Introdução Ao Estudo Do Direito
Introdução Ao Estudo Do Direito
Introdução Ao Estudo Do Direito
Justiça e Liberdade
OBJEÇÕES AO UTILITARISMO
1. OS DIREITOS INDIVIDUAIS
A vulnerabilidade mais flagrante do utilitarismo é que ele não consegue
respeitar os direitos individuais. Ao considerar apenas a soma das
satisfações, pode ser muito cruel com o indivíduo isolado.
RECAPITULANDO
Assim:
Princípio central:
As pessoas devem ser livres para fazerem o que quiserem, contanto que não
façam mal aos outros.
Kant vai dizer que somos merecedores de respeito, não porque somos
donos de nós mesmos, mas porque somos seres racionais, capazes de
pensar. Somos também seres autônomos, capazes de agir e escolher
livremente. Kant reconhece que somos seres sencientes, bem como
racionais, e que respondemos aos nossos sentidos e aos nossos sentimentos.
Kant diz que Bentham estava certo ao observar que gostamos do prazer e
não da dor, mas estava errado ao insistir que prazer e dor são nossos
mestres soberanos. Kant diz que a razão pode ser soberana, pelo menos
parte do tempo.
Liberdade em Kant começa por compreender que não é livre aquele que
age em razão de fatores externos, mas tem autonomia no agir. Para a
construção do sentido ideal do que pretende com a palavra autonomia, ele
cria o conceito de “heteronomia”, em justa oposição à autonomia. Agir com
heteronomia seria agir por razões externas, outras e alheias ao agir por agir
simplesmente. Num diálogo:
Demonstra bem o que Kant quer dizer com heteronomia. Assim, Kant diz
que quando agimos em busca do prazer ou evitando a dor, não estamos
agindo com liberdade, estamos agindo como escravos dos nossos desejos e
vontades, pois quando estamos em busca da satisfação dos nossos desejos,
tudo que fazemos é voltado para alguma finalidade além de nós. Para Kant,
para agir livremente é necessário agir com autonomia, e agir com
autonomia é agir de acordo com a lei que imponho a mim mesmo – e não
de acordo com os ditames da natureza ou das convenções sociais. Agir
livremente não é escolher as melhores formas para atingir determinado fim;
é escolher o fim em si.
- Agir de forma heteronômica é fazer algo por causa de outra coisa, por
causa de outra coisa, e assim por diante. Agimos em função de finalidades
externas. Nós somos os instrumentos, e não os autores, dos objetivos que
tentamos alcançar.
Para Kant, o valor moral de uma ação não consiste em suas consequências,
mas na intenção com a qual é realizada. O que importa é o motivo. O que
importa é fazer a coisa certa porque é a coisa certa, e não por algum outro
motivo.
“Uma boa ação não é boa devido ao que dela resulta ou por aquilo que ela
realiza, ela é boa por si, quer prevaleça, quer não. Mesmo que essa ação
não consiga concretizar suas intenções; que apesar de todo o seu esforço
não seja bem sucedida, ainda assim continuará a brilhar como uma joia,
como algo cujo valor lhe seja inerente.”
Para que uma ação seja moralmente boa, não basta que ela se ajuste à lei
moral – ela deve ser praticada em prol da lei moral.
- O motivo que confere o valor moral a uma ação é o dever, o que para
Kant é fazer a coisa certa, pelo motivo certo.
Se agirmos por qualquer outro motivo que não seja o dever, como o
interesse próprio, por exemplo, nossa ação não terá valor moral.
--
Kant argumenta que toda ação é governada por algum tipo de lei.
Se a ação for boa em si, e, portanto, necessária para uma vontade que, por
si só, esteja em sintonia com a razão, o imperativo será categórico.