Aminoácidos
Aminoácidos
Aminoácidos
Aula 3
boxílico de um aminoácido e o nitrogênio do grupo amino de outro ami-
noácido é chamada de ligação peptídica. Os aminoácidos se unem através
de ligações peptídicas para formar os peptídeos e as proteínas.
AMINOÁCIDOS
META Figura 2 - Estrutura de alfa-aminoácidos.
Introduzir o aluno ao estudo dos aminoácidos. Fonte: CAREY, F. A. Química Orgânica, v.2, 7ª. Ed, 2011, pg.1135.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá: Uma molécula formada pela união de dois aminoácidos através de uma
Saber definir, classificar e dar o nome a um aminoácido. ligação peptídica é chamada de dipeptídeo. Um tripeptídeo é formado por
Conhecer suas propriedades ácido-base. três aminoácidos unidos por ligações peptídicas, e um tetrapeptídeo tem
Conhecer os métodos de separação dos aminoácidos. quatro aminoácidos e assim por diante. Os peptídeos com mais de 30 a 50
Conhecer as reações dos aminoácidos e seus mecanismos. aminoácidos são polipeptídeos. As proteínas são polipeptídeos que têm
alguma função biológica. Os peptídeos e as proteínas são polímeros de
PRÉ-REQUISITOS aminoácidos unidos por uma ligação amida.
Nomenclatura e função dos compostos Orgânicos. Estereoquímica e reações dos
compostos orgânicos.
CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DOS
AMINOÁCIDODOS
Os aminoácidos são classificados de acordo com a localização do grupo
amino na cadeia carbônica que contém a função ácido arboxílico em α, β, γ e
assim por diante (Figura 3). A forma mais importante dos aminoácidos, são
os α-aminoácidos, os quais são constituintes das proteínas e dos peptídeos.
dos aminoácidos, são os α-aminoácidos, os quais são constituintes das proteínas e dos peptídeos.
Embora sejam conhecidos mais de 700 aminoácidos naturais diferen-
INSERIR FIGURA 03_03
tes, apenas o grupo de 20Figura
aminoácidos
3 – Estruturachamados de aminoácidos padrões,
de α, β e γ aminoácidos.
Todos
Todos são α-aminoácidos
são α-aminoácidos e contêm
e contêm uma amina
uma função função aminacom
primária, primária,
exceção dacom prolina, uma
amina secundária onde o nitrogênio amínico está incorporado em um anel de 5 membros. Todos eles
listados na tabela, merece atenção especial. exceção da prolina, uma amina secundária onde o nitrogênio
possuem um grupo carboxil e um grupo amino ligados ao mesmo átomo de carbono (o carbono α).
amínico está
Embora sejam conhecidos mais de 700 aminoácidos naturais diferentes, apenas o grupo de 20
incorporado em umpodem
Os aminoácidos anel de
ser 5 membros.
divididos Todos eeles
em essenciais possuem
os não umosgrupo
essenciais; car- essenciais
aminoácidos
Tabela 1 – Os 20 aminoácidos mais comuns são aqueles
boxil e umque os seres
grupo humanos
amino não são
ligados aocapazes
mesmo de sintetizar
átomo de ou carbono
sintetizam em
(o quantidades
carbono α). insuficientes
aminoácidos chamados de aminoácidos padrões, listados nade ocorrência
tabela, natural.
merece atenção especial.
para suprir as necessidades, portanto, devem ser obtidos pela dieta. Os aminoácidos essenciais são: valina,
Todos os aminoácidos são mostrados na forma que predominam no pH (7,3) Osisoleucina,
leucina, aminoácidos podem
treonina, ser lisina,
metionina, divididos em essenciais
triptofano, fenilalanina, ehistidina
os nãoe essenci-
arginina, sendo que
Tabela 1 – Os 20 aminoácidos mais comuns de ocorrência natural. ais;
estesosdoisaminoácidos essenciais
últimos só são essenciais são aqueles
na infância. que os seres
Os aminoácidos humanos
não essenciais não são
são aqueles que podemos
sintetizar. Encontramos aminoácidos nas proteínas de alguns alimentos, como carnes vermelhas, frango,
Todos os aminoácidos são mostrados na forma que predominam no pH (7,3) capazes de sintetizar ou sintetizam em quantidades insuficientes para suprir
peixes, ovos, queijos, proteínas da soja, feijão, lentilha, amêndoas, amendoim, castanha do Pará, aveia,
as necessidades,
granola, arroz. portanto, devem ser obtidos pela dieta. Os aminoácidos
essenciaisO nome são:sistemático
valina, leucina, isoleucina,
dos aminoácidos é obtidotreonina,
de acordo metionina,
com as regraslisina, trip-para ácidos
da IUPAC
carboxílicos que vocês estudaram em Fundamentos de Química Orgânica, como os exemplos da figura 3.
tofano,
Todos os fenilalanina,
aminoácidos possuem histidina
nomese simples
arginina, sendo em
ou comuns, quealguns
estescasos
dois últimos
derivados só da qual
da fonte
são
eles essenciais na infância.
foram inicialmente isolados.Os aminoácidos
Como por exemplo,não essenciais
a asparagina foisão aquelesnoque
encontrada aspargo, e o
glutamato nosintetizar.
podemos glúten de trigo; a tirosina foi primeiramente
Encontramos aminoácidos isolada
nas do queijo (derivado
proteínas de do grego tyros,
alguns
“queijo”); a glicina recebeu seu nome por seu gosto doce (do grego glycos, “doce”); tirosina e triptofano
alimentos, comotwiptophan).
(do inglês tyrosine, carnes vermelhas, frango, peixes, ovos, queijos, proteínas
da soja, Os feijão, lentilha,
aminoácidos podemamêndoas, amendoim,
ser classificados de acordo castanha do Pará,
com a polaridade aveia,lateral em:
da cadeia
apolares, polares neutros e polares carregados. Fazem parte dos apolares: alanina, valina, glicina, prolina,
granola, arroz.
leucina, isoleucina, metionina, fenilalanina e triptofano. Os polares neutros são: serina, treonina,
O nome
aspargina, sistemático
glutanina, tirosina, dos aminoácidos
histidina é obtido
e cisteína. No grupo dosde acordo com as regras
polares garregados estão: aspartato,
glutamato,
da IUPAC lisina
para e arginina.
ácidos carboxílicos que vocês estudaram em Fundamentos
de Química Orgânica, como os exemplos da figura 3. Todos os aminoácidos
possuem nomes simples ou comuns, em alguns casos derivados da fonte
da qual eles foram inicialmente isolados. Como por exemplo, a asparagina
foi encontrada no aspargo, e o glutamato no glúten de trigo; a tirosina foi
primeiramente isolada do queijo (derivado do grego tyros, “queijo”); a glicina
recebeu seu nome por seu gosto doce (do grego glycos, “doce”); tirosina e
triptofano (do inglês tyrosine, twiptophan).
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Aminoácidos Aula 3 Química de Biomoléculas
Dos 20 aminoácidos, a glicina, é o único que é aquiral. Todos os outros A forma predominante do aminoácido presente em solução vai depender
19 são quirais, consequentemente são possíveis dois enantiômeros de cada do pH da solução e da natureza do aminoácido. Nas soluções fortementes
um, mais a natureza usa apenas um para sintetizar as proteínas. Todos os ácidas todos os aminoácidos estão presentes como cátions, enquanto em
aminoácidos naturais são L, ao contrário dos carboidratos que são D. As soluções fortemente básicas eles estão presentes como ânions. Em um pH
designações D e L indicam a configuração do carbono α e são atribuídas intermediário, chamado de ponto isoelétrico (pI), a concentração do íon
da mesma forma que nos carboidratos que vocês acabaram de estudar. As- dipolar está no seu máximo e as concentrações dos ânions e cátions são
sim, um aminoácido que tem em uma projeção de Fischer o grupo amino iguais, portanto se anulam, ou seja, o ponto isoelétrico de um aminoácido
para esquerda é L, enquanto o que tem o grupo amino para direita é D é o valor de pH em que ele não tem carga líquida, a carga do aminoácido
conforme mostrado na figura 4. é zero. Podemos ver como exemplo (Figura 6) a alanina, um aminoácido
simples com um grupo carboxíla e um grupo amina, o pI será a média
aritmética de seus dois valores de pKa. Isso ocorre porque em pH = 2,34
metade das moléculas está com o grupo carboxila carregado negativamente
e metade tem o grupo carboxila não carregado; e em pH = 9,69, metade
das moléculas tem um grupo amino carregado positivamente e metade tem
um grupo amino não carregado. Quando o pH é maior que 2,34, o grupo
carboxila com mais moléculas torna-se negativamente carregado. Quando o
pH é menor que 9,69, o grupo amino com mais moléculas torna-se positi-
vamente carregado. O ponto isoelétrico, é a média dos dois valores de pKa,
e nesse ponto, o número de grupos negativamente carregados se iguala ao
Figura 4 - Estrutura da (L)-alamina e (D)-alanina. número de grupos positivamente carregados e o aminoácido tem carga zero.
Fonte: NELSON, D. L.; COX, M.M. Princípios de Bioquímica de Lehninger, 5ª. Ed, 2011, pg.74.
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Aminoácidos Aula 3 Química de Biomoléculas
Para os aminoácidos com grupos ácidos ou básicos na cadeia lateral, SÍNTESE DOS AMINOÁCIDOS
o ponto isoelétrico é a média dos valores de pKa dos grupos semelhantes.
Por exemplo, o pI da lisina é a média dos valores de pKa dos dois grupos Um α-aminoácido pode ser preparado no laboratório usando como
que estão carregados positivamente em sua forma ácida e não estão car- substrato um ácido α-halocarboxílico e amônia aquosa como nucleófilo
regados em sua forma básica. O pI do glutamato, por outro lado, é a média através de uma reação de substituição nucleofílica. O ácido halocarboxílico
dos valores de pKa dos dois grupos que estão carregados negativamente é preparado a partir da reação de Hell-Velhard-Zelinsky que vocês viram
em sua forma básica (Figura 7). na Química dos Compostos Orgânicos II (Figura 8).
Um terceiro método para a preparação dos α-aminoácidos é a aminação A outra reação dos aminoácidos é a acilação, um aminoácido reage com
redutiva de um α-cetoácido com amônia e um agente redutor. Podemos ver o anidrido acético para formar uma amida (Figura 12). Essa é uma reação
como exemplo (Figura 10) a síntese da alanina a partir do ácido pirúvico típica do grupo amino. O mecanismo é o mesmo da reação do anidrido
com amônia na presença do NaBH4. acético com amina e análogo ao da reação do anidrido acético com álcool
que vocês estudaram na Química dos Compostos Orgânicos II.
SEPARAÇÃO DE AMINOÁCIDOS
Agora vamos aprender como separar os aminoácidos. Uma mistura de
aminoácidos pode ser separada através de várias técnicas diferentes como: a
eletroforese, a cromatografia em papel, a cromatografia em camada delgada
e a cromatografia de troca iônica.
Eletroforese
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Aminoácidos Aula 3 Química de Biomoléculas
Comatografia em papel
A cromatografia em papel é uma técnica de separação bastante simples. Figura 14 - Separação do glutamato, alanina e leucina por cromatografia em papel.
A técnica de cromatografia em papel separa os aminoácidos com base em Fonte: http://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/analise-cromatografica.htm/ BRUICE, P. Y.
sua polaridade. Para fazer a separação algumas gotas da solução que contém Química Orgânica, v.2, 4ª. Ed., 2006, pg.383.
a mistura de aminoácidos são aplicadas na parte inferior da tira de papel de
filtro. O papel é colocado em uma cuba contendo o solvente (fase móvel), Cromatografia em camada delgada
em geral uma mistura de água, ácido acético e butanol. O solvente sobe
pelo papel por ação de capilaridade, arrastando os aminoácidos (Figura 14). A cromatografia em camada delgada (CCD) difere da cromatografia
Dependendo de suas polaridades, os aminoácidos têm diferentes afinidades em papel porque a fase estacionária é um sólido em vez de papel. O modo
pelas fases móvel (solvente) e estacionária (papel) e conseqüentemente se de separação da cromatografia em camada delgada é o mesmo da cromato-
deslocarão pelo papel com diferentes velocidades. Quanto mais polar for o grafia em papel, separa os aminoácidos por polaridade. Na CCD usa-se
aminoácido, mais fortemente ele será adsorvido no papel, que é uma fase uma placa de vidro como suporte para o sólido (fase estacionária). Para
estacionária polar, e se deslocarão mais lentamente pelo papel. Ao contrário, fazer a separação dos aminoácidos segue o mesmo procedimento da cro-
os aminoácidos menos polares se deslocarão pelo papel mais rapidamente, matografia em papel. O mecanismo de separação também é por polaridade
pois têm uma afinidade maior pela fase móvel. dos aminoácidos, ou seja, por afinidade com as fases móvel (solvente) e a
fase estacionária (sólido), os aminoácidos que tiverem maior afinidade pela
fase estacionária ficarão retidos por mais tempo, enquanto os que tiverem
maior afinidade pela fase móvel serão arrastados primeiro. A separação
vai depender do material sólido e do solvente escolhido para a fase móvel.
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Aminoácidos Aula 3 Química de Biomoléculas
tacionária. Essa técnica emprega uma coluna empacotada com uma resina
carregada (fase estacionária). Essa resina pode ser carregada positivamente
denominada de resina de troca aniônica ou carregada negativamente de-
nominada de resina de troca catiônica. Uma resina muito empregada é a do RESUMO
copolímero de estireno e divinil-benzeno (Figura 15), com um grupo ácido
sulfônico negativamente carregado em alguns dos anéis benzênicos. A fase Nesta aula estudamos os aminoácidos, os quais são ácidos carboxíli-
móvel geralmente é um tampão. Podemos ver como exemplo, a mistura cos que possuem uma função anima. Os aminoácidos se unem atrevés da
de lisina e glutamato: o glutamato tem uma cadeia lateral negativamente ligação peptídica para formar os peptídeos e as proteínas. Os aminoácidos
carregada e desceria pela coluna mais rádido. Por outro lado, a lisina tem são classificados de acordo com a localização do grupo amino na cadeia
uma cadeia lateral carregada positivamente e ficaria retida na coluna por carbônica que contém a função ácido arboxílico em α, β, γ e assim por
mais tempo. diante. Os aminoácidos podem ser divididos em essencias e os não essen-
cias; os aminoácidos essencias são aqueles que os seres humanos não são
capazes de sintetizar e os não essencias são os que sintetizamos. Todos os
vinte aminoácidos construtores das proteínas são α-aminoácidos, e todos,
exceto a glicina, possuem estereoquímica L.
Os aminoácidos podem ser classificados de acordo com a estrutura da
cadeia lateral em neutros, ácidos ou básicos. Em solução neutra; os ami-
noácidos existem como zwitterions dipolares. O pH de uma solução aquosa
na qual a concentração do zwitterion atinge o máximo é chamada de ponto
isoelétrico (pI).
Os aminoácidos podem ser sintetizados em laboratório a partir das
reações de um haloácido com amônia; reação de um aldeído com amônia
e o íon cianeto (Síntese de Strecker).
Figura 15 - Resina de troca catiônica. Os aminoácidos sofrem reações características dos grupos funcionais
Fonte: BRUICE, P. Y. Química Orgânica, v.2, 4ª. Ed., 2006, pg.384. que eles contém, assim o grupo ácido reage com álcool para formar um
éster (esterificação) e o grupo amina reage com anidrido acético para for-
mar uma amida.
CONCLUSÃO Uma mistura de aminoácidos pode ser separada com base em seus
pontos isoéletricos por eletroforese ou com base em suas polaridades por
Nesta aula aprendemos que os aminoácidos são ácidos cromatografia em papel ou cromatografia em camada delgada ou ainda com
α-aminocarboxílicos e vimos também que eles se ligam através de uma base na força iônica através da cromatografia de troca iônica.
ligação amida para formar os peptídeos e as proteínas. As proteínas são as
macromoléculas biológicas mais abundantes, ocorrendo em todas as partes
das células. Encontramos aminoácidos nas proteínas de alguns alimentos,
como carnes vermelhas, frango, peixes, ovos, queijos, proteínas da soja, fei-
jão, lentilha, amêndoas, amendoim, castanha do Pará, aveia, granola e arroz.
Observamos que um aminoácido nunca pode existir como uma substância ATIVIDADES
não-carregada. Além disso, aprendemos que os aminoácidos sofrem reações
características de ácidos carboxílicos e do grupo amino. 1. Desenhe uma estrutura de Fischer para o enantiômero da L-isoleucina:
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Aminoácidos Aula 3 Química de Biomoléculas
COMENTÁRIOS
Calcule o pI da arginina: SOBRE AS ATIVIDADES
+ pKa = 2,17
NH2 O
H2NCNHCH2CH2CH2 CHCOH
ATIVIDADES + NH3
71 O O
72
c) HO O
-
+ NH3
+ NH3
pKa = 9,04
Qual forma do ácido glutâmico você esperaria ser predominante em: a) uma solução fortemente
ácida, b) uma soluçãoCOMENTÁRIOS
fortemente básica e c) noSOBRE
seu ponto AS ATIVIDADES
isoelétrico (PI = 3,22).
O O O O
REFERÊNCIAS
- -
a) HO OH b) O O
+ NH3
BRUICE, P. Y. Química Orgânica, 4ª. Ed., v. 2, São Paulo, Pearson Pren-
NH2
tice Hall, 2006.
CAREY, F. A. Química Orgânica, 7ª. Ed., v.2, Porto Alegre, Boockman,
O O 2011.
Mc MURRY, J. Química Orgânica, 7ª. Ed., v.2, São Paulo, Cengage, 2011.
c) HO O
- NELSON, D. L., COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger,
+ NH3
5ª. Ed., Porto Alegre, Artmed, 2011.
SOLOMONS, T. W. G. Química Orgânica, 9ª. Ed., v.2, São Paulo, Gen/
LTC, 2009.
AUTO-AVALIAÇÃO
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