Curso de Operação Segura em Trator de Esteira

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CURSO DE OPERAÇÃO

SEGURA EM
TRATOR DE ESTEIRA

Teresina - 2014
APRESENTAÇÃO

Prezado Aluno,

Desejamos-lhe boas vindas ao curso de Trator de esteira Vamos trabalhar


juntos para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências
que você já possui!
Na atualidade, o transporte de maquinas pesadas representa uma atividade
essencial para a economia e para o desenvolvimento do país. São mais de 53
um milhão de equipamentos viabilizando os mais diversos produtos, ajudando
a construção de nosso país a produzir com eficiência e qualidade.
No entanto, descuidos com alguns procedimentos básicos tais como a arrasto
de material, derrubada de arvores, a carga, a limpeza de areas e o próprio
procedimento de transporte de materiais de grande porte, ainda causam
acidentes e prejuízos desnecessários, daí a necessidade de aprendermos
cada vez mais sobre os procedimentos corretos para cada tipo de material
trabalhado.
A operação de equipamentos tais como tratores de esteiras, é uma atividade
de extrema importância para a economia produtiva da construção civil e
demais ramos do processo de engenharia no Brasil. Aprofundar os
conhecimentos sobre essa atividade, conhecendo os procedimentos a serem
adotados e os equipamentos utilizados, auxilia os profissionais a exercerem
suas atividades com maior qualidade e eficiência.
Nesse sentido, este curso foi desenvolvido para que os operadores de trator
de esteira agreguem conhecimento e ajudem a promover a melhoria do setor.
Para isso, foram utilizadas algumas referências bibliográficas, apresentadas
ao final deste material, que serviram como base para o desenvolvimento e
elaboração do conteúdo do curso.

Este curso será apresentado em 8 unidades em de 40 horas-aula. Assim, a


apostila é organizada da seguinte forma:
Unidade 1 – Movimenta de terra e Trator de esteira
Unidade 2 – Características do operador de Trator de esteira
Unidade 3 – Os diferentes tipos de Trator de esteira
Unidade 4 – Componentes básicos do Trator de esteira
Unidade 5 – Atividades iniciais: planejando e preparando o equipamento
Unidade 6 – Prevenção e combate a incêndio.
Unidade 7 – Segurança do trabalho na operação com Trator de Esteira

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Unidade 8 – Características técnicas e operacionais das escavadeiras
Unidade 9 –
No início de cada unidade, você será informado sobre o conteúdo a ser
abordado e os objetivos que se pretende alcançar.

O texto contém ícones com a finalidade de orientar o estudo, estruturar o texto


e ajudá-lo na compreensão do conteúdo. Você encontrará também situações
extraídas do cotidiano, conceitos, exercícios de fixação e atividades de
aprendizagem. Confira o significado de cada ícone:
53
O curso está dividido em unidades para facilitar o aprendizado. Nesse sentido,
esperamos que este curso seja muito proveitoso para você! Nosso intuito maior
é o de lhe apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a
resolver os problemas encontrados no seu dia-a-dia de trabalho.

Bom estudo!

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


ÍNDICE

Unidade 1 – Movimentos de terra: escavação


Apresentação
Objetivos
Desenvolvimento
1. Atividades de movimentação de terra
2. Fatores que Influenciam o Projeto do Movimento de terra
3. Principais tipos de movimento de terra
4. Equipamentos empregados na escavação e movimentação 53
Conclusão.
Exercícios de fixação

Unidade 2 – Características do Operador de Trator de esteira.


Apresentação.
Objetivos.
Introdução
Desenvolvimento
1. Classificação Brasileira de Ocupações – CBO
2. Formação, experiência e condições gerais de exercício da profissão.
3. Recursos de trabalho e atividades a serem desenvolvidas
4. Competências Pessoais

Unidade 3 – Os diferentes tipos de Trator de esteira


Apresentação
Objetivos
Introdução
Desenvolvimento
1. As retroescavadeiras
2. Classificação dos Tratores de esteiras
3. Capacidade de levantamento e escavação
Conclusão.
Exercícios de fixação.

Unidade 4 – Componentes básicos dos Tratores de esteira.


Apresentação
Objetivos
Introdução
Desenvolvimento
1. Componentes do Trator de Esteira
2. Motor e trem de força (transmissão).
3. Eixos e direção.
4. Sistema de freios
5. Compartimento do operador (cabine)
Conclusão
Exercícios de fixação.

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Unidade 5 - Atividades iniciais: planejando e preparando o equipamento.
Apresentação.
Objetivos.
Introdução
Desenvolvimento.
1. Planejamento do trabalho
2. Operação de máquinas pesadas
3. Remover solo e material orgânico
Conclusão.
Exercícios de fixação.
53
Unidade 6 – Prevenção e Combate a Incêndio.
Apresentação.
Objetivos.
Introdução.
Desenvolvimento
1. O que é fogo
2. Quais seus elementos.
3. Extinção do fogo
4. Inflamabilidades dos produtos.
Conclusão.
Exercícios de fixação.

Unidade 7 – Segurança do Trabalho na Operação com Tratores.


Apresentação.
Objetivos.
Introdução
Desenvolvimento.
1. Ato inseguro
2. Condição insegura.
3. os EPI’s no sistema de operação com tratores.
4. Cuidados na operação de escavação.
Conclusão.
Exercícios de fixação.

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UNIDADE 1
53

MOVIMENTO DE TERRA:
ESCAVAÇÃO

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APRESENTAÇÃO

Para iniciar o curso, vamos entender o que são os serviços de


escavação envolvendo tratores. Apresentaremos também, os fatores que
influenciam os projetos de escavação e os principais equipamentos
empregados nesta atividade.

OS TRATORES DE ESTEIRAS
E uma máquina automotora especialmente construída para empurrar outra(s) 53
máquina(s). e/ou acionar implemento(s) a ela adaptado(s), podendo ser:
a) De esteiras – trator que se movimenta por meio de esteiras;
b) De roda – trator que se movimenta sobre rodas, podendo ter chassis rígido
ou articulado;
c) De tração combinada – trator que se movimenta sobre rodas e esteiras,
podendo ter chassis rígido ou articulado.

Observação: definições de acordo com a TB – 51.


A característica mais importante dos tratores de esteiras é a própria esteira.
A esteira em si é constituída pelo conjunto de pinos, buchas, elos e sapatas.
Esse conjunto é fechado através de um pino mestre que possui a
característica de ser removível em relação aos outros pinos que são fixados
com maior pressão.
A esteira se desloca no mesmo sentido do movimento do trator, de forma a
proporcionar um trilho para a roda guia e roletes. Assemelha-se este
movimento ao deslocamento de uma locomotiva sobre uma cremalheira.
O trator possui uma roda dentada (motriz) que se engrena nas buchas da
esteira proporcionando a força de tração que impele os roletes a se
deslocarem sobre os elos fixos das sapatas.
As sapatas normais (standard) dos tratores são dimensionadas para distribuir
ao solo uma pressão de 0,5 kgf/cm2, referente ao peso total do trator.

Vantagens do trator de esteiras:


- Maior capacidade de tração em terrenos pouco aderentes;
- trabalha em qualquer condição topográfica;
- Prescinde de pistas ou estradas para trabalhar;
- Opera em terrenos de baixo suporte;
- tem grande versatilidade de uso.

Desvantagens:
- Possui pequena velocidade de trabalho;
- Não pode ser usado para deslocamentos longos;
- exige cuidados especiais ao se deslocar em superfícies acabadas ou duras.

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Emprego dos tratores de esteiras
Os tratores de esteiras são indicados para os trabalhos seguintes:
a) Gerais de reboque;
b) Como unidades de tração de equipamentos de escavação que operam em
velocidades baixas e em rampas fortes, em terrenos pouco consistentes;
c) Como unidade escavadora quando dotado de lâmina frontal;
d) Como unidade carregadora, em terrenos impróprios para máquinas sobre
rodas, quando dotado de concha frontal;
e) De tração de escarificadores e rolos de compactação. 53

OBJETIVOS

Os objetivos desta unidade são:

• Apresentar a atividade de escavação;


• Identificar os principais fatores que influenciam na escavação;
• Conhecer os principais equipamentos empregados.

INTRODUÇÃO

Por lidarem com a movimentação de milhares de toneladas de terra e


com um grande número de equipamentos pesados, os serviços de escavação
e de transporte de terra precisam de atenção especial. Assim, é necessário
que a movimentação dos materiais seja feita de forma racional, para que se
consiga redução no custo das obras e maior segurança na atividade. Vamos
agora conhecer um pouco sobre a escavação.

DESENVOLVIMENTO

1. Atividades de movimentação de terra

As atividades ligadas ao movimento de terra podem ser entendidas como


um conjunto de operações que são executadas para modificar um terreno
que se encontra em seu estado natural para uma nova conformação
topográfica desejada. [Cardão, 1969]

A escavação é o conjunto de operações


destinadas ao corte, carregamento, transporte,
descarregamento, acabamento de superfície,
umedecimento e compactação do solo em uma obra
de construção civil, objetivando adequar o terreno
natural às características definidas no projeto.

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53
“As primeiras etapas que normalmente ocorrem na obra constituem o
caminho crítico”, devendo ser atividades adequadamente planejadas para que
não originem atrasos no cronograma final.

A etapa de movimentação de materiais (entulho, terra, galhos) se inicia


com a retirada de entulho de demolição e com a limpeza do terreno,
envolvendo desmatamento (retirada de árvores) e destocamento (retirada de
tocos de árvores), oferecendo condições para as atividades de movimento de
terra propriamente ditas.
O momento mais adequado para que seja feito o movimento de terra é
variável. Ele depende, muitas vezes, das características de execução das
fundações e do próprio cronograma de desenvolvimento da obra.

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2. Fatores que Influenciam o Projeto do Movimento de Terra

Definido QUANDO realizar o movimento de terra,


é preciso definir COMO executá-lo. Para isso devem-
se considerar alguns fatores que interferem no projeto
do movimento de terra.

2.1 Sondagens do terreno

A sondagem permite conhecer informações necessárias sobre o 53


terreno, tais como: características do solo, espessuras das camadas,
posição do nível da água etc. Além disso, ela nos dá informações
sobre o tipo de equipamento indicado a ser utilizado para a escavação e
retirada do solo. A sondagem ajuda, também, a definir qual o tipo de
fundação que melhor se adaptará ao terreno de acordo com as
características da estrutura do prédio que será construído.

2.2 - Cota de fundo da escavação (nível mais baixo da escavação)

É um parâmetro de projeto, pois define o momento de parar a escavação


do terreno. Para isto, é preciso conhecer: o nível do pavimento mais baixo,
o tipo de fundação a ser utilizada e as características das estruturas do
prédio.

2.3 - Concepção da sequência executiva do edifício

Permite definir as frentes de trabalho para a realização das escavações e


para a execução das contenções.

2.4 - Projeto do canteiro

É necessário compatibilizar as necessidades do canteiro de obras


(posição de rampas de acesso, instalação de alojamentos, sanitários etc.)
com as necessidades da escavação (posição das rampas, acessos para
entrada de equipamentos, dentre outros).
Conhecer o projeto do canteiro é essencial para saber como e onde
trafegar com os tratores de esteira.

3. Principais tipos de movimento de terra

Os principais tipos de movimento de terra são:


a) Corte;
b) Aterro;
c) Corte + Aterro.

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A situação de “corte” geralmente é a mais desejável
uma vez que minimiza os possíveis problemas de recalque
(compactação do terreno). Nos casos em que seja
necessária a execução de aterros, deve-se tomar cuidado
com o recalque.

4. Equipamentos empregados na escavação e movimentação


53
Para a escavação, podem ser empregados equipamentos manuais ou
mecânicos. Os manuais, constituídos, sobretudo pelas pás, enxadas e
picaretas, são empregados quando se tem pequeno volume de solo a ser
movimentado (até 100m3). Para volumes superiores, recomenda-se a
utilização de equipamentos mecânicos, que permitem maior produtividade.
Os principais equipamentos utilizados na escavação e movimentação de terra
são:
• Pá carregadeira (sobre pneus, sobre esteiras);
• Escavadeira;
• Escavo-carregadeira;
• Retroescavadeira;
• Clam-shell;
• Bob-cat (pá-carregadeira de pequeno porte).
Para a retirada do solo do local da obra são utilizados veículos de
transporte de carga, normalmente os caminhões basculantes, cuja
capacidade da caçamba é bastante variável, sendo as mais comuns as de
5,0 a 7,0m3.

TERRAPLANAGEM OU TERRAPLENAGEM?

No português de Portugal existe apenas o termo terraplanagem.  Realmente,


terraplenar significa "encher com terra", mas no Brasil as duas expressões são
utilizadas com o mesmo significado:   È a arte de mudar intencionalmente a
configuração de um terreno. É um serviço complexo e especializado, e de
execução agradável. Dentre os que a exercem, alguns prosperam
extraordinariamente, enquanto outros têm prejuízos. Embora não haja um fator
único que estabeleça tal diferença, o conhecimento e a aplicação dos princípios
básicos de terraplanagem são de importância capital.

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Em terraplanagem, o ponto primordial não é a natureza do material, mas suas
propriedades físicas. O que interessa ao empreiteiro é saber o modo mais fácil
e econômico de escavar, mover, carregar, transportar e dispor o material. Ao
fiscal, que a qualidade final do serviço atenda as especificações de projeto.
Há registros históricos e pré-históricos desta atividade, mas preferimos tomar
como ponto inicial da terraplanagem moderna a invenção do trator de esteiras,
em 1904. Não nos deteremos muito nas máquinas ou em sua evolução, que o
aluno já conhece desde que cursou a disciplina Construção de Estradas I.
Recordação: Seções típicas, no que se refere à plataforma projetada:
CORTE:
53

ATERRO :

SEÇÃO MISTA : plataforma parte abaixo, parte acima do terreno natural.

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No sentido longitudinal da estrada, o diagrama de Bruckner, estudado na
disciplina "Estradas", ajuda a otimizar a distribuição entre cortes e aterros .
Exercícios de Fixação:
Os exercícios do tipo (A) são uma preparação para outros maiores. São de
pequena dificuldade em relação aos assinalados por (B), que visam preparar
aqueles que efetivamente irão trabalhar na construção de estradas.
A1) Calcule a faixa de ocupação, detalhando Xe e Xd, em função de 2L, da
cota vermelha H,  c,  a, e da inclinação média ( i ) do terreno, nos três casos
típicos. Encontre também fórmulas para determinar a cota dos off-sets em
relação à da plataforma. Lembre-se que - na seção mista - pode haver corte ou
53
aterro no eixo...
B1) Transforme a resolução do problema (A1) em um programa de computador
ou uma planilha de cálculo que além do que foi pedido, avalie as áreas de corte
e de aterro. Esses valores serão utilizados no cálculo dos volumes de corte e
de aterro (cubagem).

CONCLUSÃO

Os equipamentos utilizados para movimentação de terra, retirada de


arvores e outra atividades dentre as quais podemos citar os caminhões,
maquinas pesada e os tratores de esteira, são elementos bastante relevantes
nos custos de construção, bem como no tempo de execução da obra.
Os indivíduos que participam dessa atividade, tais como engenheiros,
técnicos, topógrafos e operadores de máquinas, são vitais para o perfeito
desenvolvimento dessas atividades. Uma operação inadequada de um
equipamento por parte de um operário pode acarretar em custos imprevistos ou
em acidentes graves.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Marque com um “X” as alternativas corretas:

1) São exemplos de equipamentos empregados na retirada de materiais e


arvores bem como na movimentação de terra (terraplenagem):
( ) Retroescavadeiras e clam shell.
( ) Guindastes e esteiras deslizantes.
( ) escavadeiras e tratores de esteiras.
( ) Pontes rolantes e guindastes.

2) Podem ser considerados tipo de movimento de terra em que consiste na

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retirada de material de acordo com projeto:
( ) Corte.
( ) Plantação.
( ) Aterro.
( ) Queimada.

3) A terraplenagem é o conjunto de operações destinadas ao corte,


carregamento, transporte, descarregamento, acabamento de superfície,
53
umedecimento e compactação de materiais em uma obra de construção
civil, objetivando adequar o terreno natural às especificações de projeto.

( ) Certo ( ) Errado

4) O que é mecanização?
5) Quais os principais equipamentos de tirada de arvores e movimentação de
terra?
6) O que não interessa ao empreiteiro é saber o modo mais fácil e econômico
de escavar, mover, carregar, transportar e dispor o material.
( ) Certo ( ) Errado
7) O que é terraplanagem.

8) O que é cota de fundo?

9) O que é faixa de ocupação?

10) qual a importância da sondagem do terreno?

__

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UNIDADE

53

CARACTERÍSTICAS DO
OPERADOR
DE TRATOR DE ESTEIRA

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


APRESENTAÇÃO
Nesta unidade do curso, você aprenderá alguns aspectos relevantes
relacionados às características da profissão de operador de máquinas de
terraplenagem, tais como as pás carregadeiras.
Vamos conhecer, também, algumas características necessárias ao próprio
operador.

OBJETIVOS
São objetivos desta unidade: 53
Apresentar os aspectos relevantes • da classificação brasileira de
ocupações– CBO para a profissão de operador de retroescavadeira;
Conhecer a formação, experiência e condições gerais de exercício da
profissão;
Informar sobre os recursos de trabalho e as atividades a serem
desenvolvidas.
Introdução
O profissional que lida com a atividade de escavação utilizando pás
carregadeiras deve atender a uma série de pré-requisitos para o exercício
de sua atividade. Esse profissional deve executar suas atividades com o
intuito de garantir maior segurança e efetividade na operação. Por esse
motivo, é fundamental que o operador dessas máquinas conheça as
características que sua função requer.

DESENVOLVIMENTO
1. Classificação Brasileira de Ocupações – CBO

Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, os operadores de


pás carregadeiras estão classificados como operadores de máquinas de
terraplenagem e fundações. Nessa categoria, encontra-se o código 7151-15 -
Operador de pá carregadeira.
Operador de equipamento de escavação;
Operador de Trator de Esteira.
Para a CBO esses profissionais são responsáveis por operar máquinas de
terraplenagem e fundações, ajustando comandos e acionando movimentos das
máquinas. Além disso, devem:
• Realizar manutenção básica de máquinas pesadas;
• Remover o solo e material orgânico “bota-fora”;
• Drenar solos e executar construção de aterros;
• Realizar acabamento em pavimentos.

Nos serviços de escavação, o chamado “bota-fora” corresponde ao


material que sobra das atividades de escavação e é empilhado do
lado de fora do canteiro das obras.

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2. Formação, experiência e condições gerais de exercício da profissão.

Em função da complexidade e das exigências que o operador de pá


carregadeira está submetido no exercício de sua função, é requerido desse
profissional escolaridade entre quarta e sétima séries do ensino fundamental e
um curso básico de qualificação profissional de até duzentas horas. O pleno
desempenho das atividades ocorre após dois anos de experiência profissional

Esses profissionais atuam principalmente nas empresas de


construção civil. De acordo com a CBO, devem ser 53
assalariados, com carteira assinada de acordo com a categoria.

Os operadores de maquinas pesadas trabalham com equipes


especializadas, nas diversas etapas de uma construção: sinalização, obra de
arte e terraplenagem, pavimentação, capa e topografia, topografia de solos,
entre outras. O trabalho é presencial, onde todos são submetidos à supervisão
permanente.

Os operadores de pá carregadeira realizam seu trabalho geralmente no


período diurno e noturno, a céu aberto e dentro dos veículos, diferentemente
do operador de bate-estaca, que trabalha em condições especiais, pois suas
atividades podem ser subterrâneas.
Na atividade de bate-estaca o operador fica confinado e exposto a materiais
tóxicos e ao ruído intenso.
A utilização dos equipamentos de segurança mostra-se indispensável
para esses profissionais. Além disso, é esperado que o operador de pá
carregadeira apresente características necessárias para exercer sua função,
tais como:
• Demonstrar organização e atenção;
• Comunicar-se com eficiência com superiores e subordinados;
• Demonstrar autocontrole e coordenação motora;
• Ter responsabilidade;
• Adaptar-se a novos trabalhos e situações.

2. Recursos de trabalho e atividades a serem desenvolvidas

Além de conseguir manusear as pas carregadeiras, o operador deve


conhecer e saber lidar com outros recursos necessários para o
desenvolvimento de suas atividades. Dentre esses recursos podemos citar:
chaves (combinada, fenda, “allen”, inglesa), manômetro, martelo.
Além disso, é desejável que o operador tenha noções de operação de outras
máquinas utilizadas nas atividades de terraplenagem, elevação de cargas e
fundações, tais como:
• Caminhão “munck” e guincho;
• Caminhão comboio (manutenção);
• Máquina de solda;
• Máquina escavadeira, pás carregadeira e retroescavadeira;

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• Motoniveladora e vibra acabadora.

Existem algumas características que o operador deve apresentar para


exercer seu trabalho com maior qualidade. Essas características podem ser
tanto suas características pessoais quanto características relacionadas à sua
função.
Para desempenhar melhor suas funções, é desejável que o
operador de tratores seja organizado, pois deve guardar toda a
documentação relacionada ao projeto que está executando, bem
como a documentação e os manuais da máquina que opera.
53

O operador deve saber trabalhar em equipe e demonstrar


responsabilidade, pois deve zelar pelos equipamentos e máquinas utilizados
nas atividades de terraplenagem e fundações em que está trabalhando.

CONCLUSÃO

Como pôde ser visto nesta unidade, a atividade de operador de tratores,


carregadeiras e escavadeiras não pode ser considerada uma simples operação
mecânica. Não basta apenas saber lidar com os equipamentos.
Essa profissão exige qualificação e um perfil específico, pois requer muita
disciplina, comprometimento e competência, por parte do operador.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Marque com um “X” as alternativas corretas:


1) Para a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, o profissional que lida
com escavadeiras deve:
( ) Drenar solos e executar construção de edifícios.
( ) Remover o solo e material orgânico “bota-fora”.
( ) Demonstrar organização e atenção no trabalho.
( ) Realizar corretiva básica nos tratores.

2) Segundo a CBO, os operadores de tratores estão classificados como


operadores de máquinas de terraplenagem, arrastos e fundações, contendo as
seguintes variações:
( ) Operador de pá carregadeira e guindastes.
( ) Operador de pá carregadeira e mono vias.
( ) Operador de trator de esteira e pás mecânicas.
( ) Operador de ponte rolantes.

3) Os operadores de tratores de esteira realizam seu trabalho em condições


especiais, pois suas atividades são sempre subterrâneas.
( ) Certo ( ) Errado

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UNIDADE 3
53

OS DIFERENTES TIPOS DE
TRATORES DE ESTEIRA

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


APRESENTAÇÃO

Nesta unidade do curso, você conhecerá os diferentes tipos de trator de


esteira e suas principais características. Além disso, vamos conhecer
diferenças em relação à operação e aos equipamentos auxiliares que
compõem essas máquinas.

OBJETIVOS

São objetivos desta unidade: 53


• Apresentar os diferentes tipos de tratores de esteira;
• Conhecer as principais características destas máquinas.

INTRODUÇÃO

Para deixar o solo apropriado para receber uma obra, são necessárias
algumas operações básicas, tais como: escavação, compactação, troca de
solo, arrastos e outros. As máquinas mais utilizadas para isso são as de
terraplenagem, em especial, os tratores de esteira.
Em uma obra que inclui a movimentação de terra, muitos empreiteiros
tendem a utilizar quaisquer equipamentos disponíveis em vez de selecionar a
máquina adequada. Por isso, conhecer as semelhanças e diferenças entre elas
é essencial.

DESENVOLVIMENTO

1. Os Tratores de Esteira

Os Tratores de Esteira é um tipo de máquina que exerce tração sobre


esteiras. Ela possibilita a execução de trabalho produtivo com conforto ao
operador, multiplicando a força humana. Um mesmo trator pode ser
complementado com diferentes implementos, possibilitando uma vasta gama
de aplicações, com economia de tempo e também dos equipamentos.

Os tratores de esteira é um tipo de máquina tratora que contém dois


equipamento (implementos) capaz de realizar corte, carregamento, arrasto e
derrubada de arvores.

2. Classificação dos tratores de esteira.

Os Tratores de esteira é uma forma típica de equipamentos usados para


grandes trabalhos e eles são unidades de equipamento de carga que
proporciona ao usuário trabalhar com várias opções.
Um trator de esteira é excelente para a limpeza do canteiro de obras da
construção, pois tem uma pá frontal e um contra peso para uma maior robusta
e equilibrada. Os tratores de esteiras têm uma série de características
diferentes, elas são uma prática opção adicional para qualquer obra.

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


O fato de que os tratores de esteira são efetivamente preparadas para
realizar serviços de grande porte de arrasto, elevação e transporte de material
até ao local de descarrego, as tornam práticas em dois sentidos; a empresa de
construção obtém uma rentabilidade maior com os tratores de esteira, e a
diversidade das ferramentas permite que a construção se beneficie na
execução de diferentes tarefas a serem concluídas com relativa facilidade. O
trator (força motriz) é a principal parte dessa máquina e ele permite aos
usuários uma fácil movimentação em diferentes tipos de terreno. Propulsionado
por um motor diesel, a força motriz emitida as esteiras especiais que ajudam a
apoiar os equipamentos em outras áreas onde os veículos podem ter enormes
dificuldades de deslocamento. Os Tratores de esteira são utilizadas para cavar
e arrastar grandes quantidades de terra, elas são usadas para criar enormes 53
trincheiras, e para remover materiais indesejados do canteiro de obras da
construção, tais como extração de arvores.

Os escareficadores são anexados aos tratores e adicionam novos


elementos em termos de utilidade. Eles pode ser usados para limpar os
materiais do canteiro de obra e para arar um determinado terreno de um local
para outro. Apesar do fato de que o carregador da seja parecido com a pá e a
retaguarda de garras poderosas de perfurações, mas sua função e muito mais
precisa em determinadas atividades, não é utilizado só para cavar. Na verdade,
o elemento de arar o terreno tem um grande objetivo de contra peso ou
atenuação de terrenos acidentados. O que há de bom sobre as esteiras e que
elas se utiliza dos contra pesos para manter sua tração firme e equilibrado não
provocando a levitação da força motriz e patinamento das esteiras. O contra
peso pode ser auxiliado pela aquisição de novos peso e contar com peso da
maquinas.
Tratores são capazes de trabalhar com a terra de uma maneira muito
mais eficiente do que se a função tivesse que ser executada de forma manual.
A utilização dos tratores de esteira nas atividades na construção tornar o
processo muito mais rápido porque o terreno pode ser preparado ou limpo para
a construção com muito mais facilidade. As características dos tratores
algumas vezes são limitadas: Algumas estão equipadas com garras, garfos, e
outros acessórios podem ser adicionados a fim de que a maquinas possam ser
usadas como campo agrícola e de neve durante o inverno. Trator de esteiras
pode ser usado para limpar e outros acessórios podem ser acrescentados
permitindo que as elas sejam usadas como um martelo ou triturador.

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Limpeza da faixa de ocupação, desmatamento e destocamento.

Fatores que influem nas operações de limpeza:


1.     Porte e tamanho das árvores:
Para efeito de desmatamento, a vegetação pode ser classificada em:
campo: vegetação rasteira
capoeira: arbustos e pequenas árvores (tronco diâmetro de 10 a 20 cm)
mata: muitas árvores, e grandes (diâmetro do tronco  > 20 cm) 53
2.    Uso final da terra:
Estradas, barragens, reflorestamento, uso agrícola – exigências são diferentes
em cada tipo de obra.
3.    Condições do solo:
Espessura da camada de terra vegetal, matéria orgânica, umidade, presença
de matacões e blocos de rocha , influem na escolha dos equipamentos a serem
usados.
4.    Topografia: grandes rampas, valetas, áreas pantanosas e de baixo
suporte, formações rochosas – alteram a operação de alguns equipamentos.
5.    Especificações da obra : tamanho da obra, prazo, disposição de entulho,
exigências de conservação ambiental e dos solos

Equipamentos usados na limpeza:

a) TRATORES DE ESTEIRA (Bull-dozer)

Cortando, limpando, empurrando, acertando e alisando superfícies para


melhorar o tráfego.

No desmatamento, utilizar tratores da maior potência possível.

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53

O entulho é removido para fora da faixa de ocupação, e, em geral, queimado,


para reduzir o volume de material a ser transportado para bota-foras.
Derrubada:

Destocamento:

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53

 
IMPLEMENTOS PARA LIMPEZA

Ancinho (brushrake)

Estimativa de tempo de derrubada de árvores:

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Fonte da figura: Métodos de desbravamento - Komatsu Brasil
Referencias bibliográficas: 53
Ricardo ,Hélio de Souza e Catalani , Guilherme - Manual Prático de Escavação, Pini Editora
Senso, Wlastermiler de - Terraplenagem – EP USP, 1975
Silveira, Araken – Terraplenagem – Universudade de S. Carlos , 1971
?? - Princípios Básicos de Terraplanagem – Caterpillar Brasil
?? – Mobilização, o primeiro passo – Revista Engenheiro Moderno, janeiro 1969- pp. 27-33

UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS NA EXECUÇÃO DE


TERRAPLANAGEM
BULL-DOZER (Trator de esteira com lâmina):

    É o "bom-bril" da terraplanagem, com mil e uma utilidades.  Sem exagero,


podemos considerar a invenção do trator de esteiras (1904) como o marco de
início da terraplanagem moderna.  É a máquina mais usada, e praticamente
obrigatória em qualquer trabalho de movimentação de terra. Tracionando ou
empurrando, o bull- dozer tem enorme utilização em obras de grande, médio ou
pequeno porte.

Posições básicas da Lâmina:


quanto à inclinação horizontal:  

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


posição reta angle-dozer
quanto à inclinação vertical:  

 plana (horizontal) tilt-dozer


53
Principais atividades do bull-dozer:

Preparo de cortes e aterros, praças de manobra para motoscrapers no corte e


no aterro, atenuar rampas para uso do equipamento de pneus, espalhamento
de terra em ponta de aterro, escarificação em materiais de 1ª categoria que
sejam muito compactos, escarificação em materiais de 2ª categoria (com
escarificadores reforçados). Pusher (mais indicados os tratores com servo-
transmissão tipo "power-shift").

Primeiro espalhamento nos aterros.  Desmatamento.  Empurrar e puxar. 


Movimentar materiais em pequenas distâncias.

Se a inclinação do terreno for muito


forte, é preciso começar cortes com o
"embocamento"
(geralmente lâmina na posição plana
e reta)

Operações com a lâmina em "angle-dozer":exemplo: corte em meia encosta

em terreno pouco inclinado


em terreno muito inclinado

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


taludamento

53

Execução de valetas, com lâmina em tilt-dozer, na falta de retro-


escavadeira
Unidades escavo-transportadoras: 

ESCARIFICAÇÃO :                                                             

Escarificador (ripper)

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


53

ESQUEMA DO DENTE DO ESCARIFICADOR


A escarificação é recordada aqui, por ser uma operação de preparo de carga.
Os escarificadores já foram estudados anteriormente. São acoplados na
traseira de tratores e (menores) à frente da lamina de motoniveladoras. Dentes
de muitos tipos e tamanhos, curtas para material duro, longas para material
solto mas abrasivo.
 Usados na escavação de materiais de segunda categoria, em rochas brandas,
abrandando materiais de primeira categoria, etc.
São mais eficientes nos materiais muito consistentes que nos materiais
brandos. Os de  comando hidráulico são mais precisos porém sofrem maior
desgaste.
Técnicas de operação:
escarificar sempre em primeira marcha, e baixa velocidade ;
se possível, morro abaixo;
se o material apresentar camadas inclinadas, na direção da inclinação;
quando usado na carga por scraper, na direção de carga;
escarificar em profundidade uniforme;
colocar os porta dentes simétricos em relação ao centro da barra de ripper.

OUTROS EQUIPAMENTOS:

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


Valetadeiras, máquinas para fazer meio-fio, guindastes móveis, grandes
equipamentos para perfuração de túneis, carretas para transporte de
máquinas, tratores, ônibus, veículos leves  para transporte de pessoas, aviões
de carga , carroças de tração animal , carrinhos de mão, ferramentas manuais,
não serão aqui estudadas, por economia de espaço. Nem elefantes ou
carneiros, ainda que estes últimos tenham tido, no passado, grande aplicação
em compactação.

53

Os tratores de esteiras muitas vezes vêm com transmissões automáticas


de fábrica. Embora um pouco mais caro que as maquinas com as transmissões
manuais, tratores com transmissão automática podem reduzir lesões no
trabalho. Lesões como a do túnel carpal ou outras lesões causadas por
esforços repetitivos podem ser evitados com o uso de um tratoor que possua
uma transmissão automática.

PAINEL DE
INSTRUMENTOS
• Contagiros
• Horímetro
• Indicador de carga das
baterias
• Indicador de funcionamento
da embreagem central
• Indicador de restrição do filtro
de ar
• Indicador de restrição do filtro
de óleo hidráulico
• Manômetro de óleo do motor
• Termômetro de água do
motor
.

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


As cabines em que os usuários permanecem enquanto utiliza a pá
carregadeira evoluíram na ultimas décadas de acordo com as exigências atuais
do MTE, na NR 17 da portaria 3.214/78, nos últimos 35 anos, desde quando
essas máquinas estiveram disponíveis para compra.
Os usuários podem se sentar confortavelmente dentro das cabines das
pás carregadeira e elas são criadas com uma gama de funcionalidades de
segurança e conforto.

No compartimento do operador estão dispostos todos os sistemas de 53


gerenciamento da máquina, incluindo painéis analógicos e digitais com
instrumentos independentes de fácil leitura, bancos ajustáveis em altura e
distância, com ajuste de postura e peso e vários itens de série, como exemplo:
tomada para celular, porta-objetos, porta-copo, chave-geral elétrica porta-
ferramentas, espelho retrovisor interno e laterais, CD player, ar-condicionado,
ar quente, opcional cabine ROPS & FOPS certificada, pelo IPT, entre outros.
Nos tratores mais avançados.

CONCLUSÃO
Na movimentação de pequenos volumes de material ou no carregamento
de caminhões, o equipamento normalmente empregado é a Pá carregadeira.
Isso ocorre porque as carregadeiras são equipamentos de baixo custo de
operação e grande agilidade. Apesar de serem equipamentos de reduzida
capacidade, podem ser utilizadas no corte e carregamento de material,
associadas ao uso de equipamentos de transporte de maior capacidade como
os caminhões.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Marque com um “X” as alternativas corretas:

1) Quanto à sua função, os equipamentos de terraplenagem, em


especial os tratores, podem ser usadas para corte de material
escavação e a tratores esteiras pode ser usada para limpar os
materiais do canteiro de obra e para mover grandes obstaculos de
um local para outro:
( ) Certo ( ) Errado

2) O fato de que as maquinas pesadas são efetivamente um


braço com uma caçamba para varias funções, as tornam práticas
nas empresa de construção obtém uma rentabilidade maior com
em alguns momentos do que outras maquinas, em sua
diversidade das ferramentas permite que a construção se
beneficie na execução de diferentes tarefas a serem concluídas
com relativa facilidade mesmo em terrenos muito acidentados.

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


( ) Certo ( ) Errado

3) A cabine das pás carregadeiras foi concebida dentro do


conceito “o máximo de conforto para o operador”, seguindo os
padrões de segurança, conforto e grande visibilidade frontal e
lateral, facilitando a operação e resiste qualquer tipo de
tombamento.
( ) Certo ( ) Errado

53

UNIDADE
4

COMPONENTES BÁSICOS
DAS TRATOR ESTEIRA

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


APRESENTAÇÃO 53

Nesta unidade do curso, você irá conhecer os componentes básicos de


um trator de esteira. Além disso, compreenderá as funções de cada um para
que o equipamento possa realizar a atividade de escavação.

OBJETIVOS

São objetivos desta unidade:


• Apresentar os principais componentes das retroescavadeiras;
• Apresentar as características e funções desses elementos.

INTRODUÇÃO

Os Tratores de esteiras podem ser consideradas equipamentos que


associam alto desempenho e produtividade, com grande capacidade de carga.
Essa capacidade pode ser multiplicada quando associada a equipamentos de
transporte, tais como caminhões. Quando bem utilizadas, são equipamentos
que apresentam baixo índice de manutenção, fácil operação e relativo conforto.
A seguir vamos conhecer suas principais partes componentes.

DESENVOLVIMENTO

1.Componentes do Trato de Esteiras

Os principais componentes da pá carregadeira são:


· Motor.
· Transmissão. Sistema hidráulico,
· Embreagem. Sistema elétrico.
· Diferencial. Painel de instrumentos.
Caçamba.
· Comando final,
Ferramentas de penetração
· Chassis. no solo (FPS).

Motor:
• MWM, modelo D-229.6, diesel, de injeção direta, quatro tempos, refrigerado a
água, aspiração natural, seis cilindros, 5.880 cm³ de cilindrada.
• Alimentação do sistema de combustível por bomba de injeção Bosch
• Filtro de ar a seco, duplo, com elemento de segurança e ejetor centrífugo de
poeira.

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


• Filtro tipo fluxo total (“full-flow”) com trocador de calor
• Governador mecânico com controle para todas as velocidades e ajuste
automático do ponto de injeção
• Sistema de lubrificação por circulação forçada por bomba dupla de
engrenagens com funcionamento em até 100% de inclinação
• Sistema de arrefecimento de circulação forçada por bomba de água
centrífuga e ventilador soprante - sistema pressurizado

SISTEMA ELÉTRICO 53
• Duas baterias (sem manutenção) em série de 12 V e 120 Ah
• Motor de partida de 4 kW
• Voltagem de 24 V
• Sistema de iluminação com três faróis
TRANSMISSÃO
• Atuação mecânica através de alavanca de mão
• Embreagem principal em banho de óleo, com dois discos de material
sinterizado.
• Grupo câmbio-inversor com cinco marchas à frente e quatro à ré,
comandadas por alavancas de mão.
• Lubrificação forçada através de bomba de engrenagens Independentes
DIREÇÃO E FREIOS
• Embreagens de direção em banho de óleo de discos múltiplos (13 discos
acionados) servocomandados.
• Comando das embreagens direcionais através de duas alavancas
servoassistidas hidraulicamente
• Freios de cintas contráteis, em banho de óleo, de comando mecânico através
de dois pedais suspensos
• Freio de estacionamento de comando mecânico
• Comandos finais
• Dupla redução em banho de óleo de construção modular
PARTE RODANTE
• Esteiras seladas, com buchas de duplo diâmetro.
• Guias de esteiras
• Nº. de roletes superiores: 1 (cada lado)
• Nº. de roletes inferiores: 5 (cada lado)
• Rodas motrizes segmentadas, de fácil substituição e dentes com perfil
exclusivo para descarga de materiais (“antipacking”)
• Rodas-guia com regulagem hidráulica de tensão das esteiras
• Rodas-guia, rodas motrizes e roletes de lubrificação permanente.
• Suspensão oscilante por feixe de molas
• Sapatas tipo garra simples
SISTEMA HIDRÁULICO
• Cilindros da lâmina: 2
• Reservatório pressurizado colocado na traseira do trator, incorporado ao
reservatório de combustível.
• Sistema alimentado por bomba de palhetas
• Distribuidor hidráulico de duas vias

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


• Primeira tomada hidráulica traseira
PAINEL DE INSTRUMENTOS
• Contagiros
• Horímetro
• Indicador de carga das baterias
• Indicador de funcionamento da embreagem central
• Indicador de restrição do filtro de ar
• Indicador de restrição do filtro de óleo hidráulico
• Manômetro de óleo do motor
• Termômetro de água do motor
OUTROS ITENS
• Protetor do radiador e da bomba hidráulica 53
• Gancho dianteiro
• Segunda tomada hidráulica traseira
• Distribuidor de três vias
• Terceira função engate rápido
SISTEMA HIDRÁULICO
• Barra de tração oscilante
• “Ripper” com três dentes
IMPLEMENTOS ESPECIAIS
• Cinto de segurança
• Extintor de incêndio
• Protetores dos roletes inferiores
• Toldo solar
• Caixa de ferramentas

3. Motor e trem de força (transmissão)

O motor fornece alto torque e responde rápido a baixas RPM (rotações


por minuto), mesmo a plena carga. A máquina pode trabalhar à baixa rotação
do motor, o que contribui para uma boa economia de combustível, menos
ruído, menor desgaste e longa vida útil. A transmissão é segura, eficiente e de
fácil mudança, oque garante torque adequado às operações.

MOTOR

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


53

O eixo traseiro possui redutores nos comandos finais externos ao rodar.


Freios de serviço e estacionamento indiferentes tipo multidisco em banho de
óleo. O freio de serviço é acionado hidraulicamente, enquanto o de
estacionamento é acionado independentemente através de dispositivo
mecânico.

Embreagem principal:
Em banho de óleo, com dois discos de material sinterizado. Atuação mecânica
através de alavanca de mão.
Lubrificação forçada através de bomba de engrenagens independentes.
Câmbio:
Grupo câmbio-inversor com cinco marchas à frente e quatro à ré, comandadas
por alavancas de mão.

3. Eixos e direção

CONCLUSÃO

Todas as pessoas envolvidas na manutenção e operação dos tratores não


devem executar nenhuma tarefa com o equipamento, sem antes conhecer
detalhadamente as normas de segurança para manutenção e operação
contidas no manual de instrução do operador que segue junto com o
equipamento. A maior parte destes equipamentos contém adesivos indicativos

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


sobre procedimentos de segurança que devem ser observados pelo operador.
Em caso de dúvidas, consulte o manual do usuário ou o fabricante do
equipamento.

53

UNIDADE
5
ATIVIDADES INICIAIS:
PLANEJANDO E PREPARANDO
O EQUIPAMENTO

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


53

APRESENTAÇÃO
Nesta unidade do curso vamos conhecer algumas atividades desenvolvidas
pelo operador de pá carregadeira. As atividades se iniciam sempre com o
planejamento do serviço. Você aprenderá aspectos relevantes para garantir
uma operação que promova a segurança, evitando acidentes tanto para os
trabalhadores como para o equipamento.

OBJETIVOS
São objetivos desta unidade:
• Apresentar o planejamento do trabalho de escavação;
• Mostrar as principais atividades desenvolvidas pelo operador de
carregadeiras.

DESENVOLVIMENTO
Ao receber uma solicitação de serviço, o operador de trator de esteira
deve realizar um planejamento prévio de sua tarefa, identificando a melhor
forma de colocar em ação seus equipamentos e de movimentar a terra usando
as máquinas adequadas. Vamos conhecer algumas atividades que ele deve
desenvolver.

1. Planejamento do trabalho

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


Antes de iniciar seu trabalho, o operador deve planejar o que será
executado. Para que o serviço seja bem feito, com eficiência e segurança,
devem ser tomadas algumas precauções. Além disso, algumas atividades
anteriores à movimentação de terra devem ser feitas, garantindo o sucesso
final da atividade de terraplenagem.

Antes de iniciar a terraplenagem, as principais atividades que o operador


desenvolve são:
• Analisar o serviço;
• Estabelecer uma sequência de atividades;
• Definir as etapas de serviço a ser realizado;
• Estimar tempo de duração do serviço e de suas etapas; 53
• Selecionar as máquinas adequadas;
• Definir os acessórios mais indicados;
• Selecionar as ferramentas manuais que irá necessitar;
• Selecionar os instrumentos de medição que irá utilizar;
• Selecionar equipamentos de proteção individual (EPI);
• Selecionar a sinalização de segurança

2. Operação de máquinas pesadas

Durante a realização de seu trabalho o operador de maquinas


estará no comando de um equipamento que é considerado uma
máquina pesada. Por este motivo é extremamente importante que
ele saiba lidar com o equipamento e que tome as devidas
precauções
Para operação na operação de
de movimentação dessas máquinas.
materiasl, é necessário saber:
• Acionar a máquina;
• Interpretar as informações do painel da máquina;
• Mudar marcha conforme o serviço que está executando;
• Controlar a aceleração da máquina (RPM);
• Estacionar a máquina em local plano;
• Apoiar equipamentos hidráulicos e mecânicos no solo;
• Resfriar a máquina;
• Desligar a máquina;
• Anotar informações sobre a utilização da máquina;
• Relatar ocorrências de serviço ao seu superior.

3. Remover solo e material orgânico

Uma das atividades iniciais realizadas pelo operador envolve a


remoção do “bota-fora”. Esse é o material resultante de
procedimentos de escavações realizados antes da terraplenagem,
que é empilhado do lado de fora do canteiro de obras.

Nas atividades com o “bota-fora” o operador deve:


• Verificar a marcação da topografia;
• Analisar a inclinação do terreno;
• Verificar o tipo de solo;

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


• Carregar o caminhão caçamba

CONCLUSÃO

Como pode ser visto nesta unidade, existe uma série de atividades e
procedimentos com os quais o operador de carregadeira deve se preocupar
antes de realizar as operações de movimentação de terra. O cuidado com
essas atividades é o diferencial entre uma operação eficiente e segura e uma
operação onerosa, insegura e ineficiente. Cabe ao operador buscar esse
conhecimento e aplicá-lo em sua atividade.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 53
Marque com um “X” as alternativas corretas:
1) Antes de iniciar a terraplenagem propriamente dita, são exemplos de
atividades que o operador de carregadeira desenvolve:
( ) Definir as etapas de serviço a ser realizado.
( ) Estabelecer uma sequência de atividades.
( ) Selecionar as máquinas adequadas.
( ) Definir os acessórios mais indicados.

2) Uma das atividades inicias realizadas pelo operador de carregadeiras


envolve a remoção do “bota-fora”. Nessas atividades o operador deve:
( ) Verificar a marcação da topografia.
( ) Analisar a inclinação do caminhão.
( ) Verificar o tipo de solo.
( ) Carregar o elevador.

UNIDADE
6
Prevenção e Combate
e Incêndio

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


53

6. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

APRESENTAÇÃO
Nesta unidade do curso vamos conhecer algumas atividades desenvolvidas
pelo operador de trator. As atividades tais como a prevenção e combate a
incêndios. Você aprenderá aspectos relevantes para garantir uma operação
que promova a segurança, evitando acidentes tanto para os trabalhadores
como para o equipamento.

6.1 Teoria do Fogo

Fogo ou combustão é o resultado de uma reação química entre três


elementos, chamada de Triângulo do Fogo:

Combustível - é todo material que queima e se transforma. Exemplo:


carvão, gasolina, GLP, transformadores, magnésio e etc.

Comburente - é um dos elementos do ar, ou seja, o oxigênio.

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Fonte de Calor - é a forma de energia que dá início ao fogo. Exemplo:
chama viva, brasa, faíscas, etc.

Exemplo:

- O Combustível: pavio da vela.


- O Comburente: oxigênio do ar. 53

- Fonte de Calor: chama do palito de fósforo.

6.2. Pontos de Inflamabilidade


Alguns materiais em temperatura ambiente, podem pegar fogo com uma
simples faísca. Outros, no entanto, necessitam de aquecimento prévio para que
entrem em combustão. Exemplos: a gasolina pode queimar em temperatura
ambiente; já, o ferro necessita de altíssimas temperaturas para queimar. Por
isso, é importante conhecer os pontos de inflamabilidade. São eles:
Ponto de Fulgor - é a temperatura mínima em que um combustível libera
gases ou vapores inflamáveis, que se incendeiam se houver uma fonte externa
de calor, sempre em presença do oxigênio. Entretanto, o fogo se apaga em
seguida devido a pouca quantidade de vapores formados.

Ponto de Combustão: é a temperatura mínima necessária para que um


combustível libere gases ou vapores inflamáveis, que se incendeiam se houver
uma fonte de calor e oxigênio. A queima é contínua devido a formação em
cadeia de novos vapores ou gases.

Ponto de Ignição: é a temperatura mínima em que um combustível


libera gases ou vapores inflamáveis, que se incendeiam espontaneamente, na
presença do oxigênio, independentemente de uma fonte externa de calor.

Vale ressaltar que muitos produtos inflamáveis apenas em temperatura


ambiente já ultrapassaram seu ponto de fulgor. Isto é, liberam gases ou vapores
suficientes para serem inflamados.
Exemplos:
Produtos Perigosos Inflamáveis Ponto de Fulgor
Gasolina - 42º C
Metanol + 12,2ºC
Tintas, vernizes e diluentes + 23ºC
Querosene + 34ºC
Butano - 60º C

6.3. Transmissão de Calor

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O calor é uma espécie de energia e, por isso, pode ser
transmitido de um corpo a outro?
Esse processo pode ocorrer de três formas:
Condução: O calor se transmite de um corpo para outro, através de
contato direto.

53

Exemplo:

O calor produzido pela chama da vela incandescente é transmitido por


contato direto à lâmina do estilete.

Convecção: o calor se transmite através de um meio circulante gasoso.

Exemplo:

O calor produzido pela chama da vela incandescente é transmitido para o


papel através do ar quente.

Radiação: o calor se transmite através de ondas de energia calorífica, que se deslocam


através do espaço.

Exemplo:
A lâmpada acesa transmite
calor, aquecendo a folha de papel.

6.4. Combate a Princípio de Incêndio

Mesmo ao trabalharmos para que as medidas preventivas sejam


adequadas, ainda assim poderá ocorrer algum acidente que provoque o início de
incêndio. Portanto, além de sabermos prevenir o fogo é também importante
sabermos combatê-lo.
Partindo desse princípio, podemos afirmar que um incêndio pode ser
extinto se rompermos o triângulo do fogo, ou seja, se adotarmos uma das
seguintes práticas:

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6.5. Métodos de extinção do fogo 53
 Isolamento ou remoção do material: é a retirada, interrupção ou
desligamento do material que ainda não começou a queimar. Exemplo:
Isolamos a continuidade da queima do GLP do isqueiro quando soltamos a
válvula de saída.

 Resfriamento: é a retirada do calor do material incendiado até que sua


temperatura fique abaixo do ponto de combustão.

Exemplo:
Quando mergulhamos o palito de fósforo aceso no copo com água,
ocorre resfriamento total, extinguindo o fogo.

 Abafamento: é a retirada total ou parcial do oxigênio ou comburente.


Exemplo: quando tampamos a vela acesa com o copo, o oxigênio existente
em seu interior é consumido pela chama até atingir níveis insuficientes para
continuar a queima.

6.6. Classificação dos Incêndios

De acordo com as características dos materiais combustíveis, e visando a utilização de


extintores adequados para romper o triângulo do fogo, os incêndios foram divididos em cinco
classes.
CLASSES MATERIAIS

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


Trata-se de fogo em material sólido, que ocorre na superfície e em profundidade,
A
deixando cinzas e resíduos após sua queima.

Trata-se de fogo em líquidos inflamáveis, que queimam em superfície e não deixam


B
resíduos.

C Trata-se de fogo em materiais energizados.

Trata-se de fogo em metais pirofóricos, ou seja, metais que queimam em altíssimas


D
temperaturas.

Envolvem materiais radioativos.


53
E Não trataremos do método de extinção para esta classe, pois nesses casos a presença
de técnicos especializados é indispensável.

6.7. Tipos de agentes extintores e sua


utilização
Existem diversos tipos, tamanhos, modelos e processos de
funcionamento de extintores de incêndio, que são encontrados, em uso no
mercado
Vamos conhecer os tipos de extintores e suas respectivas operações:
Água Pressurizada
O cilindro contém água e um gás inerte que dá a pressão necessária ao seu
funcionamento. É utilizado para a prática de resfriamento.

Operação:

1. Levá-lo próximo ao local do fogo;


2. Empunhar a mangueira;
3. Retirar a trava ou o pino de segurança;
4. Atacar o fogo, dirigindo o jato de água para sua base.

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Espuma Mecânica
O cilindro contém solução extintora pressurizada e um gás expelente
(nitrogênio). Sendo uma pré-mistura de 95% de água potável e 5% de líquido
gerador de espuma (LGE).
Operação:

1. Puxe a trava, rompendo o lacre, e segure na posição vertical;


2. Libere a mangueira e direcione para a base do fogo;
3. Aperte a gatilho, mantendo o jato sobre o material em chamas.
53
Gás Carbônico
Este cilindro contém dióxido de carbono (CO 2) sob pressão. O gás carbônico
presta-se ao processo de abafamento da superfície, reduzindo ou eliminando a
presença do comburente.

Operação:

1. Levá-lo próximo ao local do fogo;


2. Retirar a trava ou o pino de segurança;
3. Empunhar a mangueira;
4. Atacar o fogo, procurando abafar toda área atingida.

Pó Químico Seco Pressurizado


Este cilindro contém bicarbonato de sódio não higroscópico (que não absorve
umidade) e um gás inerte, para dar a pressão necessária ao seu funcionamento. Este
extintor presta-se ao processo de abafamento da superfície, reduzindo ou eliminando
a presença do comburente.

Operação:

1. Levá-lo próximo ao local do fogo;


2. Retirar a trava ou o pino de segurança;
3. Empunhar a mangueira;
4. Atacar o fogo, procurando formar uma nuvem de pó
em toda a sua área.
Tabela de Classes de Incêndios e Métodos de Extinção
Classe Métodos de Extinção Extintores

A Resfriamento Água pressurizada, espuma química ou mecânica. Obs.1

Gás carbônico, pó químico seco, espuma química ou


B Abafamento:
mecânica. Obs.2

C Abafamento: Gás carbônico, pó químico seco. Obs.3

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Quebra de reação em cadeia:
Pó químico especial e limalha de ferro fundido.
D pelo uso de pós químicos

Isolamento da área e não se BOMBEIROS (FONE: 193)


E aproxime do local.
CNEN

Observação 1: No princípio de incêndio de materiais da classe A, poderão


também ser usados, extintores de pó químico seco ou gás carbônico. 53

Observação 2: Nos incêndios de líquidos inflamáveis, deve-se direcionar o jato


para a face interna do recipiente até cobrir totalmente a área. A espuma química,
geralmente, é usada para incêndios em grandes tanques.

Observação 3: Com a corrente elétrica desligada, este incêndio passa a ser


combatido como se fosse da classe A ou da B.

Observação 4: A sinalização dos extintores deve estar em local bem visível,


indicando a localização dos equipamentos de combate a incêndio. Nesses
locais não poderá ser obstruído por materiais, equipamentos ou mesmo
estacionar a Empilhadeira.

É uma exigência da Norma Regulamentadora - NR 23 da Portaria 3.214


do Ministério do Trabalho.

6.8. Providências a serem tomadas em caso de princípio de


incêndio

1. Toda área deve ser evacuada, pois curiosos e as pessoas de boa vontade
podem atrapalhar.
2. Isolar a área e dar combate ao fogo.

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


3. Você não possui todos os recursos e não domina todas as técnicas de
combate ao fogo, portanto, deve ser acionado de imediato o Corpo de
Bombeiros.
4. Informar ao Corpo de Bombeiros, ou pedir a terceiros que informem, o tipo
de material que está se incendiando e o local da ocorrência.
5. Verificar a proximidade das instalações elétricas, para que sejam
desligadas.
6. Em todos os casos, deve-se manter a calma, para atuar com serenidade e
precisão, sem tentar ser o herói.
53
O telefone do Corpo de Bombeiros é 193.

UNIDADE
7
Prevenção de Acidentes
Do Trabalho

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


53

7. PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

APRESENTAÇÃO

Nesta unidade do curso, você conhecerá as causas de acidentes na


operação em trator de esteira e suas principais características. Além disso,
vamos conhecer diferenças em relação de trabalho que podem causar
acidentes de trabalho com essas máquinas.
7.1. Ato Inseguro e Condição Insegura

Os acidentes de trabalho podem acontecer por duas razões: Ato


Inseguro e Condição Insegura.

Ato Inseguro

É realizar um trabalho, desobedecendo às normas de segurança, o que


pode causar ou favorecer a ocorrência de um acidente.
Os atos inseguros são a causa da grande maioria dos acidentes de
trabalho.

Os atos inseguros mais comuns são:

 Falta de atenção;
 Manobra imprópria;
 Desobediência aos procedimentos operacionais;

Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


 Cansaço.
 Uso de álcool e drogas;
 Falta de conhecimento do equipamento.
Condição Insegura

A condição insegura é a que existe quando o empregado realiza o seu


trabalho num ambiente de risco, sem a necessária segurança para os
profissionais, os equipamentos e as instalações.

Estes riscos são chamados de riscos ocupacionais e quando não são 53


controlados, podem se transformar em perigos para o trabalhador. Os riscos
ocupacionais podem ser de três tipos:
 Riscos de Local
São os riscos existentes nas áreas de trabalho. Estes riscos podem se
transformar em perigos quando não são controlados. Ex: operação onde tem
muitos curiosos e Trânsito de pessoa intenso, altura elevada de operação,
áreas irregulares.

 Riscos de Operação
São os riscos na forma errada de realizar o seu trabalho.
Ex: operar a escavadeira de maneira rápida e falta de atenção.
 Riscos Ambientais
São os riscos que estão presentes no ambiente de trabalho,
provocados por agentes agressivos, e que com o passar do tempo podem
afetar a saúde.
Esses riscos podem ser provocados por cinco tipos de agentes:
Físicos, Químicos, Biológicos, Ergonômicos e Mecânicos.

Agentes Físicos
São os riscos causados por máquinas, equipamentos com defeitos e
outras condições do local de trabalho.

Ex. :Calor, frio, vibrações, ruídos, iluminação deficiente, umidade .

Se não forem prevenidos, podem prejudicar a saúde do empregado,


diminuindo sua capacidade de trabalho e aumentando o dos colegas.

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Agentes Químicos

Podem causar doenças por contato direto com o organismo, que na


grande maioria dos casos reagem de forma venosa ou tóxica. Ex.: produtos
perigosos em forma de gases, líquidos e sólidos.

Agentes Biológicos

Os agentes biológicos são pequenos micróbios como bactérias, fungos,


vírus e bacilos que contaminam e causam doenças. 53
Podem provocar várias doenças ocupacionais que vão prejudicar o
trabalhador.

Agentes Ergonômicos
Os riscos são: trabalho físico intenso, levantamento e transporte manual
de peso, posturas incorretas, posições incômodas, jornada excessivamente
prolongada de trabalho.

Se não prevenir-se contra esses riscos, o trabalhador poderá sentir


dores musculares, alterações do sono e problemas de coluna, o que diminui o
ritmo de trabalho.
Agentes Mecânicos
Quando as instalações elétricas são incorretas, as consequências
podem ser: choque elétrico, queimadura, incêndio ou até um acidente fatal.
 Quando a arrumação do local de trabalho é inadequada, o
empregado pode sofrer um acidente ou ter um desgaste físico
desnecessário.
 Se o empregado usar o EPI inadequado ao trabalho, uma
ferramenta defeituosa, ou operar máquinas sem proteção, as possibilidades
de acontecer um acidente são grandes.
7.2. Equipamentos de Proteção Individual

O uso do Equipamento de Proteção Individual - EPI é disciplinado pela


Norma Regulamentadora NR-6, da Portaria 3.2l4 do Ministério do Trabalho,
que exige dos Empregadores e Empregados o cumprimento desse
regulamento nas jornadas de trabalhado em que seja necessário.

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Considera-se o Equipamento de Proteção Individual todo dispositivo de
uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinada a proteger a
saúde e integridade física do trabalhador, neutralizando a ação de certos
acidentes que poderiam causar lesões graves ao trabalhador.
O operador de trator de esteira deve seguir as normas de segurança,
tendo cuidado em observar todos os aspectos dos atos inseguros e das
condições inseguras, para prevenir-se dos acidentes, principalmente no uso
dos equipamentos de proteção individual (EPI), durante sua jornada de
53
trabalho. De qualquer forma, o uso de EPI deve ser limitado, procurando-se
primeiro eliminar ou diminuir o risco com a adoção de medidas de proteção
coletiva.

Características e classificação dos EPI

Podemos classificar os EPI, agrupando-os quanto a parte do corpo que


devem proteger.
Proteção para a cabeça: especificamente para o crânio e protetores
para os órgãos da visão e audição. Ex. Capacete, protetor facial, óculos de
segurança contra impacto, óculos para soldador (solda a gás), máscara para
soldador (solda elétrica), máscaras semi-facial contra poeira e gases tóxicos,
protetor auditivo (tipo plugue e tipo concha).

Proteção para os membros superiores: proteção para as mãos e


braços: luvas(raspa de couro, de lona vinílica, de borracha, borracha especial
para eletricidade), mangas de raspa de couro, magotes de raspa de couro.

Proteção para os membros inferiores: as pernas e os pés são partes do


corpo que, além de estarem sujeitos diretamente ao acidente, ainda mantêm o
equilíbrio do corpo. Por esta razão os EPI ganham dupla importância, ou seja,
de proteger diretamente os membros inferiores e evitar a queda, o que pode ter
conseqüências graves. Esses EPI são: sapatos de segurança (com ou sem
biqueira de aço, com ou sem palmilha e biqueira de aço, com solado
antiderrapante), botas de segurança cano curto, botas de segurança cano
longo, perneiras de raspa de couro, perneiras especiais.

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Proteção para o tronco: aventais e vestimentas especiais são
empregados contra os mais variados agentes agressivos. Os aventais podem
ser: de raspa de couro, de lona, de amianto e plástico.

Proteção para as vias respiratórias: sua finalidade é impedir que as vias


respiratórias sejam atingidas por substâncias químicas nocivas ao organismo.
A máscara é peça básica do protetor respiratório, podendo ser: semifacial,
facial, de filtro, com suprimento de ar e com filtro contra gás.
53
Guarda e conservação dos EPI.

O operador de maquina deverá usar o EPI, verificar o seu estado de


conservação e realizar limpeza a cada final de jornada de trabalho. É
necessário que a empresa ajude o operador na conservação desse
equipamento, oferecendo condições e lugar próprio para guardá-lo.

4.3. Prevenindo Situações Emergenciais


Os equipamentos de escavações são equipamentos seguros.
Os acidentes acontecem porque os profissionais praticam atos inseguros
e não tomam os cuidados necessários para um procedimento de segurança.

Por que os tratores de esteiras tombam?

As maquinas são montadas são estruturadas em dois seguimentos de


trabalho (traseira e frontal), onde conta com um contrapeso na parte traseira,
mas proporcionada por uma articulação lateral de 25º ocasionando um
destabilidade lateral e frontal, formando o sistema de sustentação, chamado
sistema de Estabilidade.

Os pontos de apoio do trator é o principio da gangorra, ocasionando o


seu ponto de equilíbrio nas rodas dianteiras podendo contar com a pá na parte
frontal para manter esse equilíbrio. O ponto localizado no na cabine da
maquina é o Centro de Gravidade da maquina.

Se o Centro de Gravidade do conjunto equipamento de escavação


+ carga estiver situado fora dessa plataforma, a maquina pode tombar.

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Quando o trator é demasiadamente inclinando para os lados, ou estiver
numa rampa, lembre-se de que a sua estabilidade estará comprometida.

Opere mais devagar e com mais cuidado!

O que acontece quando a maquina está carregada?

Quando a maquina está carregada, o Centro de Gravidade se desloca


para cima da maquina e transferido o apoio para parte frontal das rodas de
sustentação, não podendo ultrapassar a linha de equilíbrio da maquina. Se 53
ultrapassar esta linha, a maquina vai tombar.

Existem dois tipos de tombamento:

 Tombamento frontal
Acontece quando a maquina está sobrecarregada na parte da dianteira.
Este tipo de tombamento é comum, pois antes que o centro de gravidade
comum saia da área de estabilidade, a carga escorregará rompendo toda a
estrutura e causando sérios danos.

 Tombamento lateral
É o mais comum. Acontece quando há excesso de peso da mercadoria e
o descuido na verificação do solo, falhas no equipamento ou até mesmo
descuido com a elevação da carga.

7.4 Prevenindo Colisões com as maquina.


 Prestar atenção nas barreiras pintadas com listas diagonais
(Direção oblíqua ou transversal) nas cores preta e amarela, avisos, sinais,
placas, etc.;
 Ficar atento na condução dos comandos, observando se não
existem obstáculos à sua frente, lateral ou altura;
 Observar a altura dos depósitos, atravessar devagar;
 Estacionar a maquina em local seguro, onde o acesso não seja
permitido a pessoas não autorizadas;
 Manter distância segura dos veículos em sua lateral;
 Fazer manobras, tomando cuidado com o que está a sua volta;

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 Utilizar sirene em situações de riscos
graves;
 Operar com atenção máxima, para garantir a segurança na
operação do transporte da carga;
 Observar rigorosamente todos os regulamentos e sinalizações
existentes na área de trabalho.

7.5. Cuidados Durante o checape da maquina. 53

Cuidados na verificação de rotina do sistema do trator:

 Não fumar, acender fósforos ou provocar qualquer faísca ao verificar


parte onde tem óleo lubrificante;
 Somente revisar o sistema da máquina quando estiver limpo;
 Verificar o sistema hidráulico quando o equipamento estiver
desligado;
 Limpar qualquer vazamento que aconteça durante a operação;
 Verificar as tampas dos reservatórios que auxilia o sistema de
lubrificantes.
Cuidados na verificação de rotina do sistema da maquina:

 Verificar rolamentos e pino de sustentação do sistema;


 Verificar as junções do braço articulado. Elas devem estar em
perfeitas condições. As partes encaixadas deverão se adaptar
perfeitamente, não permitindo travamento de movimentos;
 Conferir se os cilindros telescópicos está colocado corretamente no
suporte. Se os graxeiros não estão obstruídos;
 Movimentar os cilindros com bastante cuidado. A queda de um
cilindro pode causar um dano ao componente;
 Chamar o técnico de manutenção caso a escavadeira não funcione
após a troca a verificação realizada;
 Verificar o vazamento das mangueiras e conexões do sistema
hidráulico,
 Observar o rescecamento das partes de borrachas e mangueiras.;

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 Verificar o funcionamento do comando de alavancas ou painel, se
apresentam folgas demais;

Lembre-se:
“Qualquer pessoa habilitada pode aprender a operar uma escavadeira,
mas poucos podem realizá-lo com segurança.”

53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Web<http://www.artigosinformativos.com.br/Retroescavadeira
s_Chapeco_Santa_Catarina-r954244-Chapeco_SC.html:>
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Geomaq Tratorpeças. Página da Web<
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CASE Construction. Página da Web<
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Curso de Operação Segura em Trator de Esteira


Centro de Formação de Operadores. Página da Web<
http://www.cfovr.com.br/
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Apostila de Pá carregadeira : caderno do aluno. – Brasília:
SEST/SENAT, 2009
ABNT (2003). Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Máquinas rodoviárias – Produtividade de máquina –
Vocabulário, símbolos e unidades. Projeto 48:000.01-
060:2003. ABNT/CB-48 – Comitê Brasileiro de Máquinas
Rodoviárias.
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