NPEN001990 - 2009 Desbloqueada
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NPEN001990 - 2009 Desbloqueada
Portuguesa
EN 1990
2009
ICS HOMOLOGAÇÃO
91.010.30; 93.010 Termo de Homologação n.º 516/2009, 2009-12-29
A presente Norma resultou da revisão da NP ENV 1991-1:1999
DESCRITORES (Ed. 1)
Estruturas; materiais de construção; cálculos matemáticos;
eurocódigo; segurança; controlo da vibração; estabilidade;
capacidade de carga; resistência dos materiais; fiabilidade; ELABORAÇÃO
ensaios de resistência ao fogo; estruturas resistentes aos sismos; CT 115 (LNEC)
trabalhos de engenharia civil
EDIÇÃO
Dezembro de 2009
CORRESPONDÊNCIA
CÓDIGO DE PREÇO
Versão portuguesa da EN 1990:2002 + AC:2008
XEC022
NORME EUROPÉENNE + AC
EUROPEAN STANDARD Dezembro 2008
Versão portuguesa
Eurocódigo – Bases para o projecto de estruturas
A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 1990:2002 + AC:2008 e tem o mesmo estatuto que as
versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia e a sua Errata foram ratificadas pelo CEN em 2001-11-29 e 2008-12-03, respectivamente.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define as condições
de adopção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas actualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais correspondentes junto do
Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra língua, obtida
pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e notificada ao Secretariado
Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica,
Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos,
Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.
CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung Comité
Européen de Normalisation European
Committee for Standardization
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Sumário Página
Preâmbulo nacional.....................................................................................................................................2
Preâmbulo....................................................................................................................................................9
Antecedentes do programa dos Eurocódigos.................................................................................................9
Estatuto e campo de aplicação dos Eurocódigos............................................................................................10
Normas nacionais de implementação dos Eurocódigos..................................................................................11
Ligações entre os Eurocódigos e as especificações técnicas harmonizadas (EN e ETA) relativas
aos produtos...................................................................................................................................................11
Informações adicionais específicas da EN 1990............................................................................................11
Anexo Nacional da EN 1990.........................................................................................................................12
1 Generalidades............................................................................................................................................13
1.1 Objectivo e campo de aplicação...............................................................................................................13
1.2 Referências normativas............................................................................................................................13
1.3 Pressupostos.............................................................................................................................................13
1.4 Distinção entre Princípios e Regras de Aplicação....................................................................................14
1.5 Termos e definições.................................................................................................................................14
1.5.1 Termos comuns usados nas EN 1990 a EN 1999..................................................................................14
1.5.2 Termos específicos relativos ao projecto em geral................................................................................15
1.5.3 Termos relativos às acções....................................................................................................................17
1.5.4 Termos relativos às propriedades dos materiais e dos produtos............................................................19
1.5.5 Termos relativos a grandezas geométricas............................................................................................20
1.5.6 Termos relativos à análise estrutural.....................................................................................................20
1.6 Símbolos..................................................................................................................................................21
2 Requisitos..................................................................................................................................................24
2.1 Requisitos gerais......................................................................................................................................24
2.2 Gestão da fiabilidade................................................................................................................................25
2.3 Tempo de vida útil de projecto.................................................................................................................26
2.4 Durabilidade............................................................................................................................................27
2.5 Gestão da qualidade.................................................................................................................................27
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4 Variáveis básicas.......................................................................................................................................30
4.1 Acções e influências ambientais..............................................................................................................30
4.1.1 Classificação das acções.......................................................................................................................30
4.1.2 Valores característicos das acções.........................................................................................................31
4.1.3 Outros valores representativos das acções variáveis.............................................................................32
4.1.4 Representação das acções de fadiga......................................................................................................32
4.1.5 Representação das acções dinâmicas.....................................................................................................33
4.1.6 Acções geotécnicas...............................................................................................................................33
4.1.7 Influências ambientais...........................................................................................................................33
4.2 Propriedades dos materiais e dos produtos...............................................................................................33
4.3 Grandezas geométricas............................................................................................................................34
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B.2 Símbolos.................................................................................................................................................54
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Anexo C (informativo) Bases para o método dos coeficientes parciais e para a análise da
fiabilidade.....................................................................................................................................................59
C.2 Símbolos.................................................................................................................................................59
C.3 Introdução.............................................................................................................................................60
D.2 Símbolos.................................................................................................................................................68
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Bibliografia...................................................................................................................................................83
Introdução....................................................................................................................................................84
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Preâmbulo
A presente Norma foi elaborada pelo Comité Técnico CEN/TC 250 "Structural Eurocodes”, cujo
secretariado é assegurado pela BSI.
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adopção, o mais tardar em Outubro de 2002, e as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas o mais tardar em Março de 2010.
A presente Norma substitui a ENV 1991-1:1994.
O CEN/TC 250 é responsável por todos os Eurocódigos Estruturais.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma Europeia deve ser
implementada pelos organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria,
Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Malta,
Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.
1)
Acordo entre a Comissão das Comunidades Europeias e o Comité Europeu de Normalização (CEN) relativo ao trabalho sobre os
Eurocódigos para o projecto de edifícios e de outras obras de engenharia civil (BC/CEN/03/89).
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2)
De acordo com o n.º 3 do artigo 3º da DPC, as exigências essenciais (EE) traduzir-se-ão em documentos interpretativos que
estabelecem as ligações necessárias entre as exigências essenciais e os mandatos para a elaboração de normas europeias (EN)
harmonizadas e guias de aprovação técnica europeia (ETAG), e das próprias aprovações técnicas europeias (ETA).
3)
De acordo com o artigo 12º da DPC, os documentos interpretativos devem:
a) concretizar as exigências essenciais harmonizando a terminologia e as bases técnicas e indicando, sempre que necessário,
classes ou níveis para cada exigência;
b) indicar métodos de correlação entre essas classes ou níveis de exigências e as especificações técnicas, por exemplo, métodos
de cálculo e de ensaio, regras técnicas de concepção de projectos, etc.;
c) servir de referência para o estabelecimento de normas europeias harmonizadas e de guias de aprovação técnica europeia.
Os Eurocódigos, de facto, desempenham um papel semelhante na área da EE 1 e de uma parte da EE 2.
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Ligações entre os Eurocódigos e as especificações técnicas harmonizadas (EN e ETA) relativas aos
produtos
É necessária uma consistência entre as especificações técnicas harmonizadas relativas aos produtos de
construção e as regras técnicas relativas às obras 4). Além disso, todas as informações que acompanham a
marcação CE dos produtos de construção que fazem referência aos Eurocódigos devem indicar, claramente,
quais os Parâmetros Determinados a nível Nacional que foram tidos em conta.
4)
Ver n.º 3 do artigo 3º e artigo 12º da DPC, e também 4.2, 4.3.1, 4.3.2 e 5.2 do Documento Interpretativo n.º 1.
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projectistas e construtores;
autoridades competentes.
A presente Norma poderá ser utilizada, quando pertinente, como documento orientador no projecto de
estruturas não abrangidas pelos Eurocódigos EN 1991 a EN 1999, com vista a:
considerar outras acções e as suas combinações;
modelar comportamentos de materiais e de estruturas;
determinar valores numéricos relativos ao formato de fiabilidade.
São recomendados valores numéricos para os coeficientes parciais e para outros parâmetros de fiabilidade,
de modo a proporcionarem um nível de fiabilidade aceitável, os quais foram seleccionados admitindo a
aplicação de um nível adequado de mão-de-obra e de gestão da qualidade. Quando a EN 1990 for usada
como documento de base por outros Comités Técnicos do CEN, deverão adoptar-se os mesmos valores.
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1 Generalidades
1.1 Objectivo e campo de aplicação
(1) A presente Norma estabelece os Princípios e os requisitos de segurança, de utilização e de durabilidade
das estruturas, descreve as bases para o seu projecto e verificação e fornece orientações sobre os respectivos
aspectos de fiabilidade estrutural.
(2) A presente Norma destina-se a ser utilizada em conjunto com as EN 1991 a EN 1999 no projecto
estrutural de edifícios e de outras obras de engenharia civil, incluindo os aspectos geotécnicos, a verificação
da resistência ao fogo, as situações envolvendo sismos, a execução e as estruturas provisórias.
NOTA: Para o projecto de obras especiais (como, por exemplo, instalações nucleares, barragens, etc.), poderão ser necessárias
outras disposições para além das constantes nas EN 1990 a EN 1999.
(3) A presente Norma é aplicável ao projecto de estruturas no qual estejam envolvidos materiais ou acções
não abrangidos pelas EN 1991 a EN 1999.
(4) A presente Norma é aplicável à avaliação estrutural das construções já existentes, visando o projecto de
reparações e de alterações ou a avaliação de mudanças de utilização.
NOTA: Em certos casos, poderão ser necessárias disposições adicionais ou alterações à presente Norma.
1.3 Pressupostos
(1) Um projecto que segue os Princípios e as Regras de Aplicação só cumpre os requisitos desde que
satisfaça os pressupostos indicados nas EN 1990 a EN 1999 (ver a secção 2).
No Anexo Nacional NA são indicadas as normas portuguesas equivalentes (nota nacional).
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(6) Na presente Norma, as Regras de Aplicação são identificadas por um número entre parênteses, como, por
exemplo, neste parágrafo.
1.5.1.1 construção
Tudo o que é construído ou resulta de trabalhos de construção.
NOTA: Esta definição está de acordo com a ISO 6707-1. Este termo abrange edifícios e outras obras de engenharia civil. Refere-
se à construção completa, englobando os seus elementos estruturais, não estruturais e geotécnicos.
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1.5.1.6 estrutura
Combinação organizada de peças interligadas, concebida para suportar acções e assegurar a rigidez
adequada.
1.5.1.11 execução
Todas as actividades realizadas para a conclusão física da obra incluindo o concurso, a inspecção e a
documentação correspondente.
NOTA: O termo abrange os trabalhos no estaleiro; também poderá abranger o fabrico de elementos fora do estaleiro e a sua
montagem posterior em obra.
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NOTA: Uma situação de projecto transitória refere-se a condições temporárias da estrutura, da sua utilização, ou da sua
exposição, como, por exemplo, durante a construção ou reparação.
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1.5.2.17 fiabilidade
Aptidão de uma estrutura ou de um elemento estrutural para satisfazer os requisitos especificados, incluindo
o valor de cálculo do tempo de vida útil para o qual foi projectada. A fiabilidade é normalmente expressa em
termos probabilísticos.
NOTA: A fiabilidade abrange a segurança, a utilização e a durabilidade de uma estrutura.
1.5.2.20 manutenção
Conjunto de actividades realizadas durante o tempo de vida útil da estrutura a fim de permitir-lhe manter a
satisfação dos requisitos de fiabilidade.
NOTA: As actividades de reparação da estrutura após uma acção de acidente ou uma acção sísmica estão, normalmente, fora do
âmbito da manutenção.
1.5.2.21 reparação
Actividades realizadas para conservar ou repor a função de uma estrutura e que estão fora do âmbito da
manutenção.
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especificado da distribuição estatística admitida para essa propriedade do material ou do produto. Em certos
casos, utiliza-se um valor nominal como o valor característico.
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1.6 Símbolos
Para os fins da presente Norma utilizam-se os seguintes símbolos.
NOTA: As notações utilizadas baseiam-se na ISO 3898:1987.
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F coeficiente parcial relativo às acções, que também cobre incertezas de modelação e desvios
nas dimensões
Gj,sup / Gj,inf coeficiente parcial relativo à acção permanente j a utilizar na determinação dos valores de
cálculo superiores/inferiores
M coeficiente parcial relativo a uma propriedade de um material, que também cobre incertezas
de modelação e desvios nas dimensões
q coeficiente parcial relativo a acções variáveis, que tem em conta a possibilidade de desvios
desfavoráveis dos valores das acções em relação aos seus valores representativos
Q coeficiente parcial relativo às acções variáveis, que também cobre incertezas de modelação
e desvios nas dimensões
Sd coeficiente parcial associado à incerteza do modelo das acções e/ou dos seus efeitos
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factor de conversão
coeficiente de redução
2 Requisitos
(4) P As estruturas devem ser projectadas e construídas de modo a que os danos causados por ocorrências,
tais como:
explosões;
impactos;
consequências de erros humanos;
não sejam desproporcionados em relação às causas que os originaram.
NOTA 1: As ocorrências a ter em conta são as acordadas, para um determinado projecto, com o dono de obra e a autoridade
competente.
NOTA 2: Encontram-se mais informações na EN 1991-1-7.
(5) P Os danos potenciais devem ser evitados ou limitados, adoptando uma ou várias das seguintes medidas:
evitar, eliminar ou reduzir os riscos a que a estrutura possa estar sujeita;
adoptar uma solução estrutural pouco sensível aos riscos considerados;
adoptar uma solução estrutural e um dimensionamento que permitam que a estrutura subsista
adequadamente à perda acidental de um elemento isolado ou de uma parte limitada da estrutura, ou à
ocorrência de danos localizados de dimensão aceitável;
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evitar, tanto quanto possível, sistemas estruturais susceptíveis de ruir sem aviso prévio;
assegurar a interligação dos elementos estruturais.
(6) Os requisitos gerais deverão ser satisfeitos:
escolhendo materiais apropriados;
adoptando uma concepção e disposições construtivas adequadas;
especificando procedimentos de controlo do projecto, da produção, da construção e da utilização,
relevantes para a obra.
(7) O disposto na secção 2 deverá ser interpretado no pressuposto de que foram adoptados no projecto o
cuidado e a competência adequados às circunstâncias, baseados nos conhecimentos e na boa prática
geralmente disponíveis quando da realização do projecto da estrutura.
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(5) Os níveis de fiabilidade relativos à segurança estrutural ou à utilização podem ser obtidos através de
adequadas combinações das medidas seguintes:
a) medidas de prevenção e de protecção (por exemplo, instalação de barreiras de segurança, medidas activas
e passivas de protecção contra incêndios, protecção contra os riscos de corrosão, tal como pintura ou
protecção catódica);
b) medidas relacionadas com os cálculos:
valores representativos das acções;
escolha dos coeficientes parciais;
c) medidas relacionadas com a gestão da qualidade;
d) medidas destinadas a reduzir erros de projecto e de construção da estrutura, e erros humanos grosseiros;
e) outras medidas relacionadas com as seguintes questões de projecto:
os requisitos gerais;
o grau de robustez (integridade estrutural);
a durabilidade, incluindo a escolha do tempo de vida útil de projecto;
a extensão e a qualidade das prospecções preliminares dos solos e as possíveis influências ambientais;
o rigor dos modelos mecânicos utilizados;
as disposições construtivas;
f) execução eficiente, por exemplo, em conformidade com as normas de execução referidas nas EN 1991 a
EN 1999;
g) inspecção e manutenção adequadas, de acordo com os procedimentos especificados na documentação do
projecto.
(6) As medidas de prevenção das potenciais causas de rotura e/ou de redução das suas consequências
poderão, em dadas circunstâncias e dentro de certos limites, ser intercambiadas desde que sejam mantidos os
necessários níveis de fiabilidade.
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2.4 Durabilidade
(1) P A estrutura deve ser projectada de modo a que a sua deterioração, ao longo da vida útil de projecto, não
reduza o seu desempenho abaixo do prescrito, tendo em conta o ambiente e o nível de manutenção previsto.
(2) Para obter uma estrutura com adequada durabilidade, deverão ter-se em conta os seguintes aspectos:
a utilização prevista ou futura da estrutura;
os critérios requeridos para o projecto;
as condições ambientais previstas;
a composição, as propriedades e o desempenho dos materiais e dos produtos;
as propriedades do solo;
a escolha do sistema estrutural;
a forma dos seus elementos e as disposições construtivas;
a qualidade da execução e o seu nível de controlo;
as medidas específicas de protecção;
a manutenção prevista durante o tempo de vida útil de projecto.
NOTA: Nas EN 1992 a EN 1999 indicam-se medidas adequadas para reduzir a deterioração.
(3) P As condições ambientais devem ser identificadas na fase de projecto, de modo a estimar a sua
importância em relação à durabilidade e permitir que se tomem medidas adequadas para a protecção dos
materiais utilizados na estrutura.
(4) O grau de deterioração poderá ser avaliado com base em cálculos, na investigação experimental, na
experiência obtida em construções anteriores ou por combinação destes diferentes processos.
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3.1 Generalidades
(1) P Deve fazer-se uma distinção entre estados limites últimos e estados limites de utilização.
NOTA: Em certos casos, poderão ser necessárias verificações adicionais, como, por exemplo, na garantia da segurança do tráfego.
(2) A verificação explícita em relação a uma das duas categorias de estados limites poderá ser dispensada se
houver informação suficiente que prove que é satisfeita pela outra.
(3) P Os estados limites devem ser associados a situações de projecto (ver 3.2).
(4) As situações de projecto deverão ser classificadas como persistentes, transitórias ou acidentais (ver 3.2).
(5) A verificação em relação aos estados limites que dizem respeito aos efeitos dependentes do tempo (por
exemplo, a fadiga) deverá ser associada ao tempo de vida útil de projecto da construção.
NOTA: A maioria dos efeitos dependentes do tempo são cumulativos.
(3) P As situações de projecto seleccionadas devem ser suficientemente severas e variadas, de maneira a
abrangerem todas as condições que, de forma razoável, sejam susceptíveis de ocorrer durante a execução e a
utilização da estrutura.
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NOTA: Esses casos serão os que forem acordados, para um determinado projecto, entre o dono de obra e a autoridade competente.
(3) Os estados que precedem o colapso estrutural e que, por simplificação, são considerados em vez do
colapso propriamente dito, poderão ser tratados como estados limites últimos.
(4) P Quando for pertinente, devem ser verificados os seguintes estados limites últimos:
perda de equilíbrio do conjunto ou de parte da estrutura, considerada como corpo rígido;
ruína por deformação excessiva, transformação do conjunto ou de parte da estrutura num mecanismo,
rotura, perda de estabilidade da estrutura ou de parte da estrutura, incluindo apoios e fundações;
rotura provocada por fadiga ou por outros efeitos dependentes do tempo.
NOTA: Aos vários estados limites últimos estão associados diferentes conjuntos de coeficientes parciais (ver 6.4.1). A rotura
devida a deformação excessiva é considerada como rotura estrutural devida a instabilidade mecânica.
(2) P Deve fazer-se uma distinção entre estados limites de utilização reversíveis e irreversíveis.
(3) A verificação dos estados limites de utilização deverá basear-se em critérios relacionados com os
seguintes aspectos:
a) deformações que afectem:
o aspecto,
o conforto dos utentes, ou
o funcionamento da estrutura (incluindo o funcionamento de máquinas ou de outras instalações),
ou que danifiquem revestimentos ou elementos não estruturais;
b) vibrações:
que causem desconforto às pessoas, ou
que limitem a eficiência funcional da estrutura;
c) danos que possam afectar negativamente:
o aspecto,
a durabilidade, ou
o funcionamento da estrutura.
NOTA: Nas EN 1992 a EN 1999 encontram-se outras disposições relacionadas com os critérios de utilização.
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(6) P Devem ser consideradas as situações de projecto seleccionadas e identificados os casos de carga
críticos.
(7) Para uma determinada verificação deverão ser seleccionados casos de carga, identificando as disposições
de carga compatíveis e os conjuntos de deformações e de imperfeições que devam ser considerados
simultaneamente com acções variáveis fixas e com acções permanentes.
(8) P Devem ser tomados em consideração eventuais desvios nas direcções ou posições consideradas para as
acções.
(9) Os modelos estruturais e de carga podem ser físicos ou matemáticos.
4 Variáveis básicas
(2) Certas acções, como, por exemplo, as acções sísmicas e a acção da neve, poderão ser consideradas acções
de acidente e/ou variáveis, dependendo do local da obra (ver a EN 1991 e a EN 1998).
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(3) As acções provocadas pela água poderão ser consideradas acções permanentes e/ou variáveis,
dependendo da variação da sua intensidade no tempo.
(4) P As acções também devem ser classificadas:
de acordo com a sua origem, como directas ou indirectas;
de acordo com a sua variação no espaço, como fixas ou livres;
de acordo com a sua natureza e/ou com a resposta estrutural, como estáticas ou dinâmicas.
(5) Uma acção deverá ser descrita por um modelo, sendo a sua intensidade representada, nos casos mais
correntes, por um escalar que poderá ter vários valores representativos.
NOTA: Para algumas acções e algumas verificações, poderá ser necessária uma representação mais complexa das intensidades de
algumas acções.
(4) Nos casos em que a estrutura é muito sensível às variações de G (por exemplo, certos tipos de estruturas
de betão pré-esforçado), deverão utilizar-se dois valores, mesmo que o coeficiente de variação seja pequeno:
Gk,inf, correspondente ao quantilho de 5 % e Gk,sup, correspondente ao quantilho de 95 % da distribuição
estatística de G, a qual poderá ser admitida como sendo Gaussiana.
(5) O peso próprio da estrutura poderá ser representado por um único valor característico e poderá ser
calculado com base nas suas dimensões nominais e nos valores médios das massas volúmicas (ver a
EN 1991-1-1).
NOTA: Para assentamento de fundações, ver a EN 1997.
(6) O pré-esforço (P) deverá ser classificado como uma acção permanente causada por forças controladas
e/ou por deformações controladas, impostas a uma estrutura. Quando pertinente, estes tipos de pré-esforço
deverão ser distinguidos entre si (por exemplo, pré-esforço por armaduras, pré-esforço por deformação
imposta nos apoios).
NOTA: Os valores característicos do pré-esforço, num dado instante t, poderão ser um valor superior P k,sup(t) e um valor inferior
Pk,inf(t). Para os estados limites últimos, pode ser utilizado um valor médio Pm(t). Informações pormenorizadas constam das
EN 1992 a EN 1996 e da EN 1999.
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(7) P Para as acções variáveis, o valor característico (Qk) deve corresponder a um dos seguintes valores:
um valor superior, com uma certa probabilidade de não ser excedido, ou um valor inferior, com uma certa
probabilidade de ser atingido, durante um determinado período de referência;
um valor nominal, que poderá ser especificado nos casos em que não seja conhecida a distribuição
estatística.
NOTA 1: São indicados alguns destes valores nas diversas Partes da EN 1991.
NOTA 2: O valor característico das acções climáticas baseia-se na probabilidade de 0,02 de ser excedida a sua parte variável no
tempo durante um período de referência de um ano. Tal é equivalente, para a parte variável no tempo, a um período médio de
retorno de 50 anos. Porém, em certos casos, a natureza da acção e/ou a situação de projecto pode implicar outro quantilho e/ou
período de retorno, mais apropriados.
(8) Para as acções de acidente, o valor de cálculo Ad deverá ser especificado para cada projecto em particular.
NOTA: Ver também a EN 1991-1-7.
(9) Para as acções sísmicas, o valor de cálculo AEd deverá ser estabelecido a partir do valor característico AEk
ou ser especificado para cada projecto.
NOTA: Ver também a EN 1998.
(10) Para as acções com várias componentes, o valor característico da acção deverá ser representado por
grupos de valores, a considerar separadamente nos cálculos.
c) o valor quase-permanente, representado pelo produto 2Qk, utilizado para a verificação de estados limites
últimos envolvendo acções de acidente e para a verificação dos estados limites de utilização reversíveis.
Os valores quase-permanentes são também utilizados para o cálculo dos efeitos a longo prazo.
NOTA: Para acções nos pavimentos de edifícios, o valor quase-permanente é normalmente escolhido de forma a que seja excedido
durante 0,50 do período de referência. Em alternativa, o valor quase-permanente pode ser determinado como o valor médio durante
um determinado intervalo de tempo. No caso da acção do vento ou das acções de tráfego rodoviário, o valor quase-permanente é
geralmente considerado igual a zero.
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(2) Para as estruturas fora do campo de aplicação dos modelos estabelecidos nas Partes aplicáveis da
EN 1991, as acções de fadiga deverão ser definidas a partir da análise de medições ou em estudos
equivalentes dos espectros de acções previstos.
NOTA: Para ter em conta efeitos específicos relativos aos vários materiais (por exemplo, a influência das tensões médias ou dos
efeitos não lineares), ver as EN 1992 a EN 1999.
(2) Quando as acções dinâmicas causam uma aceleração significativa da estrutura, deverá efectuar-se uma
análise dinâmica do sistema (ver 5.1.3(6)).
(2) Os efeitos das influências ambientais deverão ser tidos em conta e, quando possível, deverão ser descritos
quantitativamente.
(5) Nos casos em que a informação estatística disponível seja insuficiente para estabelecer os valores
característicos de uma propriedade de um material ou de um produto, poderão adoptar-se valores nominais
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como característicos, ou poderão fixar-se directamente os valores de cálculo da propriedade em causa. Nos
casos em que os valores de cálculo superior ou inferior de uma propriedade de um material ou de um produto
sejam estabelecidos directamente (por exemplo, coeficientes de atrito, coeficientes de amortecimento), esses
valores deverão ser seleccionados de forma a que valores mais desfavoráveis afectem a probabilidade de
ocorrência do estado limite em consideração de modo semelhante à dos restantes valores de cálculo.
(6) Nos casos em que seja necessária uma estimativa superior da resistência (por exemplo, para efeitos de
cálculo em termos da capacidade resistente real e para a resistência à tracção do betão no cálculo dos efeitos
de acções indirectas), deverá considerar-se um valor característico superior da resistência.
(7) As reduções da resistência do material ou da resistência do produto a considerar resultantes dos efeitos de
acções repetidas, estão indicadas nas EN 1992 a EN 1999 e podem conduzir a uma redução da resistência ao
longo do tempo devido à fadiga.
(8) Os parâmetros de rigidez estrutural (como, por exemplo, os módulos de elasticidade e os coeficientes de
fluência) e os coeficientes de dilatação térmica deverão ser representados por um valor médio. Deverão
utilizar-se diferentes valores para ter em conta a duração da acção.
NOTA: Em certos casos, poderá ser necessário ter em conta um valor inferior ou superior ao valor médio do módulo de
elasticidade (por exemplo, no caso de instabilidade).
(9) Os valores das propriedades dos materiais ou dos produtos constam das EN 1992 a EN 1999 e das
especificações técnicas europeias harmonizadas ou de outros documentos aplicáveis. Se esses valores forem
obtidos em normas de produtos, sem que haja orientações quanto à sua interpretação nas EN 1992 a
EN 1999, deverão ser utilizados os valores mais desfavoráveis.
(10)P Nos casos em que seja necessário um coeficiente parcial para os materiais ou produtos, deve utilizar-se
um valor conservativo, a não ser que exista informação estatística adequada para avaliar a fiabilidade do
valor escolhido.
NOTA: Quando apropriado, poderá ser tida em conta a insuficiente experiência na aplicação dos materiais/produtos utilizados.
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(4) No caso de interacção entre o terreno e a estrutura, a contribuição do solo poderá ser modelada por molas
e amortecedores equivalentes apropriados.
(5) Em certos casos (por exemplo, para as vibrações devidas ao vento ou para as acções sísmicas), as acções
poderão ser definidas por meio de uma análise modal em regime física e geometricamente linear. Para as
estruturas com geometria, rigidez e distribuição de massa regulares, desde que apenas o modo fundamental
seja relevante, poderá substituir-se uma análise modal explícita por uma análise com acções estáticas
equivalentes.
NP
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(6) As acções dinâmicas poderão também ser expressas, em casos apropriados, no domínio do tempo ou no
da frequência, sendo a resposta estrutural determinada por métodos adequados.
(7) Nos casos em que as acções dinâmicas causem vibrações de uma intensidade ou frequência susceptíveis
de exceder os requisitos de utilização, deverá ser efectuada uma verificação do estado limite de utilização em
causa.
NOTA: No Anexo A e nas EN 1992 a EN 1999 são fornecidas orientações para avaliar estes limites.
(4) O comportamento estrutural a temperaturas elevadas deverá ser avaliado de acordo com as EN 1992 a
EN 1996 e com a EN 1999, que apresentam, para essa análise, modelos térmicos e estruturais.
(5) Nos casos em que seja relevante para o material específico e para o método de avaliação, deverá ter-se
em conta que:
os modelos térmicos poderão basear-se na hipótese de uma temperatura uniforme ou não uniforme ao
longo das secções transversais e ao longo dos elementos;
os modelos estruturais poderão ser limitados a uma análise dos elementos isolados ou poderão considerar a
interacção entre os elementos durante a exposição ao fogo.
(6) Os modelos de comportamento mecânico dos elementos estruturais a temperaturas elevadas deverão ser
não lineares.
NOTA: Ver também as EN 1991 a EN 1999.
(2)P O projecto apoiado em resultados de ensaios deve assegurar o nível de fiabilidade necessário para a
situação de projecto em causa. A incerteza estatística devida a um número limitado de resultados de ensaios
deve ser tida em conta.
NP
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6.1 Generalidades
(1) P Quando se utilizar o método dos coeficientes parciais, deve verificar-se, para todas as situações de
projecto, que nenhum estado limite é excedido quando se utilizam, nos modelos de cálculo, os valores de
cálculo das acções ou dos efeitos das acções e das resistências.
(2) Para as situações de projecto seleccionadas e correspondentes estados limites, as acções relativas aos
diferentes casos de carga deverão ser combinadas como especificado nesta secção. No entanto, as acções
que, por exemplo, devido a razões físicas, não podem ocorrer simultaneamente, não deverão ser consideradas
na mesma combinação.
(3) Os valores de cálculo deverão ser obtidos utilizando:
o valor característico; ou
outros valores representativos;
em combinação com os coeficientes parciais e outros coeficientes, como definidos nesta secção e nas
EN 1991 a EN 1999.
(4) Pode ser apropriado determinar directamente os valores de cálculo, caso em que deverão, então, ser
escolhidos valores conservativos.
(5) P Os valores de cálculo determinados directamente com base estatística devem corresponder, para os
diversos estados limites, pelo menos ao mesmo grau de fiabilidade implícito nos coeficientes parciais
estabelecidos nesta Norma.
6.2 Limitações
(1) A utilização das Regras de Aplicação indicadas na presente Norma limita-se às verificações dos estados
limites últimos e de utilização das estruturas sujeitas a acções estáticas, incluindo os casos em que os efeitos
dinâmicos são avaliados a partir de acções quase-estáticas equivalentes e de coeficientes de amplificação
dinâmica, por exemplo, no caso das acções do vento ou do tráfego. Para a análise não linear e para a fadiga
deverão aplicar-se as regras específicas indicadas em diversas Partes das EN 1991 a EN 1999.
Frep ψ Fk (6.1b)
em que:
Fk valor característico da acção;
NP
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em que: γ
ad valor de cálculo das grandezas geométricas (ver 6.3.4);
com:
E γ
γF,i γSd γf ,i
(6.2b)
NOTA: Quando for apropriado, por exemplo, nos casos em que intervêm acções geotécnicas, podem aplicar-se coeficientes
parciais F,i aos efeitos das acções consideradas separadas ou pode aplicar-se, globalmente, apenas um determinado coeficiente F
ao efeito da combinação de acções com coeficientes parciais adequados.
(3)P Nos casos em que tenha de ser feita uma distinção entre efeitos favoráveis e desfavoráveis das acções
permanentes, devem utilizar-se dois coeficientes parciais diferentes (G,inf e G,sup).
(4) Para a análise não linear (isto é, quando a relação entre as acções e os respectivos efeitos não é linear),
poderão considerar-se, no caso de uma única acção predominante, as seguintes regras simplificadas:
a) quando a taxa de variação do efeito da acção é maior do que a correspondente taxa de variação da acção,
o coeficiente parcial F deverá ser aplicado ao valor representativo da acção;
b) quando a taxa de variação do efeito da acção é menor do que a correspondente taxa de variação da acção,
o coeficiente parcial F deverá ser aplicado ao efeito do valor representativo da acção.
NOTA: Com excepção das estruturas de cabo e de membrana, a maioria das estruturas ou dos elementos estruturais pertence à
categoria a).
(5) Nos casos em que sejam descritos métodos mais rigorosos nas EN 1991 a EN 1999 (por exemplo, para as
estruturas pré-esforçadas), esses métodos deverão ser utilizados em vez do método indicado em 6.3.2(4).
NP
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em que:
Xk valor característico da propriedade do material ou do produto (ver 4.2(3)) ;
valor médio do factor de conversão que tem em conta:
os efeitos de volume e de escala;
os efeitos da humidade e da temperatura;
quaisquer outros parâmetros relevantes;
m coeficiente parcial relativo à propriedade do material ou do produto que tem em conta:
a possibilidade de um desvio desfavorável da propriedade do material ou do produto em relação ao
correspondente valor característico;
a parcela aleatória do factor de conversão .
(2) Em alternativa, nos casos apropriados, o factor de conversão poderá ser:
implicitamente considerado no próprio valor característico; ou
utilizando M em vez de m (ver a expressão (6.6b)).
NOTA: O valor de cálculo pode ser estabelecido por diferentes meios, nomeadamente a partir de:
relações empíricas com propriedades físicas medidas; ou
composição química; ou
experiência anterior; ou
valores indicados em normas europeias ou noutros documentos adequados.
PI
6.3.4 Valores de cálculo das grandezas geométricas
(1) Os valores de cálculo das grandezas geométricas como, por exemplo, as dimensões dos elementos que
nominais: ess
são utilizadas para avaliar os efeitos das acções e/ou as resistências, poderão ser representados por valores
ad = anom (6.4)
(2)P Nos casos em que os efeitos dos desvios das grandezas geométricas (como, por exemplo, imprecisão na
posição de cargas ou na localização dos apoios) são significativos para a fiabilidade da estrutura (por
exemplo, devido a efeitos de segunda ordem), os valores de cálculo das grandezas geométricas devem ser
definidos por:
ad anom a (6.5)
em que:
a tem em conta:
a possibilidade de desvios desfavoráveis em relação aos valores característicos ou nominais;
o efeito cumulativo de uma ocorrência simultânea de vários desvios geométricos.
NP
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NOTA 1: ad pode também representar as imperfeições geométricas em que anom = 0 (ou seja, a 0).
NOTA 2: Em certos casos, as EN 1991 a EN 1999 fornecem outras indicações.
(3) Os efeitos de outros desvios deverão ser cobertos por coeficientes parciais:
relativos às acções (F); e/ou
relativos às resistências (M).
NOTA: As tolerâncias estão definidas nas normas sobre execução referidas nas EN 1990 a EN 1999.
X
R ; ad i 1 (6.6a)
k,i
γM,i
em que:
d
R ηi
γM,i γRd γm,i (6.6b)
NOTA: i poderá ser incluído em M,i (ver 6.3.3(2)).
(3) Em alternativa à expressão (6.6a), o valor de cálculo da resistência poderá ser obtido directamente do
valor característico da resistência de um material ou de um produto, sem determinação explícita dos valores
de cálculo das variáveis básicas individuais, pela seguinte expressão:
Rk
R
d (6.6c)
γM
NOTA: Esta alternativa aplica-se a produtos ou elementos constituídos por um único material (como, por exemplo, aço) e, também,
em ligação com o Anexo D “Projecto com apoio experimental”.
(4) Em alternativa às expressões (6.6a) e (6.6c) para as estruturas ou elementos estruturais que são analisados
por métodos não lineares e que incluem mais de um material actuando em conjunto ou nos casos em que as
propriedades do terreno afectam o valor de cálculo da resistência, pode utilizar-se a seguinte expressão para
o valor de cálculo da resistência:
1
R γm,1
d R η1 X k,1 ; ηi X ; ad (6.6d)
γ M,1 k,i(i1)
γ m,i
NOTA: Em certos casos, o valor de cálculo da resistência pode ser obtido aplicando directamente coeficientes parciais M às
resistências individuais relativas às propriedades dos materiais.
NP
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6.4.1 Generalidades
(1) P Devem ser verificados, quando pertinente, os seguintes estados limites últimos:
a) EQU: perda de equilíbrio estático do conjunto ou de parte da estrutura considerada como corpo rígido, em
que:
sejam significativas pequenas variações no valor ou na distribuição espacial das acções com uma
mesma origem; e
não sejam, em geral, condicionantes as resistências dos materiais de construção ou do terreno;
b) STR: rotura ou deformação excessiva da estrutura ou dos elementos estruturais, incluindo sapatas, estacas,
muros de caves, etc., em que a resistência dos materiais da estrutura é condicionante;
c) GEO: rotura ou deformação excessiva do terreno em que as características resistentes do solo ou da rocha
são significativas para a resistência da estrutura;
d) FAT: rotura por fadiga da estrutura ou dos elementos estruturais.
NOTA: Para o cálculo da fadiga, as combinações de acções estão indicadas nas EN 1992 a EN 1999.
(2) P Os valores de cálculo das acções devem estar de acordo com o estipulado no Anexo A.
em que:
Ed,dst valor de cálculo do efeito das acções não estabilizantes;
Ed,stb valor de cálculo do efeito das acções estabilizantes.
(2) Em alguns casos, as condições relativas ao estado limite de equilíbrio estático poderão incluir termos
adicionais, como, por exemplo, um coeficiente de atrito entre corpos rígidos.
(3) P Quando se considera um estado limite de rotura ou de deformação excessiva de uma secção, de um
elemento ou de uma ligação (STR e/ou GEO), deve verificar-se que:
Ed Rd (6.8)
em que:
Ed valor de cálculo do efeito das acções, tal como um esforço ou um vector representando vários esforços;
Rd valor de cálculo da resistência correspondente.
NOTA 1: No Anexo A são fornecidas informações mais pormenorizadas relativas às verificações STR e GEO.
NOTA 2: A expressão (6.8) não cobre todos os modelos de verificação da encurvadura, ou seja, o colapso que ocorre nos casos
em que os efeitos de segunda ordem não podem ser limitados pela resposta estrutural, ou por uma resposta estrutural aceitável (ver
as EN 1992 a EN 1999).
NP
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6.4.3.1 Generalidades
(1) P Para cada caso de carga, os valores de cálculo dos efeitos das acções (Ed) devem ser determinados
combinando os valores das acções que se consideram poder ocorrer simultaneamente.
(2) Cada combinação de acções deverá incluir:
uma acção variável de base da combinação; ou
uma acção de acidente.
(3) As combinações de acções deverão estar de acordo com o disposto em 6.4.3.2 a 6.4.3.4.
(4) P Quando os resultados de uma verificação dependerem, de forma muito sensível, das variações da
intensidade de uma acção permanente de zona para zona da estrutura, as componentes desfavoráveis e
favoráveis dessa acção devem ser consideradas como acções individualizadas.
NOTA: Isto aplica-se, em particular, à verificação do equilíbrio estático e dos estados limites análogos (ver 6.4.2(2)).
(5) Nos casos em que vários efeitos de uma acção (como, por exemplo, o momento flector e o esforço
normal devidos ao peso próprio) não estiverem totalmente correlacionados, poderá ser reduzido o coeficiente
parcial aplicado a qualquer componente favorável.
NOTA: Para mais orientações sobre este assunto, ver as secções relativas a efeitos vectoriais nas EN 1992 a EN 1999.
(6) Sempre que relevante, deverão ser tidas em conta as deformações impostas.
NOTA: Para mais orientações, ver 5.1.2.4(P) e as EN 1992 a EN 1999.
(3) A combinação de acções entre chavetas { }, em (6.9b), poderá ser expressa como:
γG, jGk,j"+"γP P"+"γQ,1Qk,1"+" γQ,iψ0,iQk,i
(6.10)
j1 i 1
NP
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ou, em alternativa para os estados limites STR e GEO, a menos favorável das duas expressões seguintes:
γG, jGk, j "" γP P"" γQ,1ψ 0,1Qk ,1""
γQ,iψ 0,i Qk ,i (6.10a)
j1 i1
γ
ξ G γ "" P""
γ Q "" γ ψ Q
j G, k, j P Q,1 k,1 Q,i 0,i k,i
(6.10b)
j i
1
j1
em que:
"+" significa “a combinar com”;
significa “o efeito combinado de”;
(4) Se a relação entre as acções e os respectivos efeitos não for linear, as expressões (6.9a) ou (6.9b) deverão
ser aplicadas directamente, tendo em conta o aumento relativo dos efeitos das acções face ao aumento da
intensidade das acções (ver também 6.3.2(4)).
E d EG k , ; P ; ; 1, ou ψ 2,1)Qk , ; ψ2
Qk ,i
j1;i (6.11a)
Ad (ψ 1 1 ,i
1
(3) A escolha entre 1,1Qk,1 ou 2,1Qk,1 deverá ter em conta a situação de projecto acidental considerada
(impacto, incêndio ou sobrevivência após uma situação de acidente).
NOTA: Nas Partes pertinentes das EN 1991 a EN 1999 são fornecidas orientações sobre esta matéria.
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6.5.1 Verificações
(1)P Deve verificar-se que:
E d Cd (6.13)
em que:
Cd valor de cálculo correspondente ao valor limite do critério de utilização;
Ed valor de cálculo dos efeitos das acções especificadas no critério de utilização, determinado com base
na combinação em causa.
na qual a combinação de acções entre chavetas { } (designada por combinação característica) pode ser
expressa por:
Gk, j "+ " P "+ " Qk,1 "+ " ψ0,i (6.14b)
Qk,i
j1 i1
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na qual a combinação de acções entre chavetas { } (designada por combinação frequente) pode ser expressa
por:
na qual a combinação de acções entre chavetas { } (designada por combinação quase-permanente) pode ser
expressa por:
(3) Para o valor representativo da acção de pré-esforço (isto é, Pk ou Pm), deverá ser feita referência ao
Eurocódigo aplicável ao tipo de pré-esforço em consideração.
(4)P Os efeitos das acções devidas a deformações impostas devem ser considerados nos casos pertinentes.
NOTA: Em certos casos, as expressões (6.14) a (6.16) requerem modificação, sendo apresentadas, para esse efeito, regras
pormenorizadas nas Partes aplicáveis das EN 1991 a EN 1999.
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Anexo A1
(normativo)
Aplicação a edifícios
A1.2.1 Generalidades
(1) Os efeitos das acções que, por motivos físicos ou funcionais, não podem actuar simultaneamente, não
deverão ser considerados em conjunto nas combinações de acções.
NOTA 1: Dependendo das suas utilizações e da forma e da localização de um edifício, as combinações de acções poderão basear-
se em não mais que duas acções variáveis.
NOTA 2: Nos casos em que, por razões de natureza geográfica, sejam necessárias modificações de A1.2.1(2) e A1.2.1(3), elas
podem ser definidas no Anexo Nacional.
(2) As combinações de acções indicadas nas expressões (6.9a) a (6.12b) deverão ser utilizadas para
verificação dos estados limites últimos.
(3) As combinações de acções indicadas nas expressões (6.14a) a (6.16b) deverão ser utilizadas para
verificação dos estados limites de utilização.
(4) As combinações de acções que incluem forças de pré-esforço deverão ser consideradas como se indica
nas EN 1992 a EN 1999.
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(2) Na aplicação dos Quadros A1.2(A) a A1.2(C), nos casos em que o estado limite é muito sensível a
variações da grandeza das acções permanentes, os valores característicos superior e inferior das acções
deverão ser tomados de acordo com 4.1.2(2)P.
(3) O equilíbrio estático (EQU, ver 6.4.1) das estruturas de edifícios deverá ser verificado utilizando os
valores de cálculo das acções indicados no Quadro A1.2(A).
(4) O projecto dos elementos estruturais (STR, ver 6.4.1) que não envolva acções geotécnicas deverá ser
verificado utilizando os valores de cálculo das acções indicados no Quadro A1.2(B).
NP
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(5) O projecto dos elementos estruturais (sapatas, estacas, muros de caves, etc.) (STR) que envolva acções
geotécnicas e a resistência do terreno (GEO, ver 6.4.1) deverão ser verificados utilizando uma das três
abordagens seguintes, complementadas, para aquelas acções e resistências, pela EN 1997:
Abordagem 1: aplicação, em cálculos separados, dos valores de cálculo do Quadro A1.2(C) e do Quadro
A1.2(B) às acções geotécnicas, assim como às outras acções sobre a estrutura ou dela provenientes. Nos
casos correntes, o dimensionamento das fundações é determinado pelo Quadro A1.2(C) e a resistência
estrutural é determinada pelo Quadro A1.2(B);
NOTA: Em certos casos, a aplicação destes quadros é mais complexa (ver a EN 1997).
Abordagem 2: aplicação dos valores de cálculo do Quadro A1.2(B) às acções geotécnicas, assim como às
outras acções sobre a estrutura ou dela provenientes;
Abordagem 3: aplicação dos valores de cálculo do Quadro A1.2(C) às acções geotécnicas,
simultaneamente com a aplicação dos coeficientes parciais do Quadro A1.2(B) às outras acções sobre a
estrutura ou dela provenientes.
NOTA: A escolha entre as abordagens 1, 2 ou 3 é estabelecida no Anexo Nacional.
(6) A estabilidade global das estruturas de edifícios (por exemplo, a estabilidade de um talude onde esteja
implantado um edifício) deverá ser verificada de acordo com a EN 1997.
(7) As roturas por acções de natureza hidráulica incluindo subpressões (por exemplo, na base de uma
escavação para a estrutura de um edifício) deverão ser verificadas de acordo com a EN 1997.
NP
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Quadro A1.3 – Valores de cálculo das acções a utilizar nas situações de projecto acidentais e sísmicas
Acidentais *)
Gkj,sup Gkj,inf Ad 1,1 ou 2,1 Qk,1 2,i Qk,i
(Expressões 6.11a/b)
Sísmicas
Gkj,sup Gkj,inf IAEk ou AEd 2,i Qk,i
(Expressões 6.12a/b)
*)
No caso de situações de projecto acidentais, a acção variável principal poderá ser tomada com o seu valor frequente
ou, como no caso das combinações de acções em situações sísmicas, com os seu valor quase-permanente. A escolha
será feita no Anexo Nacional, dependendo da acção de acidente em consideração. Ver também a EN 1991-1-2.
**)
As acções variáveis são as consideradas no Quadro A1.1.
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(2) Os critérios de utilização deverão ser especificados para cada projecto e acordados com o dono de obra.
NOTA: Os critérios de utilização poderão ser definidos no Anexo Nacional.
m o
(2) Os deslocamentos verticais estão representados esquematicamente na Figura A1.1.
cu
çã
em que:
u
Figura A1.1 – Definição dos deslocamentos verticais
(4) Se o aspecto da estrutura estiver a ser verificado, deverá utilizar-se a combinação quase-permanente
(expressão 6.16b).
(5) Se estiver a ser verificado o conforto dos utentes, ou o funcionamento de máquinas, a análise deverá ter
em conta os efeitos das acções variáveis relevantes.
NP
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(6) As deformações a longo prazo devidas à retracção, à relaxação ou à fluência, deverão ser consideradas
sempre que for relevante e calculadas com base nos efeitos das acções permanentes e nos valores quase-
permanentes das acções variáveis.
(7) Os deslocamentos horizontais são representados esquematicamente na Figura A1.2.
e
o
ento
Figura A1.2 – Definição dos deslocamentos horizontais
em que:
u
m
deslocamento horizontal global à altura H do edifício;
ui deslocamento horizontal à altura Hi de um piso.
A1.4.4 Vibrações
(1) Para se obter um comportamento satisfatório dos edifícios e dos seus elementos estruturais sob a acção de
vibrações nas condições de utilização, deverão ser considerados, entre outros, os seguintes aspectos:
a) o conforto dos utentes;
b) o funcionamento da estrutura ou dos seus elementos estruturais (por exemplo, fendas em divisórias, danos
nos revestimentos, sensibilidade do recheio do edifício às vibrações).
Outros aspectos deverão ser considerados para cada projecto e acordados com o dono de obra.
(2) Para que o estado limite de utilização de uma estrutura ou de um elemento estrutural não seja excedido
quando sujeito a vibrações, a frequência própria das vibrações da estrutura ou do elemento estrutural deverá
ser mantida acima de valores apropriados, que dependem da função do edifício e da origem da vibração, e
que são acordados com o dono de obra e/ou com a autoridade competente.
(3) Se a frequência própria das vibrações da estrutura for inferior ao valor apropriado, deverá ser efectuada
uma análise mais pormenorizada da resposta dinâmica da estrutura, incluindo a consideração do
amortecimento.
NOTA: Para mais orientações, ver a EN 1991-1-1, a EN 1991-1-4 e a ISO 10137.
(4) As possíveis origens das vibrações que deverão ser consideradas incluem a circulação de pessoas, os
movimentos sincronizados de pessoas, o funcionamento de máquinas, as vibrações transmitidas às fundações
pelo tráfego e as acções do vento. Estas e outras origens deverão ser especificadas para cada projecto e
acordadas com o dono de obra.
NP
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Anexo B
(informativo)
(2) A abordagem adoptada neste Anexo recomenda os seguintes métodos de gestão da fiabilidade estrutural
das construções (relativamente aos estados limites últimos, excluindo a fadiga):
a) Em relação a 2.2(5)b, são introduzidas classes que se baseiam nas consequências pressupostas para o
colapso e na exposição da construção aos cenários de acidente. Em B.3 é indicado um procedimento para
permitir uma certa diferenciação nos coeficientes parciais das acções e das resistências correspondentes às
diferentes classes.
NOTA: A classificação da fiabilidade pode ser representada por índices (ver o Anexo C) que têm em conta a variabilidade
estatística aceite ou admitida dos efeitos das acções, resistências e incertezas dos modelos.
b) Em relação a 2.2(5)c e 2.2(5)d, apresenta-se em B.4 e B.5 um procedimento para permitir, entre os
diversos tipos de construção, uma diferenciação nos requisitos dos níveis de qualidade do projecto e do
processo de execução.
NOTA: As medidas de gestão e controlo da qualidade relativas ao projecto, às disposições construtivas e à execução, indicadas em
B.4 e B.5, pretendem impedir o colapso devido a erros grosseiros e garantir as resistências previstas no projecto.
(3) Esta metodologia foi formulada de forma a constituir um enquadramento que permita, caso seja desejado,
a utilização de diferentes níveis de fiabilidade.
B.2 Símbolos
No presente Anexo utilizam-se os seguintes símbolos:
KFI coeficiente aplicável às acções para a diferenciação da fiabilidade;
índice de fiabilidade.
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Quadro B.2 – Valores mínimos recomendados para o índice de fiabilidade (estados limites últimos)
Valores mínimos de
Classe de fiabilidade
Período de referência Período de referência
de 1 ano de 50 anos
NOTA: De uma forma geral, considera-se que um projecto baseado na EN 1990 com os coeficientes parciais indicados no Anexo
A1 e nas EN 1991 a EN 1999 conduz a uma estrutura com um valor de superior a 3,8 para um período de referência de 50 anos.
As classes de fiabilidade dos elementos da estrutura acima de RC3 não são consideradas neste Anexo, pois para cada um desses
elementos é requerido um estudo específico.
Classe de fiabilidade
Coeficiente KFI para as acções
RC1 RC2 RC3
KFI 0,9 1,0 1,1
NOTA: KFI deverá ser aplicado apenas às acções desfavoráveis. No caso particular da classe RC3, dá-se preferência a outras
medidas descritas neste Anexo em vez da utilização de coeficientes KFI.
(2) A diferenciação da fiabilidade poderá também ser feita através dos coeficientes parciais da resistência M,
embora tal não seja normalmente utilizado. Uma excepção é a verificação em relação à fadiga (ver a
EN 1993 e também B.6).
(3) Medidas de acompanhamento, como, por exemplo, o nível de controlo da qualidade do projecto e da
execução da estrutura, poderão estar associadas às classes de F. Neste Anexo, adoptou-se um sistema de três
níveis de controlo nas fases de projecto e de execução. Sugerem-se níveis de supervisão do projecto e níveis
de inspecção associados às classes de fiabilidade.
(4) Pode haver casos (por exemplo, postes de iluminação, mastros, etc.) em que, por motivos de economia, se
possa aceitar para a estrutura a classe RC1, desde que se adoptem níveis mais elevados de supervisão do
projecto e de inspecção.
NP
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(3) A diferenciação da supervisão do projecto poderá também incluir uma classificação dos projectistas e/ou
dos revisores do projecto (verificadores, entidades de verificação, etc.), em função da sua competência e
experiência e da sua organização interna, tendo em conta o tipo de construção em projecto.
NOTA: O tipo de construção, os materiais utilizados e as formas estruturais podem influir nesta classificação.
(4) Em alternativa, a diferenciação da supervisão do projecto pode consistir numa avaliação mais
pormenorizada da natureza e da grandeza das acções às quais a estrutura tem de resistir, ou num sistema de
controlo das acções para restringir, activa ou passivamente, tais acções.
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NOTA: Os níveis de inspecção definem as matérias e o âmbito da inspecção dos produtos e da execução das obras. As regras irão,
portanto, variar de um material estrutural para outro, e são indicadas nas normas de execução aplicáveis.
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Anexo C
(informativo)
C.2 Símbolos
No presente Anexo utilizam-se os seguintes símbolos:
E coeficiente de sensibilidade FORM (First Order Reliability Method) para os efeitos das acções
A probabilidade de ruína pode entender-se, em sentido lato, como a probabilidade de ultrapassar um dado nível de desempenho
requerido. Pf é o complemento de Ps (nota nacional).
NP
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índice de fiabilidade
X desvio padrão de X
VX coeficiente de variação de X
C.3 Introdução
(1) No método dos coeficientes parciais são atribuídos valores de cálculo às variáveis básicas
(nomeadamente acções, resistências e grandezas geométricas) utilizando coeficientes parciais e coeficientes
, e faz-se uma verificação para assegurar que nenhum estado limite relevante é excedido (ver C.7).
NOTA: A secção 6 trata dos valores de cálculo das acções e dos seus efeitos, dos valores de cálculo das propriedades dos
materiais e dos produtos e das grandezas geométricas.
(2) Em princípio, os valores numéricos dos coeficientes parciais e dos coeficientes podem ser
determinados por qualquer das seguintes formas:
a) efectuando a sua calibração com base na experiência da prática da construção tradicional;
NOTA: Baseia-se neste critério a maioria dos valores dos coeficientes parciais e dos coeficientes propostos nos Eurocódigos
actualmente disponíveis.
(3) Tanto nos métodos de nível II como nos de nível III, a medida de fiabilidade deverá ser identificada com
a probabilidade de sobrevivência Ps = (1 - Pf), em que Pf é a probabilidade de ruína para o modo de ruína em
consideração, relativamente a um período de referência adequado. Se a probabilidade de ruína calculada for
superior a um valor objectivo predefinido P0, deverá considerar-se que a estrutura não é segura.
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NOTA: A “probabilidade de ruína” e o correspondente índice de fiabilidade (ver C.5) são apenas valores conceptuais que não
representam, necessariamente, as frequências de ruína reais mas são utilizados como valores operacionais para efeitos de
calibração de regulamentos e de comparação dos níveis de fiabilidade das estruturas.
(4) Os Eurocódigos foram baseados, principalmente, no método a (ver a Figura C.1). O método c ou outros
métodos equivalentes foram utilizados no desenvolvimento posterior dos Eurocódigos.
cta
NOTA: Um exemplo de um método equivalente é o dimensionamento com apoio experimental (ver o Anexo D).
Métodos determinísticos
e Métodos probabilísticos
ld
Métodos históricos Métodos empíricos FORM Totalmente probabilísticos (Nível III)
(Nível II)
o o eibi
Calibração
m
çã
Métodos semiprobabilísticos (Nível I)
o
Método c
cudu
od
Método a Cálculo pelos
coeficientes parciais
Método b
r
p
Figura C.1 – Enquadramento geral dos métodos de fiabilidade
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(2) A probabilidade de ruína Pf pode ser expressa por uma função de desempenho g tal que uma estrutura
sobrevive se g > 0 e colapsa se g 0:
Pf = Prob(g 0) (C.2a)
Se R é a resistência e E o efeito das acções, a função de desempenho g é:
g=R–E (C.2b)
em que R, E e g são variáveis aleatórias.
(3) Se g tiver uma distribuição normal, é obtido por:
µg
β
σg (C.2c)
em que:
µg valor médio de g;
g respectivo desvio padrão;
tendo-se:
µg βσg 0 (C.2d)
e
Pf
Prob(g 0) Prob( g µg βσg ) (C.2e)
Φ( βn )Φ( β1)
n
(C.3)
em que:
n índice de fiabilidade para um período de referência de n anos;
1 índice de fiabilidade para um ano.
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Quadro C.2 – Índice de fiabilidade alvo para elementos estruturais da classe RC2 1)
(2) A frequência real de ruína de uma estrutura depende significativamente de erros humanos, o que não é
considerado no cálculo dos coeficientes parciais (ver o Anexo B). Assim, não indica, necessariamente, a
frequência real da ruína estrutural.
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o
(S) limite de ruína g = R – E = 0
P ponto de cálculo
Figura C.2 – Ponto de cálculo e índice de fiabilidade de acordo como o método de fiabilidade de primeira
ordem (FORM) para variáveis com distribuição normal e não correlacionadas
(2) Os valores de cálculo deverão basear-se nos valores das variáveis básicas no ponto de cálculo do FORM,
que pode ser definido como o ponto na superfície de ruína (g = 0) mais próximo do ponto médio no espaço
de variáveis normalizadas (conforme indicado em diagrama na Figura C.2).
(3) Os valores de cálculo dos efeitos das acções Ed e das resistências Rd deverão ser definidos de tal forma
que a probabilidade de se ter um valor mais desfavorável seja a seguinte:
P(E > Ed ) = (+E) (C.6a)
P(R Rd ) = (-R) (C.6b)
em que:
índice de fiabilidade alvo (ver C.6);
E e R, com || 1, são os valores dos coeficientes de sensibilidade do FORM. O valor de é negativo para
as acções desfavoráveis e os efeitos das acções, e positivo para as resistências.
E e R poderão ser tomados, respectivamente, iguais a - 0,7 e 0,8, desde que:
0,16 < E/R < 7,6 (C.7)
em que E e R são, respectivamente, os desvios padrão do efeito da acção e da resistência nas expressões
(C.6a) e (C.6b). Tal corresponde a:
P(E > Ed ) = (-0,7) (C.8a)
P(R Rd ) = (-0,8) (C.8b)
(4) Nos casos em que a condição (C.7) não é satisfeita, deverá utilizar-se = ± 1,0 para a variável com o
maior desvio padrão, e = ± 0,4 para a variável com o menor desvio padrão.
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(5) Quando o modelo das acções contém várias variáveis básicas, a expressão (C.8a) deverá ser utilizada
apenas para a variável de base da combinação. Para as acções acompanhantes, os valores de cálculo poderão
ser definidos por:
P (E > Ed) = (-0,40,7) = (-0,28) (C.9)
NOTA: Para = 3,8, os valores definidos pela expressão (C.9) correspondem aproximadamente ao quantilho de 0,90.
(6) As expressões indicadas no Quadro C.3 deverão ser utilizadas para determinar os valores de cálculo das
variáveis com a distribuição de probabilidade nele indicada.
Quadro C.3 - Valores de cálculo para diversas funções de distribuição
NOTA: Nestas expressões, e V são, respectivamente, o valor médio, o desvio padrão e o coeficiente de variação de uma dada
variável. Para as acções variáveis, esses valores deverão basear-se no mesmo período de referência considerado para
(7) Um método para determinação do coeficiente parcial correspondente consiste em dividir o valor de
cálculo de uma acção variável pelo seu valor representativo ou característico.
(3) Os valores de cálculo das acções F, das propriedades dos materiais X e das grandezas geométricas a são
indicados nas expressões (6.1), (6.3) e (6.4), respectivamente.
Nos casos em que se utiliza um valor superior para o valor de cálculo da resistência (ver 6.3.3), a expressão
(6.3) toma a forma:
Xd = fM Xk,sup (C.10)
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b) Relativamente às resistências, o formato geral é obtido pelas expressões (6.6), e poderão ser indicadas
outras simplificações no Eurocódigo de materiais aplicável. As simplificações só deverão ser feitas se não
reduzirem o nível de fiabilidade.
NOTA: Nos Eurocódigos encontram-se com frequência modelos não lineares da resistência e das acções e modelos de acções ou
resistências de múltiplas variáveis. Nestes casos, as relações acima descritas tornam-se mais complexas.
F
Incerteza na modelação das acções e dos efeitos das acções
Sd
M
Incerteza nas propriedades dos materiais
m
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C.10 Coeficientes 0
(1) No Quadro C.4 estão indicadas expressões para obtenção dos coeficientes 0 (ver a secção 6) no caso de
duas acções variáveis.
(2) As expressões indicadas no Quadro C.4 foram determinadas nas seguintes hipóteses e condições:
as duas acções a combinar são independentes uma da outra;
o período básico (T1 ou T2) para cada acção é constante; T1 é o período básico maior;
os valores das acções nos respectivos períodos básicos são constantes;
as intensidades de uma acção nos períodos básicos não estão correlacionadas;
as duas acções pertencem a processos ergódicos.
(3) As funções de distribuição do Quadro C.4 referem-se aos máximos no período de referência T. Estas
funções de distribuição são funções globais que tomam em conta a probabilidade de o valor de uma acção ser
zero durante certos períodos.
1
com ' (0,7 ) / N1
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Anexo D
(informativo)
D.2 Símbolos
No presente Anexo utilizam-se os seguintes símbolos:
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ree valor extremo (máximo ou mínimo) da resistência experimental [ou seja, valor de re que mais
se desvia do valor médio rem ]
rei resistência experimental do provete i
rem valor médio da resistência experimental
rk valor característico da resistência
rm valor da resistência calculado utilizando os valores médios Xm das variáveis básicas
rn valor nominal da resistência
rt resistência teórica determinada a partir da função de resistência grt ( X )
rti resistência teórica determinada utilizando os parâmetros medidos X relativos ao provete i
s valor estimado do desvio padrão
s valor estimado de
s valor estimado de
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(3) Os tipos de ensaios (e), (f) e (g) poderão ser considerados como ensaios de recepção nos casos em que
não estejam disponíveis resultados de ensaios na fase de projecto. Os valores de cálculo deverão ser
estimativas conservativas que se prevê possam satisfazer, numa fase posterior, os critérios de recepção
(ensaios (e), (f) e (g)).
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as temperaturas;
a humidade relativa;
o tipo de carregamento, por deformação ou controlo de forças, etc.
A sequência de aplicação das cargas deverá ser definida de forma a representar a utilização prevista para o
elemento estrutural, em condições de utilização normais e severas. As interacções entre a resposta estrutural
e os dispositivos utilizados para aplicação das cargas deverão ser tidas em conta sempre que forem
relevantes.
Quando o comportamento estrutural depender dos efeitos de uma ou mais acções que não variem de modo
sistemático, esses efeitos deverão ser especificados pelos seus valores representativos.
Dispositivos de ensaio
O equipamento de ensaio deverá ser o adequado para o tipo de ensaios e para a gama de medições prevista.
Deverá ser dada especial atenção às disposições destinadas a garantir resistência e rigidez suficientes nos
dispositivos de apoio e de aplicação das cargas, espaço necessário aos deslocamentos, etc.
Medições
Antes da realização dos ensaios, deverá ser elaborada uma lista de todas as propriedades relevantes que
devem ser medidas em cada provete de ensaio. Deverá também ser elaborada uma lista que inclua:
a) a localização das medições;
b) os procedimentos de registo dos resultados, incluindo, caso seja relevante:
a evolução das deformações no tempo;
as velocidades;
as acelerações;
as extensões;
as forças e pressões;
as frequências;
a precisão das medições;
os aparelhos de medida adequados.
Análise dos resultados e relatório dos ensaios
Consultar D.5 a D.8 para orientações específicas. Deverão ser referidas as normas nas quais os ensaios se
baseiam.
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NOTA: Em geral, dá-se preferência ao método a) desde que o valor do coeficiente parcial seja determinado a partir do método de
cálculo normal (ver (3)).
(2) A determinação de um valor característico a partir de ensaios (método D.5(1)a)) deverá ter em conta:
a) a dispersão dos resultados dos ensaios;
b) a incerteza estatística associada ao número de ensaios;
c) o conhecimento estatístico prévio.
(3) O coeficiente parcial a aplicar a um valor característico deverá ser obtido no Eurocódigo aplicável, desde
que haja uma semelhança suficiente entre os ensaios e o domínio de aplicação corrente do coeficiente parcial
tal como utilizado nas verificações numéricas.
(4) Se a resposta da estrutura ou do elemento estrutural ou a resistência do material depender de influências
que não estejam suficientemente contempladas nos ensaios, como, por exemplo:
os efeitos de tempo e de duração;
os efeitos de escala e de dimensão;
as diferentes condições ambientais, de carregamento e de fronteira;
os efeitos da resistência;
o modelo de cálculo deverá ter em conta, de modo adequado, essas influências.
(5) Em casos especiais, quando se utiliza o método indicado em D.5(1)b), ao determinar os valores de
cálculo deverá ter-se em conta :
os estados limites;
o nível de fiabilidade requerido;
a compatibilidade com as hipóteses associadas às acções (expressão C.8a));
o tempo de vida útil de projecto requerido, quando apropriado;
o conhecimento prévio obtido em casos semelhantes.
NOTA: Poderão encontrar-se mais informações em D.6, D.7 e D.8.
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NOTA: Ao nível da interpretação dos resultados dos ensaios, podem distinguir-se três categorias principais:
nos casos em que seja realizado apenas um ensaio (ou um número muito reduzido de ensaios), não é possível efectuar uma
interpretação estatística clássica. Apenas a utilização de uma grande quantidade de informações prévias, associadas às hipóteses
sobre os graus de importância relativa dessas informações e dos resultados dos ensaios, permite apresentar uma interpretação
como sendo estatística (métodos Bayesianos, ver a ISO 12491);
se for realizada uma série de ensaios maior para analisar um parâmetro, poderá ser possível uma interpretação estatística
clássica. Os casos mais correntes são tratados, como exemplos, em D.7. Esta interpretação necessitará ainda de utilizar algumas
informações prévias sobre o parâmetro; no entanto, estas serão normalmente em menor número do que no caso anterior;
quando se realiza uma série de ensaios para calibrar um modelo (como uma função) e um ou mais parâmetros associados, é
possível efectuar uma interpretação estatística clássica.
(3) O resultado da análise de um ensaio só deverá ser considerado válido para as especificações e
características de carga consideradas nos ensaios. Para extrapolação dos resultados visando abranger outros
parâmetros de cálculo e outras cargas, deverão utilizar-se informações adicionais, obtidas em ensaios
anteriores ou em bases teóricas.
Na prática, é muitas vezes preferível utilizar o caso "VX conhecido" com uma estimativa superior
conservativa de VX, em vez de aplicar as regras fornecidas para o caso "VX desconhecido". Além disso, VX ,
quando desconhecido, deverá ser considerado não inferior a 0,10.
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X = η X k(n) = ηd m {1 - k V (D.1)
}
d d X n X
γm γm
em que:
d valor de cálculo do factor de conversão.
NOTA: A avaliação do factor de conversão apropriado depende muito do tipo de ensaio e do tipo de material.
A linha "VX desconhecido" deverá ser utilizada se o coeficiente de variação VX não for previamente
conhecido, tendo, portanto, que ser estimado a partir da amostra como:
1 2
sx = n -1 (xi - mx)
2 (D.2)
V x = s x / mx (D.3)
(3) O coeficiente parcial m deverá ser seleccionado de acordo com o domínio de aplicação dos resultados do
ensaio.
n 1 2 3 4 5 6 8 10 20 30
VX
conhecido 2,31 2,01 1,89 1,83 1,80 1,77 1,74 1,72 1,68 1,67 1,64
VX
desconhecido - - 3,37 2,63 2,33 2,18 2,00 1,92 1,76 1,73 1,64
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Se VX
for desconhecido sy 1
previamente, n 1 (ln xi my )2
D.7.3 Avaliação directa do valor de cálculo para verificações do estado limite último
(1) O valor de cálculo Xd de X deverá ser obtido por:
X d = ηd mX {1 - kd,n V X} (D.4)
Neste caso, d deverá contemplar todas as incertezas não abrangidas pelos ensaios.
(2) kd,n deverá ser obtido a partir do Quadro D.2.
Quadro D.2 – Valores de kd,n para o valor de cálculo relativo a estados limites últimos
n 1 2 3 4 5 6 8 10 20 30
VX
conhecido 4,36 3,77 3,56 3,44 3,37 3,33 3,27 3,23 3,16 3,13 3,04
VX
- - - 11,40 7,85 6,36 5,07 4,51 3,64 3,44 3,04
desconhecido
NOTA 1: Este Quadro baseia-se na hipótese de o valor de cálculo corresponder ao produto Rß = 0,8 3,8 = 3,04 (ver o Anexo C)
e X ter uma distribuição normal. Tal corresponde a uma probabilidade de 0,1 % de se observar um valor inferior.
NOTA 2: Com uma distribuição lognormal, a expressão (D.4) passa a ser:
X d ηd exp my kd,n sy
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(5) Distinguem-se, em D.5(1), dois métodos diferentes para determinação dos valores de cálculo, os quais
são desenvolvidos em D.8.2 e D.8.3. Em D.8.4 são indicadas, adicionalmente, algumas simplificações
possíveis.
Estes métodos são apresentados como uma sucessão discreta de etapas, sendo indicados e comentados alguns
pressupostos relativamente à população de ensaio; estes pressupostos são aplicáveis a alguns dos casos mais
correntes.
D.8.2.1 Generalidades
(1) No procedimento padrão de avaliação são feitas as seguintes hipóteses:
a) a função de resistência é uma função de um conjunto de variáveis independentes X ;
b) dispõe-se de um número suficiente de resultados de ensaios;
c) são quantificadas todas as necessárias propriedades, quer geométricas quer dos materiais;
d) não há correlação (dependência estatística) entre as variáveis da função de resistência;
e) todas as variáveis seguem uma distribuição normal ou lognormal.
NOTA: A adopção de uma distribuição lognormal para uma variável tem a vantagem de não poderem ocorrer valores negativos.
(2) O procedimento padrão para o método referido em D.5(1)a) inclui as sete etapas indicadas em D.8.2.2.1 a
D.8.2.2.7.
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l
oe
Figura D.1 – Diagrama re - rt
(3) Se a função de resistência é exacta e completa, todos os pontos situam-se sobre a recta com 4 . Na
prática, os pontos terão alguma dispersão, mas as causas de qualquer desvio sistemático em relação àquela
recta deverão ser investigadas para verificar se tal traduz erros nos métodos de ensaio ou na função de
resistência.
b
re rt
2
(D.7)
rt
(2) O valor médio da função de resistência teórica, calculado utilizando os valores médios Xm das variáveis
básicas, pode ser obtido por:
rm = b rt X m = bgrt X m (D.8)
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(4) O valor estimado s2 para 2 deverá ser obtido por:
s
2 1 n 2
(D.12)
n 1 i1 i
(5) A expressão:
V exp(s2 ) 1 (D.13)
(4) Ao determinar os coeficientes de quantilho, kn , (ver a Etapa 7), o valor de kn para os subconjuntos poderá
ser determinado com base no número total de ensaios da série original.
NOTA: Chama-se a atenção para o facto de a distribuição de frequências, relativamente à resistência, poder ser melhor descrita
por uma função bimodal ou multimodal. Podem utilizar-se técnicas especiais de aproximação para transformar estas funções numa
distribuição unimodal.
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(2) Em alternativa, para pequenos valores de V2 e V Xi2, poderá utilizar-se a seguinte aproximação de V :r
V2 V2V2
(D.15a)
r rt
com:
j
V2
rt
V Xi2 (D.15b)
i1
VARg rt (X) 1
V
2
grt
j
(D.16b)
σ 2
rt
g rt2 ( Xm ) g2rt X i
m i1
i
(4) Se o número de ensaios for limitado (por exemplo n < 100), deverão ter-se em consideração as incertezas
estatísticas na distribuição de . A distribuição deverá ser considerada como uma distribuição t-central, com
os parâmetros , V e n.
(5) Neste caso, a resistência característica rk deverá ser obtida por:
Qrt ln(Vrt2 1)
ln(rt ) (D.18a)
Q ln(V 2 1)
ln() (D.18b)
Q ln(Vr 2 1)
ln(r ) (D.18c)
rt Q
Qrt
(
D
.
1
9
a
)
NP
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Q
Q (D.19b)
em que:
kn coeficiente correspondente ao quantilho característico indicado no Quadro D.1 para o caso “VX
desconhecido”;
k valor de kn para n [k 1,64];
rt coeficiente de ponderação de Qrt ;
coeficiente de ponderação de Q .
NOTA: O valor de V é estimado a partir da amostra de ensaio considerada.
(6) Se estiver disponível um grande número de ensaios (n 100), o valor característico da resistência rk
poderá ser obtido por:
rk b grt (Xm) exp(- k Q - 0,5 Q2) (D.20)
(2) Para o caso de um grande número de ensaios, o valor de cálculo rd poderá ser obtido por:
rd bgrt (Xm) exp(- kd, Q – 0,5 Q2 ) (D.22)
rk k re (D.23)
em que:
k factor de redução aplicável no caso de conhecimento prévio e que poderá ser obtido por:
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ree rem
0,10 (D.27)
rem
(4) Os valores do coeficiente de variação Vr indicados no Quadro D.3 poderão ser admitidos para os tipos de
ruína a especificar (por exemplo, no Eurocódigo de projecto aplicável), conduzindo aos factores de redução
k constantes do Quadro, obtidos de acordo com as expressões (D.24) e (D.26).
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Bibliografia
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Anexo Nacional NA
Introdução
O presente Anexo Nacional foi elaborado no âmbito da actividade da Comissão Técnica Portuguesa de
Normalização CT 115 – Eurocódigos Estruturais, cuja coordenação é assegurada pelo Laboratório Nacional
de Engenharia Civil (LNEC) na sua qualidade de Organismo de Normalização Sectorial (ONS) no domínio
dos Eurocódigos Estruturais.
A inclusão de um Anexo Nacional na NP EN 1990:2009 decorre do disposto no Preâmbulo desta Norma.
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a) NA–A1.1(1)
Para o projecto de edifícios podem ser adoptados os valores indicativos do tempo de vida útil de projecto
constantes do Quadro 2.1, devendo também incluir-se na categoria 5 desse quadro as estruturas de edifícios
social ou economicamente muito importantes.
b) NA–A1.2.1(1)
No projecto de estruturas de edifícios não devem ser utilizadas as combinações de acções indicadas nas
expressões (6.10a) e (6.10b), tendo em conta a opção nacional adoptada no Quadro NA–A1.2(B).
p. 86 de 88
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d) NA–A1.3.1(5)
As abordagens a adoptar são estabelecidas no Anexo Nacional da NP EN 1997-1, dada a influência de
parâmetros de natureza geotécnica nas verificações de segurança em causa.
Quadro NA–A1.3 – Valores de cálculo das acções a utilizar nas situações de projecto
acidentais e sísmicas
Acções de Acções variáveis
Acções permanentes Pré- acidente ou
Situações de projecto acompanhantes *)
esforço sísmicas de base
Desfavoráveis Favoráveis da combinação Principais Outras
Acidentais P Ad
(Expressões 6.11a/b)
Gkj,sup Gkj,inf 1,1 Qk,1 2,i Qk,i
Sísmicas **)
(Expressões 6.12a/b)
Gkj,sup Gkj,inf P IAEk ou AEd 2,i Qk,i
*)
As acções variáveis são as consideradas no Quadro A 1.1.
**)
Ver também a NP EN 1998.
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aplicar na verificação das respectivas condições de segurança (ver A.4 e A.5 do Anexo normativo A da
NP EN 1997-1). No Anexo Nacional da NP EN 1997-1 são indicados os valores destes coeficientes que
devem ser adoptados em Portugal.
b) Bases para o método dos coeficientes parciais e para a análise da fiabilidade (Anexo C)
O Anexo C pode ser usado para a calibração de valores de cálculo e de coeficientes parciais, particularmente
no que se refere a acções não consideradas ou não quantificadas nas NP EN 1991 e NP EN 1998.