FEITO,
PONHA SEMPRE A CULPA NO
CACHORRO.”
J EFF VALDEZ
O GATO SABE EVITAR BRIGAS
(QUANDO É POSSÍVEL, CLARO!)

“As pessoas que gostam de gatos evitam medir forças.”


ANNY DUPEREY
A não ser para defender o seu território, ou para “cortejar” a gata da
vizinha dando uma coça num outro macho que anda rondando a casa
crente que tem alguma chance, o gato não gosta de briga.
Por acaso você já viu uma gataria se reunir para dar uma surra em outra
gataria? Sob falsos pretextos de anexar territórios ou defender recursos
naturais? Liderada por dois gatos enormes com insígnias de general?
Nunca!
E quanto mais envelhece, mais o gato usa de estratagemas para obrigar o
inimigo a fugir, porque não quer briga.
Ziggy usa um truque infalível contra um macho roliço que, de vez em
quando, se atreve a invadir seu território à noite. Assim que percebe o
perigo, ele se esconde e fica só esperando. Logo no começo das investidas,
às vezes, à noite, eu ouvia seu rugido alto e rouco (dava até medo!). Aí eu
saía e via um gato fugindo pelo jardim, e ele lá… invisível. Eu o chamava
e ele não aparecia.
Foi na escuridão e dentro de casa que entendi sua técnica: ele se
escondia no ângulo soturno do parapeito externo da janela, por trás de
alguns galhos da parreira, e rugia (sem brincadeira, parecia o rugido de um
tigre!). Assim, ele advertia o intruso do seu potencial gabarito físico sem
nunca se mostrar. Caso o invasor estivesse nas proximidades, Ziggy ficava
sabendo o que esperar da briga que estaria por vir. Nove em cada dez vezes
isso dava certo. O gato fugia. Ziggy não saía do seu posto de vigia até ter
certeza de que o espertinho já havia amarelado, e só então retomava sua
ronda noturna. Apesar das suas três patas, a astúcia, a estratégia e a
dissimulação eram as suas armas noturnas para evitar o confronto.
O gato não é belicoso nem briguento, ele é altivo e, tanto quanto
possível, enquanto seu território não estiver em perigo, sempre evitará o
combate. Esse é um dos preceitos que li em A arte da guerra, de Sun Tzu.
Talvez ele também tenha se inspirado no gato há 2.500 anos!
É uma pena que os mais “seletos” estrategistas e chefes militares da
atualidade não levem isso em conta…
O gato funciona de uma maneira interessante quando se vê cara a cara
com o conflito, diferentemente da natureza humana, que insiste em
multiplicar milenares e inúteis discussões inflamadas a respeito.
Numa briga sempre há dois perdedores, e isso o gato já sabe há muito
tempo.
NA MEDIDA DO POSSÍVEL, EVITE
BRIGAR!
O GATO ADORA A CASA DELE,
ELE MARCA TERRITÓRIO

“Gosto dos gatos porque gosto da minha casa. E dela,


aos poucos, eles se tornam a alma visível.”
J EAN COCTEAU
O gato adora a casa dele, qualquer que seja o tamanho, é o domínio dele,
e ele é o único dono do lugar.
Várias pessoas que vivem com gato muitas vezes dizem, sorrindo: “Não
é o meu gato que mora na minha casa, sou eu que moro na casa dele!”
Por causa da propensão do gato a ser o patrão, a “delegar”, a se fazer
servir, a ser teimoso e a só fazer o que gosta, alguns donos e donas de
gatos, por amor a eles, se deixam invadir pelas suas necessidades e
desejos. Cabe a cada um impor seus limites para uma vida em harmonia.
Mas o que nos interessa aqui é o amor, a atenção e a proteção que o gato
concede à casa dele. É preciso saber que o gato, mesmo sendo doméstico,
mas vivendo no campo, pode ter um território que se estenda por três ou
quatro hectares. Portanto, não se surpreenda com seus longos passeios,
pois ele passará muito tempo zelando pelos domínios dele.
Ainda assim, o gato é muito apegado à casa, mesmo que seja uma
quitinete, pois para ele representa o centro do seu universo de conforto, o
cenário do seu bem-estar físico e psicológico.
Você já prestou atenção nos apartamentos dos seus amigos, na limpeza,
na arrumação, na decoração… Eles passam muito tempo nesses
apartamentos? Ou vivem na rua a maior parte do tempo? Você é convidado
para ir à casa deles com frequência?
Pense bem: você não vê uma conexão entre os apartamentos dessas
pessoas e o estado emocional delas? Muitas vezes existe uma ligação
direta entre a felicidade que elas sentem e o estado e a decoração do
imóvel onde vivem. Como um efeito espelho, é uma visualização direta do
bem-estar, às vezes até da imagem que elas têm de si mesmas.
Por sua vez, como você se sente na sua casa? Como estão a pintura, a
mobília? Você se sente à vontade e confortavelmente instalado? Gosta de
receber amigos para jantar? Fica orgulhoso de mostrar sua casa? Você se
deita no sofá, enrolado num edredom e cercado de almofadas, para ler um
bom livro, para as maratonas de séries ou para as sessões de filmes aos
domingos? Você criou todas as condições para o seu bem-estar?
Da mesma forma que é para o gato – só não precisa ficar marcando
território, por favor! –, sua casa é o espelho do seu bem-estar interior.
É também o refúgio, o lugar onde você pode descansar, recarregar as
baterias, se isolar um pouco da agitação externa.
Sua casa é o centro nevrálgico de uma felicidade cujas fronteiras você
sempre pode ampliar, assim como o gato, em círculos concêntricos: a
vizinhança, seus hábitos peculiares, os comerciantes que você conhece, a
pequena praça da esquina onde você pode se sentar e ler com toda a
tranquilidade. Como o gato, você deve aumentar seu território, sua zona de
conforto e segurança. Seu porto seguro.
Portanto, seu casulo deve ser um ninho confortável, para onde você
sempre pode voltar para relaxar, se cuidar, se concentrar e acolher as
pessoas de quem gosta.
LAR, DOCE LAR! CULTIVE O
CONFORTO E A ESTÉTICA DO
SEU PEQUENO PALÁCIO
DOURADO, VOCÊ SÓ SE SENTIRÁ
MELHOR.
A tarde DO GATO
13:15 1 SESTA OBRIGATÓRIA!

Embora seu gato passe a metade da tarde dormindo, é óbvio que você não pode se
permitir fazer o mesmo.

Em compensação, depois do almoço e de um passeio relaxante, certamente lhe


sobram uns 15 minutos ou meia hora antes de voltar para o trabalho.

Por que não tentar uma pequena sesta de 15 minutos? Você vai recuperar a energia
como se houvesse dormido váááááárias horas.

Aliás, algumas empresas usam cada vez mais essa prática para melhorar o
desempenho das suas equipes.

A sesta do gato? É o futuro da empresa! Sobretudo para você, é uma maneira de se


refazer depois de uma noite maldormida, de recuperar energia ou de antecipar um fim
de tarde entre amigos, que você sabe que poderá se prolongar madrugada adentro!
O GATO CONFIA

“Não podemos confiar em ninguém. Com os gatos é


diferente. Se você for aceito na vida deles, será para
sempre.”
ANDRÉ BRINK
A partir do instante em que um gato te escolher como companheiro de
vida, ele confiará plena e inteiramente, quase cegamente, em você.
Quando, por exemplo, você o acaricia, pode acontecer de ele se deitar de
costas. Um gato nunca fica nessa posição naturalmente (exceto no seu
ninho, onde se sente em total segurança), pois se torna vulnerável demais e
terá dificuldade para fugir ou se defender. Assim sendo, de carinho em
carinho, de beijos a gestos de afeição, ele poderá subir em você ou ficar ao
seu lado, nas posições mais improváveis, para ser acariciado mais e mais,
para brincar e para que você o coce na barriga. Ele confia em você!
Essa confiança absoluta se mostra de diferentes maneiras, mas alguns
comportamentos são indicadores incontestáveis.
Que confiança nós temos nos outros… Até que ponto devemos confiar
em alguém?
Muitas vezes, sofremos decepções sentimentais, sejam elas amorosas ou
com amigos, e por isso sentimos dificuldade em tornar a confiar nas
pessoas. Poderemos até acreditar no outro, mas sempre ficaremos com um
pé atrás, atentos ao menor sinal que possamos interpretar (frequentemente
de maneira errada) como um próximo passo em falso ou mesmo a
expectativa de uma pequena mentira.
Essa atitude suspeita pode realmente prejudicar nossa vida. Como ser
feliz vivendo o tempo todo com medo, com receio de ser traído?
Impossível.
Não há outra saída para recuperar a serenidade e a alegria de viver senão
reaprendendo a confiar, quase como eu disse em relação ao gato:
cegamente.
Mas, como ele, não se pode confiar em qualquer um, nem escancarar a
porta dos seus sentimentos e da sua vida logo de cara.
Siga seu instinto com as pessoas que você vier a conhecer, ele nunca o
enganará… E, a partir do instante em que sentir que conheceu a pessoa
certa, seja no amor ou na amizade, não se feche para a felicidade
permanecendo numa postura defensiva de medo e desconfiança.
Abra as comportas do seu coração, dê-se por vencido e confie. Você não
terá escolha, não há outra via a seguir para viver plenamente essa chance
de felicidade.
DOMINE O MEDO, AME E CONFIE
COM DISCERNIMENTO.
O GATO É
UM LÍDER NATO

“Quando o gato sai, os ratos fazem a festa!”


DITADO POPULAR
O gato é um excelente gestor, o chefe perfeito, pois fiscaliza sem
precisar fazer nada… Ele incentiva com o olhar sem ter que gritar para ser
respeitado. Ele está ali, simplesmente, e sua mera presença põe os ratos
para trabalhar! Vejamos o caso deste livro: eu fui o rato! E Ziggy, deitado
nas minhas anotações em papel, manteve-se atento com o canto do olho
para que eu não me dispersasse nos meus devaneios, e o arquivo final
fosse entregue a tempo e a hora!
Por um lado, ser um gato no trabalho é, como vimos, saber delegar! Isso
é essencial! Seja na organização do trabalho e na gestão da empresa ou na
valorização e autonomia dos seus colaboradores. Por outro lado, é saber
também estar presente, fiscalizar, ver sem ser visto, dar o exemplo…
Quer você seja ou não o chefe, a atitude do gato se adapta perfeitamente
ao ambiente profissional. Eis alguns exemplos:
Não se desgaste inutilmente, avalie o seu trabalho e o tempo de que
dispõe para realizá-lo, de acordo com a “importância” da tarefa. (O
gato: Eu estou correndo algum perigo? Não! Então vou esperar um
rato passar para me mexer e…)
Não aja como uma barata tonta para parecer sobrecarregado, isso cria
um estresse desnecessário nos seus colaboradores. (O gato: Pare de
ficar passando o aspirador em tudo quanto é canto, você está me
deixando zonzo!)
Seja eficiente, corrija os problemas imediatamente. (O gato: Mas
onde esse sujeito pensa que está? Relaxa, vou te dar uma mãozinha!)
Esteja sempre atento sem chamar atenção, e assim ficará a par das
últimas novidades da empresa. (O gato: Eu sei que é você que me faz
cócegas com uma pena… Não precisa ficar tentando disfarçar.)
Saiba reagir, se necessário, o mais rápido possível. (O gato: Uma
invasão de gambás no jardim? Ok. Vou enviar um exército!)
Faça regularmente uma pausa para o café a fim de se informar e
manter os vínculos sociais! ;-) (O gato: A tigela de ração ainda está
cheia? Não? Que tal dar um pulo na peixaria e trazer sardinhas
frescas?)
Não finja que está trabalhando, dá pra perceber! (O gato: Eu já passei
por todos os pontos de controle do território, a segurança está Ok,
agora vê se me deixa dormir!)
Jamais banque o sobrecarregado, quase sempre é uma prova de
incompetência! (O gato: Não se preocupe, eu administro! Rrrrr…)
E SE O CHEFE FOR VOCÊ,
SEMPRE TENHA UMA ATITUDE
FIRME E CONDESCENDENTE
COMO O GATO, ENCORAJE COM
O OLHar E SE faça PRESENTE.

CHEFE OU NÃO, AO TRABALHO:


O LÍDER É VOCÊ! SEMPRE DÊ O
seu MELHOR SEM, NO ENTANTO,
FAZER ALARDE INUTILMENTE!
SEGREDO DE GATO
“Vocês aí vivem dizendo – e nós só ouvindo – que somos grandes preguiçosos e
dormimos o dia inteiro.
Se, por um lado, dormimos algumas horas no fim de tarde, saibam que é porque, ao
contrário da maioria de vocês, preferimos a noite. Vocês não percebem isso porque estão
dormindo!
Se, por outro lado, nós também dormimos de dia, saibam que é por causa de vocês,
porque esses picos de sono permitem que nos livremos de todas as energias, pensamentos
e vibrações negativas que sugamos de vocês para aliviá-los.
Nós não podemos guardá-las, temos que limpar a nossa mente e a nossa alma, e o
nosso sono serve para isso.
Além do mais, saibam que podemos absorver o mau humor de vários membros da sua
família; sabemos como tranquilizar um a um, contudo o nosso sono recuperador será
ainda mais longo.
E se um dia tiverem a boa ideia de adotar um casal de filhotinhos, eles poderão
dividir essa tarefa no seio da família. Só não me obriguem a compartilhar minha
confortável cama com eles, porque aí sim, poderá haver uma briga e tanto na casa,
podem crer!”
ZIGGY
O FIM DE TARDE DO GATO
18:30 1 lar, doce lar. a VOLTA PARA CASA!

Um instante de descontração, de afagos, de carícias. A roupa para lavar e as ligações


não atendidas podem esperar. Como o gato, relaxe um pouco depois da sua jornada de
trabalho. Não adianta se atirar sobre as tarefas domésticas atrasadas. Separe meia hora
para descansar tranquilamente, coloque uma música, vista uma roupa bem confortável
para se sentir mais à vontade.

Descanse um pouco antes de começar a segunda parte da sua jornada, feita de


desejos, pequenos prazeres a serem cultivados, telefonemas para os amigos…

Nesse momento, a única preocupação do gato é: “Chegou a hora da ração?”. É o seu


grande prazer pessoal, pois ele sabe que dali a alguns instantes você vai ter tempo, ao
contrário do que acontece pela manhã, de abrir um pequeno sachê de salmão ao molho,
que ele tanto adora.

18:30 é a hora da descontração para ele, assim como para você, em que a jornada
passa do comprometimento para o relax. O melhor é não arrastar o cansaço ou o estresse
do dia para o seu universo de conforto e para a sua noite.
O GATO É OBSTINADO

“A recusa do gato em compreender é intencional.”


LOUIS NUCÉRA
Teimoso, sim, obstinado, mais ainda! Você pode chamar seu gato mil
vezes quando ele estiver todo encolhido num canto do jardim; ele não vai
mexer nem uma orelha, muito menos virar a cabeça. Ele poderá ficar desse
jeito durante horas, esperando o rato surgir de dentro do buraco. Paciência,
obstinação; é possível observá-lo tardes inteiras assim, sem que ele se
canse nem desista. Uma verdadeira lição de vida profissional, e pessoal
também.
Uma perseverança digna de respeito, até ele atingir seu objetivo: pegar o
rato. Ele não vê a hora passar, nem liga para o cansaço; diferentemente de
nós, que desistimos a alguns metros da chegada… Uma atitude a se
pensar!
A paciência do gato para obter o que deseja só é igual à sua obstinação.
Diante disso, nos resta apenas reverenciá-lo.
“Jamais desistir de nada!” é o lema do gato, quando, muitas vezes, para
nós, trata-se apenas de palavras. É DE TIRAR O CHAPÉU!!!
SEJA PACIENTE E OBSTINADO
EM TUDO O QUE FIZER, NÃO
DESISTA nunca!
O GATO É
SEMPRE PRUDENTE

“Gato escaldado tem medo de água fria!”


DITADO POPULAR
O gato não é doido, e seus infortúnios sempre lhe servem de lição. Ele
nunca se aproxima de um lugar novo, de um carro ou de um objeto à sua
volta sem antes observá-lo longamente e tomar infinitas precauções. O
gato evita correr perigo inutilmente. Tudo o que é novo é, em primeiro
lugar, minuciosamente inspecionado, cheirado, analisado.
Ser prudente é, obviamente, evitar muitos problemas, muitos conflitos,
muitos acidentes. Contudo, por falta de instinto, o homem construiu seu
saber e sua experiência segurando o carvão em brasa… para perceber que
ele queimava! É uma mecânica bem estranha ao descrevê-la assim. O
homem não sabe nada enquanto não lhe é ensinado. Você consegue
imaginar um gato andando sobre cinzas incandescentes?
Quantos de nós ficaram doentes depois da ingestão de um alimento
estragado, ao não perceber que ele estava impróprio para o consumo?
Entretanto, quantas vezes você viu seu gato torcer o nariz e não tocar na
tigela porque a ração azedou, ou não comer o pedaço de presunto que você
lhe deu sem antes cheirá-lo de cima a baixo?
Não há muito risco de um gato se envenenar, porque ele usa os sentidos;
ele é prudente, inclusive no que come.
O homem é intrépido por natureza e, portanto, imprudente como uma
criança a quem devemos prevenir de tudo, a quem devemos ensinar tudo, a
quem devemos proteger de todos os perigos. Mas, por outro lado, quem
ensinou ao gato que o fogo queima, que ele pode se afogar, que é preciso
evitar se aproximar do enorme cachorro que late? Quem lhe disse que as
coisas grandes que rodam por aí e que fazem barulho são carros que
podem atropelá-lo? Ele sabe por instinto, pressente o perigo, ao contrário
da criança.
Perdemos muitos de nossos instintos, muitos de nossos sentidos…
Mesmo nas nossas relações com as pessoas. Quantos de nós não se
disseram um dia: “Eu tinha certeza de que ele iria aprontar comigo, desde
o começo não fui com a cara dele!”
Você sentiu. A verdade sobre essa pessoa deu razão ao que você sentiu,
mas, por acaso, você seguiu seu instinto no momento em que o alarme
tocou? Não. Em geral, preferimos a “razão” ao instinto. É uma pena, pois
somente com o passar do tempo percebemos que o nosso instinto nunca
nos engana, que ele sempre nos guia para o melhor, para o nosso bem-
estar, para a prudência.
A primeira impressão é a que vale, pois ela nunca mente. No futuro,
tenha um pouco mais de prudência, tente se reconectar aos seus instintos
mais primitivos, escute a si mesmo, confie em você, e nunca se
arrependerá.
QUANDO HÁ UMA DÚVIDA, NÃO
HÁ DÚVIDA! SIGA SEUS
INSTINTOS!
O GATO PRECISA
MUITO DE AMOR

“Os gatos foram feitos para armazenar carícias.”


STÉPHANE MALLARMÉ
Todos nós precisamos de carinho, de beijos e de gestos de afeto, de
ternura, de bem-querer… E se, às vezes, sentimos carência desses gestos
de amor, o gato jamais hesita em pedir quando deseja.
Em certos momentos, ele precisa tocar você, como nós mesmos
precisamos nos aconchegar naquele abraço gostoso da nossa cara-metade.
Essa necessidade de amor está, frequentemente e antes de tudo, ligada a
uma necessidade de amor por nós mesmos. Amor-próprio. Freud escreveu
que o primeiro trauma da nossa vida foi causado pelo corte do cordão
umbilical. Ele representa a ligação de amor permanente com a mãe,
cortada fisicamente para sempre. Um laço de afeto que, depois, tentamos
reconstruir por intermédio dos outros, na amizade, no casamento… Uma
fonte de amor que procuramos em todas as formas de relacionamento.
Quanto mais somos carentes de afeto, mais vamos buscá-lo em
quantidade no outro, para obtê-lo até nos satisfazermos, até
transbordarmos. Como o gato, uma vez repletos de amor, nós nos
afastamos fisicamente por um tempo dessa fonte… e depois, claro,
voltamos para ela!
A frequência, a reiteração da nossa necessidade de amor também
depende do amor que sentimos por nós mesmos. Existem pessoas
supercarinhosas, outras um pouco mais distantes; nem todos precisamos
da mesma “dose” todos os dias. Mas todos precisamos dessa ternura,
desses carinhos, desses sentimentos.
Almejamos isso na nossa cara-metade e no nosso gato, assim como ele
almeja em nós quando enfia a cabeça amorosamente debaixo do nosso
braço. Ele vem buscar o nosso amor, da mesma forma que o dá a nós. É
uma atitude diferente de um simples carinho de conforto, e ele chega a
sofrer por tanto que precisa dele. Depois, quando seu “indicador” de
sentimentos e de afeto atinge o nível máximo, ele se afasta.
Nós também estamos à procura, à espera, em busca desse amor tátil e
intelectual, vital para todos nós, seja ele físico ou psicológico.
Sem amor, como o gato, como as flores, fenecemos um pouco mais dia
após dia. Por isso, o centro de toda a vida, desde os tempos remotos, não
pode ficar sem esse combustível: o amor.
TODOS NÓS PRECISAMOS DE
AMOR, MAS É PRECISO SABER
DAR PARA RECEBÊ-LO. ELE É
UMA CONDIÇÃO
INDISPENSÁVEL PARA A NOSSA
FELICIDADE. O QUE SERIA DA
VIDA SEM AMOR?
O GATO É DESCANSADO
POR NATUREZA

“Casa que tem gato não precisa de escultura.”


WESLEY BATES
Se mexer, se movimentar sem parar, se agitar o tempo todo… É o destino
de muitos de nós, incapazes de nos sentarmos um minuto que seja, a tal
ponto estamos envolvidos na espiral do ritmo incessante das metrópoles e
das toneladas de estresse que elas derramam sobre as nossas cabeças e que
acabamos levando para casa.
Assim que chega do trabalho, você joga as suas coisas no sofá e começa
a fazer malabarismos entre montanhas de roupas para lavar e pilhas de
contas a pagar, sem reclamar, com a vassoura numa das mãos e o celular
na outra?
Seu gato fica só observando você correr em todas as direções a duzentos
por hora entre a cozinha, a sala e o escritório… “Ele está me observando
de modo estranho”, você pensa. Claro, pois, por um lado, você o está
incomodando e, por outro, ele está se perguntando se você não foi atacado
por uma grave crise de estupidez aguda!
Então, pegue o controle remoto do seu corpo e aperte a tecla “pausa”!
Inspire longamente e expire calmamente. Você vai sentir um alívio
profundo, como se tivesse acabado de soltar suas malas no chão. Um
sorriso vai se desenhar no seu rosto e, por causa dessa ação e do olhar do
gato, que não se desviou de você nem por um segundo, você vai se
conscientizar desse frenesi inútil no qual foi engatando uma jornada de
trabalho na outra! Sempre em órbita nas mais altas esferas do seu
nervosismo e da sua hiperatividade.
As missões de organizar a casa, lavar roupa e faxinar precisam ser
cumpridas, você dirá. Mas também podemos executá-las no momento
certo, sem estresse e numa boa!
Se, no entanto, você continuar a se agitar à toa, verá o gato se levantar
tranquilamente para procurar um lugar mais calmo e dar início à sua
toalete. Ele se afastará como se estivesse balançando a cabeça e dizendo
para si mesmo: “Não tem jeito! Boa noite para a ventania que acabou de
entrar em casa! Vou pro armário, deitar em cima da pilha de suéteres e
ficar em paz por um bom tempo!”
E, virando-se para você num último miado, antes de tomar a tangente na
direção do monte de roupas limpinhas que você terá de lavar novamente,
vai dar a entender: “Ah! Já que você parece estar estressado e precisa se
acalmar, não se esqueça de colocar minha ração na tigela e trocar minha
caixa de areia, que está com mau cheiro!”
PARE DE SE AGITAR SEM PARAR!
QUE GASTO DE ENERGIA INÚTIL!
APRENDA A desacelerar! ;-)
PARA MEDITAR

“BASTA CRUZAR SEU OLHAR


COM O DE UM GATO PARA
MEDIR A PROFUNDIDADE DOS
ENIGMAS QUE CADA REFLEXO
DOS SEUS OLHOS EXPRIME AOS
BRAVOS HUMANOS QUE SOMOS
NÓS.”
J ACQUES LAURENT
O GATO SABE O
QUE QUER,
ELE É DIRETO

“Não possuímos um gato, ele é que nos possui.”


FRANÇOISE GIROUD
Quando deseja alguma coisa, o gato age sem rodeios e não sai de perto
de você enquanto não atinge seu objetivo. Ele é exigente, sabe o que quer,
e você não conseguirá enrolá-lo com uma nova marca de ração se ele não
gostar. Na melhor das hipóteses, ele vai recusar ou virar a tigela, e você
poderá guardar para sempre o saco no armário e voltar para a marca
habitual! Ele sabe o que quer e não desiste.
Da mesma forma, você nunca poderá obrigá-lo a entrar em casa à noite
se ele estiver em pleno passeio e se sentindo bem, escondido num canteiro
de flores a dois passos de você!
Excelente caçador, quando decide ir atrás de uma presa, nada faz com
que ele desvie do seu objetivo! Essa é uma grande qualidade do gato:
obstinado, sempre sabe o que quer, e com ele não tem negócio.
Quantas vezes precisamos aparar as arestas dos nossos desejos em
função de… Para, em seguida, dizer: “Na verdade, não sei o que quero,
mas pelo menos sei o que não quero.”
Eu só gosto da metade dessa frase, que, em geral, camufla desejos reais
que escondemos debaixo do tapete, por acreditar que não podemos
concretizá-los, por não sermos capazes de conquistá-los…
“O que eu quero de verdade?” é uma pergunta que todos deveriam se
fazer com regularidade e com a maior honestidade. Temos uma grande
tendência a nos contentarmos com o que as pessoas à nossa volta
“querem” ou esperam de nós. Esquecendo, com isso, o que nos move e os
desejos que realmente nos motivam.
“O que eu quero de verdade…?”, o gato sabe, e ele aplica essa pergunta
em todos os momentos da vida dele.
Saber bem o que queremos é a primeira etapa; a segunda consiste em dar
a nós mesmos os meios de conseguir, de pedir, de sermos diretos nas
nossas aspirações.
Como diz o ditado popular: “É preciso dar nome aos bois”, e não ficar
rodando em volta do próprio rabo. É preciso ser direto!
Essa mania que todos nós temos de sempre dar voltas para dizer o que
queremos ou para pedir com firmeza o que desejamos é ainda mais
desgastante.
Simplifique, não tenha medo de dar nome aos bois, de abordar de forma
clara um assunto tal como ele é, de dizer a verdade na bucha e de afirmar
sem rodeios o que você quer! Seja direto, você ganhará em energia e em
tempo!
Finalmente, se o gato sabe o que quer, e o reivindica indiretamente pela
sua atitude (temos a sorte de ter a palavra para pedir), ele não fica parado:
ele age.
SEJA DIRETO, PEÇA. “EU QUERO,
EU POSSO, EU FAÇO!” DEVE SER
PARA VOCÊ ASSIM COMO É
PARA O GATO.
O GATO OUSA
PEDIR
(O TEMPO TODO!)

“Parece que os gatos têm por princípio que não está


errado pedir o que se quer.”
J OSEPH WOOD KRUTCH
Como acabamos de ver no capítulo anterior, uma vez os desejos
claramente identificados, formulados e expressos, precisamos de uma
alavanca, de um detonador, de um pouco de ajuda para agir.
Muitas vezes não ousamos pedir ajuda no nosso trabalho, ou se temos
problemas na vida pessoal. Por quê? Um pouco de vergonha, um pouco de
medo de ver o pedido de ajuda ser recusado, um certo constrangimento em
se expor, quase com a sensação de estar mendigando… Com mais
vergonha ainda quando se tem sérios problemas financeiros… Não
pedimos ajuda por culpa da altivez e muito menos devido a um orgulho
descabido.
O gato pede, reclama quando tem fome, quando quer ir passear ou deseja
carinho. Mesmo quando você está dormindo, ele não se constrange em
acordá-lo para satisfazer suas necessidades momentâneas.
A respeito desse assunto, só temos a ganhar ao pedir ajuda quando
precisamos, e o mais surpreendente, veja só, é que sempre haverá alguém
que se sentirá importante por ter lhe estendido a mão… isso tudo, claro, só
acontecerá se você pedir.
Quantas vezes já não ouviu essas frases: “Você deveria ter dito! Por que
não me disse antes? Eu poderia ter te ajudado!”
Pedir, às vezes, é tão simples quanto encontrar uma solução.
O gato tem sempre razão! Ele ousa pedir.
OUSE PEDIR AJUDA! ALGUMAS
PESSOAS FICARÃO felizes em
APOIÁ-LO, POIS, ASSIM, VOCÊ
estará dando VALOR A ELAS!
a noite DO GATO
19:30 1 HORA DA janta.

Se a refeição do meio-dia foi apressada devido ao seu curto tempo de almoço, à


noite, em compensação, você tem tempo para fazer algo prazeroso e preparar uma
refeição bem gostosa.

O gato conseguiu que você lhe servisse o sachê de salmão ao molho. Não existe
nenhuma razão para que você se satisfaça, no jantar, com uma embalagem pré-cozida
de ravioli levemente requentada no micro-ondas, com um resto de queijo ralado seco
descoberto no fundo da geladeira.

Cozinhar a dois ou para dois, evidentemente, é sempre mais fácil, mas se você mora
sozinho, tente assim mesmo preparar pratos saborosos, só para você, fáceis de fazer.

Também não hesite em usar uma louça adequada, pois comer na própria embalagem
de macarrão chinês é dose, francamente! existe coisa melhor para o moral? Cultive seu
bem-estar nos detalhes. E se vocês formam um casal, aproveite esse momento de
preparo para tomar uma taça de vinho, conversar sobre como foi seu dia, atormentar o
outro porque ele não temperou o suficiente ou porque cortou as batatas no sentido
errado, sorrindo, claro! um bom papo, sentir prazer em cozinhar… ir para o fogão não
precisa ser uma obrigação, e sim uma ótima curtição. e mais: são os preparativos para
uma boa noite de sono, isso faz toda a diferença!
O GATO É
HONESTO

“O gato é de uma honestidade absoluta: os seres


humanos ocultam, por uma ou outra razão, seus
sentimentos. Os gatos, não.”
ERNEST HEMINGWAY
Todos nós mentimos um pouco, às vezes… E a primeira pessoa para
quem mentimos somos nós mesmos. Os pequenos arranjos que em certos
momentos fazemos com a verdade nunca nos dão um grande prazer;
frequentemente causam um certo constrangimento e não nos deixam nem
um pouco orgulhosos.
O gato jamais oculta seu estado de espírito, seus sentimentos, seus
desejos; ele é sempre transparente e coerente ao agir como lhe dá na telha.
“Por que fazer diferente?”, ele deve se perguntar. Por que agir de outra
forma em vez de ser honesto com todo mundo e consigo mesmo? Afinal,
tudo fica mais simples!
Não ter papel algum para representar, nenhuma pose a manter, nenhuma
mentira a lembrar para não se contradizer… Não ter uma linha a seguir,
uma conduta a manter ou tarefas a fazer decorrentes de algo para se gabar,
para ser coerente com as pessoas à volta e não passar por mentiroso!
Mentir é cansativo! E sobretudo mentir sem ser descoberto! Além do
mais, no curto ou longo prazo, todos os mitomaníacos acabam sendo
pegos, pois quanto mais afundam na areia movediça da mentira e quanto
mais o jogo de lorotas que se acumulam se torna difícil de levar adiante,
mais tudo se ramifica e complica no falso contexto que eles criaram.
Para acabar tanto com as pequenas mentiras quanto com a mitomania,
não banque o dissimulado: diga a verdade! Como o gato, seja honesto e
transparente. Lembre-se do que já falamos: você ganhará em carisma e
credibilidade!
Seja honesto consigo, com a sua imagem, com a confiança que os outros
depositam em você, com a sua paz de espírito e com a sua autoestima!
SEJA HONESTO, VOCÊ SÓ tem a
GANHAR COM ISSO!
O GATO É
SILENCIOSO E
OBSERVADOR

“Se os gatos pudessem falar, ainda assim eles não o


fariam.”
NAN PORTER
Exceto no período do cio, o gato selvagem não mia. Nessa ocasião, seu
miado é rouco para afastar os rivais.
Quando ainda filhote, ele mia para se impor, se fazer ouvir, mas à
medida que os meses vão passando, ele começa lentamente a se calar.
O miado claro, mais agudo do gato adulto, é dirigido ao ser humano. Ele
tenta falar conosco e, obviamente, não entendemos nada. Sendo assim, na
maior parte do tempo, o gato fica calado e volta aos seus pensamentos,
divagações, observações, volta ao seu bem-estar, ao debate estéril com
outro gato ou com um humano que não entende bulhufas!
Como o filhote, nós balbuciamos e nos expressamos sem parar quando
somos crianças; no entanto, quando o nosso aprendizado da linguagem
avança, passamos a falar cada vez mais, e a torto e a direito!
O gato se torna rapidamente um “adulto velho”, ao contrário de nós, e
por conta disso aprende também rapidamente a se calar.
Ele observa, silencioso, não perde nada das nossas ações, dos nossos
gestos, e nem das modificações do seu ambiente. Mas é raro emitir um
comentário a respeito.
A nossa propensão a opinar sobre tudo, o tempo todo (e porque sou um
grande tagarela, sei muito bem do que estou falando!), às vezes oculta um
elemento necessário ao nosso bem-estar: aprender a se calar!
Devido à minha eloquência, sei disso muito bem: às vezes, dizemos um
monte de bobagens! Acontece até de irmos longe demais e de sermos mal
compreendidos, de nos exprimirmos sob o efeito de um mau humor que
deforma a real intenção. Não era o que queríamos dizer, mas aí, tarde
demais, as palavras saíram sem passar por nenhum filtro e…
Aprender a se calar é controlar a impulsividade, evitar dizer besteiras,
mas também refletir e sopesar a reflexão, levando em conta os diferentes
elementos… É também ouvir o que os outros têm a dizer e não
monopolizar uma conversa… É não impor a opinião como uma verdade
absoluta e definitiva.
Aprender a se calar é também saber preservar um pouco de
distanciamento, um pouco de sigilo na nossa vida. Ser sincero, sim, mas
ser transparente em qualquer pensamento, o tempo todo e com qualquer
pessoa talvez não seja a melhor atitude para se proteger dos mais
fofoqueiros.
Expressar-se não quer dizer se expor, e se a conversa for necessária, a
observação e a escuta serão, em geral, mais convincentes do que todos os
argumentos!
APRENDER A SE CALAR,
APRENDER A NÃO SER O TEMPO
TODO O CENTRO DO universo.
OUVIR PARA APRENDER E
SABER SE CALAR PARA FALAR
MELHOR no MOMENTO certo.
PARA MEDITAR

“O HOMEM É CIVILIZADO NA
MEDIDA EM QUE COMPREENDE
O GATO.”
GEORGE BERNARD SHAW
O GATO É UM
AMIGO SINCERO

“Se você for digno do afeto dele, o gato se tornará seu


amigo, mas jamais seu escravo.”
THÉOPHILE GAUTIER
Se o gato aceitar você no universo dele, ele se tornará, para sempre, seu
fiel amigo. Consequentemente, todos os dias ele cuidará de você, virá
saber as notícias em pequenos miados, irá ouvi-lo se queixar, saberá
tranquilizá-lo, consolá-lo… Ele estará por perto, por você, o tempo todo.
E nós? Estamos assim sempre presentes, ouvindo os nossos próprios
amigos? Honestamente, não deixamos essa relação escapar das nossas
mãos de vez em quando, mesmo tendo ela levado tanto tempo para ser
construída?
Sim, podemos tomar como exemplo a fidelidade, a abnegação, a ternura
e a amizade que o nosso gato nos dedica para aplicar quase literalmente
aos nossos amigos.
As situações e as mudanças de vida fazem com que, muitas vezes,
criemos hiatos voluntários ou involuntários nas nossas relações de
amizade.
Uma recente relação amorosa é um bom exemplo disso! O momento em
que o novo casal, tomado de paixão, esquece o mundo à sua volta por
algumas semanas, até mesmo meses. É uma situação bastante
compreensível e vivenciada por todos, que retorna à normalidade depois
de algum tempo, quando, passados os primeiros arroubos, voltamos a tecer
os laços de maneira mais intensa com os amigos.
Mas também acontece de decidirmos, conscientemente ou não, mudar
completamente de vida e não voltar para aqueles que há anos sempre
estiveram presentes, dedicando-nos somente à nova paixão. Um egoísmo
evidente, que, para os amigos, se traduz em sentimento de abandono,
quase de traição.
“Depois que ela se casou, não a vi mais…” Quem não ouviu ou disse,
decepcionado, essa frase em algum momento da vida?
No que se refere à fidelidade na amizade, temos muito a aprender com o
gato, que, instintivamente, está do nosso lado, do primeiro ao último dia.
Os gatos são capazes de ter mais humanidade do que nós, quando, em
certos momentos, somos tentados a nos concentrar nas nossas vidinhas,
esquecendo tudo o que nos foi dado, tudo o que foi dito.
A amizade é uma relação tão ou mais forte que o amor, no sentido de
que, em geral, dura mais tempo.
Sacrificá-la em benefício de uma paixão, sob o pretexto de respeitar o
código social que, numa certa idade, exige que você se case, já é uma
atitude calculista, uma maneira de “parecer”.
É também a melhor maneira de ter a certeza de que, no dia de uma
eventual ruptura, seus amigos não estarão ao seu lado para apoiá-lo.
MANTENHA SEUS LAÇOS DE
AMIZADE, ELES SÃO UM DOS
TESOUROS MAIS PRECIOSOS DA
VIDA, E, COMO O GATO, jamais OS
SACRIFIQUE.
O GATO SE
CONCENTRA NO
ESSENCIAL

“Amo no gato essa indiferença com a qual ele passa dos


salões às sarjetas.”
CHATEAUBRIAND
Ao observar meu gato, tão pronto para cuidar da própria toalete e da
elegância, e ao mesmo tempo ser capaz de catar algo interessante nas mais
nojentas latas de lixo, uma reflexão surpreendente me surgiu: ele não quer
saber de luxo nem de bens materiais. Muito menos de cultuar a própria
imagem.
Guardo a lembrança do magnífico gato angorá branco de olhos verdes,
de uma velha amiga, que sempre voltava dos passeios sujo como um
porco, depois de ter deitado e rolado em porões, para então se refestelar
todo nas almofadas do sofá para fazer sua toalete. Ele gostava dos dois
ambientes, e nem precisava ir à rua, mas parecia um pano de chão imundo
quando voltava das suas escapadelas!
Saber se desligar por instantes do seu meio, dos seus bens materiais, não
dar muita importância a eles e não retocar a cada minuto o seu reflexo no
espelho é um exemplo que deveríamos seguir com mais frequência para
adquirir um pouco de humildade, um pouco de verdade e conseguir
novamente diferenciar o essencial do superficial.
O gato não cultua o materialismo nem o status social, para ele só contam
seus prazeres e seus desejos! O que os outros pensam? Os olhares, os
julgamentos? Já tratamos desse assunto! Entram por um ouvido e saem
pelo outro.
O que o bichano diz para si próprio quando quer alguma coisa ou quer
fazer novas descobertas: “É isso aí, vou me sujar! E daí? Depois eu me
limpo! Por enquanto…” “Passou uma coisa grande com um rabo
comprido… Ah! Por ali! Debaixo do monte de lixo! Lá vou eu!”
Curta tudo aquilo de que você gosta e quando quiser, sem se preocupar
com o resto.
NÃO DÊ MUITA IMPORTÂNCIA
ÀS COISAS MATERIAIS, POIS
VOCÊ SABE O QUE DIZEM:
“FAÇA DO DINHEIRO O SEU
CRIADO, NÃO O SEU PATRÃO!”
A noite DO GATO
20:30 1 hora DE DESCONTRAir.

Almofadas, poltronas, sofás… viva o prazer do gato, que vem relaxar depois de uma
“dura” jornada!

“O que será que esse cara ainda tá fazendo sentado à mesa de trabalho, martelando
freneticamente o teclado?”, pergunta-se certamente. E então vem andar sobre as teclas,
passa o rabo no nosso nariz e resmungamos porque é preciso “avançar”, “colocar um
ponto-final” no texto e…

O gato está ali para nos lembrar que há um tempo para tudo, para o trabalho, para a
família, para a cara-metade, para a descontração e para ele também!

São 20:30. na opinião dele, não é mais hora de “avançar” e sim de “se recolher”.
Vamos parando por aí!

Na maior parte das vezes, eu não o escutava e ele dormia ao meu lado em cima da
mesa, depois de muitas idas e vindas entre os meus joelhos e o teclado, esfregando o
focinho no canto do monitor… lá pras 22 ou 23 horas, eu estava enrolando as frases,
sem, na verdade, “avançar”.

Quem tinha razão nessa hora? Uma noite de descontração perdida, para, na verdade,
pouca produtividade.

Essa é uma regra que hoje em dia eu respeito: 21 horas, o mais tardar, paro todos os
textos. Boa noite!
O GATO É
SEMPRE NATURAL

“Que eu saiba, o gato continua sendo o único animal em


que todas as emoções podem ser lidas pelo movimento
das orelhas, das pupilas e das batidas do rabo.”
ANNE CALIFE
Nada de falsa sedução, nada de encenação, nada de estilo forçado, o gato
jamais vestiria terno e gravata ou assumiria uma determinada atitude só
para se aproximar de você. O que quer que ele desejasse, o que quer que
estivesse a fim de pedir, ele o faria respeitando a própria personalidade.
O gato é honesto, como vimos, porque, simplesmente, é mais simples!
Então, por que ele assumiria uma determinada postura só para se tornar
diferente do que é? De que isso lhe serviria?
E quando somos nós que o fazemos, muitas vezes por falta de
autoconfiança, para que nos serve? Para nada. Mentimos, mais uma vez,
para nós mesmos, mentimos para os outros. E o pior é que nos
convencemos de que esse disfarce que acabamos de usar para enfrentar
uma situação ou certo tipo de gente será mais verossímil do que o que nós
somos na nossa mais profunda intimidade. Quanta bobagem!
Como pode um cenário de papelão substituir a imponência de uma
montanha real ou de um mar revolto?
Além da mentira que elaboramos, por medo de não estar à altura das
expectativas, a verdade é, com certeza, o melhor meio de sermos
transparentes, sem charme nem carisma!
Nosso natural não é de plástico, ele irradia tudo o que somos, ele nos
torna bonitos, atraentes e verossímeis aos olhos dos outros!
Nosso natural é a garantia do que somos, sem rodeios nem falsas
aparências. Saber permanecer natural em qualquer situação e assumir
quem somos continua a ser o melhor meio de ser apreciado e de
impressionar! Jamais se subestime!
EM QUALQUER
CIRCUNSTÂNCIA… SEJA
NATURAL, aja naturalmente!
O GATO É HUMILDE
E INDULGENTE

“Não se espera que o gato viva segundo as leis do


leão.”
SPINOZA
Todos nós temos uma tendência a exigir demais, a sermos duros com nós
mesmos, chegando às vezes ao limite da autoflagelação!
Ser ambicioso, sim, dar o melhor de si próprio, sim, claro, mas saber ser
indulgente consigo mesmo em caso de derrota é, também, muito
importante.
Se você for honesto e der o máximo de si num trabalho ou num projeto,
ninguém lhe pedirá para se sobressair em tudo, a todo momento, a ponto
de ficar doente!
Qual é a relação que isso tem com o gato? Tudo se resume na citação de
Spinoza. Mesmo sendo um felino como o leão, o gato não se mata ao
longo do dia por não ser tão forte e tão rápido quanto o leão! O gato não é
e nunca será o rei da selva! Ele nem mesmo é o chefe dos outros gatos do
bairro! E daí? Será que isso o impede de viver plenamente? De ser feliz?
Ele passa o tempo todo querendo galgar um posto ou adquirir um status
que ele sabe que nunca vai alcançar? E ele se culpa por isso?
É preciso ter um pouco de humildade, um pouco de autoaceitação, o que
não impede de nos orgulharmos do que somos e do que fazemos! Devemos
parar de cantar porque não somos Freddie Mercury? Será mesmo que
devemos parar de pintar só porque não somos Cézanne? Somos piores por
causa disso? Ou apenas diferentes?
O importante é fazer o melhor com o que se tem e continuar a progredir,
porque, mesmo sabendo que nunca será um leão, o gato não se impede de
saltar, de correr, de caçar e de ser, se não o rei da selva, o rei do seu sofá!
SEJA HUMILDE NO QUE VOCÊ
FAZ, SEJA INDULGENTE
CONSIGO MESMO, MAS FAÇA!
SEGREDO DE GATO
“Se alguns de vocês gostam de dormir conosco quando vão para a cama, nós nos
encontraremos na porta do quarto! É verdade que quando somos filhotes nos mexemos
um pouco, e porque não dormimos muito à noite, queremos brincar na cama. Porém,
decorridos alguns anos, ficamos mais calmos. Então, abram a porta, e cochilaremos
tranquilamente aos seus pés.
Pois, se vamos para a sua cama porque gostamos dos travesseiros e do edredom
quentinho, também vamos para protegê-los…
Quem vela à noite para que os maus espíritos não venham perturbá-los durante o
sono?
Quem monta guarda na escuridão, sentado no parapeito da janela da sala, para que
nenhum espírito maligno entre na casa?
Essa também é a nossa missão… Dormimos com vocês para melhor protegê-los…
Acreditem ou não, e mesmo que isso possa parecer um tanto místico… pensem a
respeito!”
ZIGGY
O GATO
SE DIVERTE COM TUDO!

“Quando brinco com meu gato, quem sabe ele não está
se divertindo mais comigo do que eu com ele?”
MICHEL DE MONTAIGNE
Às vezes nos perguntamos se devemos levar a vida tão a sério quanto
aprendemos. Então, para atenuar seus aspectos sombrios ou simplesmente
enfrentar uma situação sob outro ângulo (o copo está meio cheio ou meio
vazio?), é preciso saber se divertir.
Saber se divertir é uma condição essencial para a felicidade. As pessoas
sisudas demais, congeladas em opiniões tolas, as quais nunca abandonam,
às vezes se tornam incapazes de brincar, de se divertir, de rir; elas acabam
se tornando praticamente inválidas para o sorriso.
Brincar é uma das principais ocupações do gato e, para ele, a caça faz
parte do jogo, algumas vezes cruel quando o vemos brincar com um
camundongo durante horas, deixá-lo escapar por alguns centímetros e
depois subjugá-lo novamente. É o jogo da natureza, e nós humanos
soubemos inventar milhares de outras maneiras de rir e nos divertirmos!
Saber gargalhar, rir de tudo, sobretudo saber não se levar tão a sério,
saber descer do pedestal social quando, às vezes, ouvimos: “Você entende,
na posição em que estou, não posso me permitir isso…”
A imagem social, a autoimagem, as falsas aparências cultivadas,
“parecer”, como vimos antes… Tudo que, enfim, nos impede de nos
divertirmos, de rir, de achar graça, é uma característica humana que às
vezes cultivamos, mas que deve ser esquecida!
DIVIRTA-SE!
COM TUDO!
COM VOCÊ!
O TEMPO TODO!
A noite DO GATO
23:00 1 NO mundo DOS SONHOS.

O dia foi longo, talvez cansativo, é hora de contar ratinhos (como faz o gato). há
coisa melhor do que o seu bom e velho, macio e quente edredom para mitigar todas as
suas dores mentais e físicas? Mas aí o gato chega… para dormir com você!

Como vimos no “Segredo de gato”, e leve isso em consideração, não é à toa que ele
quer se aconchegar em você ou dormir em cima da sua barriga.

Você já ouviu falar em ronronterapia? Ou dos benefícios do gato que, por instinto,
vem se deitar em cima dos seus órgãos cansados ou doentes? Inúmeros estudos são
constantemente publicados a respeito da capacidade de cura do gato. Por que não
aproveitar e dormir com ele? Ele sonha tanto com isso…

E depois, uma vez adormecido, você o encontra de madrugada, em geral mais


distante na cama (para sua tranquilidade) só para dormir pertinho de você, aos seus
pés…

Finalmente, mesmo que tenhamos muito a aprender com o gato, podemos dizer que,
num ponto, nós nos parecemos totalmente quando, como diz o provérbio libanês, quer
sejamos homem ou mulher: “Os sonhos de um gato são povoados de ratos!”

Boa noite!
O GATO É BELO...
E ELE SABE DISSO!

“Há belezas que ultrapassam o vocabulário. Os gatos


pertencem a essa esfera.”
LOUIS NUCÉRA
Todos os gatos são belos, o que, aliás, é bastante surpreendente! É
raríssimo cruzarmos com um gato feio, a não ser que ele não seja bem-
cuidado, tenha sido maltratado ou esteja com uma enfermidade grave.
Mas, por definição, o gato é belo desde o seu nascimento até a sua morte e
sofre muito pouco as agruras do tempo. O gato tem rugas? O gato fica
careca? Por que os humanos se degeneram tanto fisicamente?
Somos, realmente, tão “superiores” a eles nesse quesito?
O gato é belo, mas isso não tem nenhuma importância para ele.
Entretanto, essa atitude confiante que ele exibe o tempo todo é, em parte,
condicionada pelo seguinte fato: ele é belo… e talvez até tenha
consciência disso.
Pode ser também que ele não tenha nenhuma noção da própria beleza;
talvez por isso sua vida seja extraordinariamente calma!
Ao contrário, para nós, frágeis humanos, a beleza física é, em geral, um
elemento imprescindível à nossa felicidade, à nossa autoconfiança, e que
não podemos evitar com um simples: “O que conta é a beleza interior!”.
Isso é hipocrisia, e todos sabemos.
A natureza fez com que não fôssemos todos iguais diante do quesito
beleza e da graça natural com a qual alguns nascem. Mesmo assim, entre
ser um cânone da beleza, digno de adotar a profissão de modelo, e ser
vítima de uma aparência repulsiva, vai uma grande distância!
Uma distância que todos se dedicam a modelar para se sentir o melhor
possível dentro do próprio corpo, uma distância a ser trabalhada na
atitude, nas roupas… O objetivo não é “parecer” como julgam os olhares
alheios, como nós evocamos, mas sentir-se bem consigo mesmo, bem de
cabeça e em cima dos saltos!
Finalmente, só existe uma regra de beleza a ser seguida, só existe um
juiz, imparcial (a não ser que ele julgue de acordo com códigos que não
são os seus): VOCÊ! Você se olhando no seu espelho! Isso é tudo!
Se você se achar bonito ao se olhar no espelho, sinceramente, diante do
próprio reflexo, então seu carisma, sua aura e, consequentemente, seu
poder de sedução só serão multiplicados.
Sentir-se atraente é importante, até mesmo primordial! Mas não
seguindo qualquer critério! Querer se parecer com uma modelo de capa de
revista, além de ter que seguir rígidos – muitas vezes até mesmo
massacrantes – padrões é, antes de tudo, não querer se parecer consigo
mesmo e, sobretudo, não se aceitar, não se amar… Quem, então, nessa
palhaçada de falsa aparência, poderá gostar de você?
Não é à toa que chamamos de gato(a) e gatinho(a) aqueles que são belos.
Resumindo: o gato é um gato!
SOMOS BONITOS PELO QUE
SOMOS, PELO QUE PODEMOS
MELHORAR, MAS NÃO PELO QUE
É ESTABELECIDO, APREGOADO.
O CHARME… É A CHAVE DO
SEGREDO.
O GATO SE SENTE À VONTADE EM
QUALQUER SITUAcÃO

“O gato se satisfaz em ser, esse é o verbo que lhe cai


melhor.”
LOUIS NUCÉRA
Podemos dizer que ao longo da nossa vida não faltaram situações em que
não nos sentimos nada à vontade. Ainda que, com o tempo, a
autoconfiança tenha aumentado e permitido superar mais facilmente essas
situações delicadas.
Não se sentir à vontade é não se sentir à altura, mas de quem? Do quê?
Dos outros, é claro, mas também da imagem que alimentamos!
Você já viu um gato se sentir pouco à vontade? Nunca! Essa é uma
sensação tão humana que nem pensamos em atribuí-la a um gato.
Isso mesmo, o gato nunca se sentirá pouco à vontade porque ele não tem
uma imagem a preservar: ELE É. Consequentemente, é transparente nas
suas atitudes, e nenhuma mentirinha tola sobre a sua personalidade ou
sobre as suas qualidades poderá deixá-lo em dúvida.
Antes de qualquer coisa, o que faz com que nos sintamos pouco à
vontade é o que nós mesmos construímos.
Então, num momento desses, corremos o risco de ser “descobertos”? De
não estar à altura do que dizemos, reivindicamos e que faz parte da
imagem que os outros têm de nós?
Sentimo-nos pouco à vontade quando estamos entre a cruz e a espada,
quando estamos entre o que dissemos, e o que fazemos e somos. E quanto
maiores forem as mentiras, mais a distância entre as situações se ampliará
e mais o sentimento de mal-estar aumentará. Isso é para mostrar o estado
psicológico dos grandes mentirosos que nos cercam quando os
desmascaramos!
Nós também ficamos constrangidos quando não nos sentimos à altura.
Isso decorre da falta de autoconfiança, por isso sentir-se seguro de si,
acreditar em si mesmo deve ser cultivado quando não é espontâneo. E o
gato está por perto para nos guiar e nos ajudar ao longo de toda essa
aprendizagem.
Para se sentir à vontade em qualquer situação, também é preciso saber
ser honesto consigo mesmo tanto quanto com os outros, não se prender à
imagem que apresentamos a eles, pois ela só pode ser positiva quando
seguimos as regras do gato!
SENTIR-SE SEMPRE À VONTADE?
NEM SEMPRE É FÁCIL! MAiS uma
VITÓRIA Do GATO!
O GATO DÁ
PROVAS DE EMPATIA

“A única pessoa que me compreende nesse mundo é o


meu gato.”
DIANE GONTIER
Quem tem gato sabe bem disso: ele jamais se recusará a emprestar sua
orelha. Somos capazes de um altruísmo como esse? De tamanha
paciência? De tamanha empatia em relação aos outros, como quando nos
olha?
É preciso admitir que, comparados com ele, nesse aspecto, nós humanos
somos bem pequenos.
Mesmo com a maior das boas vontades, temos dificuldade de ouvir, com
sinceridade, os problemas dos outros, a tal ponto os nossos já nos
afundam, a tal ponto ser difícil nos colocarmos no lugar deles.
O gato tem essa força, essa benevolência em relação a nós, essa
compaixão pela nossa aflição mesmo quando não falamos com ele, e tende
a adotar atitudes protetoras e tranquilizadoras para conosco.
Mais do que a escuta silenciosa de um psicólogo, o gato parece
compreender os nossos problemas, ao repetir através do olhar a frase:
“Isso também vai passar…”, ao ser capaz de preencher os nossos vazios
afetivos.
A empatia, o ato de ouvir e de se colocar no lugar do outro, eis um
campo em que todos nós temos muito a aprender com o gato, quando, em
geral, nos voltamos para o nosso próprio umbigo e não temos mais do que
uma pequena mão para estender, mais do que um pouquinho do nosso
ouvido a oferecer.
Quando ouvimos, damos tanto quanto recebemos, em geral sem
percebermos.
É PRECISO SABER OUVIR PARA
SER OUVIDO, E SABER DAR
PARA, QUANDO CHEGAR A SUA
VEZ, RECEBER.
PARA MEDITAR

O GATO ABRIU OS OLHOS E O


SOL ENTROU. O GATO FECHOU
OS OLHOS E O SOL FICOU. EIS
PORQUE À NOITE, QUANDO O
GATO ACORDA, VISLUMBRO NA
PENUMBRA DOIS PEDAÇOS DO
SOL.
MAURICE CARÊME
E ENTÃO:
GATO OU PAXÁ?
Viver como um gato!
A maioria das pessoas que vive com gatos inveja o modo como eles
funcionam, sua propensão à felicidade, e sonha em pôr em prática o
comportamento e a filosofia de vida deles no seu próprio dia a dia.
Poder adotar o comportamento do gato, e cultivar exclusivamente o que
ele vai nos trazer, como traz para ele também – serenidade, bem-estar,
prazer e diversão –, e saber eliminar da própria vida tudo o que pesa, sem
se sobrecarregar com mais indagações… Em suma, um sonho…
Um sonho ao alcance de todos, se separarmos um tempo para adotar
alguns dos comportamentos do gato na nossa autoestima, na nossa relação
com os outros, na nossa capacidade de discernir o essencial do fútil.
O gato possui um saber inato para aproveitar plenamente a vida, um
saber do qual temos muito a aprender. Um saber que não é uma lição a se
buscar em tratados de filosofia, um conhecimento que ele nos passa na sua
simples maneira de ser.
Inspirarmo-nos nele todos os dias, seja para gerir nossas relações,
canalizar o estresse, exercitar o desapego, turbinar nossa autoconfiança…
Esses foram os temas que abordamos nessas 40 principais qualidades do
gato.
Essas foram as chaves para passarmos a ter uma vida que, em certos
momentos, insiste em querer escapar do nosso controle.
Se você ainda não tem um gato – ah, que pena! –, talvez tenha se
surpreendido ao encontrar numa bola de pelo ambulante tanta capacidade,
tanta força, tanta sabedoria, tanta honestidade, tanta independência, tanta
empatia… Talvez, neste exato momento, você já esteja pensando
seriamente em ter um novo companheiro de vida… É o que lhe desejo,
pois você jamais se arrependerá da ligação e da interação que se construirá
entre vocês.
De agora em diante, faça como o gato, construa a sua vida numa busca
tenaz de bem-estar e de prazer!

E então: gato ou paxá?


“Os dois, meu caro!”, responderá o .
PARA MEDITAR

“AO OLHAR ESSE GATO TÃO


INTELIGENTE, PENSO DE NOVO,
COM TRISTEZA, NOS ESTREITOS
LIMITES DOS NOSSOS
CONHECIMENTOS. QUEM PODE
DIZER ATÉ ONDE VÃO AS
FACULDADES INTELECTUAIS
DESSES ANIMAIS?”
ERNST THEODOR AMADEUS HOFFMANN
A ÚLTIMA PALAVRA
É SEMPRE DO GATO!
SEGREDO DE GATO
“Meu dono, melhor dizendo, meu servo não é lá muito esperto em alguns momentos e,
às vezes, só atrapalha, se revelando um verdadeiro fardo! Isso me cansa! Mesmo assim,
gosto muito dele, são mais de doze anos de vida em comum, vida essa que ainda não é
perfeita, mas até que ele vem fazendo progressos!
Espero que os “pulos de gato” que ele compartilhou com vocês possam ajudá-los a
viver melhor o cotidiano, mas sobretudo a serem felizes!
Existem outros segredos que eu gostaria de transmitir a ele para que fossem
transmitidos a vocês, mas, de vez em quando, ele ainda faz vista grossa e ouvidos de
mercador.
De qualquer maneira, está tudo aí, diante de nós, diante de vocês. A diferença entre
vocês e nós, os gatos, é que nós vemos tudo.
Desde os tempos do antigo Egito, e mesmo antes, até os dias atuais, acompanhamos a
vida dos seres humanos para ajudá-los, e fomos venerados pela nossa sabedoria,
atualmente meio esquecida.
Espero que este livro possa auxiliá-los, e que o horizonte de vocês fique um pouco
mais amplo a cada dia.
Caros humanos, eu lhes desejo o melhor e uma alegria a mais na vida ao nosso lado.
Ziggy
TESTE:

AVALIE AGORA O SEU


QUOCIENTE GATO
(QG)

Em cada pergunta, circule (honestamente!) o nível no qual você acredita


estar. (De 1, o mais baixo a 5, o mais alto)
Até que ponto você se sente totalmente livre?
CG: 1 2 3 4 5
Você acha que tem carisma?
CG: 1 2 3 4 5
Você é calmo?
CG: 1 2 3 4 5
Você sabe se impor socialmente aos amigos?
CG: 1 2 3 4 5
Você se considera sábio, sabe se distanciar para analisar melhor a situação?
CG: 1 2 3 4 5
Você sabe pensar em você? Sabe se cuidar?
CG: 1 2 3 4 5
Você se aceita tal como é, com as suas qualidades e os seus defeitos? De maneira geral, você
se ama?
CG: 1 2 3 4 5
Você se orgulha de quem é? Do que faz? Como anda sua autoestima?
CG: 1 2 3 4 5
Você se acha sempre o centro das atenções?
CG: 1 2 3 4 5
Até que ponto você é insensível à opinião dos outros?
CG: 1 2 3 4 5
Você é curioso?
CG: 1 2 3 4 5
Você é independente?
CG: 1 2 3 4 5
Você tem autoconfiança?
CG: 1 2 3 4 5
Você sabe delegar?
CG: 1 2 3 4 5
Você sabe separar um tempo para curtir a vida e aproveitá-la plenamente?
CG: 1 2 3 4 5
Você se adapta facilmente às mudanças?
CG: 1 2 3 4 5
Você procura estar em lugares calmos?
CG: 1 2 3 4 5
Você diria que escolheu a maioria dos seus amigos? (Ou eles lhe foram impostos?)
CG: 1 2 3 4 5
Você sabe descansar? (Ou isso para você é uma perda de tempo?)
CG: 1 2 3 4 5
Você sabe dizer NÃO?
CG: 1 2 3 4 5
Você sempre evita brigas?
CG: 1 2 3 4 5
Você é apegado ao lugar onde vive?
CG: 1 2 3 4 5
Você confia plenamente nos amigos que o cercam?
CG: 1 2 3 4 5
Você tem alma de líder?
CG: 1 2 3 4 5
Você é persistente? Teimoso? Obstinado?
CG: 1 2 3 4 5
Em geral, você é prudente?
CG: 1 2 3 4 5
Em que nível você acha que está a sua necessidade de amor permanente?
CG: 1 2 3 4 5
Você se considera uma pessoa que sabe descansar?
CG: 1 2 3 4 5
Na maior parte do tempo, você tem certeza do que quer da vida?
CG: 1 2 3 4 5
Você ousa pedir ajuda aos outros com frequência?
CG: 1 2 3 4 5
Você se considera uma pessoa honesta?
CG: 1 2 3 4 5
Você tem tendência a observar e a ficar calado?
CG: 1 2 3 4 5
Você é fiel nas amizades, nas suas relações?
CG: 1 2 3 4 5
Você é indiferente à sua imagem? Aos seus bens materiais?
CG: 1 2 3 4 5
Você se considera espontâneo? Natural?
CG: 1 2 3 4 5
Você dá provas de humildade?
CG: 1 2 3 4 5
Você tem tendência a se divertir com qualquer coisa?
CG: 1 2 3 4 5
Quando se olha no espelho, você se acha bonito?
CG: 1 2 3 4 5
Você se sente à vontade em qualquer situação?
CG: 1 2 3 4 5
Você é capaz de ouvir? De se pôr no lugar dos outros?
CG: 1 2 3 4 5
Conte suas respostas:

Números de respostas 1 e 2: _____

Números de respostas 3: ______

Números de respostas 4 e 5: _____


RESULTADOS DO TESTE DO QUOCIENTE
GATO

PENSAR E AGIR COMO UM GATO,


um Santo Graal para viver feliz!
Mas isso pode exigir um pouco de trabalho para algumas pessoas.

Veja os resultados do teste de Quociente Gato:


Se a maioria das respostas foram 1 e 2: Adote um gato com
urgência! Observe-o atentamente, pois ele tem muito a lhe ensinar
sobre as suas atitudes e filosofia de vida, para ajudá-lo a viver
melhor.
Se a maioria das respostas foi 3: Você é um filhotinho, ainda há
muito trabalho a fazer, mas já está no bom caminho!
Se a maioria das respostas foram 4 e 5: Parabéns! Você já é um gato!

Agora reveja uma a uma as perguntas e respostas do teste e examine todas


as que você respondeu abaixo da nota 4. Elas merecem que você as
examine com atenção para, quem sabe, corrigir algumas das suas
predisposições, limitações, com a ajuda, claro, do gato!
São tantas as capacidades, os talentos e as aptidões que ele possui
naturalmente e que nós abordamos ao longo deste livro, que só lhe resta
integrá-las com tranquilidade na sua vida para viver serenamente!
PARA MEDITAR

“JÁ QUE TEMOS APENAS UMA


VIDA, POR QUE NÃO A DIVIDIR
COM UM GATO?”
ROBERT STEARNS
SOBRE O AUTOR

ME, MYSELF AND I


Minha formação: uma lista desordenada e nem um pouco exaustiva de
experiências! Nascido em Lyon, engenheiro de som, carpinteiro, letrista,
webdesigner, noticiarista, ergonomista cognitivo, vendedor de adesivos
automotivos, redator publicitário, faz-tudo em estação oceanográfica,
editorialista satírico de revista online, cantor, contador, autor de romances,
classificador de encomendas postais, compositor nas horas vagas,
administrador de AirBnB, alimentador de banco de dados, vendedor de
lírios-do-vale, P∓D para internet, gestor de investimentos, gerente de
projetos, franqueado de lingerie, corretor de imóveis, barista e limpador de
cinzeiros, blogger, aprendiz de piscineiro, ghost-writer, presidente de
agência de criação de marcas, sogro (sim, é uma profissão), poeta,
retratista (foto em técnica de micromosaico), advogado por necessidade,
poderoso espectador da raça humana... e tudo isso com um lema:
“Conhecemos as pessoas pelo que fazem, não pelo que dizem.”

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