CURRÍCULO EM AÇÃO Aluno 7 Ano LPVOL.4
CURRÍCULO EM AÇÃO Aluno 7 Ano LPVOL.4
CURRÍCULO EM AÇÃO Aluno 7 Ano LPVOL.4
Currículo
em Ação
7
SÉTIMO ANO
ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS
CADERNO DO ALUNO
VOLUME
4
Governo do Estado de São Paulo
Governador
João Doria
Vice-Governador
Rodrigo Garcia
Secretário da Educação
Rossieli Soares da Silva
Secretária Executiva
Renilda Peres de Lima
Chefe de Gabinete
Henrique Cunha Pimentel Filho
Bons Estudos!
Coordenadoria Pedagógica
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
Linguagens.............................................................................. 5
Arte............................................................................................7
Língua Portuguesa...................................................................21
Língua Inglesa..........................................................................60
Educação Física........................................................................96
Matemática......................................................................... 109
Ciências............................................................................... 141
Inova................................................................................... 218
Tecnologia e Inovação...........................................................219
Projeto de Vida......................................................................242
Linguagens
Arte
Língua Portuguesa
Língua Inglesa
Educação Física
LÍNGUA PORTUGUESA 21
LÍNGUA PORTUGUESA
Olá!
leitura;
oralidade;
produção textual;
análise linguística/semiótica.
Essas práticas, por sua vez, são sociais e articulam-se aos campos
da vida pública;
das práticas de estudo e de pesquisa;
da arte e da literatura;
do mundo jornalístico/midiático.
Utilize este material como parte de seus estudos, associando-o a outros que venham
a complementar sua jornada no campo do conhecimento.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 –
NOTÍCIA, REPORTAGEM E ESTATUTOS
Nesta Situação de Aprendizagem (SA), você desenvolverá atividades de leitura, de escrita
e de oralidade. Veja, a seguir, algumas habilidades, entre outras, que começaremos a trabalhar.
EF07LP12
EF07LP13A EF07LP13B
Reconhecer recursos de
Identificar, entre partes Identificar, entre partes
coesão referencial
de textos, substituições do texto, substituições
(lexical e pronominal)
lexicais que contribuem pronominais que
em textos de diferentes
para a continuidade do contribuem para a
gêneros.
texto. continuidade do texto.
EF67LP10A
EF67LP02B
Produzir notícia EF69LP10
impressa e para TV, Colocar-se, de maneira
rádio e internet, tendo Produzir notícias para ética e respeitosa, frente
em vista características a textos jornalísticos e
do gênero, o rádios, TV ou vídeos, midiáticos e às opiniões
a eles relacionadas.
estabelecimento
adequado de coesão e
podcasts noticiosos e de
os recursos de mídias opinião, entrevistas,
disponíveis.
comentários, vlogs, jornais EF69LP26B
Retomar, no momento
radiofônicos e televisivos, ou posteriormente,
EF67LP02A
Analisar o espaço dentre outros possíveis, assuntos tratados em
discussões, debates,
reservado ao leitor nos relativos a fato e temas de palestras, apresentação
jornais, revistas de propostas e reuniões
(impressos e online), interesse pessoal, local ou com base em anotações
sites noticiosos etc.
global e textos orais de pessoais desses
próprios eventos.
apreciação e opinião,
EF69LP25
Posicionar-se de forma
orientando-se por roteiro e
consistente e sustentada em contexto de produção. EF69LP24A
uma discussão, assembleia, Discutir casos, reais ou simulações,
reuniões de colegiados da submetidos a juízo, que envolvam
escola, de agremiações e outras (supostos) desrespeitos a artigos
situações de apresentação de do ECA, do Código de Defesa do
propostas e defesas de opiniões, EF69LP26A Consumidor, do Código Nacional de
respeitando as opiniões contrárias e Trânsito, de regulamentações do
Tomar nota em discussões, debates,
propostas alternativas, e mercado publicitário entre outros,
palestras, apresentações de
fundamentando seus como forma de criar familiaridade
propostas, reuniões, como forma de
posicionamentos no tempo de fala com a leitura e a análise de textos
documentar o evento e apoiar a
previsto, valendo-se de sínteses e legais.
própria fala.
propostas claras e justificadas.
Práticas de Linguagem
Leitura
Oralidade
Produção de Texto
Análise Linguística / Semiótica
LÍNGUA PORTUGUESA 23
ATIVIDADE 1 – NOTÍCIA
Texto 1
1- notícia lida (Texto 1) tem como manchete “Trabalho infantil nos semáforos da maior
A
cidade do país”. Observe que abaixo da manchete (título) temos o subtítulo. Releia-os e
explique a relação que há entre eles.
24 CADERNO DO ALUNO
A notícia é formada por título e subtítulo, sendo um principal (ou manchete). O subtítulo é
o complemento do título, com o acréscimo de algumas informações.
2- notícia toda está resumida no primeiro parágrafo, ou, ao menos, seu aspecto mais rele-
A
vante. Essa afirmação é verdadeira. Por quê?
4- L eia o quadro a seguir e produza um título e um subtítulo para uma notícia que você de-
senvolverá na questão 5.
5- O quadro apresenta o tema que você utilizará para escrever uma notícia. Para que sua no-
tícia tenha o máximo de informação, pesquise sobre a Covid-19 e seus impactos na saúde
dos idosos, os primeiros mais afetados. Uma indicação: consulte o Estatuto do Idoso pelo
link: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso_3edicao.pdf Acesso
em: 24 de ago. 2021 Procure por: (Título II - Cap I - Art 9º e Cap II - Art 10).
Planejamento da notícia
Título:
Subtítulo (nem sempre necessário):
Foto (a sugerida abaixo ou outra que considerar pertinente).
Legenda da foto:
Lide:
Desenvolvimento da notícia (corpo da notícia):
Fechamento da notícia:
7- E
struturado o texto, faça uma revisão final para se certificar de que não ficou faltando nada
e se existe clareza de ideias.
8- ugere-se que, após a conferência do professor, sua produção seja exposta no mural da
S
sala de aula, no jornal de mídias da escola, entre outros meios de divulgação.
LÍNGUA PORTUGUESA 27
Texto 2 – Reportagem
Fabiana Gonçalves, diretora de uma escola pública, revela que faz, constantemente, um
levantamento da ausência dos alunos e mantém uma comunicação próxima com os
representantes do Conselho Tutelar: “Temos que proteger, acompanhar o máximo possível
para garantir que essas crianças e adolescentes permaneçam na escola. Até mesmo, por ser
um dos lugares em que se apresenta a possibilidade de mobilidade social. Vista aqui, como
um meio de retirar a criança desse cenário. Contribuindo para condições de vida e perspectiva
de um futuro melhor”, diz ela.
Não se trata apenas de um estatuto, na verdade, refere-se às garantias básicas de qualquer
forma de sobrevivência digna de uma pessoa em seu pleno desenvolvimento.
Dados de pesquisas realizadas pelo Instituto “Saber Criança” revelaram que a quantidade
de crianças trabalhando vem crescendo nos últimos tempos, sendo necessário o
acompanhamento das autoridades para que não se torne um problema ainda maior.
Precisamos fazer valer a lei que os protege, afinal, é necessário para garantir uma vida digna
ao futuro do país.
Possui título?
Possui subtítulo?
Possui legenda?
Notícia
• Definição: texto informativo sobre um acontecimento relevante para o público.
• Publicação:na mídia falada ou escrita; impressa ou digital.
• Linguagem: formal, clara e objetiva.
LÍNGUA PORTUGUESA 29
Reportagem
• Definição: aprofundamento da notícia, com detalhes mais significativos sobre
determinado assunto.
• Publicação: na mídia falada ou escrita; impressa ou digital
• Linguagem: formal, clara e objetiva.
• Temas: diversos, como sociais, políticos, culturais etc.
• Conteúdo: interpretação dos fatos e dados narrados.
• Objetivo: informar e promover a reflexão sobre determinado assunto
• Textos: informativos com a presença da 1ª ou 3ª pessoa. Mais extensos.
3- urante a leitura da reportagem, vocês grifaram as partes que consideraram mais impor-
D
tantes certo? Em grupos, socializem as partes grifadas e argumentem sobre elas. Façam as
anotações relevantes para uma discussão com a classe toda.
4- Hora de socializar e discutir as anotações realizadas:
• Definam regras e quem será o mediador, para que todos possam participar.
• Ouçam o que os demais registraram sobre o que consideraram importante na reportagem
e colaborem com sua opinião e registro. É fundamental considerar a opinião de todos.
• Organizem uma síntese com as ideias dos grupos (a qual poderá ser colaborativa e feita
na lousa). Registrem-na e a anexem no mural da escola.
5- N
a reportagem, é citado o artigo 53 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Você
sabe do que trata este Estatuto?
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), por ser um texto de leis, possui uma lin-
guagem diferente se comparada a outros gêneros, como, por exemplo, o conto, a crônica e
outros. Nesses textos aparecem símbolos, números cardinais e números romanos.
30 CADERNO DO ALUNO
Muitas vezes, usa-se o termo caput, que significa “cabeça” em latim. O caput indica a parte principal
de um artigo para diferenciá-la de parágrafos, incisos e alíneas.
Quando o artigo possui mais de um parágrafo, eles aparecem com o símbolo “§”, sempre
seguido de um número ordinal, o qual se lê: § 1º, § 2º, e assim sucessivamente. Porém,
quando o artigo possui apenas um parágrafo, aparece como “parágrafo único”.
rt. significa artigo. Do 1º ao 9º, lê-se em numerais ordinais (primeiro, segundo, terceiro...).
A
A partir do número 10, lê-se em numerais cardinais (dez, onze, doze, treze...).
Os incisos são a divisão de um artigo ou parágrafo. Nos textos de lei os incisos são
representados por numerais romanos, por exemplo: I,II,III, IV, e assim por diante.
A alíneas são as subdivisões de um artigo de lei, decreto, contrato e similares, indicada
pelos sinais, por exemplo: a ), b ), c ).
6- Conheça agora o artigo 53 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que foi citado
na reportagem, em sua totalidade e na forma de lei, fazendo a leitura correta.
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvi-
mento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o traba-
lho, assegurando-se-lhes:
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsavéis ter ciência do processo pedagógico,
bem como participar da definição das propostas educacionais.
b) Você considera que, de fato, todas as crianças e adolescentes do país têm de direito
garantido? Justifique.
LÍNGUA PORTUGUESA 31
I –
garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;
II –
atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
III –
horário especial para o exercício das atividades.
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos tra-
balhistas e previdenciários.
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de
escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado tra-
balho:
I –
noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia
seguinte;
II –
perigoso, insalubre ou penoso;
III –
realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico,
psíquico, moral e social;
IV –
realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 27 ago. 2021.
a) Em grupos com cinco pessoas, façam a leitura deste trecho de lei e discutam, com refe-
rência no texto legal, sobre as questões do trabalho infantil apontados na reportagem
e na notícia.
b) Elaborem
um parágrafo, com base nos artigos acima, em defesa das crianças e adoles-
centes que trabalham nos semáforos, vendendo doces.
32 CADERNO DO ALUNO
c) Organizem a classe em semicírculo para que todos possam apresentar a defesa organi-
zada nos grupos.
ATIVIDADE 2 – TEXTUALIZANDO
Você já produziu a escrita de um texto e, na correção, seu professor disse que você repetiu
algumas palavras? Qual foi a forma que você encontrou para eliminar as repetições?
1- Existem diversos elementos que podem desempenhar esse papel. Observe o trecho que
foi retirado da reportagem “O trabalho infantil nas ruas”.
“[...] Fabiana Gonçalves, diretora de uma escola pública, revela que fazfaz, constantemente,
levantamento das ausências dos alunos e mantém uma comunicação próxima com os
representantes do Conselho Tutelar: “Temos que proteger, garantir e acompanhar o máximo
possível para que esses adolescentes permaneçam na escola”, diz ela.
b) Que outra palavra foi utilizada para se referir ao nome citado anteriormente?
2- ejamos outro exemplo: retirado da notícia “Trabalho infantil nos semáforos da maior
V
cidade do país”.
Cena comum, na cidade de São Paulo, como verificada no último dia 10 de março: crianças
vendendo objetos nos semáforos da cidade. Elas arriscam suas vidas entre os carros. Quando
questionadas por não estarem na escola, respondem que precisam trabalhar para ajudar no
sustento de suas famílias (quando as têm) ou para sobreviverem sozinhas nas ruas.
Qual notícia será mais atrativa no momento? Lembrem-se de que ela precisa ser atual para
causar interesse nas pessoas.
Façam uma lista com todas as possíveis notícias a serem produzidas.
Discutam a lista elaborada, e enumerando-a como ordem de prioridade.
Em comum acordo com o grupo, façam a escolha daquela que irá para o podcast.
4a Etapa:Definindo as tarefas
Com o planejamento feito e com as tarefas definidas, façam os ensaios que acharem neces-
sários para adequar:
A tonalidade da voz.
O uso da linguagem formal.
A expressão acentuada diante dos sinais de pontuação.
A articulação das palavras de forma pausada para que se compreenda o que está sendo falado.
O ambiente onde será realizada a gravação não pode ter ruídos, uma vez que a qualidade
do som pode ser prejudicada.
Divulgar o podcast.
É preciso divulgar o podcast para as pessoas e pedir a participação delas nos comentários.
O sucesso desta publicação vai depender disso. Divulguem o trabalho por meio das páginas
das redes sociais e mensagens nos grupos de comunicação da escola.
36 CADERNO DO ALUNO
Este espaço é muito importante, e é cada vez mais usado pelas revistas, rádios, jornais, in-
ternet etc., pois é uma forma de saber se está agradando o ouvinte. É também uma forma
de buscar o aperfeiçoamento para as próximas matérias.
LÍNGUA PORTUGUESA 37
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 –
POR DENTRO DOS ALMANAQUES
Nesta Situação de Aprendizagem (SA), você desenvolverá atividades de leitura, de escrita
e de oralidade. Veja, a seguir, algumas habilidades, entre outras, que começaremos a trabalhar.
EF67LP25B EF67LP25A
Utilizar adequadamente a Reconhecer o emprego da
coesão e a progressão coesão e da progressão
EF69LP41 temática nas produções temática nas produções
Usar adequadamente textuais. textuais.
ferramentas de apoio
a apresentações orais,
escolhendo e usando EF69LP53
tipos e tamanhos de
fontes que permitam Ler em voz alta textos EF69LP07A
boa visualização,
topicalizando e/ou literários diversos, bem Utilizar estratégias
organizando o conteúdo em como leituras orais de planejamento,
itens, inserindo de forma elaboração,
adequada imagens, gráficos, capituladas revisão, edição,
tabelas, formas e elementos (compartilhadas ou não reescrita/redesign
e avaliação de
gráficos, dimensionando a
quantidade de texto (e com o professor) de livros, textos.
imagem) por slide, usando
progressivamente e de forma
contar/recontar histórias
harmônica recursos mais tanto da tradição oral,
sofisticados, como efeitos de
transição, slides mestres,
quanto da tradição literária EF69LP45
Práticas de Linguagem
Leitura
Oralidade
Produção de Texto
Análise Linguística / Semiótica
38 CADERNO DO ALUNO
1- Em grupos, façam uma pesquisa referente aos números de edições, público-alvo, curiosi-
dades, período de publicação e temáticas exploradas pelos seguintes almanaques:
Portugal: Almanaque Bertrand
França: Almanaque de Gota
Itália: Almanaque Barbanera
Estados Unidos da América: Poor Rochard’s Almanack
3- Conheça o conto.
Observação: A leitura pode ser feita de forma audível (as vozes do narrador e das perso-
nagens podem ser representadas por colegas da turma do 7º ano).
Some-te, bibliógrafo! Não tenho nada contigo. Nem contigo, curioso de histórias poentas.
Sumam-se todos; o que vou contar interessa a outras pessoas menos especiais e muito
menos aborrecidas. Vou dizer como se inventaram os almanaques.
LÍNGUA PORTUGUESA 39
Sabem que o Tempo é, desde que nasceu, um velho de barbas brancas. Os poetas não lhe
dão outro nome: o velho Tempo.
Entretanto, uma coisa é barba, outra é coração. As barbas podem ser velhas e os corações
novos; e vice-versa: Não é regra, mas dá-se. Deu-se com o Tempo. Um dia o Tempo viu uma
menina de quinze anos, bela como a tarde, risonha como a manhã, sossegada como a noite,
um composto de graças raras e finas, e sentiu que alguma coisa lhe batia do lado esquerdo.
Olhou para ela e as pancadas cresceram.
— Que é isto? murmurou o velho.
E os beiços do Tempo entraram a tremer e o sangue andava mais depressa [...]. Sentiu que
era amor; mas olhou para o oceano, vasto espelho, e achou-se velho. [...] Afinal ousou ir ter
[falar] com ela.
— Como te chamas, linda criatura?
— Esperança é o meu nome.
— Queres amar-me?
— Tu estás carregado de anos, respondeu ela; eu estou na flor deles. O casamento é
impossível. Como te chamas?
— Não te importe o meu nome; basta saber que te posso dar todas as pérolas de Golconda...
— Adeus!
— Os diamantes de Ofir...
— Adeus!
— As rosas de Saarão...
— Adeus! Adeus! —
As vinhas de Engaddi...
— Adeus! adeus! adeus! Tudo isso há de ser meu um dia; um dia breve ou longe, um dia...
Esperança fugiu. O Tempo ficou a olhar, calado, até que a perdeu de todo. [...]
Foi por essa ocasião que lhe acudiu a ideia do almanaque. Não se usavam almanaques. Vivia-
se sem eles; negociava-se, adoecia-se, morria-se, sem se consultar tais livros. Conhecia-se a
marcha do sol e da lua; contavam-se os meses e os anos; era, ao cabo, a mesma coisa; mas
não ficava escrito, não se numeravam anos e semanas, não se nomeavam dias nem meses,
nada; tudo ia correndo, como passarada que não deixa vestígios no ar.
— Se eu achar um modo de trazer presente aos olhos os dias e os meses, e o reproduzir
todos os anos, para que ela veja palpavelmente ir-se-lhe a mocidade...
Raciocínio de velho, mas tudo se perdoa ao amor, ainda quando ele brota de ruínas. O Tempo
inventou o almanaque; compôs um simples livro, seco, sem margens, sem nada; tão-somente
os dias, as semanas, os meses e os anos. Um dia, ao amanhecer, toda a terra viu cair do céu uma
chuva de folhetos; creram a princípio que era geada de nova espécie, depois, vendo que não,
correram todos assustados; afinal, um mais animoso pegou de um dos folhetos, outros fizeram
a mesma coisa, leram e entenderam. O almanaque trazia a língua das cidades e dos campos
em que caía. Assim toda a terra possuiu, no mesmo instante, os primeiros almanaques. Se
muitos povos os não têm ainda hoje, se outros morreram sem os ler, é porque vieram depois
dos acontecimentos que estou narrando. Naquela ocasião o dilúvio foi universal.
40 CADERNO DO ALUNO
— Agora, sim, disse Esperança pegando no folheto que achou na horta; agora já me não
engano nos dias das amigas. Irei jantar ou passar a noite com elas, marcando aqui nas folhas,
com sinais de cor os dias escolhidos.
Todas tinham almanaques. Nem só elas, mas também as matronas, e os velhos e os rapazes,
juízes, sacerdotes, comerciantes, governadores, fâmulos; era moda trazer o almanaque na
algibeira. Um poeta compôs um poema atribuindo a invenção da obra às Estações, por
ordem de seus pais, o Sol e a Lua; um astrônomo, ao contrário, provou que os almanaques
eram destroços de um astro onde desde a origem dos séculos estavam escritas as línguas
faladas na terra e provavelmente nos outros planetas. A explicação dos teólogos foi outra.
Um grande físico entendeu que os almanaques eram obra da própria terra, cujas palavras,
acumuladas no ar, formaram-se em ordem, imprimiram-se no próprio ar, convertido em folhas
de papel, graças... Não continuou; tantas e tais eram as sentenças, que a de Esperança foi a
mais aceita do povo.
— Eu creio que o almanaque é o almanaque, dizia ela rindo.
Quando chegou o fim do ano, toda a gente, que trazia o almanaque com mil cuidados, para
consultá-lo no ano seguinte, ficou espantada de ver cair à noite outra chuva de almanaques.
Toda a terra amanheceu alastrada deles; eram os do ano novo.
Guardaram naturalmente os velhos. Ano findo, outro almanaque; assim foram eles vindo, até
que Esperança contou vinte e cinco anos, ou, como então se dizia, vinte e cinco almanaques.
Nunca os dias pareceram correr tão depressa. Voavam as semanas, com elas os meses, e, mal
o ano começava, estava logo findo. Esse efeito entristeceu a terra. A própria Esperança,
vendo que os dias passavam tão velozes, e não achando marido, pareceu desanimada; mas
foi só um instante. Nesse mesmo instante apareceu-lhe o Tempo.
— Aqui estou, não deixes que te chegue a velhice... [...]
Esperança respondeu-lhe com duas gaifonas, e deixou-se estar solteira. Há de vir o noivo,
pensou ela.
Olhando-se ao espelho, viu que mui pouco mudara. Os vinte e cinco almanaques quase lhe
não apagaram a frescura dos quinze. Era a mesma linda e jovem Esperança. O velho Tempo
[...] ia deixando cair os almanaques, ano por ano, até que ela chegou aos trinta e daí aos
trinta e cinco.
Eram já vinte almanaques; toda a gente começava a odiá-los, menos Esperança, que era a
mesma menina das quinze primaveras. Trinta almanaques, quarenta, cinquenta, sessenta,
cem almanaques; velhices rápidas, mortes sobre mortes, recordações amargas e duras. A
própria Esperança, indo ao espelho, descobriu um fio de cabelo branco e uma ruga.
— Uma ruga! Uma só!
Outras vieram, à medida dos almanaques. Afinal a cabeça de Esperança ficou sendo um pico
de neve, a cara um mapa de linhas. Só o coração era verde como acontecia ao Tempo; verdes
ambos, eternamente verdes. Os almanaques iam sempre caindo. Um dia, o Tempo desceu a
ver a bela Esperança; achou-a anciã, mas forte, com um perpétuo riso nos lábios.
— Ainda assim te amo, e te peço... disse ele.
Esperança abanou a cabeça; mas, logo depois, estendeu-lhe a mão.
— Vá lá, disse ela; ambos velhos, não será longo o consórcio.
LÍNGUA PORTUGUESA 41
a) A utilização das cores e dos tons, seja numa obra de arte, ou propaganda, ou no texto
do Machado de Assis, como aconteceu na atividade, são dotados de uma intencionali-
dade capazes de conferir um significado. Alguns trechos do texto foram destacados
com diversas cores. Identifique quem/o quê elas representam na narrativa.
Vermelho-
Laranja-
Azul-
Cinza-
Verde escuro-
Verde claro-
b) Agora, leia o texto a seguir.
As cores primárias são conhecidas como cores verdadeiras. Por não serem produzidas pela
mistura de outros pigmentos coloridos. Pelo contrário, a mistura delas formam outras cores,
conhecidas como cores secundárias e terciárias (tem como origem a mistura de uma cor
primária com uma secundária). Temos ainda, as cores neutras que são formadas basicamente
pelo preto, branco e cinza.
Observe a classificação e os significados:
Cores primárias
• Vermelho: cor do humano. Relacionada à paixão, à energia, ao elemento fogo, ao
sangue e ao coração.
42 CADERNO DO ALUNO
Cores secundárias
• Laranja: cor da alegria, vitalidade, prosperidade e sucesso. Relacionada, também, à
criatividade.
• Verde: cor da esperança, da liberdade, da saúde e da vitalidade. Relacionada à
natureza, ao dinheiro e à juventude.
• Roxo: cor do mundo místico, da magia e do mistério. Relacionada à sensação de
tristeza e à introspecção.
Cores neutras
• Cinza: cor da neutralidade, da elegância, da sofisticação e da ausência de emoção.
Relacionada à sutileza, à maturidade, à responsabilidade e à eficiência no trabalho.
• Branco: cor da paz, da pureza e da limpeza. Relacionada à paz, à elevação espiritual
e à inocência.
•P
reto: cor da elegância e da força. Relacionada à sensação de mistério, de medo.
c) De acordo com o significado das cores, descreva a intenção atribuída na utilização delas
nos trechos destacados no texto.
e) Quando o Tempo viu Esperança, seu coração bateu mais forte. Identifique o trecho do
texto em que o narrador descreve como isso se deu.
f) Em “[...] mas olhou para o oceano, vasto espelho, e achou-se velho.”, o narrador retoma
uma história muito conhecida, porém inverte o sentimento da personagem Tempo em
relação ao que sentiu a personagem da história revisitada. Quem é essa personagem e
qual é sua história?
Uma dica: o nome dessa personagem está ligado à mitologia grega.
Outra dica: O nome dessa personagem aparece na música Sampa, de Caetano Veloso.
j) Diz o ditado popular: “A esperança é a última que morre”. Destaque, no próprio texto,
um trecho que mostra ser a Esperança eterna.
a) “Esperança fugiu. O Tempo ficou a olhar, calado, até que a perdeu de todo”.
b “Foi por essa ocasião que lhe acudiu a ideia do almanaque.
a) O que há na capa?
b) E na 4ª capa (contracapa)?
3- Produção textual
A capa, o título do livro e as informações da quarta capa já estão prontos. O que será que
tem no miolo? Ainda não tem nada. Essa parte ficará por conta de vocês!
Em duplas ou individualmente, escreva(m) um conto que fará parte da coletânea “Tempo
nosso de cada dia”.
Lembre(m)-se de que:
- o tempo é a temática a ser trabalhada.
- a narrativa pode ser em 1ª ou em 3ª pessoa.
- a linguagem pode ter predominância formal ou informal.
- o gênero textual é o conto.
- a versão final precisará ser digitada.
- o produto final (coletânea de contos dos estudantes do 7º ano) poderá ser impresso e
montado como livro físico ou no formato e-book.
- a divulgação poderá ser feita via link (pelas redes sociais) para os colegas e familiares.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 –
VARIEDADES DA LÍNGUA
Nesta Situação de Aprendizagem (SA), você desenvolverá atividades de leitura, de escrita
e de oralidade. Veja, a seguir, algumas habilidades, entre outras, que começaremos a trabalhar.
EF07LP11B
Identificar, em diferentes
gêneros, períodos compostos
nos quais duas orações são
EF07LP11A conectadas por conjunções
Identificar, em diferentes gêneros, que expressem oposição EF69LP56
períodos compostos nos quais duas de sentidos (conjunções
Fazer uso consciente e reflexivo
orações são conecta- “mas”, “porém”).
da norma-padrão em
das por vírgula, ou por situações de fala e escrita
conjunções que expres- em textos de diferentes
sem soma de sentido gêneros, levando em
(conjunção “e”). consideração o contexto,
situação de produção e as
características do gênero.
EF69LP46
Participar de práticas de EF67LP12
compartilhamento de EF69LP55 Produzir resenhas críticas, vlogs,
leitura/recepção de
obras literárias/ Reconhecer em textos de vídeos, podcasts variados e
produções e gêneros próprios das
manifestações artísticas, diferentes gêneros as culturas juvenis (fanzines, fanclipes,
tecendo, quando e-zines, gameplay, detonado, entre
possível, comentários de variedades da língua outros) que apresentem/descrevam
ordem estética e afetiva.
falada, o conceito de e/ou avaliem produções culturais,
tendo em vista o contexto de
norma-padrão e o de produção dado, as características
do gênero, os recursos das mídias
EF69LP44 preconceito linguístico. envolvidas e a textualização
Inferir a presença de adequada
valores sociais, dos textos
culturais e humanos EF69LP51 e/ou
e de diferentes Engajar-se produções.
visões de mundo, em ativamente nos
textos literários, processos de
reconhecendo nesses planejamento,
textos formas de textualização,
estabelecer múltiplos revisão/ edição e
olhares sobre as reescrita, tendo em vista as restrições temáticas,
identidades, sociedades e culturas composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e
e considerando a autoria e o as configurações da situação de produção – o leitor
contexto social e histórico de sua pretendido, o suporte, o contexto de circulação do
produção. texto, as finalidades etc. – e considerando a
imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao
texto literário.
Práticas de Linguagem
Leitura
Oralidade
Produção de Texto
Análise Linguística / Semiótica
LÍNGUA PORTUGUESA 47
Texto 1
a) Linguagem formal.
b) Linguagem informal.
Texto 2
Texto 3
A mistura das culturas e a inserção dos primeiros instrumentos fazem surgir a dança em
nosso país.
Além de sua importância cultural, a dança revela, ainda, o processo de miscigenação que é
uma característica do povo brasileiro.
7- Alguns ritmos e danças são reconhecidos como brasileiros. Assinale abaixo, qual (quais)
deles você já ouviu falar.
( ) Samba ( ) Forró ( ) Coco
( ) Carimbó ( ) Maracatu ( ) Rock
( ) Bumba-meu-boi ( ) Baião
( ) Frevo ( ) Jongo
8- Em dupla, conheçam, por meio de pesquisas em material impresso ou digital, mais sobre as
danças típicas brasileiras e os ritmos tradicionais que formam a nossa identidade cultural.
Dica: No material Currículo em Ação, do 6º ano, Volume 2, no Componente de Arte, nas
Situações de Aprendizagem I e II, páginas (p. 9-16), há um estudo sobre danças populares
(também pode ser acessado pelo link: Caderno do Aluno: https://efape.educacao.sp.gov.br/
curriculopaulista/wp-content/uploads/2021/05/EF_ES_6-ano_Curr%C3%ADculo-em-
A%C3%A7%C3%A3o_2bim.pdf. Acesso em: 26 ago. 2021.
50 CADERNO DO ALUNO
9- Procurem saber se, na sua cidade ou bairro, há alguma dança ou ritmo que se destaca.
Vocês podem pesquisar, junto às pessoas responsáveis sobre ela ou em páginas oficiais
desses espaços culturais. Oriente-se por meio das perguntas a seguir.
Qual?
Quando surgiu?
Quem trouxe?
Quem são as pessoas responsáveis por manter viva a tradição?
Quando e onde se apresentam?
Como é o aprendizado dos participantes?
Quais são os instrumentos utilizados?
Qual o figurino?
Qual o cenário?
Produção textual
O trabalho pode ser feito pela mesma dupla que fez a pesquisa.
Primeiro passo
Há duas opções para desenvolver essa atividade.
1) Escolher um dos ritmos ou dança e aprofundar a pesquisa.
2) Organizar as informações recolhidas sobre a dança ou ritmo que se destaca em sua cida-
de ou bairro.
Segundo passo
Na Situação de Aprendizagem 2, foi visto a definição de Almanaque. No final, consta: “[...]
Atualmente contém informações de vários campos de conhecimento que são atualizados de
forma periódica”.
A produção do texto será pensada feita para constar num Almanaque que pode ser im-
presso ou digital. Para isso, pense no nome, na capa, contracapa, nas ilustrações.
Terceiro passo
Fazer a revisão e as adequações necessárias.
Quarto passo
Publicar e divulgar o almanaque.
- Alguns exemplos de como fazer isso: se for impresso, colocar no mural da escola; se for
digitado, inserir no blog, na revista eletrônica da turma, em páginas das redes sociais da escola
e de grupos de mensagens.
LÍNGUA PORTUGUESA 51
3- Volte ao texto e observe a construção dos parágrafos. Nele, foram utilizados quatro perío-
dos simples. Para cada um desses períodos, há uma oração com um verbo (tem/havia) ou
uma locução verbal (é conhecida/é dançada). Essa afirmação é verdadeira?
4- Agora, releia o primeiro parágrafo do quadro “Para saber mais” (Situação de Aprendiza-
gem 3, Atividade 3) e compare as duas versões. O que é possível concluir?
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 –
GÊNEROS TEXTUAIS DIVERSIFICADOS
Nesta Situação de Aprendizagem (SA), você desenvolverá atividades de leitura, de escrita
e de oralidade. Veja, a seguir, algumas habilidades, entre outras, que começaremos a trabalhar.
EF67LP24B
EF67LP24A Identificar as informações princi-
pais de apresentações orais,
Tomar nota de aulas, apresenta-
tendo em vista o apoio ao
ções orais, entrevistas (ao vivo,
estudo.
áudio, TV, vídeo).
EF69LP07B
EF69LP08
Produzir textos em diferentes
Revisar/editar o texto
gêneros, considerando sua
adequação ao contexto de
EF67LP37 produzido, tendo em vista sua
adequação ao contexto de
produção e circulação.
Analisar, em diferentes produção, a mídia em
textos, os efeitos de questão, características do
gênero, aspectos relativos à
sentido decorrentes do textualidade, a relação entre
EF69LP03D
uso de recursos linguístico- as diferentes semioses, a
formatação, o uso adequado
Identificar crítica ou ironia/ discursivos de prescrição, das ferramentas de edição (de
texto, foto, áudio e vídeo,
humor presente em tirinhas,
memes, charges, por
causalidade, sequências dependendo do caso) e
exemplo. descritivas e adequação à norma culta.
expositivas e ordenação de
eventos.
EF07LP14
Identificar, em
textos de EF69LP03C
diferentes Identificar em
gêneros, os entrevistas,
efeitos de os principais
sentido temas/subtemas abordados,
provocados pelo uso de estratégias de explicações dadas ou teses
modalização e argumentatividade. defendidas.
Práticas de Linguagem
Leitura
Oralidade
Produção de Texto
Análise Linguística / Semiótica
LÍNGUA PORTUGUESA 53
Um texto pode utilizar as linguagens, verbal e não verbal, com o objetivo de comunicar algo
a alguém. É possível também que haja a mistura de mais de um tipo de linguagem, criando
textos de linguagem mista.
Textos de linguagem verbal: utilizam as palavras, sejam elas escritas ou faladas, para estabelecer
a comunicação. Por exemplo: artigo de opinião, carta de reclamação, carta de solicitação,
artigo científico etc.
Textos de linguagem não verbal: utilizam outros elementos (ícones, sons, cores, formas e
imagens) para estabelecer a comunicação, e que não sejam palavras. Por exemplo: emoji, gif
(só imagem), figurinhas (só imagem) usados em troca de mensagens, em logotipo, nas placas
de trânsito, no semáforo etc.
Textos de linguagem mista: utilizam as duas linguagens, verbal e não verbal. Por exemplo:
entrevistas, reportagens, filmes, séries, quadrinhos etc.
O semáforo
Shirlei Pio Fernandes
Com a introdução das ciclovias nas cidades, também foi inserido o semáforo, que controla
o trânsito das bicicletas. Além das cores verde e vermelho, há o desenho da bicicleta. Em
alguns lugares do mundo, é possível encontrar um grupo focal semafórico com contagem
regressiva, cuja principal função é permitir que a pessoa tenha noção sobre o tempo da troca
do direito de movimentação. Neste caso, permanece o uso da linguagem não verbal, mas
agora associada a um registro numérico que permite calcular o tempo de ação.
A quantidade de sinais de trânsito é muito grande. Daí a necessidade de estabelecer regras para
nortear o comportamento perante a eles. Há um documento legal - Código de Trânsito Brasileiro -
que prescreve as normas, estabelece a conduta, as infrações e as penalidades para todos os usuários.
Quando você identificou os sinais de trânsito, foi possível observar que eles possuem uma
Veja abaixo um artigo desta lei:
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o
condutor deverá :
I – ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito
da pista e executar sua manobra no menor espaço possível;
II – ao sair da via pelo lado esquerdo, proximar-se o máximo possível de seu eixo ou da
linha divisória da pista, quando houver, caso se trate de uma pista com circulação nos
dois sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um só sentido.
2- Qual o modo verbal presente neste trecho do artigo do Código Nacional de Trânsito?
LÍNGUA PORTUGUESA 55
Revista @tenção galer@: Você acredita que as multas são estratégias adequadas para di-
minuir os acidentes de trânsito?
Carlos Cascanhoto: Não tenho dúvidas de que as multas podem inibir o cometimento de
infrações. Porém, como sabemos pelos grandes números de acidentes trágicos, elas não solu-
cionam o problema. Precisamos de uma punição mais rigorosa e também de uma educação
sobre o trânsito, que promova a tomada de atitudes, resultando numa mudança de comporta-
mento, com motoristas mais críticos e reflexivos.
Revista @tenção galer@: Você diz que precisamos de motoristas mais críticos e reflexivos.
Então acredita que os motoristas são os verdadeiros responsáveis pelos acidentes?
Carlos Cascanhoto: Sim, mais especificamente quando agem com imprudência, principal
causador de acidentes. São imprudentes quando abusam da velocidade, quando fazem uso de
bebida alcoólica e, mesmo assim, insistem em dirigir, ou quando se distraem ao celular no mo-
mento em que estão dirigindo.
Revista @tenção galer@: Sendo assim, qual seria a solução? E o que você considera sobre
os atuais programas de educação de trânsito? Eles são eficientes?
Carlos Cascanhoto: Vamos por partes. Quanto à solução, acredito ser necessária a implan-
tação de leis mais rígidas ligadas à implantação de programas específicos de educação com
base e apoio de psicólogos, médicos e educadores de trânsito. Uma mudança nesses progra-
mas atuais, um acompanhamento mais específico de caso a caso, de motorista a motorista, já
que os programas de hoje não abrangem a eficiência.
São Paulo, 07 de abr.2020.Revista @tenção galer@. Ano 10. Nº 253. 1ª. edição.
2- uais os principais motivos apontados pelo psicólogo como contribuidores para o aumen-
Q
to dos acidentes de trânsito na cidade?
LÍNGUA PORTUGUESA 57
3- ual a posição do psicólogo Carlos Cascanhoto no que se refere à postura dos motoristas
Q
no trânsito?
4- uais as soluções apontadas por Carlos Cascanhoto para que os acidentes de trânsito di-
Q
minuam?
a) só verbal.
b) só não verbal.
c) mista.
a) solidariedade.
b) humor.
c) crítica.
6- Produção de Texto