INTRODUÇÃO Biografia e Autobiografia

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INTRODUÇÃO

Neste presente trabalho de Língua Portuguesa iremos de abordar acerca


de um tema que é muito importante para a narração de um historia quer seja
nossa ou de outras individualidades da nossa sociedade e não só. Tema este
que é: Biografia e autobiografia.

O que seria do homem sem as suas vivências? E o que seriam suas


vivências sem que fossem narradas? Se refletirmos bem, considerando a
epígrafe deste espaço de discussão, a narrativa é o lócus em que a vida faz
sentido para aqueles que a protagonizam. Nessa linha, podemos simplificar
que aquilo que significou ficou, deixou marcas e acomodou-se na constituição
heterogênea de um dado sujeito.

Na Biografia predomina o uso do pronome da 3ª pessoa (ele/ela), pois o


narrador escreve sobre outra pessoa. Colocamos em uma biografia dados
importantes sobre a vida da pessoa de quem estamos falando.

Já a Autobiografia é um gênero literário em que uma pessoa narra a


história da sua vida, trata-se de uma biografia escrita ou narrada pela pessoa
biografada.

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CAPÍTULO 1 – BIOGRAFIA E SUAS CARACTERÍSTICAS

1.1- BIOGRAFIA

BIO = vida; GRAFIA = escrita.

Biografia, portanto, significa “registro da vida de uma pessoa”, ou seja,


uma pessoa narra a vida de outra. A biografia é um gênero textual que tem
como objetivo narrar eventos marcantes da vida de uma pessoa, sejam de uma
grande personalidade, sejam de uma pessoa comum.

1.2- CARACTERÍSTICAS DA BIOGRAFIA

De maneira geral, uma biografia contém as seguintes características:

 É um texto do tipo narrativo;


 Os acontecimentos são, em geral, narrados de maneira cronológica;
 Pode ser escrito em terceira ou em primeira pessoa (autobiografia).

Na Biografia predomina o uso do pronome da 3ª pessoa (ele/ela), pois o


narrador escreve sobre outra pessoa.

Colocamos em uma biografia dados importantes sobre a vida da pessoa de


quem estamos falando.

Exemplo:

 Nome completo;
 Local e data de nascimento;
 Onde estudou;
 Onde viveu;
 Fatos mais importantes de sua vida;
 Principais realizações, bem como fotografias.

As biografias podem organizar-se tanto como um texto longo - no caso de


livros que relatam minuciosamente (com muitos detalhes) a história e/ou
trajetória de uma pessoa, como textos curtos - caso de textos autobiográficos
que circulam na Internet, ou textos em que o autor quer apenas mostrar
passagens de sua vida de forma mais objetiva.

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1.3- O QUE É IMPORTANTE DENTRO DE UM TEXTO BIOGRAFICO?

É importante utilizar as datas de nascimento e de morte (esta caso haja),


os principais feitos e contribuições da pessoa e entre outros.

Todas as informações são basicamente importantes. Isso porque a


pessoa que se desprenderá para ler deseja saber o máximo sobre o biografado.
Por isso, um texto biográfico deverá conter dados sobre invenções, casamento,
filhos, vida pessoal, infância e por aí vai.

Algo que tem sido recorrente nas biografias mais recentes foi o
acréscimo de imagens, o que torna o trabalho ainda mais interessante.
Enxergar elementos exclusivos e imagéticos é sempre fundamental para
contextualizar uma vida.

1.4- ESTRUTURA DE UMA BIOGRAFIA

A biografia deve sempre seguir uma ordem cronológica dos fatos


expostos referentes à vida do biografado.

É possível organizar os capítulos como sessões, designando,


separadamente, cada fato organizado segundo uma linha sucessória de
acontecimentos.

Exemplo:

 Capítulo 1: Nascimento;
 Capítulo 2: Adolescência e Juventude;
 Capítulo 3: Principais feitos;
 Capítulo 4: Velhice;
 Capítulo 5: Morte e Legado;

A estruturação vai do critério de quem escreve, seguindo as indicações


que priorizem a cronologia. Por fim, o texto precisa ser coeso e coerente, para
que nenhum fato esteja ao outro.

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CAPÍTULO 2 – A AUTOBIOGRAFIA

AUTO = a si mesmo; GRAFIA = escrita.


Autobiografia é um relato retrospetivo que a própria pessoa faz de sua
vida, ou seja, o autor-narrador-personagem tem um papel de destaque nos
acontecimentos do passado e do presente.

A reconstituição memorialista, em uma autobiografia, ocorre em dois


níveis: o nível dos acontecimentos e o do seu significado.

Quanto à função desse gênero do ponto de vista de sua receção, quem


tem acesso a uma autobiografia, pode, por meio dela, identificar-se com as
experiências de outra pessoa e, a partir de aí ampliar a perceção que tem de
determinado universo cultural, refletir sobre a realidade à sua volta e sobre si
mesma.

Ao observarmos etimologicamente o termo autobiografia, vemos em


cena, de forma objetiva, o seu significado enquanto a escrita ou, melhor,
registro da vida, do grego, bíos, vida e gráphein que, por sua vez, está para
escrever, desenhar, gravar, entre outras possibilidades (MITIDIERI, 2010),
sugerindo formas de relato que vão além da linguagem em sua face verbal.

Nessa perspectiva, percebemos em primeiro plano a ligação do gênero


em estudo com a biografia.

Com o acréscimo do radical grego autós - auto, temos a diferenciação e


uma das especificidades conferidas à autobiografia, um relato de vida pela
própria pessoa que viveu o acontecimento relatado.

No gênero autobiografia, o autor narra na primeira pessoa do singular


ou do plural (Eu/Nós) acontecimentos que seleciona da sua própria vida, em
geral, com o objetivo de caracterizar sua personalidade.

É cada vez mais sensível a grande profusão de distintas formas de


narratividade (auto) biográfica na sociedade contemporânea.

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A partir do que apresentam pesquisas em diferentes campos dos
estudos em linguagem, faz-se incontestável a hétero-generalidade com que
diversas formas de narração do eu em diferentes tons de autorreferência têm
insurgido numa sociedade altamente mediatizada e globalizada.

Nesse entrever, ancorados no edifício teórico da análise dialógica do


discurso em confluência com estudos que se debruçam sobre as escritas de
si, propomo-nos a discutir a ressignificação como ato característico do
movimento de autorreferência constitutivo da autobiografia e de algumas
outras formas de narrativas do eu.

Dentre outras observações, destacamos, na construção discursiva de


textos autorreferentes, como a autobiografia, um entrecruzamento entre
sentidos, memórias e vivências em uma relação de ressignificação sob a luz
do que o sujeito não só foi como agora é.

Acreditamos que, na materialidade autobiográfica, não somente na


produção como no âmbito de sua contemplação, para além do relato como
plena captura e resgate do uma vez vivido, cabe refletir a condição de
ressignificação das experiências de vida que marcaram/marcam uma dada
subjetividade.

Propomos, então, a ressignificação como elemento característico no


fazer discursivo desse gênero e também como ação necessária ao público
leitor, horizonte contemplativo dos que se propõem a literariamente
autobiografar suas experiências de vida.

Em primeiro lugar, é importante destacar o fato de que o género autobiográfico


é limitado no tempo e no espaço: nem sempre existiu nem existe em todos os
lugares. Se as Confissões de Santo Agostinho oferecem o ponto de referência
inicial de um primeiro sucesso fenomenal, vemos imediatamente que é um
fenômeno tardio na cultura ocidental, e que ocorre no momento em que a
contribuição cristã é enxertada nas tradições clássicas. Por outro lado, não
parece que a autobiografia tenha se manifestado fora de nossa atmosfera
cultural; dir-se-ia que manifesta uma preocupação particular do homem
ocidental, uma preocupação que ele levou consigo mesmo em sua conquista
gradual do mundo e que comunicou aos homens de outras civilizações; mas,
ao mesmo tempo, esses homens teriam sido submetidos, por uma espécie de
colonização intelectual, a uma mentalidade que não era a deles (GUSDORF,
1991, p.9) 1.

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2.1- AS PRINCIPAIS MARCAS IDENTIFICADAS NO GÊNERO
AUTOBIOGRAFICO

a) Quanto a análise do contexto de produção:


 O protagonista da história é, obrigatoriamente, o próprio autor;
 Os textos tentam mostrar os principais episódios da vida do autor,
de forma cronológica. Alguns dão maior ênfase a determinados
períodos ou acontecimentos;
 Os textos que circulam pela Internet ou publicados em livros
destinam-se a leitores em geral, sobretudo aos que têm interesse
em conhecer melhor a vida de determinadas pessoas, sejam elas
celebridades ou anônimos.
b) Quanto a análise do plano discursivo:
 As Autobiografias são textos com marcas de implicação (o autor
se mostra no texto).
 Quanto ao tipo de discurso, predomina o RELATO, uma vez que
discorre sobre fatos reais expostos ao leitor. Por isso, são textos
do tipo predominantemente narrativos.
 Quanto ao seu plano global (estrutura geral do texto), as
autobiografias podem organizar-se tanto como um texto longo (no
caso de livros que relatam minuciosamente a história/trajetória
do autor), como textos curtos (é o caso de textos autobiográficos
que circulam na Internet, ou textos em que o autor quer apenas
mostrar passagens de sua vida de forma mais objetiva).
c) Quanto a análise das marcas linguísticas, os textos revelam:
 Uso abundante de pronomes pessoais e possessivos na primeira
pessoa (tanto no singular quanto no plural);
 Verbos constantemente no Pretérito Perfeito e no Pretérito
Imperfeito, e algumas poucas vezes no Presente;
 Palavras ou expressões com valor temporal (“há dez anos”,
“naquele tempo”, “naquela época”, “tempo em que”, “um tempo
depois”, etc.)
 Marcadores espaciais / marcadores de lugar: (“era uma região...”,
“naquele lugar...”, “foi o lugar onde...”, etc.)

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 Expressões que funcionam como modalizadores do discurso,
principalmente advérbios modalizadores: provavelmente,
certamente, etc. e, operadores argumentativos: um pouco,
apenas, mesmo, etc.
 Palavras/vocabulários utilizados para identificar objetos da época
citada.

2.2- COMO FAZER, O QUE ESCREVER, QUIAS INFORMAÇÕES DEVEM


CONSTAR NA AUTOBIOGRAFIA?

No gênero autobiografia, o autor narra na primeira pessoa do singular


ou do plural (Eu/Nós) acontecimentos que seleciona da sua própria vida, em
geral, com o objetivo de caracterizar sua personalidade.

COMECE a escrever sua autobiografia pesquisando sua própria vida.


Para facilitar, escreva a linha do tempo da sua vida, para incluir as datas e
eventos mais importantes.

ESCREVA tudo que lembrar, depois selecione os fatos mais


importantes. INCLUA sua história familiar também.

ANOTE informações sobre a vida dos seus avós, seus pais, irmãos, tios,
primos, vizinhos, amigos, etc. As informações sobre sua história familiar vai
ajudar os leitores a entenderem como você se tornou a pessoa que é. Anote
informações sobre sua infância.

Qual a sua lembrança mais prazerosa? Como eram seus pais? Você tem
irmãos? Como eram suas brincadeiras? Você gostava de ir para a escola?
Porquê?

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ESCREVA

1. Seu nome completo (autor/protagonista da história);

2. Local e data de nascimento (cidade, estado, pais) / idade atual;

3.. Onde estudou/onde estuda;

4.. Onde viveu;/onde vive;

5. Fatos mais importantes de sua vida;

6.. Principais realizações;

7. O que gostava / gosta de fazer / lazer (brincadeiras);

8. O que mais gosta de fazer fora da escola;

9.. Exporte preferido;

10. Sonhos para o futuro.

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CONCLUSÃO

Depois de muitas pesquisas e estudos chegamos a conclusão de que: A


biografia talvez seja um dos mais difundidos gêneros canônicos das escritas
de si, apresentando-se como uma escrita capaz de desnudar a intimidade de
alguém, normalmente uma pessoa que é reconhecida em algum meio
específico e que, por isso, desperta o interesse de leitores para sua vida.

A biografia perpassa de forma indecisa o testemunho, o romance e o


relato histórico, e alcança fatos e ambientes reservados, apresentando deles
interpretações às quais geralmente somente o próprio biografado teria acesso.

A autobiografia é um texto, geralmente em prosa, em que o autor-


biógrafo narra a trajetória de sua própria vida. É comum o autobiógrafo
registrar sua formação acadêmica e profissional, pontuando, de forma
objetiva, as experiências, as pesquisas, as invenções, as conquistas etc., as
quais ele vai legar (deixar) à humanidade. Em alguns aspetos, a autobiografia
dialoga com o curriculum vitae.

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REFERÊNCIAS

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2000-6.pdf

https://youtu.be/YUAPYRNmL5U

ARFUCH, L. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade contemporânea.


Tradução Paloma Vidal. Rio de Janeiro: Eduerj, 2010.

BAKHTIN, M. Reformulação do livro sobre Dostoiévski. In: BAKHTIN, M.


Estética da criação verbal. Tradução Paulo Bezerra. 6. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2011. p.337-358.

BAKHTIN, M. O discurso no romance. In: BAKHTIN, M. Teoria do romance


I: o romance como gênero literário. Tradução, posfácio e notas Paulo Bezerra.
Organização da edição russa de Serguei Botcharov e Vadim Kójinov. São
Paulo: Editora 34, 2015. p.47-78.

DELORY-MOMBERGER, C. Biografia e educação: figuras do


indivíduo/projeto. Tradução e revisão científica de M. da Conceição Passegi,
João Gomes da Silva Neto e Luis Passegi. Natal/RN: EDUFRN; São Paulo:
Paulus, 2008.

GENETTE, G. Discurso da narrativa. Tradução de Fernando Cabral Martins.


Lisboa: Vega, 1995.

GUSDORF, G. Condiciones y limites de la autobiografia. Suplementos


Antropos, Madrid, n.29, p.9-20, 1991.

LEJEUNE, P. O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Jovita Maria


Gerheim Noronha (Org.). Tradução de Jovita Maria Gerheim Noronha e Maria
Inês Coimbra Guedes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

MARTÍN GAITE, C. El cuarto de atrás. Madrid: Siruela, 2012.

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