2019 Consolida Prov CGJT Rep01 Compilado

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TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho


(Republicação)

O MINISTRO CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA DO


TRABALHO, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 6º, inciso V, do Regimento
Interno da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho,

Considerando que a Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral


da Justiça do Trabalho destina-se ao disciplinamento de normas procedimentais aplicáveis
no âmbito das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho;

Considerando ser imperativa a compatibilização da atual Consolidação


com a dinâmica legislativa e a própria mudança de práticas procedimentais; e

Considerando a necessidade de inserção e sistematização de atos esparsos


editados, bem como a atualização da Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral
da Justiça do Trabalho,

RESOLVE:

Atualizar e sistematizar a Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-


Geral da Justiça do Trabalho, que passará a vigorar com a seguinte redação:

CONSOLIDAÇÃO DOS PROVIMENTOS DA CORREGEDORIA-GERAL DA


JUSTIÇA DO TRABALHO

TÍTULO I
DISPOSIÇÃO INICIAL

Art. 1º. A Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça


do Trabalho tem por finalidade o disciplinamento sistematizado de regras procedimentais a
serem observadas no âmbito da Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus de jurisdição.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
TÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I
MAGISTRADOS

Seção I
Vitaliciamento

Art. 2º. Os tribunais regionais do trabalho regulamentarão o procedimento


de vitaliciamento dos juízes do trabalho substitutos, devendo, para tanto, constituir
Comissão de Vitaliciamento para os juízes vitaliciandos.

§ 1º A Comissão de Vitaliciamento será composta por, no mínimo, três


desembargadores do trabalho, eleitos pelo Pleno ou Órgão Especial do respectivo tribunal,
um dos quais integrante da direção ou do Conselho da Escola Judicial.

§ 2º O mandato dos membros da Comissão de Vitaliciamento coincidirá


com o mandato dos desembargadores integrantes da administração do Tribunal Regional
do Trabalho.

Art. 3º. O procedimento de vitaliciamento, sob a condução e


responsabilidade do desembargador corregedor regional, será iniciado a partir do exercício
na magistratura.

Parágrafo único. A corregedoria regional formará autos de procedimento


administrativo individualizado referente a cada juiz.

Art. 4º. Constituem requisitos para o vitaliciamento:


I – a frequência e o aproveitamento no Curso de Formação Inicial, Módulo
Nacional, ministrado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados do Trabalho — ENAMAT;
II – a frequência e o aproveitamento no Curso de Formação Inicial, Módulo
Regional, ministrado por Escola Judicial;
III – a permanência, no mínimo, de sessenta dias à disposição da Escola
Judicial, com aulas teórico-práticas intercaladas e integradas com prática jurisdicional;
IV – a submissão à carga semestral e anual de horas-aula de atividades de
formação inicial nacionalmente definida pela ENAMAT, conjugadas com aulas teóricas e
práticas, sob a supervisão da Escola Judicial.

Art. 5º. Compete ao corregedor regional avaliar permanentemente o juiz


vitaliciando com relação ao desempenho, à idoneidade moral e à adaptação para o exercício
do cargo.

Parágrafo único. A avaliação de desempenho será realizada mediante a


análise dos dados colhidos pela secretaria da corregedoria regional, cabendo ao corregedor
regional determinar as providências necessárias junto aos diversos setores do tribunal para
instrução do expediente.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Art. 6º. O corregedor regional e o diretor da Escola Judicial avaliarão o
desempenho do juiz vitaliciando, com fundamento em critérios objetivos de caráter
qualitativo e quantitativo do trabalho desenvolvido.

§ 1º O diretor da Escola Judicial avaliará:


I – o cumprimento dos requisitos constantes do artigo 4º desta
Consolidação;
II – a frequência e/ou o aproveitamento nos demais cursos de que
participou o magistrado para aperfeiçoamento profissional;
III – a estrutura lógico-jurídica dos pronunciamentos decisórios emitidos.

§ 2º O corregedor regional avaliará, como critério qualitativo:


I – a presteza e a segurança no exercício da função jurisdicional;
II – a solução de correições parciais e contra o magistrado;
III – os elogios recebidos e as penalidades sofridas.

§ 3º O corregedor regional avaliará, como critério quantitativo, com base


nos dados estatísticos referentes à produtividade:
I – o número de audiências presididas pelo juiz em cada mês, bem como o
daquelas a que não compareceu sem causa justificada;
II – o prazo médio para julgamento de processos depois de encerrada a
audiência de instrução;
III – o número de sentenças proferidas em cada mês;
IV – o número de decisões em liquidação de sentença que não sejam
meramente homologatórias de cálculo e o número de decisões proferidas em embargos à
execução, embargos à arrematação, embargos de terceiro e embargos à adjudicação;
V – o uso efetivo e constante das ferramentas tecnológicas necessárias para
a atividade de pesquisa patrimonial disponibilizadas pelo tribunal, pelo CSJT e pelo CNJ.

§ 4º Os prazos para a prática de atos decisórios estarão suspensos nos


períodos em que os magistrados estiverem em atividades presenciais de Formação Inicial,
Continuada ou de Formadores a cargo da ENAMAT ou das Escolas Judiciais.

Art. 7º. Completados um ano e seis meses de exercício da magistratura, o


corregedor regional e o diretor da Escola Judicial do tribunal regional emitirão pareceres
sobre o vitaliciamento, no prazo comum de sessenta dias, submetendo-os à apreciação do
Pleno ou do Órgão Especial do tribunal.

Parágrafo único. O corregedor regional e o diretor da Escola Judicial


poderão emitir parecer conjunto sobre o vitaliciamento

Art. 8º. O tribunal deliberará sobre o vitaliciamento, antes de o juiz do


trabalho substituto completar dois anos de exercício.

Art. 9º. A Comissão de Vitaliciamento poderá solicitar:


I – por iniciativa própria ou a requerimento de qualquer dos
desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho, informações sobre juiz vitaliciando à
Ordem dos Advogados do Brasil, ao Ministério Público e a outros órgãos ou entidades
correlatas;
II - a formação, pela Escola Judicial, de quadro de juízes orientadores,
composto por magistrados ativos que contem com tempo de judicatura na Região não

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
inferior a cinco anos, e que demonstrem aptidão para a formação e o acompanhamento dos
juízes vitaliciandos.

§ 1º Está impedido de atuar como juiz orientador o magistrado que for


cônjuge, companheiro, parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 3.º
grau, amigo íntimo ou inimigo do juiz vitaliciando.

§ 2º Ao juiz orientador, sem prejuízo de outras atribuições que lhe forem


delegadas, compete:
I – acompanhar e orientar o juiz vitaliciando;
II – propor à Escola Judicial a realização de atividades formativas para
aprimoramento do juiz em processo de vitaliciamento, se identificadas eventuais
dificuldades no exercício da judicatura.

Art. 10. O juiz vitaliciando deverá encaminhar à Comissão de


Vitaliciamento, trimestralmente, relatório circunstanciado em que descreva o método de
trabalho funcional adotado e a unidade judiciária de sua atuação.

Art. 11. A secretaria da corregedoria regional prestará apoio administrativo à


Comissão de Vitaliciamento, mantendo, para isso, assentamentos individuais em que serão
reunidas as informações relativas aos juízes vitaliciandos.

Art. 12. O afastamento do juiz vitaliciando do efetivo exercício de suas


atividades funcionais por mais de noventa dias implicará a prorrogação, por igual período,
do processo de vitaliciamento, exceto nos casos de afastamentos em razão de licença-
maternidade, licença-adoção e licença-paternidade.

Art. 13. Aos juízes em processo de vitaliciamento será assegurada vista dos
relatórios elaborados pela Comissão de Vitaliciamento e das demais informações
constantes de seu processo de vitaliciedade, sendo-lhes garantido o prazo de dez dias para
manifestação.

Art. 14. Caso o Tribunal Regional do Trabalho não promova a instauração


do processo de vitaliciamento antes de encerrado o período de avaliação, o juiz vitaliciando
será considerado vitalício, sem prejuízo da abertura e prosseguimento de eventual processo
administrativo disciplinar, para apuração de fatos relevantes e graves que lhe hajam sido
imputados, preservando-se o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Art. 15. Devidamente instruído o processo de vitaliciamento, ele será


incluído, para deliberação, na data da primeira sessão subsequente do Pleno ou do Órgão
Especial do Tribunal Regional do Trabalho.

Art. 16. A declaração de vitaliciamento do magistrado pelo Pleno ou Órgão


Especial do Tribunal Regional do Trabalho possui efeitos imediatos, concomitantes à
implementação dos dois anos de exercício no cargo, afastada qualquer graduação entre os
juízes que adquirirem essa prerrogativa.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Seção II
Local de Residência do Juiz

Art. 17. O juiz titular residirá na sede em que se encontra instalada a vara do
trabalho, salvo autorização do tribunal.

Art. 18. Os tribunais regionais do trabalho, em casos excepcionais, poderão


conceder aos magistrados autorização para fixar residência fora da sede da vara do
trabalho, desde que não haja prejuízo à efetiva prestação jurisdicional.

Parágrafo único. As autorizações serão concedidas individualmente,


mediante requerimento fundamentado do magistrado.

Art. 19. Os tribunais regionais do trabalho disciplinarão os critérios


objetivos de autorização, em caráter excepcional, para que o juiz titular resida fora da sede
da respectiva vara (Resolução n.º 37/2007 do CNJ), contemplando os seguintes requisitos
mínimos:
I - cumprimento dos prazos legais;
II - regularidade no comparecimento à unidade jurisdicional, de forma
compatível com o seu movimento processual da vara do trabalho, inclusive para
atendimento de partes e advogados e realização audiências.

Seção III
Impedimentos e Suspeições

Art. 20. Se o juiz de 1º grau não reconhecer o impedimento ou a suspeição


alegada, será aplicado o procedimento previsto no artigo 146 do Código de Processo Civil,
exceto, quanto a este último, na parte relativa à condenação às custas ao magistrado.

§ 1º Nas unidades judiciárias que contam com a designação permanente de


mais de um magistrado, caso seja reconhecido o impedimento ou a suspeição de um deles,
os autos do processo deverão ser encaminhados imediatamente a um dos demais em
condições de atuar no feito, para dar-lhe prosseguimento, no prazo máximo de 10 (dez)
dias.

§ 2º Não havendo mais de um magistrado atuando na Unidade por ocasião


do reconhecimento do impedimento ou da suspeição, ou na hipótese de todos
encontrarem-se inaptos para atuar no feito, será designado qualquer outro magistrado,
segundo juízo de conveniência da Administração do tribunal, observados os critérios de
impessoalidade, alternância e aleatoriedade na designação, que deverá recair,
preferencialmente, sobre aqueles que atuarem na própria sede do Juízo a que pertence o
processo, ou em localidade contígua.

Art. 21. Na hipótese de impedimento ou suspeição de desembargador do


trabalho, contemporânea ao julgamento do processo, este será mantido em pauta com a
convocação de outro desembargador para compor o quórum do julgamento.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Seção IV
Dever de Comunicação à OAB de Incompatibilidade ou Impedimento ao Exercício
da Advocacia

Art. 22. O magistrado que tiver conhecimento de incompatibilidade ou


impedimento para o exercício da advocacia, nos termos dos artigos 27 a 30 da Lei n.º
8.906/1994, comunicará o fato à Ordem dos Advogados do Brasil — OAB.

Parágrafo único. A comunicação será limitada à descrição dos fatos


ensejadores da incompatibilidade ou do impedimento, sendo vedado ao magistrado
externar sobre eles juízo de valor.

Seção V
Participação de magistrados em eventos científicos e esportivos

Art. 23. Os congressos, seminários, simpósios, encontros científicos,


culturais e esportivos e outros eventos similares realizados, promovidos ou apoiados pelos
tribunais regionais do trabalho estão subordinados aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, de forma que o conteúdo do evento,
sua carga horária, a origem das receitas e o montante das despesas devem ser expostos de
forma prévia e transparente.

Art. 24. Os eventos referidos no artigo 23, que contem com a participação
de magistrados, poderão obter subvenção de entidades privadas com fins lucrativos, desde
que explicitado o montante do subsídio e que seja parcial, até o limite de 30% dos gastos
totais (Resolução CNJ n.º 170/2013).

Parágrafo único. Não será admitido patrocínio ou subvenção oriundo de


escritórios de advocacia ou sociedades de advogados, ainda que sem atuação na jurisdição
do tribunal correspondente.

Art. 25. Os Tribunais deverão publicar em seu sítio eletrônico base de


dados com as informações indicadas no artigo 23 a qualquer interessado, consoante as
determinações da Resolução CNJ n.º 215/2015, inclusive para os fins de aferição de
situações de suspeição ou impedimento.

Parágrafo único. A documentação relativa aos eventos promovidos,


realizados ou apoiados pelos Tribunais Regionais do Trabalho, ficará à disposição da
Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho para o respectivo controle, bem como de
qualquer interessado.

Art. 26. A atuação ou participação dos magistrados em eventos aludidos no


artigo 23 observará as vedações constitucionais relativamente à magistratura (artigo 95,
parágrafo único, da Constituição da República), cabendo ao juiz zelar para que essa
participação não comprometa a imparcialidade e a independência para o exercício da
jurisdição, além da presteza e da eficiência na atividade jurisdicional.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Seção VI
Exercício de atividades docentes

Art. 27. O exercício da atividade docente pelo magistrado deverá observar


as diretrizes da Resolução CNJ n.º 34/2007, de modo que haja compatibilidade entre os
horários fixados para o expediente forense e para a atividade acadêmica, vedado o
desempenho de cargo ou função administrativa ou técnica em estabelecimento de ensino.

Parágrafo único. Nos termos do artigo 5º-A, da Resolução CNJ n.º


34/2007, é vedada aos magistrados a prática de atividades de coaching, similares e
congêneres, destinadas à assessoria individual ou coletiva de pessoas, inclusive na
preparação de candidatos a concursos públicos, por não serem consideradas atividades
docentes.

Art. 28. É dever do magistrado que exerce atividade docente, inclusive na


condição de palestrante, conferencista, presidente de mesa, moderador, debatedor ou
membro de comissão organizadora de informar tais atividades ao respectivo tribunal, em
registro eletrônico próprio, nos termos dos artigos 3º, 4º-A, e seu § 1º, da Resolução CNJ
n.º 34/2007.

CAPÍTULO II
CORREGEDOR REGIONAL

Seção I
Competência e atribuições

Art. 29. Compete ao corregedor regional:


I - realizar correição ordinária anual presencial nas varas do trabalho e
demais unidades judiciárias da região, sem prejuízo de correição extraordinária;
II - realizar correições ordinárias anuais nos Centros Judiciários de Métodos
Consensuais de Solução de Conflitos (CEJUSCs) do 1º Grau, nos Núcleos de Pesquisa
Patrimonial (NPPs) e nas centrais de execução, destinadas ao cumprimento das disposições
da Resolução CSJT n.º 138/2014;
III - apurar e controlar a regularidade na utilização das ferramentas
eletrônicas de pesquisa patrimonial pelos juízes titulares, auxiliares e substitutos, em
especial nas correições ordinárias, cumprindo-lhe adotar, se for o caso, as providências
administrativas para orientação dos juízes e coibição de irregularidades detectadas;
IV - promover a apuração de responsabilidade funcional de juízes de vara
do trabalho da região, titulares e substitutos, em casos de infração disciplinar, observadas as
disposições normativas a respeito;
V – velar pela observância dos prazos para prolação de sentença;
VI - processar, instruir e decidir Correição Parcial, ainda que referida
medida seja apresentada diretamente no juízo de origem;
VII - verificar a compatibilidade do exercício da atividade docente do
magistrado com seus deveres funcionais.

Art. 30. Os presidentes, vice-presidentes e corregedores dos tribunais


regionais do trabalho poderão convocar juízes de 1º grau em auxílio às atribuições inerentes
à Presidência, à Vice-Presidência e à Corregedoria Regional, observadas as disposições da
Resolução CNJ n.º 72/2009.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Parágrafo único. A Presidência do tribunal poderá convocar um juiz auxiliar
para atuação exclusiva na gestão e supervisão dos procedimentos relacionados aos
precatórios e requisições de pequeno valor (Resolução CNJ n.º 72/2009).

Art. 31. A instauração de procedimento administrativo para verificação de


descumprimento do prazo legal para a prolação de sentenças ou decisões interlocutórias
pelos juízes de 1º grau somente ocorrerá após 60 (sessenta) dias corridos, contados do
exaurimento dos prazos a que se referem os incisos II e III do artigo 226 do Código de
Processo Civil, computados em dias úteis.

§ 1º Os prazos a que se referem os incisos II e III do artigo 226 do Código


de Processo Civil ficarão suspensos nos casos de:
a) licença para tratamento de saúde do magistrado;
b) licença à gestante, à adotante e à paternidade;
c) os afastamentos previstos no artigo 72, incisos I e II, da Lei Orgânica da
Magistratura Nacional - LOMAN (casamento, falecimento de cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão);
d) o recesso forense do artigo 62, I, da Lei n.º 5.010/1966;
e) as férias dos magistrados; e
f) os dias destinados a compensação, na forma da normatização interna de
cada tribunal.

§ 2º A conversão do processo em diligência implicará a suspensão do prazo,


retomando-se a contagem do saldo remanescente após a conclusão do ato.

§ 3º Estando o processo apto à decisão, não se aplica a suspensão de que


trata o parágrafo anterior quando a conversão em diligência para tentativa de conciliação
não decorrer de requerimento conjunto das partes, ou em atendimento a norma específica
oriunda da Política Nacional de Conciliação. (Redação dada pelo Ato n. 14/CGJT, de 17 de
setembro de 2021)

§ 4º O prazo definido no caput deste artigo não estará sujeito a interrupção,


restando suspenso somente nas hipóteses previstas no presente dispositivo. (Redação dada
pelo Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021)

Seção II
Correições Ordinárias nas Varas do Trabalho

Art. 32. O Corregedor regional deverá realizar correição ordinária anual em


cada vara do trabalho do tribunal respectivo, cabendo-lhe examinar:
I - a observância das diretrizes na realização do juízo de admissibilidade dos
recursos, conforme previsto nesta Consolidação;
II - a frequência do comparecimento do juiz titular, do juiz auxiliar e do
substituto na sede do Juízo;
III - a quantidade de dias da semana em que se realizam audiências;
IV - os principais prazos da vara do trabalho (inicial, instrução e
julgamento) e o número de processos aguardando sentença na fase de conhecimento e
incidentais à fase de execução;
V - por amostragem, processos na fase de execução, em especial para
averiguar o cumprimento das diretrizes desta Consolidação:

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Seção III
Procedimentos disciplinares

Art. 33. Os tribunais regionais do trabalho comunicarão à Corregedoria-


Geral da Justiça do Trabalho as decisões de arquivamento dos procedimentos prévios de
apuração, bem como de instauração e julgamento dos processos administrativos
disciplinares relativos a seus magistrados de 1º e 2º Graus, sejam condenatórios ou
absolutórios.

§ 1º Para fins de cumprimento da determinação contida no caput, a


Presidência ou Corregedoria deverá enviar cópia da decisão, monocrática ou colegiada, no
prazo de 15 dias corridos contados de sua prolação, pelo “Malote Digital”,
independentemente da comunicação a que se referem os artigos 20, § 4º, e 28 da Resolução
CNJ n.º 135/2011.

§ 2º Tratando-se de decisão colegiada, também deverá ser enviada a certidão


de julgamento, além do acórdão correspondente.

§ 3º Havendo interposição de recurso à decisão, a petição de interposição e


as razões respectivas deverão igualmente ser encaminhadas à Corregedoria-Geral da Justiça
do Trabalho.

Art. 34. As decisões recebidas na forma desta Seção serão autuadas pela
Corregedoria-Geral como “Pedido de Providências” no PJe.

§ 1º O Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho poderá determinar ao


tribunal de origem a juntada de documentos constantes nos autos originários.

§ 2º Após o exame das decisões e eventuais documentos juntados, a


Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho deliberará, conforme o caso, podendo
determinar a instauração de procedimento preliminar de investigação, realizar atos ou
diligências tidas por necessárias, urgentes ou adequadas ou, ainda, relatar o caso ao
Corregedor Nacional de Justiça para adoção das medidas pertinentes.

CAPÍTULO III
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Art. 35. Os membros do Ministério Público do Trabalho serão cientificados


pessoalmente das decisões proferidas pela Justiça do Trabalho nas causas em que o órgão
haja atuado como parte ou como fiscal da lei, mediante a remessa eletrônica dos autos, pelo
Sistema PJe.

Art. 36. Os processos de competência originária ou recursal dos tribunais


regionais do trabalho serão encaminhados ao Ministério Público do Trabalho para eventual
emissão de parecer nas seguintes hipóteses:
I - obrigatoriamente, quando for parte pessoa jurídica de direito público,
Estado estrangeiro ou organismo internacional;
II - a critério do relator, quando a matéria, por sua relevância, recomendar a
prévia manifestação do Ministério Público;

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
III - por requerimento do Ministério Público do Trabalho, quando reputar
presente interesse público que justifique a sua intervenção;
IV - os mandados de segurança, de competência originária ou em grau
recursal, as ações civis coletivas, os dissídios coletivos, caso não haja sido emitido parecer
na instrução, e os processos em que forem parte indígenas ou respectivas comunidades e
organizações.

§ 1º. Os processos nos quais figure como parte pessoa jurídica de direito
público, Estado estrangeiro ou organismo internacional serão encaminhados às
Procuradorias Regionais do Trabalho imediatamente após os registros de autuação, salvo se
houver necessidade de pronta manifestação do desembargador do trabalho relator.

§ 2º. Os processos em tramitação nas unidades de 1º grau da Justiça do


Trabalho serão encaminhados para manifestação do Ministério Público do Trabalho
sempre que envolverem interesses de incapazes ou quando determinado pelo magistrado,
face à natureza da matéria.

Art. 37. É permitida a presença dos membros do Ministério Público do


Trabalho em sessão convertida em conselho pelos Tribunais Regionais do Trabalho.

Art. 38. Será assegurado aos membros do Ministério Público do Trabalho


assento à direita da presidência no julgamento de qualquer processo, judicial ou
administrativo, em curso perante Tribunais Regionais do Trabalho.

Parágrafo único. Igual prerrogativa será assegurada nas audiências das varas
do trabalho a que comparecer o membro do Ministério Público do Trabalho, na condição
de parte ou na de fiscal da lei, desde que haja disponibilidade de espaço ou possibilidade de
adaptação das unidades judiciárias (Resolução CSJT n.º 7/2005).

CAPÍTULO IV
NORMAS PROCEDIMENTAIS CADASTRAIS

Seção I
Autuação e demais registros processuais

Art. 39. A autuação e a manutenção dos registros dos processos observarão


as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho e pelo Comitê
Gestor Nacional do Processo Judicial Eletrônico.

Art. 40. Os tribunais regionais do trabalho e as varas do trabalho manterão


em suas bases de dados o histórico relativo aos registros das partes e advogados, sendo
obrigatório o envio dessas informações ao órgão de destino do processo.

Parágrafo único. A transferência de dados entre os órgãos da Justiça do


Trabalho ocorrerá em meio digital, obedecendo aos critérios definidos pela Corregedoria-
Geral da Justiça do Trabalho.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Seção II
Migração para o PJe

Art. 41. Os autos físicos em tramitação nas unidades judiciárias de primeiro


grau serão, obrigatoriamente, migrados para a tramitação exclusivamente eletrônica,
mediante seu registro no sistema PJe (Processo Judicial Eletrônico) no módulo
“Cadastramento da Liquidação, Execução e Conhecimento (CLEC)”.

Art. 42. Ao realizar o cadastramento referido no artigo 1º, as unidades


judiciárias de primeiro grau deverão:
I – efetuar o lançamento da ocorrência “PJE – Migrado ao Processo
Eletrônico” no processo físico;
II – na aba "Assuntos", selecionar aqueles que guardem maior pertinência
lógica com os temas em discussão;
III – na aba "Termo de Abertura", constar a informação de que o processo
passará a tramitar exclusivamente na forma eletrônica, conforme disciplinado no presente
Provimento e na Resolução nº 185/2017 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho,
devendo a cópia deste termo ser juntada ao processo físico;
IV – Anotar, em destaque, na capa dos autos físicos, a migração para o
processamento eletrônico.

Art. 43. Em se tratando de processos físicos em fase de conhecimento,


devem ser digitalizadas e anexadas ao processo todas as petições e documentos constantes
dos autos originários.

Art. 44. Nos processos em que houver trânsito em julgado de decisão


meritória e aqueles em que proferida sentença homologatória dos cálculos de liquidação, a
inclusão no CLEC deverá ser acompanhada dos seguintes documentos, facultada a sua
substituição por certidão:
I – título executivo judicial (sentença, acórdão ou acordo homologado), ou
extrajudicial, ainda que contenham apenas obrigações de fazer ou não-fazer;
II – cálculos homologados, se houver;
III – procurações outorgadas aos mandatários;
IV – comprovação de pagamentos e recolhimentos havidos;
V – outros documentos necessários ao prosseguimento do feito, a critério
do magistrado.

Art. 45. Os processos em que a execução já se encontra em processamento,


serão apenas registrados no CLEC para fins de tramitação eletrônica, permanecendo os
autos físicos arquivados em Secretaria, onde permanecerão até a extinção completa do
feito.

§ 1º Não deverão ser cadastrados no CLEC os processos que estejam


tramitando na classe ExProv, em execução provisória.

§ 2º Nas hipóteses do caput, se houver obrigação de fazer ou não fazer,


deverá ser criado um alerta no processo eletrônico de modo a permitir o acompanhamento
de seu cumprimento, que será removido após a efetivação da decisão.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
§ 3º Sobrevindo recurso ou incidente processual referente aos processos
legados nas fases de liquidação e execução, o recorrente e o recorrido poderão digitalizar e
juntar as peças que, a seu juízo, sejam necessárias ao julgamento em segunda instância.

§ 4º O relator poderá, a qualquer tempo, requisitar a remessa dos autos


físicos ao tribunal para viabilizar o julgamento do recurso.

Art. 46. Os processos físicos nos quais vier a ser requerido o


desarquivamento deverão ser registrados no PJe antes da disponibilização dos autos ao
interessado, sem necessidade de digitalização de qualquer peça processual.

Art. 47. Os processos que forem migrados para a tramitação eletrônica no


PJe preservarão suas numerações originárias, nos termos da Resolução CNJ n.º 65/2008.

Art. 48. Após o cadastramento dos processos em fase de conhecimento no


CLEC, os autos de processos legados receberão movimento processual de encerramento,
prosseguindo-se no feito apenas no PJe.

§ 1º As partes e seus procuradores serão intimados, após o cadastramento


no CLEC, para que, no prazo de trinta dias, manifestem-se sobre o interesse de ter a
guarda de algum dos documentos originais juntados aos autos dos processos legados, nos
termos do artigo 12, § 5º, da Lei n.º 11.419/2006 – hipótese em que serão desentranhados
e entregues ao interessado.

§ 2º Findo o prazo indicado no parágrafo anterior, os autos serão


encaminhados à triagem para fins de preservação da memória institucional e subsequente
descarte.

Art. 49. No cadastramento de processo oriundo de sistema legado do TRT


poderão ser juntados ou transferidos arquivos de documentos existentes no banco de
dados local.

Art. 50. O magistrado deverá conceder prazo razoável para que a parte
adote as providências necessárias à regular tramitação do feito no PJe, inclusive
credenciamento dos advogados no Sistema e habilitação automática nos autos, nos termos
do artigo 76 do CPC.

Seção III
Tabelas Processuais Unificadas

Art. 51. O registro de classes, movimentos e assuntos observará as tabelas


processuais unificadas aprovadas pelo CNJ e pela CGJT.

Parágrafo único. As tabelas unificadas serão disponibilizadas aos tribunais


regionais do trabalho e às varas do trabalho, pela Corregedoria-Geral da Justiça do
Trabalho, em sua página na rede mundial de computadores.

Art. 52. É vedada a utilização de classes processuais não aprovadas pelo


CNJ e pela CGJT.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Art. 53. Na ausência de classe processual específica na respectiva tabela
unificada, o processo será classificado pelo gênero da ação, quando possível, caso em que
cópia da petição inicial será imediatamente remetida ao Grupo Gestor Regional das Tabelas
Processuais Unificadas, para exame da necessidade de se criar nova classe processual.

Parágrafo único. O Grupo Gestor Regional, na hipótese de emitir parecer


favorável, encaminhará ao Grupo Gestor Nacional a proposta de criação da nova classe
processual.

Art. 54. Os tribunais regionais do trabalho, por intermédio dos respectivos


Grupos Gestores Regionais, poderão propor ao Grupo Gestor Nacional o
aperfeiçoamento das Tabelas Processuais Unificadas.

§ 1º A proposta de aperfeiçoamento a ser enviada ao Grupo Gestor


Nacional deverá ser acompanhada de parecer favorável do Grupo Gestor Regional,
fundamentando a necessidade da inclusão, exclusão ou alteração de itens das tabelas.

§ 2º A proposta de alteração da tabela de classes processuais, aprovada pelo


Grupo Gestor Nacional da Justiça do Trabalho, será encaminhada ao Comitê Gestor
Nacional do CNJ.

Seção IV
Registro do Nome das Partes e Advogados

Art. 55. No registro do nome de partes e advogados, serão observados os


seguintes padrões:
I - o cadastramento de partes no processo deverá ser realizado,
prioritariamente, pelo nome ou razão social constante do cadastro de pessoas físicas ou
jurídicas perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil, mediante alimentação
automática, observados os convênios e condições tecnológicas disponíveis, vedado o uso
dos tipos itálico e negrito;
II - as abreviaturas de palavras são vedadas, salvo se impossível identificar
sua escrita completa ou fizerem parte do nome fantasia ou da razão social do empregador;
III - as seguintes siglas serão adotadas como padrão: S.A., Ltda., S/C, Cia. e
ME;
IV - as siglas que não fazem parte da razão social serão grafadas após o
nome da empresa, em letras maiúsculas e precedidas de hífen;
V - os registros complementares ao nome da parte serão grafados da
seguinte forma, exemplificativamente: José da Silva (Espólio de), União (Extinto
INAMPS), Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. — BANERJ (em Liquidação
Extrajudicial), José da Silva e Outro;
VI - na grafia do nome de autoridades, não se utilizará pronome de
tratamento.

Art. 56. O nome do sócio constará da autuação do processo sempre que


requerido pela parte na petição inicial ou quando incluído pelo juiz mediante julgamento de
Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica da sociedade empresarial, em
qualquer fase do processo.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Seção V
Identificação das Partes

Art. 57. O juiz zelará pela precisa identificação das partes no processo, a fim
de propiciar o cumprimento das obrigações fiscais e previdenciárias, o levantamento dos
depósitos de FGTS, o bloqueio eletrônico de numerário em instituições financeiras e o
preenchimento da guia de depósito judicial trabalhista.

Art. 58. Salvo impossibilidade que comprometa o acesso à justiça, o juiz do


trabalho determinará às partes a apresentação das seguintes informações:
I - no caso de pessoa natural, o número da CTPS, RG e órgão expedidor,
CPF e PIS/PASEP ou NIT (Número de Inscrição do Trabalhador);
II - no caso de pessoa jurídica, o número do CNPJ e do CEI (Cadastro
Específico do INSS), bem como cópia do contrato social ou da última alteração feita no
contrato original, constando o número do CPF do(s) proprietário(s) e do(s) sócio(s) da
empresa demandada.

Parágrafo único. Não sendo possível obter das partes o número do


PIS/PASEP ou do NIT, no caso de trabalhador, e o número da matrícula no Cadastro
Específico do INSS — CEI, relativamente ao empregador pessoa física, o juiz determinará
à parte que forneça o número da CTPS, a data de seu nascimento e o nome da genitora.

Art. 59. À parte será assegurado prazo para apresentar as informações, sem
prejuízo da continuidade da audiência.

Seção VI
Tramitação Preferencial

Art. 60. Os juízes e desembargadores do Trabalho devem assegurar


prioridade no processamento e julgamento dos processos individuais e coletivos, sujeitos à
sua competência, tanto na fase de conhecimento quanto no âmbito do cumprimento da
decisão, nas seguintes situações:
I - pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, ou portadoras
de doença grave;
II - empresas em recuperação judicial ou com decretação de falência;
III - sujeitos ao rito sumaríssimo;
IV - acidentes de trabalho;
V - aprendizagem profissional, trabalho escravo e trabalho infantil.

Parágrafo único. Os tribunais regionais do trabalho e as varas do trabalho


registrarão no sistema PJe os processos com tramitação preferencial, consignando a
justificativa correspondente, nos termos do caput.

Seção VII
Segredo de Justiça

Art. 61. A tramitação do processo em segredo de justiça será feita por


decisão fundamentada, e mediante o registro da restrição no sistema PJe.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Parágrafo único. A secretaria da vara ou do tribunal deverá consignar no
sistema os usuários que podem ter acesso aos processos nessa condição.

Seção VIII
Publicação de listas de processos aptos a julgamento

Art. 62. Os tribunais regionais do trabalho promoverão a publicação das


listas de processos aptos a julgamento, na rede mundial de computadores, conforme
previsão do artigo 12, § 1º, do CPC.

Art. 63. Os processos aptos a julgamento serão aqueles constantes do


Manual do Sistema e-Gestão, versão 1.2.2, observando-se o seguinte:
I - Para os processos do primeiro grau de jurisdição, serão considerados os
seguintes itens:
a) 62/90.062 - Processos com instrução processual encerrada aguardando
prolação de sentença;
b) 118/90.118 - Embargos de declaração pendentes com o Juiz;
c) 145/90.145 - Impugnações à sentença de liquidação pendentes com o
Juiz;
d) 151/90.151 - Embargos à execução pendentes com o Juiz.
II - Para os processos do segundo grau de jurisdição, serão considerados os
seguintes itens:
a) 2.159/92.159 - Processos pendentes com o relator - no prazo;
b) 2.160/92.160 - Processos pendentes com o relator – prazo vencido;
c) 92.431 - Processos pendentes com o relator - no prazo – ações originárias
e recursos internos;
d) 92.432 - Processos pendentes com o relator - prazo vencido -ações
originárias e recursos internos.

Art. 64. As listas dos processos deverão ser atualizadas sempre no dia 10
(dez) de cada mês, com a descrição do respectivo item do Sistema e-Gestão, acrescida da
informação do número único do processo, nome do magistrado e data da sua inclusão.

Art. 65. A publicação deverá utilizar o formato HTML (Linguagem de


Marcação de Hipertexto) e permitir a pesquisa pelo número único do processo.

Seção IX
Comunicações processuais em meio eletrônico no sistema PJe

Art. 66. Nos processos sujeitos à jurisdição dos juízos de 1º e 2º graus dos
tribunais regionais do trabalho, as comunicações processuais destinadas à notificação,
citação e intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos entes
da administração indireta, bem como das empresas públicas e privadas, com exceção das
microempresas e empresas de pequeno porte (artigo 246, §§ 1º e 2º, do CPC), serão
promovidas nos termos desta Seção, até a efetiva implantação da Plataforma de
Comunicações Processuais do Poder Judiciário, prevista na Resolução CNJ n.º 234/2016.

Art. 67. Para os fins do disposto no artigo 246, V, do CPC e do artigo 17,
da Resolução CSJT n.º 185/2017, o meio eletrônico a ser utilizado é a funcionalidade

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
existente no sistema PJe denominada “Procuradorias”, na qual deverão ser cadastradas as
pessoas jurídicas interessadas; mediante requerimento formulado à Corregedoria Regional,
que será responsável pela gestão dos cadastros;

§ 1º O requerimento deverá indicar as seguintes informações:


I - Relativamente à pessoa jurídica:
- Nome completo;
- CNPJ;
- Endereço (CEP, número e complemento);
- E-mail;
- Telefone
II - Relativamente ao Advogado:
- Nome;
- CPF;
- E-mail;
- Telefone;
- OAB;
- Endereço (CEP, número e complemento);
- UF de nascimento;
- Naturalidade

§ 2º O requerimento deverá ser instruído com os documentos


comprobatórios da regularidade da pessoa jurídica bem assim da comprovação dos poderes
de seu signatário para firmá-lo.

§ 3º O cadastro das pessoas jurídicas de direito privado será efetivado pela


inscrição do respectivo CNPJ, adotando-se denominação única de acordo com o padrão
gráfico constante no banco de dados da Receita Federal (nome/razão social).

§ 4º Validado o cadastramento pela Corregedoria Regional, a solicitação será


encaminhada para o administrador local do sistema PJe, para imediato cumprimento.

§ 5º. Realizado o cadastro da Procuradoria, a Corregedoria Regional oficiará


à pessoa jurídica de direito privado para comunicar o cadastramento e informará às
unidades judiciárias do Tribunal, a fim de que seja dado cumprimento ao artigo 66 desta
Consolidação.

Art. 68. O(s) advogado(s) indicado(s) pela pessoa jurídica nos termos do §
1º do artigo anterior atuará(ão) como Procurador (es)-Gestor (es) da respectiva
Procuradoria no PJe.

§ 1º A inativação do cadastro dos procuradores, que pode ser realizada pelo


Procurador-Gestor, não extingue a Procuradoria, que permanecerá habilitada para
recebimento de comunicações processuais.

§ 2º Incumbirá à pessoa jurídica de direito privado indicar o novo


Procurador-Gestor ou requerer à Corregedoria Regional a extinção de seu cadastro no
sistema Procuradorias do PJe.

Art. 69. Os advogados que representam juridicamente as pessoas jurídicas


de direito privado com Procuradoria cadastrada no PJe, serão cadastrados no perfil próprio

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
de “procurador”, diverso do de “advogado”, para o fim específico de recebimento das
comunicações destinadas à pessoa jurídica representada.

§ 1º Após a notificação inicial via Procuradoria do PJe, o Procurador -


Gestor deverá habilitar, no processo, advogado para fins de intimações de atos processuais
via DEJT, sob pena de serem realizadas via sistema.

§ 2º O Procurador-Gestor poderá atribuir o perfil de Gestor a outro(s)


procurador(es) cadastrado(s) na respectiva Procuradoria do PJe.

§ 3º O Procurador-Gestor será o responsável pela inclusão, alteração de


dados e exclusão dos demais procuradores, após a criação da respectiva Procuradoria no
sistema PJe.

§ 4º Somente advogados poderão atuar como procuradores, sendo vedada a


inclusão de pessoa natural que não possua inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil
com esse perfil.

§ 5º Na hipótese de algum dos procuradores deixar de representar a pessoa


jurídica de direito privado, competirá ao Procurador-Gestor torná-lo inativo no sistema
para que deixe de ter acesso integral aos processos em que litigue a pessoa jurídica
representada.

Art. 70. Considerar-se-á realizada a comunicação do ato processual no dia


em que qualquer um dos procuradores cadastrados na Procuradoria efetivar a consulta
eletrônica ao seu teor, ficando registrado nos autos.

§ 1º Quando a consulta ocorrer em dia não útil, a comunicação processual


será considerada como realizada no primeiro dia útil subsequente.

§ 2º Não havendo consulta em até 10 (dez) dias corridos contados da data


do envio da comunicação, considerar-se-á automaticamente realizada na data do término
desse prazo, nos termos do artigo 5º, § 3º, da Lei n.º 11.419/2006, não se aplicando o
disposto no artigo 219 da Lei n.º 13.105/2016 a esse interstício.

Art. 71. Enquanto não houver Procuradoria cadastrada no PJe, as


comunicações processuais deverão ser realizadas pelos meios ordinários legalmente
previstos.

§ 1º Nos casos urgentes, em que a comunicação processual realizada na


forma desta Seção possa causar prejuízo a quaisquer das partes, ou nos casos em que
evidenciada qualquer tentativa de burla ao sistema, o ato processual poderá ser realizado
por outro meio que atinja a sua finalidade, conforme determinação do magistrado.

§ 2º. As notificações e intimações realizadas na forma desta Seção serão


consideradas pessoais para todos os efeitos legais.

Art. 72. A manifestação de adesão ao sistema Procuradorias implica a


aceitação dos termos desta Consolidação.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Seção X
Notificação de Entes Públicos, Estado Estrangeiro ou Organismo Internacional

Art. 73. As secretarias das varas do trabalho velarão para que, nas ações
ajuizadas em desfavor de entes públicos (Decreto-lei n.º 779/69), inclusive Estado
estrangeiro ou organismo internacional, observe-se lapso temporal para preparação da
defesa de, no mínimo, 20 (vinte) dias entre o recebimento da notificação citatória e a
realização da audiência.

Seção XI
Distribuição

Art. 74. Os processos recebidos nos órgãos de 1º e 2º graus da Justiça do


Trabalho deverão ser distribuídos imediatamente, sendo vedada a suspensão e a limitação
da distribuição dos feitos.

Parágrafo único. Nas regiões onde houver Posto Avançado instalado, a


distribuição será direcionada, exclusivamente, para as Varas do Trabalho a que vinculado,
devendo a identificação dos processos ser feita por meio de atributo próprio no Sistema e-
Gestão;

Seção XII
Remessa de processos ao CEJUSC

Art. 75. Antes de proceder a remessa dos autos ao CEJUSC, o magistrado


que estiver na direção do processo, pelas regras de distribuição, promoverá o registro nos
autos, mediante despacho, da determinação ou solicitação de envio e sua expressa anuência.

Art. 76. Realizada(s) a(s) audiência(s) no CEJUSC, os autos devem ser


restituídos ao juízo de origem, mediante despacho, devidamente registrado no sistema de
acompanhamento processual respectivo.

Parágrafo único. Não havendo acordo, o magistrado que supervisionar


audiência(s) de conciliação inicial poderá dar vista da(s) defesa(s) e do(s) documentos(s) à(s)
parte(s) reclamante(s), consignando em ata requerimentos gerais das partes e o breve relato
do conflito, mantendo-se silente quanto à questão jurídica que envolve a disputa e remeterá
os autos à unidade jurisdicional de origem

CAPÍTULO V
NORMAS PROCEDIMENTAIS DE PROCESSO -
CONHECIMENTO

Seção I
Audiências

Art. 77. Constarão da ata ou termo de audiência:


I - o motivo determinante do adiamento da audiência na vara do trabalho,
inclusive daquele requerido de comum acordo pelas partes;

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
II - o registro da outorga, pela parte, em audiência, de poderes de
representação ao advogado que a esteja acompanhando.

Seção II
Prova Pericial

Art. 78. Aplica-se à prova pericial o disposto no artigo 464, § 1º, incisos I a
III, do CPC (artigo 769 da CLT).

Art. 79. Caberá ao magistrado, nos feitos de sua competência, escolher, por
meio do Sistema PJe, profissional ou órgão regularmente cadastrado e habilitado nos
termos da Resolução CSJT n.º 247/2019, promovendo sua regular nomeação.

§ 1º A nomeação a que se refere o caput deste artigo será realizada,


equitativamente, de forma direta ou mediante sorteio, observada a necessidade do juízo, a
impessoalidade, a capacidade técnica do profissional ou do órgão técnico ou científico e a
sua participação em trabalhos anteriores.

§ 2º Os tribunais deverão publicar lista dos peritos/órgãos nomeados em


cada unidade jurisdicional, com a identificação dos processos em que ela ocorreu, a data
correspondente e o valor fixado de honorários profissionais (artigo 9º, § 5º, da Resolução
CNJ n.º 233/2016).

Art. 80. Não poderá ser exigida antecipação ao perito, ao órgão técnico ou
científico, ao tradutor ou ao intérprete, em nenhuma hipótese e a título algum, nem mesmo
de valores para custear despesas decorrentes do trabalho técnico a ser realizado.

Art. 81. O magistrado poderá substituir o perito, o órgão técnico ou


científico, o tradutor ou intérprete, no curso do processo, mediante decisão fundamentada.

Art. 82. Em caso de pagamento com recursos vinculados à gratuidade


judiciária, o valor dos honorários periciais, observado o limite máximo de R$ 1.000,00 (um
mil reais), será fixado pelo juiz, atendidos:
I - a complexidade da matéria;
II – o nível de especialização e o grau de zelo profissional ou do órgão;
III – o lugar e o tempo exigidos para prestação do serviço;
IV – as peculiaridades regionais.

Parágrafo único. A fixação dos honorários periciais em valor superior ao


limite estabelecido pelo tribunal regional, até o limite disposto no caput deste artigo, deverá
ser devidamente fundamentada e submetida ao Presidente do Tribunal para análise e
autorização.

Art. 83. A solicitação de valores vinculados ao custeio da gratuidade da


justiça dar-se-á quando ocorrerem, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - concessão do benefício da justiça gratuita;
II - fixação judicial de honorários;
III - sucumbência da parte beneficiária na pretensão objeto da perícia;
IV - trânsito em julgado da decisão que arbitrar os honorários.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Art. 84. A solicitação de pagamento dos valores devidos aos tradutores e
intérpretes a serem pagos com recursos vinculados ao custeio da gratuidade da justiça
somente poderá ser realizada após atestada a prestação dos serviços pelo juízo processante,
de acordo com a Tabela constante do Anexo I da Resolução CSJT n.º 247/2019.

Parágrafo único. O juiz poderá ultrapassar em até 3 (três) vezes os valores


fixados na tabela constante do Anexo mencionado no caput, observados o grau de
especialização do tradutor ou intérprete e a complexidade do trabalho, comunicando-se à
autoridade indicada em cada Tribunal.

Seção III
Cartas Precatórias Inquiritórias

Art. 85. Na expedição de Cartas Precatórias para inquirição de testemunhas,


é prerrogativa do Juízo deprecante deliberar sobre a necessidade ou não da coleta prévia
dos depoimentos pessoais das partes.

§ 1º A critério do Juízo Deprecante, poderão ser formulados quesitos para


utilização na inquirição das testemunhas, os quais deverão integrar a Carta Precatória, sem
prejuízo das perguntas formuladas pelo Juízo Deprecado ou pelas partes presentes à
audiência.

§ 2º O Juízo Deprecado não pode se recusar a cumprir a Carta Precatória


pela ausência de depoimentos pessoais das partes ou dos quesitos.

Seção IV
Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica

Art. 86. Não sendo requerida na petição inicial, a desconsideração da


personalidade jurídica prevista no artigo 855-A da CLT será processada como incidente
processual, tramitando nos próprios autos do Processo Judicial Eletrônico em que foi
suscitada, vedada sua autuação como processo autônomo, tanto nas unidades de primeiro
como nas de segundo graus da Justiça do Trabalho.

Art. 87. A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de


concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o artigo 301 do CPC.

Art. 88. Instaurado o incidente, a parte contrária e os requeridos serão


notificados para se manifestar e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.

Parágrafo único. Havendo necessidade de prova oral, o juiz designará


audiência para sua coleta.

Art. 89. Concluída a instrução, o incidente será resolvido por decisão


interlocutória, da qual serão as partes e demais requeridos intimados.

Parágrafo único. Da decisão proferida:


I - na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1º do
artigo 893 da CLT;

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
II - na fase de execução, cabe agravo de petição, em 8 (oito) dias,
independentemente de garantia do juízo.

Art. 90. Em se tratando de incidente requerido originariamente no tribunal,


a competência para sua instauração, para decisão de pedidos de tutela provisória e para a
instrução será do relator.

§ 1º O relator poderá decidir monocraticamente o incidente ou submetê-lo


ao colegiado, juntamente com o recurso.

§ 2º Decidido o incidente monocraticamente pelo relator, da decisão caberá


agravo interno, nos termos do Regimento do Tribunal.

Art. 91. Decidido o incidente ou julgado o recurso, os autos retomarão seu


curso regular.

Seção V
Anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social

Art. 92. Na falta de registros obrigatórios na Carteira de Trabalho e


Previdência Social do empregado ou nos casos de retificação de dados, o juiz determinará à
secretaria da vara do trabalho, na sentença ou no termo de homologação de acordo, que
proceda às anotações ausentes.

§ 1º Na aposição das anotações pela secretaria, não haverá identificação do


servidor responsável nem tampouco indicação da existência de determinação judicial a
respeito.

§ 2º Para confirmação da autenticidade do registro, a secretaria expedirá


certidão consignando a determinação judicial de anotação da CTPS, a qual será entregue ao
trabalhador juntamente com o documento.

Art. 93. Na hipótese de anotação de verba com repercussão no cálculo da


contribuição previdenciária, a vara do trabalho comunicará o fato à Secretaria da Receita
Federal do Brasil, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.

Parágrafo único. Em caso de anotação decorrente de sentença judicial, a


comunicação será feita apenas após o trânsito em julgado da decisão.

Seção VI
Termos e Certidões

Art. 94. Constarão dos termos e certidões a data e a assinatura do servidor


que os tenha firmado.

Art. 95. Constarão da certidão de julgamento em 2º grau de jurisdição:


I - número do processo;
II - nome das partes e dos advogados que sustentaram oralmente;
III - nome do desembargador do trabalho que presidiu a sessão;

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
IV - nome do relator e do revisor, se for o caso, e dos desembargadores do
trabalho que participaram da sessão;
V - situação do juiz, desde que convocado, apontando-se o dispositivo da
Lei Orgânica da Magistratura Nacional que autorizou a convocação;
VI - nome do representante do Ministério Público do Trabalho presente à
sessão;
VII - conclusão do julgamento, com a indicação dos votos vencidos, se
houver;
VIII - registro da suspensão do julgamento em decorrência de pedido de
vista regimental e dos votos já proferidos em sessão;
IX - designação do redator do acórdão, se for o caso;
X - impedimentos e suspeições declarados pelos desembargadores do
trabalho;
XI - data da realização da sessão.

Seção VII
Custas Processuais

Art. 96. As decisões proferidas pela Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus de


jurisdição, nos dissídios individuais, fixará o valor das custas processuais, que serão
calculadas, no caso de improcedência da reclamação, sobre o valor dado à causa, e, no caso
de procedência sobre o valor arbitrado à condenação, a cargo do reclamante ou do
reclamado, dependendo de quem tenha sucumbido na ação.

§ 1º A isenção quanto ao pagamento de custas não exime o magistrado de


fixar na decisão o respectivo valor.

§ 2º Nos acordos, o rateio das custas processuais será proporcional entre as


partes, se de outra forma não for convencionada.

Seção VIII
Dissídios coletivos

Art. 97. No dissídio coletivo, constará do acórdão o inteiro teor das


cláusulas deferidas, bem como os fundamentos do deferimento ou indeferimento.

Parágrafo único. Modificada a redação da cláusula pelo Tribunal, o novo


texto constará do acórdão.

Art. 98. A certidão de julgamento será publicada de imediato,


independentemente da redação da ata final dos trabalhos e da lavratura do acórdão.

Art. 99. Do acórdão constará o valor das custas processuais, que serão
imputadas às partes vencidas, de forma solidária.

Art. 100. Nos dissídios coletivos de natureza econômica em que for


instituída norma ou condição de trabalho em favor da categoria profissional, o pagamento
integral das custas processuais caberá à empresa ou ao ente sindical patronal que integrou a
relação processual.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Art. 101. Na hipótese de acordo submetido à homologação do tribunal em
que conste apenas remissão a normas anteriores, o relator ordenará às partes que explicitem
o teor das cláusulas conciliadas.

Seção IX
Admissibilidade dos recursos

Art. 102. No exercício do controle de admissibilidade dos recursos


ordinários, agravos de petição e recursos adesivos, o juiz deve verificar o preenchimento de
todos os pressupostos intrínsecos e extrínsecos dos recursos, antes de seu processamento,
cabendo-lhe formular pronunciamento explícito sobre o preenchimento desses requisitos.

§ 1º Em se tratando de agravo de petição, somente deverá ser processado


quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados e se o
ato impugnado comportar recurso (artigo 893, § 1º, da CLT).

§ 2º Havendo parte incontroversa na condenação, o processamento do


agravo não deverá impedir a tramitação do feito com vistas à liberação imediata dos valores
devidos ao exequente ou realização dos atos necessários ao pagamento da dívida.

§ 3º Garantido integralmente o juízo, não será exigível depósito recursal


para a interposição do agravo de petição, salvo elevação do valor do débito em montante
que ultrapasse a garantia.

§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o agravo de petição deverá ser


acompanhado da comprovação da garantia correspondente ao valor do acréscimo, limitado
ao valor total da condenação.

§ 5º Por se tratarem de parcelas acessórias da condenação, o valor fixado a


título de honorários advocatícios ou honorários periciais, a cargo do reclamante ou do
reclamado, não deverá ser computado para fins de depósito recursal, sendo inexigível seu
recolhimento se a condenação a eles se limitar.

Seção X
Depósito Judicial Trabalhista

Art. 103. O depósito judicial para pagamentos, garantia de execução,


encargos processuais, levantamento de valores e depósitos recursais seguirão as diretrizes
estabelecidas na Instrução Normativa n.º 36 do Tribunal Superior do Trabalho, ou outra
que venha a substituí-la.

Art. 104. O alvará deverá ser expedido somente após a autorização judicial
para o levantamento do depósito realizado.

§ 1º O juiz deverá dar ciência ao devedor-executado ou ao seu sucessor da


decisão ou despacho que autorizar a liberação total ou parcial do depósito judicial a favor
da parte vencedora.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
§ 2º A decisão ou despacho que autorizar o levantamento, total ou parcial,
do depósito judicial, deverá também autorizar o recolhimento, pela fonte pagadora, dos
valores apurados a título de imposto de renda, de responsabilidade da parte vencedora, a
serem deduzidos do seu crédito, destinados ao recolhimento na forma da lei.

§ 3º O depósito recursal, ainda que tenha sido convertido em depósito


judicial, não poderá ser utilizado para quitação de débitos ou despesas do processo,
inclusive as de natureza alimentar, antes da quitação integral do crédito do reclamante, a
quem deverá ser prioritariamente liberado, até o limite de seu crédito.

Seção XI
Recurso de Revista

Art. 105. As decisões de admissibilidade do recurso de revista contemplarão


a identificação da especificidade ou da inespecificidade dos arestos paradigmas e/ou a
vulneração de dispositivo de lei e/ou da Constituição da República, em atenção aos lindes
do juízo de prelibação dos recursos, delineados no art. 896, § 1º, da CLT, tudo de tal modo
que elas não se mostrem excessivamente concisas nem excessivamente elásticas.

Art. 106. A intimação das decisões de admissibilidade dos recursos de


revista será feita mediante sua publicação no DEJT.

Art. 107. Ao presidente do Tribunal Regional do Trabalho caberá avaliar a


conveniência e a oportunidade de implantação de juízo conciliatório em recurso de revista.

CAPÍTULO VI
NORMAS PROCEDIMENTAIS DE PROCESSO - EXECUÇÃO

Seção I
Normas Gerais

Art. 108. Cabe ao juiz, na fase de execução:


I - ordenar a pronta liberação do depósito recursal, em favor do reclamante,
independentemente de requerimento do interessado, após o trânsito em julgado da
sentença condenatória, desde que o valor do crédito trabalhista seja inequivocamente
superior ao do depósito recursal ou incontroverso, prosseguindo a execução depois pela
diferença;
II - promover a realização semanal de audiências de conciliação em
processos na fase de execução, independentemente de requerimento das partes,
selecionando-se aqueles com maior possibilidade de êxito na composição;
III – determinar a revisão periódica dos processos em execução que se
encontrem em arquivo provisório, com a execução suspensa, a fim de renovar providências
coercitivas, por meio da utilização dos Sistemas Eletrônicos de pesquisas patrimonial,
valendo-se, se for o caso, da aplicação subsidiária dos artigos 772 a 777 do CPC.

Art. 109. Exauridas em vão as referidas medidas coercitivas, impulsionadas


pelo magistrado ou requeridas pela parte, a remessa ao arquivo provisório de autos de
processo em execução será precedida de lavratura de certidão do diretor de secretaria, da

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
qual constará o insucesso dessas medidas complementares e a inexistência de depósito
judicial ou recursal, de cujo teor deverá ser intimado o exequente.

Seção II
Alienação de Bens

Art. 110. Ao determinar a alienação de bem, deverá o magistrado fazer


constar expressamente do edital, além dos requisitos do artigo 886 do CPC, a isenção do
arrematante com relação aos débitos tributários, cujo fato gerador seja a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bens e direitos adquiridos judicialmente, através de leilão judicial
ou iniciativa particular, estejam ou não inscritos na dívida ativa.

Parágrafo único. Ficarão subrogados no bem arrematado os débitos de


natureza não tributária que constarem expressamente do edital.

Seção III
Semana Nacional da Execução Trabalhista

Art. 111. Durante a Semana Nacional da Execução Trabalhista deverão ser


realizadas pautas ordinárias de audiência, exclusivamente formadas por autos em fase de
execução, liquidados e que não foram voluntariamente pagos após a citação do artigo 880
da CLT, ficando suspensa a contagem do prazo médio de tramitação dos processos em fase
de conhecimento.

Parágrafo único. Infrutífera a conciliação, além das providências coercitivas


previstas no artigo 76, III, o juiz, caso necessário, expedirá mandado para protesto
extrajudicial, em cartório, do título executivo não quitado.

Seção IV
Normas Procedimentais Referentes à Execução contra Empresas em Recuperação
Judicial ou em Falência

Art. 112. Deferida a recuperação judicial ou a falência, caberá ao juiz do


trabalho determinar a expedição de Certidão de Habilitação de Crédito para ser submetida
à apreciação do administrador judicial.

§ 1º Terão prosseguimento na Justiça do Trabalho as ações que


demandarem quantia ilíquida, até a apuração do respectivo crédito e a expedição de
certidão de habilitação do crédito.

§ 2º Da Certidão de Habilitação de Crédito deverá constar:


I – nome do exequente, data da distribuição da reclamação trabalhista, da
sentença condenatória e a de seu trânsito em julgado;
II – a especificação dos títulos e valores integrantes da sanção jurídica, das
multas, dos encargos fiscais e sociais (imposto de renda e contribuição previdenciária), dos
honorários advocatícios e periciais, se houver, e demais despesas processuais;
III – data da decisão homologatória dos cálculos e do seu trânsito em
julgado;

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
IV – o nome do advogado que o exequente tiver constituído, seu endereço,
para eventual intimação, e número de telefone a fim de facilitar possível contato direto pelo
administrador judicial.

Art. 113. Expedida a Certidão de Habilitação de Crédito, é desnecessária a


remessa dos autos físicos ou eletrônicos ao juízo no qual se processa a Recuperação Judicial
ou a Falência.

Art. 114. Os juízes do trabalho manterão os processos em arquivo


provisório até o encerramento da Recuperação Judicial ou da falência que ela
eventualmente tenha sido convolada (artigo 156 e seguintes da Lei n.º 11.101/2005).

Parágrafo único. Os processos suspensos por Recuperação Judicial ou


Falência deverão ser sinalizados com marcador correspondente no Sistema PJe.

Art. 115. As disposições desta Seção não se aplicam nos casos em que o
magistrado determinar o direcionamento da execução contra sócios ou ex-sócios da
executada ou a empresa que integre grupo econômico do qual ela faça parte.

Seção V
Sobrestamento, Arquivamento Provisório e Arquivamento Definitivo do Processo
de Execução

Art. 116. Não sendo localizado o devedor nem encontrados bens


penhoráveis, o juiz suspenderá o curso do processo por até 1 (um) ano, período no qual
não correrá o prazo de prescrição intercorrente (artigo 40 da Lei n.º 6.830/80).

Parágrafo único. O processo deverá aguardar o prazo no fluxo próprio do


Sistema PJe (Sobrestamento por execução frustrada, Item 106/90.106, do Manual do e-
Gestão).

Art. 117. Durante o prazo previsto no artigo 11-A da CLT, o processo


deverá ser arquivado provisoriamente em fluxo próprio do PJe.

Art. 118. É assegurado ao credor requerer, nos termos do § 3º do artigo 40


da Lei n.º 6.830/80, ou ao juiz o determinar de ofício, na conformidade do artigo 2º do
CPC, o prosseguimento da execução que se encontre sobrestada ou arquivada
provisoriamente, a que se referem os artigos anteriores.

Parágrafo único. Os processos que ainda tramitem na forma física deverão


obrigatoriamente ser migrados para o sistema PJe antes do prosseguimento da execução.

Art. 119. O arquivamento definitivo do processo de execução, no âmbito da


Justiça do Trabalho, decorre da declaração, por sentença, da extinção da execução, pela
verificação de uma das hipóteses contempladas nos incisos II, III, IV e V do artigo 924 do
CPC, por se achar exaurida a prestação jurisdicional.

Parágrafo único. É vedado o arquivamento com baixa definitiva do


processo de execução em qualquer situação não prevista no caput, inclusive em processos

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
reunidos em razão de centralização de execuções, processos sobrestados ou arquivados
provisoriamente.

Art. 120. É condição para arquivamento definitivo do processo judicial,


quando na fase de execução, entre outras providências eventualmente necessárias, a
inexistência de contas judiciais com valores disponíveis vinculados ao mesmo processo.

Art. 121. Satisfeitos os créditos dos processos, a disponibilização de


qualquer saldo existente em conta judicial ao devedor de créditos trabalhistas deve ser
precedida de ampla pesquisa no Setor de Distribuição de Feitos, nos sistemas de gestão de
processos judiciais anteriores ao PJe de cada Tribunal Regional do Trabalho e no sistema
do Banco Nacional de Débitos Trabalhistas (BNDT), a fim de identificar processos que
tramitem em face do mesmo devedor.

§ 1º Havendo processos ativos pendentes na mesma unidade judiciária, o


magistrado poderá remanejar os recursos para quitação das dívidas, após o que procederá
ao arquivamento definitivo do processo já quitado, desvinculando-o da conta judicial ativa.

§ 2º Constatada a existência de processos pendentes em outras unidades


judiciárias, os juízos respectivos deverão ser informados, por meio eletrônico, a respeito da
existência de numerário disponível, a fim de que adotem as providências necessárias, no
prazo de 10 (dez) dias, sem prejuízo de outras medidas estabelecidas em acordos de
cooperação existentes entre os tribunais regionais do trabalho e outros órgãos do Poder
Judiciário.

§ 3º Decorrido o prazo previsto no parágrafo anterior, sem qualquer


manifestação dos juízos eventualmente interessados, os valores deverão ser
disponibilizados ao devedor, com previsão de prazo não inferior a 30 (trinta) dias para
saque.

§ 4º Transcorrido o prazo fixado no parágrafo anterior, sem levantamento


do valor pelo devedor, a unidade judiciária deverá se valer dos sistemas de pesquisa
disponíveis no Tribunal Regional do Trabalho para identificar o domicílio atual do
executado, a existência de conta bancária ativa ou, ainda, de conta ativa do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, a fim de proceder ao depósito do numerário.

§ 5º Caso não se localize o executado nem haja nenhuma das informações


anteriores disponíveis para pagamento, o juízo deverá determinar a abertura de conta
poupança na Caixa Econômica Federal em nome do executado e encaminhar a informação
para a Corregedoria Regional, que deverá publicar no site do Tribunal Regional do
Trabalho respectivo edital permanente de informação das contas abertas em nome de
executados para que, a qualquer tempo, possam vir a sacar os valores a eles creditados.

§ 6º Se os valores depositados não forem resgatados no prazo de 10 (dez)


anos, contados a partir da primeira publicação do edital referido no parágrafo anterior, a
unidade judiciária deverá expedir alvará determinando a conversão em renda em favor da
União, por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), sob o
código 3981 - produtos de depósitos abandonados.

§ 7º Em qualquer hipótese tratada neste artigo, para liberação dos valores


em contas judiciais, a determinação judicial para saque conterá expressamente a informação

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
de que o pagamento deverá ser efetuado considerando-se o valor atualizado até o dia do
efetivo levantamento, bem como a obrigação do banco de proceder ao encerramento da
conta judicial.

§ 8º Aplica-se o mesmo procedimento previsto nos §§ 4º a 7º quando os


créditos encontrados no processo pertençam ao credor das parcelas trabalhistas, advogados
ou peritos judiciais, desde que, devidamente intimados, não procedam ao saque dos valores
depositados nas contas judiciais no prazo de 30 (trinta) dias.

§ 9º Na hipótese de valores devidos a título de custas processuais,


contribuições previdenciárias e Imposto de Renda, a vara do trabalho deverá expedir alvará
de rateio com a identificação dos respectivos valores, determinando que o banco proceda
aos recolhimentos correspondentes no prazo máximo de 10 (dez) dias.

Seção VI
Certidão de Crédito Trabalhista

Art. 122. Exauridos em vão os meios de coerção do devedor, deverá ser


providenciada a atualização dos dados cadastrais das partes tanto quanto a situação do
devedor no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas, nos termos da Resolução
Administrativa n.º 1.470/2011 do TST, e, em seguida, expedida Certidão de Crédito
Trabalhista.

Art. 123. A Certidão de Crédito Trabalhista observará o modelo constante


do Anexo II e deverá conter:
I – o nome e o endereço das partes, incluídos eventuais corresponsáveis
pelo débito, bem como o número do respectivo processo;
II – o número de inscrição do credor e do devedor no Cadastro de Pessoas
Físicas (CPF) e no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) da Receita Federal do
Brasil;
III – os títulos e os valores integrantes da sanção jurídica, imposta em
sentença condenatória transitada em julgado, e os valores dos recolhimentos
previdenciários, fiscais, dos honorários, advocatícios e/ou periciais, se houver, das custas e
demais despesas processuais;
IV – cópia da decisão exequenda e da decisão homologatória da conta de
liquidação, já transitada em julgado, para posterior incidência de juros e atualização
monetária.

Art. 124. O credor será comunicado sobre a obrigatoriedade de


comparecimento à secretaria da vara do trabalho para, no prazo de 30 (trinta) dias, retirar a
Certidão de Crédito Trabalhista e os documentos de seu interesse.

Parágrafo único. A secretaria da vara do trabalho deverá criar arquivo,


preferencialmente digital, para manutenção permanente das Certidões de Créditos
Trabalhistas originais não entregues aos exequentes e das demais certidões expedidas.

Art. 125. Nos processos eletrônicos fica dispensada a expedição de Certidão


de Crédito Trabalhista.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Seção VII
BACEN JUD - Bloqueio, Desbloqueio e Transferência de Valores

Art. 126. Em execução definitiva por quantia certa, se o executado,


regularmente citado, não efetuar o pagamento do débito nem garantir a execução,
conforme dispõe o artigo 880 da CLT, o juiz deverá, de ofício ou a requerimento da parte,
emitir ordem judicial de bloqueio mediante o Sistema BACEN JUD, com precedência
sobre outras modalidades de constrição judicial.

Art. 127. Relativamente ao Sistema BACEN JUD, cabe ao juiz do trabalho:


I - abster-se de emitir ordem judicial de bloqueio promovida em face de
Estado estrangeiro ou organismo internacional;
II - não encaminhar às instituições financeiras, por intermédio de ofício-
papel, solicitação de informações e ordens judiciais de bloqueio, desbloqueio e
transferência de valores quando for possível a prática do ato por meio do Sistema BACEN
JUD;
III - velar diariamente para que, em caso de bloqueio efetivado, haja pronta
emissão de ordem de transferência dos valores para uma conta em banco oficial ou emissão
de ordem de desbloqueio;
IV - proceder à correta identificação dos executados quando da expedição
das ordens de bloqueio de numerário em contas bancárias mediante o Sistema BACEN
JUD, informando o registro do número de inscrição no CPF ou CNPJ, a fim de evitar a
indevida constrição de valores de titularidade de pessoas físicas ou jurídicas homônimas.

Art. 128. O acesso do juiz e dos servidores por ele delegados, ao Sistema
BACEN JUD ocorrerá por meio de senhas pessoais e intransferíveis, ou por meio de
certificado digital, após o cadastramento realizado pelo gerente setorial de segurança da
informação do respectivo tribunal, denominado Máster.

Art. 129. O presidente do Tribunal Regional do Trabalho indicará dois


Másteres, no mínimo, ao Banco Central do Brasil.

§ 1º Os Másteres do Sistema manterão atualizados os dados dos juízes


cadastrados junto ao Banco Central do Brasil.

§ 2º O descredenciamento de Máster ou de qualquer usuário do Sistema


BACEN JUD será imediatamente comunicado, pelo presidente do Tribunal Regional do
Trabalho, ao Banco Central do Brasil.

Art. 130. O juiz, ao receber as respostas das instituições financeiras, emitirá


ordem judicial eletrônica de transferência do valor da condenação para conta judicial, em
estabelecimento oficial de crédito, ou providenciará o desbloqueio do valor.

Parágrafo único. O termo inicial do prazo para oposição de embargos à


execução é a data da intimação da parte, pelo juiz, de que se efetivou bloqueio de
numerário em sua conta.

Art. 131. É obrigatória a observância pelos juízes das normas sobre o


BACEN JUD estabelecidas no regulamento que integra o convênio firmado entre o Banco
Central do Brasil e os tribunais do trabalho.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Seção VIII
BACEN JUD - Cadastramento e Conta Única

Art. 132. As pessoas físicas e jurídicas poderão requerer, por si ou por seus
representantes estatutários, ou por advogado devidamente constituído, mediante exibição
de instrumento de procuração, o cadastramento de conta única apta a acolher bloqueios
eletrônicos realizados por meio do sistema BACEN JUD.

Art. 133. O requerimento será efetuado por meio do sistema informatizado


Bacen Jud Digital - JT, disponibilizado pela Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho na
página do Tribunal Superior do Trabalho na Internet, do qual constará declaração expressa
de ciência e concordância do requerente com as normas relativas ao cadastramento de
contas previstas na presente Consolidação e na Resolução 61/2008 do CNJ.

§ 1º O requerimento de cadastramento de conta única será instruído com:


I - cópia do cartão do CNPJ ou do CPF;
II - comprovante da conta bancária indicada para acolher o bloqueio,
expedido pela instituição financeira, contendo, obrigatoriamente:
a) titularidade (nome da empresa e número do CNPJ ou do CPF);
b) nome do banco;
c) código da agência (com quatro dígitos, sem o dígito verificador;
d) número da conta corrente (com o dígito verificador).
III - contrato social do qual constem os dados do representante legal da
empresa;
IV - na hipótese de advogado constituído, instrumento de procuração que
habilite o subscritor do pedido a atuar, ainda que administrativamente, em nome do
requerente;
V - documento de identificação que demonstre a autenticidade da assinatura
do subscritor do pedido.

§ 2º As instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional que


solicitarem cadastramento de conta única não estão obrigadas a fornecer o número da
conta indicada para o bloqueio, podendo informar apenas o nome do Banco ou o número
da agência que cumprirá a ordem.

§ 3º O envio do requerimento e dos respectivos documentos deverá ser


realizado exclusivamente por meio do Sistema Bacen Jud Digital - JT, sendo
automaticamente descartados se encaminhados por outra via.

§ 4º É de responsabilidade do requerente a veracidade das informações


prestadas e a autenticidade dos documentos enviados, assim como a preservação dos
originais dos documentos, que poderão ser eventualmente solicitados pela Secretaria da
Corregedoria-Geral para o esclarecimento de dúvidas.

§ 5º Incumbe ao requerente o acompanhamento do pedido pelo Sistema


Bacen Jud Digital - JT.

§ 6º Havendo erro no requerimento ou em algum documento enviado


passível de solução pelo requerente, ser-lhe-á concedido prazo de 60 dias para que o faça, a
contar do primeiro dia útil após a data do registro da pendência no Sistema Bacen Jud
Digital - JT.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
§ 7º Ultrapassado o prazo de que trata o parágrafo anterior, o pedido será
indeferido, cabendo ao interessado formalizar novo requerimento, anexando a este toda a
documentação necessária ao cadastramento.

Art. 134. Tratando-se de grupo econômico, empresa com filiais e situações


análogas, faculta-se o cadastramento de uma conta única para mais de uma pessoa jurídica
ou natural.

§ 1º Nessa hipótese, o titular da conta indicada apresentará:


I - cópias dos cartões do CNPJ ou do CPF;
II - declaração de plena concordância com a efetivação de bloqueio de
valores decorrente de ordem judicial expedida contra as pessoas por ele relacionadas;
III – declaração dos representantes legais das pessoas jurídicas e das pessoas
naturais de plena concordância com o direcionamento das ordens judiciais de bloqueio para
a conta especificada;
IV - declaração de instituição financeira de que está ciente e apta a
direcionar, para a conta especificada, as ordens judiciais de bloqueio expedidas contra as
pessoas arroladas.

§ 2º No caso de grupo econômico, a empresa titular da conta deverá


também apresentar:
I - requerimento explicitando se a conta única indicada, de sua própria
titularidade, é extensiva às empresas relacionadas na declaração do banco;
II - documentação que comprove a existência do alegado grupo econômico
em relação ao universo das empresas noticiadas na declaração apresentada.

Art. 135. O deferimento do cadastramento de conta única no Sistema


BACEN JUD valerá para todos os órgãos da Justiça Comum dos Estados e Distrito
Federal, Justiça Federal, Justiça Militar da União e Justiça do Trabalho.

Art. 136. A pessoa física ou jurídica obriga-se a manter na conta indicada


numerário suficiente para o cumprimento da ordem judicial.

Seção IX
BACEN JUD – Descadastramento, Recadastramento e Alteração de Conta Única

Art. 137. Ao constatar que a pessoa física ou jurídica não mantém


numerário suficiente na conta única cadastrada no sistema BACEN JUD para o
atendimento à ordem judicial de bloqueio, o juiz que preside a execução deverá apresentar
Pedido de Providências à Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho.

§ 1º O juiz indicará os dados do executado que possui conta única


cadastrada no Sistema BACEN JUD (nome e CNPJ ou CPF) e anexará cópia do
Detalhamento da Ordem Judicial de Bloqueio de Valores que obteve resposta negativa da
instituição financeira.

§ 2º Autuado o Pedido de Providências, será aberto o prazo de 15 (quinze)


dias para apresentação de justificativa para a ausência de numerário.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Art. 138. Não cabe Pedido de Providências na hipótese de suposta recusa da
instituição financeira em acatar a ordem judicial de transferência do numerário bloqueado.

Art. 139. Na ausência de numerário bastante para atender à ordem judicial


de bloqueio, a ordem será direcionada às demais instituições financeiras e a conta única
poderá ser descadastrada.

Parágrafo único. Ao responder à intimação para se manifestar no Pedido de


Providências apresentado à Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, nos termos do § 2º
do artigo 137 desta Consolidação, a parte interessada apresentará as justificativas que
entender cabíveis.

Art. 140. Na hipótese de a solicitação de cadastramento ter sido efetivada


por outro tribunal, o Corregedor-Geral comunicará a desabilitação da conta única ao
respectivo tribunal.

Art. 141. O executado poderá requerer o recadastramento da conta ou


indicar outra para o bloqueio após 6 (seis) meses da data de publicação da decisão de
descredenciamento no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho.

Art. 142. A reincidência quanto à ausência de fundos para o atendimento


das ordens judiciais de bloqueio implicará novo descadastramento, desta vez pelo prazo de
1 (um) ano.

§ 1º O executado, após o prazo referido no caput, poderá postular novo


recadastramento.

§ 2º Em caso de nova reincidência, o descadastramento será definitivo.

Art. 143 A inatividade da instituição financeira mantenedora da conta única


cadastrada implicará a desabilitação automática do cadastramento.

Art. 144. Os pedidos de recadastramento, bem como os de alteração da


conta cadastrada, serão realizados por meio do Sistema Bacen Jud Digital - JT, instruindo-
se a petição com os mesmos documentos exigidos para o cadastramento originário da
conta.

Parágrafo único. No caso de pedido de alteração de conta única cadastrada


em outro local, o interessado deverá dirigir-se ao órgão onde foi efetuado o cadastro
originário.

Art. 145. O cadastramento poderá ser cancelado mediante requerimento do


titular da conta única à autoridade que o tenha deferido, a qual determinará seu
cancelamento em até 30 (trinta) dias contados a partir da data do respectivo protocolo.

Parágrafo único. O descadastramento de conta única cadastrada pelo


Tribunal Superior do Trabalho deverá ser solicitado pelo interessado através do Sistema
Bacen Jud Digital - JT, acompanhado dos documentos previstos no artigo 133, § 1º, III, IV
e V, desta Consolidação.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Art. 146. Compete à Secretaria da Corregedoria-Geral da Justiça do
Trabalho apreciar as solicitações de cadastramento, bem como os pedidos de alteração,
recadastramento e descadastramento de conta única dirigidos ao Tribunal Superior do
Trabalho, ressalvada competência do Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho para a
apreciação dos Pedidos de Providências atinentes ao cumprimento do Sistema BACEN
JUD.

Art. 147. Constitui ônus da pessoa física ou jurídica titular de conta única
cadastrada no Sistema BACEN JUD zelar pela regularidade dos dados cadastrados,
requerendo em tempo oportuno as alterações que se fizerem necessárias, de forma a
manter a conta apta ao recebimento de ordens judiciais de bloqueios eletrônicos.

Seção X
Reunião de execuções

Subseção I
Procedimento de Reunião de Execuções – PRE

Art. 148. O Procedimento de Reunião de Execuções – PRE, no âmbito da


Justiça do Trabalho, constituído pelo Plano Especial de Pagamento Trabalhista - PEPT,
cujo objetivo é o pagamento parcelado do débito, e pelo Regime Especial de Execução
Forçada - REEF, voltado para a expropriação do patrimônio dos devedores em prol da
coletividade dos credores, será regulado por esta Consolidação.

Parágrafo único. O Procedimento da Reunião de Execuções, em todas as


suas modalidades, observará, dentre outros princípios e diretrizes:
I – a essência conciliatória da Justiça do Trabalho, como instrumento de
pacificação social;
II – o direito fundamental à razoável duração do processo (artigo 5º,
LXXVIII, da Constituição da República) em benefício do credor;
III – os princípios da eficiência administrativa (art. 37, caput, da
Constituição Federal), bem como da economia processual;
IV – o pagamento equânime dos créditos, observadas as particularidades do
caso concreto;
V – a premência do crédito trabalhista, haja vista seu caráter alimentar;
VI – a necessidade da preservação da função social da empresa.

Art. 149. A reunião de execuções em relação ao(s) mesmo(s) devedor(es)


poderá ser processada em órgãos de centralização de execuções, criados conforme
organização de cada Tribunal Regional, sem prejuízo da atuação, no mesmo sentido, em
cada unidade jurisdicional, excepcionalmente e observados os limites de sua competência
funcional e as particularidades do caso concreto.

Art. 150. São atribuições do juízo centralizador do PRE:


I - acompanhar o processamento do PRE, mantendo comunicação com o
órgão competente para gestão do procedimento, conforme definido pela organização
administrativa do Tribunal Regional;
II – promover de ofício a identificação dos grandes devedores e, se for o
caso, dos respectivos grupos econômicos, no âmbito do Tribunal Regional, cujas execuções
poderão ser reunidas para processamento conjunto através da instauração do Regime

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Especial de Execução Forçada (REEF), utilizando-se de todas as ferramentas eletrônicas de
investigação patrimonial disponíveis por meio de processo piloto indicado pelo juízo
centralizador;
III – coordenar ações e programas que visem à efetividade da execução.

Subseção II
Plano Especial de Pagamento Trabalhista – PEPT

Art. 151. Para a apreciação preliminar do pedido de instauração do Plano


Especial de Pagamento Trabalhista - PEPT, o interessado deverá atender aos seguintes
requisitos:
I - especificar o valor total da dívida, instruindo o pedido com a relação de
processos em fase de execução definitiva, a indicação da(s) vara(s) de origem, os nomes dos
credores, os valores e a natureza dos respectivos débitos, devidamente atualizados,
destacando-se valores históricos de juros e de correção monetária;
II - apresentar o plano de pagamento do débito trabalhista consolidado,
incluída estimativa de juros e de correção monetária até seu integral cumprimento,
podendo o pagamento ser fixado em período e montante variáveis, respeitado o prazo
máximo de três anos para a quitação integral da dívida;
III - assumir, por declaração de vontade expressa e inequívoca, o
compromisso de cumprir regularmente as obrigações trabalhistas dos contratos em curso,
inclusive as decorrentes de verbas rescisórias devidas aos empregados dispensados ou que
se demitirem, cabendo o controle aos sindicatos das respectivas categorias profissionais, a
quem o executado remeterá, mensalmente, cópia do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados - CAGED;
IV - relacionar, documentalmente, as empresas integrantes do grupo
econômico e respectivos sócios, todos cientes de que serão responsabilizados
solidariamente pelo adimplemento das obrigações relativas ao montante global obtido na
reunião das execuções perante o Tribunal, independentemente de, em qualquer fase dos
processos, terem figurado no polo passivo;
V - ofertar garantia patrimonial suficiente ao atendimento das condições
estabelecidas, podendo recair em carta de fiança bancária ou seguro garantia, bem como em
bens próprios ou dos sócios, hipótese em que deverão ser apresentadas provas de ausência
de impedimento ou oneração dos bens, caso em que o interessado fica obrigado a
comunicar, de imediato, qualquer alteração na situação jurídica desses, sob pena de
cancelamento do plano e impossibilidade de novo requerimento de parcelamento pelo
prazo de 2 (dois) anos;
VI – apresentar balanço contábil, devidamente certificado por contador,
bem como declaração de imposto de renda, em que se comprove a incapacidade financeira
de arcar com a dívida consolidada, com efetivo comprometimento da continuidade da
atividade econômica;
VII – apresentar renúncia de toda e qualquer impugnação, recurso ou
incidente quanto aos processos envolvidos no plano apresentado.

§ 1º O PEPT restringir-se-á aos processos de execução relacionados no ato


de apresentação do requerimento, sendo vedada a inclusão de novos processos.

§ 2º O inadimplemento de qualquer das condições estabelecidas implicará a


revogação do PEPT, a proibição de obter novo plano pelo prazo de dois anos e a
instauração de REEF em face do devedor.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Art. 152. O requerimento do PEPT deverá ser apresentado perante o órgão
competente, conforme definido pela organização administrativa de cada tribunal e, na
ausência de previsão expressa, diretamente ao juízo centralizador de execuções.

§ 1º Instaurado o procedimento, deverá o órgão competente mencionado


no caput:
I - fixar o prazo de duração, observado o disposto no inciso II do artigo 151
desta Consolidação, e o valor a ser pago periodicamente, considerando, nos dois casos, o
montante principal da dívida e seus acessórios, bem como os correspondentes créditos
previdenciários e fiscais;
II - se necessário, estabelecer cláusula penal para atraso ou descumprimento
ocasional de qualquer das parcelas, revertendo para os credores o valor correspondente, e,
a qualquer tempo no curso do procedimento, ordenar a venda de ativos visando à redução
do débito consolidado, providência a ser cumprida no âmbito do juízo centralizador de
execuções;
III - prever a distribuição dos valores arrecadados, observado o disposto no
artigo 148, parágrafo único, inciso V, da presente Consolidação;
IV - indicar o processo judicial que servirá como piloto para a prática dos
atos jurisdicionais posteriores à aprovação do PEPT, no qual serão concentrados todos os
atos referentes ao cumprimento do plano.

§ 2º Caberá ao Tribunal Pleno ou Órgão Especial, se houver, a aprovação


do plano, podendo o relator se valer de consulta prévia a órgãos internos do tribunal
Regional para subsidiar sua decisão.

§ 3º Sempre que, por circunstâncias imprevistas e não imputáveis ao


devedor, o plano inicialmente aprovado se revelar inexequível, o devedor poderá apresentar
novo plano, atendidos os requisitos do art. 151 desta Consolidação, o qual deverá vir
acompanhado de provas das circunstâncias supervenientes, e será objeto de nova decisão
pelo órgão competente, igualmente segundo critérios de conveniência e oportunidade.

§ 4º Caso o novo plano seja rejeitado ou se revele inviável, seguirse-á a


instauração de REEF em face do devedor.

§ 5º Ficam suspensas as execuções relacionadas no PEPT a partir da


aprovação do plano pelo Tribunal Pleno ou órgão Especial.

Art. 153. O devedor e as empresas integrantes de seu grupo econômico


ficam impedidos de requerer novo PEPT pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses após a
extinção do PEPT anterior, mesmo que este tenha sido cumprido parcial ou integralmente
ou convolado em REEF, ressalvados casos excepcionais, a critério do órgão colegiado
competente.

Subseção III
Regime Especial de Execução Forçada - REEF

Art. 154. O Regime Especial de Execução Forçada (REEF) consiste no


procedimento unificado de busca, constrição e expropriação, com vistas ao adimplemento
da dívida consolidada de devedor com relevante número de processos em fase de execução,

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
como medida de otimização das diligências executórias, doravante realizadas de forma
convergente, mediante a utilização de processo piloto.

§ 1º O Regime Especial de Execução Forçada (REEF) poderá originar-se:


I - do insucesso do Plano Especial de Pagamento Trabalhista (PEPT);
II – por meio de requisição das Unidades Judiciárias de 1º e 2º graus do
Tribunal Regional; ou
III - por iniciativa do órgão centralizador de execuções no Tribunal
Regional.

§ 2º Em caso de solicitação pelas unidades judiciárias, deverá ser observado


o número mínimo de inclusões do devedor no BNDT e o limite de solicitações por
unidade, parâmetros a serem definidos pelos Tribunais Regionais. Na ausência de
regulamentação, tais variáveis poderão ser definidas pelo órgão centralizador de execuções
no Tribunal Regional.

§ 3º A solicitação pelas unidades judiciárias deverá vir acompanhada de


certidão comprobatória da utilização, sem sucesso, das ferramentas básicas de pesquisa
patrimonial, nos 3 (três) meses anteriores à requisição, e do protesto do devedor, conforme
artigo 517 do Código de Processo Civil.

§ 4º Caso a iniciativa seja oriunda do órgão centralizador de execuções no


tribunal regional, na hipótese do inciso III, § 1º, deste artigo, poderá o juiz da vara de
origem recusar a remessa dos autos, caso já existam bens penhorados na data da
instauração do REEF, sem prejuízo da solicitação a outra vara do trabalho, de processo em
face do mesmo devedor.

§ 5º A instauração do REEF, em todas as suas hipóteses, importará a


suspensão das execuções em face do devedor, determinada por ato do órgão competente,
conforme definido pela organização administrativa de cada Tribunal Regional, salvo em
relação aos processos que tramitam na vara recusante.

§ 6º Os tribunais desenvolverão solução de tecnologia da informação para


cadastramento dos processos do REEF pelas unidades judiciárias originárias, com a
discriminação da natureza da dívida e dotado de atualização automática.

Art. 155. No curso do Regime Especial de Execução Forçada (REEF), os


atos executórios buscando o pagamento da dívida consolidada do executado serão
realizados nos autos do processo piloto, ressalvada, na hipótese do § 4º do artigo anterior, a
atuação executória da vara recusante.

§ 1º A definição dos autos a serem qualificados como processo piloto


caberá ao Juiz Coordenador do órgão centralizador de execuções do Tribunal Regional.

§ 2º Os Juízes que atuam no órgão centralizador de execuções resolverão


todos os incidentes e ações incidentais referentes ao processo piloto, quanto aos atos
praticados durante o REEF.

§ 3º Localizados bens do executado, será ordenada sua alienação pelo Juiz


Coordenador do órgão centralizador de execuções.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
§ 4º Os valores arrecadados serão destinados às execuções envolvidas no
REEF pelo órgão centralizador de execuções, conforme artigo 148, parágrafo único, inciso
V, desta Consolidação.

§ 5º Eventual quitação do processo piloto não impede o regular


prosseguimento da execução, nos mesmos autos, pelo restante da dívida consolidada.

Art. 156. A apuração da dívida consolidada do executado, no caso do


Regime Especial de Execução Forçada (REEF), será feita pelo órgão centralizador de
execuções, que oficiará as varas do trabalho para que informem o montante da dívida do
executado, nos processos em fase de execução definitiva, no prazo de 30 (trinta) dias.

§ 1º Na prestação de informações pelas varas deverá ser discriminada a


natureza dos créditos, bem como a respectiva atualização e incidência de juros de mora,
sendo vedada a inclusão de valores referentes a processos com pendência de homologação.

§ 2º Ocorrendo conciliação ou pagamento, ainda que parcial, em processo


executivo de devedores submetidos ao REEF diverso do processo piloto, deverá a Vara do
Trabalho respectiva comunicar o fato, imediatamente, ao órgão centralizador de execuções.

Art. 157. Os créditos da União Federal, referentes às contribuições


previdenciárias e fiscais decorrentes das decisões desta Justiça Especializada, aqueles
oriundos de multas administrativas impostas pelos órgãos de fiscalização do trabalho, nos
termos do artigo 114, VII e VIII, respectivamente, da Constituição da República, assim
como as custas processuais, serão pagos após a quitação preferencial dos créditos
trabalhistas.

Art. 158. Expropriados todos os bens e efetuados os pagamentos possíveis,


havendo crédito remanescente, oficiar-se-á às varas da Região e às Corregedorias das
demais Regiões, comunicando a existência do saldo, aguardando a requisição de valores no
prazo de 30 (trinta) dias e devolvendo ao executado o saldo existente após os repasses
solicitados.

Parágrafo único. Esgotados os meios executórios, ainda que remanesçam


débitos, o REEF será extinto, sendo os autos do processo piloto devolvidos ao juízo de
origem para providências cabíveis.

Art. 159. A Administração do Tribunal colocará, na medida do possível, à


disposição de cada um dos Juízos centralizadores os meios necessários à consecução das
medidas previstas neste Provimento.

Art. 160. Dar-se-á preferência ao meio eletrônico para tramitação das


execuções reunidas nos termos desta Seção e para a prática dos atos e encaminhamento de
comunicações e documentos inerentes.

Seção XI
Execução Provisória

Art. 161. Até que seja desenvolvido fluxo específico no Sistema PJe em uso
na Justiça do Trabalho, a execução provisória tramitará na classe Cumprimento Provisório

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
de Sentença “CumPrSe” (157). (Redação dada pelo Provimento n. 2/CGJT, de 28 de julho de
2021)

Art. 162. Havendo trânsito em julgado da decisão exequenda, a Secretaria


da Vara do Trabalho anexará, aos autos do processo autuado na classe Cumprimento
Provisório de Sentença (CumPrSe) ou nos remanescentes de Execução Provisória em
Autos Suplementares (ExProvAS), os arquivos eletrônicos relativos às peças inéditas dos
autos principais para o processamento da execução definitiva, retificando-se a autuação
para classe processual Cumprimento de Sentença “CumSen” (156) e registrando-se o
movimento “50072 - Convertida a execução provisória em definitiva”. (Redação dada pelo
Provimento n. 2/CGJT, de 28 de julho de 2021)

Parágrafo único. Na hipótese do caput, deve haver arquivamento definitivo


do processo “principal”. (Incluído pelo Provimento n. 2/CGJT, de 28 de julho de 2021)

Seção XII
Contribuições Sociais - Reclamação Trabalhista ajuizada Contra Massa Falida

Art. 163. Nas reclamações trabalhistas ajuizadas contra massa falida,


apurados os valores devidos a título de contribuições sociais, será expedida certidão de
habilitação de crédito previdenciário, que deverá conter:
I - indicação da vara do trabalho;
II - número do processo;
III - identificação das partes, com a informação dos números do CPF e
CNPJ;
IV - valores devidos a título de contribuições sociais, discriminandose os
relativos à cota do empregado e do empregador;
V - data de atualização dos cálculos;
VI - indicação da vara em que tramita o processo alimentar;
VII - número do processo falimentar;
VIII - identificação e endereço do síndico ou administrador judicial.

Art. 164. À certidão de que trata o artigo anterior será anexada cópia dos
seguintes documentos:
I - petição inicial;
II - acordo ou sentença e decisão proferida pelo Tribunal Regional do
Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho;
III - certidão de trânsito em julgado ou do decurso do prazo para recurso;
IV - cálculos de liquidação da sentença homologados pelo juiz do trabalho;
V - decisão homologatória dos cálculos de liquidação da sentença;
VI - outros que o juiz do trabalho considerar necessários.

Parágrafo único. As cópias serão autenticadas pelas secretarias das varas


do trabalho, sem prejuízo do que autoriza o artigo 830 da CLT.

Art. 165. A certidão de habilitação de crédito previdenciário e os


documentos que a instruem serão enviados, por ofício, ao administrador judicial do
processo de falência, dando-se ciência do ato ao representante judicial da União.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Seção XII
Intervenção nos Estados-Membros e Municípios

Art. 166. Os presidentes dos tribunais regionais do trabalho fundamentarão


os pedidos de intervenção dirigidos ao Supremo Tribunal Federal e aos tribunais de justiça
dos estados, justificando a necessidade da adoção da medida excepcional.

Parágrafo único. A intervenção deverá ser requerida pelo credor do estado-


membro ou do município.

Art. 167. O pedido de intervenção em estado-membro será encaminhado ao


Supremo Tribunal Federal por intermédio da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho,
enquanto o requerimento de intervenção em município será remetido diretamente ao
tribunal de justiça local pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho.

Art. 168. O pedido de intervenção em estado-membro ou em município


será instruído com as seguintes peças:
I - petição do credor, dirigida ao presidente do Tribunal Regional do
Trabalho, requerendo o encaminhamento do pedido de intervenção ao Supremo Tribunal
Federal ou ao tribunal de justiça local, conforme o caso;
II - impugnação do ente público, quando houver;
III - manifestação do órgão do Ministério Público que atua perante o
Tribunal Regional do Trabalho;
IV - decisão fundamentada do presidente do Tribunal Regional do Trabalho
admitindo o encaminhamento do pedido de intervenção;
V - ofício requisitório que possibilite a verificação da data de expedição do
precatório e o ano de sua inclusão no orçamento.

CAPÍTULO VII
NORMAS PROCEDIMENTAIS ADMINISTRATIVAS

Seção I
Acesso à Consulta Pública do PJe

Art. 169. Os tribunais regionais do trabalho disponibilizarão em local de


destaque, nos respectivos sítios na rede mundial de computadores, acesso à consulta
pública do PJe-JT, para verificar a autenticidade de documentos extraídos dos autos
digitais, na forma expressa na Resolução 185/2017 do CSJT.

Seção II
Informações Estatísticas
Sistema de Gerenciamento de Informações Administrativas e Judiciárias da Justiça
do Trabalho - e-Gestão

Art. 170. O Sistema de Gerenciamento de Informações Administrativas e


Judiciárias da Justiça do Trabalho - e-Gestão é ferramenta eletrônica de apoio destinada a
disponibilizar aos usuários acesso às informações relativas à estrutura administrativa e ao
exercício da atividade judiciária dos órgãos do Judiciário do Trabalho de 1º e 2º graus.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Art. 171. O controle estatístico-processual do movimento judiciário e da
atuação jurisdicional dos 1º e 2º graus da Justiça do Trabalho, por seus órgãos e juízes, de
interesse da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, será realizado mediante as
informações disponibilizadas no Sistema e-Gestão.

Art. 172. O Sistema e-Gestão é regido pelos princípios da obrigatoriedade e


da presunção da veracidade das informações disponibilizadas.

Parágrafo único. É de responsabilidade dos presidentes dos tribunais


regionais do trabalho a fidedignidade das informações estatísticas disponibilizadas no
Sistema e-Gestão.

Art. 173. O Sistema e-Gestão será administrado pela Corregedoria-Geral da


Justiça do Trabalho, assessorada pelo Comitê Gestor Nacional.

§ 1º As atribuições e composição do Comitê Gestor Nacional serão


instituídas por ato da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho.

§ 2º As comunicações com o grupo técnico gte-Gestão deverão ser feitas


por meio do software Jira, mantido pelo Tribunal Superior do Trabalho.

Art. 174. Os presidentes dos tribunais regionais do trabalho deverão


instituir comitês gestores regionais para receberem as orientações do Comitê Gestor
Nacional quanto às regras para a coleta e disponibilização das informações, as quais serão
repassadas aos respectivos tribunais regionais do trabalho e varas do trabalho da região.

§ 1º O comitê gestor regional do sistema e-Gestão será coordenado


preferencialmente por desembargador e deverá ter composição multidisciplinar, contando
com pelo menos um juiz de 1º grau e por servidores afeitos às áreas de tecnologia da
informação, de estatística, de pessoal e de negócio judicial de 1º e 2º graus.

§ 2º O Comitê Regional reunir-se-á mensalmente para, entre outras ações,


corrigir eventuais inconsistências nos dados remetidos ao TST, retratadas nos relatórios da
pasta denominada “Relatórios de Detalhamento de Erros” do Sistema e-Gestão, e
encaminhará ao Comitê Gestor Nacional do Sistema e-Gestão a respectiva ata.

Art. 175. As informações disponibilizadas no Sistema e-Gestão pelos


tribunais regionais do trabalho e as varas do trabalho deverão observar os modelos
previamente aprovados pelo Ministro Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho.

§ 1º As informações relativas ao Sistema e-Gestão deverão ser


disponibilizadas por meio de remessas de dados, conforme descrito nos manuais de
orientação de 1º e 2º graus, diariamente e mensalmente, até o dia 15 (quinze) do mês
seguinte ao da realização das atividades.

§ 2º Os erros materiais porventura existentes nas informações


disponibilizadas mensalmente no Sistema e-Gestão poderão ser corrigidos até 1º de março
do ano subsequente ao ano de referência das informações.

§ 3º Serão consideradas oficiais as remessas de dados enviadas mensalmente


pelos tribunais regionais do trabalho.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
§ 4º A obrigatoriedade de remessa diária não se aplica aos dados
administrativos.

Art. 176. O Manual do Usuário com o detalhamento das funcionalidades do


Sistema e-Gestão e os Manuais de Orientações dos 1º e 2º graus serão disponibilizados na
página de acesso ao sistema.

Art. 177. São usuários do Sistema e-Gestão os magistrados e servidores da


Justiça do Trabalho.

§ 1º O acesso ao sistema será feito pela Internet para usuários credenciados.

§ 2º A autorização será concedida mediante solicitação de credenciamento à


Corregedoria-Geral ou ao Coordenador do Comitê Gestor Regional, conforme o caso.

Art. 178. A Coordenadoria de Estatística e Pesquisa do Tribunal Superior


do Trabalho terá a atribuição de elaborar e disponibilizar os relatórios estatísticos oficiais,
para fins de inspeção e correição permanentes, conforme modelos previamente
estabelecidos pelo Ministro Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho.

Parágrafo único. O grupo técnico gte-Gestão definirá os relatórios a serem


disponibilizados para consulta aos usuários do sistema.

Art. 179. Os presidentes dos tribunais regionais do trabalho, para os efeitos


do artigo 37 da Lei Complementar n.º 35/79 - LOMAN -publicarão, mensalmente, até o
dia 20 (vinte) do mês subsequente ao de apuração, os dados estatísticos sobre os trabalhos
do tribunal no mês anterior, de acordo com modelo previamente aprovado pelo Ministro
Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho.

Art. 180. Os tribunais regionais do trabalho divulgarão, em local de


destaque de seus respectivos sites na rede mundial de computadores, os relatórios de
produção mensal dos órgãos judiciais e magistrados de 1º e de 2º graus.

§ 1º Os relatórios, em formato .pdf, serão extraídos do sistema e-Gestão e


disponibilizados mediante links a partir de banner próprio de cada tribunal regional,
intitulado “Produção dos Magistrados”.

§ 2º Os relatórios de que trata o parágrafo anterior serão os disponíveis nas


subpastas “Transparência” e “Produção” do sistema e-Gestão, sendo:
I – Para o 1º grau:
a) Varas do trabalho - conhecimento;
b) Varas do trabalho - execução;
c) Juízes - conhecimento;
d) Juízes - execução.
II – Para o 2º grau:
a) Tribunal;
b) Magistrados.

§ 3º Os relatórios deverão estar disponíveis, mensalmente, no decorrer do


mês subsequente àquele em referência, devendo ser mantidos os anteriores, organizados
por ano e mês.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
TÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Seção I
Migração de processos para o PJe

Art. 181. A migração disciplinada no artigo 41 será procedida conforme


Plano e Cronograma a ser apresentado à Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho pelos
tribunais regionais do trabalho, a ser executado até o fim de dezembro de 2019.

Art. 182. Fica instituído o Selo “100% PJe”, a ser outorgado aos tribunais
que promoverem a migração integral de seu acervo para o sistema PJe.

§ 1º O selo será outorgado por ato do Corregedor-Geral da Justiça do


Trabalho, após a apuração do cumprimento integral da meta de migração.

§ 2º A outorga do selo será representada pela atribuição de logomarca


eletrônica, que poderá ser exibida nos respectivos sítios eletrônicos dos Tribunais.

Art. 183. A evolução dos Tribunais na migração do acervo de processos


legados para o PJe será divulgada no sítio da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho,
com atualização mensal.

Art. 184. A execução provisória de condenações oriundas de autos físicos


será processada mediante a migração estabelecida nesta Consolidação, com o uso da classe
ExProvAS, com registro do processo principal de referência.

Seção II
Procedimentos em Autos Físicos Remanescentes

Art. 185. Para que todas as folhas dos autos do processo apresentem a
mesma dimensão, os documentos de tamanho irregular serão previamente afixados em
folha de papel proporcional aos autos.

Art. 186. As folhas serão numeradas em sequência, vedando-se a prática de


repetir o número da folha anterior acrescido de letra do alfabeto.

Art. 187. As folhas em branco de autos do processo serão inutilizadas


mediante o registro dos dizeres "EM BRANCO", provendo-se a identificação do
serventuário que o tiver lançado.

Art. 188. Sempre que os autos do processo atingirem cerca de 200


(duzentas) folhas, será aberto novo volume.

Parágrafo único. Na abertura do novo volume, não haverá


desmembramento de petição nem de atos processuais.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Art. 189. A capa do volume de autos do processo não será numerada,
iniciando-se a numeração das folhas do volume recém-aberto a partir da última folha do
volume imediatamente anterior.

Art. 190. As fotocópias de acórdãos expedidas pelos serviços competentes


dos tribunais regionais do trabalho conterão a indispensável autenticação.

§ 1º Autenticada a cópia, a fotocópia que se extrair dessa peça também


deverá estar autenticada.

§ 2º As cópias reprográficas, xerográficas e similares de peças processuais


poderão ser autenticadas por chancela mecânica, indicativa do órgão emitente, servidor
responsável, cargo e data, sendo desnecessária a existência de rubrica nas referidas peças
processuais.

Art. 191. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado
autêntico pelo patrono da parte, sob sua responsabilidade pessoal, na forma do artigo 830
da CLT.

Art. 192. Juntamente com o andamento do processo, os tribunais regionais


do trabalho disponibilizarão, na Internet, o inteiro teor dos despachos, decisões e sentenças
proferidas nos autos e as datas em que foram divulgados na imprensa oficial, nos termos da
Resolução CNJ n.º 121/2010.

CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 193. O Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho promoverá a revisão


periódica e a atualização da presente consolidação, mediante a integração dos provimentos,
recomendações e demais atos da Corregedoria-Geral.

Parágrafo único. O processo de atualização e revisão da presente


consolidação observará as regras previstas da Lei Complementar n.º 95/1998, preservando-
se a redação original dos dispositivos alterados.

Art. 194. Esta Consolidação dos Provimentos entrará em vigor na data da


sua publicação.

Art. 195. Ficam revogadas as disposições em contrário, em especial os


seguintes atos:
I - Provimentos CGJT de n.os 03, de 1973; 05, de 1975; 02, de 1984; 01, de
1996; 01, de 1999; 02, de 1999; 05, de 1999; 01, de 2001; 02, de 2001; 03, de 2002; 05 de
2002; 07, de 2002; 01 de 2004; 02, de 2008; 01, de 2009; 01, de 2012; 02, de 2012; 01, de
2013; 01, de 2014; 02, de 2014; 03, de 2014; 01, de 2015; 02, de 2015; 03, de 2015; 01, de
2018; 02, de 2018; 03, de 2018; 04, de 2018; 01, de 2019 e 02 de 2019;
II – Recomendações CGJT de n.os 02, de 2014; 01, de 2016; 01 de 2017; e
02 e 05, de 2019;
III - Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça do
Trabalho, de 23 de fevereiro de 2016.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.
Brasília, 19 de dezembro de 2019.

Ministro LELIO BENTES CORRÊA


Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho

*Republicação em virtude de erro material

Este texto não substitui o original publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho.

Última alteração: Ato n. 14/CGJT, de 17 de setembro de 2021.


Este texto não substitui o publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: caderno judiciário do Tribunal Superior
do Trabalho, Brasília, DF, n. 2928, p. 1-28, 6 mar. 2020. Republicação 1.

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