Curso 193100 Simulado 01 E654 Completo

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Simulado 01

SEAD-GO - Passo Estratégico de


Português - 2022 (Pós-Edital)

Autor:
Carlos Roberto, Rafaela Freitas,
Equipe Rafaela Freitas

10 de Fevereiro de 2022

42545870153 - STELLA MARIS da silva SILVA


Carlos Roberto, Rafaela Freitas, Equipe Rafaela Freitas
Simulado 01

1 - Introdução ........................................................................................................................................... 2

2 – Simulado............................................................................................................................................. 2

2.1 Ortografia, acentuação e crase ........................................................................................................ 2

3 – Questões Comentadas ........................................................................................................................ 6

3.1 Ortografia, acentuação e crase ........................................................................................................ 6

2.2 Estrutura e Formação das palavras ................................................................................................. 15

2.3 Classes de Palavras ......................................................................................................................... 16

3.2 Estrutura e Formação das palavras ................................................................................................ 24

3.3 Classes de Palavras ........................................................................................................................ 26

4 – Gabarito ............................................................................................................................................ 42

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Simulado 01

1 - INTRODUÇÃO
Olá, meus nobres alunos, tudo bem? É chegado o momento de colocar em prática todo o conhecimento
acumulado nas aulas anteriores. Pelo nível dos questionamentos que temos recebido, tenho certeza que
vocês se sairão muito bem!

Nesta aula, apresento-lhes o primeiro simulado, excelente oportunidade para você testar o seu
conhecimento. Para aprimorar a sua preparação, os simulados devem ser feitos nas mesmas condições de
realização da sua prova. Portanto, entre outros pontos, evitem utilizar consulta.

No mais, espero que vocês façam um excelente treino. Forte abraço!

2 – SIMULADO

2.1 Ortografia, acentuação e crase

1. Aponte o item em que há ofensa à ortografia oficial e à acentuação gráfica:


a) As obras modernistas não se distinguem apenas pela temática inovadora, mas igualmente pela
apreensão do ritmo alucinante da existência moderna.
b) Ainda que celebrassem as máquinas e os aparelhos da civilização moderna, a ficção e a poesia
modernista também valorizavam as coisas mais quotidianas e prosaicas.
c) Longe de ser uma excessão, a pintura modernista foi responsável, antes mesmo da literatura, por
intensas polêmicas entre artistas e críticos conservadores.
d) No que se refere à poesia modernista, nada parece caracterizar melhor essa extraordinária produção
poética do que a opção quase incondicional pelo verso livre.
e) O escândalo não era apenas uma consequência da produção modernista: parecia mesmo um dos
objetivos precípuos de artistas dispostos a surpreender e a chocar.

2. As palavras estão corretamente grafadas na seguinte frase:


a) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de
passageiros nos aeroportos.
b) Comete muitos deslises, talvez por sua espontaneidade, mas nada que ponha em cheque sua reputação
de pessoa cortês.
c) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore
do pátio.

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d) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho na superação
dessa sua crise.
e) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na
concessão de privilégios ilegítimos.

3. Quanto à ortografia, está plenamente correta a frase:


a) Em fraglante contraste com a iniciativa da Galeria, há pessoas que não creem nas potencialidades desses
artistas.
b) Não são pequenos deslises os preconceitos contra os que sofrem, são graves falhas humanas.
c) Ainda que analizadas apenas esteticamente, muitas obras desses expositores mereceriam todo o
aplauso.
d) A gerente Marina Leite expôs, de forma concisa, as razões pelas quais se deve enaltecer a iniciativa da
Galeria.
e) Tem gente que obstrue as aspirações alheias, alimentando preconceitos contra as potencialidades
desses artistas.

4. Mesmo concordando que a maioria desses 1.445 verbetes são de artigos sobre "ironia em..." algum texto ou
obra de algum artista, a quantidade de energia gasta ao se tentar compreender como e por que as pessoas
escolhem se expressar dessa maneira bizarra continua a me espantar.
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:
a) Se o por quê da importância primitiva de Paraty estava na sua localização estratégica, a importância de
que goza atualmente está na relevância histórica porque é reconhecida.
b) Ninguém teria porque negar a Paraty esse duplo merecimento de ser poesia e história, por que o tempo
a escolheu para ser preservada e a natureza, para ser bela.
c) Os dissabores por que passa uma cidade turística devem ser prevenidos e evitados pela Casa Azul, porque
ela nasceu para disciplinar o turismo.
d) Porque teria a cidade passado por tão longos anos de esquecimento? Criou-se uma estrada de ferro, eis
porque.
e) Não há porquê imaginar que um esquecimento é sempre deplorável; veja-se como e por quê Paraty
acabou se tornando um atraente centro turístico.

5. Considere as frases abaixo:


I. Os horrores trazidos pela II Guerra Mundial marcaram o porquê da criação de um documento internacional
que garantisse o respeito aos direitos humanos.

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II. Sem conhecer seus direitos, os indivíduos não saberão dispor dos instrumentos nem apresentar razões
porque reivindicar sua efetiva aplicação.
III. Por falta de divulgação dos termos previstos na Declaração Universal, grupos minoritários se tornam mais
vulneráveis à violação de seus direitos, sem mesmo saber por quê.
IV. São inúmeros os benefícios trazidos pela Declaração Universal, embora exista desrespeito aos direitos nela
previstos, como a persistência da pobreza, por que passa um terço da população mundial.
Estão escritos corretamente os termos que aparecem grifados em
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II e IV, apenas.

6. Considere o seguinte texto para responder à pergunta abaixo.


O museu é considerado um instrumento de neutralização – e talvez o seja de fato. Os objetos que nele se
encontram reunidos trazem o testemunho de disputas sociais, de conflitos políticos e religiosos. Muitas obras
antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências dominantes,
suas financiadoras.
[...]
Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de terem sido retirados de seu contexto. Desde então,
dois pontos de vista concorrentes são possíveis. De acordo com o primeiro, o museu é por excelência o lugar de
advento da Arte enquanto tal, separada de seus pretextos, libertada de suas sujeições.
[...]
A colocação em museu foi descrita e denunciada frequentemente como uma desvitalização do simbólico, e a
musealização progressiva dos objetos de uso como outros tantos escândalos sucessivos. Ainda seria preciso
perguntar sobre a razão do "escândalo". Para que haja escândalo, é necessário que tenha havido atentado ao
sagrado. Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu, seria interessante desvendar que valor foi
previamente sacralizado. A Religião? A Arte? A singularidade absoluta da obra?
Atente para as afirmativas abaixo.
I. Em ... presta homenagem às potências dominantes.., o sinal indicativo de crase pode ser suprimido
excluindo-se também o artigo definido, sem prejuízo para a correção.
II. O acento em "têm" é de caráter diferencial, em razão da semelhança com a forma singular "tem",
diferentemente do acento aplicado a "porém", devido à tonicidade da última sílaba, terminada em "em".
III. Os acentos nos termos "excelência" e "necessário" devem-se à mesma razão.

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Está correto o que consta em


a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II, apenas.
e) II e III, apenas.

7. Seguindo-se a regra determinada pelo novo acordo ortográfico, tal como referida no primeiro
quadrinho, também deixaria de receber o acento agudo a palavra:
a) Tatuí.
b) graúdo.
c) baiúca.
d) cafeína.
e) Piauí.

8. Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, respeitado o padrão culto escrito, a única
alternativa correta é:
a) Essa foi uma estratégia que serviu ao Brasil e a maioria dos países inseridos na turma dos remediados.
b) O estudo dá ênfase à educação e às telecomunicações, ajudando à entender por que o Brasil cresce
pouco em comparação à outras nações de economia emergente.
c) O país tem de fazer a transição à um sistema que premie o desempenho de professores e que garanta à
todos os alunos talentosos resultados de excelência em exames internacionais.
d) Vimos uma estratégia equivocada à época da reserva de informática. O país pagou um preço, porque a
reserva não gerou “campeões nacionais” e ainda deixou os usuários atrasados em relação à população de
outros países.
e) O processo de urbanização levou à transferir atividades dos setores de subsistência, de baixo valor de
mercado, para atividades mais modernas, que envolvem mais capital e mais tecnologia. Mas isso ocorreu
sem novos requisitos à novas estratégias educacionais.

9. NÃO se justificam as ocorrências do sinal de crase em:


a) Não me reporto à impunidade de um caso particular, mas àquela que se generaliza e dissemina a
descrença na justiça dos homens.
b) É difícil admitir que vivem à solta tantos delinquentes, sobretudo quando se sabe que pessoas inocentes
são levadas à barra dos tribunais.

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c) O autor do texto faz menção à uma série de princípios de interdição, à qual teria proveniência na vontade
divina.
d) Assiste-se hoje à multiplicação de casos de impunidade, à descabida proliferação de maus exemplos de
conduta social.
e) Quem dá crédito à ação da justiça não pode deixar de trabalhar para que não se furtem às sanções os
mais poderosos.

10. Ao comparar o processo de avaliação do ensino brasileiro ...... estranha narrativa de Borges, o autor visa
...... despertar os responsáveis para os males de uma educação que se acomoda ...... condições mínimas
estabelecidas para o funcionamento das instituições. Para ele, é fundamental que ...... instituições se adequem
...... necessidades das mudanças sociais e ...... metas do crescimento econômico.
A alternativa que completa corretamente as lacunas é
a) à - a - às - as - às - às
b) a - à - às - as - às - às
c) à - à - as - às - as - as
d) a - a - às - as - a - a
e) à - a - as - às - à – as

3 – QUESTÕES COMENTADAS

3.1 Ortografia, acentuação e crase

1. Aponte o item em que há ofensa à ortografia oficial e à acentuação gráfica:


a) As obras modernistas não se distinguem apenas pela temática inovadora, mas igualmente pela apreensão
do ritmo alucinante da existência moderna.
b) Ainda que celebrassem as máquinas e os aparelhos da civilização moderna, a ficção e a poesia modernista
também valorizavam as coisas mais quotidianas e prosaicas.
c) Longe de ser uma excessão, a pintura modernista foi responsável, antes mesmo da literatura, por intensas
polêmicas entre artistas e críticos conservadores.
d) No que se refere à poesia modernista, nada parece caracterizar melhor essa extraordinária produção
poética do que a opção quase incondicional pelo verso livre.
e) O escândalo não era apenas uma consequência da produção modernista: parecia mesmo um dos objetivos
precípuos de artistas dispostos a surpreender e a chocar.

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Comentário:
Vamos analisar cada uma das opções:
a) Item certo. Destaco a palavra “existência”, grafada com “X”.
b) Item certo. Mencione-se serem admitidas as seguintes formas: quotidiana e cotidianas.
c) Item errado. Correto seria: “exceção”.
d) Item certo. Atente à grafia de “extraordinário”.
e) Item certo. Atente ao fato que o trema deixou de existir em todas as palavras da língua portuguesa. Por
isso, correta a grafia de “consequência”.
Gabarito: letra C.

2. As palavras estão corretamente grafadas na seguinte frase:


a) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de
passageiros nos aeroportos.
b) Comete muitos deslises, talvez por sua espontaneidade, mas nada que ponha em cheque sua reputação
de pessoa cortês.
c) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore do
pátio.
d) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho na superação
dessa sua crise.
e) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na
concessão de privilégios ilegítimos.
Comentário:
Vamos analisar cada uma das opções:
a) Item correto. Destaco a grafia da palavra “viajem”, que, no caso, é verbo. Não confundir com viagem
(substantivo). Bom também repisar a grafia correta: “excesso”.
b) O correto é “deslize”. Além disso, o correto é “pôr em xeque”, que, no contexto, escreve-se com “X”.
“Cheque” é o documento bancário. Item errado.
c) “Rabugento” e “ojeriza” estão corretos. Contudo, escreve-se “descansar” e “frondosa”. Item errado.
d) Correto seria: “influi” e “empecilho”. Item errado.
e) Vários erros. Reescrevendo: O diretor hesitou ao aprovar a retenção dessa alta quantia, mas
não quis ser tachado de conivente na concessão de privilégios ilegítimos.
Taxa é espécie de tributo. No sentido empregado pela frase, o correto é “tachado”, sinônimo de qualificado,
considerado, julgado, etc. Item errado.

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Gabarito: letra A.

3. Quanto à ortografia, está plenamente correta a frase:


a) Em fraglante contraste com a iniciativa da Galeria, há pessoas que não creem nas potencialidades desses
artistas.
b) Não são pequenos deslises os preconceitos contra os que sofrem, são graves falhas humanas.
c) Ainda que analizadas apenas esteticamente, muitas obras desses expositores mereceriam todo o aplauso.
d) A gerente Marina Leite expôs, de forma concisa, as razões pelas quais se deve enaltecer a iniciativa da
Galeria.
e) Tem gente que obstrue as aspirações alheias, alimentando preconceitos contra as potencialidades desses
artistas.
Comentário:
Vamos analisar cada uma das opções:
a) O correto é “flagrante”. Item errado.
b) A grafia correta é “deslizes”. Item errado.
c) Escreve-se “analisada”, forma derivada do verbo analisar. Item errado.
d) Item certo.
e) Acompanhem a conjugação do verbo obstruir no presente do indicativo:
- Eu obstruo
- Tu obstruis
- Ele obstrui
- Nós obstruímos
- Vós obstruís
- Eles obstruem
Logo, a forma correta é “obstrui”. Item errado.
Gabarito: letra D.

4. Mesmo concordando que a maioria desses 1.445 verbetes são de artigos sobre "ironia em..." algum texto ou
obra de algum artista, a quantidade de energia gasta ao se tentar compreender como e por que as pessoas
escolhem se expressar dessa maneira bizarra continua a me espantar.
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

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a) Se o por quê da importância primitiva de Paraty estava na sua localização estratégica, a importância de
que goza atualmente está na relevância histórica porque é reconhecida.
b) Ninguém teria porque negar a Paraty esse duplo merecimento de ser poesia e história, por que o tempo a
escolheu para ser preservada e a natureza, para ser bela.
c) Os dissabores por que passa uma cidade turística devem ser prevenidos e evitados pela Casa Azul, porque
ela nasceu para disciplinar o turismo.
d) Porque teria a cidade passado por tão longos anos de esquecimento? Criou-se uma estrada de ferro, eis
porque.
e) Não há porquê imaginar que um esquecimento é sempre deplorável; veja-se como e por quê Paraty
acabou se tornando um atraente centro turístico.
Comentário:
Vamos analisar cada uma das opções:
a) No primeiro caso (“o por quê da importância primitiva”), a forma correta seria “porquê”. Representa
um substantivo e significa "causa", "razão", "motivo".
Já no segundo (“relevância histórica porque é reconhecida”), a forma correta é “por que”, junção da preposição
e do pronome relativo, equivalendo a "pela qual.
Item errado.
b) Em “Ninguém teria porque”, a forma correta é “por que”, sequência da preposição (por) e um pronome
interrogativo (que) e que equivale a "por qual razão", "por qual motivo”.
Já no segundo caso (“por que o tempo a escolheu”), o “porque” está correto, conjunção que equivale a: pois,
já que, uma vez que, porquanto, etc.
Item errado.
c) É o nosso gabarito. Em “Os dissabores por que passa”, “por que” é sinônimo de “pelos quais”, o que explica
a sua escrita.
Em “porque ela nasceu para disciplinar o turismo”, de fato, a forma correta é “porque”, introduzindo uma
oração explicativa.
Item certo.
d) Em “Porque teria a cidade passado”, a forma correta é “por que”, visto que introduz uma interrogativa
direta, com o sentido de “por qual razão”.
Em “eis porque”, o certo é “por quê”, empregado ao final de frases, imediatamente antes de um ponto (final,
de interrogação, de exclamação) ou de reticências.
Item errado.

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e) Em ambos os casos, aplica-se o “por que”: como sinônimo de “razão” e de “por qual motivo”,
respectivamente. Item errado.
Gabarito: letra C.

5. Considere as frases abaixo:


I. Os horrores trazidos pela II Guerra Mundial marcaram o porquê da criação de um documento internacional
que garantisse o respeito aos direitos humanos.
II. Sem conhecer seus direitos, os indivíduos não saberão dispor dos instrumentos nem apresentar razões porque
reivindicar sua efetiva aplicação.
III. Por falta de divulgação dos termos previstos na Declaração Universal, grupos minoritários se tornam mais
vulneráveis à violação de seus direitos, sem mesmo saber por quê.
IV. São inúmeros os benefícios trazidos pela Declaração Universal, embora exista desrespeito aos direitos nela
previstos, como a persistência da pobreza, por que passa um terço da população mundial.
Estão escritos corretamente os termos que aparecem grifados em
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
Comentário:
Vamos analisar cada uma das sentenças:
I) De fato, a forma correta é “porquê”, substantivo, e que significa "causa", "razão", "motivo". Item certo.
II) Aqui o correto seria “por que”, junção da preposição e do pronome relativo, equivalendo a "pelas quais”.
Item errado.
III) Correto o uso do “por quê”, empregado ao final de frases, imediatamente antes de um ponto (final, de
interrogação, de exclamação) ou de reticências. Item certo.
IV) No mesmo sentido do item II, correto o uso do “por que”, sinônimo de “pela qual”.
Assim, estão corretos os itens I, III e IV.
Gabarito: letra C.

6. Considere o seguinte texto para responder à pergunta abaixo.


O museu é considerado um instrumento de neutralização – e talvez o seja de fato. Os objetos que nele se
encontram reunidos trazem o testemunho de disputas sociais, de conflitos políticos e religiosos. Muitas obras

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antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências dominantes,
suas financiadoras.
[...]
Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de terem sido retirados de seu contexto. Desde então,
dois pontos de vista concorrentes são possíveis. De acordo com o primeiro, o museu é por excelência o lugar de
advento da Arte enquanto tal, separada de seus pretextos, libertada de suas sujeições.
[...]
A colocação em museu foi descrita e denunciada frequentemente como uma desvitalização do simbólico, e a
musealização progressiva dos objetos de uso como outros tantos escândalos sucessivos. Ainda seria preciso
perguntar sobre a razão do "escândalo". Para que haja escândalo, é necessário que tenha havido atentado ao
sagrado. Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu, seria interessante desvendar que valor foi
previamente sacralizado. A Religião? A Arte? A singularidade absoluta da obra?
Atente para as afirmativas abaixo.
I. Em ... presta homenagem às potências dominantes.., o sinal indicativo de crase pode ser suprimido
excluindo-se também o artigo definido, sem prejuízo para a correção.
II. O acento em "têm" é de caráter diferencial, em razão da semelhança com a forma singular "tem",
diferentemente do acento aplicado a "porém", devido à tonicidade da última sílaba, terminada em "em".
III. Os acentos nos termos "excelência" e "necessário" devem-se à mesma razão.
Está correto o que consta em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II, apenas.
e) II e III, apenas.
Comentário:
Analisando, caso a caso:
I. De fato, o sinal pode ser retirado sem prejuízo à correção gramatical. Contudo, o sentido do texto será
alterado.
Para que você entenda esse ponto, é necessário recordar que os artigos definidos determinam os
substantivos aos quais se referem, de forma particular, objetiva e precisa, individualizando seres e
objetos. No caso, quando há crase (havendo, portanto, o artigo) individualizam-se as “potências
dominantes”. Ao passo que, sua ausência, transmite a mensagem de se tratar de “potências dominantes”
em geral, indeterminadas.

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Assim, não há erro com a supressão da crase, mas o sentido é alterado.


II. Há acento diferencial em "têm" (verbo ter, 3ª pessoal do plural do presente do indicativo), diferenciando-
o de “tem” (3ª pessoal do singular do presente do indicativo).
A regra é diferente da que justifica a acentuação da palavra “porém”, que recebe acento devido ao fato de
ser oxítona terminada em “em”.
Por isso, item correto.
III. Também é certo que a regra que justifica a acentuação das palavras excelência e necessário é a mesma:
acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes.
Assim, estão corretos os itens I, II e III.
Gabarito: letra A.

7. Seguindo-se a regra determinada pelo novo acordo ortográfico, tal como referida no primeiro
quadrinho, também deixaria de receber o acento agudo a palavra:
a) Tatuí.
b) graúdo.
c) baiúca.
d) cafeína.
e) Piauí.
Comentário:
Recordemos as seguintes regras:
1. Acentuam-se o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, com ou sem “s”, quando não forem seguidos de “nh”, não
repetirem a vogal e não formarem sílaba com consoante que não seja o “s”. Essa regra justifica a acentuação
de: “graúdo” e “cafeína”.
2. Continuam a ser acentuados i e u, seguidos ou não de s, quando em vocábulos oxítonos e não formarem
sílaba com consoantes. Por isso, os acentos de: “Tatuí” e “Piauí”.
3. Nos vocábulos paroxítonos, não se acentuam o i e o u tônicos quando vierem depois de ditongo
decrescente. Eis o motivo pelo qual a forma correta é “baiuca”.
Gabarito: letra C.

8. Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, respeitado o padrão culto escrito, a única alternativa
correta é:
a) Essa foi uma estratégia que serviu ao Brasil e a maioria dos países inseridos na turma dos remediados.

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b) O estudo dá ênfase à educação e às telecomunicações, ajudando à entender por que o Brasil cresce pouco
em comparação à outras nações de economia emergente.
c) O país tem de fazer a transição à um sistema que premie o desempenho de professores e que garanta à
todos os alunos talentosos resultados de excelência em exames internacionais.
d) Vimos uma estratégia equivocada à época da reserva de informática. O país pagou um preço, porque a
reserva não gerou “campeões nacionais” e ainda deixou os usuários atrasados em relação à população de
outros países.
e) O processo de urbanização levou à transferir atividades dos setores de subsistência, de baixo valor de
mercado, para atividades mais modernas, que envolvem mais capital e mais tecnologia. Mas isso ocorreu
sem novos requisitos à novas estratégias educacionais.
Comentário:
Apontando os erros das assertivas:
a) Deve haver crase em “à maioria”. No contexto, quem serve, serve A algo, requerendo o emprego da
preposição, que se funde com o artigo definido feminino "a", que antecede o termo regido “maioria”,
resultando no fenômeno da crase. Note que há essa preposição antes de “ao Brasil”, portanto a sua ausência
implica, ainda, em quebra de paralelismo. Por isso, item errado.
b) Em “ajudando à entender” verifica-se o uso inadequado da crase, visto que não pode haver crase antes
de verbos. Em “comparação à outras nações” também se verifica o uso incorreto da crase, visto que o “a”
está no singular e a palavra seguinte (outras) está no plural. Item errado.
c) Em “à um sistema”, há incorreção, visto que a crase é proibida antes do artigo indefinido “um/uma”.
Incorreto também “à todos”, visto que “a” está no singular e a palavra seguinte (todos) está no plural. Item
errado.
d) Em “à época”, correto o emprego da crase, exigida pela locução adverbial feminina. Em “à população”,
também é devida a crase, decorrente da junção: “em relação a” + “a população”. Item certo.
e) Em “à transferir”, equivocada a crase antes de verbo. Em “à novas”, também infeliz o uso do acento, visto
que “a” está no singular e a palavra seguinte (novas) está no plural. Por isso, item errado.
Gabarito: letra D.

9. NÃO se justificam as ocorrências do sinal de crase em:


a) Não me reporto à impunidade de um caso particular, mas àquela que se generaliza e dissemina a
descrença na justiça dos homens.
b) É difícil admitir que vivem à solta tantos delinquentes, sobretudo quando se sabe que pessoas inocentes
são levadas à barra dos tribunais.
c) O autor do texto faz menção à uma série de princípios de interdição, à qual teria proveniência na vontade
divina.

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Simulado 01

d) Assiste-se hoje à multiplicação de casos de impunidade, à descabida proliferação de maus exemplos de


conduta social.
e) Quem dá crédito à ação da justiça não pode deixar de trabalhar para que não se furtem às sanções os mais
poderosos.
Comentário:
Apontando os erros das assertivas:
a) Em “Não me reporto à impunidade”, é oportuna a crase. Veja que quem se reporta, se reporta A algo. Essa
preposição se funde com o artigo definido feminino "a", que antecede o termo regido "impunidade",
resultando no fenômeno da crase. Mantendo o paralelismo sintático, também correta a crase em “, mas
àquela”. Por isso, item certo.
b) “À solta” é uma locução adverbial feminina que demanda o emprego da crase. Também, em “levadas à
barra dos tribunais”, no contexto, o verbo levar é transitivo indireto que, ao se fundir com o artigo definido
feminino "a", que antecede "barra", provoca o fenômeno da crase. Item certo.
c) É o nosso gabarito. Em “à uma série de princípios”, há incorreção, visto que a crase é proibida antes do
artigo indefinido “uma”. Em “à qual teria proveniência na vontade divina”, também incorreta a aplicação da
crase, visto ser oportuna apenas a aplicação do artigo definido “a”, precedendo o pronome relativo "qual".
Item errado.
d) Em "Assiste-se hoje à multiplicação [...], à descabida proliferação” estão corretas as crases. O verbo
"assistir" no sentido de "ver, presenciar" é transitivo indireto, regendo a preposição "a", elemento que se
combina com o artigo definido feminino "a", que antecede os termos regidos "multiplicação" e "descabida".
Daí resulta o fenômeno da crase. Item certo.
e) Em "Quem dá crédito à ação da justiça", o verbo "dar" é transitivo direto indireto (quem dá crédito dá a
alguém), regendo a preposição "a", elemento que se funde com o artigo definido feminino "a" em “a ação da
justiça”. Além disso, em "para que não se furtem às sanções os mais poderosos", o verbo "furtar-se" rege a
preposição "a", elemento gramatical que se une ao artigo definido feminino "as", que antecede o substantivo
"sanções". Item certo.
Gabarito: letra C.

10. Ao comparar o processo de avaliação do ensino brasileiro ...... estranha narrativa de Borges, o autor visa ......
despertar os responsáveis para os males de uma educação que se acomoda ...... condições mínimas
estabelecidas para o funcionamento das instituições. Para ele, é fundamental que ...... instituições se adequem
...... necessidades das mudanças sociais e ...... metas do crescimento econômico.
A alternativa que completa corretamente as lacunas é
a) à - a - às - as - às - às
b) a - à - às - as - às - às

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Simulado 01

c) à - à - as - às - as - as
d) a - a - às - as - a - a
e) à - a - as - às - à – as
Comentário:
Analisando, caso a caso:
- Quem compara, compara a algo (no caso, “a estranha narrativa”). Essa preposição se funde com o artigo
definido feminino "a", que antecede o termo regido " estranha ", resultando no fenômeno da crase.
- No contexto, visar é verbo transitivo indireto, regendo a preposição. Contudo, como não há crase antes
de verbo, tem-se: “visa a despertar”.
- O verbo “acomodar” também rege preposição (se acomodar A algo). Essa preposição se funde com o artigo
definido feminino "a", que antecede o termo regido " condições ", resultando no fenômeno da crase.
- Não há justificativa para haver preposição após o “que”, havendo somente o artigo “as” acompanhando
“instituições”. Assim, não há crase.
- As instituições devem se adequar a algo, exigindo a existência da preposição. Essa preposição se funde com
o artigo definido feminino "a", que antecede os termos regidos “necessidades” e “metas”, resultando no
fenômeno da crase.
Assim, a sequência é: “à - a - às - as - às - às”.
Gabarito: letra A.

2.2 Estrutura e Formação das palavras

11. A palavra “recém-criadas” sofre, em sua formação, um tipo de processo de derivação. O mesmo que
ocorre em:
a) extravagantes.
b) guarda-florestal.
c) sombreada.
d) causos.
e) entardecer.

12. Foi formada por composição a palavra da alternativa:


a) micróbios.
b) antibiótico.

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c) epidemias.
d) laboratório.
e) descoberta.

2.3 Classes de Palavras

13. O plural das palavras terminadas em “ão” sofre variações. Normalmente se faz em “ões”, como
em vulcões. Por vezes, contudo, aceita-se mais de uma forma.
É o que ocorre com:
a) tufão
b) tostão
c) vilão
d) cidadão
e) alemão

Os pensadores que defendem que o ser humano é sempre livre sabem que existem determinações externas e
internas, fatores sociais e subjetivos, mas a liberdade de decidir sobre suas escolhas é superior à força dessas
determinações. Um exemplo que poderia ser dado para entendermos essa noção seria a de dois irmãos que
têm a mesma origem social, mas um se torna um criminoso e o outro não.
Vejamos o que o filósofo francês Jean-Paul Sartre disse sobre isso:
“[...] Por outras palavras, não há determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. […] Não encontramos
diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o comportamento. Assim, não temos nem atrás de nós
nem diante de nós, no domínio luminoso dos valores, justificações ou desculpas. Estamos sós e sem desculpas.
É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não criou a si próprio;
e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo o que fizer.” [...]
SANTOS, Wigvan. Mundo Educação. Disponível em: < https://bit.ly/2OXrrZf>. Acesso em: 21 ago. 2018. [Fragmento adaptado].

14. As palavras destacadas a seguir qualificam outras no trecho, exceto em:


a) “Vejamos o que o filósofo francês Jean-Paul Sartre disse sobre isso [...]”
b) “[...] um se torna um criminoso e o outro não.”
c) “[...] o homem está condenado a ser livre.”
d) “[...] sabem que existem determinações externas e internas [...]”

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Simulado 01

Os direitos dos cidadãos, na verdade, talvez representem a área mais notável das semelhanças entre a
democracia brasileira e os reis africanos que aparecem nas fotos-símbolo do colonialismo. Nunca houve
tantos direitos escritos nas leis; nunca o poder público foi tão incompetente para mantê-los. Não consegue,
para desgraça geral, garantir nem o mais importante de todos eles – o direito à vida. Com 60.000 assassinatos
por ano, o Brasil é hoje um dos países onde a vida humana tem o menor valor.
Há uma recusa sistemática em combater o crime por parte de nove entre dez políticos com algum peso; o maior
pavor deles é ser considerados, por causa disso, como gente da “direita”. Acham melhor, como as classes
intelectuais, os comunicadores e os bispos, falar mal da polícia. Pode passar pela cabeça de alguém que exista
democracia num país que tem 60.000 homicídios por ano?
(Revista Veja, ed. 2542.)

15. Sobre recursos linguísticos atinentes às flexões de número e gênero dos nomes, em termos da
escrita culta, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) As palavras notável e importante são exemplos de adjetivos que se flexionam em número, mas não em
gênero.
b) O termo cidadãos exemplifica o grupo de substantivos que admite mais de um plural: cidadãos e
cidadães.
c) No substantivo composto fotos-símbolo, somente o primeiro elemento se pluraliza porque o segundo
indica finalidade.
d) No trecho as classes intelectuais, o adjetivo caracteriza um substantivo feminino plural; se
caracterizasse um substantivo masculino plural, não se flexionaria diferentemente.

16. Assinale a alternativa em que a forma de superlativação do adjetivo está identificada


incorretamente.
a) O Everest é altíssimo – presença de um sufixo
b) Heitor é alto, alto, alto – repetição do mesmo adjetivo
c) O Pico da Colina é alto pra burro – locução adverbial
d) O balão está muito alto – auxílio de outro adjetivo
e) O novo edifício é superalto – junção de um prefixo

Conforme salientam Gilmar Ferreiras Mendes e Paulo Gustavo Gonet a liberdade de expressão constitui "um
dos mais relevantes e preciosos direitos fundamentais, correspondendo a uma das mais antigas
reivindicações dos homens de todos os tempos"?
(Adaptado de Jusbrasil, 28/11/2016)

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17. Sobre o estudo das classes gramaticais, é CORRETO afirmar que a palavra “a” em
“correspondendo a uma das mais antigas” exerce a mesma função morfológica que o termo
destacado nas seguintes expressões.
a) O modelo atual de sociedade digital os bens já não representam a extrema medida da riqueza.
b) Com efeito, em tempos de um admirável mundo cibernético, ainda de todo não conhecido, a
informação e o conhecimento são as principais fontes de poder.
c) [...] deriva de dispositivos expressos no texto da Lei Maior, que, inicialmente, declara ser "livre a
manifestação do pensamento".
d) [...] e, em seguida, garante ser "assegurado a todos o acesso à informação".
e) Conforme salientam Gilmar Ferreiras Mendes e Paulo Gustavo Gonet a liberdade de expressão
constitui "um dos mais relevantes e preciosos direitos fundamentais, [...].

18. O termo “até”, em destaque nas frases: “... instituições como previdência e até democracia
representativa podem entrar em colapso.” / “Até o começo do século 19, filhos eram um ativo
econômico.” expressa circunstância de:
a) inclusão e de tempo, respectivamente.
b) modo, em ambas as ocorrências.
c) tempo e de modo, respectivamente.
d) inclusão, em ambas as ocorrências.
e) tempo, em ambas as ocorrências.

19. Assinale a alternativa em que o vocábulo sublinhado deve ser classificado como advérbio.
a) “Muitas vezes o medo de um mal nos leva a um pior”. (Boileau)
b) “O bem é aquele que trabalha pela unidade, o mal é aquele que trabalha pela separação”. (Aldous
Huxley)
c) “O pior mal é aquele ao qual nos acostumamos”. (Sartre)
d) “Uma boa coisa que nos impede de desfrutar de algo ainda melhor é, na verdade, um mal”. (Spinoza)
e) “Quem mal trabalha, não merece bom pagamento”. (Nouailles)

20. Assinale a alternativa que traz, respectivamente, um substantivo cujo plural se faz a exemplo de
“bem-estar” (termo presente no 1º primeiro parágrafo); e outro substantivo, destacado em
expressão do texto, com sentido de coletivo.
a) Alto-falante / “Quase metade da população mundial não tem acesso...”
b) Saca-rolha / “... a base da assistência universal.”

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c) Bomba-relógio / “... o progresso em saúde tem sido desigual...”


d) Louva-a-deus / “... em detrimento da prevenção de doenças...”
e) Arco-íris / “... e participação das pessoas e da comunidade...”
notar que “estar”, no caso, é uma palavra substantivada, formada por

21. Considere o fragmento abaixo para responder à questão.


“Nos sete primeiros assaltos, Raul foi duramente castigado. Não era de espantar: estava inteiramente fora
de forma.”
Os advérbios destacados expressam, respectivamente, as seguintes circunstâncias:
a) modo e modo.
b) intensidade e tempo.
c) intensidade e intensidade.
d) modo e intensidade.

22. Considere o texto abaixo para responder à questão.


Há várias pesquisas descritas em seu livro sobre a influência da fisiologia no comportamento. Você
concorda com Edward O. Wilson que “a natureza humana é um conjunto de predisposições
genéticas”?
Acredito que predisposições genéticas existem, mas, na grande maioria dos casos, não passam de
exatamente isso: predisposições. Exceto em alguns casos especiais, genética não é destino. A meu ver,
fatores genéticos, temperados por acontecimentos ao acaso ao longo do desenvolvimento, fornecem
apenas uma base de trabalho, a matéria bruta a partir da qual cérebro e comportamento serão
esculpidos. Somadas a isso influências do ambiente e da própria experiência de vida de cada um, é possível
transcender as potencialidades de apenas 30 mil genes – a estimativa atual do número de genes
necessários para “montar” um cérebro humano – para montar os trilhões e trilhões de conexões entre as
células nervosas, criando o arco-íris de possibilidades da natureza humana.
[...]
(Adaptado de: PIZA, Daniel. Perfis & Entrevistas. São Paulo, Contexto, 2004)

No trecho acima, as orações introduzidas pelos segmentos sublinhados contêm respectivamente a


ideia de:
a) Condição − finalidade − consequência
b) Causa − conformidade − temporalidade
c) Concessão − finalidade − consequência
d) Conclusão − conformidade − causa

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e) Conclusão − finalidade – causa

23. Considere o texto abaixo para responder à questão.


“Embora a composição e a dinâmica precisas das reações emocionais sejam moldadas em cada indivíduo
pelo meio e por um desenvolvimento único, há indícios de que a maioria das reações emocionais, se não
todas, resulta de longos ajustes evolutivos.”
Mantendo-se o mesmo tipo de relação que estabelece na frase acima, o segmento sublinhado preenche
corretamente a lacuna desta frase:
a) Todos, ...... você, riram-se do acidente.
b) O palestrante não obteve outra coisa ...... escárnio.
c) Fala três línguas, ...... quatro.
d) Não expressou ...... emoções negativas.
e) Havia um ...... em seu exame.

24. Considere o texto abaixo para responder à questão.


[...]
Bem sei que uma das qualidades de um ator está nas mutações sensíveis de seu rosto, e que a máscara
as esconde. Por que então me agrada tanto a ideia de atores entrarem no palco sem rosto próprio? Quem
sabe, eu acho que a máscara é um dar-se tão importante quanto o dar-se pela dor do rosto. Inclusive os
adolescentes, estes que são puro rosto, à medida que vão vivendo fabricam a própria máscara. E com muita
dor. Porque saber que de então em diante se vai passar a representar um papel é uma surpresa
amedrontadora. É a liberdade horrível de não ser. E a hora da escolha.
Mesmo sem ser atriz nem ter pertencido ao teatro grego – uso uma máscara. Aquela mesma que nos partos
de adolescência se escolhe para não se ficar desnudo para o resto da luta. Não, não é que se faça mal em
deixar o próprio rosto exposto à sensibilidade. Mas é que esse rosto que estava nu poderia, ao ferir-se, fechar-
se sozinho em súbita máscara involuntária e terrível. É, pois, menos perigoso escolher sozinho ser uma
pessoa. Escolher a própria máscara é o primeiro gesto involuntário humano. E solitário. Mas quando enfim
se afivela a máscara daquilo que se escolheu para representar o mundo, o corpo ganha uma nova firmeza, a
cabeça ergue-se altiva como a de quem superou um obstáculo. A pessoa é.
Se bem que pode acontecer uma coisa que me humilha contar.
É que depois de anos de verdadeiro sucesso com a máscara, de repente – ah, menos que de repente, por causa
de um olhar passageiro ou uma palavra ouvida – de repente a máscara de guerra de vida cresta-se toda no
rosto como lama seca, e os pedaços irregulares caem com um ruído oco no chão. Eis o rosto agora nu, maduro,
sensível quando já não era mais para ser. E ele chora em silêncio para não morrer. Pois nessa certeza sou
implacável: este ser morrerá. A menos que renasça até que dele se possa dizer “esta é uma pessoa”.

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(Adaptado de: LISPECTOR, Clarice. “Persona”, em Clarice


na cabeceira: crônicas. Rio de Janeiro, Rocco Digital, 2015)

Mantendo-se o sentido e a correção, o termo sublinhado pode ser substituído pelo que se encontra entre
parênteses em:
a) A menos que renasça até que dele se possa dizer “esta é uma pessoa”. (Sem que)
b) É, pois, menos perigoso escolher sozinho ser uma pessoa. (conquanto)
c) Se bem que pode acontecer uma coisa que me humilha contar. (No entanto, seguido de vírgula)
d) Bem sei que uma das qualidades de um ator está nas mutações... (Por mais que)
e) ... a cabeça ergue-se altiva como a de quem superou um obstáculo. (conforme)

É um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. (1° parágrafo)


Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. (6° parágrafo)
25. Os elementos sublinhados acima introduzem, no contexto, respectivamente, noção de
a) causa − finalidade
b) finalidade − concessão
c) consequência – temporalidade
d) causa − oposição
e) concessão – consequência

Com cerca de 16% da água doce disponível na Terra(c), o Brasil é um país rico nesse insumo que a natureza
provê de graça. Cada habitante conta com mais de 43 mil m3 por ano dos mananciais, mas apenas 0,7%
disso termina utilizado(e). Nações como a Argélia e regiões como a Palestina, em contraste, usam quase a
metade dos recursos hídricos disponíveis, e outras precisam obter recursos hídricos por dessalinização de água
do mar.
Só em aparência, contudo, é confortável a situação brasileira (d). Em primeiro lugar, há o problema da
distribuição: o líquido é tanto mais abundante onde menor é a população e mais preservadas são as florestas,
como na Amazônia. No litoral do país, assim como nas regiões Sudeste e Nordeste (onde se concentra 70%
da população), muitos centros urbanos já enfrentam dificuldades de abastecimento.
[...]
Não é possível afirmar com certeza que recentes secas no Sudeste e no Nordeste ou as inundações em
Rondônia tenham relação direta com a mudança global e regional do clima. Tampouco se pode excluir que
tenham(a). Por outro lado, é certo que esses flagelos, assim como o custo bilionário que acarretam, constituem
uma boa amostra do que se deve esperar nas próximas décadas para o caso de o aquecimento global se
agravar.

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Ficar sem água, porém, é cena cada vez mais incomum no Nordeste (b), mesmo no semiárido, região onde
moram 22 milhões de pessoas e onde as chuvas são pouco previsíveis. Um sistema improvisado de cisternas
e açudes já supre, ainda que de forma irregular, as necessidades básicas da população, mesmo a mais isolada.
[...]
26. Mantendo-se a correção e o sentido, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, o
termo sublinhado pode ser substituído pelo que se encontra entre parênteses em:
a) Tampouco (Porquanto) se pode excluir que tenham.
b) Ficar sem água, porém, (muito embora) é cena cada vez mais incomum no Nordeste...
c) Com cerca de (o equivalente à) 16% da água doce disponível na Terra...
d) Só em aparência, contudo, (entretanto) é confortável a situação brasileira.
e) ... mas (conquanto) apenas 0,7% disso termina utilizado.

27. Considere o texto abaixo para responder à questão.


Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são questões atualíssimas na história humana, e surgem
mais fortes e polêmicas na escala temporal mais longa da evolução. A história evolutiva pode ser
representada como uma espécie depois da outra. Mas(a) muitos biólogos hão de concordar comigo que se
trata de uma ideia tacanha. Quem(b) olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a maior parte do que é
importante. A evolução rima, padrões se repetem. E não simplesmente por acaso. Isso ocorre por razões bem
compreendidas, sobretudo razões darwinianas, pois a biologia, ao contrário da evolução humana ou mesmo
da física, já tem a sua grande teoria unificada, aceita por todos os profissionais bem informados no ramo,
embora(c) em várias versões e interpretações. Ao escrever(d) a história evolutiva, não me esquivo a buscar
padrões e princípios, mas procuro (e) fazê-lo com cautela.
[...]
Obs. lemingues: designação comum a diversos pequenos roedores.
(Richard Dawkins, com a colaboração de Yan Wong, A
grande história da evolução: Na trilha dos nossos
ancestrais. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo:
Companhia das Letras, 2009, p. 17-18)

No parágrafo acima, a alteração que mantém o sentido e a correção originais é a de:


a) Mas por “Apesar de”.
b) Quem por “Muitos biólogos”.
c) Embora por “não obstante”.
d) Ao escrever por “Salvo se escrever”.
e) mas procuro por “ainda que procure”.

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28. Considere o fragmento de texto abaixo para responder à questão.


“Tratando do estado de solidão ou da necessidade de convívio, Sêneca vê no estado de solidão uma
contrapartida da necessidade de convívio, assim como vê na necessidade de convívio uma abertura para
encontrar satisfação no estado de solidão.”
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos grifados, na ordem dada,
por:
a) naquele − desta − nesta − naquele
b) nisso − daquilo − naquela − deste
c) este − do outro − na primeira − no último
d) nisto − disso − naquela − desse
e) na primeira − do segundo − numa – noutra.

29. Considere o texto abaixo para responder à questão.


Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava atenção nos
detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos mínimos. Mas a grandeza das
manhãs se media pela quantidade de mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para casa.
Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha
sabido ao certo de onde eles vinham, de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas.
Apenas sabíamos que surgiam no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim
Botânico.
No segmento “de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas”, o termo sublinhado pode
ser substituído corretamente por:
a) de cuja
b) dos quais
c) de qual
d) de quanta
e) de cujos.

30. Está correto o emprego dos elementos sublinhados em:


a) As confissões perturbadoras às quais aprendemos a conviver não respeitam nosso direito à um
mínimo de privacidade.
b) Houve tempos onde era feio e indiscreto ouvir conversas alheias; hoje, propaga-se as falas em voz
alta por toda parte.

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c) Não faltava a aquelas antigas conversas um tom de intimidade, tão raro hoje entre os que ainda lhe
são capazes.
d) O olhar contemplativo, no qual se dedicavam os viajantes de ônibus, já não flue pelas janelas.
e) O vício das conexões, cujas malhas nos envolvem a todos, não é de todo mau, segundo os otimistas.

31. Considere o texto abaixo para responder à questão.


Perdeu-se a antiga privacidade, enterramos a antiga privacidade sob os conectores modernos, tornamos
esses conectores modernos nossos deuses implacáveis, sob o comando desses conectores modernos
trocamos escandalosamente todas as informações mais pessoais.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem
dada, por:
a) enterramo-la − tornamo-los − sob cujo comando
b) enterramos-lhe − tornamo-lhes − sob cujo comando
c) enterramo-la − os tornamos − sob o qual comando
d) a enterramos − tornamos-lhes − sob o comando deles
e) enterramo-lhe − lhes tornamos − sob o comando dos quais

3.2 Estrutura e Formação das palavras

11. A palavra “recém-criadas” sofre, em sua formação, um tipo de processo de derivação. O mesmo que
ocorre em:
a) extravagantes.
b) guarda-florestal.
c) sombreada.
d) causos.
e) entardecer.
Comentário:
A derivação consiste em formar uma palavra nova (derivada), a partir de outra já existente (primitiva). Pode
ocorrer de acordo com as seguintes maneiras: prefixal, sufixal, prefixal e sufixal, regressiva,
imprópria e parassintética.
A palavra “recém-criadas” é formada por derivação prefixal, pela adição do prefixo “recém” ao particípio
“criadas”. Tendo isso como base, vamos às opções.

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a) Em "extravagantes" temos a junção do prefixo "extra" ao adjetivo “vagantes”. Assim, é palavra formada
por derivação prefixal. Item certo.
b) O substantivo "guarda-florestal" é formada pela junção das palavras “guarda” e “florestal”. Note que não
há qualquer modificação fonética ou gráfica. Logo, é formada pelo processo de composição por
justaposição. Item errado.
c) A palavra “sombreada” é composta pelo substantivo “sombra” e o sufixo "eada". Assim, é palavra formada
por derivação sufixal. Item errado.
d) A palavra causos é primitiva. Logo não é formada nem por derivação nem por composição. Item errado.
e) “Entardecer” é composta pela adição simultânea do prefixo “en” e do sufixo "ecer", incorporadas ao
radical "tarde". Observe que, se for retirado o prefixo ou o sufixo, não haverá uma palavra com sentido
completo, sendo, por isso, formada por derivação parassintética. Item errado.
Gabarito: letra A.

12. Foi formada por composição a palavra da alternativa:


a) micróbios.
b) antibiótico.
c) epidemias.
d) laboratório.
e) descoberta.
Comentário:
Vamos analisar cada uma das opções:
a) Em “micróbios”, tem-se a junção de dois radicais: "micro", que significa pequeno e "bio", que significa
vida. Como se trata da junção de dois radicais já existentes, estamos diante de um caso de composição.
Item certo.
b) Em “antibiótico”, tem-se a junção do prefixo "anti", indicando oposição; o radical "bio", que significa vida
e o sufixo "ico", que indica participação, referência, relação, procedência. Item errado.
c) Em “epidemia”, tem-se a junção do prefixo "epi", que significa posição superior, com o radical "demos",
que significa povo. Item errado.
d) Em “laboratório”, tem-se a união do radical "labor", que significa trabalho, e o sufixo "ário", que significa
relação, posse, ofício, lugar. Item errado.
e) Em “descoberta”, tem-se a união do prefixo "des", que significa oposição, afastamento, com o vocábulo
"coberta", que equivale a protegida, tapada. Item errado.
Gabarito: letra A.

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3.3 Classes de Palavras

13. O plural das palavras terminadas em “ão” sofre variações. Normalmente se faz em “ões”, como em
vulcões. Por vezes, contudo, aceita-se mais de uma forma.
É o que ocorre com:
a) tufão
b) tostão
c) vilão
d) cidadão ==237173==

e) alemão
Comentário:
De acordo com as normas gramaticais, o plural de substantivos terminados em “ão” pode ser construído de
três maneiras:
 Troca-se o “ão” por “ãos” (Exemplos: cidadão/cidadãos; irmão/irmãos; ancião/anciãos;
bênção/bênçãos);
 Troca-se o “ão” por “ões” (Exemplos: espião/espiões; mamão/mamões; limão/limões; botão/botões);
 Troca-se o “ão” por “ães” (Exemplos: cão/cães; pão/pães; capitão/capitães; escrivão/escrivães).
Via de regra, o plural de cada nome admite apenas uma forma. Contudo, há alguns casos em que se admitem
múltiplas formas (exemplos: ancião/anciãos/anciães/anciões, anão/anões/anãos). Um dessas palavras é
vilão, que admite vilãos e vilões.
Nas outras alternativas, há palavras que a aceitam somente uma forma de flexão em número:
a) Tufão: tufões;
b) Tostão: tostões;
d) Cidadão: cidadãos;
e) Alemão: alemães.
Gabarito: letra C.

Os pensadores que defendem que o ser humano é sempre livre sabem que existem determinações externas e
internas, fatores sociais e subjetivos, mas a liberdade de decidir sobre suas escolhas é superior à força dessas
determinações. Um exemplo que poderia ser dado para entendermos essa noção seria a de dois irmãos que têm
a mesma origem social, mas um se torna um criminoso e o outro não.
Vejamos o que o filósofo francês Jean-Paul Sartre disse sobre isso:

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Simulado 01

“[...] Por outras palavras, não há determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. […] Não encontramos
diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o comportamento. Assim, não temos nem atrás de nós
nem diante de nós, no domínio luminoso dos valores, justificações ou desculpas. Estamos sós e sem desculpas.
É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não criou a si próprio; e,
no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo o que fizer.” [...]
SANTOS, Wigvan. Mundo Educação. Disponível em: < https://bit.ly/2OXrrZf>.
Acesso em: 21 ago. 2018. [Fragmento adaptado].

14. As palavras destacadas a seguir qualificam outras no trecho, exceto em:


a) “Vejamos o que o filósofo francês Jean-Paul Sartre disse sobre isso [...]”
b) “[...] um se torna um criminoso e o outro não.”
c) “[...] o homem está condenado a ser livre.”
d) “[...] sabem que existem determinações externas e internas [...]”
Comentário:
No fim das contas, a questão pede que se indique uma alternativa em que o termo destacado não seja
adjetivo. Vamos às opções:
a) A palavra “francês” qualifica o substantivo filósofo. Item errado.
b) A palavra “criminoso” é substantivo, sendo precedido pelo artigo indefinido “um”. Item certo.
c) A palavra “condenado” qualifica o substantivo “homem”. É adjetivo também. Item errado.
d) A palavra “internas” também é adjetivo, qualificando o substantivo “determinações”. Item errado.
Gabarito: letra B.

Os direitos dos cidadãos, na verdade, talvez representem a área mais notável das semelhanças entre a
democracia brasileira e os reis africanos que aparecem nas fotos-símbolo do colonialismo. Nunca houve tantos
direitos escritos nas leis; nunca o poder público foi tão incompetente para mantê-los. Não consegue, para
desgraça geral, garantir nem o mais importante de todos eles – o direito à vida. Com 60.000 assassinatos por
ano, o Brasil é hoje um dos países onde a vida humana tem o menor valor.
Há uma recusa sistemática em combater o crime por parte de nove entre dez políticos com algum peso; o maior
pavor deles é ser considerados, por causa disso, como gente da “direita”. Acham melhor, como as classes
intelectuais, os comunicadores e os bispos, falar mal da polícia. Pode passar pela cabeça de alguém que exista
democracia num país que tem 60.000 homicídios por ano?
(Revista Veja, ed. 2542.)

15. Sobre recursos linguísticos atinentes às flexões de número e gênero dos nomes, em termos da escrita
culta, assinale a afirmativa INCORRETA.

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Simulado 01

a) As palavras notável e importante são exemplos de adjetivos que se flexionam em número, mas não em
gênero.
b) O termo cidadãos exemplifica o grupo de substantivos que admite mais de um plural: cidadãos e cidadães.
c) No substantivo composto fotos-símbolo, somente o primeiro elemento se pluraliza porque o segundo
indica finalidade.
d) No trecho as classes intelectuais, o adjetivo caracteriza um substantivo feminino plural; se caracterizasse
um substantivo masculino plural, não se flexionaria diferentemente.
Comentário:
Vamos à análise de cada uma das alternativas.
a) “Notável” e “importante” são dois exemplos de adjetivos que não se flexionam em gênero, também
chamados de uniformes. Item certo.
b) É o nosso gabarito. “Cidadão” tem como plural, apenas, “cidadãos”, não admitindo, portanto, outra
construção. Item errado.
c) No que se refere ao plural dos substantivos compostos, um dos casos em que se pluraliza apenas o primeiro
elemento ocorre quando o segundo elemento limita o primeiro, numa relação de tipo, finalidade (exemplos:
bananas-prata; salários-família; cidades-satélite; alunos-modelo). Em “fotos-símbolo”, verifica-se essa
relação de tipo/finalidade, motivo pelo qual apenas o primeiro termo se flexionará. Item certo.
d) Correto também. Observe que se tivéssemos, por exemplo, “os níveis intelectuais” (“níveis”, substantivo
masculino plural), isso não acarretaria nenhuma alteração no adjetivo “intelectuais”. Item certo.
Gabarito: letra B.

16. Assinale a alternativa em que a forma de superlativação do adjetivo está identificada


incorretamente.
a) O Everest é altíssimo – presença de um sufixo
b) Heitor é alto, alto, alto – repetição do mesmo adjetivo
c) O Pico da Colina é alto pra burro – locução adverbial
d) O balão está muito alto – auxílio de outro adjetivo
e) O novo edifício é superalto – junção de um prefixo
Comentário:
Analisemos cada uma das alternativas.
a) Há o emprego do superlativo absoluto analítico, em que o adjetivo se intensifica por meio de um sufixo,
no caso, “-íssimo”. Assim, ocorre a superlativação do adjetivo, o que torna o item está correto.
b) Há estrutura de superlativação pelo emprego da repetição do adjetivo (“alto, alto, alto”). Item correto.

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c) A expressão “pra burro”, de fato, é uma locução adverbial, utilizada na linguagem informal.
Semanticamente, equivale a “muito”. Item correto.
d) O vocábulo “muito”, nesse contexto, não é adjetivo. Assim, temos um superlativo absoluto analítico
pelo emprego do advérbio de intensidade "muito". Item errado.
e) Nessa alternativa, temos o acréscimo do prefixo "super" ao adjetivo "alto". Item certo.
Gabarito: letra D.

Conforme salientam Gilmar Ferreiras Mendes e Paulo Gustavo Gonet a liberdade de expressão constitui "um
dos mais relevantes e preciosos direitos fundamentais, correspondendo a uma das mais antigas reivindicações
dos homens de todos os tempos"?
(Adaptado de Jusbrasil, 28/11/2016)

17. Sobre o estudo das classes gramaticais, é CORRETO afirmar que a palavra “a” em
“correspondendo a uma das mais antigas” exerce a mesma função morfológica que o termo destacado
nas seguintes expressões.
a) O modelo atual de sociedade digital os bens já não representam a extrema medida da riqueza.
b) Com efeito, em tempos de um admirável mundo cibernético, ainda de todo não conhecido, a informação
e o conhecimento são as principais fontes de poder.
c) [...] deriva de dispositivos expressos no texto da Lei Maior, que, inicialmente, declara ser "livre a
manifestação do pensamento".
d) [...] e, em seguida, garante ser "assegurado a todos o acesso à informação".
e) Conforme salientam Gilmar Ferreiras Mendes e Paulo Gustavo Gonet a liberdade de expressão constitui
"um dos mais relevantes e preciosos direitos fundamentais, [...]
Comentário:
Em “correspondendo a uma das mais antigas”, o “a” exerce o papel de preposição, introduzindo o objeto
indireto. Então, nossa tarefa é encontrar em qual outra expressão o “a” também exerce a função de
preposição. Vamos a ela!
a) Em “não representam a extrema medida”, “extrema medida” é objeto direto, complementando o sentido
do verbo “representar”. Assim, o termo "a" antes de "extrema" é um artigo definido que determina o
substantivo "medida", e não uma preposição. Item errado.
b) Em “a informação e o conhecimento são as principais fontes de poder.”, o termo “a informação e o
conhecimento” exerce função sintática de sujeito, termo que não admite regência por preposição. Logo o “a”
também é artigo. Item errado.
c) Em “ser livre a manifestação do pensamento”, “manifestação do pensamento” é o sujeito do verbo “ser”.
Pela mesma justificativa dada no item anterior, o “a” é artigo, não preposição. Item errado.

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d) Em "assegurado a todos o acesso à informação", o termo “a todos o acesso à informação” é objeto indireto
do verbo garantir (transitivo direto e indireto: quem garante, garante algo a alguém). Assim, nesse caso,
temos que o “a” exerce o papel de preposição, introduzindo o objeto indireto. Item certo.
e) No trecho “a liberdade de expressão constitui”, o termo “a liberdade de expressão” é o sujeito dessa
oração, termo não regido por proposição. Logo, trata-se, mais uma vez, de artigo. Item errado.
Gabarito: letra D.

18. O termo “até”, em destaque nas frases: “... instituições como previdência e até democracia
representativa podem entrar em colapso.” / “Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico.”
expressa circunstância de:
a) inclusão e de tempo, respectivamente.
b) modo, em ambas as ocorrências.
c) tempo e de modo, respectivamente.
d) inclusão, em ambas as ocorrências.
e) tempo, em ambas as ocorrências.
Comentário:
Em “e até democracia representativa”, o “até” expressa circunstância de inclusão, por meio da qual se indica
que a democracia representativa está entre as instituições que podem entrar em colapso.
Já em “Até o começo do século 19”, o “até” denota circunstância de tempo, demarcando o período em que
os filhos eram representados um ativo econômico.
Logo, a alternativa correta será aquela em que constar, respectivamente, inclusão e tempo.
Gabarito: letra A.

19. Assinale a alternativa em que o vocábulo sublinhado deve ser classificado como advérbio.
a) “Muitas vezes o medo de um mal nos leva a um pior”. (Boileau)
b) “O bem é aquele que trabalha pela unidade, o mal é aquele que trabalha pela separação”. (Aldous Huxley)
c) “O pior mal é aquele ao qual nos acostumamos”. (Sartre)
d) “Uma boa coisa que nos impede de desfrutar de algo ainda melhor é, na verdade, um mal”. (Spinoza)
e) “Quem mal trabalha, não merece bom pagamento”. (Nouailles)
Comentário:
O advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Indicam circunstâncias (tempo, modo, lugar, dúvida, causa etc.) em que ocorrem as ações verbais.
Vejamos o que cada opção nos apresenta.

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a) Nessa alternativa, o vocábulo "mal" está empregado como substantivo, antecedido pelo artigo indefinido
“um”. Item errado.
b) Aqui, também está sendo empregado como substantivo, antecedido pelo artigo definido “o”. Item errado.
c) Mais uma vez, “mal” como substantivo, cujo sentido é modificado pelo adjetivo “pior”. Item errado.
d) Idem às três anteriores: “mal” como substantivo, antecedido pelo artigo indefinido “um”. Item errado.
e) Finalmente chegamos ao nosso gabarito, pois o vocábulo "mal" modifica o verbo "trabalha", exercendo a
função de advérbio. Item certo.
Gabarito: letra E

20. Assinale a alternativa que traz, respectivamente, um substantivo cujo plural se faz a exemplo de
“bem-estar” (termo presente no 1º primeiro parágrafo); e outro substantivo, destacado em expressão
do texto, com sentido de coletivo.
a) Alto-falante / “Quase metade da população mundial não tem acesso...”
b) Saca-rolha / “... a base da assistência universal.”
c) Bomba-relógio / “... o progresso em saúde tem sido desigual...”
d) Louva-a-deus / “... em detrimento da prevenção de doenças...”
e) Arco-íris / “... e participação das pessoas e da comunidade...”
Comentário:
O substantivo composto “bem-estar” é formado pela união do advérbio "bem" com o termo "estar".
Importante notar que “estar”, no caso, é uma palavra substantivada, formada por derivação imprópria.
Assim, por termos uma estrutural formada por um advérbio (palavra invariável) mais um substantivo
(palavra variável), o plural de “bem-estar” é “bem-estares”.
Posto isso, analisemos cada alternativa.
a) Em “Alto-falante”, “alto” é adverbio, “falante” é adjetivo. Assim, o seu plural é “alto-falantes”. Além
disso, a palavra “população”, de fato, dá a ideia de coletividade: conjunto de pessoas que habitam
determinado local. Item certo.
b) A palavra “saca-rolha” é composta pela união do verbo "sacar" com o substantivo "rolha". Assim, por ter-
se termo invariável (verbo) mais termo variável (substantivo), o plural do substantivo será “saca-rolhas”.
Além disso, “assistência” não tem sentido de coletivo. Item errado.
c) Em “bomba-relógio”, tanto “bomba” quanto “relógio” são substantivos, contudo, como o segundo
especifica o primeiro, a regra é que somente o primeiro substantivo seja flexionado. Daí, temos que o plural
será “bombas-relógio”. Além disso, “progresso” não tem sentido de coletivo. Item errado.

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d) “Louva-a-deus” é palavra substantivada. Nesse caso, o substantivo no plural e no singular terão a mesma
forma. Assim, o plural será “os louva-a-deus”. Além disso, “prevenção” não tem conotação de coletivo. Item
errado.
e) “Arco-íris” também é palavra substantivada, por isso o seu plural é “os arco-íris”. A palavra “comunidade”
tem conotação de coletivo, mas como o plural do substantivo composto (“arco-íris”) não acompanha a
mesma regra de “bem-estar”, o item está errado.
Gabarito: letra A.

21. Considere o fragmento abaixo para responder à questão.


“Nos sete primeiros assaltos, Raul foi duramente castigado. Não era de espantar: estava inteiramente fora de
forma.”
Os advérbios destacados expressam, respectivamente, as seguintes circunstâncias:
a) modo e modo.
b) intensidade e tempo.
c) intensidade e intensidade.
d) modo e intensidade.
Comentário:
Vamos por partes. No período “Nos sete primeiros assaltos, Raul foi duramente castigado.”, a palavra em
realce é adverbio de modo, modificando o sentido do adjetivo castigado. Semanticamente, exprime ideia
de como Raul fora castigado.
No entanto, no período “Não era de espantar: estava inteiramente fora de forma.”, a palavra em realce é
advérbio de intensidade. Equivale a “completamente”, “totalmente”, “absolutamente”, outros advérbios de
intensidade. Semanticamente, denota a intensidade com que Raul estava fora de forma.
Gabarito: letra D.

22. Considere o texto abaixo para responder à questão.


Há várias pesquisas descritas em seu livro sobre a influência da fisiologia no comportamento. Você
concorda com Edward O. Wilson que “a natureza humana é um conjunto de predisposições genéticas”?
Acredito que predisposições genéticas existem, mas, na grande maioria dos casos, não passam de exatamente
isso: predisposições. Exceto em alguns casos especiais, genética não é destino. A meu ver, fatores genéticos,
temperados por acontecimentos ao acaso ao longo do desenvolvimento, fornecem apenas uma base de trabalho,
a matéria bruta a partir da qual cérebro e comportamento serão esculpidos. Somadas a isso influências do
ambiente e da própria experiência de vida de cada um, é possível transcender as potencialidades de apenas 30
mil genes – a estimativa atual do número de genes necessários para “montar” um cérebro humano – para montar

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os trilhões e trilhões de conexões entre as células nervosas, criando o arco-íris de possibilidades da natureza
humana.
[...]
(Adaptado de: PIZA, Daniel. Perfis & Entrevistas. São Paulo,
Contexto, 2004)

No trecho acima, as orações introduzidas pelos segmentos sublinhados contêm respectivamente a ideia de:
a) Condição − finalidade − consequência
b) Causa − conformidade − temporalidade
c) Concessão − finalidade − consequência
d) Conclusão − conformidade − causa
e) Conclusão − finalidade – causa
Comentário:
Na passagem “Somadas a isso influências do ambiente”, nota-se valor condicional. Reescrevendo, para que
fique mais claro: “Se forem somadas a isso influências do ambiente... é possível...”. Assim, o termo destacado
inicia uma oração subordinada adverbial condicional reduzida de particípio.
Em “para montar os trilhões e trilhões de conexões”, a preposição “para” expressa finalidade, objetivo.
Por fim, em “criando o arco-íris de possibilidades da natureza humana”, há a ideia de consequência, que é a
diversidade na natureza humana.
Gabarito: letra A.

23. Considere o texto abaixo para responder à questão.


“Embora a composição e a dinâmica precisas das reações emocionais sejam moldadas em cada indivíduo pelo
meio e por um desenvolvimento único, há indícios de que a maioria das reações emocionais, se não todas,
resulta de longos ajustes evolutivos.”
Mantendo-se o mesmo tipo de relação que estabelece na frase acima, o segmento sublinhado preenche
corretamente a lacuna desta frase:
a) Todos, ...... você, riram-se do acidente.
b) O palestrante não obteve outra coisa ...... escárnio.
c) Fala três línguas, ...... quatro.
d) Não expressou ...... emoções negativas.
e) Havia um ...... em seu exame.
Comentário:

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O primeiro passo é identificar qual tipo de relação estabelecida na frase: “há indícios de que a maioria das
reações emocionais, se não todas, resulta de longos ajustes evolutivos”.
No contexto, “se não” representa uma junção da conjunção condicional “se” e do advérbio de negação “não”
e possui o sentido de “caso não” ou “quando não”. Na frase em destaque, o “se não” indica condição.
Fiquem atentos ao seguinte detalhe. Não se pode confundi-lo com o “senão”, usado em substituição a “do
contrário”, “a não ser”, “exceto”, “tão somente”. O “senão” também pode ser empregado como sinônimo de
falha, pequeno erro ou defeito.
Vejamos em qual das opções há a ideia de condição.
a) Todos, ...... você, riram-se do acidente.
Aqui, o apropriado é o “senão”. Vejam como ficaria: “Todos, exceto você, riram-se do acidente”. Item errado.
b) O palestrante não obteve outra coisa ...... escárnio.
Mesma justificativa do item anterior. Vejam como ficaria: “O palestrante não obteve outra coisa, tão somente
escárnio”. Item errado.
c) Fala três línguas, ...... quatro.
Eis o nosso gabarito. Há aqui uma ideia de condição: “fala três línguas, caso não fale quatro”. Item certo.
d) Não expressou ...... emoções negativas.
Também cabe o “senão”: “Não expressou a não ser emoções negativas”. Item errado.
e) Havia um ...... em seu exame.
Essa alternativa representa o uso do “senão” como sinônimo de erro, defeito, falha. Vejam como ficaria:
“Havia um pequeno erro em seu exame.” Item errado.
Gabarito: letra C.

24. Considere o texto abaixo para responder à questão.


[...]
Bem sei que uma das qualidades de um ator está nas mutações sensíveis de seu rosto, e que a máscara as
esconde. Por que então me agrada tanto a ideia de atores entrarem no palco sem rosto próprio? Quem sabe, eu
acho que a máscara é um dar-se tão importante quanto o dar-se pela dor do rosto. Inclusive os adolescentes,
estes que são puro rosto, à medida que vão vivendo fabricam a própria máscara. E com muita dor. Porque saber
que de então em diante se vai passar a representar um papel é uma surpresa amedrontadora. É a liberdade
horrível de não ser. E a hora da escolha.
Mesmo sem ser atriz nem ter pertencido ao teatro grego – uso uma máscara. Aquela mesma que nos partos de
adolescência se escolhe para não se ficar desnudo para o resto da luta. Não, não é que se faça mal em deixar o
próprio rosto exposto à sensibilidade. Mas é que esse rosto que estava nu poderia, ao ferir-se, fechar-se sozinho
em súbita máscara involuntária e terrível. É, pois, menos perigoso escolher sozinho ser uma pessoa. Escolher

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a própria máscara é o primeiro gesto involuntário humano. E solitário. Mas quando enfim se afivela a máscara
daquilo que se escolheu para representar o mundo, o corpo ganha uma nova firmeza, a cabeça ergue-se altiva
como a de quem superou um obstáculo. A pessoa é.
Se bem que pode acontecer uma coisa que me humilha contar.
É que depois de anos de verdadeiro sucesso com a máscara, de repente – ah, menos que de repente, por causa de
um olhar passageiro ou uma palavra ouvida – de repente a máscara de guerra de vida cresta-se toda no rosto
como lama seca, e os pedaços irregulares caem com um ruído oco no chão. Eis o rosto agora nu, maduro, sensível
quando já não era mais para ser. E ele chora em silêncio para não morrer. Pois nessa certeza sou implacável: este
ser morrerá. A menos que renasça até que dele se possa dizer “esta é uma pessoa”.
(Adaptado de: LISPECTOR, Clarice. “Persona”, em Clarice na
cabeceira: crônicas. Rio de Janeiro, Rocco Digital, 2015)

Mantendo-se o sentido e a correção, o termo sublinhado pode ser substituído pelo que se encontra entre
parênteses em:
a) A menos que renasça até que dele se possa dizer “esta é uma pessoa”. (Sem que)
b) É, pois, menos perigoso escolher sozinho ser uma pessoa. (conquanto)
c) Se bem que pode acontecer uma coisa que me humilha contar. (No entanto, seguido de vírgula)
d) Bem sei que uma das qualidades de um ator está nas mutações... (Por mais que)
e) ... a cabeça ergue-se altiva como a de quem superou um obstáculo. (conforme)
Comentário:
Vamos analisar cada uma das opções:
a) Nesse contexto, a expressão “a menos que” indica condição, podendo ser substituída por “exceto se”, pois
traz uma ideia de hipótese, de algo que pode acontecer. A expressão “sem que” pode ser condicional, mas
não nesse caso. Veja um exemplo em que isso é possível: “sem que ele estude, não conseguirá a aprovação”.
Item errado.
b) “Pois”, após o verbo e entre vírgulas, é conjunção conclusiva. “Conquanto” é conjunção concessiva. Item
errado.
c) “Se bem que” é, normalmente, conjunção concessiva, contudo, nesse contexto, foi usada como conjunção
adversativa (indica oposição, contraste), motivo pelo qual a sua substituição por “no entanto” é acertada.
Item certo.
d) “Bem sei que” não é uma locução conjuntiva: o “bem” apenas transmite uma noção de intensidade. No
caso, “que” é conjunção integrante, introduzindo uma oração subordinada substantiva objetiva direta. “Por
mais que” é conjunção concessiva. Item errado.
e) “Como”, no caso, é conjunção comparativa. “Conforme” é conjunção conformativa. Item errado.
Gabarito: letra C

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É um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. (1° parágrafo)


Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. (6° parágrafo)
25. Os elementos sublinhados acima introduzem, no contexto, respectivamente, noção de
a) causa − finalidade
b) finalidade − concessão
c) consequência – temporalidade
d) causa − oposição
e) concessão – consequência
Comentário:
Pessoal, na primeira frase o “porque” é uma conjunção causal, podendo ser substituída por outras
conjunções dessa categoria, a exemplo de: visto que, uma vez que, já que, etc.
Já, “entretanto” é uma conjunção adversativa, transmitindo ideia de oposição, contraste. São também
exemplos: mas, porém, contudo, no entanto, todavia, etc.
Gabarito: letra D

Com cerca de 16% da água doce disponível na Terra(c), o Brasil é um país rico nesse insumo que a natureza
provê de graça. Cada habitante conta com mais de 43 mil m3 por ano dos mananciais, mas apenas 0,7% disso
termina utilizado(e). Nações como a Argélia e regiões como a Palestina, em contraste, usam quase a metade dos
recursos hídricos disponíveis, e outras precisam obter recursos hídricos por dessalinização de água do mar.
Só em aparência, contudo, é confortável a situação brasileira (d). Em primeiro lugar, há o problema da
distribuição: o líquido é tanto mais abundante onde menor é a população e mais preservadas são as florestas,
como na Amazônia. No litoral do país, assim como nas regiões Sudeste e Nordeste (onde se concentra 70% da
população), muitos centros urbanos já enfrentam dificuldades de abastecimento.
[...]
Não é possível afirmar com certeza que recentes secas no Sudeste e no Nordeste ou as inundações em Rondônia
tenham relação direta com a mudança global e regional do clima. Tampouco se pode excluir que tenham (a). Por
outro lado, é certo que esses flagelos, assim como o custo bilionário que acarretam, constituem uma boa amostra
do que se deve esperar nas próximas décadas para o caso de o aquecimento global se agravar.
Ficar sem água, porém, é cena cada vez mais incomum no Nordeste(b), mesmo no semiárido, região onde
moram 22 milhões de pessoas e onde as chuvas são pouco previsíveis. Um sistema improvisado de cisternas e
açudes já supre, ainda que de forma irregular, as necessidades básicas da população, mesmo a mais isolada.
[...]

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Simulado 01

26. Mantendo-se a correção e o sentido, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, o termo
sublinhado pode ser substituído pelo que se encontra entre parênteses em:
a) Tampouco (Porquanto) se pode excluir que tenham.
b) Ficar sem água, porém, (muito embora) é cena cada vez mais incomum no Nordeste...
c) Com cerca de (o equivalente à) 16% da água doce disponível na Terra...
d) Só em aparência, contudo, (entretanto) é confortável a situação brasileira.
e) ... mas (conquanto) apenas 0,7% disso termina utilizado.
Comentário:
a) “Tampouco” expressa ideia de adição, equivalente a “também não”. “Porquanto” indica explicação ou
causa. Item errado.
b) No contexto, “porém” é conjunção adversativa. “Embora” é conjunção concessiva. Item errado.
c) “Cerca de” indica número aproximado. A expressão “o equivalente à” remonta à ideia de certeza. Item
errado.
d) Chegamos ao nosso gabarito. São conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no
entanto, etc. Item certo.
e) Conforme visto, “mas” é uma conjunção adversativa, diferindo de “conquanto”, conjunção concessiva.
Item errado.
Gabarito: letra D.

27. Considere o texto abaixo para responder à questão.


Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são questões atualíssimas na história humana, e surgem mais
fortes e polêmicas na escala temporal mais longa da evolução. A história evolutiva pode ser representada como
uma espécie depois da outra. Mas(a) muitos biólogos hão de concordar comigo que se trata de uma ideia tacanha.
Quem(b) olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a maior parte do que é importante. A evolução rima,
padrões se repetem. E não simplesmente por acaso. Isso ocorre por razões bem compreendidas, sobretudo razões
darwinianas, pois a biologia, ao contrário da evolução humana ou mesmo da física, já tem a sua grande teoria
unificada, aceita por todos os profissionais bem informados no ramo, embora(c) em várias versões e
interpretações. Ao escrever(d) a história evolutiva, não me esquivo a buscar padrões e princípios, mas procuro (e)
fazê-lo com cautela.
[...]
Obs. lemingues: designação comum a diversos pequenos roedores.
(Richard Dawkins, com a colaboração de Yan Wong, A grande
história da evolução: Na trilha dos nossos ancestrais. Trad.

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Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2009,


p. 17-18)

No parágrafo acima, a alteração que mantém o sentido e a correção originais é a de:


a) Mas por “Apesar de”.
b) Quem por “Muitos biólogos”.
c) Embora por “não obstante”.
d) Ao escrever por “Salvo se escrever”.
e) mas procuro por “ainda que procure”.
Comentário:
a) “Mas” é conjunção adversativa e “apesar de”, concessiva. Por isso, item errado.
b) O vocábulo “quem” não remete, necessariamente, a “muitos biólogos”. Na verdade, a palavra “quem” dá
ao fragmento ideia de indeterminação. Item errado.
c) É o nosso gabarito. “Embora” e “não obstante” são conjunções de valor concessivo. Lembrando que “não
obstante” pode também ter valor adversativo. Item certo.
d) O termo “ao escrever” transmite uma ideia de tempo, ao passo que “salvo se escrever” passa ideia de
condição. Item errado.
e) “Mas” é conjunção adversativa e “ainda que”, conjunção concessiva. Por isso, item errado.
Gabarito: letra C.

28. Considere o fragmento de texto abaixo para responder à questão.


“Tratando do estado de solidão ou da necessidade de convívio, Sêneca vê no estado de solidão uma
contrapartida da necessidade de convívio, assim como vê na necessidade de convívio uma abertura para
encontrar satisfação no estado de solidão.”
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos grifados, na ordem dada, por:
a) naquele − desta − nesta − naquele
b) nisso − daquilo − naquela − deste
c) este − do outro − na primeira − no último
d) nisto − disso − naquela − desse
e) na primeira − do segundo − numa – noutra.
Comentário:
Questão sobre pronomes. Numa perspectiva endofórica, referindo a elementos intradiscursivos, o pronome
demonstrativo tem diferentes empregos:

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- Este: refere-se ao que foi citado por último ou ao mais próximo na frase;
- Aquele: refere-se ao elemento mais afastado ou ao que foi citado em primeiro lugar.
No texto destacado, primeiramente cita-se o “estado de solidão” e, posteriormente, a “necessidade de
convívio”. Então, a primeira parte, assim ficaria:“Tratando do estado de solidão ou da necessidade de convívio,
Sêneca vê NAQUELE uma contrapartida DESTA.”
Adotando raciocínio análogo, a segunda parte pode ser reescrita como: “assim como vê NESTA uma abertura
para encontrar satisfação NAQUELE”.
Agora, juntando as partes: “Tratando do estado de solidão ou da necessidade de convívio, Sêneca vê NAQUELE
uma contrapartida DESTA, assim como vê NESTA uma abertura para encontrar satisfação NAQUELE.”
Gabarito: letra A.

29. Considere o texto abaixo para responder à questão.


Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava atenção nos detalhes
das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos mínimos. Mas a grandeza das manhãs se
media pela quantidade de mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às
vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde
eles vinham, de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam no
chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim Botânico.
No segmento “de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas”, o termo sublinhado pode ser
substituído corretamente por:
a) de cuja
b) dos quais
c) de qual
d) de quanta
e) de cujos.
Comentário:
Vamos analisar cada uma das opções:
a) O pronome “cujo” indica posse e costuma aparecer entre dois nomes, o objeto possuidor e o possuído. Por
isso, não se verifica a possibilidade do uso desse pronome na frase destacada. Item errado.
b) O “dos” em “Dos quais” é construção resultante da fusão da preposição (de) e do artigo definido masculino
no plural (os). Não há concordância entre esse artigo e a palavra “árvore” (palavra feminina no singular). Item
errado.
c) É o nosso gabarito. No contexto, são expressões equivalentes: “de qual” e “de que”. Item certo.

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d) “De quanta” é também inapropriado, haja vista que não há referência a número ou quantidade. Item
errado.
e) Conforme justificativa apresentada na letra “a”, inadequado o “cujo”. Item errado.
Gabarito: letra C.

30. Está correto o emprego dos elementos sublinhados em:


a) As confissões perturbadoras às quais aprendemos a conviver não respeitam nosso direito à um mínimo de
privacidade.
b) Houve tempos onde era feio e indiscreto ouvir conversas alheias; hoje, propaga-se as falas em voz alta por
toda parte.
c) Não faltava a aquelas antigas conversas um tom de intimidade, tão raro hoje entre os que ainda lhe são
capazes.
d) O olhar contemplativo, no qual se dedicavam os viajantes de ônibus, já não flue pelas janelas.
e) O vício das conexões, cujas malhas nos envolvem a todos, não é de todo mau, segundo os otimistas.
Comentário:
Vamos analisar cada uma das opções:
a) O verbo “conviver” rege a preposição “com”. Então seria: “As confissões perturbadoras com as quais
aprendemos a conviver”. A crase em “nosso direito à um mínimo de privacidade” também é inadequada,
haja vista ser proibido o uso da crase antes do artigo indefinido “um” (que é, além de tudo, palavra masculina).
Item errado.
b) “Onde” exige para a sua aplicação a referência a lugar e, no contexto, a ideia é de tempo. Além disso,
apesar de não ser da nossa aula, o certo seria que o verbo (propagar) concordasse com o sujeito paciente (as
falas). Em “propaga-se”, o “se” é partícula apassivadora. Pelos dois erros, item errado.
c) Em “a aquelas”, o correto seria a fusão do artigo com o pronome, formando “àquelas”. Além disso, o “lhe”,
em “lhe são capazes” ficou sem sentido na frase. Item errado.
d) Quem se dedica, dedica A algo. Por isso, é inadequado o uso da preposição “em” (no = em + o). Além disso,
o verbo fluir na 3ª pessoa do presente do indicativo é “flui”. Item errado.
e) O uso do pronome relativo “cujo” é adequado, sintonizado com a relação de posse existente entre “malhas”
e “conexões”. Para verificar se correto o uso do “mau”, substitui-se esse termo na frase pelo seu oposto
(bom), obtendo-se a seguinte construção (correta): “o vício não é de todo bom”. Por isso, item certo.
Gabarito: letra E.

31. Considere o texto abaixo para responder à questão.

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Perdeu-se a antiga privacidade, enterramos a antiga privacidade sob os conectores modernos, tornamos esses
conectores modernos nossos deuses implacáveis, sob o comando desses conectores modernos trocamos
escandalosamente todas as informações mais pessoais.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada,
por:
a) enterramo-la − tornamo-los − sob cujo comando
b) enterramos-lhe − tornamo-lhes − sob cujo comando
c) enterramo-la − os tornamos − sob o qual comando
d) a enterramos − tornamos-lhes − sob o comando deles
e) enterramo-lhe − lhes tornamos − sob o comando dos quais
Comentário:
Na primeira situação, “a antiga privacidade” desempenha a função de objeto direto, por isso deverá ser
substituído pelo pronome oblíquo “a”. Esse pronome oblíquo deve ser enclítico, após o verbo, haja vista ser
inadequado o seu uso iniciando oração. Por fim, como “enterramos” termina em “s”, deve-se suprimir essa
consoante e acrescentar a letra “l”, formando “enterramo-la”.
O segundo caso justifica-se na linha do visto acima quanto ao complemento exigido pelo verbo “tornar”
(objeto direto – “o”); à necessidade do emprego da ênclise; e a supressão do “s” e adição do “l” em
“tornamos”. Assim, a opção pertinente é “tornamo-lo”.
Por fim, no terceiro caso, há a uma relação de posse entre “conectores modernos” e “comando” (os
conectores detêm o comando). Isso enseja o emprego do pronome relativo “cujo”. Assim, a escrita correta é:
“sob cujo comando”.
Gabarito: letra A.

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4 – GABARITO
1 C 12 A 23 C
2 A 13 C 24 C
3 D 14 B 25 D
4 C 15 B 26 D
5 C 16 D 27 C
6 A 17 D 28 A
7 C 18 A 29 C
8 D 19 E 30 E
9 C 20 A 31 A
10 A 21 D
11 A 22 A

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