Apostila Sinais Vitais - APH Canoas

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INDICE

1. Introdução............................................................................................................... 04
2. Pulso....................................................................................................................... 04
3. Frequência Respiratória.......................................................................................... 06
4. Oximetria................................................................................................................. 11
5. Pressão Arterial....................................................................................................... 15
6. Glicemia Capilar (HGT) .......................................................................................... 20
7. Temperatura Corporal............................................................................................. 26
8. Dor.......................................................................................................................... 28

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1. Introdução

Os sinais vitais são indicadores de ida no organismo. São eles:

 Pulso;
 Frequência respiratória
 Oximetria
 Pressão arterial
 HGT
 Temperatura
 Dor

Sua verificação é essencial na avaliação da vítima, devendo ser efetuada


simultaneamente com a história e o exame físico. São mais significativos quando
tomamos em serie para demonstrar variações, e seus valores devem ser analisados
conforme a situação clínica. Podem orientar o diagnostico inicial e acompanhar a
evolução do quadro clinico da vítima.

Algumas condições podem interferir nos resultados dos valores dos sinais vitais, a
saber:

 Condições ambientais, tais como temperatura e umidade no local;


 Condições pessoais, como exercício recente, tensão emocional e alimentação;
 Condições do equipamento, devem ser apropriadas e calibradas regularmente.
 Sono e repouso;
 Idade, pouca ou idade avançada;
 Uso de medicamentos;
 Fator hormonal;
 Banhos;
 Estresse;

O socorrista ficara atento para evitar falsa interpretação das alterações dos sinais
vitais.

“ São indicadores das condições de saúde de uma pessoa, sendo a mensuração


destes um meio eficiente e rápido de avaliar essas condições ou identificar a presença de
problemas. ”

2. Pulso

Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial em cada
batimento cardíaco, sentida pelo toque como um impacto ou batida leve. Normalmente, a
frequência de pulso equivale a frequência cardíaca, e tem relação compensatória com o
volume sistólico. A determinação do pulso é a parte integrante da avaliação
cardiovascular considerando que reflete o debito cardíaco.

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Alterações da Frequência de Pulso

Normocardia

É a frequência cardíaca normal (60-100 bpm)

Arrítmico

É o batimento irregular

Taquicardia

Aumento da frequência de pulso – acima de 100 batimentos por minuto – ocorre em


resposta a uma diminuição no volume sanguíneo (hemorragia e desidratação); além
disso, derrame pericárdico, causas cardíacas primarias e outras, como febre, hipoxemia,
medo, sepse, exercícios, etc. também aumentam a frequência cardíaca.

Bradicardia

Diminuição da frequência de pulso – abaixo de 60 bpm – entre outras causas, ocorre


por: doenças primarias, choque neurogênico, etc.

Taquisfigmia

É o pulso fino e taquicárdico;

Bradisfigmia

É o pulso fino e bradicárdico

Outras Alterações da Qualidade do Pulso

Além da frequência (número de batimentos por minuto), os pulsos devem ser avaliados
quanto ao ritmo (regularidade dos intervalos) e ao volume (intensidade com que o sangue
bate nas paredes arteriais – forte e cheio ou fraco e fino).

Chamamos pulso filiforme quando o sentimos fraco e fino, geralmente em decorrência


da diminuição do volume do sangue.

Frequência:

- Recém-nascido: 120 a 140 bpm nascido: 120 a 140 bpm

- Lactente: 100 a 120 bpm

- Escolar e adolescência: 80 a 120 bpm

- Adulto: 60 a 100 bpm

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Volume:

- Cheio: facilmente palpável;

- Fraco ou fino: difícil palpação e pode ser facilmente perdido durante a verificação;

Ritmo:

- Normal ou Rítmico: batimentos em condições normais e intervalos regulares;

Locais mais Comuns para Obtenção do Pulso

O pulso é sentido onde uma artéria possa ser comprimida contra um osso. A Radial,
no nível dos punhos, são mais comumente usadas. A Carotídea (usada normalmente
quando a vítima esta inconsciente), a Femoral e a Braquial são também acessíveis a
palpação.

Também podemos medir o pulso pela Ausculta cardíaca; isso é feito no ápice ou ponta
do coração, no lado esquerdo do tórax, levemente abaixo do mamilo. É chamado de pulso
Apical.

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Em vítimas com doença cardíaca, o ideal é medir o pulso durante um minuto.

Sentir o pulso de uma criança muito pequena é difícil: o pescoço curto e, algumas
vezes, rico em gordura, torna difícil localizar o pulso carotídeo, sendo recomendável
pesquisar pulso Braquial. Com o crescimento torna-se possível a palpação dos pulsos
periféricos. Ao atender uma criança, pesquise os diversos locais de pulso até encontrar
aquele mais acessível.

3. Frequência Respiratória

Respiração ou ato de respirar é um processo que inclui a entrada de oxigênio na


inspiração e a eliminação do dióxido de carbono pela expiração. A finalidade é a troca
gasosa entre o sangue e o ar dos pulmões.

A avaliação da respiração inclui frequência (movimentos respiratórios por minuto),


amplitude (superficial ou profundo) e ritmo (regular ou irregular).

Frequência

- Recém-nascido: 30 a 40 mrpm nascido: 30 a 40 mrpm


- Adulto: 14 a 20 mrpm

Amplitude

Grau de expansão ou movimento da parede torácica


- Superficiais;
- Normais;
- Profundos.

Ritmo

- Normal
– Regular e ininterrupta.

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Avalia-se melhor a respiração sem que a vítima perceba, por exemplo, enquanto
palpa-se o pulso radial, diminuindo-se a possibilidade de o paciente tentar controlar
conscientemente a respiração.

Na avaliação da respiração, ficar atento aos sinais e sintomas de comprometimento a


respiração: cianose, inquietação, dispneia, sons respiratórios anormais.

Outros fatores podem alterar a respiração, como exercícios, habito de fumar,


medicamentos e fatores emocionais. Uma frequência respiratória rápida não significa,
necessariamente, que o paciente esteja movimentando uma quantidade maior de ar.

Alterações da Frequência respiratória

Bradipnéia

É a frequência respiratória abaixo do normal;

Taquipnéia

É a frequência respiratória acima do normal;

Dispneia

É a dificuldade respiratória;

Ortopnéia:

É a respiração facilitada em posição vertical;

Apneia

É a parada respiratória;

O movimento torácico em crianças muito pequenas é menos evidente do que nos


adultos e, usualmente, ocorre próximo ao abdômen.

A mão colocada levemente sobre a parte inferior do tórax e a parte superior do


abdômen facilitam a contagem dos movimentos respiratórios. Por causa do pequeno
volume e da reduzida força de fluxo de ar é quase impossível ouvir a respiração normal
ou sentir a movimentação do ar pela boca e nariz.

4. Oximetria

É um exame capaz de medir a saturação de oxigênio do sangue, ou seja, a


porcentagem de oxigênio que está sendo transportado na circulação sanguínea. Esta
medida costuma ser necessária quando há suspeita de doenças que prejudicam ou
interferem com o funcionamento dos pulmões.

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Geralmente, o Oximetria acima de 90% indica uma boa oxigenação do sangue,
entretanto, é necessário que avalie cada caso. Uma taxa de oxigenação do sangue baixa
pode indicar a necessidade de tratamentos como cateter ou máscaras de oxigênio, e
pode indicar um risco de vida caso não seja feito o tratamento adequado.

Oxímetro de pulso (ou dedo)

É a forma mais utilizada para medir a quantidade de oxigênio no sangue, onde são
utilizados pequenos aparelhos, chamados de Oxímetro de pulso, que conseguem fazer
esta medida quando colocados sobre um dedo ou no lobo da orelha.

A principal vantagem desta medida é o fato de não ser invasiva, pois não é necessário
fazer picadas ou coletar sangue. Além da Oximetria, este aparelho também pode
ser capaz de medir outros dados vitais, como quantidade de batimentos cardíacos
e frequência respiratória, por exemplo.

 Como funciona: o Oxímetro de pulso tem um sensor de luz que capta a quantidade
de oxigênio que passa no sangue por baixo do local onde está a ser feito o exame e,
em poucos segundos, indica o valor. Estes sensores fazem medidas imediatas e
regulares, e são desenvolvidos para uso nos dedos da mão, do pé ou orelha.

Valores Normais da Oximetria

Uma pessoa saudável, com oxigenação adequada do corpo, costuma ter uma
saturação de oxigênio acima de 95%, no entanto, não é incomum que por condições
leves, como gripes ou resfriados, a saturação não fique entre os 90 e os 95%, sem ser
motivo de preocupação.

Já quando a saturação atinge valores menores que 90% pode indicar que a
oxigenação de sangue está deficiente, o que pode surgir em doenças mais graves como
asma, pneumonia, enfisema, insuficiência cardíaca ou doenças neurológicas, por
exemplo.

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Cuidados para um Resultado mais Preciso

É muito importante que os aparelhos que fazem este tipo de medida sejam calibrados
regularmente, para evitar resultados alterados. Além disso, durante o uso do Oxímetro de
pulso, alguns cuidados para se evitar a alteração do exame incluem:

 Evitar uso de esmalte ou unhas postiças, pois alteram a passagem do sensor de luz;

 Manter a mão relaxada e abaixo do nível do coração;

 Proteger o aparelho em caso de ambiente muito iluminado ou ensolarado;

 Observar se o aparelho está bem posicionado;

5. Pressão Arterial

A pressão sanguínea ou pressão arterial (PA) é uma função da força exercida pelo
sangue contra as paredes da artéria. A pressão sanguínea do adulto normal varia de 100
a 135 mmHg (máxima) e de 60 a 80 mmHg (mínima).

A posição do paciente (em é, sentado ou deitado), a atividade física recente e o


manguito inapropriado também podem alterar os níveis da pressão.

A unidade padrão para a medição da PA é a de milímetros de mercúrio (mmHg). A


medida da pressão arterial compreende a verificação da pressão máxima ou sistólica e a
pressão mínima ou diastólica.

PA = Pressão sistólica
Pressão diastólica

A pressão sistólica é a maior força exercida pelo batimento cardíaco; e a diastólica a


menor. A pressão sistólica representa a intensidade da contração ventricular, e a
diastólica, o grau de resistência periférica (relaxamento ventricular).

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A pressão arterial depende

Débito Cardíaco

É a quantidade de sangue ejetado do ventrículo esquerdo para o leito vascular em um


minuto;

Resistência Vascular Periférica

É determinada pelo lúmen (calibre), pela elasticidade dos vasos e pela viscosidade
sanguínea;

Viscosidade do Sangue

Decorre das proteínas e elementos figurados do sangue.

Terminologia

- Hipertensão: pressão arterial elevada;

- Hipotensão: pressão arterial abaixo do normal.

- Normotenso: pressão arterial dentro dos parâmetros normais.

Locais para verificação da PA

- Membros superiores: artéria braquial

- Membros inferiores: artéria poplítea

A American Heart Association (Associação Americana do Coração) e a American


Stroke Association (Associação Americana do AVC) prepararam uma tabela para guiar a
leitura dos resultados. Atente para a coluna “e/ou”, pois algumas faixas exigem que os
dois números mudem.

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Para medir a pressão arterial manualmente com esfigmomanômetro e estetoscópio deve-
se:

1. Procurar sentir o pulso na dobra do braço esquerdo, colocando a cabeça do


estetoscópio nesse local;
2. Colocar a braçadeira do aparelho 2 a 3 cm acima da dobra do mesmo braço,
apertando-a, de forma que o fio da braçadeira fique por cima do braço;
3. Fechar a válvula da bomba e com o estetoscópio nos ouvidos, encher a braçadeira
até aos 180 mmHg ou até deixar de ouvir sons no estetoscópio;
4. Abrir a válvula lentamente, ao mesmo tempo que se olha para o manômetro. No
momento em que se ouve o primeiro som, deve-se registar a pressão indicada no
manômetro, pois é o primeiro valor da pressão arterial;
5. Continuar a esvaziar a braçadeira até se deixar de ouvir som. No momento em que
se deixa de ouvir sons, deve-se registar a pressão indicada no manômetro, pois é o
segundo valor da pressão arterial;
6. Juntar o primeiro valor com o segundo para obter a pressão arterial. Por exemplo,
quando o primeiro valor é 130 mmHg e o segundo é 70 mmHg, a pressão arterial é de
13 x 7.

6. Glicemia Capilar HGT

A glicemia é a glicose. A glicose é um açúcar simples que age como principal fonte de
energia do corpo. O uso da glicose pelo corpo depende da disponibilidade de insulina,
um hormônio produzido pelo pâncreas. A insulina age como um controlador de trânsito,
transportando glicose para dentro das células e encaminhando o excesso para ser
armazenado como glicogênio, para uso a curto prazo, e como triglicerídeo nas células
gordurosas. Não podemos viver sem glicose ou sem insulina, e elas devem estar em
equilíbrio.

Normalmente, os níveis sanguíneos de glicose se elevam um pouco após uma


refeição, e é liberada insulina para corrigi-los, em quantidade correspondente ao volume e
ao conteúdo da refeição. Se os níveis caírem muito, como pode ocorrer entre as refeições
ou após grandes esforços, é secretado glucagon, outro hormônio pancreático, para
estimular a transformação do glicogênio hepático em glicose, corrigindo os níveis
sanguíneos.

Teste de Glicemia Capilar

Para medir a glicemia capilar e saber o nível de açúcar no sangue no momento, deve-
se utilizar um aparelho de glicemia específico capaz de avaliar a quantidade de glicose
em uma gota de sangue retirada da ponta do dedo.

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Para medir a glicemia com aparelho comum deve-se:

1. Lavar as mãos e secar corretamente;


2. Inserir uma fita de teste no aparelho de glicemia;
3. Espetar o dedo com a agulha do aparelho;
4. Encostar a fita de teste à gota de sangue até preencher o depósito da fita de teste;
5. Esperar alguns segundos até que o valor de glicemia apareça no monitor do
aparelho.

Para evitar espetar sempre o mesmo local, deve-se trocar de dedo a cada nova
medição da glicemia capilar. Os aparelhos de glicemia mais recentes também conseguem
medir o açúcar de sangue retirado do braço ou coxa, por exemplo.

Alguns aparelhos de glicemia podem funcionar de forma diferente, sendo, por isso,
importante ler as instruções de utilização do fabricante, antes de usar o aparelho.

Valores de Referência da Glicemia

Após medir a glicemia capilar, é importante comparar o resultado com os valores de


referência:

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No caso dos recém-nascidos, é difícil que o exame seja realizado em jejum, por isso, é
recomendado que os níveis de glicose no sangue do recém-nascido estejam entre 50 e
80 mg/dL.

7. Temperatura Corporal

A temperatura corporal reflete o grau de calor mantido pelo corpo. Seu controle é
realizado pelo Sistema Nervoso Central.

Temperatura corporal normal de uma pessoa varia dependendo do sexo, de suas


atividades físicas recentes, do consumo dos alimentos e de líquidos, do horário e do dia
em que é mensurada e, nas mulheres, do estágio do ciclo menstrual.

A temperatura corporal normal, de acordo com a Associação Médica Americana, pode


varias de 36,5°C a 37,2°C. A temperatura pode ser medida das seguintes maneiras:

• Axilar – A temperatura axilar pode ser verificada sob o braço usando um termômetro de
mercúrio ou digital. As temperaturas medidas desta forma tendem a ser 0,3 a 0,6°C mais
baixas do que aquelas temperaturas mensuradas pela via oral ou retal.

• Oral – A temperatura pode ser mensurada pela boca usando o termômetro clássico de
vidro e mercúrio, ou com os termômetros mais modernos, digitais que possuem um
sensor eletrônico.

• Retal – As temperaturas são medidas pela introdução retal (usando um termômetro de


mercúrio ou um termômetro digital) e tendem a ser 0,6° mais altas do que quando
comparadas com a oral.

• Central – A temperatura nos tecidos profundos do corpo (ou “centro”) permanecem


quase constante, dia após dias, com variação de mais ou menos 0,6°C, exceto quando o
indivíduo contrai alguma doença febril. A medição pode ser feira por meio do conduto
auditivo, utilizando-se um termômetro com sensor infravermelho.

O corpo nu pode ficar exposto a temperaturas de apenas 13°C ou de até 70°C, em


ambientes secos, e ainda manter sua temperatura corporal quase constante.

Temperatura Cutânea

Ao contrário da temperatura central, aumenta e diminui com a temperatura do meio


ambiente. Essa é a temperatura que tem importância quando nos referimos à capacidade
da pele perder calor para o meio ambiente.

Temperatura Central Normal

Nenhum nível isolado de temperatura pode ser considerado normal, visto que as
medias efetuadas em muitas pessoas normais mostraram uma faixa normal desde 36°C
até 37,5°C. Quando medidos na via retal, os valores são aproximadamente 0,6°C maiores
que as temperaturas orais. Em geral, a temperatura normal média situa-se entre 36,7 e
37° C quando medida da boca, e é cerca de 0,6°C maior quando medida por via retal.

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Temperatura Corporal

Varia ligeiramente com o exercício e com extremos de temperatura do meio ambiente.


Quando o corpo produz calor excessivo durante exercício intenso, a temperatura retal
pode aumentar para 38,3°C a 40°C. Por outro lado, quando o corpo fica exporto ao frio a
temperatura retal quase sempre pode cair para valores inferiores a 36,6°C.

Regulação da Temperatura

O organismo produz calor continuamente, como resultado do seu metabolismo. Esse


calor é dissipado (perdido) através da pele.

Três processos físicos principais estão envolvidos na perda de calor para o ambiente:

1 – Radiação – Transferência de calor para outro objeto de temperatura mais baixa,


situado a distância.

2 – Condução – Transferência do calor para um objeto mais frio em contato com ele.

3 – Convecção – O calor transferido por condução pelo ar que circunda o corpo é


removido pela convecção que consiste no movimento do volume de moléculas de ar
quente distante do corpo.

Evaporação

A evaporação pela pele auxilia o processo de perda de calor por condução. O calor é
conduzido através da pele para as moléculas de água de sua superfície, fazendo com que
a água se evapore. A fonte de água na superfície cutânea pode ser da respiração
insensível, do suor, ou do ambiente.

Quando a temperatura ambiente é muito elevada, a radiação e a convecção não são


eficazes e a evaporação pela pele torna-se o único meio de perder calor.

A rapidez da perda de calor, depende da temperatura da superfície da pele, que, por


seu turno, é uma função do fluxo sanguíneo cutâneo.

Sob condições normais, o sangue total que circula através da pele é de,
aproximadamente, 450 ml/minuto. O fluxo sanguíneo através destes vasos é controlado
principalmente pelo sistema nervoso simpático. Um aumento do fluxo sanguíneo resulta
na liberação de mais calor pela pele e numa rapidez maior da perda de calor pelo corpo.
Por outro lado, o decréscimo do fluxo sanguíneo diminui a temperatura cutânea e ajuda a
conservar o calor para o corpo. Quando a temperatura começa a decrescer, como ocorre
em um dia frio, há uma constrição vascular cutânea, reduzindo a perda de calor pelo
corpo.

Sudorese

A sudorese é outro processo pelo qual o corpo pode regular a velocidade da perda de
calor. A sudorese não irá acontecer até que a temperatura central do corpo ultrapasse
37°C, independentemente da temperatura da pele. Nos ambientes extremamente
quentes, a rapidez de produção do suor pode ser bastante elevada, chegando a 1 litro por
hora.

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FEBRE

Hipertermia ou febre

A febre, também chamada de pirexia, se refere à temperatura corporal acima da faixa


normal de geralmente indica que um processo patológico está ocorrendo no organismo,
como um processo infeccioso, inflamatório ou neoplásico, etc.

A maioria dos processos infecciosos é acompanhado de hipertermia, cujas distinções –


como intensidade, tempo de duração e periodicidade – variam conforme a natureza da
infecção e características orgânicas do paciente.

A hipertermia costuma ser acompanhada de alterações cardiorrespiratórias, incluindo


aumento da frequência respiratória (Taquipnéia) e dos batimentos cardíacos (taquicardia).

São comuns as queixas de fadiga, mal-estar, dores no corpo, secura na boca e falta de
apetite, que causam muito desconforto à pessoa acometida. Pode provocar períodos de
calafrio (sensação de necessidade de se agasalhar); em outros momentos, podem ocorrer
episódios de transpiração e sensação de calor.

A severidade do processo causal da febre, não necessariamente é refletida pelo grau


da temperatura. Por exemplo, a febre por um quadro gripal pode facilmente elevar a
temperatura para 40°C, enquanto uma pneumonia pode apresentar febre baixa.
Indivíduos recebendo analgésicos ou anti-inflamatórios, idosos, diabéticos, ou ainda,
indivíduos imunossuprimidos, podem não apresentar elevação da temperatura corporal
quando isto seria esperado em razão de determinadas patologias.

Vários processos físicos e químicos, sob o controle do hipotálamo, promovem a


produção ou perda de calor, mantendo nosso organismo com temperatura mais ou menos
constante, independente das variáveis do meio externo. A temperatura corporal está
intimamente relacionada à atividade metabólica, ou seja, a um processo de liberação de
energia por meio das reações químicas ocorridas nas células.

A hipertermia ou febre pode ser causada por anormalidades no próprio cérebro ou por
substâncias tóxicas que afetam os centros de regulação térmica denominados agentes
pirógenos, liberados por tecido do organismo em degeneração e pirógenos secretados
por bactérias tóxicas que provocam febre condição patológica.

Valores normais e suas variações:

• Temperatura axilar: 35,8°C – 37°C.

• Temperatura oral: 36,3°C – 37,4°C.

• Temperatura retal: 37°C – 38°C.

• Hipotermia – temperatura abaixo do valor normal.

• Hipertermia – temperatura acima do valor normal.

• Febrícula – temperatura entre 37,2°C e 37,8°C.

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8. Dor

A dor já é considerada sinal vital.

Conceitos de Dor

 A avaliação da dor é um processo complexo no qual o pesquisador só pode


realizá-la a partir do relato de quem sofre uma agressão tecidual. A precisão na
descrição da dor tem como indicativo o relato subjetivo do paciente.

 Sendo a percepção dolorosa conceituada como experiência sensorial e emocional


desagradável, associada à lesão tecidual real, ou potencial, ou descrita em termos
dessa lesão.

A avaliação e registo da intensidade da dor, pelos socorristas, tem que ser feita de
forma contínua e regular, à semelhança dos sinais vitais, de modo a otimizar a
terapêutica.

O socorrista explica ao paciente a escala numérica de dor de modo que a nota 0 (zero)
significa que o paciente não sente nenhuma dor e a nota 10 significa dor em seu grau
máximo. Essa escala ajuda o socorrista e o paciente a acompanhar sua melhora de
acordo com a conduta tomada.

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