IQ-CCI-0004 Rev. 0 - Inspeção de Trocadores de Calor
IQ-CCI-0004 Rev. 0 - Inspeção de Trocadores de Calor
IQ-CCI-0004 Rev. 0 - Inspeção de Trocadores de Calor
1. OBJETIVO
Estabelecer metodologia para inspeção externa, interna e teste hidrostático de vasos de pressão
instalados em unidades de atuação da CCI.
Esta instrução atende às exigências da Norma Regulamentadora NR-13 e se aplica trocadores de
calor, contemplados pelo Parágrafo 1, do Anexo III.
2. REFERÊNCIAS
3. DEFINIÇÕES
Vasos de Pressão: Recipiente composto por uma ou mais câmaras que contenham fluido sob
pressão interna ou externa, conforme Parágrafo 2 do Anexo III da NR-13.
Profissional Habilitado: É aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de
engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e
manutenção, inspeção e supervisão de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com o
Parágrafo 13.1.2 da Norma Regulamentadora NR-13.
Inspeção interna: É a verificação visual das condições físicas dos componentes que só podem
ser observados com o equipamento fora de operação.
Quando aplicáveis, deve ser complementada por ensaios não-destrutivos ou outras técnicas de
inspeção.
Na prática, subdivide-se em inspeção interna do casco e inspeção interna do feixe tubular.
Quando não aplicável, deve ser adotado o Parágrafo 13.10.3 ou o Parágrafo 13.10.3.4 da NR-
13.
Neste caso, deve-se sempre aproveitar a oportunidade para inspecionar também a parte
externa do feixe tubular.
Quando não aplicável, deve ser adotado o Parágrafo 13.10.3 ou o Parágrafo 13.10.3.4 da NR-
13.
Inspeção Interna do Feixe Tubular: É aquela que trata de avaliar as condições físicas de
todas as partes em contato com o fluido que nele circula internamente, inclusive o interior dos
tubos, quando aplicável.
Normalmente, é efetuada removendo-se apenas a tampa do carretel.
Teste hidrostático: É a pressão interna, medida no ponto mais alto do equipamento, com a
qual o mesmo é testado.
4. CONDIÇÕES GERAIS
Preparativos para Inspeção: Antes de ser iniciado qualquer serviço de inspeção, deverá ser
verificado o atendimento dos requisitos do Procedimento IQ-CCI-0001 - Preparativos para o
serviço de inspeção.
Documentação: Todo vaso de pressão deve possuir, nas dependências da unidade onde está
instalado, a documentação devidamente atualizada, em conformidade com as exigências da
Norma Regulamentadora NR-13, subitem 13.6.4.
Caso o equipamento não possua esta documentação para consulta (prontuário), o Profissional
Habilitado deve ser consultado, para estabelecimento dos critérios a serem adotados com
relação ao assunto bem como as exigências requeridas.
Periodicidade: A freqüência das inspeções externa, interna e teste hidrostático devem ser
efetuadas de acordo com a periodicidade definida no Programa de Inspeção preventiva, do
estabelecimento respeitando sempre os prazos máximos estabelecidos no subitem 13.10.3 da
NR-13.
Tabela “a” – Para estabelecimentos que não possuam Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos
Tabela “b” – Para estabelecimentos que possuam Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos
Tabela “c” - Para equipamentos que possuem condições de operação adversas, estes devem ser
tratadas da seguinte forma:
Parágrafo da
Código Condição operacional Disposição Condição a ser aplicada
NR-13
Sem Tabela “a” ou Obedece aos prazos NR- Aplicar as tabelas “a” e
Equipamento normal
código “b” 13 “b”
Dispensado de teste Interno a cada 10 anos e
1 13.10.3.6. T<0°C
hidrostático (casco) externo a cada 02 anos
Impossibilitado de T.H. substitui inspeção
2 13.10.3.1. Espelho fixo
inspeção interna interna
Impossibilitado de T.H. substitui inspeção
3 13.10.3.1. B.V.<16"
inspeção interna interna
Impossibilitado de T.H. substitui inspeção
4 13.10.3.1. Equipamento enterrado
inspeção externa interna e externa
Equipamento com Impossibilidade de Prazo inspeção interna
5 13.10.3.2.
catalisador substituição catalisador ampliado até mais 20%
Revestimento Impossibilitado teste Dispensado T.H. realizar
6 13.10.3.3.
higroscópico hidrostático exames complementar
Não se enquadra na NR- A critério do Profissional
7 n/a PV<8
13 Habilitado
Dispensado de teste Realizar exames
8 13.10.3.4. T.H. prejudicial
hidrostático complementares
Dispensado de teste Realizar exames
9 13.10.3.5 “a” Fundação incompatível
hidrostático complementares
Equipamento fora de Fora de operação por Realizar inspeção
10 13.10.5.
operação mais de 12 meses extraordinária
Impossibilita T.H. e Realizar exames
11 n/a Espelho fixo C/T<0°C
inspeção interna complementares
T<0°C sem acesso Impossibilita T.H. e Realizar exames
12 n/a
interno. inspeção interna complementares
Não se enquadra na NR- A critério do Profissional
13 n/a PV < 8 com BV < 16"
13 Habilitado
Não se enquadra na NR- A critério do Profissional
14 n/a PV < 8 com espelho fixo
13 Habilitado
Nota:
a) Condições não contempladas nas tabelas “a”,”b” e “c”, o Profissional Habilitado deverá ser
consultado.
Roteiro de Inspeção Externa: Verificar o estado geral quanto a suportação, danos mecânicos,
localização e visibilidade.
A placa deve estar afixada em local de fácil acesso e visível com, no mínimo, as informações
contidas no Parágrafo 13.6.3 da NR-13.
Nota:
a) Observar que os valores das pressões da Placa de Identificação devem ser em MPa.
Código de Identificação (TAG): Deve estar legível em local de fácil acesso visual (conforme
Parágrafo 13.6.3.1 da NR-13).
Categoria do Vaso de Pressão: Deve estar de acordo com o anexo IV da NR-13 e estar
legível junto ao TAG do equipamento, conforme Parágrafo 13.6.3.1 da NR-13.
• Identificação
• Lacre
• Preservação
• Vazamento
• Dispositivo contra Bloqueio Inadvertido.
Nota:
Tampas do carretel
Porcas e estojos de fixação: Verificar o estado geral. Podem estar corroídos sob a superfície
de fixação.
Atentar para diferentes tipos de materiais aplicados e preenchimento da porca quanto à
quantidade de rosca preenchida.
Aterramento elétrico: Verificar quanto às condições físicas das ligações e eficiência do contato
elétrico.
Isolamento Térmico: Quando aplicável, verificar quanto à existência de falhas que possam
ocasionar infiltrações. Em volta das conexões, suportes de escadas e plataformas, anéis de
contra ventamento e outras protuberâncias requerem maior atenção.
Para equipamentos que operam na faixa de temperatura entre –5ºC a 150ºC, recomenda-se
à remoção do isolamento térmico para inspeção da superfície metálica devido a possibilidade
de CASI – Corrosão Atmosférica Sob Isolamento.
Nota:
Limpeza: Verificar quanto à presença de materiais diversos que possam estar sobre o
equipamento / plataforma, tais como: pedaços de estopa; pedaços de madeira; parafusos; latas
de tinta; juntas usadas, lata de graxa.
Nota:
a) Para este item, o inspetor deve identificar as válvulas que protegem o equipamento,
comparar o valor de calibração do certificado da válvula com a PMTA do vaso e no
P&I. Para divergências o PH tomará ações junto aos setores envolvidos.
Nota:
Nota:
Chapas e juntas soldadas: Verificar toda a superfície interna quanto à corrosão, trincas,
deformações, erosão no casco de trocadores que trabalham com vapor. Sempre que o
diâmetro do casco permitir, o inspetor deve entrar no seu interior. Dar atenção ao
cruzamento dos cordões de soldas do casco e de conexões de maneira geral.
Chicanas: Verificar o estado geral quanto à corrosão, deformação, trinca etc. Dar atenção
às regiões dos furos.
Tubos: Verificar a extremidade dos tubos quanto ao desgaste por erosão e/ou corrosão e
internamente até onde for possível. Quando aplicável, deve-se fazer uso da técnica de
inspeção com líquido penetrante, como é o caso dos tubos com extremidades soldadas ao
espelho.
7. TESTE HIDROSTÁTICO
Fluido de teste: Deve ser preferencialmente água. Em casos específicos poderá ser
utilizado outro líquido, desde que aprovado pelo “Profissional Habilitado”.
Teor de cloretos: O teor máximo de cloretos permitido no fluido de teste deve ser definido
pelo projeto, porém nunca deve ser superior a 50 ppm, para equipamentos de aços-
inoxidáveis austeníticos ou com revestimento interno fabricado com esses materiais.
Nota:
Pressão de teste: Deve ser de uma vez e meia a pressão de projeto, corrigida para
temperatura ambiente através da seguinte fórmula:
Temperatura durante o teste: A temperatura do fluido deve ser maior que 15ºC durante
todo o teste, ou estar compatível com a temperatura de projeto, para equipamentos que
operam à baixa temperatura. Caso a temperatura do fluido esteja próxima do limite mínimo,
deve ser instalado termômetro na região inferior do equipamento.
A pressão só pode ser aplicada após todo o equipamento estar em equilíbrio térmico com o
fluido de teste.
8. REGISTROS
Todos os resultados da inspeção devem ser registrados de forma clara e precisa, utilizando, quando
aplicáveis, sistemas de identificação, tais como: croquis, registro fotográfico, isométrico, formulário de
medição de espessura, Relatório de Inspeção Padrão, etc.
9. CONTROLE DE REVISÕES
10. ANEXOS
Não aplicável
11. BIBLIOGRAFIA
Não aplicável