Fonte de Financiamento Final

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Raiba Abdul Suamade – Gestão de empresas 3° ano

Resumo

1. Fontes de Financiamento
Para Egicalculo o financiamento na empresa é o montante de capital necessário para
fazer face às despesas de arranque e funcionamento da atividade.

As fontes de financiamento designam o conjunto de capitais internos e externos


à organização utilizados para financiamento das aplicações e investimentos realizados.

Na escolha da fonte do financiamento a usar deverão pesar, questões como, a perda ou


ganho de autonomia financeira, a possibilidade de acesso às fontes de financiamento,
prazo para a sua restituição, garantias exigidas e o custo financeiro (juros) desse
financiamento. As principais fontes de financiamento podem subdividir-se então em 2
grupos: financiamentos próprios e financiamentos Alheios.

1.1 Financiamentos Próprios: corresponde ao aumento dos capitais próprios da


empresa por novas entradas de capital por parte dos actuais ou de novos sócios ou
accionistas.

1.1.2 Família e Amigos: muitos empreendedores recorrem a empréstimos de familiares


e amigos, que lhes facultaram os primeiros recursos, demonstrando, deste modo, o grau
de confiança que depositam, principalmente, no seu perfil. Deste modo, evitam uma
grande pressão, especialmente, no que se relaciona ao reembolso do capital alheio.

1.13 Capital Social: é recomendável que se inicie a actividade com a máxima

participação de capitais próprios, definindo-se com quanto contribuirá cada sócio. O


mínimo de contribuição dos sócios será de 30% do investimento inicial, para não se
endividar acima de 70% do total de financiamento necessário para arrancar com o
negócio.
1.1.4 Reinvestir Lucros: trata-se do reinvestimento dos lucros gerados pela própria
actividade económica e que, em vez de serem repartidos pelos sócios, podem ser
utilizados como meio de financiar novos investimentos da empresa.

1.2 Financiamentos Alheios: é o financiamento proveniente de fontes externas à


empresa e subdivide-se em dois tipos: as formas de financiamento tradicionais e por
formas alternativas de financiamento.

1.2.1 As formas de financiamento tradicionais são: empréstimos bancários, contas


correntes caucionadas, descobertos bancários autorizados, leasing, aluguer de longa
duração (ALD), factoring e renting.
1.2.1.1 Empréstimo Bancário: consiste na disponibilização de dinheiro por parte do
banco para um cliente. O cliente tem o compromisso de devolver integralmente o valor,
aumentado de juros pré-fixados, dentro do prazo combinado.

1.2.1.2 Contas Correntes Caucionadas: é uma conta aberta na qual o banco coloca à
disposição um determinado capital para cobrir as necessidades pontuais de
financiamento da empresa. Pagam-se juros pela parte do capital utilizado e uma
pequena comissão sobre o saldo remanescente. Chama-se caucionada porque o banco
detém uma caução no seu valor parcial ou total independentemente do aval pessoal dos
destinatários.

1.2.1.3 Descobertos Bancários Autorizados: é o sistema através do qual o banco


permite à empresa que mantenha saldos da sua conta bancária negativos até
determinado limite mediante o pagamento de juros. Este sistema é simples e ágil de
gestão de tesouraria, mas taxas aplicadas são no mínimo o dobro dos restantes produtos
financeiros.

1.2.1.4 Leasing: consiste num contrato em que se aluga um bem por prestações com
uma opção final de compra. Mas pode deixar de pagar as prestações e devolver o bem, a
qualquer momento até a opção de compra, mas tem algumas penalizações financeiras.

1.2.1.5 Aluguer de Longa Duração (ALD): é um contrato de aluguer de um bem feito


entre uma locadora e um locatário (usado em veículos). Até ao final do contrato, o
equipamento é da propriedade da empresa locadora. Mas para que o locatário se torne
proprietário do bem é necessário pagar o valor definido para a compra.

1.2.1.6 Factoring: trata-se de um instrumento de financiamento relevante para todas as


empresas onde os problemas de cobrança e/ou de tesouraria as obrigam a recorrer a
entidades externas para resolver a situação (Silva, 2009)

1.2.1.7 Renting: é utilizado para financiar a aquisição de viaturas, mas tem acoplado
algumas prestações de serviços inerentes à sua utilização/desgaste. O período do
contrato é definido em anos e/ou em limite de quilómetros. O pagamento é efetuado por
rendas mensais, como regra geral.

1.2.2 Formas alternativas de financiamento: são, pois, vias menos convencionais de


obter financiamento tais como: prémios e concursos empresariais, microcrédito,
garantias mútuas, crowdfunding, business angels e capital de risco.
1.2.2.1Premios e Concursos Empresariais: são cada vez mais, os concursos
promovidos quer a nível nacional, quer a nível internacional, destinados a ideias,
projetos e/ou PME. Dando oportunidade aos investidores mostrarem as suas ideias.

1.2.2.2 Microcrédito: é um pequeno empréstimo bancário, destinado a apoiar pessoas


que têm dificuldades em aceder ao crédito bancário tradicional, mas que pretendem
desenvolver uma actividade económica por conta própria, criando, assim, o seu próprio
emprego. Essa actividade deve ser capaz de gerar um excedente de rendimento e
garantir, o reembolso do capital emprestado.

1.2.2.3 Garantia Mútua: é um sistema especialmente vocacionado para as Micro e


PME, que visa promover a melhoria das condições de financiamento destas empresas,
impulsionar o investimento, desenvolvimento, reestruturação e internacionalização
empresarial, através da prestação de garantias financeiras que facilitem a obtenção,
pelas PME, de crédito em condições de preço e prazo adequados aos seus
investimentos.

1.2.2.4 Crowdfunding: é o financiamento coletivo, permite o acesso a financiamento


anónimo, de apoiantes e de admiradores, que individualmente se envolvem com
montantes baixos, mas que se tornam fontes de financiamento relevantes quando o
projeto ou negócio se revela muito interessante para o público. O candidato define uma
das quatro formas de financiamento: donativo, recompensa, capital e empréstimo.

1.2.2.5 Business Angels (investidores anjos): são pessoas, empreendedoras de sucesso


com meios económicos, profissional que investem o seu dinheiro e em empresas
existentes com alto potencial de crescimento, em troca de uma parte do capital do
negócio afim de garantir o sucesso do seu investimento, obtendo retorno do mesmo.

1.2.2.6 Capital de risco: consiste fundamentalmente no financiamento pela via de


participação temporária e minoritária, de uma Sociedade de Capital de Risco (SCR) no
capital social da empresa. Estes fundos têm como objetivo ajudar a capitalizar uma
empresa, sem que esta se endivide numa fase tão prematura. Existe uma entrada de
dinheiro em que a rentabilidade dos investidores depende unicamente da probabilidade
de sucesso e insucesso da empresa. O que seduz uma Sociedade de Capital de Risco
(SCR) é a perspetiva de crescimento da empresa. As SCR têm como objeto principal a
gestão de fundos de: capital de risco, de empreendedorismo social e de investimento
alternativo. O empreendedor deverá abordar a SCR como um futuro sócio, baseando a
relação na honestidade, veracidade e confiança mútua. Se o negócio se concretizar e a
SCR participar no capital social, esta nomeia o representante que acompanhará a
empresa, como orientador da evolução do negócio contribuindo para a gestão do
negócio e o seu envolvimento para decisões importantes O capital de risco não assegura
remuneração ao financiador, mas estabelece condições de entrada e de saída do
financiamento. O capital de risco pode ser público ou privado.

Formas de Investimento de Capital de Risco:

• Seed Capital (capital semente): consiste num financiamento que visa a pesquisa,
avaliação ou desenvolvimento de um negócio.
• Start-up (capital de arranque): visa o apoio ao arranque de novas empresas.
• Early stage: para empresas instaladas, que já iniciaram comercialização, mas não
apresentam lucros.
• Capital de Expansão (Growth Capital): apoia a expansão da empresa, auxilia o
crescimento de uma empresa já estabelecida.
• Bridge Finance: destina-se a financiar a empresa por um período de transição até á
sua admissão no mercado de valores mobiliários.
• Management buy out (MBO): destina-se a apoiar a tomada de controlo de uma
empresa por parte da equipa de gestão.
• Management buy in (MBI): equivalente á operação anterior, mas neste caso a equipa
de gestão é externa á empresa alvo.
• Turnaround: destina-se a recuperar a situação económica de uma empresa que se
encontra em dificuldades.
• Capital de substituição: consiste numa aquisição da participação de um determinado
grupo de accionistas, com vista a alterar a estrutura societária.

Referências bibliográficas

Perneta, Carlos. (2009). Capital de risco em Portugal- Gestão de risco (tese de


Mestrado). Instituto Superior de Ciências de Trabalho, Lisboa.

Egícalculo. (s/d). Fontes do financiamento. Cento de inovação empresarial de Beira


interior. Portugal

Ndoganzadi, Mayungu. (2014). Modalidade de financiamento nas empresas-província


de Kwanza- Norte: Angola. (dissertação de Mestrado). Angola.

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