Dissertação Darlene
Dissertação Darlene
Dissertação Darlene
Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação João de Deus com vista à obtenção do
grau de Mestre em Ciências da Educação na Especialidade de Supervisão: Aquisição da
Escrita no Processo de Ensino-Aprendizagem: O desenvolvimento infantil nos Anos Iniciais
no Município de Alcântara - Maranhão – Brasil, sob a orientação do Professor Doutor Jorge
Manoel de Almeida Castro.
Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação João de Deus, como requesito para a
obtenção do título de mestre em Ciências da Educação – Supervisão Pedagógica.
COMISSÃO JULGADORA:
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Dedicatória
“Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha vida, autor dе mеυ
destino, mеυ guia, socorro presente nа hora dа angústia, ао mеυ pai José Agripino Soares
Resumo
Hoje em dia, a prática da escrita e da leitura é avaliada como essencial para a relação do
sujeito no contexto social. Contudo, esta obrigação característica dos anos iniciais de
escolaridade, encobre-se de uma certa complexidade, existindo um significativo número de
crianças que não alcançam a compreensão correspondente da atividade e, consequentemente,
responder às exigências que a Escola exige com relação á aprendizagem. É comum que nos
anos iniciais da Educação Fundamental, distinguirmos estudantes que apresentam
dificuldades de aprendizagem neste campo, conservando toda a sua trajetória escolar.
Constatando, assim, que no percurso do exercício pedagógico de professores, a aprendizagem
da escrita e da leitura é um tema que levanta um enorme interesse e que provoca a
necessidade de indagação contínua, numa ação constante de atualização pedagógica e
científica. Assim sendo, durante essa aprendizagem, as estratégias empregadas pelo professor
necessitam ser muito bem planejadas, bem como na execução dessas ideias. Deste modo,
quando se escolhe uma estratégia de ensino, deve-se ponderar se ela é apropriada para
desenvolver o conteúdo, conseguindo alcançar de maneira efetiva os alunos em sala de aula.
Assim, esse trabalho dissertativo de Mestrado em Educação tem objetivo principal de analisar
as estratégias metodológicas que possibilitam o melhor desenvolvimento no processo de
ensino aprendizagem da escrita pelas crianças do 1º ao 3º ano do ensino fundamental I do
município de Alcântara – Maranhão – Brasil, bem como seus desafios para sua
implementação. Para expor e explicar a importância do elemento comportamental no método
de ensino-aprendizagem de leitura, essa análise desenvolveu-se a partir de uma pesquisa
bibliográfica, acompanhada de pesquisa de campo, utilizando ferramentas de entrevista
semiestruturada e observação em sala de aula dos métodos de ensino utilizados pelos
professores de português e matemática do 1º, 2º e 3º ano do ensino fundamental I, realizada
com os educandos distribuídos nas séries e turnos do matutino e vespertino das duas escolas
selecionadas entre as cincos melhores bem classificadas nas notas do Ideb de 2017, sendo
parte da pesquisa as três mais bem colocadas, onde foram confrontados seus resultados.
Durante a pesquisa de observação nas turmas do 1º, 2º e 3º ano do Fundamenta I, foi possível
constatar que os professores apresentam procedimentos metodológicos que evidenciam várias
técnicas de ensino para escrita, mas de forma não planejada e também técnicas bem
rudimentares. Por isso é necessário fazer um trabalho com a educação continuada pelos
professores, pois só assim, a escola e poder público poderá colher bons frutos no futuro com a
educação de qualidade na região.
Abstract
Nowadays, the practice of writing and reading is evaluated as essential for the relationship of
the subject in the social context. However, this characteristic obligation of the initial years of
schooling is covered by a certain complexity, with a significant number of children who do
not reach the corresponding understanding of the activity and, consequently, respond to the
demands that the School demands in relation to learning. It is common that in the early years
of Elementary Education, we distinguish students who present learning difficulties in this
field, preserving their entire school trajectory. Thus, in the course of the pedagogical exercise
of teachers, the learning of writing and reading is a theme that raises a huge interest and that
provokes the need for continuous inquiry, in a constant action of pedagogical and scientific
updating. Therefore, during this learning, the strategies employed by the teacher need to be
very well planned, as well as in the execution of these ideas. Thus, when choosing a teaching
strategy, one should consider whether it is appropriate to develop the content, being able to
effectively reach students in the classroom. Thus, this dissertation work of Master's degree in
Education has the main objective of analyzing the methodological strategies that enable the
best development in the teaching process learning the writing by children from the 1st to 3rd
year of elementary school I in the municipality of Alcântara - Maranhão - Brazil, as well as its
challenges for its implementation. To expose and explain the importance of the behavioral
element in the teaching-learning reading method, this analysis was developed from a
bibliographic research, accompanied by field research, using semi-structured interview tools
and classroom observation of teaching methods used by teachers of portugues and
mathematics of the 1st, 2nd and 3rd grade of elementary school, performed with the students
distributed in the series and shifts of the morning and vespertino of the two selected schools
among the top five well-ranked in the 2017 Ideb nostas, being part of the research tos tres but
wellplaced,where they were confronted by their results. During the observation research in
the classes of the 1st, 2nd and 3rd year of Fundamenta I, it was possible to verify that teachers
present methodological procedures that evidence various teaching techniques for writing, but
in an unplanned way and also very rudimentary techniques. Therefore, it is necessary to do a
work with the continuing education by teachers, because only then can the school and
government bear bear good fruit in the future with quality education in the region.
CF Constituição Federal
Lista de figuras
Lista de tabelas
Indice Geral
Dedicatória ............................................................................................................................................ iv
Agradecimento....................................................................................................................................... v
Epigráfe ................................................................................................................................................. vi
Resumo ................................................................................................................................................. vii
Abstract ............................................................................................................................................... viii
Índice de abreviaturas e siglas ............................................................................................................. x
Lista de figuras ..................................................................................................................................... xi
Lista de tabelas .................................................................................................................................... xii
Indice Geral ......................................................................................................................................... 15
a.Introdução......................................................................................................................................... 15
a.a Problemática ......................................................................................................................... 20
PARTE I ............................................................................................................................................... 23
REVISÃO DA ESCRITA ................................................................................................................... 23
CAPÍTULO 1. ....................................................................................................................................... 24
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO E ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL........................................... 24
1.1 A educação no Brasil ........................................................................................................... 24
1.2 Breve histórico da alfabetização Brasileira no contexto mundial ...................................... 26
CAPÍTULO 2. ....................................................................................................................................... 33
A ESCRITA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEN ................................................... 33
2.1 - Fundamentação da escrita ..................................................................................................... 33
2.2 Adaptação, motivação e afetividade ........................................................................................ 39
2.3 Psicogênese da escrita ............................................................................................................... 41
2.4 O processo de compreensão da escrita e da leitura ................................................................ 47
2.4.1 Interdisciplinaridade ........................................................................................................... 51
2.5 A escrita na prática pedagógica ............................................................................................... 51
2.5.1 Atividades diversificadas ..................................................................................................... 53
2.5.2 Atividades individuais e independentes .............................................................................. 54
2.5.3 Atividades coletivas.............................................................................................................. 54
2.6 Dificuldades na aprendizagem da escrita................................................................................ 55
2.6.1 Distúrbio da lateralização ................................................................................................... 55
2.6.2 A Disgrafia........................................................................................................................... 56
2.6.3 A Dislexia............................................................................................................................. 57
2.7 Alfabetizador e o processo de ensino aprendizagem da escrita ............................................ 60
xiii
CAPÍTULO 3. ....................................................................................................................................... 62
O PLANEJAMENTO E METODOLOGIAS PEDAGÓGICAS NA ESCRITA .......................... 62
3.1 Estratégia de trabalho interdisciplinar ................................................................................... 62
3.2 Planejamento, rotina diária e semanal .................................................................................... 63
3.3 Metodologias de aquisição da escrita ...................................................................................... 65
3.3.1 Metodologia Montessoriana................................................................................................ 65
3.3.2 Método Paulo Freire ........................................................................................................... 67
3.3.3 Método Construtivista ......................................................................................................... 69
3.3.4 Método Emília Ferreiro ...................................................................................................... 70
PARTE I ............................................................................................................................................... 74
REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................................... 74
CAPÍTULO 4. ....................................................................................................................................... 75
METODOLOGIA DA PESQUISA.................................................................................................... 75
4.1 Introdução.................................................................................................................................. 75
4.2 Lócus da pesquisa ...................................................................................................................... 76
4.2.1 Estado do Maranhão ........................................................................................................... 76
4.2.2 Cidade de Alcântara ............................................................................................................ 78
4.2.3 Escola Municipal Governador Newton de Barros Bello.................................................... 80
Figura 8. – Vista principal da Escola Municipal Governador Newton de Barros Bell, após sua
reforma .......................................................................................................................................... 81
4.2.4 Unidade Integrada Presidente John Kennedy.................................................................... 82
4.2.4 Escola Municipal Senador Archer ..................................................................................... 83
4.3 Questões de Investigações ......................................................................................................... 85
4.4 Objetivos .................................................................................................................................... 86
4.4.1. Geral ................................................................................................................................... 86
4.4.2. Específicos .......................................................................................................................... 86
4.5 Principais Hipóteses .................................................................................................................. 86
4.6 Característica da Análise .......................................................................................................... 88
4.7 Instrumentos de coleta e análise de dados............................................................................... 88
4.7.1 Técnica utilizada para coleta de dados ............................................................................... 88
4.7.2 Técnica utilizada para análise de dados ............................................................................. 95
4.8 Dimensão e Critérios de Seleção da Amostra ......................................................................... 96
4.9 Ética da Pesquisa ....................................................................................................................... 99
4.10 Limitações da Pesquisa ......................................................................................................... 100
CAPÍTULO V .................................................................................................................................... 102
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCURSÕES ........................................................ 102
xiv
a. Introdução
Por ser evidente a influente fase na vida escolar da criança e por meio da prática de
sala de aula, que o tema foi escolhido. É uma reação em cadeia, onde o sucesso de amanhã
depende da eficiência do trabalho de hoje. E o professor é um dos principais agentes desse
processo, que levará ao êxito ou ao fracasso.
Com isso, observa-se que através da aquisição da escrita de forma adequada e dentro
dos limites satisfatórios de educação, possa permeiar o desenvolvimento infantil com o
conhecimento e uma reflexação desenvolvida, pois são fatores básicos para que os alunos
possam obter informações necessárias, levando-os como os principais atores da consecução
da aprendizagem da escrita. Desta forma, é fundamental que o professor possa liberar os
alunos a desenvolver a escrita conforme sua forma de pensar, assim poderá identitifcar o nível
que se encontra a acriança.
Pesquisas efetivadas nos últimos anos revelam que o ensino de estratégias de
aprendizagem fortalece a performace acadêmica dos alunos, pois assessora no equilíbrio de
ausências vividas por eles em outros campos de conhecimento, como Matemática, Leitura e
Escrita, Costa & Boruchovitch (2009); Gomes & Boruchovitch (2009); Lane et al., (2008);
MacArthur et al.(1993); Teixeira & Alliprandini (2013).
A escrita, na vida escolar, se caracteriza como um fator essencial, visto que ajuda os
educandos a estudar os variados campos de conhecimento. A prática da escrita exige o arranjo
de numerosos procedimentos cognitivos, emocionais, efetivos, bem como que o estudante
apresente conhecimento de si mesmo como principiante, abrangendo o uso competente de
estratégias de incentivo e de aprendizagem.
Destarte, segundo MacArthuret al., (1993) explana que há um número expressivo de
estudantes que apresentam dificuldade em dissiminar conhecimentos, ideias, informações e
emoções através da escrita. Tais dificuldades são mais notórias em estudantes que apresentam
problemas de aprendizagem e baixa performace escolares.
Altunay (2014); Graham & Sandmel, (2011); Lane et al. (2008); Mason et al. (2011);
Silva & Sá, (1997) comentam que mais especificamente, o ensinamento de estratégias de
aprendizagem compreende o conceito da analogia entre componentes cognitivos,
motivacionais e afetivos vigente no processo e nos resultados da aprendizagem.
Assim sendo, Keaton, Palmer, Nicholas & Lake (2007); Torrance et al., (2007) e
Altunay (2014), discorrem que formar estratégias contribui para que o aluno aprenda de forma
mais eficaz, tendo mais domínio sobre seu estímulo e seus anseios, o que, por sua vez, auxilia
para a ampliação da convicção de sua própria competência, além de proporcionar a melhora
no rendimento escolar.
18
em sala de aula com o método de observação, fornecendo desta forma informação relevante a
ser tratada e analisada para posteriores conclusões.
Ja no capítulo 5, foi realizada a caraterização global do universo da amostra, a
apresentação textual e o tratamento das coletas. Estes dados foram analisados e
posteriormente realizada a interpretação e descrição. Também apresenta discussão dos
resultados alcançados por meio da ferramenta de coleta de dados, o inquérito por roteiro de
acompanhamento de aula, com lista de verificação e grelha de observação focada nas
insterferências em sala de aula e estratégias de ensino. Buscou-se fazer uma observação
detalhada sobre os aspectos mais evidentes e úteis, mencionados na apresentação dos
resultados.
Neste capítulo 6, foram apresentados os comentários finais, buscando responder as
questões da investigação, analisando as hipóteses levantandas no estudo e finalmente
apresentando sugestões de melhorias para o problema avaliado. É sabido que qualquer estudo
pode ser sempre revisto acrescentado e ainda mais aprofundando o tema e, nesse sentido,
achamos que seria plausível dar continuidade ao projeto, mas partindo de novas perspectivas.
Com isso foram apresentadas novas linhas de investigação para futuros trabalho.
20
a.a Problemática
1
Saeb -Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico - é composto por um conjunto de avaliações
externas em larga escala que permitem ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de alguns
fatores que possam interferir no desempenho do estudante, fornecendo um indicativo sobre a qualidade do
ensino ofertado.
2
Ideb - O Ideb é o principal indicador da qualidade da educação básica no Brasil. Para fazer essa
medição, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) utiliza uma escala que vai de 0 a 10.
3
A criticidade é uma escala de importância na qual as características do bem influenciam se o
atendimento da solicitação em questão é mais crítico e exige maior atenção por parte da equipe e/ou executante.
21
Tabela 1.
Comparativo de desempenho no Saeb 2017 – rede particular e pública (%)
Entende-se que dentro deste contexto problemático apresentado pelo Saeb em 2017,
ainda completa a existência de três quartos dos alunos das escola públicas distribuídas no
Brasil, ainda encontram-se fora das condições plenas de ler e compreender. Também os dados
revelam que 34,26% dos alunos de escolas públicas estavam começando a desenvolver sua
plena condição de realizar uma leitura proficiente. Deste modo, notou-se que 90% dos alunos
ainda não estavam preparados plenamente em seu domínio da escrira e, portanto,
impossibilitados de prosseguir seus estudos de forma adequada.
Quanto aos níveis de desempenho dentro do esperado, somente 10,58% estavama
aptos para dar continuidade de forma satisfatória em seus prosseguimentos de estudo no final
do quinto ano.
Com isso, observa-se que por intermédio da aquisição da escrita de forma adequada e
dentro dos limites satisfatórios de educação pode-se permear o desenvolvimento infantil com
o conhecimento e uma reflexação desenvolvida, pois são fatores básicos para que os alunos
possam obter informações necessárias, levando-os como os principais atores da consecução
da aprendizagem da escrita. Logo, é fundamental que o professor possa liberar os alunos a
desenvolver a escrita conforme sua forma de pensar e assim poderá identitifcar o nível que se
encontra a acriança.
Avaliando todo o contexto levantado na problemática, algumas indagações são
necessárias para direcionar a pesquisa e entender de forma científica pontos importantes que
estão sendo desenvolvidos ou não sobre a aquisição da escrita dos alunos sediados nas escolas
públicas do município de Alcântara. Buscou-se acompanhar os seguintes pontos: Quais
22
PARTE I
REVISÃO DA ESCRITA
24
CAPÍTULO 1.
É fato a existência de vários debates que têm acontecido em torno das questões que
levam ao tema sobre o Sistema Educacional no Brasil, onde várias dicurssões são realizadas –
divergencias do campo político e social, além de paixões levantadas pelos filósofos e
pedagogos. Com isso pretende-se por meio deste estudo fazer uma abordagem quanto aos
aspectos que são construídos peloss processos da pré-alfabetização e alfabetização, com
escopo nas influencias dos números negativos nas estatísiticas em todo o país, apresentando,
ainda, nos ranquins uma aferição sobre a qualidade da educação desfavorável.
Em Brasil (1988) coloca que, conforme CF/88, no artigo 205, comenta que a educação
está presente no meio de todos, com isso é um direito adiquirido por lei e também afirma que
é um dever do Estado e da família, visando o pleno desenvolvimento e o preparo com o
exercício da cidadnia e também a qualificação ao trabalho. A LDB em sua lei 9.394/96,
mostra em seu artigo 32, inserido no inciso I, que o ensindo fundamental tem como objetivo
específico a formação básica de todos os cidadãos, sendo intermediado pela promoção do
desenvolvimento e da capacidade de aprender, por meio do qual leva ao domínio pleno da
leitura e da escrita.
Em Brasil (2009), onde fala do artigo 214 da CF/88, com uma redação atualizada e
constituída pela Emenda 59/2009, detalha os pontos ligados aos objetivos do PNE, sendo eles
conhecidos como: o analfabetismo erradicado; o atendimento escolar universalizado; o ensino
de qualidade, através de melhorias. Assim por meio desta lei a educação infantil para as
crianças de quatro a cinco anos tornou-se obrigatório no Brasil.
25
4
A Base Nacional Comum Curricular é um documento normativo que define o conjunto de
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da
Educação Básica.
5
É o programa do Ministério da Educação que concede bolsas de estudo integrais e parciais de 50% em
instituições privadas de educação superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a
estudantes brasileiros sem diploma de nível superior.
26
branco, mas que traz consigo experiências sociais, do ambiente familiar e do contexto social,
uma bagagem específica adquirida no meio entre seus pares.
Na Idade Antiga, foram produzidos o alfabeto e o primeiro processo de ensino: o
soletramento, também designado alfabético ou ABC. Segundo Marrou (1969), a alfabetização
acontecia por meio de um método lento e complexo. O início se desenvolvia por meio da
memorização das 24 letras do alfabeto grego, onde os pequenos tinham que memorizar os
nomes das letras (alfa, beta, gama etc.), em primeiro lgar, seguindo uma ordem alfabética e
depois em curso inverso. Apenas após a decoração os nomes das letras é que era
proporcionada a forma gráfica.
A ocupação subsequente seria integrar o valor da sonorização (antes memorizado) à
relativa reprodução gráfica (escrita). As primeiras letras oferecidas significavam as
maiúsculas, arrumadas em colunas para então vir às minúsculas. Assim, quando os
principiantes tivessem memorizado a agregação das letras às figuras, um procedimento
parecido era feito com as famílias silábicas, começando pelas sílabas simples memorizadas
pela ordem até se acabar todas as propabilidades de combinação. Mais tarde, procedia o
estudo das sílabas trilíteras e assim por diante.
Completando o estudo da sílaba, procediam os monossílabos, em seguida os
dissílabos, trissílabos e assim inenterruptamente, como perpretam as cartilhas. Os primeiros
textos exibidos surgiam divididos em sílabas, em seguida eram oferecidos em grafia normal,
mas sem espaçamento entre as palavras e sem a pontuação devida, fato que fazia com que a
escrita ficasse mais complexa que a atual. De acordo com Platão (apud Marrou, 1969, p. 248)
“através desse método quatro anos não era demais para se aprender a ler.”
Pensadores a partir do século XVI principiam a manifestar-se contra a prática do
soletramento, em função da sua dificuldade. Valentin Ickelsamer, na Alemanha, expõe uma
técnica baseada na emissão da voz produzia ao pronunciar as letras de palavras
experimentadas pelos estudantes. Pascal, na França, recria a técnica do soletramento: em vez
de treinar o nome das letras (efe, eme, ele etc.) treinava o som (fê, lê, mê), no experimento de
facilitar a soletração. “Vallange, em 1979, inventa o designado método fônico com o material
apontado como figura simbólica”, cuja finalidade era revelar palavras exacerbando o som que
se queria simular. No entanto, a exageração na pronúncia do som das consoantes separadas
induziu tal técnica ao fracasso.
A teoria de Piaget sendo uma teoria particular nos remete a compreender de forma
particular como as crianças aprendem nos domínios da escola e do campo social o que vai
influenciar muito na aprendizagem das crianças.
32
Ferreiro & Teberosky (1999) tem contribuído muito com a alfabetização no Brasil.
Após pesquisa realizada na Argentina onde trabalharam a evolução da escrita de forma
construtiva realizada com crianças na educação Infantil em processo de alfabetização,
observaram que em crianças da classe média que são habituadas com lápis e papel
encontrados em casa pode se registrar tentativas claras de escrever. Elas trazem este estudo de
forma diferenciada afirmando que a criança evolui passando por vários níveis na construção
da leitura e da escrita.
33
CAPÍTULO 2.
Este capítulo tem como objetivo compreender as etapas da escrita que a criança
percorre durante o processo de ensino-aprendizagem na pré-escola. Desta forma, serão
apresentadas as evoluções da escrita e as dificuldades encontradas na prática da escrita. Esse
processo se desenvolve basicamente em quatro níveis, quais sejam: pré-silábico, silábico,
silábico-alfabético e alfabético.
sentimentos, ideias e experiências, antigamente por meio de inscrições nas paredes das
cavernas, figuras em pedras e, atualmente, por meio da escrita.
Deste modo nasceu a obrigação de ampliar a leitura e a explanação dos símbolos. Ler
é a habilidade da pessoa de entender e impor significações aos símbolos da nossa grafia, isto
é, decodificar e perceber esses símbolos a partir de sua totalidade.
Acerca da psicogênese da língua escrita, as pesquisas de Emília Ferreiro podem se
inserir dentro dessa visão. A autora analisa a evolução da escrita em diferentes crianças
mostrando como a criança constrói suas suposições e como vai entrando em conflito ao
aplicá-las em diferentes situações.
A criança atravessa um caminho na alfabetização sendo muito similar ao processo de
mudança que a escrita incidiu desde o seu invento. Assim como os povos antigos, as crianças
usam o desenho como forma de representação gráfica e são capazes de contar uma história
por meio de alguns traços por elas desenhados.
Na construção da escrita as crianças realizam tentativas no sentido de copiar
circunscrições básicas da escrita que elas se descobrem no dia a dia, porém cada um lê em
seus riscos aquilo que desejou escrever. Nesta fase a criança ordena a hipótese de que os
nomes são proporcionais ao tamanho do objeto que ela se refere.
A escrita é um código de reprodução da língua pois aprendizagem denota a
assimilação de um novo elemento do conhecimento. A leitura e a escrita são instruídas como
algo bizarro. A criança, é levada a pensar que se constitui num objeto de interesse, do qual se
aproxima de forma inteligente, e neste escopo Piaget (1967, p. 169) comenta que “[...] no
meio social não se diferencia essencialmente do meio físico e as pessoas são quadros análogos
aos que constituem a realidade, mas especialmente ativos e imprevisíveis, fontes de
sentimentos intensos.
A teoria de Piaget nos consentiu introduzir a escrita enquanto objeto de informação e o
sujeito da aprendizagem, enquanto sujeito cognoscente que se aludi à noção de identificação.
Em termos práticos isto costitui que o início de toda aprendizagem é o próprio indivíduo e não
o teor a ser atingido.
A aquisição da escrita tem como objetivo permitir a leitura, sendo ela uma explanação
da escrita que incide em representar os símbolos escritos em fala. Conforme Ferreiro (1995,
p. 103) A escrita tem como base o significado e não o significante dos signos linguísticos, ou
seja, ter como objetivo essencial o fato de alguém ler o que está escrito. “A língua escrita é
muito mais que um conjunto de formas gráficas. É um modo de a língua existir, é um objeto
social, é parte de nosso patrimônio cultural”.
35
caracteres da escrita corresponde a valores sonoros menores que a sílaba. Por exemplo ao
grafar “mesa” instaura-se a dúvida quanto ao emprego de “s” ou “z”, (exemplo dado pelas
autoras). Para Ferreiro e Teberosky (1999), esse seria o momento final da evolução da escrita,
permanecendo ainda dificuldades próprias da ortografia. Os cinco níveis seriam percorridos
pelas crianças de modo sucessivo e progressivo.
De modo semelhante, Luria (2001) dedica-se a estudar a aquisição da escrita
reconhecendo também que esse processo organiza-se em diferentes fases: pré-instrumental e
instrumental em que na primeira o uso dos símbolos como solução mnemônica não seria
utilizado e na segunda o uso funcional desses símbolos fariam parte. Em um de seus estudos o
autor dedica-se a análise de textos de crianças de quatro a seis anos de idade, separadas em
grupos, alheias à influência escolar, uma criança escolarizada de nove anos e outra com
deficiência cognitiva. Para tanto, a escrita foi apresentada às crianças como uma forma de
resolver um problema: a tarefa de relembrar um determinado número de sentenças curtas e
relacionadas.
A escrita infantil para Luria (2001), também sofre transformações ao longo da
aquisição da escrita, com momentos de evolução e estabilidade não lineares, nos quais, cada
fase deve ser interpretada à luz da lógica ou função psicológica subjacente ao gesto gráfico
(Azenha, 1996). Essa observação vincula-se aos pressupostos teóricos de Vygostky (1984),
assumidos pelo pesquisador. As fases propostas nos estudos de Luria (2001), para a pré-
história da escrita, compõem-se em: escrita imitativa, escrita topográfica e a escrita
pictográfica.
Na primeira etapa, imitativa, a criança repete rabiscos (linhas, riscos, círculos abertos
ou fechados). O ato de escrever associa-se à tarefa de anotar uma palavra específica de modo
intuitivo e imitativo (escrever como os adultos), assim Luria (2001, p. 149) coloca que
escrever não é para recordar ou para representar algo, mas “um ato suficiente em si mesmo,
um brinquedo”. Na segunda fase, denominada pelo autor de topográfica, a criança rabisca e,
mesmo que os traços sejam iguais, os lugares em que eram marcados no papel funcionam
como recurso útil para memorização, desde que o período seja curto, já que com o passar das
horas ou dias a mesma estabilidade não aconteceria funcionando novamente como escrita
imitativa. Na terceira fase (pictográfica) a escrita baseia-se na experiência com os desenhos
infantis que funcionam como signos mediadores. O que distingue o desenho da escrita
(pictográfica) é o uso instrumental desta como símbolo e como mecanismo de expressão. A
esse respeito, Luria destaca a dificuldade de se distinguir desenho de escrita pictográfica,
38
cabendo para a resolução deste problema a análise do comportamento não escrito, tais como
gestos e falas.
Segundo Luria (2001), na transição para a escrita convencional as crianças escrevem
letras separadas para cadastro de conteúdos, ou seja, acham que precisam usar signos para
escrever, contudo não entendem como fazê-lo. Assim, para Azenha (1996, p. 59) “algumas
crianças neste estágio empregavam letras isoladas para registro de conteúdos da mesma forma
como eram empregados os rabiscos imitativos do estágio inicial”. Destarte, a destreza de
escrever letras, para esse autor, não implica sua compreensão.
Em síntese, para Luria (2001) a pré-história da escrita da criança pode ser
compreendida, num primeiro momento, no qual a criança se relaciona com alguma escritura
(rabiscos) sem entender seu significado e repete os gestos por imitação (escrita imitativa).
Mais tarde começa a fazer distinções já que o signo adquire significado funcional em virtude
do local em que foi inserido ou mesmo da forma (escrita topográfica e pictográfica). O
domínio da escrita convencional sucede à utilização das letras, pois, inicialmente, a criança é
capaz de reconhecer letras isoladas, sem, contudo, compreender o mecanismo integral do uso
da escrita. Desse modo, ao longo do tempo a criança efetua diferentes tentativas de elaboração
da escrita a partir das quais posteriormente ao domínio exterior da escrita ela chegaria à
compreensão do seu sentido.
Também os estudos de Ferreiro e Teberosky (1999) e Luria (2001) foram um
importante avanço na maneira de analisar a aquisição da escrita dado seu reconhecimento do
conhecimento, antes negligenciado, de que a criança participa de diferentes experiências com
a escrita bem antes de entrar no universo da escola. A partir das contribuições desses autores
passou-se a observar as diferentes hipóteses de escrita empregadas pelos alunos ao longo do
processo de aquisição da escrita, reconhecendo-os como sujeitos ativos da aprendizagem. As
pesquisas de Ferreiro, no Brasil, tiveram um impacto muito grande sobre as práticas de
alfabetização e sobre o discurso a respeito de como se deve alfabetizar. O abandono da tarefas
de atividades e os silabários das cartilhas e a busca por novas formas de apresentação e
tratamento do texto durante a alfabetização foram algumas dessas mudanças.
No entanto alguns pesquisadores como Abaurre et al. (1997) marcam fragilidades na
probabilidade assumida por Ferreiro e Teberosky (1999), em especial, com analogia à
linearidade das etapas e a universalização do aprendiz, uma vez que a psicologia genética
preconiza um sujeito idealizado e universal, não existindo lugar para o episódico.
Em um paradigma educacional já superado, o grande desafio escolar era somente
aprender conteúdos, onde acreditávamos que conhecer era acumular conhecimentos.
39
Todos os itens relatados pela autora são fatores primordiais que devem permear a sala
de aula, onde o professor tem que analisar e explorar suas competências por se tratar de
desenvolver a função alfabetizadora. No momento em que as crianças estão adentrando no
Ensino Fundamental mais com 6 anos de idade cabe atentar que não se trata de uma idade
qualquer, mas, são pequenas crianças que estão dando continuidade ao processo de ensino e
aprendizado e a educação que será direcionado a essas crianças tem que ser igualitária e
qualitativa.
O professor não pode se deixar levar pelo sentimento e opiniões precipitas que
interfiram no aprendizado dos alunos. Quando se refere a sua postura na forma como trata seu
alunado, eliminando possibilidades de privilegiar um ou outro aluno, evitando que nenhum
venha se sentir excluído o poderá causar grandes transtornos psíquicos, emocionais e
pedagógicos e ocasionando até mesmo a desistência de está inserido na Educação Básica.
Assim em Brasil (2004) é imprescindível que o sistema escolar fique vigilante às
ocorrências envolvidas na admissão da criança no ensino fundamental, seja ela procedente
inteiramente da família, seja da pré-escola, a fim de conservar os laços sociais e afetivos e as
qualidades de aprendizagem que lhe oferecerão segurança e confiança.
Caberá, portanto a comunidade escolar valorar como sendo de suma importância todos
os fatores que permeiam o ingresso de crianças com seis anos no ensino fundamental, seja
alunos que frequentaram ou não a educação infantil, onde os ensinamentos ficaram ao
encargo da própria família, pois o iniciarem no ensino fundamental necessita de todos os
recursos para se adaptar.
As primeiras semanas no ambiente escolar é primordial instituir a rotina, a acolhida
ajuda o aluno a se integrar ao novo grupo social da escola fortalecendo os laços sociais e
afetivos, criando um ambiente alfabetizador e acolhedor, onde eles conviveram durante o ano
letivo. O professor deve se relacionar com os alunos de forma afetiva dando-lhe bastante
atenção individualizada, tendo o cuidado com a forma de falar com o aluno para então, assim,
proporcionar a sua clientela oportunidades de interação com todos os protagonistas que
compõem o trabalho pedagógico no processo do Ensino Fundamental.
Em se tratando dos relacionamentos na sala de aula, estaremos assim abordando a
Teoria da Afetividade, pois esta é indispensável na atividade de alfabetizar e o professor
alfabetizador tem que estar preparado físico, psíquico e emocional, porque esses fatores
influenciam na relação professor/alunos e contribuem para construção do
ensino/aprendizagem. Nota-se que cuidar bem do seu aluno é motivo de incentivo para o ato
de alfabetizar e letrar.
41
Fernandez (1991); Dantas (1992); Snyders (1993); Freire (1994); Codo e Gazzotti
(1999), entre outros, aparecem defendendo que a afeição é imprescindível na presteza de
ensinar, percebendo que as afinidades entre aprendizagem e ensino são ocasionadas pelo
anseio e pelo amor e que, consequentemente, é presumível identificar e antever espécies
afetivas favoráveis que facilitam a aprendizagem.
Iniciou no ano de 1974, a psicogênese da grafia por meio de estudos efetivados pelas
psicolinguistas argentinas Ferrero e Teberosky, onde constataram os desacertos mais comuns
no processo de alfabetização. Segundo Mendonça (2007), uma investigação partindo do
entendimento de que a obtenção do conhecimento se fundamenta na atividade do sujeito em
intercâmbio com o objeto de conhecimento. Evidencia que a criança, já antes de adentrar à
escola, tem imaginação e faz suposição sobre o código anotado, expondo os estágios
linguísticos que percorre até a aquisição da leitura e da escrita. Com base nessa teoria que é
comprovada por Ferrero e Teberosky, Ferrero afirmam que:
“há crianças que chegam à escola sabendo que a escrita serve para escrever coisas
inteligentes, divertidas ou importantes. Essas são as que terminam de alfabetizar-se na
escola, mas começaram a alfabetizar muito antes, através da possibilidade de entrar em
contato, de interagir com a língua escrita. Há outras crianças que necessitam da escola
para apropriar-se da escrita”. (Ferrero e Teberosky, 1999, p.23).
Amparada nesse ponto de vista, a Teoria da Psicogênese descreve que toda criança
atravessa níveis estruturais da linguagem escrita até que se aproprie de toda a complexidade
do sistema alfabético. Estes estágios foram nomeados por Ferreiro e Teberosky (1985) como:
o pré-silábico, o silábico, que se divide em silábico-alfabético e o alfabético.
Estes níveis são qualificados por desenhos conceituais, não sendo simples cópias das
informações advinda do meio, ao contrário, são procedimentos construtivos onde a criança
considera parte da informação ganha e insere sempre algo particular. É importante evidenciar
que a entrada de um nível para o outro é gradativo e está sujeito as intervenções praticadas
pelo docente.
Nível 1 - Pré-Silabico
Nível 2 - Intermediário
A teoria central deste nível, de acordo com Ferreiro e Teberosky (1999, p. 202) é a
seguinte: “Para poder ler coisas diferentes (isto é, atribuir significados diferentes), deve haver
uma diferença objetiva nas escritas. O progresso gráfico mais evidente é que a forma dos
grafismos é mais definida, mais próximas das letras”. Entretanto, o fato conceitual mais
43
importante é o seguinte: segue-se cogitando com a presunção de que faz falta certa quantidade
mínima de grafismo para escrever algo e como a hipótese das variedades nos grafismos.
Segundo Almeida (2010, p.21) “a crianças escreve em forma de traços ou linhas onduladas,
que é impossível saber o que estar escrito. Somente a criança faz a interpretação do ele
escreveu”. Conforme Mendonça (2007), no período pré-silábico, em uma primeira ocasião, o
principiante pondera que conseguirá escrever por meio de desenhos, rabiscos, letras ou outros
sinais gráficos, imaginários que a palavra igualmente inscrita representa a coisa a que se
refere.
Nível 3 - Intermediário
A hipótese central deste nível segundo Ferreiro e Teberosky (1999, p. 202) é a seguinte:
“Para poder ler coisas diferentes (isto é, atribuir significados diferentes), deve haver uma
diferença objetiva nas escritas”. A evolução gráfica mais evidente é que o formato dos
grafismos é mais definitivo, mais conexo às letras. Porém, o fato conceitual mais interessante
é o seguinte: segue-se trabalhando com a hipótese de que faz falta certa quantidade mínima de
grafismo para escrever algo e como a hipótese das variedades nos grafismos.
Conforme Almeida (2010, p.21) a criança, principia a ter consciência de que há
alguma afinidade entre a pronúncia e a grafia, dando início a desvinculação da escrita nas
imagens e os números das letras, ocasionando uma firmeza evidente ao escrever seu nome ou
palavras que proporcionou a oportunidade e o interesse de gravar. Esta firmeza independe da
estruturação do sistema de escrita; conserva as suposições da quantidade mínima e da
variedade de caracteres.
Nível 3 - Silábico
Para os autores Ferrero e Teberosky (1999, p. 209), este período está marcado pela
investida de proporcionar um apego sonoro para cada uma das letras que compõem uma
escrita. Nesta tentativa a criança atravessa um momento de maior importância evolutiva: cada
letra representa a uma sílaba. É o aparecimento do que chamaremos a hipótese silábica. Com
esta hipótese a criança, dá um pulo qualitativo com autoridade aos níveis precedentes. Para as
autoras essa mudança qualitativa consiste em que:
A criança, de acordo com Almeida (2010, p. 21), nessa etapa, já pondera que a escrita
concebe a fala, bem como fonetiza a escrita dando valor sonoro às letras, onde também pode
ter alcançado, ou não, a abrangência da sonorização convencional das letras, supondo que a
menor unidade do dialeto seja a sílaba e que necessita anotar tantos sinais correspondentes as
vezes que a boca se mover, ou seja, para cada sílaba falada obedece uma letra ou um sinal.
Em frases, pode registrar uma letra para cada vocábulo.
45
A gravura acima representa o nível silábico, onde se observa no texto que a criança
escreve somente as letras que apresenta o som mais intenso na palavra de preferência a vogal.
Nível 5 - Alfabético
A gravura acima representa o nível silábico. Segundo Almeida (2010, p. 24) ” para
definir a didática mais adequada, o professor precisa, antes demais nada, procurar detectar o
nível em que se encontra o aluno para intervir coerentemente no processo de aprendizagem de
cada um”. Por esse motivo destaca-se como uma das estratégias fundamental para o
desenvolvimento do aprendizado do aluno principalmente quando este estiver matriculada no
Ensino Fundamental, que é quando se inicia a sua alfabetização sendo que, o aluno já
conhecer letra, som que cada uma representa e a escrita. Para Almeida (2010) é fundamental
que o educador procure alcançar os educandos de todos os graus, provocando-os para gerar
algm avanço. As atividades podem motivar os alunos diferentes, se em cada um implicar uma
mudança, ou adequação, da hipótese própria da condição em que o aluno se acha.
Não obstante, por representar um momento histórico, não é algo acabado, pronto, definitivo e
absoluto. Implica uma intencionalidade, uma interação ao diálogo, onde se procura elaborar o
aprendizado cujo fundamento se apresenta nas diferentes experiências vividas que se
apresentam entre ambos. Sendo assim, há a intencionalidade pela busca de respostas para
problemas cotidianos que se apresentam no contexto de suas vidas.
Conforme Carvalho (2002),
Assim sendo, quando se tem uma proposta para o estudo, tal ato requer do leitor uma
postura proativa, ou seja, vivenciar a matéria de tal forma a dar via ao objeto, atendendo a
uma posição ativa e crítica a partir do momento em que se tem a capacidade. Conforme
Carvalho (2002),
A prática da leitura crítica não é mecânica, pois ela requer uma intenção de julgar o
que se lê, onde não há espaço para situações neutras e sim um posicionamento a partir da sua
criticidade, fazendo com que o ato da leitura seja uma ação criativa onde ele se impõe como
colaborador dos conteúdos apreendidos a partir da sua compreensão. Segundo Luckesi et al
(2000),
“O leitor será sujeito do estudo e da leitura quando imprimir uma ação crítica ao ato de
ler e estudar. Será objeto quando adotar uma ação acrítica frente ao texto objeto de seu
estudo. O leitor objeto deixa-se ofuscar pelo "júbilo" ou pelo "medo" em relação ao
texto estudado. Em ambos os casos, perde-se a objetividade da leitura e o que fica é
uma retenção acrítica e alienante das informações. O leitor objeto está "submisso" ao
texto”. (Luckesi et al, 2000, p. 140).
49
Sendo assim, o leitor como crítico deve ter a compreensão necessária e poderá integrar
o que lê conforme sua visão o que remete a uma avaliação, relacionando com ações vividas
cotidianamente e para tal, se faz necessário que seja questionador, que procure uma interação
com o tema, com o que propõem os autos, o que facilita a geração de novas e criativas ideias e
mensagens. Segundo Luckesi et al, 2000, p. 14) o “O leitor sujeito se transforma em um
leitor-autor".
Contudo, há que se citar Severino (2001), quando se refere sobre modelos eficazes a
serem seguidos para uma boa interpretação de texto.
“O primeiro passo seria a análise geral do texto, que consiste em levantar elementos,
tanto para a compreensão, como para fazer um julgamento crítico posterior. Nesta fase
é importante levantar os dados bibliográficos do autor; apresentar a obra no período e
no espaço; procurar esclarecer fatos históricos, doutrinas envolvidas, vocabulário e
outros possíveis elementos necessários e importantes para o entendimento do texto”.
(Severino, 2001, p. 47).
Assim Severino (2001) fala que isso implica estabelecer um critério sequencial do
tema a ser estudado ou texto a ser lido, de maneira que o leitor possa estar totalmente
informado sobre os elementos textuais. O segundo passo que seria a análise do tema
propriamente dito, que submerge a abrangência da mensagem do autor, por meio da
assimilação e apreciação do título, tema, problema, ideia central e periférica, raciocínio e
argumentação.
Dessa forma, o leitor estará informado de todas as questões que irão envolver a
matéria a ser lida e interpretada, ficando cercado de todo o material que permeia a essência da
matéria explanada pelo autor.
Também Severino (2001) fala que o terceiro passo que seria a interpretação e
avaliação do texto, envolvendo não só o conhecimento sobre o autor em suas percepções
filosóficas, para poder enterder as suas mensagens e conceitos, como também fazer uma
discrição de valor sobre aquilo que foi lido. É o período derradeiro da leitura que nos induz a
acionar uma discrição crítica e exibir um escopo de ação. Se ajuizar é avaliar valor, com o
desígnio de tomada de uma ação, então, poderemos "ler, julgar e agir", afastando e
trabalhando as informações positivas da leitura, designando novas ideias e mensagens.
Como se pode verificar, Severino (2001) coloca que os atos de estudar e entender um
texto não são tarefas fáceis. É um desafio constante e exige trabalho, cabe a cada um. A
constante interligação entre o conteúdo do texto (quer se verse de um conto romântico ou de
elucidação de um acontecimento científico) e o leitor, é regulada deliberadamente com que se
50
2.4.1 Interdisciplinaridade
Conforme Cagliari (2014) é comum no cotidiano das pessoas e, até mesmo dos
próprios educadores, visualizar a escrita como algo familiar e fácil, é visão comum até mesmo
para aqueles que não entendem o seu funcionamento, apenas a usam. Mas, para a criança, essa
é uma atividade nova e requer um tratamento especial. Principalmente, porque no ambiente
escolar a maioria das atividades de português gira em torno da escrita. Poucas são as crianças
que se dirigem à escola com certa compreensão de leitura e escrita. Esse privilégio de poucos
já vem de um ambiente social onde ler e escrever é uma prática comum. Não obstante que, em
52
Tabela 2.
Níveis de desenvolvimento da escrita
NIVEIS DE CARACTERÍSTICAS
ESCRITA
Nível pré- O educando já tem o entendimento que não se escreve com desenhos
silábico
Nível O educando passa a perceber que as letras representam os sons da fala, mas
silábico pensa que cada letra é uma sílaba oral. Se é questionado sobre quantas letras
são necessárias para escrever “cabeça”, ele faz a repetição da palavra para si
próprio, devagar, contando as sílabas orais e responde: três, uma para “CA”,
uma para “BE” e uma para “ÇA”.
Silábico- Este nível marca a transição do educando da hipótese silábica para a
alfabético hipótese alfabética. Ora ele escreve atribuindo a cada sílaba uma letra, ora
representando as unidades sonoras menores, os fonemas.
Alfabético Neste estágio, o educando já compreendeu o sistema de escrita, entendendo
que cada um dos caracteres da palavra corresponde a um valor sonoro
menor do que a sílaba. Agora, falta-lhe dominar as convenções ortográficas.
Nota: CONTINI, J. A concepção do sistema alfabético por crianças em idade pré-escolar. In: KATO, M. A.
(Org.). A concepção da escrita pela criança. Campinas: Pontes, 2008.
53
Portanto, partir das expectativas e da realidade das crianças, é sempre um bom começo
antes do ensino da escrita. A escrita, a leitura e a oralidade estão intrinsecamente ligadas.
Assim, segundo Cagliari (2004, p.103) “a escrita, seja ela qual for, tem como objetivo
primeiro permitir a leitura”. Conforme Antunes (2003, p. 57) “a leitura é uma interpretação da
escrita que consiste em traduzir os símbolos escritos em fala”. Desta forma, a escola não pode
privilegiar uma em detrimento da outra, visto que “a escrita é tão interativa (...) quanto a fala.
(...) supõe envolvimento entre sujeitos. (...) ter o que dizer é (...) uma condição prévia para o
êxito da atividade de escrever”.
A partir dos três a quatro anos, começa a aparecer na criança uma preferência lateral.
Aos quatro e cinco anos, 40% das crianças ainda estão mal lateralizadas, aos 5 e 7 anos,
aproximadamente 30%, após esse período, além dos destros e canhotos homogêneos, sempre
restará um certo número de crianças mal lateralizadas, sem que tenham necessariamente
dificuldades.
56
2.6.2 A Disgrafia
Para Drouet (2003) caracteriza-se pela reprodução aleatória das letras e pela má
classificação das palavras no papel. É a dificuldade no emprego dos símbolos gráficos para
traduzir ideias. A criança consegue reproduzir um texto, no entanto, quando esse texto é
recitado ou então quando esse texto é uma explanação, aparecem sérias dificuldades de
escrita.
Na pré-escola a criança aprende a fazer associações visual-motoras, na medida em que
ocorre o amadurecimento, quando elas são capazes de desenhar e escrever. As crianças com
disgrafia não conseguem conduzir as informações visuais ao aparelho nervoso, que contribui
para incapacidade de copiar, escrever letras e números. É a capacidade para copiar que
diferencia a disgrafia das outras desordens de escrita.
Considera-se que a criança com disgrafia não tem necessariamente dificuldade com a
fala pois elas desenvolvem habilidades auditivas para compensar a sua deficiência visual-
motora.
Marcelli (1988) diz que a disgrafia é associada com as seguintes associações:
Desordem da coordenação motora: enfraquecimento motor, inquietações leves da
disposição cinética e tônica (dispraxia menor) instabilidade;
Desordem espaço-temporal: marcada, em particular, por desordem na organização
sequencial do sinal e do espaço e por distúrbios de conhecimento, da representação e da
utilização do corpo, sobretudo em sua orientação espacial; nervosismo da linguagem e da
57
2.6.3 A Dislexia
A dislexia é um transtorno que até algum tempo atrás não se conhecia a sua origem,
sendo caracterizada como uma incapacidade intrínseca que chegava a ser confundida com a
falta de interesse, atenção ou desanimo para o aprendizado. Essa questão teve como
consequência a criação de mitos e preconceitos causando um estigma aos sujeitos portadores
desse problema.
Assim para Shaywitz (2016) a dislexia não pode ser considerada uma doença ou
questões de déficit, mas um distúrbio que diz respeito a fatores genéticos, cujas características
são a dificuldade de decodificação do estímulo escrito ou da simbologia gráfica. Dessa forma,
há um comprometimento da leitura e da escrita fluência, assimilação e compreensão de textos.
Distintamente, as crianças portadoras desse transtorno, não têm a capacidade de fixação da
memória fonêmica, isto é, não associam os fonemas com suas respectivas letras. Um
indivíduo portador de dislexia não é um bom leitor, ou seja, ele consegue ler, mas não tem a
devida compreensão daquilo que leu.
A observação facultada pela International Dyslexia Association (IDA), bem como
pelo NICHD6, faz a seguinte conjetura:
6
Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano – Apoia e conduz pesquisas para
ajudar família a terem filhos saudáveis no momento que são desejados, para prevenir doenças e incapacidades
entre crianças, promovendo um desenvolvimento sádio.
58
Tabela 3.
Tipologia da Dislexia
GRUPOS CARACTERÍSTICAS
Dislexia Diz respeito a problemas auditivos. Os indivíduos desse grupo têm
fonológica ou dificuldade com a associação de letras e seus sons, apresentando
disfonética problemas de alteração semântica na leitura oral de palavras
desconhecidas, longas ou mais complexas
Tem relação com questões de ordem visual, que se caracteriza pelo
Dislexia visual déficit na percepção de palavras inteiras. A leitura demanda muito
ou diseidética esforço para os disléxicos deste grupo, eles leem de forma lenta e
cansativa, como se nunca tivesses visto tais palavras.
Neste grupo, o disléxico apresenta problemas dos dois tipos
Dislexia mista supracitados: disfonético e diseidético. Causa incapacidade de leitura
quase por completo.
Nota: FREITAS, P. M.; CARDOSO, T. G. S. Contribuições da Neuropsicologia para a inclusão educacional:
como enfatizar as potencialidades diante das deficiências? Aprender – Cadernos de Filosofia e Psicologia
Educacional, Vitória da Conquista, v. 9, n. 15, p. 15-173, 2015.
60
Assim para Maluf (2009) a dislexia traz várias consequências negativas, dentre elas
pode-se citar a repetência e evasão escolar, pois, ao não se dar a verdadeira importância ao
problema, a criança não alcança o aprendizado da leitura e escrita. Pode ocorrer também a
falta de estímulo, a solidão, a vergonha e as implicações que levam em conta o seu
autoconceito e a diminuição da sua autoestima, fazendo com que o aluno falte com a
motivação para o aprendizado, se torna uma pessoa com falta de capacidade utilizar os seus
recursos intelectuais, fundamentais para a assimilação de conteúdo. Tal situação leva a
comportamentos que variam da apatia à agressividade, tornando a vida escolar e familiar
muito desgastante.
Rotta (2016) comenta que há também questões como o surgimento e a intensificação
de condutas fora dos padrões grupais, o que pode gerar problemas de comportamento e
relacionamento, ocorrendo a agressividade e até mesmo o envolvimento com drogas.
Constata-se, portanto, que as sequelas são muito abrangentes e que interferem sobremaneira
em todos os setores da vida do indivíduo, como também as pessoas do seu relacionamento
cotidiano, como é o caso da família. Inicia-se com um pequeno distúrbio de leitura e escrita e
finaliza com problemas que podem perdurar por toda a vida, tais como situações depressivas e
desvios de conduta.
CAPÍTULO 3.
c) definir maneiras para apreender objetivos, elaborar todo o processo com registro e a
socialização das atividades efetivadas. Além da acepção de metas e objetivos, é preciso
investir nos meios para sua implementação.
A disposição das atividades em volta da alfabetização precisará levar em
consideração:
a) o progresso de planos das tarefas pedagógicas no desempenho dos estados de
aprendizagem dos estudantes e da qualidade das atividades, compreendendo conceitos e
métodos relacionados aos diversos componentes do aprendizado da língua escrita;
b) a inclusão e o reconhecimento da cultura escrita, a assimilação do preceito de
escrita, a oralidade, a produção e a leitura de textos manuscritos. D acordo com o nível
alcançado pela turma, por equipes ou duplas de estudantes, todo o planejamento deverá ser
reorganizado, na procura por alternativas de metodologias, de materiais didáticos e de
realocamentos de estudantes, sempre tendo como propósito mais amplo, sua progressiva
autonomia em relação aos usos da língua escrita;
c) a formação de um espaço alfabetizador, ou de uma conjuntura de cultura grafica
ofertado pelos formatos de organização de toda a escola e em especial, as salas de aulas,
capaz de oferecer aos alunos o suporte para a adaptação com a grafia e o intercâmbio com
diversos tipos e nas diversas formas de movimentação de gêneros textuais. A exposição de
perspectivas consentem a inclusão dos estudantes em práticas de alfabetização, tendo como
base as publicidades, os rótulos, os cartazes, as revistas, os livros, os dicionários, os próprios
avisos do espaço escolar, publicações da comunidade ou do município, relatórios, dentre
outros, superando maneiras superficiais de formalidades ou de adestramento da escrita em
contexto estritamente escolar;
d) a criação de hábitos diários e semanais, capaz de proporcionar ao educador um
começo organizado de seu trabalho, desde que respeite a dois critérios essenciais: a
multiplicidade e a sistematização. Uma rotina precisa, em primeiro lugar, propocionar a
variação de experiências e o acréscimo de contextos de aproveitamento. Complementar a isso,
necessita apresentar um contexto de previsibilidade de atividades, para que os próprios
estudantes se preparem, concretizem aprendizagens e prossigam em seus espaços de
autonomia.
Desde modo, a antecipação diária e semanal de atividades direcionadas para os
fundamentos da oralidade, da escrita, da leitura, do lúdico e das atividades especializadas,
pode ser bastante proveitosa, levando em consideração a melhor ocasião de sua introdução
(no princípio, no meio ou no término do turno) e a melhor apresentação grupal para sua
65
concretização (equipes que se identificam com alguns conteúdos, ou equipes que já se acham
em patamares mais firmados de aprendizagem). Essa elasticidade pode atribuir maior
potencialidade à conjectura de rotinas, como artefatos que auxiliam o docente a melhor
reconhecer seus estudantes e a acompanhar as alterações precisas para que o planejamento do
começo não se desvie das metas mais relevantes inicialmente projetadas.
Tendo em vista que o profissional da escola ao planejar esteja ciente de que precisam
pensar e desenvolver outras formar de interagir com outras disciplinas a serem aplicadas,
durante a rotina, como a organização, das dinâmicas aplicadas, e as atividades desenvolvidas
no cotidiano da sala de aula e a natureza das avaliações a serem aplicadas.
A rotina diária realizada na escola tem por escopo preparar o trabalho tornando-o hábil
e bem-sucedido de modo a permitir que os objetivos educacionais sejam alcançados. No
início de cada rotina é necessário que o professor e o aluno dialoguem sobre as regras serem
obedecidas para que as atividades aconteçam de forma eficaz e disposta.
“A rotina deve ser planejada, porém flexível, devendo envolver o cuidado, o ensino e
as especificidades imaginativas da criança, segundo o Referencial Curricular Nacional
para Educação Infantil (RCNEI) A rotina representa, também, a estrutura sobre a qual
será organizado o tempo didático, ou seja, o tempo de trabalho educativo realizado
com as crianças. A rotina deve envolver os cuidados, as brincadeiras e a situações de
aprendizagens orientadas”. (Brasil, V.1, 1998, p.54).
As escolas do Sistema Montessoriano são divulgadas pelo mundo afora, visto como a
sua metodologia tem como finalidade a educação da pretensão e da vigilância, com o qual a
criança tem livre-arbítrio de eleger o material a ser empregado, além de medir a colaboração.
66
Neste contexto a criança sendo o adulto de amanhã será um ser independente pois, tem
aprendizagem de forma livre e lúdica. Tendo a autonomia como algo primordial para o
desenvolvimento e aprendizagem.
67
Montessori usou como metodologia jogos como meio eficaz de aprendizagem, desse
modo o trabalho com jogos oferece.
“[...] desafios genuínos, que vão além do âmbito cognitivo, relacionado diretamente ao
dito “conteúdo escolar”, gerando interesse e prazer. As crianças, ao depararem com as
regras do jogo percebem uma dinâmica grupal, solidária e com finalidades
direcionadas”. (Starepravo apud Godoy, 2013 p. 5).
Godoy (2013) fala que desse modo vê-se que a criança possui mais oportunidades de
ter experiências e descobertas pessoais. Dessa forma, a criança encontra muito mais prazer em
suas tarefas, pois o método apresentado por Montessori tem como objetivo o desenvolvimento
de energias vitais da criança, de modo que esta possa expressar suas habilidades.
Assim, concepção de educação proposta por Montessori a condição infantil foi
pautada sobre a educação dos sentidos, assim Lancilloti (2010, p. 167) coloca que autora
considerou cerca de que os “sentidos tinha enorme importância pedagógica, e que seria a base
necessária ao pleno desenvolvimento biológico do indivíduo, sobre o qual se edificaria sua
adaptação social”.
Para Montessori (1961) existe uma força psíquica que ajuda no desenvolver a criança
e não está ligado somente ao desenvolvimento da língua, pois aos dois anos ela será capaz de
reconhecer todas as pessoas e também das coisas do seu ambiente. Assim Habowski, Conte,
Marchese (2017) observa,
O método Paulo Freire busca entre professores e alunos, palavras e temas do cotidiano
do aluno, ou seja, averiguar a realidade concreta vivenciada pelo aluno. O professor tem que
68
“Na visão ‘bancária’ da educação, o ‘saber é uma doação dos que se julgam sábios aos
que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da
ideologia da opressão – a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos
de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra no outro”. (Freire, 1987, p.
67 apud Farias, 2013, p 4).
70
O professor tem que promover a interação com o educando para mediar e facilitar o
processo de aprendizagem. Considerando que o construtivismo convida o aluno a participar
ativamente do próprio aprendizado por meio da experimentação, pesquisas em grupos, etc.
Assim o processo de alfabetização sendo um processo ligado a ações culturais.
caminhos dessa reconstrução são os mesmos para todas as crianças, de qualquer classe
social”. (Ferreira, 1996, p. 23).
“a construção desse conhecimento não é fácil, nem tão pouco simples. Trata-se de uma
aprendizagem complexa, individual e subjetiva, mas não solitária, porque exige, ao
mesmo tempo, troca de informações, estimulo e motivação”. (Soares, 2010, p. 39).
Neste sentido a aprendizagem pode ser adquirida também por meio da afetividade,
mesmo aqueles que possuem dificuldades na leitura e na escrita, sendo respeitados dentro de
seus limites e de suas especificidades, sentindo-se importantes no processo de aprendizagem
tendem a adquirir conhecimentos relevantes se forem estimulados a isto.
No decorrer dos anos, percebe-se um número grande de crianças que não conseguem
ler e escrever no tempo considerado ideal. Outros não conseguem fazer isto em tempo
nenhum, aumentando o número de analfabetismo por todo mundo especialmente no Brasil,
embora surjam programas que se apresentam como eficientes para combater este déficit
infelizmente o quadro que se apresenta não é satisfatório e as causas são as mais diversas
como provam pesquisas realizadas nas mais diversas realidades educacionais.
Para Almeida, (2010, p. 11). “As dificuldades de leitura e escrita são apresentadas em
função de uma situação, orgânica ou psicológica que envolve a memorização, o
armazenamento de informações por parte da criança”.
Por isso, é importante tornar os estudantes capazes de compreender o significado da
aprendizagem, para usá-las no dia a dia de forma a atender às suas exigências e as exigências
da própria sociedade. Assim a alfabetização vai além de códigos por códigos. É importante
que todo processo inicie na educação infantil onde as crianças chegam com muita curiosidade
e espontaneidade e disponíveis à aprendizagem.
74
PARTE I
REVISÃO DA LITERATURA
75
CAPÍTULO 4.
METODOLOGIA DA PESQUISA
4.1 Introdução
7
A análise de cluster é uma técnica estatística usada para classificar elementos em grupos, de uma
forma em que elementos dentro de um mesmo cluster sejam muito parecidos, e elementos em clusters diferentes
sejam distintos entre si.
77
portuguesa em Tapuitapera, onde existia um pequeno presídio que os índios destruíram mais
tarde.
Tapuitapera passou à fazer parte da capitania de Cumã, após a subdivisão das
capitanias do Grão-Pará e Maranhão, através de uma doação efetivada pelo então 1.°
Governador do estado do Maranhão, o senhor Francisco Coelho de Carvalho, em favor ao
irmão Antônio Coelho de Carvalho, doação essa, datada em 19 de março de 1624. Contudo, o
desenvolvimento não chegou de forma rápida à capitania, pois no ano de 1641, época da
invasão holandesa, a mesma foi abandonada após um breve período de ocupação.
Escola Municipal Governador Newton de Barros Bello está inserida na Zona Rural de
Alcântara, pois está localizada na Avenida da Paz s/nº, Povoado Raimundo Su – MA, a 98 km
da sede do munícipio de Alcântara. O telefone de contato da escola é (98) 3337-8002, com o
e-mail [email protected], disponibilizado para a comunicação. A escola está
inserida em um Povoado carente. Atulmente a escola possui 245 alunos matriculados,
segundo dados passado pela Diretora no momento da pesquisa. Distribuidos na Educação
Infantil, Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II. Seu horário de funcionamento é das
7h 30min às 11h 15min, 08 salas de aulas distribuídas da seguinte forma: 03 salas de aulas
para Educação Infantil: Maternal, Pré I e Pré II e 05 salas de aulas do 1º ao 5º ano dos Anos
Iniciais, no total de 128 alunos. No turno vespertino funciona das 13h 30min às 17h 30min,
05 salas de aulas: 02 turmas do 6º e uma de cada turma do 7º, 8º e 9º ano do Fundamental II –
Anos Finais, no total de 117 alunos. A noite Funciona das 19h 00min às 22h 00min, o Ensino
Médio com 5 salas de aulas: 2 salas do 1º ano, 1 sala do 2º ano, 1 sala do 3º ano e 1 sala
funciona 1ª Etapa da Educação de Jovens e Adultos – EJA. Não foi possível obter
informações do quantitativo de alunos matriculados no Ensino Médio, tendo em vista que a
escola do município foi cedida para o Estado que gerencia a educação noturna.
A escola possui uma estrutura física composta por 8 salas de aulas, 1 pátio coberto, 6
banheiros, 1 cantina, 1 secretaria, 1 sala de professores, 1 sala da direção escolar, 1 sala
adaptada para exposição dos livros, não possui computadores, internet e nem telefone.
O corpo docente da escola é formado por 16 professores, sendo 12 do sexo feminino e
4 do sexo masculino, com 5 professores no Ensino Fundamenta I, com 2 professores atuando
no 1º ano, 2 professores no 2º ano, 2 professores no 3º ano e 1 professor volante que atua na
folga para planejamento dos professores deste segmento. Dispõe de 1 Diretora e não tem
81
Coordenador Pedagógico fixo na escola, pois o município de Alcântara adota uma política de
Coordenador de núcleo. Entretanto a Secretaria Municipal de Educação de Alcântara -
SEMED, possui 2 coordenadoras para todas as escolas da rede de ensino do município, ou
seja, distribuidas da seguinte forma: 1 coordenadora de núcleo é responsável pelo 1º, 2º e 3º
ano e 1 coordenadora para o 4º e 5º ano. É importante destacar que nesta pesquisa foi
observada, especificamente, as turmas do 1º, 2º e 3º anos, portanto constatado que existe 1
turma do 1º ano, composta por 17 alunos e 2 professoras, uma fixa e uma volante, onde as
duas tem formação em Pedagogia. No 2º ano também existe apenas 1 turma, composta por 15
alunos e 2 professores, uma fixa com formação em Pedagogia/Letras e um volante com
formação em Pedagogia, pois no 3º ano existe 1 turma, composta por 13 alunos e 2
professores, um fixo com formação em Geografia e um volante com formação em Pedagogia.
A escola não possui Projeto Pedagógico e conforme informação da Direção escolar
este documento encontra-se em elaboração.
A Unidade Integrada Presidente John Kennedy está localizada na Rua do Sol, número
21, Bairro Caravelas, no Centro do município de Alcântara, na Zona Urbana. CEP: 65250-
000. Alcântara – MA. O telefone para contado é o (98) 3249-1096, com e-mail:
[email protected]. A escola atende crianças carentes da comunidade e oferta
somente o Fundamental I (Anos Iniciais). Atualmente a escola possui 351 alunos
matriculados (conforme informação passada pela Diretora da escola). No turno matutino
funciona das 7h 30min às 11h 15min, com 8 salas de aulas distribuídas da seguinte forma: 3
salas de aulas para o 1º ano, 3 salas de aulas para o 2º ano e 2 salas de aulas para o 3º ano, no
total de 182 alunos. No turno vespertino funciona das 13h 30min às 17h 15min, com 6 salas
de aulas distribuídas da seguinte forma: 3 salas de aulas para o 4º ano e 3 salas de aulas para o
5º ano, no total de 169 alunos. Nas turmas do 4º e 5º ano tem uma professora para cada
disciplina.
A escola possui uma estrutura física composta por 8 salas de aulas, 1 pátio coberto, 2
banheiros, 1 cantina, 1 secretaria, 1 sala de professores, 1 sala da direção escolar, não possui
biblioteca, não possui computadores, internet e nem telefone.
O corpo docente da escola é formado por 18 professores, sendo 17 do sexo feminino e
1 do sexo masculino, pois são 8 professoras atuando do 1º ao 3ª ano, com 6 professoras fixas
e 2 volantes que atua na folga para planejamento dos professores deste segmento. Dispõe de 1
Diretora e não tem Coordenador Pedagógico fixo na escola, pois o município de Alcântara
adota uma política de Coordenador de núcleo, ou seja, existe 1 coordenador para cada
segmento de ensino, responsável por todas as escolas do município que atuam de forma
itinerante prestando apoio nas escolas, mas exercendo suas atividades na sede da Secretaria de
Educação do Município de Alcântara - SEMED.
Destaco que nesta escola só foi possível realizar as observações nas turmas do 1º e 2º
ano devido a disponibilidade dos professores do dia, porém foi constatado que existe 3 turmas
do 1º ano, composta por 18 alunos cada turma, com 1 professora fixa em cada turma, sendo a
do 1º ano A com formação em Pedagogia; a do 1 ano B com formação em Geografia e a do 1º
ano C com formação em Letras; 3 turmas no 2º ano, compostas por 21 alunos cada turma,
com 1 professora fixa em cada turma, sendo a do 2º ano A com formação em pedagogia e as
do 2ª anos B e C com formação em Geografia; 2 turmas do 3º ano, composta por 33 alunos
cada turma, com 1 professora fixa em cada turma, sendo a do 3º ano A com formação em
83
A Escola Municipal Senador Archer está localizada na Rua Principal, sem número,
Povoado Rio Grande, no município de Alcântara-MA, na Zona Rural. O telefone para contado
é o (98) 3249-1096, com e-mail: [email protected]. Atulmente a escola oferta a
Educação Infantil e o Fundamental I (Anos Iniciais), possui 59 alunos matriculados (conforme
informação passada pela Gestora de Pólo). A escola funciona só no turno matutino das 7h
30min às 11h 20min, possui 3 salas de aulas multisseriadas distribuídas da seguinte forma: 1
sala de aula para a Educação Infantil (Maternal, Pré I e Pré II), com 15 alunos, 1 sala de aula
para o 1º, 2º e 3º ano, com 20 alunos e 1 sala de aula para o 4º e 5º ano com 24 alunos, no
total de 59 alunos. As professoras trabalham com turmas multisseriadas, atendendo alunos
com idades e níveis cognitivos diferentes.
84
A escola possui uma estrutura física composta por 3 salas de aulas, 1 pátio pequeno
coberto, 2 banheiros, 1 cantina, não tem secretaria, não tem sala de professores, não tem sala
da direção escolar, não tem biblioteca, não tem computadores, internet e nem telefone.
A equipe docente da escola é formada por 3 professores, do sexo feminino, nas quais 1
professora atua na sala multisseriada A da Educação Infantil (maternal, Infantil I e Infantil II),
1 professora atua na sala multisseriada B do Ensino Fundamental I (1º, 2º e 3º ano) e 1
professora atua na sala multisseriada C do Ensino Fundamental I (4º e 5º ano), não possui
professor volante. A escola possui 1 Gestora de Pólo é responsável por 4 escolas distribuídas
em Povoados do município de Alcântara de difícil acesso – para escola ter uma diretora teria
que ter em média 100 alunos matriculados na escola. A distância e a falta do transporte
dificultam a assiduaidade da Gestora de Pólo nas escolas de sua responsabilidade. Não tem
Coordenadora Pedagógica fixo na escola, pois o município de Alcântara adota uma política de
Coordenador de núcleo, pois existe 1 coordenadora para cada segmento de ensino,
responsável por todas as escolas do município que atuam de forma itinerante prestando apoio
nas escolas, mas exercendo suas atividades na sede da Secretaria de Educação do Município
de Alcântara - SEMED.
Destaco que nesta escola só foi possível realizar as observações nas turmas do 1º, 2º e
3º anos, porém como a escola funciona com salas multisseriadas foi identificado que existe 1
turma que trabalha com o 1º, 2º e 3º anos na mesma sala, composta por 20 alunos, sendo 9
alunos do 1º ano, 3 alunos do 2º ano e 8 alunos do 3º ano, com 1 professora fixa na turma com
formação em Pedagogia.
A escola não possui Projeto Pedagógico, pois conforme informação da Diretora este
documento encontra-se em elaboração. Entretanto, foi apresentado o Plano de Ação da Escola
elaborado para o ano de 2019, onde constam os objetivos e atividades a serem executadas pela
escola e o que deseja alcançar no planejamento das suas ações anuais diante ao processo do
ensino-aprendizagem.
4.3 Questões de Investigações
Quais medidas pedagógicas que estão sendo implementadas pelas Escolas municipais
para sanar a defasagem da escrita dos alunos do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental
I?
4.4 Objetivos
Assim, e como nos diz Bardin (1994, p. 98), se o objetivo “é a finalidade geral a que
nos propomos (ou que é fornecida por uma instância exterior), o quadro teórico e/ou
pragmático, no qual os resultados obtidos serão utilizados.”, definiram-se como objetivos
gerais e específicos desta investigação os seguintes pontos listados nos subitens abaixo.
4.4.1. Geral
4.4.2. Específicos
A respeito dos aspectos que abrangem o ensino, Bordenave e Pereira (2002) ressalvam
a importância das estratégias do educador no emprego de distintas formas de interação para
oportunizar aos educandos a edificação do conhecimento de acordo com as experiências
individuais, particulares, dos conhecimentos prévios e do modo próprio de interpretar as
informações. Os educadores compreendem, no decorrer do seu trabalho, que para o aluno
87
Estes instrumentos foram imprescendíveis, tanto para a coleta das informações como
para a explicação e diagnóstico desses dados. Por meio deles, foi possível ter um espectro, se
não total, mas bem chegada da realidade que se estava buscando. Vejamos, a seguir, a
exposição de cada ferramenta empregada nesta pesquisa.
forma, além dos dados de observações das interações orais na sala de aula e notas de campo,
utilizamos também guias e roteiros de análise para identificar os itens de inspeção durante as
aulas.
Segundo Yin (2001), a escolha de dados auxilia o investigador no trabalho de
investigação, ajudando no planeamento da estratégia e no desenvolvimento da ação, de forma
a obter informações de várias fontes, a caracterizar melhor o problema em estudo e a
conseguir dar uma resposta fidedigna às questões de investigação. É durante a recolha de
dados que se definem quais os melhores métodos para a mesma pois, como afirma Lopes
(2011, p. 22), “são estratégias que possibilitam aos pesquisadores obter dados empíricos que
lhe possibilitam responder às suas questões investigativas.”
Os instrumentos que possibilitam a recolha de dados permitem uma abordagem a
partir de diversas perspetivas, podendo ser utilizados também para se complementarem. Para
a nossa investigação foram utilizadas as seguintes técnicas de recolha de dados: Análise
documental; Inquérito por entrevista e Observação de aula.
Análise documental - Travers citado por Bell, (1997, p. 91) indica-nos que
“documento é um termo geral para uma impressão deixada por um ser humano num objecto
físico”. A pesquisa inicial em documentos que sejam intitulados com termos ou expressões
onde identificamos a presença do tema que pretendemos estudar, deve ser feita com seleção e
cuidado tendo em conta a viabilidade dos dados fornecidos. Bell (1997) menciona ainda, que
o objetivo de analisar documentos é fazer uma seleção equilibrada da informação, tendo em
conta se a informação fornecida pelo documento vem apoiar a argumentação do autor.
Assim, a recolha documental deste estudo consistiu numa leitura aprofundada sobre o
tema em estudo em livros, artigos, teses e dissertações. Foi feita uma análise das informações
neles contidas, foram selecionadas ideias, apontadas citações e tiradas conclusões pelos
investigadores, que possibilitaram redigir um texto baseando-se nas ideias expressas pelos
autores e na fundamentação pelos mesmos apontada, de forma a sustenta teoricamente o
estudo.
Observações em sala de aula - Durante o tempo em que permanecemos na sala,
efetivamos gravações em áudio e observações no diário de campo. Nosso objetivo inicial
consistia em utilizar o recurso de comentários em vídeo que, como já mencionado nas linhas
acima, havia sido permitido pela professora. Porém, a direção da escola se posicionou contra
o uso dessa ferramenta, bem como da divulgação de imagens em que despontassem as
crianças. Ainda que, tenhamos explicar que utilizaríamos tais recursos exclusivamente para
análise, resguardando a identidade dos entrevistados, nos comprometendo a não publicar as
90
imagens, não obtivemos a autorização da escola. Por esse fato, conforme Green e Zaharlic,
(1991) utilizamos as gravações em áudio e procuramos anotar da forma mais detalhada
possível as interações verbais e visuais (gestos, proximidade entre os sujeitos, organização da
sala) que aconteciam nas aulas, procurando sempre descrever os eventos e quando, onde e
com quem aconteciam. Além disso, fizemos uso do recurso fotográfico para registrar todo o
processo, de forma que não aparecessem os alunos e a docente.
Nosso propósito era de observar, participar e estudar as dinâmicas que aconteciam no
contexto da sala, sem propósito de intervenção pedagógica. Na maioria das aulas, nos
colocamos no canto esquerdo do fundo da sala.
Conforme afirma Fritzen (2012, p.63), a transcrição, entendida como a retextualização
da oralidade para a escrita, não pode ser vista “como uma tarefa simples e objetiva, mas que
reflete escolhas teórico-metodológicas do pesquisador, mesmo que não pareçam conscientes”,
desse modo, os trechos escolhidos e a forma de transcrevê-las, certamente procuraram ser
condizentes com as práticas que vivenciamos na geração dos dados, bem como com as teorias
que fundamentam nossa pesquisa. Nas palavras de Marcuschi (1991, p. 9) “não existe a
melhor transcrição. Todas são mais ou menos boas. O essencial é que o analista saiba quais os
seus objetivos e não deixe de assinalar o que lhe convém”. Para concluir as transcrições das
gravações que, conforme Fritzen (2012, p. 62), fundamentada em Erikson (1988), “podem
evidenciar, com detalhes, o comportamento verbal e não verbal dos participantes”, realizamos
uma entrevista com as professoras já que compartilhamos da ideia de Erikson (1988), apud
Fritzen (2012, p.62) de que “transcrições de gravações não são interpretáveis sem que estejam
acompanhadas de observação participante e entrevista informal”.
Feiman-Nemser, Parker e Zeichner, (1993), interpretam que a observação poderá ser
individualmente reveladora quando se centraliza em um número limitado de aspectos
antecipadamente definidos. Ocorrem múltiplos episódios durante uma aula, fazendo com que
o foco em um número elevado de aspectos termina por ser pouco esclarecedor. Na maioria
das vezes, a extensão formativa da observação é avigorada quando os objetivos a almejar são
ajustados com os educadores de acordo com o que classifiquem ser as necessidades de
desenvolvimento do aluno. A investigação tem exposto que a deficiência desta negociação
limita o impacto da supervisão, induzindo os educadores a desconhecerem prioridades que
não calham com as suas percepções.
Instrumentos de registo utilizado nas observações de sala de aula – Utilizamos
para a pesquisa, a lista de verificação. Onde Este tipo de instrumento apresenta uma lista
91
estimativa através do uso de uma escala (onde os graus sugerem o nível de cada
característica). Para promover o seu preenchimento na sala de aula, procurou-se
procurou unicamente
suceder sobre um número limitado de aspectos.
Todas as observações foram feitas com base num guião que continha questões
previamente formuladas com o objetivo de responder às perguntas de partida. Estas foram
disponibilizados com autorização dos observados, e depois transcritas.
Com base nas transcrições foi efetivada uma leitura flutuante, cujo o objetivo foi
retirar as ponderações presentes nos diversos momentos das entrevistas. Segundo Bardin
(1994, p. 96), isto “consiste em estabelecer contacto com os documentos a analisar e em
conhecer o texto deixando-se invadir por impressões e orientações”, ou seja, fazer uma leitura
que permita retirar, do que foi dito pelas entrevistadas, as ideias-chave e hipótese de respostas
às perguntas de largada e objetivos deste esboço. Posteriormente a esta leitura, foram
elaboradas grelhas de análise de conteúdo.
Na etapa de alimentação da apreciação dos dados foi realizada uma análise de
conteúdo dos dados recolhidos, que conforme Bardin (1994, p. 46) é “uma manipulação de
mensagens (conteúdo e expressão desse conteúdo), para evidenciar os indicadores que
permitem inferir sobre uma outra realidade que não da mensagem.”.
Após a recolha de informação para o quadro teórico, onde surge fundamentação
apoiada nas ideias expressas em documentos por autores, foram analisadas as entrevistas, que
foram feitas com base no guião anteriormente referido. Assim, Bell (1997, p. 20) fala que é
de notar que “os investigadores que adoptam uma perspectiva qualitativa estão mais
interessados em compreender as percepções individuais do mundo. Procuram compreensão,
em vez de análise estatística.”.
Importa mencionar que a análise do teor, enquanto metodologia de trabalho, desponta
como, conforme Bardin (1994, p. 42), “um conjunto de técnicas de análise da comunicação
visando obter, (...) indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de
conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas
mensagens.”
Para a efetivação de uma análise mais extensiva, foi levantada uma grelha de análise
para cada entrevista, divididas em três colunas: Categoria, Subcategorias e Unidades de
Contexto. Com embasamento na leitura irresoluta, feita anteriormente, as categorias e
subcategorias das grelhas de cada entrevista poderiam ser distintas. No entanto, na coluna
destinada às unidades de contexto, em todas as grelhas, o conteúdo foi completado com as
respostas das entrevistadas. Para terminar, foi elaborada uma grelha final (Anexo II),
96
resultante da análise de conteúdo das cinco grelhas, fazendo uma junção de todas as ideias
expressas nas anteriormente referidas.
Posto isto, e após uma análise extensiva de todo o conteúdo obtido durante a nossa
investigação, foi realizada uma apresentação dos resultados, assim como uma discussão deste
conteúdo.
4.8 Dimensão e Critérios de Seleção da Amostra
Tabela 4.
Escolas municipais classificadas na ordem decrescente no Ideb em Alcântara-MA
Classificação ESCOLAS NOTA IDEB
1ª E M Governador Newton de Barros Bello 4,9
2ª U I Presidente John Kennedy 4,4
3ª E M Senador Archer 4,3
Nota: do autor
Neste escopo, optamos a desenvolver a pesquisa nas escolas que estariam, mas
ranqueadas no município, onde levantou-se como hipótese que suas notas estariam ligadas
com os métodos de ensino-aprendizagem com maior performance de resultados na escrita.
Para amostra do total selecionados de professores, buscou-se levantar o número certo
dos cooperadores e deliberar o percentual da pesquisa por sujeitos.
Tabela 5.
97
Ao realiza a observações nas escolas foi constatado que tem mais professores do sexo
feminino, pois foi encontrado apenas 1 (um) professor do sexo masculino ministrando aulas
para o 3º ano. Com isso a variável de gênero estará centrada nas professoras (mulheres). Nas
escolas em que o Ensino Fundamental I, as turmas foram observadas e pesquisadas apenas no
turno matutino (manhã). Decidimos distribuir a amostra de forma a observar professores que
atuam no período da manhã, devido às diferentes especificidades de cada escola.
Tabela 6.
Total de Professores pedagogas das escolas distribuidos no 1º ao 3º ano
Total Nº Professor Nº Professor Nº Professor
ESCOLA Professor 1º ano 2º ano 3º ano
E M Governador Newton
de Barros Bello 03 01 01 01
U I Presidente John
Kennedy 03 01 01 01
E M Senador Archer 01 01
Total 07 03 03 01
Nota: do autor
98
Tabela 7.
Seleção da amostra por professores, distribuídos por ano.
Total Nº Professor Nº Professor Nº Professor
ESCOLA Professor 1º ano 2º ano 3º ano
E M Governador Newton
de Barros Bello 03 01 01 01
U I Presidente John 03 01 01 01
Kennedy
E M Senador Archer 01 01
Tabela 8.
Seleção das salas de aulas – pesquisa (Observação de ensino-aprendizagem)
ESCOLA turma Turno Ensino Nº Alunos
A Matutino 1º ano 17
E M Governador Newton de A Mtutino 2º ano 15
Barros Bello A Matutino 3º ano 13
A Matutino 1º ano 18
U I Presidente John Kennedy B Matutino 2º ano 21
1º ano 09
E M Senador Archer A Matutino 2º ano 03
3º ano 08
Nota: do autor
grupos que por si e/ou por seus mensageiros legais, irão manisfestar a sua ausência à
participação na pesquisa. Por meio desse termo, o entrevistado afirma que foi informado - de
forma clara, delineada e por escrito - dos objetivos, dos procedimentos da pesquisa e da
justificativas. Além disso, ele ainda deve ser informado sobre:
O livre-arbítrio de colaborar ou não da pesquisa, tendo garantido essa liberdade sem
quaisquer desagravos atuais ou futuras, podendo remover o consentimento em qualquer fase
do estudo sem nenhuma espécie de punição ou prejuízo.
A garantia de que não será identificado e que se conservará o caráter confidencial das
informações pautadas com a não-estigmatização, a proteção da imagem e a privacidade.
A liberdade de acesso as informaçõs do estudo em qualquer fase da pesquisa.
A proteção de acesso aos dados da pesquisa.
Nesses seguimentos, o entrevistado deve se sentir livre e informado para permitir em
fazer parte da pesquisa proposta, protegendo aos autores do projeto o domínio intelectual das
informações produzidas e manifestando o consentimento com a exposição pública das
implicações. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, em acordo com a Resolução
196/96 do Conselho Nacional de Saúde, precisa ser subscrevido em duas vias de igual
conteúdo, conservando uma via em poder do colaborador e outra via, com os autores da
pesquisa.
A principal limitação, foi encontrada pelo difícil acesso a escola devido a grande
distância, levando em torno 1h de viagem de carro saindo da sede do Centro de Alcântara até
a escola pegando estrada com asfalto e estrada de chão.
Escola Municipal Governador Archer está inserida na zona rural de Alcântara, difícil
acesso a escola devido a sua distância, levando em torno 30min de viagem de carro saindo da
sede de Alcântara até a escola pegando estrada com asfalto, pois está localizada na Rua
principal s/nº, Povoado Rio Grande – Alcântara – Maranhão. A escola atende crianças
carentes do Povoado.
Diante de grandes desafios foi possível realizar a pesquisa de campo, sendo que a
primeira limitação da pesquisa, está relacionado com a dificuldade em conseguir uma amostra
mais expressiva. Devido as dificuldades encontradas durante as observações com os
professores e alunos em sala de aula, o identificador da amostra foi consideravelmente
reduzido.
101
A segunda limitação está arrolada com a carência de esboços na região com o mesmo
objetivo da pesquisa e com a mesma população alvejada. O caráter exploratório, limitou
fortemente em termos de revisão de bibliografia e de checagem de resultados com outros
estudos efetivados.
A terceira limitação diz respeito com o fato de a população ser constituída por
professores regionais, isto é, não sendo observadas experiências com as novas tecnologias e
formação continuada para especialização ao tema de estudo, visto que das três escolas
visitadas, nenhuma das três tem acesso à internet, dificultando a interação dos professores e
alunos com o desenvolvimento tecnológico.
Quanto a quarta limitação, é importante indicar, que a amostra teve um âmbito restrito,
em três escolas que estavam entre as melhores notas no IDEB na região, isto é, buscou-se
analisar o problema, somente em escolas que estão com uma qualidade de ensino
diferenciado, deste modo, caracterizando amostra selecionada por meio da conveniência.
Portanto, temos como sugestão, uma melhoria de pesquisas futuras com o tema proposto,
buscando com isso, uma replicação do estudo em um maior número de instituições possíveis,
onde possam combinar escolas de vários níveis de notas, avaliadas externamente e
disseminadas em todo o município.
A quinta limitação configura-se na localização da maioria das escolas do munícipio de
Alcântara ser situadas na Zona Rural, há muitos quilômetros de distância da sede (centro) do
município, além do acesso ser extremamente difícil.
No entanto, os obstáculos aqui deparados não eliminam as ajudas oferecidas pelo
estudo. Estes obstáculos alertam que outras visões e formas de se apreender o mesmo
fenômeno podem permanecer sobre o mesmo corpus. Isto reforça a precisão de mais esboços
abrangendo metodologias e prática pedagógica para com o desenvolvimento humano.
102
CAPÍTULO V
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCURSÕES
5.1 Introdução
A turma tem uma professora Pedagoga, com faixa etária entre 41 e 50 anos, tem 30
anos exercendo essa função, tem especialização no Curso de Pós-Graduação em Educação
Especial e Inclusiva e desempenha a função de professora volante no 1º ano do Ensino
Fundamental I, trata-se de uma turma composta por 16 alunos, com idades e níveis cognitivos
diferentes.
103
Nesta turma foi observado vários aspectos da composição da sala de aula, pois a turma é
organizada por fileiras e dividida em 02 (dois) grupos, classificada pela professora da seguinte
forma:
• 1º Grupo: localizada no lado esquerdo da sala composta por 3 (três) fileiras, titulada
como alunos desenvolvidos tendo em média 75% dos alunos.
• 2º Grupo: localizada no lado direito da sala, virados para parede e composta por 02
(duas) fileiras, titulada como alunos a desenvolver em média 25% dos alunos.
grupo as crianças ficam dispersos e bastante agitados durante a realização de cópias de textos.
Foi identificada uma aluna do 3º ano fazendo parte da turma, onde a professora relatou que a
criança não estava na sua sala de aula por não acompanhar a turma nos conteúdos, pois ela já
havia pertencido o 2º Grupo e atualmente ela fazia parte do 1º Grupo, mesmo assim, poderia
ficar reprovada no 3º ano por não possuir capacidade de evoluir para o 4º ano. Entretando foi
observando que 30 minutos antes de terminar a aula a professora direciona o 1º Grupo para
uma sala adaptada com livros, onde as crianças ficam sozinhas praticando a leitura silenciosa
do livro escolhido podendo levar para casa. Nesse mesmo momento o 2º Grupo fica na sala de
aula com a professora realizando atividades direcionadas para o nível cognitivo daquele
grupo.
Conforme os aspectos observados na sala de aula, apresenta uma professora
tradicional quanto a sua postura de lecionar, tornando assim um ambiente desfavoral e
desigual para aprendizagem dos alunos do 2º Grupo. É notório que a criança deve ser um
agente ativo da sua própria aprendizagem, buscando oportunidade de construir o seu
conhecimento, pois o isolamento os tornam incapaz de avançar no ensino-aprendizagem.
O 1º Grupo tem uma aula diferenciada, com metodologias motivacionais para o
processo de ensino-aprendizagem, retomando o conteúdo, permitindo o aluno analisar os erros
e acertos, verifica se houve aprendizagem dos alunos, estimula as crianças a ler e escrever por
meio da produção de pequenos textos formados por frases simples. Ao término da aula é
perceptivo o quanto a professora está cansada e esgotada, mais satisfeita com o trabalho
realizado. Assim, sobre essa perspectiva, Contreras (2002, p. 97) entende que a ação do
professor pela aplicação de técnicas em metodologias de ensino, isto é, “a concepção técnica
da prática supõe que se atua aplicando soluções disponíveis a problemas já formulados,
escolhendo entre os meios disponíveis o que melhor se adequar aos fins previstos”. Para isso
Contreras (2002) coloca que:
“A prática pedagógica, sob essa perspectiva, tende a considerar os componentes
artísticos do professor, transformando-o num “malabarista” frente às situações
problemas do cotidiano da sala de aula, impelindo-o a se utilizar de recursos criativos,
intuição, improvisação e tentativas de equacionar a circunstância que enfrenta”.
(Contreras, 2002, p. 98).
direcionando ao 1º grupo, criando oportunidade para reforçar a auto estima de cada aluno
através das atividades desenvolvidas.
Quanto a oportunidade de aprendizagem a professora não deixa claro os objetivos a
serem alcançados com a turma, pois a proposta de atividades direcionadas a leitura e escrita
está relacionado para o grupo desenvolvido por meio de atividades como: ditado e produção
de textos simples, proporcionando o aluno a construir o conhecimento.
Os objetivos e tarefas são trabalhadas de forma aleatória sem definição da estratégia
de ensino, pois não tem estímulo e interação entre os alunos, permitindo a professora a não
avaliar o grau de concretização dos objetivos atingido pelos alunos. Não foi observado
técnicas de estudos individuais e colaborativa de forma explícita.
O ambiente de trabalho não distribui os alunos de forma adequada as atividades de
aprendizagem por existir divisão da turma por ato desigual. Observou-se que a professora não
disponibiliza recursos visuais e não integra tecnologias no ensino por não existir internet e
computadores na escola.
A comunicação não apresenta objetivos de aprendizagem na escrita de forma clara,
relacionando as atividades com aprendizagem da escrita anteriores e futura por meio de uma
reflexão do que foi escrito e o que deveria ser escrito. Portanto não permitindo o aluno a
despertar a curiosidade e formular suas hipótese durante a construção do conhecimento.
Observa-se que a instrução é passada de forma coerente, sendo assim a professora ouve,
analisa e responde aos alunos.
Conforme as observações das interferências em sala de aula percebe-se que não tem
recursos didáticos disponíveis na sala de aula, pois os alunos não estão sentados e distribuídos
de maneira apropriada, levando em conta a divisão da turma. A escola não disponibiliza
equipamentos. É perceptivo a escassez do material didático não disponibilizado pela
Secretaria de Educação de Alcântara e mesmo assim a professora tenta desenvolver o trabalho
dentro das possibilidades ofertadas. Entretanto, não foi observado a complementação dos
recursos didáticos para reforçar a aprendizagem do aluno.
No que diz respeito ao ensino a professora evidencia ter um bom nível de
conhecimento, quanto ao conteúdo proposto. Não apresenta uma expectativa elevada, quanto
ao desempenho dos alunos. Consegue interagir com eles em alguns momentos da realização
da atividade proposta. É notorio que a estrutura da sala de aula observada tem permitido uma
106
Bordenave e Pereira (2002) fazem sua explanação sobre o assunto, onde falam que
para ensinar é necessário que sejam realizados ao mesmo tempo, o planejamento, a orientação
e o controle da aprendizagem dos alunos. Sendo que as estratégias de ensino precisam
constantemente fazer o estímulo das diversas capacidades do sujeito. Também comenta que o
aluno precisa liderar suas atividades realizadas e grupos, distribuindo a eles formas de
responsabilidades. Assim, fazer expor seus trabalhos, executando tarefas com roteiro, podem
servir de alternativas importantes para o desenvolvimento dos docentes, garantindo ao aluno o
aprendizado mais significativo.
Bzuneck (2010) mostra em seu trabalho uma série de estratégias que visam assegurar
um grau de motivação muito bom para o aprendizado. O autor relata entre linhas que as
atividades a serem desenvolvidas em sala de aula precisam buscar a valorização da tarefas
reais de aprendizagem e também possuir um grau médio para as dificuldades desafiando
sempre o aluno, tendo horários organizados de forma branda, para que os alunos possam
estimular sua orientação e com isso realizar mentalmente os materiais adequados para as
atividade – a escolha de um espaço físico, buscar o fornecimento de pistas cognitivas e
também metacognitivas para que haja uma resolução eficiente das atividades propostas pelo
professor e com isso servir de um modelo valorizando os esforços, buscando maior
dedicação, com seriedade e também responsabilidade nas preparações de suas aulas,
buscando a pontualidade nas exigências das tarefas e no entusiasmo dos assuntos destacados
em sala de aula.
107
Deste modo, após análise dos autores citados acima, observou-se de acordo com as
estratégias metodológicas de ensino que a professora expressa-se bem, tanto oralmente como
por escrito, pois fornece instruções de forma clara e concisa. Entretanto, não foi constatado o
aproveitamento das experiências, das ideias e dos conhecimentos prévios dos alunos na
contrução do processo de ensino aprendizagem. É perceptivo o quanto os alunos não são
estimulados e encorajados a participar da construção do seu conhecimento, a professora
demonstra captar a atenção dos alunos em poucos momentos durante a explicação do
conteúdo. Entretanto não foi identificado oportunidades aos alunos no modo geral para que
apliquem os conhecimentos recebidos em sala de aula durante o ensino-aprendizagem. Para o
2º Grupo não ficou evidente nenhuma estratégia metodológica e sim atitudes isoladas da
profissional para com os alunos a desenvolver.
Conforme as observações das interferências em sala de aula percebe-se que não foi
utilizado recursos didáticos na execução da atividade. A escola não disponibiliza
equipamentos, sendo evidente a escassez do material didático não disponibilizado pela
Secretaria de Educação do Município de Alcântara.
Entretanto, nota-se que a professora demonstra ter compromisso ao desempenhar o ato
de ensinar, se tornando mediadora para obter bons resultados com a turma. Quanto ao
conteúdo faz exposição para todos os alunos de forma clara e objetiva, valoriza e agrega o
conhecimento prévio do aluno. Apresenta uma expectativa no que se espera do aluno nos
resultados do desempenho, encoraja os alunos a riscar na formulação das hipóteses. Ademais,
foi observado que os comportamentos inapropriados são trabalhados de forma didática,
permitindo o aluno analisar o seu próprio erro, pois são repassados aos alunos novos
oportunidades para assumirem responsabilidades.
Foi observado que a aula não foi concluída de forma adequada por falta da interação
entre os alunos na construção do conhecimento. Há evidências de respeito mútuo nas relações
entre os professores e os alunos, pois estão notiamente conscientes e informados sobre o que
esperar deles.
109
Pode-se dizer que a aula não foi iniciada e concluída de forma adequada, para o
desenvolvido da turma. Existem evidências de respeito mútuo nas relações entre os
professores e os alunos, pois estão perfeitamente conscientes e informados sobre o que
esperam deles.
É necessário que o professor se motive e manifeste uma expectativa quanto ao
desempenho dos alunos, pois encoraja os alunos a arriscar na formulação das hipóteses,
constrói um aprendizado consistente.
Deste modo, observou-se que o professor expressa-se bem, tanto oralmente como por
escrito, pois fornece instruções de forma clara e concisa. Entretanto, não utiliza as
experiências, as ideias e os conhecimentos prévios dos alunos na construção do
conhecimento. É perceptivo que o professor não capta a atenção dos alunos por muito tempo
na exposição do conteúdo. Assim, o professor deveria apresentar entusiasmo em sala de aula,
proporcionando deste modo oportunidades para que o aluno possa aplicar seus conhecimentos
recebidos em sala de aula durante o ensino-aprendizagem.
A turma tem uma professora Pedagoga, com faixa etária acima de 50 anos, tem 35
anos exercendo essa função, não possui Curso de Pós-Graduação, desempenha a função de
professora no 1º ano do Ensino Fundamental I – trata-se de uma turma composta por 19
alunos, com idades e níveis cognitivos diferentes.
Conforme os indicadores de observação de sala de aula observou-se que não tem
diferenças individuais na aplicação das atividades. Não houve exposição de recursos didáticos
durante a aula. Não foi observado a professora apresenta os conteúdos e organiza as tarefas de
maneira adequada as competências de cada aluno, criando oportunidade para reforçar a auto
estima de cada aluno através das atividades desenvolvidas.
Quanto a oportunidade de aprendizagem a professora não propociona objetivos e
propõem atividades direcionadas a leitura e escrita, pois deixa de criar estratégias para a turma
112
por meio de atividades como: ditado, produção de textos simples, brincadeiras que reforçam o
conteúdo estudado, proporcionando o aluno a construir o conhecimento.
A turma apresenta vários níveis cognitivos, porém a professora lança o conteúdo de
forma explicativa e deixa os alunos responderem a atividade individualmente em suas mesas –
alguns alunos demonstram dificuldades ao reponder a tarefa e se direcionam na mesa da
professora para novas explicações.
Os objetivos e tarefas não são trabalhadas de forma a estimular a interação entre os
alunos por meio da correção da atividade no quadro, permitindo a professora avaliar o grau de
concretização dos objetivos pelos alunos e fornecendo o feedback. Não foi observado técnicas
de estudos individuais e colaborativa de forma explicita.
O ambiente de trabalho distribui os alunos de forma adequada para atividade proposta,
observou-se que a professora não disponibiliza recursos visuais e não integra tecnologias no
ensino por não existir internet e computadores na escola.
A comunicação não apresenta objetivos de aprendizagem na escrita de forma clara,
relacionando as atividades com aprendizagem da escrita anteriores e futura por meio de uma
reflexão do que foi escrito e o que deveria ser escrito, permitindo o aluno a despertar a
curiosidada e formular suas hipótese durante a construção do conhecimento. Observa-se que a
instrução não é passada de forma coerente com o proposto, sendo assim a professora ouve,
analisa e responde aos alunos de forma individual na sua mesa quando procurado pelo aluno.
que a aula é iniciada dentro de um contexto formal e sem motivação da professora e dos
alunos.
Não foi possível obter informações iniciais da professora por não ter respondido as
perguntas relacionadas a idade, tempo que exerce a função como professora, se possui Curso
de Pós-Graduação, trata-se de uma turma composta por 21 alunos, com níveis cognitivos
diferentes.
Conforme os indicadores de observação de sala de aula percebe-se que a turma é
organizada por fileiras, mais não foi observado atividades diferenciadas para trabalhar a
individualidade dos alunos. A professora utiliza-se da estratégia de ensino motivacional,
buscando interagir com as crianças durante a explicação do conteúdo e durante a correção da
tarefa de forma coletiva, onde busca atingir os objetivos traçados para o ensino em sala de
aula.
É criando oportunidade para que o aluno passa a construir o seu conhecimento, por
intermédio dos seus erros e acertos. Ao chegar na sala de aula a professora estava iniciando a
correção da atividade de português realizada em sala, pude observar a sua postura bastante
descontraída com a turma. Desta forma ela corrigia as palavras no quadro e associava com os
respectivos desenhos. Era feito toda uma análise silábica da composição das palavras junto
aos aprendizes. Assim, conduzindo o aluno para sua aprendizagem, para as descobertas e a
interação tornam o aluno um ser ativo na construção das hipóteses, pois ao concluir a
correção no quadro foi possível perceber que houve aprendizagem e feedback.
Diante dessa prática, percebe-se o desempenho motivacional da professora ao
ministrar a aula. Portanto, proporciona um ambiente favorável na construção do saber, posto
114
uma expectativa elevada quanto ao desempenho dos alunos, pois encoraja os alunos a arriscar
na formulação das hipóteses. Também foi observado que os comportamentos inapropriados
são trabalhados de forma didática, permitindo o aluno analisar o seu próprio erro, pois são
repassados aos alunos novos oportunidades para assumirem responsabilidades. Com isso,
pode-se dizer que a aula é iniciada e também concluída de forma adequada para o
desenvolvido da turma. Há uma nítida percepção de respeito mútua nas relações entre os
professores e os alunos, pois demonstram estar perfeitamente conscientes e informados sobre
o que esperam deles.
Nesta turma foi observado que tem uma professora de formação pedagógica, faixa
etária entre 41 e 50 anos, tem 30 anos exercendo essa função, não possui Curso de Pós-
Graduação na área e desempenha a função de docente no 1º, 2º e 3º ano no Ensino
Fundamental I. Trata-se de uma turma Multisseriada, composta por 20 alunos de idades e
níveis cognitivos diferentes. A escola não possui professora volante, logo a professora titular
fica os cinco dias da semana em sala de aula sem ter um dia específico para o planejamento.
Considerando a dinâmica da turma observa-se que ela é organizada por filas e formada
em duplas, sendo que o centro da sala fica livre para as práticas pedagógicas a serem
desenvolvidas no dia. Desta forma, percebe-se a composição da sala de aula da seguinte
forma:
116
• 1º ano: localizada no lado direito da sala de aula composta por nove alunos;
• 2º ano: localizada no lado esquerdo da sala de aula composta por três alunos; e
• 3º ano: localizada no lado esquerdo da sala de aula atrás do 2º ano, composta por oito
alunos.
Conforme os indicadores aplicados durante as observações de sala de aula, percebe-se
as dificuldades enfrentadas pela professora ao ministrar aula para o 1º, 2º e 3º ano ao mesmo
tempo. Tornando-se impossível trabalhar as diferenças individuais dos alunos e desta forma
não ficaram evidente as estratégias de aprendizagem utilizada pela professora para atingir o
seu objetivo.
Em face de esse quadro, percebe-se o desempenho positivo da professora de tentar dar
o seu melhor ao ministrar aulas para as três séries ao mesmo tempo. Entretanto, fica
comprometido o ambiente que deveria ser favorável na construção do saber, pois é sabido que
os estímulos educativos apresentam um fator essencial na aprendizagem.
A professora estimula e integra os alunos durante a realização da atividade misturando
os diferentes níveis cognitivos. É perceptivo a eforço e atuação da professora em sala de aula
dando sempre importância ao desenvolvimento do aluno e, com isso, tenta se apropriar de
estratégias metodológicas para atingir os objetivos.
Trabalhar com turma multisseriada é desafiador para o professor, tendo que buscar
práticas pedagógicas e usar a criatividade para articular o processo-aprendizagem. A
qualidade do ensino fica completamente comprometida diante dessa prática. Observou-se o
quanto a professora se desdobra para que haja aprendizagem nas três series ao mesmo tempo,
com intuito de permitir a evolução do aluno como ser ativo da construção do seu
conhecimento.
Foi evidente que a professora realiza várias intervenções durante as aulas procurando
assim, garantir o desenvolvimento dos alunos da mesma forma. Os resultados não são
manifestados de imediato, pois não foi observado técnicas de estudos individuais e
colaborativa.
Percebemos que o ambiente de trabalho distribui os alunos de forma adequada às
atividades de aprendizagem. Observou-se que a professora não disponibiliza recursos visuais
e não integra tecnologias no ensino por não existir internet e computadores na escola.
Entretanto, a comunicação apresenta objetivos de aprendizagem na escrita de forma clara.
Não foi observado o relacionando das atividades com aprendizagem da escrita anteriores e
futura. Observa-se que a instrução é passada de forma coerente com o proposto, sendo assim a
117
professora ouve, analisa e responde aos alunos na medida do possível, dados as peculiaridades
da turma.
5.4.2 Análise das observações das interferências em sala de aula do 1º ano, 2º ano e 3º ano
da turma multisseriado
Conforme as observações das interferências em sala de aula percebe-se que não tem
recursos didáticos disponibilizados para os alunos. A escola não disponibiliza equipamentos e
percebe-se a escassez do material didático não distribuído pela Secretaria de Educação de
Alcântara. Entretanto, utiliza-se de uma prática pedagógica tradicional e construtivista.
A professora demonstra ter compromisso ao desempenhar sua missão de ensinar se
tornando mediadora para obter bons resultados com a turma. É notório o quanto é dificil
trabalhar com uma turma multisseriada, tornando-se um processo demasiado desgastante para
o professor e alunos.
Quanto ao conteúdo faz exposição para todos os alunos com diferentes níveis
cognitivos, aumentando o grau de dificuldade conforme a faixa etária. Apresenta uma
expectativa elevada quanto ao desempenho dos alunos, pois encoraja os alunos a arriscar na
formulação das hipóteses e sempre propõem atividades diferenciadas conforme a série do
aluno. Também foi obervado que os comportamentos inapropriados são trabalhados de forma
didática, permitindo ao aluno analisar o seu próprio erro, pois são repassados aos alunos
novos oportunidades para assumirem responsabilidades. Pode-se dizer que a aula é iniciada e
não concluída de forma adequada para o desenvolvido da turma. Há sinais de respeito mútuos
nas relações entre os professores e os alunos, pois estão conscientes e informados sobre o que
esperam deles.
5.4.3 Análise das observações estratégicas de ensino em sala do 1º ano, 2º ano e 3º ano da
turma multisseriado.
Após análise dos autores citados acima, observou-se de acordo com as estratégias
metodológicas de ensino que a professora expressa-se bem, tanto oralmente como por escrito,
pois fornece instruções de forma clara e concisa. Observou-se que não são utilizadas as
experiências, as ideias e os conhecimentos prévios dos alunos. É perceptivo que a professora
demonstra captar a atenção dos alunos por um determinado tempo, pois explica os conteúdos
difíceis mais de uma maneira para que o aluno alcance a compreensão. Demonstra reagir e
adaptar-se às alterações de atenção dos alunos. Proporciona oportunidade aos alunos para que
apliquem os conhecimentos recebidos em sala de aula durante a execução da atividade.
118
CAPÍTULO VI
CONCLUSÃO FINAL E LINHA FUTURA DE INVESTIGAÇÃO
didáticas para uma boa prática de ensino, no intuito de promover, além de maior interesse dos
alunos, o abandono de velhas práticas. Ou seja, é fundamental quebrar paradigmas e ir além
do quadro de giz e cópias descontextualizadas.
O aluno tende a ser melhor estimulado quando percebe que as práticas adotadas pelo
professor pertencem ao universo de conhecimento por ele vivenciado. Desse modo, a
exploração do meio no qual o aluno está inserido facilita a implementação de novas
metodologias e, principalmente, torna o processo mais fluido na construção de hipóteses e
transforma o discente em um ser ativo no processo, fazendo parte da construção do
conhecimento e não só ouvido passivamente o educador. Ou seja, cabe aos gestores
concomitantemente aos professores compreender o meio social no qual a escola está inserida
e direcionar o processo de evolução do aluno a níveis superiores de aprendizagem na
construção e aquisição da escrita.
Adicionalmente, é sabido que a criança ao entrar na escola traz consigo uma bagagem
de conhecimentos que precisa ser explorada, fortalecida e lapidada, posto que certamente os
alunos já puderam visualizar muitas escritas como cartazes, placas, jornais, faixas, revistas e
embalagens. Isto é, o ambiente fora da escola é um propulsor nesse processo que, bem
utilizado, pode levar o aluno ao melhor entendimento dos conceitos metodológicos e
proporcionar significado ao mundo que o cerca.
Desse modo percebe-se que as escolas observadas apresentam uma grande defasagem
na disponibilidade do material didático adequado para professores e alunos. Nesse sentido, é
necessário que haja gestões no sentido de alocar recursos – material de apoio pedagógico –
para as escolas, tornando as salas de aula um ambiente rico e receptivo para implementação
do método. Tais recursos, quais sejam: livros infantis, gibis, jornais, fantoches, jogos e
materiais diversos como: cartolina, cola, tesoura, giz, lã, tinta, entre outros, contribuem
sobremaneira para contextualizar a prática de ensino.
Indubitavelmente pode-se afirmar que um ambiente favorável, dispondo dos recursos
humanos e materiais necessários, contribui consideravelmente para aprendizagem da criança.
Pois possibilita que ela crie situações nas quais possa questionar suas hipóteses e progredir
nas escritas de maneira espontânea e natural.
Em que pese as grandes dificuldades que os professores encontram com a falta de
recursos didáticos (cartolinas, folhas brancas, xerox, cola, tinta guache, etc.), alguns
profissionais não poupam esforços para garantir aos seus alunos a melhor prática no processo
de aprendizagem. De maneira criativa, buscam recursos recicláveis e eventualmente adquirem
121
materiais com recursos próprios, a fim de suprir a ausência da Gestão Municipal e de algum
modo suprir a carência dos alunos.
Percebe-se que a maioria dos professores estão desmotivados em sala de aula o que
atrapalha a execução de boas práticas pedagógicas, pois o professor deve estimular a criança,
visando o seu desenvolvimento emocional, cognitivo, afetivo e motor. Por consequência, fica
evidente uma notável deficiência na produção textual nas turmas observadas uma vez que
houve pouco estímulo no processo de aquisição da escrita.
Uma das significativas dificuldades constatadas na pesquisa de observação refere-se
ao modelo de gestão adotado pelo Município de Alcântara, haja vista que a Coordenação
Pedagógica não se faz presente nas escolas observadas com uma lenta resposta aos anseios
dos educadores quando necessitam de esclarecimentos na aplicação do método e na prática
pedagógica, além de uma morosidade em disponibilizar o material didático necessário em sala
de aula.
Ademais há muitos professores com formação em áreas específicas ministrando aulas
incompatíveis com sua formação, isto é, trata-se de preencher uma deficiência no quadro de
efetivos da escola onde os professores não possuem qualificação. Entende-se então, que seus
conhecimentos são deficientes e precisam de aprimoramento para aplicar de forma eficiente
as melhores estratégias metodológicas de ensino e direcionar boas práticas pedagógicas para o
público alvo do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamenta I.
Por fim, constatou-se que existe uma notária falta de incentivo por parte de alguns
professores para promover o estímulo na produção de textos aos alunos no Fundamental I.
Não trabalham instigando a leitura crítica e também não foram observadas atividades que
promovessem produções textuais do próprio aluno, na busca de avaliar a capacidades sobre o
desenvolvimento de sua escrita. Resta ao gestor municipal o trabalho de, verdadeiramente,
conscientizar a classe dos docentes municipais a desenvolveram novas práticas de ensino,
que possam levar um melhor aprendizado nos apectos da leitura e da escrita, sendo
trabalhado macissamente no ensino básico para fortalecer a trajetória que o aluno irá pecorrer
durante o processo de desenvolvimento da construção do pensamento, sentimentos e desejos.
O que tende a propiciar o desenvolvimento global da criança e suas potencialidades dentro do
contexto educacional.
Conclui-se, portanto, que estimular o aluno no Ensino Básico é fundamental, mas
também entende-se a sua importancia para a aquisição de uma melhor performance da leitura
como também para a aquisição da escrita. Entende-se que através das técnicas pedagógicas
voltadas às observações do dia a dia e no acompanhamento das atividades individuais e
122
ligadas a este processo neste trabalho, por motivos de centralização somente nas questões
estratégicas de aulas, esquecendo o que tem por traz desse contexto na busca da qualidade de
ensino. Deste modo, cabe aqui informar que é necessário buscar novas fundamentações, com
isso abrangendo novas linhas de investigação para encontrar um modelo ideal de práticas
pedagógicas para o ensino fundamental no município em estudo.
Assim pode-se futuramente desenvolver pesquisas acadêmicas na linha de estudo
sobre as práticas pedagógicas na educação básica do município de Alcântara; uma produção
acadêmica, voltada para a produção do conhecimento direcionado para organização do
trabalho didático em sala de aula na região de Alcântara e conteúdos e processos pedagógicos
voltados para o ensino-aprendizagem no município de Alcântara; as práticas ressignificadas
na educação infantil e também no ensino fundamental do município de Alcântara, bem como
outras modalidades da educação básica, como a tecnológica para o ensino-aprendizagem na
educação do município.
Entende-se que as práticas educativas realizadas em sala de aula, estão contidas como
práticas sociais e o propósito da linha de pesquisa voltada para o ensino-aprendizado proposto
pelo o autor desta pesquisa é a contribuição para uma melhor compreensão com a prática na
formação do aluno nas instituições escolares. Entende-se, deste modo, e acredita-se que a
escola possa assumir a função básica de entregar um mínimo padrão de ensino-aprendizado
aos indivíduos para serem usuários efientes do sistema de leitura e escrita – e também que
sejam capazes de interagir todo o conhecimento acumulado. Assim, entendemos que a linha
das práticas pedagógicas na educação básica é fazer sua contribuição para a formação do
profissional buscando a qualidade do ensino, necessária para a evolução dos alunos.
Para esse propósito, apresetamos novos eixos de estudos que poderão somar para o
dsenvolvimento do municipío de Alcântara.
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131
APENDICE 1
Roteiros da Observação em Sala de Aula
ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
SALA DE AULA
Escola Superior de Educação João de Deus na cidade de Lisboa - Portugal. Os resultados obtidos
serão utilizados apenas para fins acadêmicos (tese de Mestrado), sendo realçado que as respostas
OBSERVAÇÕES INICIAIS
Esta atividade tem como objetivos conhecer a dinâmica interna do processo ensino aprendizagem
e fazer uma reflexão e avaliação da prática pedagógica. Para isso é importante observar alguns preceitos
éticos, como, por exemplo, não fazer perguntas ou demonstrar atitudes ou fazer interferência nas aulas que
tragam algum desconforto ou constrangimento aos professores titulares das turmas observadas, e manter
sempre uma atitude respeitosa diante desses profissionais que gentilmente os aceitaram observarem suas
aulas. Caso desconheça o significado de algum conceito no questionário, tire suas dúvidas, pesquise ou opte
por não observar, mas não esqueça de relatar na sua avaliação.
LISTA DE VERIFICAÇÃO
realizadas?
7. As formas de comunicação eram apropriadas aos objetivos proposto
e as características dos alunos?
8.O professor apresentou domínio do conteúdo abordado?
LISTA DE VERIFICAÇÃO
aluno
forma explicita.
forma clara
anteriores e futura
aprendizagem da escrita
LISTA DE VERIFICAÇÃO
apropriada
comportamentos inapropriados.
centrados na atividade
tempo possível.
forma eficaz.
responsabilidades
os alunos.
6. evidencia descontracção.
ESTRATÉGIAS DE ENSINO
APENDICE 2
Termo de Consentimento da Escola
Eu__________________________________________________________autorizo a
recolha, registo, tratamento e análise das respostas em questionários, depoimentos em
entrevistas e conversas informais, bem como de imagens e documentos escolares relacionados
exclusivamente ao fim desta pesquisa.
______________________________
DIREÇÃO ESCOLAR
__________________________________
MESTRANDO PESQUISADOR
139
PENDICE 3
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Declaro, por meio deste termo, que concordei em ser entrevistado(a) e/ou participar na
pesquisa de campo referente ao projeto/pesquisa intitulado(a) AQUISIÇÃO DA ESCRITA
NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: As práticas metodológicas da
Educação no Ensino Fundamental Inicial no Município de Alcântara - Maranhão –
Brasil. Desenvolvido pelo mestrando pesquisador - Darlene Coêlho Rodrigues. Fui
informado(a), ainda, de que a pesquisa é [coordenada / co-orientada] pelo Professor Mestre –
Marcos Borges, a quem poderei contatar / consultar a qualquer momento que julgar
necessário através do telefone nº (98) 99132-1349 ou e-mail –
[email protected]. Afirmo que aceitei participar por minha própria vontade,
sem receber qualquer incentivo financeiro ou ter qualquer ônus e com a finalidade exclusiva
de colaborar para o sucesso da pesquisa. Fui informado(a) dos objetivos estritamente
acadêmicos. Fui também esclarecido(a) de que os usos das informações por mim oferecidas
estão submetidos às normas éticas destinadas à pesquisa envolvendo seres humanos, da
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) do Conselho Nacional de Saúde, do
Ministério da Saúde. Minha colaboração se fará de forma anônima, por meio de entrevista
semiestruturada a ser gravada a partir da assinatura desta autorização. O acesso e a análise dos
dados coletados se farão apenas pelo(a) pesquisador(a) e/ou seu(s) orientador(es) /
coordenador(es). Fui ainda informado(a) de que posso me retirar desse(a) estudo / pesquisa /
programa a qualquer momento, sem prejuízo para meu acompanhamento ou sofrer quaisquer
sanções ou constrangimentos. Atesto recebimento de uma cópia assinada deste Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, conforme recomendações da Comissão Nacional de Ética
em Pesquisa (CONEP).