Prova USP Especialidades - Clinicas-Prova
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RESIDÊNCIA MÉDICA - 2021 ASSINATURA
SALA: CARTEIRA:
ESPECIALIDADES CLÍNICAS
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D E
reclamações posteriores.
Não será permitida qualquer espécie de consulta nem o uso de aparelhos eletrônicos.
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Boa prova!
03/Janeiro/2021
QUESTÃO 01 QUESTÃO 05
Mulher de 65 anos vem com história de fraqueza há dois meses. Homem de 55 anos, com diagnóstico de miocardiopatia
Refere temperatura de 37,5°C no período e emagrecimento de chagásica, com quadro de dispneia progressiva aos esforços,
3 kg (60 kg para 57 kg) apesar de se alimentar bem. Refere que piorou há três dias. Exame clínico: regular estado geral,
insônia e desatenção. Nega medicações em uso. Exame clínico: corado, FC = 102 bpm, rítmico, PA = 142X70 mmHg. Bulhas
BEG, corada, hidratada, eupneica. PA = 140x70 mmHg, sem rítmicas e normofonéticas, B3+ e sopro sistólico 3+/6+,
hipotensão postural, P= 110 bpm. Restante normal. Traz exames: regurgitativo, em área mitral. Murmúrio vesicular presente, com
hemograma, glicemia, creatinina e potássio normais. estertores finos em 2/3 inferiores, bilateralmente. Edema em
A medicação mais adequada para o tratamento desta paciente é: membros inferiores 2+/4+.
A conduta mais adequada é:
(A) Prednisona.
(B) Mirtazapina. (A) Furosemida IV e carvedilol VO.
(C) Ceftriaxona. (B) Dobutamina IV e captopril VO.
(D) Metimazol. (C) Dobutamina IV e carvedilol VO.
(D) Furosemida IV e captopril VO.
QUESTÃO 02
Homem de 20 anos, com antecedente de bronquite na infância QUESTÃO 06
que melhorou na pré-adolescência, apresenta crises de tosse Mulher de 40 anos vem com queixa de diarreia há dois meses.
seca e aperto no peito há três meses. Em uma das crises, São três episódios/dia de fezes líquidas, sem muco ou sangue.
procurou Pronto-Socorro, onde recebeu inalações, com melhora. Nega febre e teve redução de 65 para 63 Kg no período. Nega
Tem tido sintomas diurnos aproximadamente uma vez por mudança do padrão de alimentação. Refere estar mais ansiosa
semana. A espirometria mostra CVF=91%, devido à pandemia. Seu exame clínico é normal. Exames: anti-
VEF1=82%,VEF1/CVF = 0,74, com resposta significativa após a transglutaminase IgG normal (IgA não realizada), teste de
administração de broncodilatador. tolerância à lactose sérica em jejum e de 30 em 30 minutos:
A conduta mais adequada é: 85 mg/dL, 90 mg/dL, 95 mg/dL, 95 mg/dL, calprotectina nas fezes
diminuída, protoparasitológico de fezes com Endolimax nana,
lipase sérica normal.
(A) Budesonida+formoterol 400/12 mcg duas vezes ao dia e
salbutamol 200 mcg nas crises. A conduta mais adequada é prescrever:
(B) Budesonida 200 mcg duas vezes ao dia e
salbutamol 200 mcg nas crises. (A) Amitriptilina.
(C) Budesonida+formoterol 400/12 mcg nas crises. (B) Ivermectina.
(D) Budesonida+formoterol 200/6 mcg duas vezes ao dia e (C) Lactase.
salbutamol 200 mcg nas crises. (D) Pancreatina.
QUESTÃO 03 QUESTÃO 07
Mulher de 38 anos é internada para investigação de febre alta, Mulher de 75 anos em avaliação pré-operatória de histerectomia
com um a dois picos diários, há três meses. Refere rash total abdominal com linfadenectomia pélvica por adenocarcinoma
maculopapular pruriginoso acometendo predominantemente o de endométrio estágio T2N0M0. Refere episódios de
tronco, que surge apenas durante a febre e some completamente precordialgia atípica relacionada a episódios de estresse, mas
com a resolução da mesma. Exames com anemia de doença não aos esforços. Nega dispneia. Antecedentes: dislipidemia e
crônica, leucocitose com neutrofilia, plaquetose, aumento de diabetes mellitus há 20 anos, infarto do miocárdio há oito anos,
provas de atividade inflamatória e elevação do complemento com angioplastia primária e colocação de stent não
sérico e da ferritina. Sedimento urinário normal e ecocardiograma farmacológico e episódio de ataque isquêmico transitório há
transtorácico, com boa janela, normal. quatro anos. Está em uso de metformina, insulina NPH 10U à
O tratamento mais adequado, baseado na principal hipótese noite, amlodipino, atenolol, AAS, ciprofibrato e atorvastatina.
diagnóstica, é: Exame clínico: PA = 134x88 mmHg, FC = 88 bpm,
IMC=34 kg/m², sem sopros carotídeos, sem estase jugular.
Restante do exame também sem alterações. Exames pré-
(A) Anti-inflamatório não hormonal. operatórios: ECG = ritmo sinusal e inversão de onda T em parede
(B) Pulsoterapia de ciclofosfamida. inferior, radiografia de tórax, hemograma, função renal,
(C) Pulsoterapia de corticoide. coagulograma e eletrólitos normais. Cintilografia de perfusão
(D) Antibioticoterapia. miocárdica realizada há quatro anos = Gated 68%, hipocaptação
persistente em segmento septal de parede inferior.
Com relação à avaliação cardiológica adicional para essa
QUESTÃO 04 paciente dever-se-ia:
Homem de 25 anos apresenta hipertensão arterial. Na
investigação encontra-se relação aldosterona / atividade de (A) Proceder à cirurgia sem investigação adicional.
renina bastante elevada e nódulo de 6 cm em adrenal esquerda.
(B) Solicitar nova cintilografia de perfusão miocárdica.
Os exames mostrarão com maior probabilidade:
(C) Solicitar ecocardiograma transtorácico.
(D) Solicitar angiografia de coronárias.
(A) Hipercalemia, acidemia e hipoglicemia.
(B) Hipocalemia, alcalemia e hiperglicemia.
(C) Hipocalemia, acidemia e hiperglicemia.
(D) Hipercalemia, alcalemia e hipoglicemia.
QUESTÃO 25 QUESTÃO 28
Homem de 60 anos, etilista, vem trazido pela esposa com Mulher de 70 anos em consulta de rotina vem com hemograma
rebaixamento do nível de consciência há dois dias. Negava febre. mostrando pancitopenia e macrocitose, com reticulócitos
Em uso de furosemida 80 mg/dia e espironolactona 200 mg/dia e diminuídos. Tem artrite reumatoide, diabetes e fibrilação atrial.
propranolol 80 mg/dia. Teve sangramento digestivo há seis Faz uso crônico de varfarina, metformina, metotrexate e
meses, quando foi feita ligadura de varizes esofágicas. Hábito omeprazol. O medicamento que MENOS provavelmente leva às
intestinal duas vezes ao dia. Dieta normal com pouca proteína alterações laboratoriais descritas é:
animal. Exame clínico: sonolento, consciente, orientado, (A) Varfarina.
flapping +, PA = 100x70 mmHg, P = 60 bpm, ictérico ++/4+, (B) Metformina.
descorado ++/4+, pulmões e coração normais, ascite pequena, (C) Omeprazol.
fígado não palpável e baço a 3 cm do rebordo costal esquerdo. (D) Metotrexate.
Membros com edema +/4+, telangiectasias em tronco. Exames:
bilirrubina total = 5,0 mg/dL, bilirrubina direta = 4,5 mg/dL,
albumina = 3,5 g/dL, INR = 1,6, ureia = 30 mg/dL, QUESTÃO 29
creatinina = 0,8 mg/dL, hemoglobina = 10 g/dL,
Comparada a uma mulher estadunidense branca de 65 anos de
leucócitos = 5000/mm3, pH = 7,32, bicarbonato = 22 mEq/L.
idade, 65 Kg de peso e 1,65 m de altura e nenhum fator de risco
No manejo do cuidado deste paciente deve-se: relevante para osteoporose, o risco de uma mulher brasileira,
com as mesmas características, apresentar uma fratura óssea
(A) Diminuir furosemida para 40 mg e espironolactona para maior por osteoporose, em 10 anos, é aproximadamente:
100 mg. (A) Três vezes menor e, portanto, o exame da densitometria
(B) Considerar que o nível de consciência seja evolução natural óssea seria dispensável.
da doença. (B) Duas vezes maior e, portanto, o exame da densitometria
(C) Hidratar, introduzir ceftriaxona e esvaziar a ascite. óssea seria recomendável.
(D) Suplementar vitamina K parenteral. (C) Igual e, portanto, o exame da densitometria óssea seria
necessário.
(D) A metade e, portanto, a densitometria óssea seria
recomendável.
QUESTÃO 35
QUESTÃO 30
Mulher de 36 anos, primigesta, 12 semanas de gestação,
Em relação ao manejo da lesão renal aguda, a próxima conduta assintomática, retorna com as seguintes sorologias:
mais adequada é:
Toxoplasmose: IgG e IgM reagentes
Rubéola: IgG e IgM não reagentes
(A) Furosemida 80 mg IV e, se diurese > 200 mL em 2 horas,
manter de horário. CMV: IgG reagente e IgM não reagente
(B) Furosemida 80 mg IV e, se diurese < 200 mL em 2 horas, EBV: IgG reagente e IgM não reagente
iniciar diálise. Hepatite B: AgHBs, Anti-HBc e Anti-HBs não reagentes
(C) Realizar expansão volêmica e balanço hídrico positivo. Hepatite A: IgG reagente e IgM não reagente
(D) Iniciar diálise. Hepatite C: não reagente
A conduta mais adequada é solicitar:
QUESTÃO 31
(A) Avidez para toxoplasmose (IgG) e vacinação para
Em relação ao controle glicêmico deste paciente, a conduta mais hepatite B e para rubéola agora.
adequada é:
(B) Avidez para toxoplasmose (IgM) e vacinação para
hepatite B e para rubéola após o parto.
(A) Insulinoterapia intravenosa com meta de glicemia capilar (C) Avidez para toxoplasmose (IgG) e vacinação para
entre 80-140 mg/dL. hepatite B agora.
(B) Fazer 6 UI de insulina regular subcutânea agora e 10 UI de (D) Avidez para toxoplasmose (IgM) e vacinação para
insulina glargina à noite. hepatite B após o parto.
(C) Fazer 6 UI de insulina regular subcutânea agora e 8 UI de
insulina NPH 8/8h.
(D) Insulinoterapia intravenosa com meta de glicemia capilar QUESTÃO 36
entre 140-180 mg/dL. Homem de 32 anos é trazido para atendimento no Pronto-
Socorro devido a quadro de dificuldade respiratória e fraqueza
muscular após discussão familiar. Tem hipertensão de difícil
QUESTÃO 32 controle há vários anos. Exames: K+ = 2,2 mEq/L; pH = 7,52;
Em relação à terapia nutricional, a conduta mais adequada para PvCO2 = 34 mmHg; bicarbonato = 28 mEq/L. A tabela resume os
o dia de hoje é: exames da última consulta ambulatorial.
(A) Senna.
(B) Polietilenoglicol.
(C) Supositório glicerina.
(D) Docusato de sódio.
QUESTÃO 39
Mulher de 61 anos com queixa de cefaleia recorrente há um mês,
bitemporal, associada a dor e rigidez nos ombros. Antecedentes
pessoais: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2
insulino-dependente e doença arterial coronariana com
angioplastia há um ano. Exame clínico: IMC 34 kg/m 2,
hipersensibilidade à palpação do couro cabeludo, sem lesões
cutâneas; dor à movimentação de ombros, com força preservada.
Restante do exame sem alterações.
A causa mais provável para a dor nos ombros é:
A conduta terapêutica mais adequada para esta paciente é:
(A) Polimiosite.
(A) Descompressão cirúrgica.
(B) Fibromialgia.
(B) Heparinização plena.
(C) Polimialgia reumática.
(C) Antiagregação plaquetária.
(D) Síndrome miofascial.
(D) Trombólise endovascular.
QUESTÃO 40
QUESTÃO 43
Homem de 60 anos, previamente hipertenso e diabético, será
submetido à cirurgia de revascularização do miocárdio. Está Mulher de 90 anos, viúva, vem à consulta ambulatorial trazida por
hospitalizado há 36 horas. um dos filhos por apatia há seis semanas. Frequentava sempre
a igreja, porém nesse período não quer mais sair de casa. O
Em relação à antibioticoprofilaxia, a conduta mais adequada é:
apetite está reduzido, perdeu 4 kg e também está com dificuldade
(A) Vancomicina duas horas antes, com repetição para dormir. Tem antecedentes de hipertensão arterial,
intraoperatória após quatro horas. constipação crônica e quedas frequentes.
(B) Cefuroxima duas horas antes, sem repetição A melhor opção de tratamento para esta paciente é:
intraoperatória.
(A) Amitriptilina.
(C) Clindamicina uma hora antes, sem repetição
(B) Fluoxetina.
intraoperatória.
(C) Bupropiona.
(D) Cefazolina uma hora antes, com repetição intraoperatória
após quatro horas. (D) Mirtazapina.
QUESTÃO 48
Mulher de 29 anos com diagnóstico de hipertensão arterial
sistêmica desde a primeira gestação. Está na 8ª semana de uma
segunda gestação, em uso de enalapril 20 mg 12/12 horas e
hidroclorotiazida 12,5 mg uma vez ao dia. Assintomática. Exame
clinico sem alterações, PA = 120/74 mmHg.
A melhor conduta no momento é:
QUESTÃO 66 QUESTÃO 70
Homem de 70 anos, hipertenso e diabético há 10 anos, com mau Homem de 76 anos, com diagnóstico de câncer de sigmoide, foi
controle, vem com história de vômitos e queda do estado geral internado para realização de retossigmoidectomia. Apresenta
há três dias. Exame clínico: PA = 180x100 mmHg, FC = 100 bpm, hematoquezia diariamente. Evoluiu com dispneia súbita e dor
descorado +/4+, em anasarca, ausculta cardíaca normal, torácica no segundo dia de internação. Realizou angiotomografia
pulmões com crepitação fina em metade de ambos hemotóraces de tórax, com diagnóstico de tromboembolismo pulmonar e
e abdômen com fígado a 2 cm do rebordo costal direito, doloroso. trombose venosa profunda de veia femoral direita. Está
Exames: Hemoglobina = 10 g/dL, ureia = 250 mg/dL, creatinina = hemodinamicamente estável. Tem proposta de realizar cirurgia
8 mg/dL e relação proteinúria/creatinúria = 4,0. Ultrassonografia em três dias. Exames laboratoriais: Hemoglobina = 7,9 mg/dL,
renal: rins com 11 cm. leucócitos = 10.200/mm3, ureia = 55 mg/dL,
Na investigação das alterações renais descritas, devemos fazer: creatinina = 1,1 mg/dL, glicemia = 88 mg/dL,
albumina = 3,2 mg/dL, ferritina = 8 mg/dL.
A conduta recomendada neste caso é:
(A) Biópsia renal.
(B) Eletroforese de proteínas.
(A) Anticoagulação com heparina de baixo peso molecular e
(C) Fundoscopia. antecipar cirurgia.
(D) Sorologia para hepatite C. (B) Anticoagulação com heparina de baixo peso molecular e
adiar a cirurgia.
QUESTÃO 67 (C) Filtro de veia cava e antecipar cirurgia.
Mulher de 64 anos está internada na UTI com quadro confirmado (D) Filtro de veia cava, profilaxia com heparina de baixo peso
de COVID-19. Está em uso de ventilação não-invasiva com molecular e adiar a cirurgia.
FiO2 = 70%, FR = 40 ipm, EPAP = 8 cm H2O, IPAP = 12 cmH2O,
Vc = 600 mL. Peso predito = 60 Kg. Você opta pela intubação e
QUESTÃO 71
a paciente é colocada em modo volume controlado (VCV),
PEEP = 10 cmH2O, FIO2 = 100%, Vc = 360 mL, fluxo = 30 L/min, Homem de 45 anos, com história quatro meses de síndrome
pressão de platô = 24 cmH2O, FR = 20 ipm. Após a intubação, a consumptiva, alteração comportamental e crises convulsivas
paciente evoluiu com parada cardiorrespiratória em atividade tônico-clônicas generalizadas. A ressonância nuclear magnética
elétrica sem pulso. evidenciou hidrocefalia, atrofia cortical e quebra de barreira.
A causa mais provável da parada cardiorrespiratória é: Líquor com proteínas = 180 mg/dL, 240 células (62% linfócitos,
10% monócitos e 28% neutrófilos) e adenosina
deaminase = 48 U/L. O exame anti-HIV foi reagente, com
(A) Pneumotórax. linfócitos T CD4 = 35 células/mm3 e PCR
(B) Atelectasia. HIV= 324.000 copias/mL (5,51 log).
(C) Intubação seletiva. A conduta mais adequada para este paciente é:
(D) Acidose respiratória.
(A) RIPE + corticoide juntamente com Tenofovir + Lamivudina
+ Dolutegravir.
QUESTÃO 68
(B) Aguardar resultado do teste rápido molecular para
Dado o seguinte exame de urina I: densidade 1005, sangue +++, Mycobacterium tuberculosis.
Leucócitos 1000/mL, hemácias: 1000/mL.
(C) Aguardar resultado da PCR para Mycobacterium
O diagnóstico mais provável é: tuberculosis.
(D) RIPE + corticoide e aguardar dois meses para início de
(A) Glomerulonefrite difusa aguda. Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir.
(B) Anemia falciforme.
(C) Carência de vitamina B12.
(D) Malária grave.
QUESTÃO 73
Homem de 32 anos é admitido na UTI por politraumatismo com
trauma cranioencefálico e contusão pulmonar. Evoluiu com
quadro compatível com morte encefálica. O exame neurológico é
compatível com o diagnóstico. Será realizado o teste de apneia.
Gasometria arterial (FiO2 = 1): pH = 7,26, PaO2 = 100 mmHg,
PaCO2 = 50 mmHg, bicarbonato = 24 mEq/L. Parâmetros
ventilatórios: VCV, PEEP = 5 cm H2O, Vc = 360 mL (6 mL/Kg),
FR = 18 ipm, fluxo = 40 L/min, PPL = 25 cmH2O.
Os passos subsequentes para proceder ao teste de apneia são:
QUESTÃO 74 QUESTÃO 76
Mulher de 73 anos chega ao consultório com seu marido, muito Mulher de 34 anos, hígida, com diagnóstico de COVID-19, está
preocupado, referindo que sua mulher até 15 dias atrás fazia todo na UTI há seis dias e intubada há cinco dias. Foi curarizada por
o serviço de casa, quando caiu da própria altura. Após alguns 72 horas após a intubação, com três sessões de prona. Evolui
dias, passou a ficar apática, inapetente, com flutuação da nas últimas 4 horas com piora de hipoxemia e choque. Ao exame:
consciência e dificuldade de marcha. Era funcional e T = 37,2°C, FC = 132 bpm, FR = 32 ipm, PA = 80 x 60 mmHg,
independente para atividades da vida diária. Faz uso de SpO2 = 80%. RASS – 3, em uso de fentanil 20 mcg/h +
enalapril 20 mg duas vezes ao dia, clortalidona 25 mg uma vez propofol 150 mg/h. Em ventilação mecânica, modo pressão
ao dia e AAS 100 mg uma vez ao dia. Exame clínico: controlada (PCV): PEEP = 16 cmH2O, FIO2 = 100%,
PA = 140 x 60 mmHg, FC = 88 bpm, FR = 18 ipm, T = 35,6°C. P = 12 cm H2O, Vc = 240 mL (Peso predito = 60 Kg). Realizada
Desorientada e desatenta, sem déficits motores. Ritmo cardíaco ultrassonografia point-of-care: ventrículo direito dilatado com
com extra-sístoles eventuais. Sem outras alterações ao exame. movimento paradoxal do septo interventricular, ventrículo
O próximo passo na investigação diagnóstica é: esquerdo hiperdinâmico, veias femorais e poplíteas
compressíveis, presença de linhas B com consolidações
(A) Holter cardíaco de 24 horas. subpleurais em ambos hemitóraces, com deslizamento pleural
ausente.
(B) Rastreamento infeccioso.
A próxima conduta a ser realizada é:
(C) Tomografia computadorizada de crânio.
(D) Dosagem de TSH, T4 livre e vitamina B12.
(A) Reduzir PEEP e aumentar volume corrente.
(B) Trombólise química.
(C) Anticoagulação plena.
(D) Toracocentese de alívio bilateral.
QUESTÃO 95
Na investigação de um homem de 60 anos com anemia, foi (A)
realizado um esfregaço periférico apresentado na imagem.
(B)
(C)
(A) Ferropenia.
(B) Hiperfosfatemia.
(C) Hipercalcemia.
(D) Macrocitose.
Probabilidade predita
Sensibilidade
QUESTÃO 102
Mulher de 42 anos é admitida na UTI com quadro de COVID-19
oriunda de hospital de campanha, onde foi intubada por
hipoxemia. Sem comorbidades descritas. Exame clínico:
T = 36,2oC, FC = 62 bpm, FR = 22 ipm, PA = 115x72 mmHg,
SpO2 = 97%, glicemia capilar = 115. RASS – 4, em uso de
midazolam 10 mg/h e fentanil 20 mcg/h, pupilas mióticas e
fotorreagentes. Em ventilação mecânica, modo pressão de
suporte (PSV), PEEP = 8 cmH2O, FIO2 = 50%, P = 10 cmH2O,
Limiar de alto risco Vc = 550 mL (Peso predito = 55 Kg). Sem drogas vasoativas.
Fonte: www.bmj.com/content/370/bmj.m3339 Recebe dieta enteral 20 mL/h. Diurese = 1.200 mL nas últimas
12 horas. Tomografia de tórax: infiltrado em vidro fosco
acometendo 30% do parênquima pulmonar. Exames
QUESTÃO 99 laboratoriais: pH = 7,38, PaO2 = 80 mmHg, PaCO2 = 38 mmHg,
As informações apresentadas em cada gráfico são, bicarbonato = 24 mEq/L, creatinina = 0,8 mg/dL,
respectivamente: leucócitos = 8.200/mm3, plaquetas = 192.000/mm3.
(A) Discriminação, calibração e análise da curva de decisão. As próximas condutas a serem realizadas nesse caso são:
(B) Calibração, análise da curva de decisão e discriminação.
(C) Análise da curva de decisão, discriminação e calibração. (A) Desligar a sedação, realizar teste de respiração
(D) Calibração, discriminação e análise da curva de decisão. espontânea e proceder à extubação.
(B) Assegurar sedação profunda, curarizar e modificar para
modo volume-controlado.
QUESTÃO 100
(C) Instalar BIS com alvo de 20-40, curarizar e modificar para
Baseado na análise dos gráficos, pode-se afirmar que: modo volume-controlado.
(A) A discriminação da idade é melhor do que o escore CURB- (D) Manter sedação leve e modificar para modo pressão
65. controlada.
(B) Há grande probabilidade de se observar o desfecho predito
com o escore 4C.
(C) Em um limiar de risco de 10%, o escore 4C é melhor do que
tratar todos os pacientes.
(D) Não há diferença na aplicabilidade clínica entre os escores
4C, CURB-65 e A-DROP.
QUESTÃO 104
O estudo “Outcomes of 3.737 COVID-19 patients treated with hydroxychloroquine/azithromycin and other regimens in Marseille, France:
a retrospective analysis” foi publicado em junho de 2020. Em uma coorte de pacientes hospitalizados e não-hospitalizados com resultado
positivo para SARS-CoV-2, os autores compararam o uso da combinação hidroxicloroquina/azitromicina por pelo menos três dias contra
o uso de outros regimes de tratamento (que incluíram uso de hidroxicloroquina/azitromicina por menos de três dias, hidroxicloroquina
isoladamente, azitromicina isoladamente e uso de nenhum desses tratamentos). Os desfechos incluíram mortalidade hospitalar,
admissão em UTI, hospitalização ≥ 10 dias e persistência de positividade em PCR para SARS-CoV-2 ≥ 10 dias. Segundo os autores,
dado que houve somente 35 óbitos, optou-se por incluir três variáveis para ajuste estatístico (o tratamento utilizado, o escore NEWS2 e
o escore de comorbidades de Charlson). Os autores analisaram a sobrevida com modelo de regressão de Cox e escores de propensão
usando pareamento e ponderação. Neste resultado, os autores optaram por analisar apenas pacientes > 60 anos, pois não houve óbitos
em pacientes com menos de 60 anos, apresentando o resultado abaixo.
Assinale a alternativa que traz a interpretação correta a respeito dos itens apresentados do estudo:
(A) Os resultados dos modelos com escores de propensão ratificam a confiabilidade no resultado da análise multivariada com o
modelo de Cox.
(B) O estudo carece de validade interna e não deve ser utilizado para decisões clínicas e de saúde pública.
(C) Os grupos comparados se assemelham a uma análise por intenção de tratar em ensaios clínicos.
(D) O estudo tem validade interna, porém não é generalizável.
QUESTÃO 105
Uma mulher de 66 anos, assintomática, fumante de um maço de cigarros por dia desde os 20 anos de idade, procura ajuda médica para
parar de fumar e saber se o cigarro já comprometeu a sua saúde. Ela fuma, sistematicamente, um cigarro a cada 40-45 minutos. Nega
relação ou alteração do tabagismo com café, sono ou outro hábito diário. Nega também maior vontade de fumar em momentos de
estresse. A aplicação do teste de Fagerström apontou escore 8.
A conduta mais adequada é:
(A) Aconselhamento em grupo para cessação do tabagismo e espirometria.
(B) Aconselhamento breve individual para cessação do tabagismo e tomografia dos pulmões de baixa dose.
(C) Aconselhamento, medicamento anti-tabágico e tomografia dos pulmões de baixa dose.
(D) Aconselhamento, medicamento anti-tabágico e espirometria.
QUESTÃO 107
Homem de 52 anos, branco, faz acompanhamento ambulatorial por miocardiopatia hipertensiva há seis meses. Faz uso de furosemida
40 mg e espironolactona 25 mg pela manhã, além de enalapril 20 mg e carvedilol 25 mg duas vezes ao dia. Desde o último retorno há
dois meses, deixou de melhorar e persiste com dispneia ao caminhar pela casa, no plano. Exame clínico: PA = 108X86 mmHg, corado,
hidratado, eupneico em repouso, bulhas rítmicas e sopro sistólico ++/4+ em área mitral, com irradiação para axila, pulmões sem
alterações e membros inferiores sem edema. Hemograma, eletrólitos, ureia e creatinina normais. Ecocardiograma: fração de ejeção =
0,3; hipocontratilidade difusa. Um eletrocardiograma do momento da consulta é mostrado.
QUESTÃO 108
A medida de efeito que pode ser utilizada para apresentar este resultado é:
(A) Risco relativo.
(B) Diferença entre medianas.
(C) Chances.
(D) Média.
QUESTÃO 109
Os autores apresentaram uma análise estratificando os pacientes de acordo com o suporte respiratório no momento da randomização.
QUESTÃO 110
Uma revisão sistemática da Organização Mundial da Saúde avaliando o efeito de corticosteroides em pacientes críticos com COVID-19
foi publicada na revista Journal of the American Medical Association (JAMA) no dia 2 de setembro de 2020. O resultado da meta-análise
está apresentado abaixo.
No de No de
Medicação e Identificador Dose inicial e mortes/total mortes/total Odds ratio Favorece Favorece não Peso,
estudo ClinicalTrials.gov administração Não (IC 95%)
Favorece
esteroides
Favorece
esteroides
não %
Peso,
Esteroides esteroides esteroides %
esteroides
Dexametasona
DEXA-COVID 19 NCT04325061 Alta: 20 mg/d IV 2/7 2/12 2,00 (0,21-18,69) 0,920,92
CoDEX NCT04327401 Alta: 20 mg/d IV 69/128 76/128 0,80 (0,49-1,31) 18,69
18,69
RECOVERY NCT04381936 Baixa: 6 mg/d VO ou IV 95/324 283/683 0,59 (0,44-0,78) 57,00
57,00
Efeito fixo de subgrupo 166/459 361/823 0,64 (0,50-0,82) 76,60
76,60
Hidrocortisona
CAPE COVID NCT02517849 Baixa: 200 mg/d IV 11/75 20/73 0,46 (0,20-1,04) 6,80
COVID STEROID NCT04348305 Baixa: 200 mg/d IV 6/15 2/14 4,00 (0,65-24,66)
6,80
1,39
REMAP-CAP NCT02735007 Baixa: 50 mg cada 6h IV 26/105 29/92 0,71 (0,38-1,33) 1,39
11,75
Efeito fixo de subgrupo 43/195 51/179 0,69 (0,43-1,112) 11,75
19,94
Metilprednisolona 19,94
Esteroides-SARI NCT042444591 Alta: 40 mg cada 12h IV 13/24 13/23 0,91 (0,29-2,87) 3,46
Geral (efeito fixo)
222/678 425/1025 0,66 (0,53-0,82) 3,46
100,0
P= 0,31 parar heterogeneidade; I2= 15,6%
100,0
Geral (efeito randômico) 222/678 425/1025 0,70 (0,48-1,01)
(A) Norfloxacino.
(B) Ceftriaxone.
(C) Ciprofloxacino.
(D) Meropenem.
QUESTÃO 112
Homem de 55 anos é atendido no Pronto-Socorro com queixa de dor precordial há uma hora. A dor é de forte intensidade, sem irradiação,
e iniciou durante uma reunião de trabalho. Tem antecedente de hipertensão arterial há 15 anos tratada com atenolol e foi submetido à
colecistectomia laparoscópica há dois meses, evoluindo sem intercorrências. Tabagista de 40 maços-ano. Exame clínico: corado,
hidratado, eupneico, sudoreico, com fáscies de dor. PA = 160X108 mmHg, FC = 65 bpm, T = 36,4° C, SpO 2 em ar ambiente = 94%,
IMC = 30 Kg/m2. Exames cardíaco, pulmonar e abdominal sem alterações. Foi realizado um eletrocardiograma e instituídas as medidas
terapêuticas iniciais.
O próximo passo mais adequado no manejo do cuidado deste paciente é a realização de:
QUESTÃO 114
Homem de 35 anos, natural e procedente de São Paulo, vem em consulta devido a cansaço e perda de 10% do peso em seis meses.
Nega expectoração, febre ou sudorese noturna. Nega doenças prévias, uso de medicações, tabagismo ou drogas ilícitas. Exame clínico:
IMC = 25 kg/m2, SpO2 = 95% (ar ambiente), FC = 65 bpm, PA = 126x62 mmHg. Exame cardíaco, pulmonar e abdominal sem alterações.
Apresenta lesão cutânea compatível com eritema nodoso nas pernas. A tomografia computadorizada de tórax é apresentada.
QUESTÃO 115
Dados os seguintes exames laboratoriais e diagnósticos:
A melhor correlação é:
(A) I C, II D, III A.
(B) I D, II C, III B.
(C) I A, II B, III C.
(D) I B, II A, III D.
QUESTÃO 117
São apresentas uma lista de etiologias de nefropatias e de características laboratoriais.
QUESTÃO 118
A melhor associação entre os padrões de acometimento e os diagnósticos, de A a G, respectivamente, é:
(A) 5, 3, 2, 1, 4, 7, 6.
(B) 8, 6, 2, 1, 3, 5, 4.
(C) 8, 3, 1, 6, 2, 7, 5.
(D) 5, 6, 1, 3, 4, 7, 2.
QUESTÃO 120
Homem de 65 anos vem em consulta de promoção de saúde. Refere que pretende parar de fumar nos próximos seis meses, manter
150 minutos de caminhada semanal, que iniciou há 30 dias, e continuar comendo menos gordura saturada e carboidratos até perde r
5 Kg de peso (perdeu 2 Kg até agora).
Segundo o modelo trans-teórico, o estágio de prontidão deste paciente para mudança de comportamento de cada hábito acima descrito,
respectivamente, é: