Conceito de Crise

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CONCEITO DE CRISE

RENATA MATOS
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CRISE

• “Situações de emergência, são esperadas reações emocionais muito


intensas e a grande maioria dessas manifestações podem ser
consideradas como compatíveis com o momento traumático
vivenciado. Contudo, a abordagem precoce de qualquer problema de
saúde mental é a maneira mais efetiva de prevenção de transtornos
mais sérios que costumam aparecer, a médio e a longo prazo, após o
evento traumático.” (Dubugras Sá, Werlang e Paranhos, 2008)
TODA CRISE É NEGATIVA?
CRISE
• “A crise é fenômeno em si
mesmo, de duração limitada,
com resultado não
predeterminado em seu início.”
(FERREIRA-SANTOS, 2013)
• Ansiedade: resultado da
situação de conflito instalada
• Luto: se manifesta no indivíduo,
mas quando se trata de
desastres, temos o luto
coletivo
CRISE
• Todos enfrentamos momentos de
crise!
• Prevenir problemas de SM
• Resoluções de reações
• Afetivos – cognitivo –
comportamental
Ex: maior mobilidade; maior
inci^dência de violência
CRISE

• Crises evolutivas • Crises circunstâncias


✓ Previsíveis - etapas do crescimento e os ✓ Decorrentes de situações encontradas
momentos decisivos em cada uma delas são principalmente no ambiente. Surgem em
conhecidos e ocorrem com a maioria das conseqüência de eventos raros e
pessoas. extraordinários, que o indivíduo não pode
✓ Situações criadas internamente - mudanças prever ou controlar, como a perda de uma
fisiológicas e psicológicas, que podem fonte de satisfação básica, o desemprego,
desencadear uma resposta de crise ou não, a morte abrupta, a perda da integridade
como, por exemplo, a gravidez e o parto, a corporal, as enfermidades, os desastres
infância, a adolescência, a aposentadoria, o naturais, as violações e os acidentes.
envelhecimento e a morte ✓ Imprevistas, comovedoras, intensas e
catastróficas.
CRISE
• Cultura: lugar central no enfretamento
Rituais são comportamentos ou atividades
das consequências e desastres. específicas que dão expressão simbólica a
Rituais!! certos sentimentos das pessoas,
individualmente ou em grupo.
• Trauma: avaliada cuidadosamente para
que as intervenções necessárias (Rando, 1984, p.105)
ocorram
• Estudos: perdas traumáticas
provocadas por desastres são risco
importante para a saúde mental das
pessoas envolvidas

(Parkes, Bromberg, 2015)


CRISE

• Resolução satisfatória: auxiliar o desenvolvimento do indivíduo;


• Resolução insatisfatória: poderá constituir-se em um risco, aumentando a
vulnerabilidade da pessoa para transtornos mentais.

“A crise é, sem dúvida, uma condição de reação frente a uma situação de perigo, capaz de ameaçar a
integridade da pessoa. O indivíduo pode apresentar sinais e sintomas clínicos em resposta ao estado
provocado pela crise, necessitando, por conseqüência, de alguma intervenção para a sua resolução.”
(Dubugras Sá, Werlang e Paranhos, 2008)
CRISE
• Horowitz (1976): processo desencadeado diante de evento traumático (crise):
1. Desordem das reações iniciais diante do evento
2. Negação
3. Intrusão: ideias involuntárias de dor pelo evento verificado. Pesadelos
recorrentes, imagens e outras preocupações são características desta etapa.
4. Elaboração, fase em que a pessoa começa a expressar, identificar e comunicar
os seus pensamentos, imagens e sentimentos experimentados pela situação de
crise. Alguns conseguem elaborar seus sentimentos, enquanto outros somente o
farão com uma ajuda externa.
5. Término: a pessoa integra o evento dentro da sua vida, pois a experiência foi
enfrentada, os sentimentos e pensamentos identificados, possibilitando, assim,
que a pessoa se reorganize.
CRISE
CRISE
• Precipitadores de crises
✓ Evento em si;
✓ Significado que a pessoa da ao fato;
✓ Recursos disponíveis para o necessário enfrentamento da situação;
✓ Percepção do indivíduo frente ao evento. Percepção do afeto!
Quem avalia é quem esta vivendo!
Eu tenho como resolver?
SIM – não preciso pedir ajuda
NÃO - preciso pedir ajuda
CRISE

• TEA – intensa ansiedade, medo, impotência e horror, acompanhado de


sintomas dissociativos como ausência de resposta emocional,
sentimentos de desconexão, redução do reconhecimento de ambiente,
sentimento de irrealidade e amnésia dissociativa (DSM V TR, 20). As
pessoas têm memórias recorrentes do trauma, evitam estímulos que
façam com que se lembrem do trauma, e se sentem mais alertas. Os
sintomas começam em 4 semanas depois do evento traumático e
duram no mínimo 3 dias, mas, ao contrário do transtorno de estresse
pós traumático, não duram mais de 1 mês.
CRISE

• O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é uma morbidade relacionada a


exposição direta ou indireta a eventos traumáticos como morte, lesões ou traumas
graves. Os 20 sintomas típicos descritos no DSM-5 (American Psychiatry
Association, 2013) são classificados de acordo com quatro dimensões:
revivescência, esquiva, alterações negativas na cognição/humor e excitabilidade
aumentada. Para o diagnóstico, é aconselhável perguntar sobre a duração dos
sintomas (mínimo de 30 dias) e tentar identificar possíveis prejuízos no
funcionamento psicossocial. (LIMA, ASSUNÇÃO E BARRETO, 2015)
CRISE
• “Estresse foi definido por Selye (1956)
como ‘Síndrome Geral de Adaptação’,
referindo-se à quebra da homeostase
interna frente a um evento estressor, o
que exige do indivíduo esforço em termos
de adaptação. Seu processo de
desencadeamento se baseou em um
modelo trifásico, a saber: fase de alerta,
fase de resistência e fase de exaustão.”
(SANTOS e CARDOSO, 2010)
CRISE

ESTTRESSE
1. Alarme: Resposta de luta ou fuga. A força da reação depende do grau em que o
evento é percebido como uma ameaça.
2. Resistência: Excitação fisiológica permanece alta. As pessoas ficam irritadas,
impacientes e cada vez mais vulneráveis a problemas de saúde.
3. Exaustão: As reservas de energia são exauridas. Se o estresse continuar,
podem ocorrer doenças e deterioração física, ou até mesmo a morte.
CRISE
• ESTRESSE - MEDIDAS FISIOLÓGICAS

✓ O estresse afeta quase todos os sistemas do corpo;

✓ Há mudanças na frequência cardíaca, pressão sanguínea,

velocidade de respiração e alterações na resistência da pele à

eletricidade;

✓ A pessoa pode começar a transpirar, causando um aumento

mensurável na capacidade da pele de conduzir uma corrente elétrica.


CRISE
FISIOLOGIA DO ESTRESSE
• A reação geral do corpo ao estresse é regulado
pelo SISTEMA NERVOSO CENTRAL, as
glândulas endócrinas e os hormônios, além do
sistema imunológico.

• A região do cérebro que controla a resposta de


estresse de forma mais direta é o HIPOTÁLAMO,
essa estrutura reage a diversos estímulos,
variando desde a ameaça real até memórias de
momentos estressantes e estressores
imaginários.
CRISE
• FONTES DE ESTRESSE
✓ Eventos importantes da vida;
✓ Problemas cotidianos;
✓ Estresse ambiental: ambientes ruidosos, superlotação, desastres naturais;
✓ Estresse relacionado com o trabalho: sobrecarga de trabalho, sobrecarga de
papeis, esgotamento, falta de controle sobre o trabalho, aposentadoria, entre
outros;
✓ Fatores socioculturais: pobreza, imigrantes, gênero, etc.;
✓ Entre outros.
ALGUNS DADOS...
O estudo contou com a colaboração de 2.195
brasileiros com idade de 18 a 75 anos, sendo
25,65% do sexo masculino e 74,35% do feminino
de todo o país. A Pesquisa Stress no Brasil foi
realizada on-line pelo instituto de Psicologia e
Controle do Stress, sob a direção da Dra. Marilda
Novaes LIpp, diretora do IPCS. Dados foram coletas
por um período de 45 dias, de 7 de abril até 17 de
maio de 2014. A pesquisa ocorreu em nível nacional e para
participar o respondente precisava ser brasileiro,
acima de 18 anos e viver em qualquer estado do
Brasil.
ALGUNS DADOS...
• 34,26% dos entrevistados indicam que percebem que seu nível de stress está
extremo (notas 8-10 na escala de 10 pontos);
• 4,02% considera que está experimentando stress extremo (nota 10 na escala de 10
pontos);
• Os brasileiros lutam, usando inúmeras estratégias que vão desde conversar com a
família e amigos sobre o problema até procurar um psicólogo, acupunturista, rezar,
fazer compras e comer, tentando manter seu nível de stress dentro do que eles
acreditam ser o normal (níveis 5-6 na escala de 10 pontos) , porem para 34,26%
deles o índice de stress percebido está extremo (notas 8-10 na escala de 10
pontos);
• Mais de um terço dos 2.195 brasileiros acha que o nível de stress aumentou
ultimamente;
• 61,21% acha que consegue lidar com os seus estressores apenas parcialmente e
2,52% acreditam que não conseguem lidar de modo algum com o que os estressa;
ALGUNS DADOS...
• Os relacionamentos (familiares, amorosos, com colegas e chefes) são
apontados como a maior fonte de stress pra os brasileiros;

• Dificuldades financeiras são indicadas como o segundo maior estressor do


brasileiro;

• Sobrecarga de trabalho é o terceiro maior estressor;

• 52,28% já tiveram ou tem o diagnóstico e stress;

• 55,60% sofrem de ansiedade;

• 23,20% sofrem ou sofrem de depressão;

• 10,37% têm ou já tiveram pânico.

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