Apostila de Ética, Cidadania e DH

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PREFEITURA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL

ÉTICA, CIDADANIA
E DIREITOS
HUMANOS

Carlos Frederico Vasconcellos Monteiro Rosa

2021
PREFEITURA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL

ÉTICA

Com origem na filosofia grega, os estudos sobre ética e moral remontam sua
origem aos idos do ano 500 a.C. A palavra ética advém do termo “Ethos”, que
significa comportamento, caráter, modo de ser. A discussão sobre ética surge como
um ramo da filosofia que versa sobre a compreensão dos princípios basilares da
moralidade social e individual. Portanto, uma reflexão sobre o valor das ações sociais
tanto no âmbito individual quanto coletivo. Atualmente, o campo de atuação das
teorias sobre ética vão além da questão filosófica, demandando a atenção de
pesquisadores das mais variadas áreas do conhecimento, como sociologia,
psicologia, administração, ciências políticas e segurança pública.
Assim, pode-se dizer que ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da
análise do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma
teórico- racional, fundamentada e científica. Ou seja, é uma espécie de teoria sobre a
prática moral, uma reflexão teórica que analisa e critica os fundamentos e princípios
que regem um determinado sistema moral. Em suma, é a área da filosofia que se
ocupa do estudo das normas morais nas sociedades humanas e busca explicar e
justificar os costumes de um determinado agrupamento humano. Grosso modo diz-se
que a ética pode ser definida como a ciência que estuda a conduta humana.
Neste sentido, entende-se que a ética é uma característica inerente a toda
ação humana e, por esta razão, é um elemento fundamental para o desenvolvimento
da realidade social. Desta forma, todo homem possui um senso ético, uma espécie
de consciência moral que o faz avaliar e julgar suas ações constantemente para
saber se estão de acordo com a convenção social (boas ou más; certas ou erradas;
justas ou injustas etc.).
Os comportamentos humanos sempre poderão ser classificados sob
determinadas óticas: do certo e do errado; do bem e do mal; do justo e do injusto.
Embora relacionadas com o agir individual, essas classificações sempre guardam
relação direta com matrizes culturais que prevalecem em determinada sociedade e
contexto histórico.
Assim, de acordo com VASQUEZ (1995), a ética é a teoria ou ciência do
comportamento moral dos homens em sociedade, ou seja, é a ciência de uma forma
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específica de comportamento humano. Já para SÁ (2003), a ética estuda os
fenômenosmorais, as morais históricas, os códigos de normas que regulam as
relações e as condutas dos agentes sociais, os discursos normativos que identificam,
em cada coletividade, o que é certo ou errado fazer.
Por fim, para Chauí (2008), a ética se dá pela educação da vontade. Para a
autora, a ética nasce quando se começa a indagar o que são, de onde vêm e o que
valem os costumes; quando se busca compreender o caráter de cada pessoa e
refletir sobre o senso e a consciência moral individual.

MORAL

De origem latina, a palavra moral advém do termo “Morales”, que significa:


relativo aos costumes. Segundo VÁSQUEZ (1998), moral é um conjunto de normas,
regras e valores que uma sociedade define para si mesma. Desta forma, pode-se
concluir que a moral não é inata, inerente ao homem. Na verdade, ela é resultado de
uma consciência coletiva, produto das experiências individuais e culturais que foram
constituídas ao longo do tempo, com características específicas de cada sociedade,
apresentando-se de forma dinâmica no que diz respeito ao tempo e ao espaço.
Assim, a partir da formação cultural surgem em cada sociedade distinções como:
bom e mau, permitido e proibido.
A noção de moral nasce a partir da ideia de convívio social, ou seja, com a
origem das sociedades, da vida em comunidade, em grupo. A moral surge como
resposta às necessidades da vida em coletividade, tendo em vista que o homem
como ser social precisa de regras para existir e não se autodestruir.
Assim, a moral é o conjunto de regras que regulam as relações entre as
pessoas de uma sociedade, na busca pelo bem comum, felicidade e justiça. Estas
regras são adquiridas pela educação, tradição e cotidiano, e orientam cada indivíduo
nas suas ações e julgamentos sobre o que é certo ou errado, bom ou mau, moral ou
imoral.

DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL

A moral surgiu com a formação das sociedades primitivas, quando o homem


passou a viver em grupos. A convivência social deu origem a chamada consciência
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moral, isto é, o homem passou a discernir sobre o que era o bem e o mal no
ambiente que vivia.
Já a ética surgiu na Antiguidade, com Sócrates, filósofo grego, que se dedicou
ao estudo, à investigação, à explicação, à crítica e à reflexão sobre as normas
morais. A Ética faz com que as ações humanas não se deem apenas por tradição,
educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência. Assim,
enquanto a ética é teórica e reflexiva, a moral é eminentemente prática. Uma
completa a outra, ao passo que o conhecimento e a ação são elementos
indissociáveis. Em outras palavras, ética é conjunto de princípios, moral é prática.
Outra distinção ocorre no fato de que a ética tende a universalizar, enquanto a
moral é relativa, pois pode variar no tempo, no espaço e de sociedade para
sociedade.
A ética é coletiva, a moral é individual. As normas morais se cumprem por
meio da convicção íntima e adesão interna de cada um dos indivíduos,
diferentemente, por exemplo, das normas jurídicas que não exigem convicção. A
pessoa que pertence a determinado contexto social deve cumprir a norma jurídica,
ainda que não a ache justa. Há um dispositivo externo que a obriga a cumprir. Assim,
moral é convicção internalizada e constitui o sujeito, enquanto ética é o conjunto de
princípios que possibilita compreender se a moral está adequada àquela sociedade,
através de leis. O que não significa que o indivíduo irá concordar ou agir conforme a
determinação da lei, pois a ação moral independe da existência das normas.
Consequentemente, pode-se dizer que: os princípios éticos possuem obrigatoriedade
de cumprimento, podendo, a não observância, acarretar, inclusive, sanções penais.
Já no que se tange à moral, há livre arbítrio, no máximo o que acontecerá com a
inobservância é a desaprovação social.
Conclui-se que, a moral está relacionada à prática, à ação em si, aos
costumes, aos valores, às tradições e aos hábitos. Enquanto a ética é a reflexão que
se faz acerca da moral. A ética procura formular conceitos universais – que valham
em qualquer lugar – independente da moral específica do grupo. Talvez o maior
exemplo disso é a Declaração dos Direitos Humanos de 1948. Destarte, a prática de
valores éticos pelo indivíduo é o que se chama de moral.
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QUADRO
SINÓPTICO
ÉTICA MORAL
(Princípios éticos) (Código de conduta)
Princípio Conduta específica
Permanente Temporal
Universal Cultural
Teoria Prática
Reflexão Ação
Trata do bem/mal Trata do certo/errado

OUTROS CONCEITOS RELEVANTES:

• Amoral – é aquele que não tem conhecimento das normas morais, não tem as
condições subjetivas necessárias agir segundo os preceitos morais. Por exemplo: uma
criança que foi criada na selva por dez anos pelos chimpanzés, e ao ser resgatada, não
tinha noção de que andar nua, roubar para comer e fazer suas necessidades
fisiológicas na rua era errado.
• Imoral – é aquele que age contra a moral, mesmo sabendo quais as regras morais da
sociedade em que faz parte. Por exemplo: um trabalhador que aceita suborno para
infringir uma regra.
• Antiético – é alguém que age contrariando a ética que um grupo compartilha e aceita.
• Aético – pessoa incapaz de escolher, decidir e julgar, tais como: crianças ou pessoa
com deficiência mental, idoso com esclerose senil, tanto que a lei considera
inimputável.
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ASPECTOS JURÍDICOS DA ÉTICA

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

a) Princípio do Devido Processo Legal: art. 5°, LIV, da CF “ninguém será privado da
liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.

Configura dupla proteção ao individuo:

• No âmbito material: proteção ao direito de liberdade;


• No âmbito e formal: o direito a defesa técnica, à publicidade do processo, à
citação etc.

b) Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa:

Garante à parte acusada o direito de ser ouvida, de apresentar defesa e


produzir provas, bem como a garante que a decisão seja fundamentada e
proporcional e razoável.
O Funcionário Público tem o direito líquido e certo de exercer por meio de
profissional devidamente qualificado a sua ampla defesa.

DA LEI PENAL

Além da Constituição Federal, outras leis infraconstitucionais também se


encarregaram de disciplinar valores éticos no ordenamento jurídico, por exemplo, o
Código Penal, especialmente no que versa o sigilo das informações provenientes do
cargo público:

Art. 325, CP - revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva
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permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação, comina ao infrator pena de
detenção de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais
grave, incorrendo nas mesmas penas quem permite ou facilita, mediante atribuição,
fornecimento e empréstimo.de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas
não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da administração
pública e, também, quem se utiliza, indevidamente, do acesso restrito, sendo
considerado mais grave ainda se do crime resulta prejuízo à administração ou a
outrem;
Art. 326, CP - devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar
a terceiro o ensejo de devassá-lo implica ao infrator detenção de três meses a um
ano e multa.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:

O art. 37 da Constituição Federal de 1988 traz expressamente 5 (cinco)


princípios os quais a Administração Pública deve zelar na prática de seus atos:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Princípios são, pois verdades ou juízos fundamentais, que servem de


alicerce ou de garantia de certeza a um conjunto de juízos,
ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada porção da
realidade. Às vezes também se denominam princípios certas
proposições, que apesar de não serem evidentes ou resultantes de
evidências, são assumidas como fundantes da validez de um sistema
particular de conhecimentos, como seus pressupostos necessários
(REALE, 1986, p.60).

a) Legalidade: A Administração Pública, bem como seus servidores, está vinculada à lei,
ou seja, só agem conforme esta determina. Apenas em casos excepcionais (como
grave perturbação da ordem ou guerra declarada) poderá o poder público agir sem lei
prévia que determine.
Legalidade, como princípio de administração significa que o
administrador público está, em toda sua atividade funcional, sujeito
aos mandamentos da lei, e as exigências do bem comum, e deles
não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e
expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o
caso”. (MEIRELLES, 1991, p.67).

b) Impessoalidade: Os atos administrativos devem ser imparciais, inibindo quaisquer


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tipos de privilégios, interesses e discriminações, e assegura a defesa do interesse
público sobre o privado.

As atividades do Poder Público devem ser dirigidas aos cidadãos em


geral, não podendo haver discriminação de qualquer natureza ou qualquer
margem de pessoalidade por parte dos Administradores Públicos.

c) Moralidade: Não somente à lei em si, mas os atos da Administração Pública devem
respeitar a moral comum, os bons costumes e os princípios consagrados pela massa
(como honestidade, boa-fé, ética etc.).
O princípio da moralidade não está ligado à consciência do agente e sim ao
conjunto de regras que podem ser observadas dentro de toda a administração
pública, portanto é extraído da administração.
Pelo princípio da moralidade administrativa, não bastará ao
administrador o cumprimento da estrita legalidade, ele deverá
respeitar os princípios éticos de razoabilidade e justiça, pois a
moralidade constitui pressuposto de validade de todo ato
administrativo praticado (MORAES, 2005, p. 296).

d) Publicidade: É o princípio que manifesta a imposição da administração em divulgar


seus atos. Os atos são divulgados no diário oficial (União, estadual ou municipal) como
a obrigação constante na lei em garantir a transparência da administração dando
conhecimento generalizado e produzindo seus efeitos jurídicos. Em outras palavras, os
atos do Poder Público devem ser divulgados de forma geral para que o povo, detentor
real deste poder, tenha conhecimento e exerça o devido controle. São exceções a esta
regra os atos e atividades que se relacionem com segurança nacional ou com certos
tipos de investigações, sendo que tal sigilo deve ser declarado por autoridade
competente.

e) Eficiência: Os atos da Administração Pública, assim como de seus agentes, devem


gerar resultados positivos para a coletividade. Analisando a relação custo-benefício,
busca-se um desempenho que atinja o maior número de beneficiados, com celeridade
e zelo. Ou seja, este princípio zela pela “boa administração”, aquela que consiga
atender aos anseios na sociedade, consiga de modo legal atingir resultados positivos e
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satisfatórios, como o próprio nome já faz referência, ser eficiente. É o mais moderno
princípio da função administrativa, que já não se contenta em se desempenhar apenas
com uma legalidade, exigindo resultados positivos para oserviço público e satisfatório
atendimento as necessidades da comunidade e de seus membros.

DOS CRIMES CONTRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Os legisladores, com intuito de proteger a Administração Pública das


condutas lesivas de seus servidores, bem como dos particulares que se
relacionam com a Administração, incluíram no Código Penal Brasileiro, o Título
XI: DOS CRIMES CONTRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (do art. 312 ao art.
359-H), que se
subdivide em quatro capítulos:

• CAPÍTULO I: Dos crimes praticados por funcionário público contra a


administração em geral;
• CAPÍTULO II: Dos crimes praticados por particular contra a administração em
geral;
• CAPÍTULO II-A: Dos crimes praticados por particular contra a administração
pública estrangeira;
• CAPÍTULO II-B: Dos crimes em licitações e contratos administrativos;
• CAPÍTULO III: Dos crimes contra a administração da justiça;
• CAPÍTULO IV: Dos crimes contra as finanças públicas.

Dentre os crimes contidos nesse Título, destacam-se:

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro


bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou
desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
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§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse


do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário.

Inserção de dados falsos em sistema de informações

Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos,


alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou
bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida
para si ou para outrem ou para causar dano:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações

Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa


de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da
modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o
administrado.

Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento

Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em
razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.

Concussão

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
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Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida,
ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou


promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o
pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Prevaricação

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo


contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Resistência

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a


funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à
violência.

Desobediência

Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:


Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
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Desacato

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:


Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Corrupção ativa

Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para


determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
funcional.

TEORIA GERAL E HISTÓRIA DOS DIREITOS HUMANOS

Embora os direitos humanos não tenham origem com a Declaração Universal


dos Direitos Humanos, o movimento contemporâneo pelos direitos humanos ganha
força no final da Segunda Guerra Mundial, com a criação das Nações Unidas (ONU)
em 1945 e com a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, que
representa um marco histórico no Ocidente no que diz respeito à concepção de
direitos inerentes ao ser humano, cujo objetivo foi responder às atrocidades que
aconteceram durante a segunda guerra mundial e evitar novas guerras.
A origem dos direitos humanos é contada de duas formas: a primeira associa a
ideia de direitos humanos a um certo consenso cultural e religioso. De acordo com
esta abordagem, há uma ética comum a todas as religiões e uma moral que permeia
todas as culturas, as quais podem ser expressas em termos de direitos. A segunda,
considera que os direitos humanos estão associados à ideia de progresso, são o
resultado de processo de evolutivo, ou seja, os direitos humanos são direitos
históricos que foram conquistados ao longo do tempo, a medida da evolução e
necessidade da própria sociedade. Esta ideia de progresso inevitável da sociedade
foi impulsionada pelo debate filosófico que precedeu e inspirou a Revolução Francesa
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e resultou na primeira grande declaração de direitos: a Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão; que foi promulgada em 26 de agosto de 1789.
É importante dizer que Declaração é ato de reconhecimento de direitos, não
ato criador de direitos, tendo, portanto, caráter pedagógico-doutrinal. Para se gerar
direito, é necessária a positivação na Constituição de cada país.
A doutrina majoritária entende que os direitos fundamentais não surgiram
simultaneamente, mas em períodos distintos conforme a demanda de cada época,
tendo sua consagração progressiva e sequencial nos textos constitucionais dando
origem à classificação em gerações.
Como o surgimento de novas gerações não ocasionou a extinção das
anteriores, parte da doutrina prefere o termo dimensão, por não ter ocorrido uma
sucessão desses direitos, que atualmente coexistem.
Os direitos fundamentais de primeira dimensão são aqueles ligados ao
valor liberdade: direitos civis e políticos. São direitos individuais com caráter negativo
por exigirem diretamente uma abstenção do Estado.
Ligados ao valor igualdade, os direitos fundamentais de segunda dimensão
são os direitos sociais, econômicos e culturais. São direitos de titularidade coletiva e
com caráter positivo, pois exigem atuações do Estado.
Os direitos fundamentais de terceira geração, ligados ao valor fraternidade
ou solidariedade, são os relacionados ao desenvolvimento ou progresso, ao meio
ambiente, à autodeterminação dos povos, bem como ao direito de propriedade sobre
o patrimônio comum da humanidade e ao direito de comunicação. São direitos
transindividuais, em rol exemplificativo, destinados à proteção do gênero humano.
Por fim, introduzidos no âmbito jurídico pela globalização política, os direitos
de quarta geração compreendem os direitos à democracia, informação e pluralismo.

As discussões doutrinarias mais recentes apontam para a existência de


direitos humanos de quinta geração, ligados ao direito de informação. Também se
discute a estruturação de direitos relacionados à genética e ao pluralismo.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

Pode-se apresentar didaticamente as seguintes características dos direitos


fundamentais:

a) Historicidade: A historicidade significa que os direitos fundamentais variam de acordo


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com a época e com o lugar;
b) Concorrência: os direitos fundamentais podem ser exercidos de forma concorrente.
Ou seja, é possível exercer dois ou mais direitos fundamentais ao mesmo tempo;
c) Indisponibilidade: o titular não pode dispor dos direitos fundamentais;
d) Inalienabilidade: os direitos fundamentais não podem ser transferidos a terceiros;
e) Irrenunciabilidade: o titular não pode renunciar um direito fundamental. A pessoa
pode até não exercer o direito, mas não pode renunciar;
f) Imprescritibilidade: os direitos fundamentais não estão sujeitos a nenhum tipo de
prescrição, pois eles são sempre exercíveis, sem limite temporal. Exemplo: o direito à
vida;
g) Indivisibilidade: os direitos fundamentais não podem ser fracionados. A pessoa deve
exercê-lo em sua totalidade;
h) Interdependência: significa que os direitos fundamentais são interdependentes, isto é,
um direito fundamental depende da existência do outro. Ex.: a liberdade de expressão
necessita do respeito à integridade física;
i) Complementariedade: os direitos fundamentais possuem o atributo da
complementariedade, ou seja, um complementa o outro. Ex.: o direito à saúde
complementa à vida, e assim sucessivamente
j) Universalidade: os direitos humanos são apresentados como universais, ou seja, são
destinados a todos os seres humanos em todos os lugares do mundo, independente
emente de religião, de raça, credo etc.

UNIVERSALISMO vs. RELATIVISMO CULTURAL

O debate entre os universalistas e os relativistas culturais retoma o dilema a


respeito dos fundamentos dos direitos humanos: por que temos direitos? As normas
de direitos humanos podem ter um sentido universal ou são culturalmente relativas?
Para os universalistas, os direitos humanos decorrem da dignidade humana,
na qualidade de valor intrínseco à condição humana. Defende-se, nessa perspectiva, o
mínimo ético irredutível — ainda que se possa discutir o alcance desse “mínimo ético” e dos
direitos nele compreendidos. No entanto, alguns autores mostram que em certos países os
direitos humanos não são aplicados em razão das tradições culturais. Seria a chamada teoria
do “relativismo cultural” dos direitos humanos. Para os relativistas, a noção de direitos está
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estritamente relacionada ao sistema político, econômico, cultural, social e moral vigente em
determinada sociedade. Cada cultura possui seu próprio discurso acerca dos direitos
fundamentais, que está relacionado às específicas circunstâncias culturais e históricas de
cada sociedade. Não há moral universal, já que a história do mundo é a história de uma
pluralidade de culturas. Há uma pluralidade de culturas no mundo, e essas culturas
produzem seus próprios valores.
Na crítica dos relativistas, os universalistas invocam a visão hegemônica da cultura
eurocêntrica ocidental, na prática de um canibalismo cultural.
Já́ para os universalistas, os relativistas, em nome da cultura, buscam acobertar
graves violações a direitos humanos. Ademais, complementam, as culturas não são
homogêneas, tampouco compõem uma unidade coerente; mas são complexas, variáveis,
múltiplas, fluidas e não estáticas. São criações humanas e não destino.
Um exemplo de relativismo cultural ocorre nos países islâmicos, nos quais os
direitos das minorias não são respeitados. Por exemplo, a teocracia islâmica, que governa
o Irã, enforca em praça pública as pessoas homossexuais. Em pleno século XXI, seres
humanos são assassinados em nome da religião muçulmana, que considera pecado a sua
orientação sexual. Outro exemplo com base em crenças religiosas é a mutilação de mulheres
muçulmanas em algumas nações africanas. Milhares de meninas têm seus clitóris
arrancados para que não sintam prazer sexual, pois na religião islâmica somente o homem
pode sentir prazer no ato sexual.

Como terceiro exemplo, tem-se as mortes de crianças indígenas de tribos isoladas


que “devolvem à natureza” as crianças nascidas com deficiência física, bem como, as
crianças gêmeas por acreditarem que dividem a alma, deixando apenas um vivo. Para cultura
judaico-cristã ocidental, trata-se de infanticídio.

ESTADO DE DIREITO

Estado de Direito é uma situação jurídica, ou um sistema institucional, no qual


cada um e todos (do simples individuo até o poder público) é submetido ao império
do Direito. O Estado de Direito é, assim, ligado ao respeito às normas e aos Direitos
Fundamentais. Em outras palavras, o Estado de Direito é aquele no qual até mesmo
os mandatários políticos (na democracia: os eleitos) estão submissos à legislação
vigente.
O Estado de Direito se opõe assim ao estado baseado no uso arbitrário do
poder, como as Monarquias Absolutistas de Direito Divino, na qual os reis afirmavam
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ter recebido seu poder de Deus e, por isso, não admitia qualquer limitação; bem
como às Ditaduras, regimes autoritários que frequentemente violam direitos
humanos.
O Estado de Direito não exige que todo o direito seja escrito. A Constituição do
Reino Unido, por exemplo, é fundada unicamente na tradição: ela não dispõe de
norma escrita. Nesse tipo de sistema, os mandatários políticos devem respeitar o
direito baseado nos costumes com a mesma consideração que os governantes
devem respeitar as normas de um ordenamento jurídico escrito. O poder do Estado é
uno e indivisível, no entanto, a função do poder se divide em três: a função
legislativa, a função judicial e a função executiva.

ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

O Estado Democrático de Direito é um conceito que se refere a um Estado em


que existe o respeito pelos direitos humanos e pelas e garantias fundamentais. Deve
existir a garantia dos direitos individuais e coletivos, dos direitos sociais e dos direitos
políticos. Ou seja, para que um Estado atinja o objetivo de ser considerado um
Estado Democrático de Direito, todos os direitos dos cidadãos devem ter proteção
jurídica e ser garantidos pelo Estado através dos seus governos.
No Estado Democrático de Direito os governantes devem respeito ao que está
previsto nas leis, ou seja, devem cumprir exatamente o que o ordenamento jurídico
define.

Isso significa que as decisões não podem ser contrárias ao que diz as leis. Dessa
maneira, os direitos fundamentais dos cidadãos estão protegidos.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM ESTADO DEMOCRÁTICO DE


DIREITO

• Soberania popular: o controle sobre o poder político é exercido pelo povo, que elege
os governantes que lhes representarão. O povo é o destinatário dos direitos;
• Importância da Constituição Federal: a Constituição é chamada de "Lei Maior"
porque é a lei que estabelece quais são os princípios fundamentais que devem
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orientar as decisões no país;
• Divisão entre os três Poderes que fazem parte do Estado: o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário são poderes independentes e cada um tem sua função. O Legislativo é o
responsável por fazer as leis que permitem ao Executivo tomar decisões. Já́ o Judiciário
é independente para julgar e deve ser imparcial nas suas decisões.
• A ação e as decisões dos governantes devem sempre levar em consideração o que a
lei estabelece, a lei impõe limites ao poder de decisão dos governantes;
• As ações dos governos devem ser voltadas ao respeito e à satisfação dos direitos dos
cidadãos, isto é, faz parte das funções do Estado trabalhar para garantir a justiça social
no país,

DIFERENÇA ENTRE ESTADO DE DIREITO E ESTADO DEMOCRÁTICO DE


DIREITO

Embora existam semelhanças entre as duas definições é importante saber que


os conceitos de Estado de Direito e Estado Democrático de Direito não são os
mesmos.
Sinteticamente, a ideia de Estado de Direito está relacionada à subordinação
do Estado às leis, ou seja, o poder de decisão estatal é limitado ao que a lei permite,
em oposição ao Estado Absolutista, no qual o poder do governante é ilimitado e sua
decisão é soberana.
No Estado Democrático de Direito, a ideia de subordinação às leis permanece,
com a diferença que no Estado de Direito não há preocupação com a garantia dos
direitos fundamentais e sociais dos cidadãos por parte do Estado, já no Estado
Democrático de Direito, além do poder de decisão estatal ser limitado pela lei, ele
também deve levar em consideração os valores sociais e os princípios fundamentais
na Constituição. Ou seja, no Estado Democrático de Direito, tem-se a positivação de
direitos humanos na Constituição, dando origem aos chamados Direitos
Fundamentais.
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O PAPEL DO PROFISSIONAL DA SEGURANÇA PÚBLICA NA CONSTRUÇÃO


DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Os Órgãos de Segurança Pública, especialmente os municipais, são o vetor


potencialmente mais promissor no processo de redução de violações aos Direitos
Humanos. Pela autoridade moral e legal que possui, até com o respaldo para o uso
da força necessária, a polícia, seja ela federal, estadual ou municipal, pode jogar o
papel de principal violadora de direitos civis e políticos, mas pode, igualmente,
transformar-se na sua maior implementadora. Poucas categorias profissionais se
comparam, em potencial, à polícia, quando se trata de zelo e promoção da cidadania
(BALESTRERI, 1998, p.4).
O agente de segurança pública, pela natural autoridade moral que porta, tem o
potencial de ser o mais marcante promotor dos Direitos Humanos, revertendo o
quadro de descrédito social e qualificando-se como um personagem central da
democracia. As organizações não-governamentais que ainda não descobriram a
força e a importância do policial como agente de transformação, devem abrir-se,
urgentemente, a isso, sob pena de, aferradas a velhos paradigmas, perderem o
concurso da ação impactante desse ator social (BALESTRERI, 1998, p.13).
O agente de segurança pública é o um verdadeiro instrumento da defesa dos
Direitos Humanos, uma vez que tem por missão constitucional a preservação da
ordem pública, e a ofensa ilegal a esses direitos altera a ordem pública.

Deve-se zelar pela correção de suas atitudes, enaltecendo a imparcialidade e


a justiça, protegendo a própria sociedade, permitindo o exercício pleno da Cidadania.
A operativa de segurança pública é uma permanente guardiã dos Direitos
Humanos, pois, seja ela federal, estadual ou municipal, é o único Órgão que está dia
e noite disponível às pessoas, protegendo-as e prevenindo-as contra a criminalidade.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA


PÚBLICA EM UM ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

A BUSCA DO BEM COMUM


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Busca exercer sua função atendendo aos princípios da Administração Pública,
da hierarquia e do respeito, desenvolvendo seu trabalho segundo os preceitos do
direito e da moral, visando o bem comum.
O profissional da segurança pública é um representante oficial do Estado e
todo ato de pessoa que represente a Administração Pública deve visar o atendimento
dos anseios da Comunidade, como o Guarda Civil Municipal age em nome dessa
Administração deve objetivar o bem comum, caso contrário ocorre um desvio de
finalidade.
O princípio da finalidade impõe que cada servidor público aja sempre com a
finalidade pública, impedindo a liberdade de buscar o atendimento de interesses
particulares ou de terceiros em prejuízo do interesse público.
A defesa e o respeito aos Direitos Humanos está dentro do que a sociedade
espera. Logo, defender a dignidade humana, mesmo nas situações adversas, é o
maior benefício que o agente de segurança pública pode fazer à sociedade.
O Guarda Civil Municipal deve lembrar-se de que a sociedade espera que ele
não só a defenda, mas também que respeite a dignidade de cada pessoa. Só assim,
visará o perfeito bem comum e consequentemente agirá dentro do princípio da
finalidade.

O DEVER DE AGIR

Toda sociedade deve buscar o respeito aos Direitos Humanos, enquanto para
os cidadãos em geral o dever de lutar para o respeito aos Direitos Humanos é uma
faculdade, para o agente de segurança pública é uma obrigação, uma vez que ele
tem como missão constitucional a preservação da ordem pública.
Com essa obrigação, deve-se agir diante de qualquer ofensa aos direitos da
pessoa, e isso implica em afirmar que cada Guarda Civil Municipal é um guardião dos
Direitos Humanos.

REFLEXÃO - DIREITOS E DEVERES

Todos os dias, antes de assumir o serviço, o Guarda Civil Municipal deve


refletir sob a sua forma de atuar e o que cada pessoa espera dele. Assim, estará
consciente do vínculo necessário entre sua atividade e a esperada proteção à
liberdade e à dignidade de todos.
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Não é suficiente as leis previrem direitos e garantias. É necessário entender
que todos estamos sujeitos a essas leis. Elas garantem os direitos, inclusive os do
agente de segurança pública, mas impõem deveres, e só assim poderemos avançar
no sentido de construir sociedades justas, onde todos sejam realmente livres e iguais
em dignidade e direitos.
O Guarda Civil Municipal deve atentar para o fato de que, apesar do sistema
legal prever proteção plena aos direitos fundamentais de todas as pessoas, é preciso
a fiscalização, através de uma vigilância constante, para recusar e denunciar os atos
ilegais de qualquer autoridade, porque desse modo, cada pessoa estará protegendo
os direitos de todos.

PERFIL PROFISSIONAL E COMPORTAMENTOS ÉTICOS


ÉTICA PESSOAL, DE GRUPO E PROFISSIONAL

A ética pessoal refere-se à moral, valores e crenças do indivíduo. É


inicialmente a ética pessoal do indivíduo encarregado da aplicação da lei, que vai
decidir no curso e tipo de ação a ser tomada em uma dada situação. Ética pessoal
pode ser positiva ou negativamente influenciada por experiências, educação e
treinamento. A pressão do grupo é um outro importante instrumento de moldagem
para a ética pessoal do indivíduo encarregado da aplicação da lei. É importante
entender que não basta que esse indivíduo saiba que sua ação deve ser legal e não
arbitrária. A ética pessoal (as crenças pessoais no bom e no mau, certo e errado) do
indivíduo encarregado da aplicação da lei deve estar de acordo com os quesitos
legais para que a ação a ser realizada esteja correta. O aconselhamento,
acompanhamento e revisão de desempenho são instrumentos importantes para essa
finalidade.
A realidade da aplicação da lei significa trabalhar em grupo, trabalhar com
colegas em situações, muitas vezes, difíceis. Estes fatores podem facilmente levar ao
surgimento dos denominados comportamentos de grupo, padrões subculturais
(linguagem grupal, rituais, nós contra eles etc.), e a consequente pressão sobre
membros do grupo (especialmente os novos) para que se adaptem à cultura do
grupo.
Assim o indivíduo, atuando de acordo com sua ética pessoal, pode confrontar-
se com uma ética de grupo estabelecida e possivelmente conflitante, com a pressão
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subsequente da escolha entre aceitá-la ou rejeitá-la.
Deve ficar claro que a ética de grupo não é necessariamente de uma
qualidade moral melhor ou pior do que a ética pessoal do indivíduo, ou vice-versa.
Sendo assim, os responsáveis pela gestão em organizações de aplicação da lei
inevitavelmente devem monitorar não somente as atitudes e comportamento em
termos de éticas pessoais, mas também em termos de ética de grupo.
A experiência da aplicação da lei em diferentes países fornece uma variedade
de exemplos onde éticas de grupo questionáveis levaram ao descrédito da
organização inteira encarregada da aplicação da lei. Escândalos de corrupção
endêmica, envolvimento em grande escala no crime organizado, racismo e
discriminação estão frequentemente abalando as fundações das organizações de
aplicação da lei ao redor do mundo. Estes exemplos podem ser usados para mostrar
que as organizações devem almejar níveis de ética entre seus agentes que
efetivamente erradiquem esse tipo de comportamento indesejável.
Quando um indivíduo se consulta com um médico ou advogado por razões
pessoais e privadas, geralmente não passa por sua cabeças que está agindo com
grande confiança. Acredita e espera que sua privacidade seja respeitada e que seu
caso seja tratado confidencialmente. Na verdade, ele confia na existência e no
respeito a um código de ética profissional, um conjunto de normas codificadas do
comportamento dos praticantes de uma determinada profissão. As profissões
médicas e legais possuem códigos de ética profissionais com padrões relativamente
parecidos em todos os países do mundo.

CONDUTAS ÉTICAS NO SERVIÇO PÚBLICO

Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar graças às
diferentes áreas de atuação. No entanto, há elementos da ética profissional que são
universais e, por isso, são aplicáveis a qualquer atividade profissional, tais como:
honestidade, integridade, imparcialidade, coragem etc.
O princípio básico de atuação do servidor público consiste em servir ao
cidadão e à coletividade. Todo aquele que é aprovado em concurso público deve
possuir esse pressuposto básico: agir de forma ética e transparente. Afinal de contas,
ao servidor público é reservada a importante missão de cuidar da coisa pública, tanto
em nível estratégico, por meio de políticas públicas, quanto no tático e operacional,
na condução e execução das atividades públicas. Cabe ao servidor dedicar-se, ter
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zelo e agir na busca do bem comum.
O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal traz orientações que servem como base para os servidores das mais
diversas esferas, inclusive a municipal, vejamos algumas:

a) O servidor deve desempenhar seu trabalho norteado pela dignidade, decoro, zelo,
eficácia e consciência dos princípios morais;
b) Sua conduta deve ser ética, baseia-se na verdade, dispor do sigilo, zelo, disciplina,
moralidade, cortesia, boa vontade, o cuidado e o tempo necessário para o
cumprimento de seus deveres;
c) A razão da atuação do servidor é a busca pelo bem comum;
d) O servidor deve sempre se lembrar que o seu salário é pago por meio dos tributos
dos cidadãos, inclusive ele mesmo, e que a contrapartida esperada pela

sociedade é que os serviços prestados e todo tipo de atuação seja


respaldado na ética;
e) Como integrante da sociedade, o bom serviço prestado pelo servidor reflete nele
mesmo;
f) Os atos e fatos da vida privada do servidor interferem na sua vida profissional, em
decorrência disso, a conduta fora do órgão público deve ser tão ética quanto
durante a execução do seu trabalho;
g) Os danos ao patrimônio público pelo servidor, tanto pela deterioração quanto
pelo descuido, constituem em ofensa a todos àqueles que se dedicaram no
processo de construção;
h) São considerados danos morais: deixar o cidadão esperando longas filas,
maltratar o cidadão ou atrasar na prestação do serviço público.

DICAS PARA A CONDUTA ÉTICA DO SERVIDOR PÚBLICO:

• Lembre-se da Missão, Visão e Valores do seu órgão;


• Saibam quais são as suas atribuições e responsabilidades;
• Respeite o próximo, a privacidade do outro e a hierarquia;
• Esteja comprometido e envolvido com seu trabalho;
• Seja assíduo e pontual;
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• Trate todos com respeito, independente de divergências pessoais;
• Assuma uma atitude imparcial;
• Exerça suas funções com zelo, competência e eficiência;
• Seja transparente em suas ações;
• Seja humilde para assumir seus erros, tolerante e flexível em relação ao outro às com
mudanças;
• Atribua os créditos a quem os merece;
• Devolva o que pedir emprestado;
• Se precisar corrigir alguém, faça-o em particular;
• Cumpra com sua palavra;

• Afaste-se de fofocas; Aja de acordo com seus princípios, mesmo que contrarie a
maioria;
• Demonstre confiança e energia (conheça suas forças e fraquezas);
• Conheça os aspectos legais dos seus direitos e deveres.

CIDADANIA

A origem da palavra cidadania vem do latim “civitas”, que quer dizer cidade. A
palavra cidadania foi usada na Roma Antiga para indicar a situação política de uma
pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer.
Segundo DALLARI (2008), “a cidadania expressa um conjunto de direitos que
dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu
povo”.
A plenitude da cidadania implica numa situação na qual cada indivíduo possa
viver com decência e dignidade, com de direitos e deveres claramente estabelecidos
conforme às necessidades e responsabilidades do Estado e das pessoas.
A cidadania, além de ser um princípio fundamental, sob o aspecto formal, é um
status ligado ao regime político, onde a pessoa adquire seus direitos mediante o
alistamento eleitoral, na forma da lei.
Nos Estados democráticos, como o brasileiro, a cidadania vai além do direito
de escolha dos governantes ou do poder de ser escolhido governante. A plenitude da
Cidadania implica numa situação em que cada pessoa possa viver dignamente,
conscientes de seus direitos e deveres para com a sociedade e o Estado.
Não há cidadania sem a valorização da pessoa, e o Guarda Civil Municipal
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desenvolve uma função importante e indispensável neste contexto, pois é o agente
que atua na ponta, junto à comunidade, vivenciando seus principais conflitos. No
entanto, se por um lado, esse profissional poder atuar como primeiro protetor de
direitos humanos, por outro lado, sua convivência e relacionamento profissional com
ricos e com os menos favorecidos podem trazer-lhe conflitos e provocar
desequilíbrios capazes de confundir-lhe sobre conceitos como: justiça e
“justiçamento”, agente da lei e justiceiro.

VALORES DA CIDADANIA

As atividades profissionais dos diversos órgãos do governo, por estarem


relacionadas aos direitos das pessoas, dependem da observação de certos valores
indispensáveis ao respeito à cidadania. Como esta atividade é voltada para o bem
comum, deve conter e até estar alicerçada em valores comuns a qualquer pessoa,
tais como:

Direito: Quando se fala em direito, estar-se preocupado com o relacionamento entre


as pessoas. Assim, direito é um conjunto de normas e regras impostas ou
convencionadas, com a finalidade de disciplinar a convivência das pessoas na
sociedade.

Legalidade: A legalidade pressupõe que as condutas estejam dentro dos parâmetros


estabelecidos na lei, ou por ela não proibidas. O Servidor Público, corrupto ou que aja
fora dos parâmetros da lei deve ser denunciado tanto pela sociedade como pela
própria Instituição.

Respeito: O respeito é o reconhecimento, a manutenção e a reverência aos direitos


das pessoas. Toda pessoa deve ser valorizada e respeitada, sem qualquer
discriminação por sexo, raça, idade, função etc.

Honra: É o valor interno de cada pessoa, e como se trata de um valor individual,


varia de pessoa para pessoa. A honra pode ser tratada como o valor ligado à
dignidade da pessoa.

Reciprocidade: A reciprocidade impõe que devemos tratar as pessoas da forma


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como gostaríamos de ser tratados por elas. Assim, quem não gosta de ser
injustiçado, não comete injustiça. Enfim, todas as pessoas merecem o mesmo
tratamento.

Equidade: A equidade é um valor indispensável para o exercício da atividade


profissional, pois é esse valor que exige o tratamento equitativo entre as pessoas,
onde se deve buscar sempre a igualdade, sem discriminação. As pessoas devem ser
tratadas igualmente sem privilégios e/ou sem discriminações.

Moderação: A moderação é um valor importante para a busca do equilíbrio. Assim,


deve- se agir de forma moderada, evitando a precipitação e a intolerância. Se o
Servidor assim não agir tem grande possibilidade de desrespeitar os direitos da
pessoa, incorrendo em abuso da autoridade.
O Guarda Civil Municipal deve, antes de tudo, ser um profissional equilibrado, que
tenha convicção da importância de sua atividade, mas sem perder a humildade
necessária para reconhecer suas próprias limitações. O Servidor público que não
reconhece suas limitações tende a cometer abuso de autoridade, por falta de
moderação nas atividades.

Senso de Responsabilidade: O Servidor Público tem de ter um vínculo com a causa


pública. A sociedade não pode confiar os direitos fundamentais das pessoas a
alguém que não seja responsável, que não tenha como objetivo o respeito a estes
direitos.

Bondade: Trata-se de um valor simples, no qual uma pessoa sente prazer em ajudar
outra. O agente público deve ser uma pessoa provida de bondade, sempre
procurando ajudar as pessoas e jamais as maltratando. Ele deve ter alegria e sentir a
satisfação em ser útil à sociedade, em poder colaborar com as pessoas.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE CIDADANIA PARA O AGENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA

Para que Guarda Civil Municipal possa conscientizar-se da importância de sua


atividade e que ela está diretamente relacionada com o respeito à Cidadania é
necessário refletir sobre alguns princípios:
1 - PRINCÍPIO DA DIGNIDADE
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Este princípio é essencial para o agente de segurança pública cidadão, que


deve estar consciente de que a pessoa está acima das convicções e condutas dos
indivíduos. É este princípio que garante o respeito à dignidade da pessoa, mesmo
quando ela comete infrações puníveis. Assim, diante de um crime, o Guarda Civil
Municipal deve tomar as providências legais que aquela conduta requer, mas jamais
poderá desrespeitar a dignidade daquela pessoa.
As pessoas têm o direito de serem tratadas com respeito, mesmo diante de
seus erros, não tendo violadas sua intimidade, sua honra, sua imagem, sua vida
privada, suas correspondências escritas ou telegráficas etc. Quem fere qualquer
desses direitos, está sujeito à responsabilidade penal e ainda a reparar possíveis
danos.
2 - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

O agente de segurança pública deve ser uma pessoa serena e convicta da


importância da sua atividade para a sociedade. Esta convicção requer entendimento
de que a todos é permitido fazer o que a norma jurídica não proíbe, e a não fazer o
que a lei não manda. Em outras palavras, o direito permite o que a lei não proíbe. O
Guarda Civil Municipal deve ter a lei como único caminho, pois não há Direitos
Humanos sem lei, ou contra ela.
O segredo para o bom trabalho do Guarda Civil Municipal está no fato de que
ele jamais deve considerar alguém, mesmo o delinquente, como seu inimigo, pois,
quando isso ocorre, aumenta a possibilidade de tentar fazer “justiça” com as próprias
mãos.
Julgar não é missão do Guarda Civil Municipal, que nesse caso responderá
por abuso de autoridade de acordo com a Lei Federal nº 4.898/65, além dos crimes
consumados com os resultados de suas ações.
Quando o Guarda Civil Municipal age dentro dos parâmetros legais, está
defendendo os interesses da sociedade, da sua Corporação e os seus próprios.

ATENÇÃO:

• Não portar documentos não constitui qualquer infração penal. O que é punível é a
recusa de dados sobre a própria identificação, quando solicitados por autoridade
competente (Contravenção Penal).
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• O domicílio da pessoa é o lugar que representa sua privacidade, é um local quase
inviolável, no qual só nos casos previstos na Carta Magna, pode ser adentrado. O
Guarda Civil Municipoal deve observar rigorosamente esta proibição, pois além de
constituir crime, a violação de domicílio afronta os direitos da pessoa.

PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA

Como importante agente da cidadania, o agente de segurança pública deve ter


preparo físico, intelectual e emocional para manter a serenidade, mesmo atuando em
contato com pessoas aflitas, com problemas e necessitadas.
O Guarda Civil Municipal deve partir do princípio de que todas as pessoas são
inocentes, e só deve mudar esse posicionamento, diante de fatos específicos. É claro
que considerar alguém inocente não implica em deixar de tomar as necessárias
medidas de segurança pessoal. A inobservância desse princípio pode levar o policial
a cometer abuso de autoridade por constrangimento ou violência arbitrária.

IMPORTANTE:

• Em que pese o fato de a sociedade pareça não ter solução, com frequentes
desrespeitos aos Direitos Humanos, com cadeias estão superlotadas, com crimes
sendo cometidos diuturnamente, o agente de segurança pública não pode partir do
princípio de que, individualmente, pouco ou nada resta a fazer. Cada um deve
lembrar-se de que sua atuação é de extrema importância para recuperar os valores
esquecidos e para fortalecer o interior dos indivíduos, que devem ser bem-tratados
mesmo diante de seus erros.
• Jamais se deve acusar alguém sobre algo que não se tem certeza. Respeite o princípio
da presunção de inocência. Lembre-se de que ser acusado de algo que não fez ou
deixou de fazer, quando inocente, é um fato que desesperador, dando a nítida
sensação de injustiça, seja empático.

PRINCÍPIO DA AUTOESTIMA

O agente de segurança pública, antes de tudo, é um cidadão comum e deve


estar consciente disso durante a sua atividade.

A sociedade espera proteção, e para que o Guarda Civil Municipal possa


proteger os direitos de alguém, é necessário que valorize os seus próprios direitos.
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Assim, é indispensável que ele mantenha elevado seu nível de autoestima, pois é
impossível que alguém respeite a vida alheia quando não se tem amor à própria vida,
quando não se valoriza a própria liberdade, quando seus próprios direitos não são
respeitados.
O Guarda Civil Municipal, mesmo diante das situações de ocorrências das
mais diversas, deve respeitar a cidadania das partes, resguardando os direitos dos
envolvidos, pois assim valorizará os seus próprios direitos e atuará como um
verdadeiro profissional.

PRINCÍPIO DO AUTOQUESTIONAMENTO

Para manter sua atividade sempre dentro dos parâmetros legais e dentro do
esperado respeito à dignidade humana, o agente de segurança pública deve praticar
constante autoquestionamento, verificando o que é correto, o que é legal, o que é
ético, e decidindo sempre a favor do respeito aos direitos humanos.
A rotina pode enfraquecer o autoquestionamento, e, por desatenção ou
cansaço, pode inconscientemente agir de forma inadequada aos Direitos Humanos.
Assim, como toda pessoa, o Guarda Civil Municipal deve lembrar-se de que é falível,
logo deve refletir constantemente sobre o acerto de sua conduta; isso evitará erros
desnecessários. Quanto maior for o autoquestionamento menor será o número de
erros.

PRINCÍPIO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

A prestação de serviço implica em respeitar e fazer respeitar os direitos de


cada pessoa. O sucesso da democracia deriva da obrigação a que todas as pessoas
estejam dispostas a praticar certas ações e deixar de praticar outras, em benefício de
seus semelhantes. O agente de segurança pública existe para servir à sociedade, e
isso implica em respeitar e fazer respeitar os direitos de cada indivíduo.

PRINCÍPIO DO CONHECIMENTO E DA SEGURANÇA

O agente de segurança pública moderno deve ser comunitário, conhecendo


exatamente o conteúdo e a importância de sua atividade.
É necessário estar bem-preparado, para que possa adquirir a segurança
indispensável ao exercício da difícil missão.
A sociedade não deve aceitar que o Guarda Civil Municipal, que deve proteger
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a vida, a integridade física dos cidadãos, a liberdade e o bens, seja um profissional
inseguro, indiscreto, impaciente e desrespeitoso.
A ignorância gera insegurança e precipitação, e isso ocasiona erros que, em
regra, representam injustiças e ofensas à dignidade humana. Os possíveis erros
pessoais, no exercício da atividade profissional, além de trazerem consequências
danosas à Corporação, podem acarretar prejuízos irreparáveis à sociedade.
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REFERÊNCIAS

BALESTRERI, R. B. Direitos humanos: coisa de polícia. Passo Fundo, CAPEC.


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para Forças Policiais e de Segurança – Para servir e proteger. 4.ed. Trad. Silvia
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