IQ-CCI-0004 Rev. 0 - Inspeção de Trocadores de Calor

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INSPEÇÃO DE TROCADORES DE CALOR

Número: Revisão Emissão: Página:

IQ-CCI-0004 0 23/09/2010 1/11


Elaborador: Aprovador:
Flávio Bertaco Hamilton Ferreira Soares
Técnico de Inspeção Engenheiro Mecânico

1. OBJETIVO

Estabelecer metodologia para inspeção externa, interna e teste hidrostático de vasos de pressão
instalados em unidades de atuação da CCI.
Esta instrução atende às exigências da Norma Regulamentadora NR-13 e se aplica trocadores de
calor, contemplados pelo Parágrafo 1, do Anexo III.

2. REFERÊNCIAS

NR-13 – Norma Regulamentadora NR-13;


IQ-CCI-0001 - Preparativos para o serviço de inspeção.

3. DEFINIÇÕES

Para o propósito deste procedimento, são adotadas as seguintes definições:

Vasos de Pressão: Recipiente composto por uma ou mais câmaras que contenham fluido sob
pressão interna ou externa, conforme Parágrafo 2 do Anexo III da NR-13.

Profissional Habilitado: É aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de
engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e
manutenção, inspeção e supervisão de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com o
Parágrafo 13.1.2 da Norma Regulamentadora NR-13.

Inspeção externa: Modalidade de inspeção em que o inspetor verifica visualmente as


condições físicas dos componentes e acessórios que podem ser observados com o
equipamento em operação.
Quando aplicável, deve ser complementada por ensaios não-destrutivos ou outras técnicas de
inspeção, conforme definição do Profissional Habilitado.

Inspeção interna: É a verificação visual das condições físicas dos componentes que só podem
ser observados com o equipamento fora de operação.
Quando aplicáveis, deve ser complementada por ensaios não-destrutivos ou outras técnicas de
inspeção.
Na prática, subdivide-se em inspeção interna do casco e inspeção interna do feixe tubular.
Quando não aplicável, deve ser adotado o Parágrafo 13.10.3 ou o Parágrafo 13.10.3.4 da NR-
13.

Inspeção Interna do Casco: É a inspeção efetuada com o equipamento desmontado (feixe


fora do casco). Procura verificar as condições físicas de toda a superfície interna do casco
propriamente dito.

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Neste caso, deve-se sempre aproveitar a oportunidade para inspecionar também a parte
externa do feixe tubular.
Quando não aplicável, deve ser adotado o Parágrafo 13.10.3 ou o Parágrafo 13.10.3.4 da NR-
13.

Inspeção Interna do Feixe Tubular: É aquela que trata de avaliar as condições físicas de
todas as partes em contato com o fluido que nele circula internamente, inclusive o interior dos
tubos, quando aplicável.
Normalmente, é efetuada removendo-se apenas a tampa do carretel.

Teste hidrostático: É a pressão interna, medida no ponto mais alto do equipamento, com a
qual o mesmo é testado.

4. CONDIÇÕES GERAIS

Preparativos para Inspeção: Antes de ser iniciado qualquer serviço de inspeção, deverá ser
verificado o atendimento dos requisitos do Procedimento IQ-CCI-0001 - Preparativos para o
serviço de inspeção.

Documentação: Todo vaso de pressão deve possuir, nas dependências da unidade onde está
instalado, a documentação devidamente atualizada, em conformidade com as exigências da
Norma Regulamentadora NR-13, subitem 13.6.4.
Caso o equipamento não possua esta documentação para consulta (prontuário), o Profissional
Habilitado deve ser consultado, para estabelecimento dos critérios a serem adotados com
relação ao assunto bem como as exigências requeridas.

Periodicidade: A freqüência das inspeções externa, interna e teste hidrostático devem ser
efetuadas de acordo com a periodicidade definida no Programa de Inspeção preventiva, do
estabelecimento respeitando sempre os prazos máximos estabelecidos no subitem 13.10.3 da
NR-13.

Tabela “a” – Para estabelecimentos que não possuam Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos

Categoria do vaso Exame externo Exame interno Teste hidrostático


I 1 anos 3 anos 6 anos
II 2 anos 4 anos 8 anos
III 3 anos 6 anos 12 anos
IV 4 anos 8 anos 16 anos
V 5 anos 10 anos 20 anos

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Tabela “b” – Para estabelecimentos que possuam Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos

Categoria do vaso Exame externo Exame interno Teste hidrostático


I 3 anos 6 anos 12 anos
II 4 anos 8 anos 16 anos
III 5 anos 10 anos a critério
IV 6 anos 12 anos a critério
V 7 a nos a critério a critério

Tabela “c” - Para equipamentos que possuem condições de operação adversas, estes devem ser
tratadas da seguinte forma:

Parágrafo da
Código Condição operacional Disposição Condição a ser aplicada
NR-13
Sem Tabela “a” ou Obedece aos prazos NR- Aplicar as tabelas “a” e
Equipamento normal
código “b” 13 “b”
Dispensado de teste Interno a cada 10 anos e
1 13.10.3.6. T<0°C
hidrostático (casco) externo a cada 02 anos
Impossibilitado de T.H. substitui inspeção
2 13.10.3.1. Espelho fixo
inspeção interna interna
Impossibilitado de T.H. substitui inspeção
3 13.10.3.1. B.V.<16"
inspeção interna interna
Impossibilitado de T.H. substitui inspeção
4 13.10.3.1. Equipamento enterrado
inspeção externa interna e externa
Equipamento com Impossibilidade de Prazo inspeção interna
5 13.10.3.2.
catalisador substituição catalisador ampliado até mais 20%
Revestimento Impossibilitado teste Dispensado T.H. realizar
6 13.10.3.3.
higroscópico hidrostático exames complementar
Não se enquadra na NR- A critério do Profissional
7 n/a PV<8
13 Habilitado
Dispensado de teste Realizar exames
8 13.10.3.4. T.H. prejudicial
hidrostático complementares
Dispensado de teste Realizar exames
9 13.10.3.5 “a” Fundação incompatível
hidrostático complementares
Equipamento fora de Fora de operação por Realizar inspeção
10 13.10.5.
operação mais de 12 meses extraordinária
Impossibilita T.H. e Realizar exames
11 n/a Espelho fixo C/T<0°C
inspeção interna complementares
T<0°C sem acesso Impossibilita T.H. e Realizar exames
12 n/a
interno. inspeção interna complementares
Não se enquadra na NR- A critério do Profissional
13 n/a PV < 8 com BV < 16"
13 Habilitado
Não se enquadra na NR- A critério do Profissional
14 n/a PV < 8 com espelho fixo
13 Habilitado

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Nota:

a) Condições não contempladas nas tabelas “a”,”b” e “c”, o Profissional Habilitado deverá ser
consultado.

5. INSPEÇÃO VISUAL EXTERNA

A inspeção externa deve contemplar, no mínimo, os seguintes itens:

Roteiro de Inspeção Externa: Verificar o estado geral quanto a suportação, danos mecânicos,
localização e visibilidade.
A placa deve estar afixada em local de fácil acesso e visível com, no mínimo, as informações
contidas no Parágrafo 13.6.3 da NR-13.

Nota:

a) Observar que os valores das pressões da Placa de Identificação devem ser em MPa.

Código de Identificação (TAG): Deve estar legível em local de fácil acesso visual (conforme
Parágrafo 13.6.3.1 da NR-13).

Categoria do Vaso de Pressão: Deve estar de acordo com o anexo IV da NR-13 e estar
legível junto ao TAG do equipamento, conforme Parágrafo 13.6.3.1 da NR-13.

Vias de acesso: Verificar quanto às condições físicas e acessibilidade das escadas,


passadiços e plataformas, inclusive das vias que dão acesso a instrumentos instalados no
sistema.
Os pontos que requeiram intervenção noturna dos operadores devem estar devidamente
iluminados.
Dar atenção aos suportes e dispositivos de fixação, particularmente quando estes estiverem
sob isolamento térmico com suspeita de infiltração.

Válvulas de Segurança e/ou Alívio ou Disco de Ruptura: Deverá ser verificado:

• Identificação
• Lacre
• Preservação
• Vazamento
• Dispositivo contra Bloqueio Inadvertido.

Instrumentos de Controle: Verificar o estado geral, destacando os seguintes aspectos:

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• Compatibilidade da escala com o parâmetro de operação;


• Acesso visual ( posicionamento e iluminação);
• Preservação (mostrador, corpo);
• Identificação do Manômetro (TAG);
• Validade da calibração, conforme programa da manutenção preventiva de
instrumentos. Quando aplicável , deve-se rastrear a validade de calibração no sistema
informatizado da manutenção;
• Para vasos de pressão que não tenha um indicador de pressão local, deve-se
evidenciar esta indicação no painel de controle.

Válvulas e conexões: Verificar o estado geral quanto à corrosão, vazamento e outras


irregularidades.
Devem ser verificadas todas as válvulas instaladas diretamente no equipamento e, também,
aquelas instaladas imediatamente à jusante das conexões.
Todas as conexões devem ser consideradas como parte integrante do equipamento até o
primeiro flange.

Vent’s e drenos: Verificar as condições físicas quanto à corrosão, vazamento e à pintura.

Nota:

a) Todos os Vent’s e drenos devem ter cap instalados.

Tampas do carretel

Verificar as condições físicas quanto à corrosão, vazamento e à pintura, incluindo os parafusos


(estojos) e porcas.

Casco, boleado e carretel

A inspeção se destina a verificar amassamentos, deformações, corrosão externa, estado da


pintura e outras irregularidades visíveis, com o equipamento em operação.

Porcas e estojos de fixação: Verificar o estado geral. Podem estar corroídos sob a superfície
de fixação.
Atentar para diferentes tipos de materiais aplicados e preenchimento da porca quanto à
quantidade de rosca preenchida.

Aterramento elétrico: Verificar quanto às condições físicas das ligações e eficiência do contato
elétrico.

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Isolamento Térmico: Quando aplicável, verificar quanto à existência de falhas que possam
ocasionar infiltrações. Em volta das conexões, suportes de escadas e plataformas, anéis de
contra ventamento e outras protuberâncias requerem maior atenção.
Para equipamentos que operam na faixa de temperatura entre –5ºC a 150ºC, recomenda-se
à remoção do isolamento térmico para inspeção da superfície metálica devido a possibilidade
de CASI – Corrosão Atmosférica Sob Isolamento.

• Equipamentos que operam de forma ininterrupta: Periodicidade 20 anos;


• Equipamentos que operam de forma intermitente: Periodicidade 10 anos;
• Análise do prontuário.

Nota:

a) Os prazos sugeridos acima podem ser alterados em função do micro clima e se o


equipamento já tiver sido pintado anteriormente.
b) Os prazos podem ser alterados em função do resultado da inspeção externa do
equipamento quando da execução do CASI ou por orientação do P.H.

Chumbadores / Base: Verificar quanto à existência de fissuras, lascamento, desagregação do


concreto, armação expostas.

Eletrodutos/Luminárias: Verificar o estado geral quanto à corrosão e à pintura. Dar atenção


aos suportes e dispositivos de fixação, particularmente quando estiverem sob isolamento
térmico com suspeita de infiltração. Conforme determina à NR-13, atentar para condição de
iluminamento e necessidade de iluminação de emergência para manobras no equipamento. Se
necessário, entrevistar supervisor de turno responsável pelo equipamento.

Limpeza: Verificar quanto à presença de materiais diversos que possam estar sobre o
equipamento / plataforma, tais como: pedaços de estopa; pedaços de madeira; parafusos; latas
de tinta; juntas usadas, lata de graxa.

Aspectos Relevantes 1: Válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura


ajustada em valor igual ou inferior a PMTA, instalada diretamente no vaso de pressão ou no
sistema que o inclui.

Nota:

a) Para este item, o inspetor deve identificar as válvulas que protegem o equipamento,
comparar o valor de calibração do certificado da válvula com a PMTA do vaso e no
P&I. Para divergências o PH tomará ações junto aos setores envolvidos.

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Aspectos Relevantes 2: Dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula de


segurança, não instalado.

Nota:

a) O Responsável pelo equipamento deve ser imediatamente notificado, bem como o


P.H. e registrado no relatório de Inspeção.

Aspectos Relevantes 3: Falta de instrumento que indique a pressão de operação.

Nota:

a) O Responsável pelo equipamento deve ser imediatamente notificado, bem como o


P.H. e registrado no relatório de Inspeção.

6. INSPEÇÃO VISUAL INTERNA

Inspeção das condições de abertura: Observar e registrar as condições internas do


equipamento, logo após a sua abertura, quanto ao nível e característica das deposições,
incrustações, presença de corpos estranhos, obstrução dos tubos, sinais de tubos furados,
situação dos anodos de sacrifício.
Fotografar as situações relevantes e colher amostra para análise.

Inspeção das Condições Físicas:


Sempre que aplicável, deve ser efetuada após limpeza das partes envolvidas, verificando-se os
seguintes itens:

Parte interna do casco

Chapas e juntas soldadas: Verificar toda a superfície interna quanto à corrosão, trincas,
deformações, erosão no casco de trocadores que trabalham com vapor. Sempre que o
diâmetro do casco permitir, o inspetor deve entrar no seu interior. Dar atenção ao
cruzamento dos cordões de soldas do casco e de conexões de maneira geral.

Conexões: Verificar internamente quanto à corrosão, erosão, trinca, deformação,


obstrução.

Flanges: Verificar toda a superfície interna quanto à corrosão, deformação, trinca e


atentar-se quanto a amassamento e/ou corrosão na região de assentamento da junta.

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Boleado: Verificar toda a superfície interna quanto à corrosão, trinca ou deformação.

• Parte externa do feixe tubular

Tubos: Verificar quanto à corrosão, erosão, amassamento, desgaste por atrito,


empenamento etc. Dar atenção às regiões de contato com as chicanas.

Chicanas: Verificar o estado geral quanto à corrosão, deformação, trinca etc. Dar atenção
às regiões dos furos.

Tirantes: Verificar o estado geral quanto à corrosão, fixação, deformação.

Espaçadores: Verificar o estado geral quanto à corrosão, deformação.

Chapa de deslizamento: Verificar o estado geral quanto à corrosão, deformação e


fixação.

Chapa de desgaste (impingimento): Verificar o estado geral quanto à fixação e desgaste.

Chapa de amarração do feixe: Verificar o estado geral quanto à corrosão e fixação.

• Parte interna do feixe tubular

Tampa do carretel: Verificar quanto à corrosão e danos mecânicos na região de


assentamento da junta.

Carretel/cabeçote: Verificar toda a superfície interna quanto à corrosão, deformação,


situação dos defletores (quando aplicável).

Conexões do carretel: Verificar internamente quanto à corrosão, deformação. Dar


atenção quanto à obstrução de conexões de pequeno diâmetro, quando aplicável.

Espelhos: Verificar o estado geral quanto à deformação e desgaste corrosivo e região de


mandrilhagem e/ou canais de assentamento da junta.

Tubos: Verificar a extremidade dos tubos quanto ao desgaste por erosão e/ou corrosão e
internamente até onde for possível. Quando aplicável, deve-se fazer uso da técnica de
inspeção com líquido penetrante, como é o caso dos tubos com extremidades soldadas ao
espelho.

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Juntas de vedação: Certificar-se quanto à substituição e da junta, especialmente para


equipamentos críticos (fluido tóxico e/ou inflamável).

Limpeza: Deve ser certificado de que o interior do equipamento encontra-se livre de


materiais utilizados durante a inspeção, tais como: pano, lixa, frasco de líquido penetrante.
Dar atenção ao interior das conexões.

7. TESTE HIDROSTÁTICO

Fluido de teste: Deve ser preferencialmente água. Em casos específicos poderá ser
utilizado outro líquido, desde que aprovado pelo “Profissional Habilitado”.

Teor de cloretos: O teor máximo de cloretos permitido no fluido de teste deve ser definido
pelo projeto, porém nunca deve ser superior a 50 ppm, para equipamentos de aços-
inoxidáveis austeníticos ou com revestimento interno fabricado com esses materiais.

Manômetros: Devem ser usados manômetros adequados à pressão de teste e calibrados,


destacando-se os seguintes aspectos:

• O fundo da escala deve ser preferencialmente o dobro da pressão de teste, mas


nunca inferior a uma vez e meia à pressão de teste;
• Os manômetros devem estar calibrados e aferidos antes do início do teste.
• Deve ser instalado bloqueio entre o manômetro e o equipamento, para permitir a
substituição do manômetro, quando necessário.
• Devem ser instalados dois manômetros, no mínimo, sendo um no ponto mais alto
do equipamento e outro no ponto mais baixo do equipamento.
• A pressão de teste deverá ser sempre controlada pelo manômetro instalado no
ponto mais alto do equipamento.

Nota:

a) A freqüência máxima de calibração do manômetro deverá ser de 12 (doze) meses, ou


quando detectado qualquer irregularidade em seu funcionamento;
b) O certificado de calibração do manômetro a ser utilizado deverá estar disponível para
consulta;
c) Todo manômetro utilizado no teste, deverá possuir sistema de identificação indelével,
contendo no mínimo os seguintes itens: TAG, data da ultima calibração e data da
próxima calibração.

Pressão de teste: Deve ser de uma vez e meia a pressão de projeto, corrigida para
temperatura ambiente através da seguinte fórmula:

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Pth = 1.5 x Pproj x Sa , onde:


S

Pth = pressão de teste hidrostático.


Pproj = pressão de projeto.
Sa = tensão admissível á temperatura de teste.
S = tensão admissível á temperatura de projeto.

Temperatura durante o teste: A temperatura do fluido deve ser maior que 15ºC durante
todo o teste, ou estar compatível com a temperatura de projeto, para equipamentos que
operam à baixa temperatura. Caso a temperatura do fluido esteja próxima do limite mínimo,
deve ser instalado termômetro na região inferior do equipamento.
A pressão só pode ser aplicada após todo o equipamento estar em equilíbrio térmico com o
fluido de teste.

Inspeção durante enchimento: Encher 100% o equipamento e proceder a uma inspeção


preliminar pelo tempo que o Inspetor julgar necessário.

Requisitos adicionais: Todas as conexões devem ser devidamente raqueteadas,


plugueadas ou capeadas, especialmente as que dão acesso aos instrumentos, quando
aplicáveis.
Nos bocais que não serão abertos após a conclusão do teste, devem ser instaladas juntas
definitivas. Caso contrário, instalar juntas de vedação provisórias para o teste.
Antes de elevar a pressão, certificar-se de que todo ar contido no interior do equipamento
foi eliminado.
Depois de atingida a pressão de teste, a mangueira utilizada para pressurizar o
equipamento deve ser desconectada.
Em vasos de pressão de grandes dimensões, caso julgar-se necessário, o teste poderá ser
acompanhado por levantamento topográfico, observando desalinhamentos verticais ou
recalques das fundações.

Inspeção após pressurização do equipamento: Proceder á inspeção no equipamento,


mantendo o mesmo pressurizado durante o tempo necessário para que o inspetor possa
identificar-se que o equipamento não apresenta nenhum vazamento ou outra anormalidade
(deformação, recalque, ruptura etc).

Despressurização: Concluído o teste, a pressão deve ser reduzida de maneira


progressiva e contínua.

Critério de aceitação: O equipamento estará aprovado no teste hidrostático se, decorrido


o período mínimo de 30 minutos com a pressão de teste, não for detectado nenhum indício
de vazamento, deformações visíveis ou queda de pressão nos manômetros de teste.

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8. REGISTROS

Todos os resultados da inspeção devem ser registrados de forma clara e precisa, utilizando, quando
aplicáveis, sistemas de identificação, tais como: croquis, registro fotográfico, isométrico, formulário de
medição de espessura, Relatório de Inspeção Padrão, etc.

9. CONTROLE DE REVISÕES

REVISÃO DATA DESCRIÇÃO


0.0 23/09/2010 Emissão inicial

10. ANEXOS

Não aplicável

11. BIBLIOGRAFIA

Não aplicável

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