Rev 6 - ExtPA - Estrutura e UNESP

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AULA 06 – Revisão – EXTENSIVO PARAÍSO

REVISÃO ESTRUTURAL E TEXTOS UNESP ACIMA DA MÉDIA


Propostas: Verdade (Vunesp) e Democracia (Fuvest)

Prof.
Gabrielle Zanardi

Estrutura geral + recomendações para a resolução:

1º Parágrafo - Introdução - Contextualização – Utilizar repertório é indicado (História, filmes, livros...).


Ponte – Fazer a ligação entre a contextualização e a ideia principal. Expor o tema com palavras-
chave.
Tese – Demonstrar posicionamento e dividir a ideia principal do texto (a ser defendida) em A e B.

2º Parágrafo - Desenvolvimento 1 – Tópico frasal (TF 1) – Um período, originado da parte A da tese. Resumir o que será
discutido no parágrafo.
Explicação – Dois períodos, normalmente, explicando o TF 1 em relação ao tema. Usar, aqui, repertório
teórico/cultural.
Exemplificação – Um período, normalmente, provando o TF 1. Usar, aqui, elementos
cotidianos.
Fechamento – Encerrar a discussão do parágrafo.

3º Parágrafo - Desenvolvimento 2 – Tópico frasal (TF 2) – Um período, originado da parte B da tese. Resumir o que será
discutido no parágrafo.
Explicação - Dois períodos, normalmente, explicando o TF 2 em relação ao tema. Usar, aqui, repertório
teórico/cultural.
Exemplificação – Um período, normalmente, provando o TF 2. Usar, aqui, elementos
cotidianos.
Fechamento – Encerrar a discussão do parágrafo.

4º Parágrafo - Conclusão – Retomada de tema – utilizar palavras-chave na construção da conclusão, de modo geral.
Retomada de D1 e D2 – retomar os pontos principais para “amarrar” a discussão.
Retomada de contextualização – “acenar” para o repertório utilizado nas primeiras linhas do texto –
e, com isso, demonstrar projeto de texto e aproveitamento.
Perspectiva (se desejar)

NÃO ESQUECER SOBRE A TESE:

Em qualquer que seja o eixo temático, é importante que nos atentemos à defesa coerente de um ponto de vista. Sendo
assim, nossa TESE deve ser muito bem marcada e, principalmente, deve ser muito promissora, afinal:

1) Ela é quem dará origem aos argumentos que serão trabalhados em D1 e D2


2) Ela não pode ser circular (casos em que a ideia de tese é tão simples que dá origem a D1 e D2 iguais)
3) Ela não pode ser contraditória (D1 e D2 precisam estabelecer, entre si, relação de causa e consequência OU
causa+causa
OU consequência+consequência, mas sempre serão complementares).
4) Ela não pode ser um fato concreto. Lembre-se: precisa ser coerente, porém contestável – para que, inclusive,
seja
digna de defesa. Se for algo próximo de uma “verdade absoluta”, não há motivo para prová-la.
NÃO ESQUECER SOBRE O REPERTÓRIO:

1) Todo repertório será possível: produções audiovisuais, áreas do conhecimento (História, Sociologia, Antropologia,
Economia etc) desde
que pertinente ao tema e à tese. É muito importante que o autor analise as escolhas feitas ainda no planejamento textual.
2) Sempre será necessário referir-se à fonte quando o autor apontar pesquisas, dados ou relações numéricas/indicadores
científicos. Em
caso de esquecimento, não utilizar a informação.
3) Todo repertório deve ser proveitoso, isto é: recomenda-se que não apareça de forma modesta e muito pontual no texto. É
interessante pensar em sua aplicação mais ampla, considerando, por exemplo, 2 parágrafos (contextualização e um dos
desenvolvimentos).

NÃO ESQUECER SOBRE A FRASE TEMÁTICA:

1) Quando houver, ela serve para indicar o recorte específico que a banca espera ser abordado. Por isso é necessário que
nosso texto
não se desvie dela, utilizando suas palavras-chave do início ao fim.
Obs.: não confundir tema (específico) com assunto (geral). Exemplo: Violência (assunto) > Feminicídio

UNESP – ÚLTIMOS TEMAS

2021 – Tempo é dinheiro?


2020 – O carro será o novo cigarro?
2019/2 – Compro, logo existo?
2019/1 – Liberar o porte de armas de fogo a todos os cidadãos diminuirá a violência no Brasil?
2018/2 – O voto deveria ser facultativo no Brasil?
2018/1 – Prisão especial para portadores de diploma: afronta à Constituição?
2017/2 – A riqueza de poucos beneficia a sociedade inteira?
2017/1 – O conceito de família proposto pelo Estatuto da Família: discriminação contra outros arranjos familiares?
2016/2 – Publicação de imagens trágicas: banalização do sofrimento ou formas de sensibilização?
2016/1 – A redução da maioridade penal contribuirá para a diminuição da criminalidade no Brasil?
2015/2 – O legado da escravidão e o preconceito contra os negros no Brasil
2015/1 – A tolerância da sociedade brasileira à violência sexual contra as mulheres
2014/2 – Corrupção no Congresso Nacional: reflexo da sociedade brasileira?
2014/1 - Curso universitário em outra cidade: motivações e desafios

ANÁLISE DE COLETÂNEA E DE TEXTO ACIMA DA MÉDIA

UNESP 2020
NOTA: 28/28

Não muito atrás, as televisões ao redor do mundo eram inundadas por propagandas de marcas de cigarro. Estas, por sua
vez, apresentavam jovens bonitos e saudáveis, vivendo vidas ideais de dar inveja. Tal imagem é, hoje, incongruente com a ideia
que se formou acerca do uso do cigarro - algo que agora assume conotação negativa. No entanto, é relevante observar como,
atualmente, os horários televisivos passaram a ser ocupados por propagandas de carros, levantando a importante questão de se
estes serão o cigarro futuro. Posto isso, vale-se reconhecer como sim, com o tempo os carros serão vistos da mesma forma negativa
como são os cigarros hoje, uma vez que se tornam cada vez mais inadequados ao ideal de liberdade e rapidez que vendem, assim
como estão igualmente em descompasso com o atual e crescente movimento de preservação do meio ambiente.
A imagem do carro, por muito tempo, foi fetichizada pelo que Marinetti colocou como “a beleza da velocidade”. Realmente,
em comparação a andar a pé ou de carruagem, um carro significava muito mais agilidade e rapidez no transporte naquela época.
Porém, a realidade que se vive hoje não é mais a mesma: os grandes centros urbanos - conturbados e superlotados - apresentam
todas as dificuldades possíveis para que o ideal de velocidade do carro persista. Isto é, na contemporaneidade, a rapidez do
automóvel é superada pelas horas paradas no trânsito; a beleza do carro é logo esquecida ao ver o alto preço da gasolina; e a
utopia de uma vida mais livre e feliz sucumbe frente ao estresse causado por essa difícil vida de um automóvel na cidade - marcada
pelo congestionamento e pelos gastos. Dessa maneira, assim como a imagem que se constituiu do cigarro foi de algo positivo a
algo a se evitar, a maneira pela qual se vê os carros caminha a um destino similar.
Além disso, é evidente a força que o movimento a favor da preservação da natureza e da sustentabilidade ganha
atualmente - não é à toa, assim, que a personalidade do ano de 2019 segundo a revista Times foi a ativista pelo meio ambiente
Greta. O discurso desse movimento vai explicitamente contra o uso de automóveis como os de hoje, posto que estes funcionam
com base em combustíveis fósseis, cuja queima contribui significativamente ao aquecimento global. Dessa maneira, cada vez mais
os automóveis se afastam do ideal de sociedade que se vive agora e que se procura viver no futuro. A opção de substituir um carro
por uma bicicleta, um patinete elétrico ou por transporte público é algo crescente - da mesma maneira que, aos poucos, procurou-
se substituir cigarros por adesivos de nicotina, “vapers” e, por fim, por absolutamente nada.
Portanto, da mesma forma que, atualmente, a presença de alguém fumando um cigarro em um ambiente fechado é algo,
para muitos, extremamente incômodo, no futuro, ver um carro passando na rua pode despertar os mesmos sentimentos. Tais
sentimentos que, por fim, desmontam o ideal do carro como algo veloz, ágil ou belo, e sim o enxergam como algo estagnante,
poluente e que afasta a sociedade daquilo que, hoje, está se construindo como o ideal a se viver.

UNESP 2021
NOTA: 26,72/28
O tempo é vida

No filme “Lobo de Wall Street”, os funcionários de uma corretora de ativos bancários trabalham, diariamente, de forma
frenética, com o objetivo de aumentar seus lucros, inclusive, abusando de drogas estimulantes para tal. Esse cenário, típico do
mundo capitalista, marcado pelo trabalho excessivo voltado a um modo de vida pautado no consumo, revela que a frase “tempo é
dinheiro”, de Benjamin Franklin, é uma das máximas da contemporaneidade, já que, segundo ela, tempo de ócio ou de descanso é
tido como “perdido”, ou seja, o tempo deve almejar sempre o lucro e a produção. Porém, o tempo não é dinheiro, pois tempo é vida
humana, o que gera, por consequência, perda de qualidade de vida nesse mundo de consumo.
Com efeito, tempo está além do dinheiro, compõe a vida humana, uma vez que o consumo requer horas de trabalho. Isso
foi declarado por José Mujica, que expande o assunto ao dizer que as pessoas tempo de vida para sustentar o consumo enraizado
na sociedade. Nesse contexto, bombardeadas pelas propagandas de novos produtos saindo no mercado, as pessoas são logo
capturadas pelo marketing de empresas multibilionárias, as quais vendem carros, roupas e eletrônicos para aumentar seus lucros.
Desse modo, um trabalhador médio, imbuído pelo ato de gastar, irá trabalhar muitas horas para comprar um produto, que, em pouco
tempo, será atualizado, repetindo o ciclo do consumo. Por exemplo, a marca de eletrônicos Apple, lançou seu “Ipad” por 30 mil reais
no Brasil, em 2021, forçando as pessoas ao trabalho excessivo para comprá-lo, para que, em 2022, lance um novo modelo. Logo,
o consumo exacerbado e inútil induz trabalho em altas cargas horárias, o que revela que as pessoas usam tempo de suas vidas,
antes do dinheiro, para comprar objetos.
Por conseguinte, em nome do consumo, perde-se tempo no trabalho, o que deteriora a qualidade de vida. Nesse sentido
do excesso de trabalho, Charles Chaplin mostra em “Tempos Modernos”, como trabalhadores ficam tempo demais nas fábricas, tão
desgastados ao ponto de perderem a sanidade, - apertando parafusos incessantemente-, mesmo fora do expediente. Com isso, em
contraposição a uma vida equilibrada, as pessoas passam a trabalhar muito para sustentar o consumo. Assim, os indivíduos,
segundo o dogma “tempo é dinheiro”, não raro, abdicam de tempo de lazer, de descanso, de socialização para se dedicaram à
produção, o que afeta negativamente a saúde física, obesidade, e mental, ansiedade, devido, respectivamente, a menos tempo
para exercícios e aos altos níveis de estresse. Portanto, as pessoas, orientadas pela produção de lucro sem parar, acham que
tempo é dinheiro, mas esquecem de viver suas vidas com qualidade.
Em suma, tempo não é dinheiro, uma vez que tempo é vida humana, o que provoca perda de qualidade de vida no mundo
moderno. Nessa perspectiva, os indivíduos, antes do dinheiro, gastam suas vidas ao consumir, haja vista trabalharem extensas
cargas horárias para esse fim. Em decorrência disso, o trabalho associado ao consumo, da máxima “tempo é dinheiro”, faz com
que as pessoas se esqueçam de viver com qualidade, arcando com sérios prejuízos de saúde.
NOTA: 28/28
O tempo limitado pelo dinheiro

Nos filmes infantis do famoso personagem Pato Donald, destaca-se um integrante ríspido e amargurado, Tio Patinhas, que
passa seus dias calculando sua fortuna e buscando formas de aumentá-la. Tio Patinhas é velho e pouco se importa com seus
familiares e com o crescimento de seu sobrinho Donald, desde que seus bolsos estejam cheios de dinheiro. Apesar de fictícia, a
obra infantil muito se assemelha à realidade: na atualidade, com a consolidação da velocidade dos meios de transporte e de
comunicação, "fazer dinheiro" tornou-se objetivo geral da população e o tempo transformou-se na grandeza reguladora das
atividades financeiras. Sob o viés capitalista acumulador, tempo é sinônimo de dinheiro e anula o sentido de vivência de seu
decorrer, seja pela percepção de que a felicidade está associada ao consumo, seja por menosprezar as relações humanas afetivas.
De início, é necessário postular que o ideal de que o consumo é responsável pela plenitude impera na sociedade. Por
conseguinte, consolida-se a percepção de que os indivíduos devem dedicar seu tempo a buscar formas de concretizar o consumo,
o qual é condicionado pelo poder de compra do cidadão. Dessa maneira, estabelece-se a noção de que quanto maior é o uso do
tempo para acúmulo de dinheiro, maiores serão as chances de o indivíduo convertê-lo na felicidade momentânea de adquirir
produtos. É por isso que tal lógica inibe a construção da noção de tempo como conjunto de vivências, já que limita o cotidiano à
execução de trocas comerciais e impede que o ser humano pratique o autoconhecimento e estimule sua autonomia de pensamento.
A exemplo disso está a arquitetura desprovida de janelas e iluminação solar dos "shopping centers", a qual aliena a conexão do
indivíduo com a passagem do tempo natural para que o consumo aumente. Então, é notável que o "tempo" vai além do espectro
monetário, mas é limitado a ele diante da hegemonia do consumo.
Ademais, é válido ressaltar que, com a financeirização do tempo, as atividades humanas afetivas tornaram-se
menosprezadas. Tal fato ocorre porque o fomento à criação de laços afetivos passou a ser compreendido como ócio não lucrativo,
tornando o exercício da convivência em sociedade decadente. Com isso, as experiências de dedicação do tempo ao cultivo da
aproximação entre pessoas, necessárias para a conexão interpessoal complexa, são percebidas como inferiores frente à
importância do lucro. Em decorrência disso, o uso do tempo humano é cada vez menos associado à vivência subjetiva, ao lazer e
ao acompanhamento do amadurecimento das pessoas, como ocorre com Tio Patinhas. A exemplo disso estão datas comemorativas
como “Dia das Mães”, as quais transformam períodos que deveriam ser dedicados à presença humana e à fortificação de laços
afetivos em superficiais momentos de troca de bens entre os familiares. Assim, é nítida a limitação do sentido de tempo ao aspecto
financeiro na sociedade.
Logo, entende-se que, na sociedade atual, tempo limita-se ao sinônimo monetário e deixa de se afirmar como mecanismo
de vivência humana. Enquanto tal visão perpetuar-se como dominante, a população estará repleta de indivíduos como Tio Patinhas,
que veem o tempo como dinheiro.

I) Padrão VUNESP

Texto 1
“Não há fatos, somente interpretações”
Friedrich Nietzsche em A Gaia Ciência.

Texto 2
“As verdades, por serem relativas, dependem essencialmente dos seus domínios de validação e, na política, as bases de validação
são ideológicas, o que torna as verdades discursivas e retóricas”.
EMEDIATO, Wander. Dimensões e face da mentira no discurso político. In: EMEDIATO, Wander (Org.). Análises do Discurso Político. Belo Horizonte: NAD/FALE, 2016.

Texto 3
A visão moderna de verdade foi construída ao longo de séculos, desde a Antiguidade, misturando as concepções grega, latina e
hebraica. Em grego, a verdade (aletheia) significa aquilo que não está oculto, o não escondido, manifestando-se aos olhos e ao
espírito, tal como é e evidente à razão.
Em latim, a verdade (veritas) é aquilo que pode ser demonstrado com precisão e refere-se ao rigor e à exatidão. Tomás de Aquino
definiu a verdade como expressão da realidade.
De forma analógica, a falta dessa verdade é o que nos aprisiona hoje a uma vida de incerteza, seja política, seja jurídica, seja social.
Não sabemos o que o político, em quem votamos nas últimas eleições, fez com o dinheiro público nem onde o tributo pago com
nosso trabalho foi aplicado. A verdade que deveria libertar-nos, aprisiona-nos.
https://cieam.com.br/noticias/e-conhecereis-a-verdade-e-a-verdade-vos-libertara

Texto 4
Para os antigos, a verdade tinha três conotações. Ela era tanto a revelação grega (alethéia) de uma lembrança esquecida quanto a
precisão latina do testemunho (veritas) e ainda a confiança judaico-cristã da promessa (emunah). Por isso a verdade tem três
opostos diferentes: a ilusão, a falsidade e a mentira. A pós-verdade é algo distinto do mero relativismo, e sua dispersão de pontos
de vista, todos igualmente válidos, ou do pragmatismo, com sua regra maior de que a eficácia e a eficiência impõem-se às nossas
melhores representações do mundo. Ela também não é apenas a consagração do cinismo no poder, com sua moral provisória,
capaz de gerenciar o pessimismo, no atacado da tragédia humana, em proveito de vantagens obtidas no varejo narcísico. A pós-
verdade depende, mas não se resume a isso, porque ela acrescenta uma ruptura entre os três regimes de verdade e seus contrários.
Ela ataca a estrutura de ficção da verdade.
Cristhian Dunker – Subjetividades em tempos de pós-verdade

Texto 5

André Dahmer
Texto 6
“E conhecereis a verdade e a verdade os libertará”
João 8:32

Com base em seus conhecimentos e nos textos apresentados, escreva uma dissertação argumentativa em até 30 linhas,
empregando a norma-padrão da língua portuguesa, assumindo um posicionamento sobre o tema:
A verdade liberta?
II) Padrão FUVEST

Texto 1
Atualmente, a democracia, os direitos humanos e a justiça são pontos cruciais dos discursos de políticas
públicas em todo mundo, exigindo-se progressivamente o aperfeiçoamento e sua ampliação, ainda que as
práticas que ocorrem em alguns lugares do mundo pareçam ir justamente em sentido contrário, bem como
outros discursos subsidiários das entranhas dos mercados e da globalização neoliberal.
Em verdade, em muitos lugares a democracia aparece como frágil por tantas investidas que desejam
colocá-la de lado, é a chamada pós-democracia, extremamente útil às ordens do mercado. E, que conduz
alguns doutrinadores a questionar, se a democracia deveria, por exemplo, ser considerada ou não como
um direito humano.
(...) Testemunhamos uma sociedade contemporânea com conflitos crescentes, de diversas ordens de
grandezas e perspectiva. Há guerras, terrorismo, fechamento de fronteiras, polarização de
posicionamentos políticos, projetos de sociedade que têm suas bases apenas nos interesses econômicos
sem respeitar divergências culturais, sociais e políticas.
A tríade do Humanismo – democracia, justiça e direitos humanos. Gisele Leite. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/93347/a-triade-do-humanismo-democracia-justica-e-direitos-humanos/2. Acesso: 12/2021. Adaptado.
Texto 2

Democracia que me engana

na gana que tenho dela


cigana ela se revela, aiê;
democracia que anda nua
atua quando me ouso
amua quando repouso.
É o demo o demo a demó
é a democracia
é o demo o demo a demó
é a democracia.

Democracia, me abraça
com tua graça me atira
desfaz esta covardia, aiê;
democracia não me fere
mira aqui no meio
atira no meu receio.
Democracia que escorrega
na regra não se pendura
na trégua não se segura, aiô;
democracia pois me fere
e atira-me bem no meio

daquilo que mais eu mais receio.


Democracia, não me deixe
sou peixe que fora d'água
se queixa, morre de mágoa, aiê;
democracia não se dita
maldita seja se dura,
palpita pela doçura.
Democracia. Composição: Tom Zé e Vicente Barreto, 1998.

Texto 3
Outro fator que afeta o destino da nossa democracia é a opinião pública. Se não puderem apelar aos militares nem organizar violência em larga
escala, autoritários em potencial terão que descobrir outros meios de persuadir aliados a segui-los e de fazer críticos recuarem ou desistirem. O
apoio público é uma ferramenta útil no que diz respeito a isso. Quando um líder eleito desfruta, digamos, uma taxa de aprovação de 70%, os
críticos trocam de camisa e aderem, a cobertura de mídia se suaviza, os juízes são mais relutantes em tomar decisões contra o governo, e mesmo
os políticos rivais, preocupados com a perspectiva de que fazer oposição estridente possa isolá-los, mantêm a cabeça abaixada. Em contraste,
quando a taxa de aprovação é baixa, a mídia e a oposição ficam mais atrevidas, juízes têm a ousadia de enfrentar com destemor o presidente, e
aliados começam a dissentir. Fujimori, Chávez e Erdoğan tinham imenso apoio popular quando lançaram seus ataques contra as instituições
democráticas.
Como as democracias morrem. Steven Levitsky e Daniel Ziblatt. São Paulo: Ed. Zahar, 2018. Pp.147.

Texto 4

Mafalda. Quino. Disponível em: wordsofleisure.com. Acesso: 12/2021.

Considerando as ideias presentes nos textos e também outras informações que julgar pertinentes, redija uma dissertação em prosa, na qual você
exponha seu ponto de vista sobre o tema: o papel da democracia na sociedade contemporânea

Instruções:
 A dissertação deve ser redigida de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa
 Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível e não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de redação.

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