Apostila Dry Needling Golden Cursos

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CURSO DE FORMAÇÃO
COMPLETA EM AGULHAMENTO
SECO FUNCIONAL (DRY NEEDLING):
UM NOVO CONCEITO

Dr.Lívio Falcão De Medeiros

Dr.Romário Batista da Silva


Instagram:
@goldencursospa

Objetivo
A iniciativa tem como objetivos proporcionar o aperfeiçoamento,

além de fornecer conhecimentos para diagnosticar e tratar de

maneira segura, simples e eficaz, por meio desta nova técnica. É

através do Dry Needling (agulhamento seco), que você terá uma

oportunidade de buscar uma qualificação diferenciada.

Você irá entender a anatomia, os conceitos básicos, a fisiologia, a

neurofisiologia da dor Miofascial, identificar e tratar de forma segura

os Trigger Point (Pontos Gatilhos), por meio da técnica de Dry

Needling.

Segundo aos coordenadores deste projeto, Dr. Romário Batista da

Silva e Dr. Lívio Falcão De Medeiros, o Dry Needling (agulhamento

seco) é uma modalidade terapêutica de tratamento, que por meio do

agulhamento dos pontos dolorosos miofasciais, auxiliam na remissão

e controle da dor no combate das síndromes musculoesqueléticas.


Dr. Romário Batista Da Silva
• Fisioterapeuta

• Mestrado em cirurgia e pesquisa experimental-UEPA

• Pós-Graduado lato sensu em Traumato-Ortopedia e


Fisioterapia Desportiva

• Pós-Graduado lato sensu em Musculação Terapêutica e


Fisiologia do Exercício aplicado à grupos especiais.

• Pós -Graduando em Osteopatia-Escola de Osteopatia


de Madrid

• Formação em Dry Needling (agulhamento Seco) e Ventosaterapia

• Formação no Método Pilates

• Formação no Método Sling Training

• Formação em Quiropraxia e Osteopatia Clínico

• Formação em Treinamento Funcional

• Formação em Kinesio Tape

• Fisioterapeuta Proprietário do Centro de Treinamento e

Reabilitação Física FisioTraining.

• Membro do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia


Ocupacional da 12º Região - Conselheiro Suplente.
• Professor da pós graduação do CESUPA

✓ Email: [email protected]

✓ Contato: (91) 98109-7809


Dr. Lívio Falcão De Medeiros
• Fisioterapeuta
• Acupunturista certificado pela China Beijing International
Acupuncture Training Center (CBIATC)
• Acupuntura Avançada pela China Academy of Chinese
Medical Sciences, Institute of Acupuncture and
Moxibustion(CACMS)
• Pós-Graduado lato sensu em Acupuntura pelo CIEPH(SC)
• Pós-Graduado lato sensu em Acupuntura pelo CBES(PA)
• Pós-Graduado lato sensu em Cinesiologia, Biomecânica e
Treinamento Físico
• Pós-Graduado lato sensu em Fisioterapia Esportiva
• Pós-Graduado lato sensu em Gerontologia(Albert Einstein)
• Formação em Dry Needling (agulhamento Seco)
• Formação em Auriculoterapia
• Formação em Crâniopuntura Chinesa e Japonesa
• Formação em Eletroacupuntura
• Formação em Ventosaterapia
• Formação em Treinamento Funcional
• Formação em Kinesio Tape e Dynamic Tape
• Formação em Quiropraxia
• Coordenador da Pós Graduação em Acupuntura na
Faculdade Inspirar.
• Membro do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da 12º Região – Coordenador do Defis e
Conselheiro Efetivo.

• Fisioterapeuta e Acupunturista Consultório Doutor acupuntura

✓ Email: livio_falcã[email protected]
✓ Contato: (91) 98157-1956
✓ SISTEMA TEGUMENTAR
O tegumento ou pele é o conjunto de estruturas que formam o revestimento externo dos
seres vivos.

Funções da Pele:

Proteção do corpo contra o meio ambiente, perda de líquido e microrganismos invasores.

Regulação do calor através das glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos.

Sensibilidade por meio dos nervos superficiais e suas terminações sensitivas.

A pele forma um envoltório para as estruturas do corpo e substâncias vitais (líquidos),


formando assim o maior órgão do corpo.

Figura 1 - Sistema Tegumentar

A pele é composta de:

Epiderme: camada celular superficial.


Derme: camada de tecido conectivo profunda.
Hipoderme: camada de tecido conjuntivo frouxo.
EPIDERME
A epiderme não é vascularizada, consiste de epitélio estratificado, amoldando-se
perfeitamente sobre a camada papilar da derme e varia de espessura em diferentes partes.
Em alguns lugares como na palma da mão e planta dos pés, ela é espessa, dura e de textura
córnea. O epitélio estratificado da epiderme compõe-se de várias camadas denominadas
de acordo com diversas categorias, tais como o aspecto das células, textura, composição
e posição.

Essas camadas são de superficial para profundo: estrato córneo, estrato lúcido, estrato
granuloso, estrato espinhoso e estrato basal. O estrato córneo é remanescente das células
que contém uma proteína fibrosa, a queratina.

Figura 2 - Epiderme

A coloração da pele se deve aos pigmentos nas células da epiderme. Este pigmento é mais
distinto nas células da camada basal. O pigmento (melanina) consiste em grânulos muito
pequenos, marrom-escuro ou pretos, intimamente agrupados, dentro das células.
DERME

A derme, cútis verdadeira ou pele verdadeira é rija, flexível e elástica. É mais espessa na
superfície dorsal do corpo que na ventral e na parte lateral mais que na medial dos
membros. Nas pálpebras, escroto e pênis é excessivamente fina e delicada.

A pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade variável de fibras elásticas e


numerosos nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. O tecido conjuntivo se dispõe em duas
camadas: uma profunda ou reticular e a outra superficial ou papilar.

A camada reticular consiste de tecido conjuntivo fibroelástico, composto sobretudo de


feixes colágenos. As células desta camada são principalmente fibroblastos e histiócitos.
Nas camadas mais profundas da camada reticular encontram-se glândulas sudoríparas,
sebáceas, folículos do pêlo e pequenos acúmulos de células.

Figura 3 - Sistema Tegumentar (Derme)

A camada papilar consiste em numerosas eminências vasculares altamente sensitivas,


denominadas papilas. As papilas são pequenas eminências cônicas de extremidades
arredondadas ou dilatadas.
HIPODERME OU TECIDO SUBCUTÂNEO
A derme está situada sobre a tela subcutânea. Esta última camada não é considerada como
pertencente à pele e por isso é chamada de tela ou tecido subcutâneo ou hipoderme.

O tecido subcutâneo é composto principalmente por tecido conjuntivo frouxo e tecido


adiposo. Ele desempenha duas funções principais: auxilia a isolar o corpo das variações
extremas do meio ambiente e fixa a pele às estruturas subjacentes.

Poucas áreas do corpo não possuem esse tecido; nestes locais, a pele está fixada
diretamente no osso. A pele das articulações e dos dedos apresenta dobras e é enrugada
porque está aderida ao osso.

Figura 4 - Sistema Tegumentar (Tecido Subcutâneo)

ANEXOS DA PELE
Os anexos da pele são as unhas, os pêlos e as glândulas sudoríparas e sebáceas com seus
respectivos ductos.

Unhas: são estruturas achatadas, elásticas, de textura córnea, aplicadas sobre a superfície
dorsal das falanges distais.

Pêlos: são encontrados em quase toda superfície do corpo. Variam muito em


comprimento, espessura e cor nas diferentes partes do corpo e nas várias raças humanas.
Um pêlo consiste em raiz (a parte implantada na pele) e haste (a porção que se projeta da
superfície).

Glândulas Sudoríparas: são encontradas em quase toda a parte da pele. Consistem de


um simples tubo cuja a parte profunda constitui uma bolsa esférica ou oval chamada corpo
da glândula, enquanto a porção superior ou ducto atravessa a derme e a epiderme, abrindo-
se na superfície da pele por uma abertura afunilada. São muito abundantes na palma das
mãos e planta dos pés.

Glândulas Sebáceas: são órgãos glandulares pequenos alojados na derme, encontradas


em muitas partes da pele, mas em abundância no couro cabeludo e na face. Cada glândula
consiste de um simples ducto que emerge de um agrupamento em forma de garrafa – os
alvéolos. Cada alvéolo é composto de uma membrana basal transparente contendo um
certo número de células epiteliais.

RECEPTORES SENSITIVOS ENCONTRADOS NA PELE

Terminações Nervosas Livres: são encontradas em todos os tecidos conjuntivos. São


mielinizadas ou amielínicas, mas sempre de diâmetro pequeno e baixa velocidade de
condução (Grupo III ou Grupo IV). Podem ser polimodais ou unipodais (nociceptores).
São sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e especialmente aos dolorosos. São
formadas por um axônio ramificado envolto por células de Schwann, sendo, por sua vez,
ambos envolvidos por uma membrana basal.

Figura 5 - Terminações Nervosas


Terminações Nervosas Encapsuladas
• Corpúsculos Táteis (Meissner) – Os corpúsculos de Meissner ou também
corpúsculos táteis são um tipo de mecanorreceptor; encontram-se distribuídos
pela pele, mas se concentram em áreas particularmente sensíveis a toques leves.
Localizam-se primariamente imediatamente sob a epiderme.

• Grandes Corpúsculos Lamelados de Vater-Paccini – O corpúsculo de Pacini


ou também corpúsculo lamelar é um mecanorreceptor que se encontra no tecido
conjuntivo, tanto na derme, como nas vísceras e nas articulações. Neste caso,
executam ações relacionadas com a propriocepção.

• Meniscos Táteis (discos de Merkel) – Os discos de Merkel são terminações


nervosas constituídas por ramificações axonais, estando implicadas na sensação
de tato e pressão. Cada uma das terminações nervosas está associada a células
epiteliais especializadas. Podem ser encontradas na camadas basais da epiderme
logo à superfície da membrana basal.

• Corpúsculo de Ruffini: Faz parte do grupo dos receptores sensoriais sensíveis ao


calor (termorreceptores). Mas como é também sensível à pressão e à dor, podemos
igualmente classificá-lo como um mecanorreceptor.

• Bulbos terminais de Krause: receptores de frio. São formados por uma fibra
nervosa cuja terminação possui forma de clava. Situam-se nas regiões limítrofes
da pele com as membranas mucosas (por exemplo: ao redor dos lábios e dos
genitais).
Esquema dos receptores sensitivos encontrados na Pele
MODALIDADE
RECEPTOR
DO ESTÍMULO TIPO DE RECEPTOR
SENSORIAL
ESTÍMULO
Corpúsculos de
Tato Pressão Mecanorreceptor VaterPacini, Meissner e
Merkel

Quantidade de Receptores de Krause


Temperatura Termorreceptor
calor (frio) e de Ruffini (calor)

Estímulos intensos
Terminações nervosas
Dor e substâncias Nociceptor
livres
químicas

RECEPTORES DE SUPERFÍCIE SENSAÇÃO PERCEBIDA

Corpúsculo de Krause Frio

Corpúsculo de Ruffini Calor

Discos de Merkel Tato e pressão

Corpúsculo de Vater-Pacini Pressão

Corpúsculo de Meissner Tato

Terminações nervosas livres Principalmente dor

SISTEMA MUSCULAR
O tecido muscular é responsável pelos movimentos corporais. Existem três tipos de
músculos no corpo humano: músculo estriado esquelético, músculo estriado cardíaco e
músculo liso. (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 1999). O músculo estriado esquelético é
responsável pelos movimentos voluntários, tem contração forte e rápida. Exemplos desse
tipo de músculo é o bíceps braquial, no braço, e o trapézio, localizado na região da coluna.
O músculo estriado cardíaco está presente no coração e tem contração contínua e
involuntária para realizar o bombeamento do sangue. O músculo liso não apresenta estrias
e caracteriza-se por contrações lentas e involuntárias, sujeitas à ação do sistema nervoso
autônomo. (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 1999) (Figura 06).
Para o estudo da técnica de Dry Needling, será enfatizado o músculo estriado esquelético.

Figura 6 - Tipos de Fibra Muscular

Fonte: JUNQUEIRA, CARNEIRO, 1999

Os músculos estriados esqueléticos representam cerca de 40 a 50% do peso corporal total.


É formado por feixes de células cilíndricas longas e multinucleadas, com estriações
transversais. Sua contração é rápida, vigorosa e está sujeita ao controle voluntário. Tratase
de estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração
são capazes de transmitir-lhes movimento. Os músculos transformam energia química em
energia mecânica. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999).

Os músculos estriados esqueléticos apresentam as seguintes estruturas:


a) Ventre muscular: porção contrátil do músculo. É formado por fibras musculares e
constituem o corpo do músculo (figura 07).
b) Tendão: formado por tecido conjuntivo, com grande quantidade de fibras
colágenas. Tem a função de fixar o ventre muscular aos ossos, no tecido subcutâneo e em
cápsulas articulares (figura 07).
c) Aponeurose: assim como o tendão, é formada por tecido conjuntivo. Envolve
grupos musculares e apresenta-se como leques ou lâminas.
d) Bainha tendínea: tem a função de conter o tendão, além de facilitar o seu
deslizamento durante a contração muscular. Formam túneis entre as superfícies ósseas.
e) Bolsa sinovial: estão localizadas entre os músculos, ou entre um músculo e um
osso. Trata-se de pequenas bolsas revestidas por membrana serosa e possibilitam o
deslizamento muscular. (DANGELO; FATTINI, 2011).

Figura 7 - Partes do músculo estriado esquelético

Fonte: Disponível em: www.sobiologia.com.br>.


ESTRUTURA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS
Os músculos são constituídos de fibras musculares envoltas por camadas de tecido
conjuntivo: endomísio, perimísio e epimísio.

A Primeira camada que reveste o músculo é chamada de epimísio que também forma o
tendão, portanto, faz a união do músculo com o osso. A segunda camada é o perimísio
que recobre a terceira camada, o fascículo. A quarta camada é o endomísio que recobre
as fibras musculares.

As fibras musculares mais longas medem em geral 12 cm e estas contém em média


500.000 sarcômeros, que é considerada a unidade funcional da mioflbrila. Segundo
(McComas, 1996; apud Wilmore e Castil, 2001 p-29) o músculo lumbrical (músculo dos
dedos) tem em média 10.000 fibras enquanto que o gastrocnêmico tem em média um
milhão.

Figura 8 - Estrutura básica do músculo

A contração normal das fibras musculares é comandada por nervos motores que se
ramificam no tecido conjuntivo do perimísio, onde cada nervo origina numerosas
terminações. No local de inervação, o nervo perde sua bainha de mielina e forma uma
dilatação que se coloca dentro de uma depressão da superfície da fibra muscular.
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999).
Uma fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular ou se ramificar e inervar até
mais de 100 fibras musculares. A fibra nervosa e as fibras musculares por ela inervadas
formam uma unidade motora. A fibra muscular não é capaz de graduar sua contração.
Uma determinada fibra ou não se contrai ou se contrai com toda intensidade. As variações
na força de contração do músculo são devidas às variações no número de fibras que se
contraem em determinado momento. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999). A organização
das fibras pode ser visualizada na figura 09.

A coloração vermelha do músculo está associada à existência de pigmentos e de grande


quantidade de sangue nas fibras musculares. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999).
Figura 9 - Organização da Fibra muscular

Fonte: Disponível em:


<http>//eusouenfermeiro.blogspot.com.br/2012/05/fisiologiacontrcaomuscular.html>.

Dentre as funções dos músculos esqueléticos podemos destacar as seguintes:


a. Produção de movimentos corporais: por intermédio da contração muscular, seja
ela isométrica, concêntrica ou excêntrica, são produzidos diversos movimentos corporais,
como por exemplo: abertura e fechamento da boca, flexão e extensão dos membros
superiores e inferiores, movimentos da coluna, etc.
b. Estabilização das posições corporais: as articulações são estabilizadas por diversas
estruturas, como ligamentos e cápsula articular, mas os músculos exercem função
imprescindível na estabilização, possibilitando a movimentação adequada, dentro da
amplitude de movimento esperada.
c. Produção de calor: a contração muscular resulta em produção de calor, que é
liberado pelo músculo e usado para a manutenção da temperatura corporal. (Junqueira;
Carneiro, 1999).

COMPONENTES DA FIBRA MUSCULAR


O Sarcolema é a camada que reveste a fibra muscular. O sarcolema em cada extremidade
liga-se ao tendão que por sua vez liga-se ao osso.

IMPORTANTE: Devemos lembrar que no sarcolema existem os receptores que recebem


o sinal do motoneurônio para que ocorra a despolarização da fibra muscular.

O Sarcoplasma é uma substância gelatinosa/líquida que contém principalmente proteínas,


minerais, glicogênio, gorduras e mioglobina.

Os túbulos transversos também são conhecidos como Túbulos T que passam lateralmente
através da fibra muscular. Os túbulos T levam os impulsos nervosos recebidos pelo
sarcolema para as miofibrilas, estes também são condutores para substâncias como:
glicose, oxigênio e os íons.

O Retículo Sarcoplasmático é uma rede longitudinal de túbulos que passa paralelamente


pelas miofibrilas. No retículo sarcoplasmático está armazenado o cálcio, substância
indispensável para que ocorra a contração muscular.

Figura 10 - Visão de uma fibra muscular e seus componentes

A Miofibrila é um dos componentes da fibra muscular. Cada fibra muscular contém entre
várias centenas e vários milhares de miofibrilas que são os elementos contráteis do
músculo. A miofibrila é composta por dois pequenos filamentos proteicos responsáveis
pela ação muscular. Os filamentos de Actina (finos) e os de Miosina (grossos).

O Sarcômero é a menor unidade funcional do músculo e consequentemente de uma


miofibrilas. Cada sarcômero é composto por uma linha Z em sua extremidade, e ainda
possui:

- Uma banda I (zona clara)


- Uma banda A (zona escura)
- Uma zona H (no meio da banda A)
- Uma segunda banda I

Figura 11 - Estrutura da Miofibrila

FILAMENTOS DE ACTINA E MIOSINA

Segundo Wilmore e Costil (2001 p.33) cerca de dois terços das proteínas totais do
músculo esquelético correspondem à miosina. Cada filamento contém várias cabeças de
miosina/pontes cruzadas que durante a ação muscular vão se conectar com os sítios ativos
da actina.

Cada filamento de actina possui uma extremidade inserida numa linha Z e a extremidade
oposta se estende em direção ao centro do sarcômero. Cada filamento de actina é formado
por três moléculas de proteínas diferentes que podem ser visualizadas na figura 12.

Figura 12 - Visão de um filamento de actina, troponima e tropomiosina


Retirada do Livro Fisiologia do Exercício e do Esporte. Wilmore e Costil, 2001 p.34

A Tropomiosina é uma proteína em formato de tubo que envolve a actina. A Troponina é


considerada uma proteína mais complexa e se liga em intervalos regulares tanto aos
filamentos de tropomiosina como de actina.

BIOMECÂNICA MUSCULAR
Do ponto de vista biomecânico existem dois tipos de contração muscular: isotônica ou
isométrica; a primeira se caracteriza por apresentar encurtamento da fibra muscular e
produzir um movimento. Na contração isométrica, não há alteração do tamanho da fibra
e não há produção de movimento. Para a manutenção da postura ereta, os músculos
realizam esse tipo de contração (KNOPLICH, 2003).

A fadiga está associada à maior concentração de ácido lático e diminuição da oferta de


oxigênio. Pode também ocasionar contratura e a diminuição da concentração de nutrientes
no tecido, que dificultam o seu relaxamento. São conhecidos diversos tipos de fadiga,
dentre os quais se destacam a do sistema nervoso central (fadiga central), a do sistema
nervoso periférico (fadiga periférica) e a própria fadiga emocional. (KNOPLICH, 2003).

Apesar de parecer que as contrações musculares ocorram em um só momento em toda a


massa, essa informação não é verdadeira. Elas estão sincronizadas e ocorrem em uma
sequência proveniente de um grupo de neurônios motores. As fibras musculares se
contraem por aproximadamente um milissegundo, seguidas de um período de
relaxamento total.

Toda a unidade se contrai por um período de até oito milissegundos, que corresponde às
várias contrações de cada uma das fibras que fazem parte dessa unidade. (KNOPLICH,
2003; FRITZ, 2002).
HISTÓRIA DO DRY NEEDLING
Dry Needling (DN), foi desenvolvida desde 1940 através dos estudos aplicados da Dra.
Janet Travell, que é conhecida como a “mãe do conhecimento sobre Trigger Point
Miofascial” nos Estados Unidos, originalmente começou os seus estudos e prática clínica
desta técnica que ela mesmo nominou como “Dry Needling”, utilizando agulhas
hipodérmicas no tratamento de Trigger Points, sem nenhuma analogia a acupuntura ou a
Medicina tradicional Chinesa (MTC). Somente com o passar do tempo outros
pesquisadores passaram a realizar esta analogia.

Figura 13 –Janet G. Travell

Após ter seus estudos aprimorados, por cientistas como Dr. Karel Lewit e Dr. Chang Gun;
onde os mesmo, foram os precursores no tratamento da Síndrome
Dolorosa Miofascial (SDM).
Segundo Furlan et al 2005, o Dry Needling, conhecido também como “Agulhamento
Seco”, é uma técnica que se utiliza de agulhas de acupuntura sistêmica para desativar
fibras musculares tensas que geram dor, por vezes também conhecido como estimulação
intramuscular. Agulhamento seco é praticada por profissionais em muitos países,
incluindo a África do Sul, Holanda, Espanha, Suíça, Canadá, Chile, Irlanda, Reino Unido,
Austrália, Nova Zelândia e nos Estados Unidos.

O Dry Needling envolve a inserção de uma agulha para estimular o processo de


cicatrização de tecidos moles (músculos, fáscias, tendões e ligamentos), resultando em
alívio da dor e restauração da fisiologia saudável.

Na técnica de Dry Needling, o conhecimento mais importante encontra-se na anatomia e


fisiologia muscular e na compreensão da formação dos “pontos-gatilhos”; Agulhamento
seco para o tratamento de pontos-gatilho foi introduzido pela primeira vez pelo médico
tcheco Karel Lewit em 1979.

Inicialmente o Dry Needling (DN) foi utilizado unicamente no tratamento de Trigger


Points, no entanto considerando os mais recentes estudos se observa-se que existem
resultados consistentes no controle da dor musculoesquelética, não somente miofascial.
Além disso, Dry Needling pode ser utilizado associado a diversas outras terapias podendo
alcançar níveis ainda mais efetivos de analgesia para disfunções musculoesqueléticas.

O objetivo do Dry Needling é conseguir uma resposta de contração local para liberar a
tensão e dores musculares. Dry Needling é um tratamento eficaz para a dor crônica de
origem neuropática com muito poucos efeitos colaterais. Esta técnica é inigualável em
encontrar e eliminar a disfunção neuromuscular que leva à dor e déficits funcionais.

Figura 14 – Técnica do Dry Needling no músculo trapézio


Os objetivos e filosofia por trás do uso de Dry Needling não é baseado em teorias antigas
ou princípios da medicina tradicional chinesa. O desempenho do Dry Needling moderno
é baseado em neuroanatomia, fisiologia, estudo científico moderno do sistema
musculoesquelético e nervoso. O Dry Needling tem atuação sobre diversos problemas e
disfunções musculoesqueléticos, incluindo, lesões crônicas/agudas, tendinites,
tendinopatias, cervicalgias, lombalgias, espasmos musculares, dor ciática, dor no ombro,
cotovelo, punho, quadril, joelho, tensões musculares, fibromialgia e lesões por overuse.

MECANISMO NEUROFISIOLÓGICO DO DRY


NEEDLING
Um trabalho de neurofisiologia revela que através da inserção de agulhas há estimulação
de fibras sensitivas A, de condução mais rápida (mielínica) e C, de condução mais lenta
(amielínica) as quais levam os estímulos até o corno posterior da medula e este ascende
pelo trato espino-talâmico. As fibras do tipo A, em especial as fibras Aβ são responsáveis
pela percepção mais fina (tato) e as fibras do tipo C pela condução da dor, em especial de
característica difusa e em queimação. (Lewith et al). Na medula, em especial nas lâminas
I, II, III e V do corno posterior são liberadas substâncias analgésicas como a substância
P, somatostatina e encefalina e no tálamo são liberadas substâncias, através de
mecanismos neurohumorais, como a endorfina, encefalina e neurotransmissores, além do
efeito analgésico, consegue-se grande relaxamento muscular através de reflexo viscero –
somáticos e interseguimentares.

No tratamento específico das dores obtêm-se melhores resultados através de estimulação


intensa dos pontos, do que com estimulação menos intensa, devido maior estímulo e com
isso, maior liberação serotoninérgica. (Scott et al, 1990).

Figura 15 – Como funciona a dor

DIFERENÇA ENTRE ACUPUNTURA E DRY


NEEDLING
As únicas semelhanças entre a Acupuntura e o Dry Needling se encontram na utilização
do mesmo tipo de agulha e no efeito mecânico que a mesma exerce sobre o músculo,
aumentando a circulação sanguínea. Podemos relacionar os chamados pontos 'ashi' na
acupuntura ao dry needling. O que distingue o dry needling da acupuntura tradicional é
que ele não usa toda a gama de teorias tradicionais da medicina chinesa. A acupuntura
utiliza diversas teóricas da medicina tradicional chinesa; como teoria do Yin e yang, teoria
do cinco elementos, teoria das substancia vitais e teoria dos Zang Fu (órgãos e vísceras).
(Dommerholt, 2008).

A Acupuntura visa o reequilíbrio energético através da harmonização do funcionamento


dos órgãos internos, e com isso é capaz de melhorar dores sejam estas musculares ou não,
além de outras muitas doenças. Já o Dry Needling visa diminuir a dor muscular que
angustia o paciente.
INDICAÇÕES DO DRY NEEDLING
✓ Dor muscular aguda ou crônica

✓ Lesão no tecido muscular

✓ Síndromes dolorosas miofasciais

✓ Pontos dolorosos miofasciais

✓ Déficit de amplitude de movimento (ADM)


✓ Pontos Gatilhos ou “trigger points

✓ Cefaléia tensional

✓ Cervicalgias

✓ Dorsalgias

✓ Lombalgias

✓ Ciatalgias

CONTRAINDICAÇÕES DO DRY NEEDLING


✓ Aicmofobia, Aiquimofobia ou Belonofibia - Medo de agulhas, injeções, objetos
pontudos ou perfurantes.

✓ Aplicação na pele que apresenta algum tipo de lesão e/ou ferida

✓ Alergia ao metal (níquel)

✓ As pessoas imunossuprimidas (risco de infecção).

✓ As pessoas que têm nódulos linfáticos retirados (risco de linfedema).

✓ Hipotireoidismo sem tratamento (risco edema muscular).

POSSÍVEIS REAÇÕES AO DRY NEEDLING


O Dry Needling é um método de tratamento invasivo, que requer conhecimentos de
anatomia e fisiologia humana.

✓ Pequenos sangramentos e/ou hematomas podem acontecer após qualquer


procedimento invasivo, já que as agulhas penetram a pele, podendo atingir
pequenos vasos. Estes hematomas são benignos, desaparecendo espontaneamente
em poucas horas ou dias.
✓ Aumento temporário da dor - isso pode ocorrer dentro de 24-48 horas após um
tratamento.

✓ Reações da pele - pequenas manchas vermelhas na pele são vistos com alguns
pacientes. Isto é uma resposta de histamina causada pela agulha que penetra na
pele. É semelhante a uma reação alérgica, mas normalmente regride em poucos
dias.

✓ O pneumotórax (colapso do pulmão) - esta é uma ocorrência rara. O pulmão fica


muito próximo à parede torácica, e se uma agulha penetrar na cavidade torácica
poderá levar a esta condição. Esta condição não é fatal, mas exige atenção médica
imediata.

TIPO DE AGULHA
Figura 16 – Anatomia da agulha
Figura 17 - Agulhas

PROCEDIMENTO DE PUNTURAR
Figura 18 – Realizando a puntura
ÂNGULO DE AGULHAMENTO
Figura 13 - Ângulo de inserção das agulhas

MANIPULAÇÃO DA AGULHA
Figura 14 - Inserção da agulha com o auxílio de mandril
AGULHAMENTO OU PUNTURA

Figura 15 - Penetrar e Puxar

TRIGGER POINT (PONTO GATILHO - PG)


Um ponto gatilho (figura 22) e uma área de facilitação de contato do nervo com o músculo
ou tecido conectivo associado, que cria pequenas áreas de tensão ou microespasmos
(contração involuntária da musculatura). É agravado por estresse das mais variadas
origens. Esses pontos são bastante sensíveis à pressão (são hiperirritáveis) e quando
estimulados se tornam local de dolorosa neuralgia. (KNOPLICH, 2003).

Figura 16 - Ponto Gatilho

Fonte: Fritz, 2002.

Se um ponto gatilho estiver próximo aos pontos do nervo motor o indivíduo pode
apresentar dor referida, causada por estimulação do nervo. Frequentemente, a área do
ponto gatilho e o ponto motor no qual a estimulação do nervo gera uma contração num
feixe de fibras musculares, que então ativam todo o músculo. (KNOPLICH, 2003).

O ponto gatilho miofascial foi exaustivamente estudado por Janet Travell e atualmente é
denominado de diversas maneiras, tais como: fibrosite, miosite, fascite, nódulo
fibrocístico, entre outros. (KNOPLICH, 2003: FRITZ. 2002). A figura 23 mostra os locais
mais comuns de manifestação dos pontos gatilhos:

Figura 17 - Locais comuns de apresentação dos pontos-gatilhos


Fonte: Fritz, 2002.

Não se sabe, ao certo, se os pontos gatilhos são originados de um desequilíbrio do tecido


conectivo ou do neuromuscular, mas acredita-se fortemente que exista uma relação
neuromuscular nesse processo associada com uma reação neuroendócrina. (KNOPLICH.
2003).

FISIOPATOLOGIA DOS PONTOS GATILHOS


Os “pontos-gatilhos” ou miofasciais são regiões do músculo que por algum motivo estão
sendo mal irrigadas de sangue, formando assim nódulos enrijecidos, perfeitamente
palpáveis com as pontas dos dedos. Essa situação pode ser ocasionada por má postura,
excesso ou falta de atividade física ou ainda por estresse emocional. Quando realizamos
um estímulo na fibra muscular onde se encontra o ponto gatilho, o sangue que
anteriormente não chegava até ela, volta a circular, desfazendo assim o nódulo de tensão.
Este estímulo pode ser realizado através de massagem, colocação de eletroterapia e no
caso do Dry Needling, colocando-se agulhas filiformes no ventre do músculo acometido.
O método baseia-se na identificação dos pontos doloridos e o agulhamento dessa região.
O tempo máximo em que agulha fica sobre a pele do paciente é de 03 a 05 minutos
fazendo com que o método seja prático e altamente eficaz para o controle da dor.

Figura 18 – Local de agulhamento


Quando a agulha filiforme causa “micro-rupturas” nas fibras musculares, é enviado ao
sistema nervoso central um estímulo de cicatrização, que automaticamente envia sangue
ao local do agulhamento, melhorando a circulação, oxigenação local e causando o
relaxamento da musculatura. Além disso, as fibras tensas são desativadas pelo próprio
estímulo mecânico da agulha.

SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL (SDM)

A síndrome dolorosa miofascial (SDM) é das mais comuns causas de dor no sistema
musculoesquelético. Costuma afetar músculos, tecido conjuntivo e fáscias da coluna
vertebral. Está diretamente associada a presença de dor e incapacidade nos indivíduos
acometidos. Alguns sinônimos encontrados na literatura para a SDM são miofasceíte,
fibrosite, reumatismo de partes moles e miosite. (KNOPLICH, 2003)

A SDM é muitas vezes de difícil diagnóstico, uma vez que necessita principalmente da
história clínica e dos achados do exame físico. É necessária a identificação do ponto
gatilho ou doloroso em uma banda tensa, com a reprodução da dor, para que existam
condições mínimas de diagnóstico. Frequentemente a SDM é confundida com outras
patologias do sistema musculoesquelético. Como bursites e tendinites, o que gera
tratamentos sem sucesso para o paciente. (KNOPLICH, 2003).
Diversos tratamentos já foram sugeridos no decorrer da história, alguns deles ainda
empregados até hoje: crioterapia, automassagem, exercícios e atividades físicas
moderadas. Para casos agudos sugere-se apenas uma sessão de tratamento: para casos
crônicos, no entanto, são necessários tratamentos diários entre duas a seis semanas.
(KNOPLICH, 2003).

O termo “zonas de gatilho” foi empregado em 1936 por Edeiken e Wolferth, para se referir
a uma região na qual a dor é sentida durante a palpação de pontos dolorosos na região
escapular. Outros termos similares, como “áreas de gatilho” ou “pontos gatilhos” foram
introduzidos posteriormente. (KNOPLICH, 2003) (Figura 25)

Figura 195 - Complexo do ponto gatilho

O termo “mialgia idiopática" foi introduzido por Travell, em 1983, e posteriormente o


descreve como áreas de gatilho, ou pontos gatilhos. Surgiram as terminologias “dor
miofascial” e “síndrome dolorosa miofascial" para definir as afecções de miofilamentos
de contração de fibras brancas e vermelhas do músculo esquelético.

Os pontos gatilhos foram redefinidos como “pontos dolorosos profundos circunscritos,


com resposta contrátil localizada ao ser pressionado ou agulhado e que, quando
estimulados, ocasionam dor referida". (KNOPLICH, 2003). Na SDM são encontradas
bandas musculares tensas que podem ser palpáveis, nas quais são identificados pontos
dolorosos de grande intensidade (pontos gatilhos), como são mostrados na figura 26. A
palpação digital ou a punção localizada com agulha sobre os PGs causam dor local ou
referida a distância. Esses pontos são resultados de sobrecargas dinâmicas ou estáticas
que ocorrem durante as atividades do cotidiano. (KNOPLICH, 2003).

Uma das características marcantes da SDM é a contração muscular visível e palpável


localizada, que é induzida pela palpação ou punção da banda muscular ou do PG. A
inflamação na inserção dos feixes musculares, tendões e ligamentos, associada ao
encurtamento muscular, pode resultar em entesites ou entesopatias.

Figura 20 - PGS encontrados no músculo trapézio (em “X”) e as regiões de dor


irradiada (em preto); Na Figura à esquerda, vista no plano Sagital e à direita no plano
Frontal, vista posterior.

Knoplich (2003) classifica os PGs em ativos ou latentes:

PGs ativos: apresentam uma região bastante irritável, com dor espontânea ou que surge
com o movimento; Há limitação da amplitude de movimento e pode produzir sensação de
fraqueza muscular.

PGs latentes: estão presentes em áreas assintomáticas; apesar de serem pontos dolorosos
com características semelhantes aos ativos não estão relacionados à dor durante as
atividades cotidianas. Geralmente são menos dolorosos, quando palpados produzem
menos disfunções, se comparados aos PGs ativos. Podem se tornar ativos com a influência
de agentes estressores físicos exógenos, endógenos ou emocionais.
A SDM apresenta as seguintes características:

- Banda muscular tensa palpável com a presença de PGs;

- O paciente reproduz as queixas durante a compressão do ponto miálgico;

- Dor do tipo difusa em um músculo ou grupo muscular;

- Dor descrita como “latejamento” em uma região corporal;

- Possível queixa de parestesia, sem padrão neuropático;

- Relato de diminuição da dor após estiramento muscular. (KNOPLICH, 2003).

Pode ainda ocorrer diminuição da força muscular, durante a realização do teste manual.
Também é comum a limitação da amplitude de movimento da região acometida. No
estiramento passivo pode ser notado encurtamento muscular. (KNOPLICH, 2003).

Importante: não deve haver padrão de dor radicular ou neuropática para que haja o
diagnóstico de SDM.

As causas da SDM podem ser variadas. Dentre elas destacam-se as sobrecargas agudas,
traumatismos ou microtraumas repetidos sobre as estruturas musculoesqueléticas. Pode
também ser o resultado de um processo gradual, relacionado a atividades laborais, que
produzem fadiga muscular. Indivíduos não condicionados, como os praticantes de
atividades físicas esporádicas, estresses prolongados ou sobrecarga dos músculos
antigravitacionais, como resultado de posturas inadequadas, além de estresses
emocionais, também podem ser causadores da SDM. (KNOPLICH, 2003).

Existem indícios de que os PGs sejam resultado da presença de sangue ou outro material
extracelular que não foi reabsorvido mesmo após lesão muscular. Dessa forma, geram
limitação da amplitude de movimento e também aderência tecidual, que dificulta o
deslizamento das fibras musculares, juntamente com dor, espasmo da musculatura
envolvida e tensão muscular inicial, desencadeando os eventos posteriores. (KNOPLICH,
2003)
Possivelmente, o surgimento dos PGs esteja diretamente relacionado à presença de
microtraumatismos ou sobrecargas. A ocorrência de estresses repetidos, lesões ou
sobrecarga única de alta intensidade pode resultar em PGs, que por sua vez estimulam
uma contração muscular intensa por período prolongado. Nessa condição, é frequente o
surgimento de fadiga muscular.

É notado um ciclo vicioso autossustentado que é esquematizado na figura 27:

Figura 27 - Ciclo vicioso da síndrome dolorosa miofascial.

A SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL E DRY


NEEDLING
A terapia para a dor miofascial requer realçar a inibição central com a farmacologia ou as
técnicas comportamentais e simultaneamente reduzir estímulos periféricos com as
terapias físicas, incluindo exercícios e terapias específicas para a inativação dos
pontosgatilho. (GRAFF-RADFORD SB,2001).
O Dry Needling do ponto-gatilho é um procedimento amplamente difundido e usado por
profissionais ao redor do mundo como parte da prática clínica ou concomitante a outros
métodos de terapia física. Caracteriza-se como um tratamento específico para a
desativação do ponto-gatilho, em que agulhas são inseridas na pele ou no músculo dos
pacientes que apresentam a Síndrome Dolorosa Miofascial (SDM).

Figura-28- Complexo do ponto gatilho

Quando a agulha perfura a pele as fibras A delta são ativadas resultando na inibição das
fibras C, provenientes de estímulos dos pontos- gatilho ativos, por conseguinte, a banda
muscular relaxa com a quebra do ciclo de contração muscular sustentada assim impedindo
a crise energética ocasionada pelo espasmo muscular reflexo, possibilitando a restauração
da amplitude de movimento.

Pacientes que são submetidos ao agulhamento profundo podem sentir mais dor durante e
após o procedimento e exige mais cautela do profissional ao inserir a agulha, obedecendo
a ângulos seguros para que vísceras não sejam alcançadas e perfuradas.

Também pode sentir uma reprodução de “sua” dor, que é um indicador de diagnóstico útil
para o terapeuta diagnosticar a causa dos sintomas dos pacientes. Os pacientes logo
aprendem a reconhecer e aceitar até mesmo essa sensação, uma vez que resulta na
desativação do ponto-gatilho, reduzindo a dor e restaurando a função do comprimento
normal do músculo envolvido.

Considerado um procedimento seguro e de baixo custo, o Dry Needling (Agulhamento


Seco) tem mostrado resultados satisfatórios como medida analgésica e relaxamento
muscular, preparando este músculo para intervenções terapêuticas direcionadas ao resgate
gestual e postural, assim como treinamento de força e resistência muscular.

TENDER POINT (PONTO FRACO – PF)


Knoplich (2003) lembra que é bastante comum a comparação entre trigger points (pontos
gatilhos) e tender points (pontos fracos). Tender points trata-se de pontos com maior
sensibilidade, que apresentam dor localizada e estão presentes em pacientes com
fibromialgia.

É importante ressaltar que os pontos gatilhos são característicos da síndrome dolorosa


miofascial (SDM), enquanto os tender points estão presentes na fibromialgia. A SDM
acomete ambos os sexos igualmente e caracteriza-se por trigger points assimétricos e
contração local à palpação. A fibromialgia por sua vez apresenta vários locais
predeterminados com a presença de tender points, é mais comum em mulheres na faixa
etária entre 40 e 60 anos de idade, com característica de tender points simétricos e dor
difusa. (KNOPLICH, 2003).

Tender Points
x
Trigger Points
NORMA REGULAMENTADORA 32 - NR 32 (ANEXO III)
PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES
COM MATERIAIS PERFURO CORTANTES
1. Objetivo e Campo de Aplicação:

1.1 Estabelecer diretrizes para a elaboração e implementação de um plano de prevenção


de riscos de acidentes com materiais perfuro cortantes com probabilidade de exposição a
agentes biológicos, visando a proteção, segurança e saúde dos trabalhadores dos serviços
de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde
em geral.

1.2 Entende-se por serviço de saúde qualquer edificação destinada à prestação de


assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência,
pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.

1.3 Materiais perfuro cortantes são aqueles utilizados na assistência à saúde que têm ponta
ou gume, ou que possam perfurar ou cortar.

1.4 O dispositivo de segurança é um item integrado a um conjunto do qual faça parte o


elemento perfuro cortante ou uma tecnologia capaz de reduzir o risco de acidente, seja
qual for o mecanismo de ativação do mesmo.

2. Comissão gestora multidisciplinar:

2.1 O empregador deve constituir uma comissão gestora multidisciplinar, que tem como
objetivo reduzir os riscos de acidentes com materiais perfuro cortantes, com probabilidade
de exposição a agentes biológicos, por meio da elaboração, implementação e atualização
de plano de prevenção de riscos de acidentes com materiais perfuro cortantes.

2.2 A comissão deve ser constituída, sempre que aplicável, pelos seguintes membros:

a) o empregador, seu representante legal ou representante da direção do serviço de saúde;

b) representante do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina


do Trabalho - SESMT, conforme a Norma Regulamentadora nº 4;

c) vice-presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA ou o designado


responsável pelo cumprimento dos objetivos da Norma Regulamentadora nº 5, nos
casos em que não é obrigatória a constituição de CIPA;

d) representante da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar;

e) direção de enfermagem;

f) direção clínica;

g) responsável pela elaboração e implementação do PGRSS - Plano de Gerenciamento de


Resíduos de Serviço de Saúde;

h) representante da Central de Material e Esterilização;

i) representante do setor de compras; e

j) representante do setor de padronização de material.


3. Análise dos acidentes de trabalho ocorridos e das situações de risco com materiais
perfuro cortantes:

3.1 A Comissão Gestora deve analisar as informações existentes no PPRA e


no PCMSO, além das referentes aos acidentes do trabalho ocorridos com materiais
perfuro cortantes.

3.2 A Comissão Gestora não deve se restringir às informações previamente


existentes no serviço de saúde, devendo proceder às suas próprias análises dos
acidentes do trabalho ocorridos e situações de risco com materiais perfuro
cortantes.

3.3 A Comissão Gestora deve elaborar e implantar procedimentos de registro


e investigação de acidentes e situações de risco envolvendo materiais perfuro
cortantes.

4. Estabelecimento de prioridades:

4.1 A partir da análise das situações de risco e dos acidentes de trabalho ocorridos com
materiais perfuro cortantes, a Comissão Gestora deve estabelecer as prioridades,
considerando obrigatoriamente os seguintes aspectos:

a) situações de risco e acidentes com materiais perfuro cortantes que possuem maior
probabilidade de transmissão de agentes biológicos veiculados pelo sangue;

b) frequência de ocorrência de acidentes em procedimentos com utilização de um


material perfuro cortante específico;

c) procedimentos de limpeza, descontaminação ou descarte que contribuem para


uma elevada ocorrência de acidentes; e

d) número de trabalhadores expostos às situações de risco de acidentes com materiais


perfuro cortantes.

5. Medidas de controle para a prevenção de acidentes com materiais perfuro cortantes:

5.1 A adoção das medidas de controle deve obedecer à seguinte hierarquia:

a) substituir o uso de agulhas e outros perfuro cortantes quando for tecnicamente possível;

b) adotar controles de engenharia no ambiente (por exemplo, coletores de descarte);

c) adotar o uso de material perfuro cortante com dispositivo de segurança, quando


existente, disponível e tecnicamente possível;

6. Seleção dos materiais perfuro cortantes com dispositivo de segurança:


6.1 Esta seleção deve ser conduzida pela Comissão Gestora Multidisciplinar, atendendo
as seguintes etapas:

a) definição dos materiais perfuro cortantes prioritários para substituição a partir da


análise das situações de risco e dos acidentes de trabalho ocorridos;

b) definição de critérios para a seleção dos materiais perfuro cortantes com


dispositivo de segurança e obtenção de produtos para a avaliação;

c) planejamento dos testes para substituição em áreas selecionadas no serviço de


saúde, decorrente da análise das situações de risco e dos acidentes de trabalho ocorridos;
e

d) análise do desempenho da substituição do produto a partir das perspectivas da


saúde do trabalhador, dos cuidados ao paciente e da efetividade, para posterior decisão
de qual material adotar.

7. Capacitação dos trabalhadores:

7.1 Na implementação do plano, os trabalhadores devem ser capacitados antes


da adoção de qualquer medida de controle e de forma continuada para a prevenção
de acidentes com materiais perfuro cortantes.

7.2 A capacitação deve ser comprovada por meio de documentos que


informem a data, o horário, a carga horária, o conteúdo ministrado, o nome e a
formação ou capacitação profissional do instrutor e dos trabalhadores envolvidos.

9. Monitoramento do plano:

9.1 O plano deve contemplar monitoração sistemática da exposição dos


trabalhadores a agentes biológicos na utilização de materiais perfuro cortantes,
utilizando a análise das situações de risco e acidentes do trabalho ocorridos antes
e após a sua implementação, como indicadores de acompanhamento.

10. Avaliação da eficácia do plano:

10.1 O plano deve ser avaliado a cada ano, no mínimo, e sempre que se produza
uma mudança nas condições de trabalho e quando a análise das situações de risco
e dos acidentes assim o determinar.

ACÓRDÃO Nº 481, DE 19 DE AGOSTO DE 2016 – sobre a


utilização da técnica Dry Needling (Agulhamento Seco ou
Agulhamento a Seco) pelo profissional fisioterapeuta
O PLENÁRIO DO CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA
OCUPACIONAL, no uso de suas atribuições e disposições regulamentares conferidas
pela Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975, e pela Resolução-COFFITO nº 413/2012,
em que ACORDAM os Conselheiros do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional, reunidos na sessão da 269ª Reunião Plenária Ordinária, em aprovar, por
unanimidade, a utilização da técnica Dry Needling (Agulhamento Seco ou Agulhamento
a Seco) pelo profissional fisioterapeuta.

A técnica Dry Needling foi internacionalmente estabelecida como Estimulação


Intramuscular, e, mais recentemente, de acordo com a Federation of State Boards of
Physical Therapy/US, como Terapia Manual Intramuscular, sendo considerado, na
realidade, um segmento das áreas de Fisioterapia Manual, Musculoesquelética e
Manipulativa, interessando a fisioterapeutas de diversas especialidades. Assim o
Agulhamento Seco é uma técnica caracterizada pela inserção de uma agulha filamentar
sólida, sem medicação, através da pele para tratar várias disfunções, incluindo, mas não
se limitando, a dor miofacial, o recrutamento muscular, o controle da dor
musculoesquelética em geral, regeneração e recuperação de tecidos lesados e até mesmo
quadros álgicos articulares.

Ainda conforme o Federation of State Boards of Physical Therapy/US, os objetivos e


benefícios do tratamento da Terapia Manual Intramuscular, Agulhamento Seco, variam
desde o alívio da dor, cicatrização de tecidos, flexibilidade, propriocepção, até a ativação
neuromuscular.

Em relação à prática do Agulhamento Seco, essa não pode ser confundida com a prática
da Acupuntura. A prática da Acupuntura por fisioterapeutas acupunturistas e o
Agulhamento Seco diferenciam-se em termos históricos, contexto filosófico, indicativo e
prático. O Agulhamento Seco utilizado por fisioterapeutas é baseado na neurofisiologia,
neuroanatomia e estudo científico moderno do sistema nervoso e musculoesquelético. Os
fisioterapeutas que utilizam Agulhamento Seco não podem fazer uso das teorias da
Acupuntura tradicional ou de suas terminologias. A semelhança existente é em termos de
penetração cutânea, com um filamento sólido de agulha (a ferramenta) em diferentes
profundidades no interior do corpo, para fins terapêuticos e indicações. O fato de utilizar
agulhas filiformes na prática do Agulhamento Seco não significa que o fisioterapeuta
possa se intitular acupunturista. Existem, portanto, diferenças na filosofia, racionalização
e no tratamento por Agulhamento Seco, realizado por fisioterapeutas em relação aos
fisioterapeutas acupunturistas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Fisioterapeutas Acupunturistas – SOBRAFISA,


Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia – ANAFIQ, e a Associação
Brasileira de Práticas Integrativas e Complementares – ABPIC, os currículos de cursos
de Formação/Especialização em Acupuntura são baseados em preservar as antigas teorias,
princípios, e práticas da Medicina Tradicional Chinesa. Os objetivos e filosofia por trás
do uso de Agulhamento Seco, utilizado por fisioterapeutas, não se baseiam em teorias ou
doutrinas da referida Medicina Tradicional Chinesa.
Uma das finalidades dessa regulamentação é a proteção da sociedade. Portanto,
recomenda-se que o profissional realize uma formação mínima de 30 (trinta) horas,
cabendo mínimo de 50% de prática supervisionada da carga horária total.

O profissional no uso deste recurso deverá respeitar normas de biosseguridade e segurança


do trabalho. Deverá estabelecer protocolo de boas práticas clínicas, esclarecer
previamente o paciente sobre as indicações, os riscos, contraindicações, bem como as
demais características da técnica a ser aplicada.

O profissional, na utilização do Agulhamento Seco, deverá observar/cumprir o Código de


Ética e demais Resoluções do COFFITO.

O presente Acórdão será preponderante no aspecto ético-deontológico e sua não


observância poderá ser, a juízo dos Conselhos Regionais e Federal, considerado como
circunstância agravante de eventual pena imposta em processo ético, que avalia a
utilização do Agulhamento Seco como recurso terapêutico.

Dessa maneira, na forma do que fora delineado acima, acordam os Conselheiros Federais,
por unanimidade, em reconhecer o Agulhamento Seco como recurso fisioterapêutico.

Quórum: Dr. Roberto Mattar Cepeda – Presidente; Dr. Cássio Fernando Oliveira da Silva
– Diretor-Secretário; Dr. Wilen Heil e Silva – Diretor-Tesoureiro; Dra. Daniela Lobato
Nazaré Muniz – Conselheira Efetiva; Dra. Luziana Carvalho de Albuquerque Maranhão
– Conselheira Efetiva; Dr. Marcelo Renato Massahud Junior – Conselheiro Efetivo; e
Dra. Patrícia Rossafa Branco – Conselheira Efetiva.

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Gatilho, As Extremidades Superiores. Vol. 1. Baltimore: Williams & Wilkins;
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