2 - Dislipidemia

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CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM

MEDICINA DE FAMÍLIA E
COMUNIDADE
da Sociedade Brasileira de Medicina de Família
e Comunidade

Dislipidemia

Elisa Carvalho Gallas


Agenda

1 – Conceitos

2 – Ciclo das Lipoproteinas no organismo

3 – Classificação

4 – Diagnóstico

5 – Classificação de risco cardiovascular

6 – Recomendações tratamento
CONCEITOS

• Dislipidemia é um grupo heterogêneo de distúrbios


caracterizados por níveis lipídicos anormais no
sangue.

• Geralmente assintomáticos até que os níveis


séricos de colesterol e / ou triglicerídeos estejam
severamente elevados.

• Modificações no estilo de vida (por exemplo, perda


de peso, exercícios, mudanças na dieta) são
essenciais para o gerenciamento a longo prazo;
Fisiologia
CLASSIFICAÇÃO

• Dislipidemias Primárias: base genética.

• Dislipidemias Secundárias

• Anamnese – Idade de Dx, HF em parentes de 1º


grau de dislipidemia e DAC prematura (♂ ≤ 55 a e
♀ ≤ 65 a), medicações ou patologias que causam
dislip 2ª
DISLIPIDEMIA SECUNDÁRIA

Predominantemente Hipercolesterolemia

Hipotireoidismo *

Colestase *

Sindrome Nefrótica *

Disglobulinemias

Sindrome de Cushing

Porfiria Intermitente Aguda


DISLIPIDEMIA SECUNDÁRIA

Predominantemente Hipertrigliceridemia
Obesidade *
DM *
Alcoolismo *

Uremia *
Lipodistrofia *
Acromegalia
SIDA
FATORES ASSOCIADOS
DIAGNÓSTICO

• Exame Físico – Achados físicos são incomuns

• Sintomas resultantes de complicações

• O aumento da circunferência da cintura se


correlaciona com triglicerídeos altos.
EXAME FÍSICO
EXAME FÍSICO

XANTOMA TENDINOSO
XANTELASMA
EXAME FÍSICO
DIAGNÓSTICO

• Dosagem sérica colesterol total, HDL e


triglicerideos (jejum 12horas).
Triglic
até 400
• Formula de Friedewald
LDL = CT – HDL – TRIGLICERIDEOS
5

• Excluir causas secundárias de dislipidemia usando


testes de função tireoidiana, hepática e renal
QUEM RASTREAR

Todos os pacientes com as seguintes


condições, independentemente da
idade:
Homens ≥ 40 anos de idade • Evidencia clinica de atesclerose
• Aneurisma aorta abdominal
• Diabetes
Mulheres ≥ 40 anos de idade • Hipertensão arterial
(ou pós menopausa) • Tabagismo atual
• Estigmas de dislipidemia (arco
corneano, xantelasma ou xantoma)
• Historia familiar de DAC prematura
• Historia familiar de dislipidemia
• Doença renal crônica
• Obesidade
• Doença inflamatória intestinal
• HIV
• Disfunção erétil
• DPOC
• Doença hipertensiva da gestação
Classificação de Risco Cardiovascular

• Risco em 10 anos de doença cardíaca ou AVC usando o


algoritmo ASCVD – Escore de Framingham

• Calculadora para estratificação de risco cardiovascular


http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017
SCORE FRAMINGHAM
TERAPIA COM ESTATINAS

• POTÊNCIA DAS ESTATINAS


Outras medicações

• Ezetimibe: Inibidor da absorção intestinal de


colesterol
– Pode ser considerado em monoterapia para reduzir o
LDL, especialmente em pacientes com intolerância a
estatina.
– Pode ser usado em combinação com estatina para
reduzir LDL e risco cardiovascular.
RECOMENDAÇÕES TRATAMENTO

 Fatores de risco: (- 1 fator de risco se HDL )

• LDL elevado
• Tabagismo
• HAS
• HDL < 40
• HF de DAC (homem < 55, mulher < 65)
• DRC estagio 3/4
• Calcificação da artéria coronária
• Idade: homem ≥45; mulher ≥55 years).

Garber et al. Endocr Pract. 2017;23:207-238


MANEJO DA HIPERTRIGLICERIDEMIA

Em adultos ≥ 20 anos com hipertrigliceridemia moderada (175 a 499), deve-se


abordar e tratar os fatores do estilo de vida, fatores secundários (DM, fígado
ou doença renal crônica, síndrome nefrótica, hipotireoidismo) e medicamentos
que aumentam triglicerídeos.

Em adultos de 40 a 75 anos com moderada hipertrigliceridemia e risco ASCVD


de ≥ 7,5%, reavaliar o risco após estilo de vida e fatores secundários e
considerar um nível persistentemente elevado de triglicerídeos como um fator
que favorece início ou intensificação da terapia com estatinas.

Em adultos de 40 a 75 anos com hipertrigliceridemia grave (≥500) e risco de


ASCVD ≥ 7,5%, é razoável abordar causas reversíveis de hipertrigliceridemia
e iniciar terapia com estatina.

Na hipertrigliceridemia grave, e principalmente triglicerídeos ≥1000, abordar


outras causas de hipertrigliceridemia, e se estiverem persistentemente
elevados ou aumentando, implementar uma dieta com pouca gordura e, se
necessário, terapia com fibrato, para prevenir pancreatite aguda.
FIBRATOS

• Gemfibrozil (300-1200mg/dia)
- Evite em combinação com estatinas devido ao risco
aumentado de miopatia.
• Fenofibrato (200-250mg)
- Fibrato de escolha se precisar associar com estatina
• Ciprofibrato (100mg)

• Contraindicações: TFG < 30ml/min; gestação


ACOMPANHAMENTO

• Avaliar perfil lipidico após 4-12 semanas do inicio


da terapia + mudanças no estilo de vida.

• Repetir a cada 3-12 meses conforme necessário.


Em todas as pessoas, enfatize um estilo
de vida saudável;

Em pacientes com DCV clínica, reduza o


LDL-C com terapia com estatina de alta
intensidade, ou máxima tolerada.
Na DCV de alto risco, use limite de LDL-C
de 70 mg / dL para considerar a adição de
não-estatinas à terapia com estatinas.
TAKE HOME Em pacientes com hipercolesterolemia primária
MESSAGES grave (nível de LDL-C ≥ 190), inicie a terapia com
estatinas de alta intensidade.

Em pacientes com 40 a 75 anos, com DM e LDL-


C ≥70, inicie terapia com estatina de intensidade
moderada.

Em adultos de 40 a 75 anos sem DM e risco em


10 anos de 7,5% a 19,9% (risco intermediário),
fatores que aumentam o risco favorecem o início
da terapia com estatinas.

Fibrato em triglicerideos persistentes > 500


Referências

• AACE CPG for Managing Dyslidemia and Prevention of CVD, Endocr Pract. 2017;23(Suppl 2)

• AHA/ACC/ Guideline on the Management of Blood Cholesterol, JOURNAL OF THE AMERICAN


COLLEGE OF CARDIOLOGY VOL. 73, NO. 24, 2019.

• Cromwell WC, Otvos JD, Keyes MJ, et al. LDL Particle number and risk of future cardiovascular
disease in the Framingham offspring study implications for LDL management. J Clin Lipidol.
2007;1:583-592.

• American Diabetes Association. Standards of medical care in diabetes--2017. Diabetes Care.


2017;40 Suppl 1:S1-S135.

• McClelland RL, Jorgensen NW, Budoff M, et al. 10-year coronary heart disease risk prediction
using coronary artery calcium and traditional risk factors: derivation in the MESA (Multi-Ethnic
Study of Atherosclerosis) with validation in the HNR (Heinz Nixdorf Recall) study and the DHS
(Dallas Heart Study). J Am Coll Cardiol. 2015;66:1643-1653
Referências

• Hard Coronary Heart Disease (10 Year Risk). Available at:


https://www.framinghamheartstudy.org/risk-functions/ coronary-heart-disease/hard-10-year-risk.php.
Framingham Heart Study. Accessed August 17, 2016.

• Ford I, Murray H, McCowan C, Packard CJ. LongTerm Safety and Efficacy of Lowering Low-Density
Lipoprotein Cholesterol With Statin Therapy: 20-Year Follow-Up of West of Scotland Coronary
Prevention Study. Circulation. 2016;133:1073-1080

• Garber AJ, Abrahamson MJ, Barzilay JI, et al. Consensus Statement by the American Association of
Clinical Endocrinologists and American College of Endocrinology on the Comprehensive Type 2
Diabetes Management Algorithm--2016 Executive Summary. Endocr Pract. 2016;22:84-113
Obrigada

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