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Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual (EPC/EPI)

EPI

Equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo ou produto,


de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Exemplos:
- Capacete;
- Óculos de proteção;
- Luvas;
- Calçados de segurança;
- Cintos de segurança;
- Máscaras de proteção respiratória;
- Protetor auricular;
- Vestimentas de trabalho (especiais);
- Creme protetor solar;
- Capa de chuva; etc.

Observamos que a norma NR-6 que trata da regulamentação do EPI,


onde especifica no item 6.3 que:
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:
a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais
e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) Para atender a situações de emergência.

E, continua, item 6.6 - Cabe ao empregador

Cabe ao empregador quanto ao EPI:


a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) Exigir seu uso;
c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
g) Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

Os equipamentos de proteção coletiva (EPC) compreendem


prioritariamente a desenergização elétrica, e na sua impossibilidade, o
emprego de tensão de segurança, conforme já vimos no capítulo anterior.
Essas medidas visam à proteção não só de trabalhadores envolvidos com a
atividade principal que será executada e que gerou o risco, como também à
proteção de outros funcionários que possam executar atividades paralelas nas
redondezas ou até de pessoas que estão por perto, cujo percurso pode levá-los
à exposição ao risco existente.
Veja alguns equipamentos e sistemas de proteção coletiva usados nas
instalações elétricas:
- Conjunto de Aterramento: equipamento destinado à execução de
aterramento temporário, visando à equipotencialização e proteção pessoal
contra energização indevida do circuito em intervenção.
- Tapetes Isolantes: utilizado principalmente em subestações, sendo
aplicado na execução da isolação contra contatos indiretos, minimizando assim
as consequências por uma falha de isolação nos equipamentos. Pode ser
encontrado de borracha ou outro material que não conduza energia.
- Cones e bandeiras de sinalização: destinados a fazer a isolação de
uma área onde estejam sendo executadas intervenções.

- Placas de sinalização: utilizadas para sinalizar perigo (perigo de vida,


etc.) e situação dos equipamentos (equipamentos energizados, não manobre
este equipamento sobre carga, etc.), visando assim à proteção de pessoas que
estiverem trabalhando no circuito e de pessoas que venham a manobrar os
sistemas elétricos.
Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção
coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos,
devem ser adotados equipamentos de proteção individual (EPIs) específicos
e adequados às atividades desenvolvidas, de acordo com a norma NR-6. As
vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, considerando-se,
também, a condutibilidade, a inflamabilidade e as influências eletromagnéticas.
É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações
elétricas ou em suas proximidades, principalmente se forem metálicos ou que
facilitem a condução de energia. Todo EPI deve possuir um Certificado de
Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Veja agora a explicação de alguns EPIs usados com instalações
elétricas:
- Capacetes: destina-se a proteção do crânio contra impactos e
perfurações provenientes da queda de objetos e riscos associados a choques
elétricos. Em serviços com eletricidade usa-se o capacete classe B tipo II,
devido à alta resistência dielétrica.
- Óculos de segurança: proteção dos olhos do usuário contra impactos
de partículas volantes multidirecionais. Quando colorido, serve além do que foi
descrito anteriormente, como também filtro de luz.

- Luvas Isolantes: as luvas isolantes apresentam identificação no punho,


próximo da borda, onde informa algumas especificações como a tensão de
uso, com as cores correspondentes a cada uma das seis classes existentes.
Essa classificação é regulamentada pela norma ABNT/NBR10622 através do
nível de tensão de trabalho e de teste:
- Luvas de cobertura: são de vaqueta e servem para proteção de mãos
contra agentes abrasivos e escoriantes, devendo ser aplicada sobre as luvas
isolantes em serviços com sistemas elétricos energizados.
- Calçado de Segurança (Sapatos/Botas): utilizado para minimizar as
consequências de contatos com partes energizadas, as botinas são
selecionadas conforme o nível de tensão de isolação e aplicabilidade (trabalhos
em linhas energizadas ou não). Devem ser acondicionadas em local
apropriado, para a não perder suas características de isolação.

- Cinturão de segurança: destinado à proteção contra queda, sendo


obrigatória sua utilização em trabalhos acima de 2 metros de altura. Pode ser
basicamente de dois tipos: abdominal e de três pontos (paraquedista). Para o
tipo paraquedista, podem ser utilizados trava-quedas instalados em cabos de
aço ou flexível fixados em estruturas a serem escaladas.
- Máscaras/Respiradores e Protetores auriculares: as máscaras são
utilizadas em áreas confinadas e sujeitas a emissão de gases e poeiras.
Existem vários tipos de máscaras e respiradores, cada um para uma classe
específica de uso. Já nos protetores auriculares devem ser utilizados protetores
apropriados, sem elementos metálicos.

- Mangas de borracha: Protege os braços e antebraços contra


instalações ou partes energizadas. Classe 0–BTClasses 1/2/3 e 4 –AT
- Roupa contra arco-elétrico: uniformes de trabalho feitos de algodão ou
de tecido mistos de poliéster e algodão, independentemente de peso, podem
se inflamar em determinado nível de exposição e continuarão a queimar,
aumentando a extensão das lesões provenientes do arco. Use somente
macacões específicos para uso em eletricidade.

Primeiros Socorros em Caso de Acidente com Eletricidade


Quando ocorrer um acidente no trabalho com eletricidade é sinal de que
alguma medida de segurança descrito no MCRE não foi seguido à risca ou
ignorado. Então como muitas vezes o efeito de um choque elétrico pode ser
fatal quanto mais rápido for o socorro às vítimas de acidentes com eletricidade,
maior serão as chances de sobrevivência da mesma. Seguem alguns pontos
básicos ao prestar o socorro para a vítima:

Sequência das fases do socorro - Avaliação da cena

01 - Segurança da cena (sua e das vítimas): antes de encostar na vítima,


procure livrá-la da corrente elétrica, seja rápido e cauteloso, nunca utilize as
mãos ou qualquer objeto metálico ou molhado para afastar um fio ou
interromper um circuito.

02 - Solicitação de recursos adicionais (SAMU/Bombeiros): mantenha a


calma, sempre. Você deve organizar a situação. Identifique o problema e o
isole quando possível. Isole a área do acidente para que outras pessoas não
tenham contato com a linha ou equipamento energizado e principalmente
avalie sua própria segurança acima de tudo. Chame o SAMU (192) ou
Bombeiros (193) em caso de incêndio.
Sequência das fases do socorro - Avaliação da Vítima

03 - Impressão geral da vítima (clínica ou trauma): não mova a vítima


mais do que o necessário para sua segurança. Se você identificou desde o
início que se trata de um caso de tentativa de suicídio, arrole testemunhas de
que o atendimento foi recusado por parte da vítima.
04 - Nível de consciência (alerta, verbaliza, doloroso ou inconsciente):
após 'livrar' a vítima da corrente energizada com segurança, examine para ver
se ela respira, caso ela não esteja respirando inicie a respiração artificial.
05 - Abrir vias aéreas sem comprometer a coluna cervical:

06 - Avaliar a respiração: ver, ouvir e sentir;

07 - Avaliar circulação: presença de pulso carotídeo (pescoço);


08 - Verificar e controlar possíveis hemorragias;

09 - Não encostar em ferimentos por queimaduras (evitar infecção)

10 - Fazer massagem cardíaca ao perceber que a vítima está com


parada cardiorrespiratória: veja nas ilustrações abaixo como realizar a
massagem cardíaca corretamente.
A falta de oxigênio no cérebro causa perda da consciência, que resulta
em ausência ou respiração anormal. A lesão cerebral é mais provável se não
for tratada a parada cardíaca por mais de cinco minutos. Para a melhor chance
de sobrevivência e recuperação neurológica, o tratamento imediato e decisivo é
um imperativo.
Fraturas por queda (braço/pernas): nunca tente endireitar uma fratura
ou colocar o osso no lugar. Em caso de fratura exposta, em que o osso perfura
a pele, cobrir o ferimento, de preferência com gaze esterilizada ou um pano
limpo e aguarde a chegada do SAMU para tomar os procedimentos corretos,
quanto menos mexer a vítima melhor. Ainda no caso de fratura exposta se
houver um sangramento muito intenso, fazer compressão na região antes da
fraturada com panos limpos.
Suspeita de hemorragia interna por queda: os principais sintomas de
hemorragia interna por queda são (quando a vítima está consciente): palidez,
sonolência, suor excessivo, sede, frequência cardíaca acelerada, contusões e
manchas na pele, dor na região abdominal, vômito ou evacuação com sangue.
Não mexa na vítima e NUNCA dê nada para o paciente beber (esse, aliás, é
um erro muito comum em qualquer tipo de socorro). Aguarde a chegada do
SAMU para prestar o socorro corretamente.
Suspeita de fratura na coluna cervical: os sintomas mais comuns são
dor muito intensa na coluna, ereção involuntária do pênis, perda dos
movimentos, perda da sensibilidade ou formigamento em membros. Se a vítima
estiver consciente, deve-se perguntar diretamente a ela o local onde sente
dores, se pode mover as mãos, pés ou dedos. Evite movimentar ou mexer na
vítima com suspeita de fratura de coluna, devendo esperar, sempre que
possível, o socorro especializado.
Suspeita de fratura de crânio: as fraturas de crânio são sempre
graves, tendo em vista a possibilidade de as lesões atingirem o cérebro, e
estas nem sempre são visíveis. Sintomas apresentados: dor de cabeça, perda
de sangue pelo nariz, ouvidos ou boca, tontura seguida de desmaios e com
possibilidade de perda da consciência, enjoo e vômitos, podendo ocorrer ainda
alterações no tamanho das pupilas.
Procedimentos: mantenha a cabeça da vítima levemente levantada, se
houver sangramento enfaixe a cabeça da vítima, mas tome cuidado para não
apertar as áreas moles ou deprimidas.
NUNCA dê comida ou bebida, mantenha atenção aos sinais vitais, tenha
cuidado especial com as vias aéreas, evitando que a vítima sofra afogamento
por vômito ou sangramento, aguarde a chegada do socorro especializado.
Suspeita de fratura de costela: a fratura de costela é um traumatismo
na região torácica que pode determinar a fratura de uma ou mais costelas. A
vítima com suspeita de fratura de costela apresenta dor intensa no local, que
se agrava com os movimentos de respiração, que perfurando os pulmões
poderá apresentar golfadas de sangue vermelho vivo pela boca.
Procedimentos: Deve-se movimentar a vítima o mínimo possível; se
houver golfadas de sangue pela boca, cuidado com as vias respiratórias, pois
podem ser obstruídas. O caso é grave, NUNCA dê agua para a vítima, aguarde
a chegada do socorro especializado.

Documentação de Instalações Elétricas

De acordo com a norma NR 10, todas as empresas estão obrigadas a


manter documentado todos os diagramas unifilares das instalações elétricas
com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e
dispositivos de proteção. Devem ser mantidos atualizados os diagramas
unifilares das instalações elétricas com as especificações do sistema de
aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.
Outro item obrigatório documental é ter o Prontuário de Instalações
Elétricas, contendo todos os documentos necessários para a prevenção dos
riscos, durante a construção, operação e manutenção do sistema elétrico, que
inclui: esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus
estabelecimentos, especificações do sistema de aterramento dos
equipamentos e dispositivos de proteção, entre outros que iremos listar a
seguir. O Prontuário de instalações elétricas deve ser organizado e mantido
pelo empregador ou por pessoa formalmente designada pela empresa e
permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e
serviços em eletricidade. Este prontuário deve ser revisado e atualizado
sempre que ocorrerem alterações nos sistemas elétricos. Os documentos
previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por
profissionais legalmente habilitados.
Veja alguns itens necessário no Prontuário de Instalações Elétricas, que
na verdade é a reunião de toda documentação de uma instalação elétrica:

- Projeto original aprovado por um engenheiro habilitado


- Características dos equipamentos/máquinas/funcionamento
- Informações das proteções existentes
- Eventuais modificações ocorridas (objetiva evitar trabalho às cegas)
- Documentos relativos às instalações
- Trabalhos realizados nas instalações

Estes são alguns itens básicos que deverão ser documentados. Agora
os estabelecimentos/empresas/indústrias com potência instalada igual ou
superior a 75 kW, devem constituir de um Prontuário de Instalações Elétricas
de forma a organizar o memorial contendo, no mínimo:
- Os diagramas unifilares, os sistemas de aterramento e as especificações
dos dispositivos de proteção das instalações elétricas;
- O relatório de auditoria de conformidade à NR-10, com recomendações
e cronogramas de adequação, visando ao controle de riscos elétricos;
- O conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de
segurança e saúde, implantadas e relacionadas à NR-10 e descrição das
medidas de controle existentes;
- A documentação das inspeções e medições do sistema de proteção
contra descargas atmosféricas;
- Os equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental
aplicáveis, conforme determina a NR-10;
- A documentação comprobatória da qualificação, habilitação,
capacitação, autorização dos profissionais e dos treinamentos realizados;
- As certificações de materiais e equipamentos utilizados em área
classificada.

O próprio item 10.2.4 da NR 10 deixa bem claro essa exigência:

10.2.4. Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW


devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo,
além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:
a) Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de
segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das
medidas de controle existentes;
b) Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção
contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;
c) Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o
ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;
d) Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação,
autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;
e) Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos
de proteção individual e coletiva;
f) Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas
classificadas;
g) Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações,
cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”.

Exemplo de um esquema unifilar.


Além desta documentação básica para estabelecimentos com carga
instalada superior a 75 kW, é exigido ainda, conforme consta nos itens 10.2.3 e
10.2.4 da NR 10, a seguinte documentação:
- Conjunto de procedimentos, instruções técnicas e administrativas de
segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das
medidas de controle existentes para as mais diversas situações (Manobras,
manutenção programada, manutenção preventiva, manutenção emergencial,
etc,);
- Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção
contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;
- Especificação dos equipamentos de proteção coletiva, proteção
individual e do ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;
- Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação,
autorização dos trabalhadores, os treinamentos realizados e descrição de
cargos/funções dos empregados que são autorizados para trabalhos nestas
instalações;
- Resultados dos testes de isolação elétrica realizada em equipamentos
de proteção individual e coletiva que ficam à disposição nas instalações;
- Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas
classificadas;
- Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações,
cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de "a" a "f".

Normas ABNT sobre Instalações Elétricas

As normas técnicas oficiais brasileiras são desenvolvidas pela


Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e registradas no Instituto
Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial (INMETRO). Essas normas são o
resultado de uma ampla discussão de profissionais e instituições, organizados
em grupos de estudos, comissões e comitês. Asigla NBR que antecede o
número de muitas normas significa Norma Brasileira Registrada. A ABNT é a
representante brasileira no sistema internacional de normalização, composto
de entidades nacionais, regionais e internacionais. Para atividades com
eletricidade, há diversas normas, abrangendo quase todos os tipos de
instalações e produtos, entre elas destacamos:

NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão

Esta Norma estabelece as condições que as instalações elétricas de


baixa tensão devem ter a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o
funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens. Esta Norma
aplica-se principalmente às instalações elétricas de edificação, residencial,
comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc. Ela
se aplica nas instalações elétricas de:
- Áreas descobertas das propriedades, externas às edificações; -
reboques de acampamento (trailers), locais de acampamento (campings),
marinas e instalações análogas;
- Canteiros de obras, feiras, exposições e outras instalações temporárias.
- Aos circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual ou inferior a
1000 V em corrente alternada, com frequências inferiores a 400 Hz, ou a 1500
V em corrente continua;
- Aos circuitos elétricos, que não os internos aos equipamentos,
funcionando sob uma tensão superior a 1000 V e alimentados através de uma
instalação de tensão igual ou inferior a 1000 V em corrente alternada (por
exemplo, circuitos de lâmpadas a descarga, precipitadores eletrostáticos etc.);
- A toda fiação e a toda linha elétrica que não sejam cobertas pelas
normas relativas aos equipamentos de utilização;
- Às linhas elétricas fixas de sinal (com exceção dos circuitos internos dos
equipamentos).

Ela não se aplicará em:


- Instalações de tração elétrica;
- Instalações elétricas de veículos automotores;
- Instalações elétricas de embarcações e aeronaves;
- Equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na
medida em que não comprometam a segurança das instalações;
- Instalações de iluminação pública;
- Redes públicas de distribuição de energia elétrica;
- Instalações de proteção contra quedas diretas de raios. No entanto, esta
Norma considera as consequências dos fenômenos atmosféricos sobre as
instalações (por exemplo, seleção dos dispositivos de proteção contra sobre
tensões);
- Instalações em minas;
- Instalações de cercas eletrificadas. Os componentes da instalação são
considerados apenas no que concerne à sua seleção e condições de
instalação. Isto é igualmente válido para conjuntos em conformidade com as
normas a eles aplicáveis.
Demais informações sobre esta norma podem ser consultados direto no
site da ABNT pelo endereço:
http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=10146

NBR 14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão, de 1,0 kV a


36,2 kV

Esta norma abrange as instalações de consumidores, incluindo suas


subestações, dentro da faixa de tensão especificada. Não se inclui nesta norma
as redes de distribuição das empresas concessionárias de energia elétrica.
Além de todas as prescrições técnicas para dimensionamento dos
componentes dessas instalações, a norma estabelece critérios específicos de
segurança para as subestações consumidoras, incluindo acesso, parâmetros
físicos e de infraestrutura. Procedimentos de trabalho também são objeto de
atenção da referida norma que, a exemplo da NBR 5410, quem também
especifica as características de aceitação e manutenção dessas instalações.
Existem muitas outras normas técnicas direcionadas às instalações elétricas,
cabendo aos profissionais conhecerem as prescrições que elas estabelecem,
de acordo com o tipo de instalação em que estão trabalhando. As prescrições
desta Norma constituem as exigências mínimas a que devem obedecer às
instalações elétricas às quais se refere, para que não venham, por suas
deficiências, prejudicar e perturbar as instalações vizinhas ou causar danos a
pessoas e animais e à conservação dos bens e do meio ambiente. Esta Norma
aplica-se às instalações novas, às reformas em instalações existentes e às
instalações de caráter permanente ou temporário.
Esta norma se aplica em:
- Na construção e manutenção das instalações elétricas de média-tensão
de 1,0 a 36,2 kV a partir do ponto de entrega definido pela legislação vigente
incluindo as instalações de geração, distribuição de energia elétrica. Devem
considerar a relação com as instalações vizinhas a fim de evitar danos às
pessoas, animais e meio ambiente.
Ela não se aplica em:
- Instalações elétricas de concessionários dos serviços de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica, no exercício de suas funções em
serviço de utilidade pública; - instalações de cercas eletrificadas; - trabalhos
com circuitos energizados.
Veja mais algumas normas da ABNT na qual você deverá se familiarizar:

NBR IEC 60079-14:2009 (Versão Corrigida 2013) - Atmosferas


explosivas - Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações
elétricas: Esta parte da série ABNT NBR IEC 60079 contém os requisitos
específicos para o projeto, seleção e montagem de instalações elétricas em
áreas classificadas associadas com atmosferas explosivas.

NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas:


Fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas
de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas, bem como
de pessoas e instalações no seu aspecto físico dentro do volume protegido.
Está dividida em 4 partes:
Parte 1: Princípios gerais,
Parte 2: Gerenciamento de risco,
Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida,
Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura

NBR 13571 - Haste de aterramento aço-cobreada e acessórios: Esta


Norma fixa os requisitos mínimos exigíveis para hastes de aterramento aço-
cobreadas e seus acessórios, utilizados em instalações de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica, em instalações elétricas
industriais, comerciais, rurais, prediais e residenciais em geral, instalações de
telecomunicação e centro de processamento de dados e outros.

NBR 5370 - Conectores de cobre para condutores elétricos em


sistemas de potência: Esta Norma fixa as condições exigíveis para
conectores de cobre que ligam condutores de cobre a condutores de cobre ou
alumínio ou a equipamentos elétricos em sistema de potência e em instalações
industriais.

NBR 5460 - Sistemas elétricos de potência: Esta Norma define termos


relacionados com sistemas elétricos de potência, explorados por
concessionários de serviços públicos de energia elétrica.
NBR 5456 - Eletricidade geral - Terminologia: Esta Norma define
termos de matemática, aplicados ao estudo dos campos e de circuitos, termos
de física geral (não elétricos) e de química, relacionados com o estudo de
fenômenos eletromagnéticos, termos fundamentais de eletricidade,
magnetismo e eletromagnetismo, termos fundamentais sobre ondas, termos
gerais de tecnologia elétrica.

NBR 8664 - Sinalização para identificação de linha aérea de


transmissão de energia elétrica: Esta Norma estabelece os requisitos para
sinalização de identificação de linha aérea de transmissão de energia elétrica,
bem como, quando necessário, da sua faixa e/ou de seus acessos.

NBR 16081 - Isolador de porcelana ou vidro para tensões acima de


1000 V em corrente contínua — Especificação, método de ensaio e critério
de aceitação: Esta Norma é aplicável a cadeias de isoladores de porcelana ou
vidro para uso em linhas de transmissão de alta tensão, em corrente contínua,
com uma tensão nominal acima de 1000 V. Esta Norma não é aplicável a
isoladores compostos. A aplicação desta Norma para isoladores a serem
utilizados em outras situações que não sejam linhas de corrente contínua será
deixada aos comitês técnicos pertinentes.

NBR 15238 - Sistema de sinalização para linhas aéreas de


transmissão de energia elétrica: Esta Norma fixa os requisitos mínimos
exigíveis que assegurem qualidade, funcionalidade, características óticas,
fotométricas e ambientais aos sistemas de sinalização para linhas aéreas de
transmissão de energia elétrica.
REFERÊNCIAS

NR10 2004- Portal do Ministério do Trabalho e Emprego


http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A38CF493C013906EC43
7E23BF/NR-10%20(atualizada).pdf www.abnt.org.br
KINDERMANN, Geraldo. Choque elétrico. Editora Sagra Luz ato, Edição 2, Ano
2000.
RIBEIRO, Marcelo. Norma Regulamentadora nº 10: Segurança em Instalações
Elétricas. eBook Amazon Kindle. Ano 2014.
Vários Autores. NR-10. Guia Prático De Análise E Aplicação. Editora Érica.
2010.

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