28censos2021 Preliminares 28julho
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Censos 2021
Hoje dia 28 de julho, o INE divulga os Resultados Preliminares do XVI Recenseamento Geral da População e
VI Recenseamento Geral da Habitação – Censos 2021, menos de 4 meses após o momento censitário,
dando cumprimento à estratégia de difusão prevista no Programa de Ação para os Censos 2021.
Os Resultados Preliminares dos Censos 2021 revelam que a população residente em Portugal é 10 347 892.
Na última década Portugal regista um decréscimo populacional de 2,0% e acentua o padrão de litoralização
e concentração da população junto da capital. O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa são as únicas
regiões que registam um crescimento da população, sendo o Alentejo aquela que regista o decréscimo
mais expressivo.
Portugal registou um ligeiro crescimento do número de edifícios e de alojamentos destinados à habitação,
embora num ritmo bastante inferior ao verificado em décadas anteriores.
Os primeiros resultados dos Censos 2021 têm um carácter preliminar, na medida em que são baseados em
contagens resultantes do processo de recolha (edifícios, alojamentos, agregados e indivíduos) e divulgados
antes do processo final de tratamento e validação da informação recolhida, os quais fornecendo facilidade
e rapidez no acesso destinam-se essencialmente a antecipar as necessidades dos utilizadores.
Os Resultados Preliminares estão disponíveis até ao nível geográfico de freguesia e acessíveis na
Plataforma de Divulgação dos Censos 2021 – Resultados Preliminares, disponível em censos.ine.pt.
Segundo os Resultados Preliminares dos Censos 2021 residiam em Portugal à data do momento censitário,
dia 19 de abril de 2021, 10 347 892 pessoas, das quais 4 917 794 homens (48%) e 5 430 098 mulheres (52%).
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Portugal regista na última década um decréscimo populacional de 2%
Nos últimos 10 anos a população residente em Portugal reduziu-se em 214 286 pessoas, representando um
decréscimo populacional de 2,0%. Em termos censitários, a única década em que se verificou um decréscimo
populacional foi entre 1960 e 1970.
O decréscimo populacional registado na última década resultou do saldo natural negativo (-250 066 pessoas,
dados provisórios), sendo que o saldo migratório ocorrido, apesar de positivo, não foi suficiente para
inverter a quebra populacional.
A população residente em 2021 tem um valor próximo do registado em 2001 quando residiam em Portugal
10 356 117 pessoas.
Milhões
12
10
0
2021
1864
1878
1890
1900
1911
1920
1930
1940
1950
1960
1970
1981
1991
2001
2011
As únicas regiões NUTSII que registaram um crescimento da população entre 2011 e 2021 foram o Algarve
(3,7%) e a Área Metropolitana de Lisboa (1,7%). As restantes regiões viram decrescer o seu efetivo
populacional, com o Alentejo a observar a quebra mais expressiva com -6,9%, seguindo-se a Região
Autónoma da Madeira com -6,2%.
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Figura 2. Variação da população residente, 2011 -2021, NUTS II (%)
Portugal
Norte
Centro
AM Lisboa
Alentejo
Algarve
Açores
Madeira
A análise por município permite verificar que os territórios localizados no interior do país perdem população,
sendo que os municípios que assistiram a um crescimento populacional situam-se predominantemente no
litoral, com uma clara concentração em torno da capital do país e na região do Algarve.
Nos últimos 10 anos, dos 308 municípios portugueses, 257 registaram decréscimos populacionais e apenas
51 registaram um aumento. Na década anterior tinham assistido a quebras populacionais 198 municípios.
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Figura 3. Variação da população residente, 2011 - 2021, Município (%)
Segundo os Resultados Preliminares dos Censos 2021, cerca de 50% da população residente em Portugal
concentrava-se em apenas 31 municípios, localizados maioritariamente nas Áreas Metropolitanas de Lisboa
e Porto.
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Os 5 municípios que registaram as variações populacionais mais significativas
Em termos relativos, Odemira com 13,3% (mais 3 457 residentes) e Mafra com 12,8% (mais 9 838
residentes) foram os municípios que registaram os maiores acréscimos populacionais na última década,
seguindo-se Palmela, Alcochete e Vila do Bispo com valores entre os 9,6% e os 8,8%.
Figura 4. Os 5 Municípios com maiores crescimentos e decréscimos populacionais, 2011 -2021 (%)
Odemira
Mafra
Palmela
Alcochete
Vila do Bispo
Barrancos
Tabuaço
Torre de Moncorvo
Nisa
Mesão Frio
No extremo oposto, Barrancos (-21,8%), Tabuaço (-20,6%), Torre do Moncorvo (-20,4%), Nisa (-20,1%), e
Mesão Frio (-19,8%) foram os municípios que registaram os decréscimos populacionais mais significativos.
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A variação da população residente nos 10 municípios mais populosos do país, mostra que Lisboa, Porto,
Matosinhos e Oeiras perdem população, enquanto os restantes registam crescimentos populacionais, com o
município de Braga a registar o valor mais elevado (6,5%; +11 839 residentes).
Segundo os resultados preliminares dos Censos 2021, existem em Portugal 4 156 017 agregados domésticos
privados e agregados institucionais, um crescimento de 2,7% face a 2011. 1 O número de agregados
aumentou em todas as Regiões NUTS II, com exceção da região do Alentejo onde o valor decresceu 3,6%.
1
Nos Censos 2011 era utilizado o conceito de família clássica e não o conceito de agregado doméstico privado. Em 2011, um alojamento podia albergar mais do que uma família,
embora essas situações fossem em número reduzido.
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Figura 6. Variação do número de agregados, 2011 -2021, NUTS II (%)
%
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
-2,0
-4,0
-6,0
Portugal Norte Centro AM Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira
A redução média do número de pessoas por agregado foi comum a todas as regiões, mantendo-se a Região
Autónoma dos Açores e a Região Autónoma da Madeira como as regiões onde a dimensão média dos
agregados é mais elevada (2,8 e 2,6 pessoas, respetivamente).
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Figura 7. Dimensão média dos agregados, 2011 -2021, NUTS II
Pessoas
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
Portugal Norte Centro AM Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira
2011 2021
De acordo com os Resultados Preliminares dos Censos 2021, o número de edifícios destinados à habitação
era de 3 587 669 e o de alojamentos de 5 961 262, valores que face a 2011 representam um aumento de
1,2% e 1,4%, respetivamente.
O crescimento do parque habitacional entre 2011 e 2021 é bastante inferior ao verificado na década
anterior, quando os valores se situavam na ordem dos 12% para edifícios e os 16% para alojamentos.
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Figura 8. Variação do número de edifícios e alojamentos, 2011 -2021, NUTS II (%)
%
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
-0,5
Portugal Norte Centro AM Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira
Edifícios Alojamentos
Em termos regionais, a Região Autónoma dos Açores e o Algarve são as regiões que registam os maiores
acréscimos no número de edifícios e de alojamentos destinados à habitação: 2,8% e 2,5% ao nível dos
edifícios, respetivamente, e 2,8% nos alojamentos, em ambas as regiões.
O número de alojamentos destinados à habitação aumentou em 72% dos municípios portugueses (221
municípios).
Os municípios de Madalena (R.A. Açores), Vizela, Lousada, Campo Maior e Odemira foram os que registaram
maior crescimento no número de alojamentos, com valores situados entre os 13,5% e os 6,3%. Em
contrapartida, Tarouca, Penela, Coruche, Mação e São Vicente foram os municípios onde se registaram os
decréscimos mais significativos, com o número de alojamentos a variar entre os -10,5% e -4,6%.
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Figura 9. Os 5 municípios com maiores crescimentos e decréscimos no número de alojamentos, 2011 -2021 (%)
Madalena
Vizela
Lousada
Campo Maior
Odemira
Tarouca
Penela
Coruche
Mação
São Vicente
-15 -10 -5 0 5 10 15 %
Em 2021, o número médio de alojamentos por edifício em Portugal é de 1,7, valor que se mantém desde
2011. A Área Metropolitana de Lisboa é a região que regista o valor mais elevado, 3,3 alojamentos por
edifício, sendo na Região Autónoma dos Açores e no Alentejo que se registam os valores mais baixos, 1,1 e
1,2, respetivamente.
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
Portugal Norte Centro AM Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira
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NOTA METODOLÓGICA
O INE disponibiliza os primeiros resultados do XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da
Habitação Censos 2021, cuja data de referência é o dia 19 de abril de 2021.
Os Censos 2021 dão continuidade à mais longa e consistente série estatística nacional sobre a população e a habitação
e foram realizados através de um inquérito exaustivo junto de toda a população com recurso a um processo de recolha
de informação predominantemente digital.
Os primeiros resultados dos Censos 2021 têm um carácter preliminar, na medida em que são baseados em contagens
resultantes do processo de recolha e divulgados antes do processo final de tratamento e validação da informação
recolhida.
A disponibilização dos resultados definitivos está prevista para o 4º trimestre de 2022, sendo antecedida por uma
apresentação de resultados provisórios, a divulgar até fevereiro do próximo ano.
CONCEITOS
AGREGADO DOMÉSTICO
Conjunto de pessoas que tem a residência habitual no alojamento familiar ou a pessoa independente
PRIVADO
que ocupa um alojamento familiar.
Alojamento que, normalmente, se destina a alojar apenas uma família/agregado doméstico e não é
ALOJAMENTO FAMILIAR
totalmente utilizado para outros fins no momento de referência.
Alojamento que se destina a albergar um grupo numeroso de pessoas ou mais do que uma família e
ALOJAMENTO COLETIVO
que no momento de referência está ocupado como residência habitual de pelo menos uma pessoa.
Construção permanente, dotada de acesso independente, coberta e limitada por paredes exteriores
ou paredes-meias que vão das fundações à cobertura e destinada à utilização humana ou a outros
EDIFÍCIO fins.
Nota: Para efeitos censitários não são considerados edifícios totalmente utilizados para fins diferentes
de habitação.
Conjunto de pessoas que, independentemente de estarem presentes ou ausentes num determinado
alojamento no momento de observação, viveram no seu local de residência habitual por um período
contínuo de, pelo menos, 12 meses anteriores ao momento de observação, ou que chegaram ao seu
POPULAÇÃO RESIDENTE
local de residência habitual durante o período correspondente aos 12 meses anteriores ao momento
de observação, com a intenção de aí permanecer por um período mínimo de um ano.
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O INE gostaria de deixar o seu agradecimento e reconhecimento a todas as entidades que colaboraram na realização e
divulgação dos Censos 2021:
Câmaras Municipais
Juntas de Freguesia
Direção Regional de Estatística da Madeira
Serviço Regional de Estatística dos Açores
Casa Civil - Presidência da República
Presidência do Conselho de Ministros
Membros da Secção Eventual para Acompanhamento dos Censos 2021
Membros do Conselho Superior de Estatística
Secretarias Gerais dos Ministérios
Polícia de Segurança Pública
Guarda Nacional Republicana
Instituto Nacional para a Reabilitação
Alto Comissariado para as Migrações
Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem Abrigo - Ministério do Trabalho, Solidariedade
e Segurança Social
Núcleos de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo
Direcção-Geral de Saúde
Direcção-Geral da Educação
Direção-Geral dos Serviços Prisionais
Gabinete Nacional de Segurança
Ministério da Administração Interna
Ministério da Defesa Nacional - Estado Maior General das Forças Armadas
Ministério dos Negócios Estrangeiros
Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal
Associação Nacional de Municípios Portugueses
Associação Nacional de Freguesias
Comissão de Liberdade Religiosa
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
Conselho Português para os Refugiados
Secretaria de Estado da Habitação
Laboratório Nacional de Engenharia Civil
Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana
Instituições de ensino
Instituições religiosas
Associações e Instituições da Sociedade Civil
Empresas
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