Artigo Autossuperacao Da Ansiedade

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Autossuperação da Ansiedade com Direcionamento à Proéxis

Silvana Affonso

Esta autopesquisa parte da premissa de que é possível a autossuperação da ansiedade


através de ações direcionadas à PROÉXIS (Programação Existencial, Objetivo de Vida,
Missão) com o fim de conquistar equilíbrio, bem estar, realizando um propósito de vida
mais útil em favor da evolução pessoal e grupal. Partindo-se do entendimento da
ansiedade, a investigação foi buscar nos antecedentes, nas vivências e experimentos, as
melhores estratégias para a autossuperação e o resultado foi a conquista de uma existência
mais saudável com foco nas PRIORIZAÇÕES maduras.

1. DEFINIÇÃO

Autossuperação é resolver, suplantar, solucionar por si mesmo, e segundo Waldo Vieira:

“A autossuperação é o desafio culminante, permanente, em qualquer momento evolutivo.


(Vieira; 2003; p. 1103)”.

A palavra ansiedade tem origem no Grego “anshein” significando "estrangular, sufocar,


oprimir", e no Latim“anxietas” significando “angústia, aflição, inquietude,
desassossego, agonia”.

Da antiguidade até os tempos atuais há reflexões diversas sobre ansiedade, desde a Antiga
Grécia quando era associada às manifestações do corpo físico, até recentemente onde a
medicina inclui conceitos relacionados à emocionalidade.

Neste trabalho, a autossuperação da ansiedade é definida como superar por si mesmo


hábitos pouco saudáveis de vida em busca do equilíbrio holossomático (holus =
totalidade + soma = corpo) respeitando o biorritmo com foco na programação
existencial, ou seja, proéxis.

“Proéxis (pro + exis) é a programação existencial específica de cada consciência intrafí-


sica (conscin) em sua nova vida nesta dimensão humana, planejada antes do renas-
cimento somático (ressoma) da consciência, ainda extrafísica (consciex) (Vieira; 2005; p.
9)”.

2. SOB A ÓTICA CONSCIENCIOLÓGICA

Quanto à Proéxis, a ansiedade resulta da fuga ou afastamento da realização pessoal, onde


se tem a impressão de que o tempo escoa e a sensação de não estar fazendo nada, apesar
de ocupar-se o tempo todo com muitas atividades. O que era para ser feito não está sendo
realizado e o tempo esgotando. Daí o surgimento da angústia e o estado de desconforto
constante.

Quanto à Psicossomática (psyckhè: alma + soma: corpo), a ansiedade desequilibra o


corpo emocional levando a estados ora de euforia, ora de melancolia; ora letargia, ora
impaciência.
Quanto à Energossomática ( corpo energético), a ansiedade gera um aproveitamento
mínimo das capacidades parapsíquicas levando a um distanciamento das potencialidades
energéticas e, quando utilizadas, a forma é errônea, deturpada, desestabilizando e criando
novos conflitos. Na pressa de realizar tantas tarefas, as energias são canalizadas em
benefício próprio, para cumprimento de atividades triviais, de pouca repercussão assis-
tencial. Além de tudo, o corre-corre e a falta de atenção provocam baixa nas defesas
energéticas abrindo espaço para o auto e heteroassédio. Múltiplas tarefas simultâneas
dispersam as energias porque não há foco.

O estudo desses três campos da Conscienciologia foi decisivo na mobilização das ações
para superação da ansiedade.

3. FATUÍSTICA

O fato gerador desta autopesquisa foi a observação do incômodo sentido no dia-a-dia em


face da quantidade de obrigações (pessoais, familiares, sociais), trabalhos (sobrecarga de
tarefas no emprego, horas extras de serviços) e atividades. Paralelo a isto, a observação
de pessoas que, mesmo envolvidas com muitas responsabilidades, conseguem manter um
estado equilibrado. Então, algo andava errado na situação atual e a vontade de mudar, de
melhorar, levou a um mergulho no processo pessoal da ansiedade e à busca de estratégias
para autossuperação.

4. MOTIVAÇÃO

Um dos elementos motivadores foram as heterocríticas construtivas, vindas de familiares


e amigos, apontando prejuízos à saúde, ao trabalho, aos relacionamentos. A solicitação
de “calma”, redução do ritmo acelerado, prestar atenção às falhas provenientes da pressa
desnecessária.

5. PROVÁVEIS CAUSAS

Imaturidade, medo, baixa auto-estima, insegurança, influência do meio, crenças,


comportamento e ações anticosmoéticas. A falta de posicionamento observado através do
temperamento camuflado sob a síndrome de Pollyanna (direcionamento compulsivo
para o lado positivo de TUDO e TODOS, recusando-se enxergar e posicionar-se quanto
a negatividade ou patologia do outro para não ficar “mal” com ninguém).

E o mais importante, a necessidade de alinhamento com a Proéxis, hipótese


aprofundada nesta autopesquisa.

6. SINALÉTICA / CONSEQUÊNCIAS - HOLOSSOMÁTICAS

Soma: Respiração ofegante, dores de cabeça constantes, hábito de roer unhas, compulsão
alimentar, garganta seca, tosses secas, sensação de frio no estômago, cansaço físico,
indisposição para atividades físicas, desencadeamento da hipertensão arterial favorecida
pela genética e potencializada pelo comportamento ansioso.

Psicossoma: Desequilíbrio emocional (choro em momentos de alegria ou tristeza pelas


conquistas ou sofrimentos, sejam próprios ou dos outros), sentimentos de culpa, vergo-
nha, raiva de si mesma, vitimização, vivência da melin (melancolia intrafísica).
Energossoma: Falta de energia, vulnerabilidade para absorção de energias nos ambientes
e das interações com as consciências intra e extrafísicas. Ausência de maior lucidez nas
experiências parapsíquicas.

Mentalssoma: Dispersão, esquecimentos diversos devido às exigências das multitarefas.

7. CONSCIENTIZAÇÃO

Diante da ocorrência de algumas dessomas na família, e percebendo a proximidade da


finalização desta experiência intrafísica surgiram questionamentos internos como: Porque
essa ansiedade, essa falta de tranqüilidade e insatisfação íntima? O que fazer? O que falta
realizar? Que caminho seguir? Porque tantas tarefas, sobrecargas de trabalhos e atividades
que geram descumprimentos de prazos e desconfortos para os outros? Onde encontrar as
respostas para uma vida mais significativa?

Ao ficar mais consciente da finitude da existência, esses questionamentos afloraram. A


observação das dessomas ocorridas e o comportamento de cada consciência envolvida no
processo, aumentavam ainda mais a inquietude. Analisando a morte física, percebi que,
na maioria dos casos, ocorriam sérias dificuldades para o enfrentamento do processo,
doenças terminais de longa duração, mortes inesperadas de grande impacto sobre o
grupocarma, sofrimentos diversos gerados pelo apego excessivo a vida material, fato esse
aceito pela socin (sociedade intrafísica) como sendo “normal”. Mas o que mais chamou
a atenção foram as consciências que passaram pelo processo e apresentaram um
comportamento pré-dessoma (anterior a morte física) equilibrado, passando a sensação
de “missão cumprida”. Isso não apenas com relação ao bem estar individual, mas
perceptível no entorno grupocármico, como se tudo estivesse acertado, no seu devido
lugar para seguir seu próprio destino. Esse fato foi intrigante e, a meu ver, esta sim é a
verdadeira “normalidade” para uma finalização equilibrada, geradora de energias
benéficas, como aquela planta que morre, mas deixa sementes sadias.

A questão do cumprimento da Proéxis, implícito nas ocorrências, além da curiosidade


investigativa, trouxe a reflexão de que a ansiedade era uma conseqüência da falta de
priorização perante a missão de vida.

Percebi então que não há mais o que protelar, é chegado o momento de agir, buscar nas
experiências vivenciadas a melhor opção para autossuperação dos processos de ansiedade
neste momento evolutivo ou desperdiçar essa oportunidade existencial.

8. DECIDOLOGIA

O curso TPA (Teoria e Prática da Autopesquisa) do INTERCAMPI foi a ferramenta


adequada para o desencadeamento desta Recin (Reciclagem Intraconsciencial). O
contato telefônico assistencial (CTA) recebido na hora e momentos certos onde os temas
abordados favoreciam o autoconhecimento era justamente o que estava precisando.

Juntando-se a isto, a aquisição dos livros “Coragem para Evoluir” (VICENZI, Luciano;
2005) apontando a postura firme em utilizar nosso potencial para tomar as rédeas da nossa
evolução, e “Mudar ou mudar “(GUZZI, Flávia; 2000) onde a autopesquisa aparece
como ferramenta chave para a conquista da paz interior.
Através dos experimentos e esclarecimentos orientados pelo curso houve o destravamento
do processo ao perceber a seguinte verdade relativa de ponta (verpon):

“Quantas seriéxis (seri + exis = existências sucessivas, reencarnações) seriam neces-


sárias para que pudesse acordar?”

O caminho/jornada estava agora escancarado e a solução era tomar a decisão certa para
corrigir a rota com foco na evolução.

9. ESTRATÉGIAS PARA AUTOSSUPERAÇÃO

Experimento 01: Pesquisa de Trafores e Trafares

Objetivo: Identificar os Trafores (traços-força = virtudes, talentos, predicados) e os


Trafares (traços-fardo = defeitos, ações negativas) para confrontá-los e utilizá-los como
ferramenta para superação da ansiedade.

Metodologia: No primeiro momento foi realizada uma lista pela própria pesquisadora
relacionando seus trafores e trafares, no segundo momento foi solicitado a familiares,
amigos e colegas de trabalho que indicassem, espontaneamente, traços positivos e traços
negativos da pesquisadora. Em seguida fez-se uma apuração dos dados coletados: foram
24 pessoas entrevistadas, apontados 49 trafores e 29 trafares, observando que alguns
destes eram variações do mesmo tema.

Selecionados por ordem de maior identificação com o tema segue abaixo o quadro:
TRAFORES TRAFARES
DETERMINAÇÃO FALTA DE PRIORIZAÇÃO
COMUNICABILIDADE FALTA DE
POSICIONAMENTO
INTELIGÊNCIA ACRITICIDADE
DECISÃO FALTA DE
TRANSPARÊNCIA
PROATIVIDADE OMISSÃO
NEOFILIA DISPERSIVIDADE
ASSISTENCIALIDADE MANIPULAÇÃO

Resultado:

Alguns trafares estão interligados como falta de posicionamento, de transparência,


omissão e manipulação e isso permite que possam ser enfrentados de modo simultâneo.

Quanto aos trafores chegou-se a conclusão que o uso de alguns deles ajudará na autossu-
peração dos traços mais fracos, a saber:

- Determinação para enfrentar a falta de Priorização, principal fonte da ansiedade, vez


que sem um foco definido torna-se fácil entrar no emaranhado das atividades excessivas
e o consequente afastamento da Proéxis;
- Comunicabilidade para suplantar a falta de Posicionamento e Transparência, através da
comunicação cosmoética e assertiva resgatando a tranquilidade íntima;

- Inteligência voltada para criticidade, superando os desvios provenientes da postura


acrítica, omissa, equivocada, recuperando a lucidez necessária ao enfrentamento da
ansiedade;

Efeitos colaterais:

Este experimento foi o mais surpreendente desta autopesquisa, provavelmente devido à


interação com as diversas consciências grupocármicas. Foram observadas variáveis que
extrapolaram a expectativa da atividade, entre elas:

 A disponibilidade e participação dos consultados e a seriedade com que


trataram o assunto;
 A formação de campos assistenciais durante o desenvolvimento do tema;
 O equilíbrio mantido pela pesquisadora diante das pessoas que só conseguiam
apontar trafares demonstrando dificuldades em apontar os trafores. É impor-
tante observar que 10% dos entrevistados tiveram tal atitude;
 50% dos entrevistados apontaram a mesma quantidade de trafores e trafares;
 Alguns familiares e amigos aproveitaram a oportunidade para desabafar
mágoas guardadas da pesquisadora e gerou-se um campo de acertos grupo-
cármicos;
 Surpresas quanto a pessoas que julgava desafetos e, no entanto foram assisten-
ciais perante a pesquisadora.

Por fim, a pesquisa dos trafores e trafares através da heterocrítica repercutiu em dessas-
sédios, uma vez que se submetendo à cobaia ocorreram desdramatizações diversas geran-
do alívio e tranquilidade, como Flávia Guzzi coloca no seu livro Mudar ou mudar (2000;
Cap. 8, pag 113):

“É fundamental, à consciência que deseja evoluir, conhecer-se nas entranhas, a


fim de se transformar. O autoenfrentamento dói, incomoda e não dá ibope. Em
compensação, alivia e liberta a consciência.”

Esta afirmação tem validação neste experimento.

Experimento 02: Uso da Escrita via Priorizações Maduras.

Objetivo: Organizar as idéias com priorizações úteis para autossuperação da ansiedade.

Metodologia: Foram realizadas anotações aleatórias de todos os fatos relacionados com


a pesquisa. Registros diários e constantes, sob qualquer forma, desde digitações no
computador até pequenos relatos em qualquer papel disponível na ocasião (caderneta,
agenda, livro), sejam em viagens, salas de espera, intervalos de trabalho, qualquer lugar
ou momento serviu de oportunidade para catalogar ideias.

Resultado: compreensão melhor da ansiedade, seus sintomas e consequências. Melhor


organização dos pensenes e desassédios.
Experimento 03: Desenvolvimento do Parapsiquismo

Objetivo: utilização das potencialidades energéticas para sustentabilidade das conquistas


alcançadas.

Antecedentes: Ao refletir sobre a razão de ter conhecido a Conscienciologia há 17 anos e


não ter levado adiante, atribuí este distanciamento, como hipótese, à falta de investimento
no parapsiquismo, tanto que na época o livro-tratado de Projeciologia não gerou o menor
interesse, como se as experiências parapsíquicas fossem consistentes apenas para pessoas
especialmente “dotadas”, e, para os demais mortais, mera ficção.

Agora, nesta retomada evolutiva, foi decidido bancar o processo e por à prova essa
hipótese utilizando-a como ferramenta de enfrentamento da ansiedade.

Metodologia: Num período de cinco dias em cinco laboratórios do CEAEC (Centro de


Altos Estudos da Consciência em Foz de Iguaçu/Paraná) foram realizados experimentos
pontecializadores do processo parapsíquico:

1- Laboratório de Pensenologia: primeiro a ser utilizado onde o tempo de experimento é de


1h30m. Estado emocional: ansiedade/nervosismo. Vontade imensa de esclarecer e acal-
mar meus pensamentos. Impressão do ambiente: ótima, apesar da simplicidade. Inicial-
mente o soma (corpo) agitado, respiração ofegante. Técnica inicial: respirações profundas
e sequências de contrações/relaxamentos musculares. Surgimento de idéias voltadas para
cuidado com o corpo físico, lembranças da infância, estímulo a me tratar com o mesmo
carinho que trato os outros, motivada a lembrar de minhas qualidades, só pensamentos
bons. Percebi a presença de dois seres grandes com forma física peculiar (não-humana),
imediatamente a idéia de ajuda para realização do projeto do campus, visualização de
formas e interligações. Outras idéias como: reduzir o ritmo e praticar a Imobilidade Física
Vígil, observar a interligação do parapsiquismo e a realidade física. Em resumo, foram
várias ocorrências de neoidéias devidamente registradas que proporcionaram maior tran-
quilidade quanto ao rumo da existência, principalmente à execução da Proéxis;

2- Laboratório de EV (Estado Vibracional): segundo a ser experimentado, compreendendo


também um tempo de 1h30. Estado emocional: tranquila. A observação da prática do EV
em situações diferentes: em pé, sentada e deitada. A postura de analisar as reações no
próprio veículo físico foi positiva, trouxe mais tranquilidade permitindo um reconhe-
cimento mais efetivo do próprio EV. As sinaléticas observadas durante o experimento
foram: ativações do frontochacra, coronochacra, palmochacra e plantochacra, luzes, visão
turva, tontura, zumbidos, mobilização de energias pelo corpo (soma). Nível de satisfação:
bom. Conscientização quanto a busca de uma qualificação pela prática constante. Neste
laboratório também vieram ideias como alguns cursos a realizar e superação da influência
religiosa nas ações. O mais importante neste experimento foi o estímulo para um invésti-
mento maior na profilaxia energética, importante para enfrentar os desassédios da vulne-
rabilidade decorrente da ansiedade;

3- Laboratório de Imobilidade Física Vígil: experimento que consiste em ficar sentada e


imóvel durante 3 horas olhando para uma parede branca, aparentemente impossível para
quem é ansioso. Ao vivenciar este laboratório concluo ser inteligente, para quem possui
a síndrome do ansiosismo, optar pela utilização desta técnica, mesmo que realizando em
sua própria residência, caso não possa ir ao laboratório em Foz de Iguaçu. Posso afirmar
que os resultados são eficazes. Além da descoincidência dos corpos, ocorreram vários
banhos energéticos revigorantes, orientações esclarecedoras dos amparadores, mesmo
sem ter conseguido ficar imóvel durante as três horas completas neste primeiro
experimento;

4- Laboratório de Despertologia: onde foi vivenciada uma PL (projeção lúcida) proporciona-


da pelos amparadores do laboratório. Neste ambiente foi experimentada a saída lúcida do
veículo intrafísico e o seu retorno que, apesar de ter sido uma pequena distância do corpo,
além da compreensão do processo de projeção, foi também auxiliar no enfrentamento da
ansiedade, uma vez que a tranquilidade é fundamental para que o fenômeno ocorra de um
modo equilibrado;

5- Laboratório Grupal no curso Acoplamentarium: onde se evidenciou percepções do próprio


parapsiquismo, e o autocontrole da ansiedade foi a ferramenta facilitadora neste experi-
mento.

Resultado: RECONHECIMENTO e valorização do próprio parapsiquismo, recordação


de projeções lúcidas e semi-lúcidas com o devido registro de cada uma delas, desassédios
e otimizações das parapercepções.

Vale lembrar uma frase citada no 2º TPA (Curso de Teoria e Prática da Autopesqui-
sa): “Como você quer se projetar lucidamente se no dia a dia você não está lúcido?
(Cibele Lessa, professora). Só agora vem a compreensão de que o parapsiquismo e a vida
cotidiana, apesar de tão atrelados, necessitam de uma boa dose de lucidez para serem
devidamente aproveitados rumo à evolução. E essa lucidez refletirá a priorização
evolutiva.

O ser ansioso não tem priorização, reage às adversidades.

Experimento 04: Desenvolvimento Mentalsomático

Objetivo: Aceleração e priorização na execução da Proéxis e a consequente higidez


pensênica para conquista da superação da ansiedade.

Metodologia: Saturação de neoideias através de cursos conscieciológicos (no período de


01 ano foram realizados 16 cursos), leituras e análise de artigos, livros, filmes e revistas
aumentando as sinapses relativas ao processo evolutivo. Mobilização com foco no desen-
volvimento pessoal e na repercussão sobre os demais.

Resultado: ampliação mentalsomática, desassédios, equilíbrio, autoconsciencialidade,


aceleração pessoal rumo à Proéxis.

10. IDENTIFICAÇÃO DA ASSISTENCIALIDADE NA SUPERAÇÃO DA ANSIE-


DADE

Observando que, na preocupação com o desempenho pessoal, egóico, as experiências


tendem a travar, enquanto que ao sair de si para agir em prol do outro, ocorrem
desbloqueios chegou-se à evidência do importante papel da assistencialidade.
Como exemplo, vem à lembrança o convite para proferir palestras, justamente para a
pesquisadora que durante um bom tempo (adolescência até o início da idade adulta)
apresentava uma timidez crônica, a ponto de não conseguir fazer uma pergunta sequer na
faculdade sem tremer e suar frio. Quando surgiu o convite para apresentar as experiên-
cias de trabalho, a ideia de superação da timidez logo tomou conta e a decisão de bancar
o desafio falou mais alto. No entanto, ao colocar-se frente-a-frente com a plateia, a inse-
gurança deu sinal de estragar tudo. Nesse momento, ao perceber a expectativa dos pre-
sentes e seus olhares ávidos de informações, aos poucos, a vontade de ser útil se tornou
mais importante que o desempenho pessoal, instalou-se a segurança necessária para
esquecer-se de si e pensar tão-somente no atendimento do outro. Essa postura além de
servir como estratégia para cada situação de exposição que o trabalho possa requisitar,
proporciona a acalmia, o equilíbrio e a sensação de bem estar contrários a qualquer
sintoma de ansiedade.

Outro exemplo da postura assistencial sobrepondo o foco egocêntrico foi o envolvimento


no projeto arquitetônico para construção do Campus Conscienciológico de Natal, uma
experiência deixou claro que, o fato de gerir um serviço em benefícios de muitos, pode
acarretar sucessivos momentos de tranquilidade, de leveza, contrários aos momentos de
turbulências gerados pela ansiedade. Em consequência, o trabalho, a vida pessoal, desde
acontecimentos mais simples aos mais complexos começaram a entrar no eixo, surgindo
um sentimento de finalidade, de “fazer sentido”.

Percebeu-se então que há uma razão para execução de uma tarefa maior, mais abrangente,
direcionada a um grupo maior, que vai além da preocupação consigo mesmo, com o
próprio umbigo. É a meta existencial, a Proéxis (programação existencial) tomando força
e sinalizando sua presença, e, quando colocada em prática, tem o poder de impulsionar a
reciclagem pessoal rumo à serenidade, eliminando os anelos da ansiedade.

Concordo com o texto publicado no Journal of Concientiology (vol 10, nº 37-S):

“A profilaxia da ansiedade é a interassistencialidade madura – aquela que é


isenta, desinteressada e de intencionalidade cosmoética”

(Adriana de Lacerda Rocha – Autossuperação da Ansiedade, 2007; pag 84)

11. CONCLUSÃO

Na presente investigação foram constatados os seguintes fatos:


 O significado das palavras e a pesquisa nos dicionários serviram de ajuda na
autossuperação da confusão mental dando início ao autoesclarecimento e o
posicionamento quanto ao tipo de ansiedade presente no processo, vez que o
envolvimento com excessos de atividades acaba gerando distorções da realidade
e a imprecisão das palavras agrava ainda mais a situação;
 A identificação de trafores para superação de alguns trafares como: Decisão para
controle dos exageros; Comunicabilidade no enfrentamento da Falta de
Transparência; Neofilia para superação de crenças limitantes como as ideias de
cunho religioso (sentimento de culpa, hipocrisias, inseguranças); Proatividade na
busca de novos desafios para realização de conquistas com foco na evolução; e
Assistencialidade para superação das atitudes egoicas perturbadoras e
desequilibrantes.
 O parapsiquismo redescoberto como elemento de sustentabilidade de todo o pro-
cesso para a realização desta pesquisa.

 A compreensão de que é imprescindível equilíbrio e serenidade, opositores da


ansiedade, para enfrentamento dos sucessivos desafios inerentes à jornada evolu-
tiva.

 O despertar e a coragem para assumir a nova responsabilidade, a aceitação dos


próprios limites, o entendimento do risco constante em cometer equívocos, mas a
certeza de que o autoposicionamento cosmoético pode manter firme o objetivo
principal: a autossuperação.

 A confirmação de que a mobilização das energias em direção à PROÉXIS traz o


apaziguamento da própria ansiedade e que para manutenção do processo é
necessário autodiscernimento quanto às PRIORIZAÇÕES.

BIBLIOGRAFIA

1. VIEIRA, Waldo. Manual da Proéxis – Programação Existencial; 4ª edição, Ed. Editares,


Foz de Iguaçu, PR; 2005.

2. VIEIRA, Waldo. 700 Experimentos da Conscienciologia; Ed. IIPC- Instituto


Internacional de Projeciologia e Conscienciologia; Rio de Janeiro, RJ; 1994.

3. VIEIRA, Waldo. Homo sapiens reurbanisatus, CEAEC Editora, Foz de Iguaçu/PR; 2003.

4. BALONA, Málu. Autocura através da Reconciliação – Um estudo prático sobre a


afetividade; 2ª edição, Ed. IIPC- Instituto Internacional de Projeciologia e
Conscienciologia; Rio de Janeiro, RJ; 2004.

5. VICENZI, Luciano. Coragem para evoluir, 2ª edição, Ed Editares, Foz de Iguaçu, PR;
2005.

6. GUZZI, Flávia. Mudar ou Mudar – Relatos de uma reciclante existencial., 2ª edição. Ed.
IIPC- Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia; Rio de Janeiro, RJ;
2000.

7. ROCHA, Adriana de Lacerda. Auto-superação da Ansiedade, publicação no Journal of


Conscientiology, Anais de Estudos do Colégio Invisível da Cosmoética, Ed IAC
International academy of Consciousness, Vol 10, Nº 37-S; 2007.

8. Dicionário da Língua Portuguesa – Larousse Cultural. Ed. Nova Cultural, São Paulo, SP;
1992.

9. Dicionário Aurelio Buarque de Holanda _ Positivo Editora.

10. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa - Houaiss, Antonio Ed. OBJETIVA


Silvana Affonso, Arquiteta graduada pela UFPE (Universidade Federal de
Pernambuco), Voluntária do INTERCAMPI Recife, Coordenadora do Comitê Campus
do INTERCAMPI em Natal.

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