02 - Geometria

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 66

ENSINO MÉDIO

2
PROFESSOR MateMática GeoMetria e triGonoMetria

8_CAPA2_SER_MP_MAT_Geometria.indd 1 10/21/14 3:46 PM


MATEMÁTICA
GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
Luiz Roberto Dante

CIRCUNFERÊNCIA, ÁREAS E RESOLUÇÃO DE


TRIÂNGULOS QUAISQUER
1 Circunferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Posições relativas entre reta e circunferência . . . . . . . . 5
Posições relativas entre duas circunferências . . . . . . . . 6
Ângulos em uma circunferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Relações métricas na circunferência . . . . . . . . . . . . . . 11
Polígonos regulares inscritos na circunferência . . . . . . 14
2 Áreas: medidas de superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
A ideia intuitiva de área . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Região quadrada unitária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
Área do quadrado, do retângulo e do paralelogramo . . . 20
Área do triângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Área do trapézio e do losango . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Área de polígonos regulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Área do círculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Cálculo aproximado de áreas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Razão de semelhança para áreas . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3 Resolução de triângulos quaisquer . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Resolução de triângulos retângulos . . . . . . . . . . . . . . . 37
Seno e cosseno de ângulos obtusos . . . . . . . . . . . . . . 38
MATEMÁTICA

Lei dos senos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38


Lei dos cossenos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
2117138 (PR)

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 1 10/22/14 9:10 AM


MÓDULO
circunferência, áreas e resolução
de triângulos quaisquer

Vista aérea de plantações irrigadas de soja, café,


milho e algodão, compartilhadas por diversas fazendas
na parte oeste do estado da Bahia.

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 2 10/22/14 9:12 AM


DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS
REFLETINDO SOBRE A IMAGEM
As formas geométricas podem ser encontradas

RICARDO AZOURY/PULSAR IMAGENS


em diversas áreas, como na arquitetura, na arte
e na natureza, por exemplo. Pode-se observar
algumas delas em plantações, destacadas às
vezes pelo tipo de cultivo ou pelo modo de
produção administrado.
Há aqueles que se destacam: na região amazô-
nica, por exemplo, foram encontradas enormes
formas geométricas desenhadas no solo. Essas
marcas gigantes são chamadas geoglifos.
Os geoglifos instigam os pesquisadores a buscar
explicações para suas origens, pois questiona-se
o que teria levado o ser humano a desenhar no
chão formas que só podem ser vistas por com-
pleto do alto.
Quais são as formas geométricas que podemos
observar nas imagens? Em seu cotidiano, você Geoglifos em terras desmatadas da floresta
encontra formas parecidas? Como se determi- amazônica, na Acre.
na a área de cada uma delas?

www.ser.com.br

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 3 10/22/14 9:12 AM


CAPÍTULO

1 Circunferência

Veja, no Guia do Professor, o quadro de competências e habilidades desenvolvidas neste módulo.

Objetivos: A roda foi uma das maiores invenções da humanidade. Vestígios datados de 3500 a.C.
comprovam que ela já era utilizada em veículos na antiga Mesopotâmia. Rodas, círculos e
c Conceituar círculo,
circunferências sempre estiveram presentes na história da humanidade e podem também ser
circunferência e seus
observados na natureza.
elementos.

THOMAS NIEDERMUELLER/GETTY IMAGES


c Identificar os tipos
de ângulo na
circunferência e suas
aplicações.

c Aplicar o teorema da
potência de ponto.

c Conceituar e aplicar o
comprimento de uma
circunferência.

O fenômeno óptico conhecido como halo


(um anel de luz parecido com um arco-íris
circular) é um fenômeno natural. Ocorre de
forma semelhante ao arco-íris: a luz do sol
é refletida e refratada pelos cristais de gelo
presentes na troposfera, que podem, ainda,
se dispersar, dividindo-se nos espectros de
cores que estamos acostumados a ver no
arco-íris. Pode ocorrer também ao redor da
Lua, que reflete a luz do Sol.

4 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 4 10/22/14 9:12 AM


A circunferência é uma figura geométrica formada por todos os pontos de um plano equidis-
tantes de um ponto determinado desse plano chamado centro.

POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE RETA


E CIRCUNFERÊNCIA

Tangentes Secantes Externas PARA


(um ponto comum) (dois pontos comuns) (nenhum ponto comum) REFLETIR

Qualquer reta tangente a uma


circunferência é perpendicular à
reta que passa pelo centro e pelo
ponto de tangência T.
C s C
t C r
r
r
u
C

dC, t 5 raio dC, s , raio


dC, u . raio t
T

EXERCÍCIO RESOLVIDO

1 Demonstre que, dada uma circunferência de centro C e um ponto P externo a ela, as retas que passam por P e são tangentes à
circunferência determinam segmentos congruentes de extremidades P e os pontos de tangência.
t
T

C
P

T'
t'

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
RESOLUÇÃO:

C
P

T'
MATEMÁTICA

Como CBTP e CBT'P são retos, podemos afirmar que nCTP e nCT'P são triângulos retângulos. Esses triângulos têm CP > CP (lado comum)
e CT > CT' (raios). Como são triângulos retângulos, o teorema de Pitágoras garante a congruência do terceiro lado, ou seja, PT > PT'.

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 5

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 5 10/22/14 9:12 AM


POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE DUAS
CIRCUNFERÊNCIAS
São dadas em função do número de pontos comuns às circunferências. Chamando de O1 e O2
os centros e r1 e r2 os respectivos raios, sendo r1 . r2, obtemos:

Distância entre os centros


Pontos comuns Posição relativa Figura
em função dos raios

d
2 Secantes r1 2 r2 , d , r1 1 r2
O1 O2

Tangentes d
d 5 r1 2 r2
internas

Tangentes d
d 5 r1 1 r2
externas

Internas d
d50
concêntricas

Internas d
0 d , r1 2 r2
não concêntricas

d
Externas d . r1 1 r2

Observações:
No caso de as circunferências serem tangentes, os centros e os pontos de tangência são sempre
colineares.
A posição “internas concêntricas” satisfaz a condição d , r1 2 r2, pois é um caso particular de
circunferências internas.

6 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 6 10/22/14 9:12 AM


PARA CONSTRUIR

1 Determine a medida do segmento PT, tangente à circunfe- 4 Na figura a seguir, M, N e P são pontos de tangência e a medida
rência, sabendo que o raio da circunferência mede 3,5 cm e de OM é 16. Calcule o perímetro do triângulo assinalado.
que o perímetro do quadrilátero PTOQ é 28 cm.
M
A
T

O N

O
P B
P

AN 5 AM, NB 5 BP e OM 5 PO 5 16
Q
PT 5 PQ OA 1 AB 1 BO 5 OA 1 AN 1 NB 1 BO 5
PT 1 PQ 1 3,5 1 3,5 5 28 5 (OA 1 AM) 1 (PB 1 BO) 5 OM 1 PO 5
2PT 5 21 ⇒ PT 5 10,5 cm 5 16 1 16 5 32

2 Observe a figura a seguir e calcule o perímetro do triângu-


lo ABC.
2,3 cm B

P N
5 Na figura abaixo, a circunferência está inscrita no triângulo
O 3,8 cm ABC. Sabendo que T, T' e M são os pontos de tangência e que
o perímetro do triângulo ABC é igual a 24 cm, encontre BM.
A C A
5,2 cm M
2(3,8 1 5,2 1 2,3) 5 22,6 cm 2 cm
T T'

3 Duas circunferências de centros O e P são secantes e seus


raios medem 4 cm e 9 cm. Determine os possíveis valores da B x M 3 cm C
distância entre O e P.
Entre 5 cm e 13 cm. Se T, T' e M são os pontos de tangência, então AT 5 AT' 5 2,
9 2 4 , dOP , 9 1 4 ⇒ 5 , dOP , 13 CT 5 CM 5 3 e BM 5 BT 5 x. Temos que:
2 1 2 1 3 1 3 1 2x 5 24 ⇒ 2x 5 24 2 10 ⇒ x 5 12

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 Para aprimorar: 1 e 2

ÂNGULOS EM UMA CIRCUNFERÊNCIA


Ângulo central O
MATEMÁTICA

É um ângulo que tem como vértice o centro da circunferência e seus B


lados passam por pontos pertencentes a ela.

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 7

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 7 10/22/14 9:12 AM


B
Observação: Um ângulo central AOB determina na circunferência dois arcos cujas medidas somam 360°.

O
360° 2 x x

B
E

G
Ângulo inscrito
É um ângulo que tem como vértice um ponto da circunferência e cujos lados passam por dois
outros pontos da circunferência, determinando nela duas cordas.

Propriedade
F Se um ângulo central e um ângulo inscrito em uma circunferência
têm o mesmo arco correspondente, então a medida do ângulo central
é o dobro da medida do ângulo inscrito.

Podemos considerar três situações:


1a A 2a A 3a
y y

O O
O
x B x
x A y C

B C
C B

PARA
REFLETIR EXERCÍCIO RESOLVIDO
Demonstre esta propriedade con-
siderando as outras situações 2 Demonstre a propriedade enunciada, considerando a primeira situação sugerida.
sugeridas.
RESOLUÇÃO: A

O
x B

B
COB é um ângulo central de arco ) BC e medida x.
CAB é um ângulo inscrito também de arco ) BC e medida y.
B

AC é um diâmetro da circunferência.
O nAOB é isósceles, pois OA > OB (raios).
Logo, AB BO também mede y.
Como CBOB é um ângulo externo do nAOB, sua medida x é igual à soma das medidas dos
dois ângulos internos não adjacentes a ele (y 1 y).
Logo, x 5 y 1 y ou x 5 2y, como queríamos demonstrar.

8 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 8 10/22/14 9:12 AM


Ângulo de segmento
É um ângulo que tem como vértice um ponto da circunferência, um lado secante à circunfe-
rência e o outro tangente a ela.

O
Propriedade
B
A medida do ângulo de segmento é a metade da
A medida angular do arco determinado na circunferência
C
por um de seus lados.

AB BC é ângulo de segmento.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

3 Demonstre a propriedade enunciada acima. 180° 2 x


AB BO 5
RESOLUÇÃO: 2
90° 2 AB BO 5 y

0
B x Então:
y
A 180° 2 x
90° 2 y 5 ⇒
2

C ⇒ 180° 2 2y 5 180° 2 x ⇒ x 5 2y

PARA CONSTRUIR

6 Em cada caso, calcule a medida do ângulo central determinado pelos ponteiros destes relógios que marcam horas exatas.

a) d) g)

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
150° 180° 30°

b) e) h)

150° 90° 0°
MATEMÁTICA

c) f) i)

120°
90° 60°

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 9

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 9 10/22/14 9:12 AM


7 (Enem) Durante seu treinamento, um atleta percorre metade c)
de uma pista circular de raio R, conforme a figura a seguir. A
110°
sua largada foi dada na posição representada pela letra L, a
chegada está representada pela letra C e a letra A representa
O
o atleta. O segmento LC é um diâmetro da circunferência
x 1 15°
e o centro da circunferência está representado pela letra F.
Sabemos que, em qualquer posição que o atleta esteja na
pista, os segmentos LA e AC são perpendiculares. Seja u o
ângulo que o segmento AF faz com segmento FC. Ângulo central com o mesmo arco correspondente ao ângulo
inscrito.
A 110°
x 1 15° 5
2
x 5 55° 2 15°
x 5 40°

u
d)
L R F R C

65°
O
Quantos graus mede o ângulo u quando o segmento AC me-
dir R durante a corrida? c
x
a) 15 graus
b) 30 graus
c) 60 graus
Ângulo central com o mesmo arco correspondente à soma dos
d) 90 graus arcos do ângulo inscrito.
e) 120 graus 180°
65° 1 x 5
2
Se AC 5 R, temos o triângulo AFC equilátero. Logo, θ 5 60°.
x 5 90° 2 65°
x 5 25°
8 Calcule o valor de x nas figuras a seguir, sendo O o centro das
circunferências. 9 Calcule o valor de x sabendo que O é o centro da circunferência.
a)
108°

O x

O
x
34°

Ângulos com o mesmo arco correspondente.


Ângulo central com o mesmo arco correspondente ao ângulo inscrito.
x 5 34°
360° 2 x 5 2 ? 108°
x 5 360° 2 216°
x 5 144°
b) 10 Determine o valor de x nas figuras a seguir sabendo que
80°
os polígonos indicados são regulares e estão inscritos nas
circunferências.
O
x a) Pentágono regular
360° A
2x 5
5 E
72°
x5
2 x
Ângulo central com o mesmo arco correspondente ao ângulo x 5 36°
inscrito. B
x 5 2 ? 80°
x 5 160° D

10 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 10 10/22/14 9:12 AM


b) Octógono regular 11 Calcule o ângulo BF assinalado na figura:
A
E
H B
D

G C 74°
16°
A B
x O C

F D
E
F

x 5 (5 2 2) ? 180° 2 
3 ? (8 2 2) ? 180°
1 22,5º  O ângulo B F tem o mesmo arco correspondente ao ângulo CB ED.
 8 
AOE B
x 5 540° 2 [405° 1 22,5°] OBCE 5 5 37°, então BB CE 5 143°.
2
x 5 540° 2 427,5°
Portanto, B F 5 CB ED 5 180° 2 143° 2 16° 5 21°.
x 5 112,5°
E
D

74°
37° 16°
A B
O C

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 2 a 6 Para aprimorar: 3 a 5

P
RELAÇÕES MÉTRICAS NA CIRCUNFERÊNCIA A
Vamos definir mais dois elementos da circunferência:
Segmento secante
Uma de suas extremidades é um ponto fora da região circular. O

Esse segmento tem dois pontos comuns com a circunferência, sendo um deles a outra extremidade. B
PB é um segmento secante.
P

Segmento tangente
É o segmento que está sobre uma reta tangente à circunferência, e o ponto de tangência é uma de
suas extremidades.
PA é um segmento tangente. O
A seguir, vamos conhecer três relações: entre duas cordas, entre dois segmentos secantes e en- A
tre um segmento secante e um segmento tangente.

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
Cruzamento de duas cordas C
A
AB e CD são duas cordas que se cruzam no ponto P.
Considerando os triângulos APC e DPB, temos:
P
B
ACD > D BAB (ângulos inscritos de mesmo arco);
B B
A PC > D PB (ângulos opostos pelo vértice).
Da congruência dos dois ângulos podemos concluir que nAPC e nDPB são semelhantes. Eles têm, B
D
portanto, lados homólogos proporcionais, ou seja:
AP 5 CP 5 AC
MATEMÁTICA

DP BP DB
Da primeira igualdade, temos:

AP ? BP 5 CP ? DP

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 11

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 11 10/22/14 9:12 AM


Assim, foi demonstrada a seguinte propriedade:

Em toda circunferência, quando duas cordas se cruzam, o pro-


duto das medidas das duas partes de uma é igual ao produto das
medidas das duas partes de outra.

Dois segmentos secantes a partir de um mesmo ponto

A
B

D
C

Os triângulos PAD e PCB são semelhantes, pois:


PB é comum;
B
PAD > PCBB (ângulos inscritos de mesmo arco);
o que corresponde ao caso AA de semelhança. Temos, portanto:

A B

P
P

D
C

PA 5 PD ⇒ PA ? PB 5 PC ? PD
PC PB

Em toda circunferência, se traçamos dois segmentos secantes a partir de um mesmo pon-


to, o produto da medida de um deles pela medida da sua parte externa é igual ao produto da
medida do outro pela medida da sua parte externa.

Segmento secante e segmento tangente a partir de um mesmo ponto

B
P
C

A partir do ponto P, temos um segmento tangente PA e um segmento secante PB.


Analisando os triângulos PAC e PBA, temos:
PB > PB (ângulo comum);
PACB B
> P BA (ângulo de segmento e ângulo inscrito de mesmo arco).

12 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 12 10/22/14 9:13 AM


Se os dois ângulos são congruentes, nPAC , nPBA. Portanto, os lados homólogos têm
medidas proporcionais:
PA PC AC
5 5
PB PA BA
Da primeira igualdade, temos:

PA ? PA 5 PB ? PC ⇒ (PA)2 5 PB ? PC

Fica, assim, demonstrada mais uma propriedade:

Em toda circunferência, se traçamos a partir de um mesmo ponto um segmento tangente


e um segmento secante, o quadrado da medida do segmento tangente é igual ao produto da
medida do segmento secante pela medida da sua parte externa.

PARA CONSTRUIR

12 Use uma das propriedades anteriores e determine o valor de 14 Considere duas circunferências de raios 4 cm e 6 cm, respec-
x nas figuras abaixo. tivamente. Seja t uma reta tangente a ambas e T1 e T2 seus
a) b) pontos de tangência. Se a distância entre as circunferências é
14 6 cm, calcule o comprimento do segmento T1T2.
2x 5x 4
x
x13 x
x 6 cm

O2
5x ? x 5 2x (x 1 3) ⇒ 4(14 1 4) 5 x (x 1 x) ⇒ 4 cm
⇒ 5x 2 5 2x 2 1 6x ⇒ ⇒ 2x 2 5 72 ⇒ x 5 6 O1
⇒ 3x 2 2 6x 5 0 ⇒
⇒ x52
t
13 Sendo AB 5 8 cm e AC 5 6 cm, calcule o diâmetro da circun- T1 T2
ferência representada na figura abaixo.

B P A

6
O
S
O2
6

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
4 2
Q O1

4 4
C t
BC2 5 82 1 62 ⇒ BC 5 10 cm T1 T2
BP 5 8 2 r 5 BQ 5 10 2 QC 5 10 2 CS 5
5 10 2 (6 2 r) ⇒ 8 2 r 5 4 1 r ⇒ r 5 2 cm (T1T2)2 5 162 2 22 ⇒ T1T2 5 252 5 6 7
A circunferência tem 4 cm de diâmetro.
MATEMÁTICA

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 7 e 8 Para aprimorar: 6

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 13

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 13 10/22/14 9:13 AM


PARA POLÍGONOS REGULARES INSCRITOS NA
REFLETIR
CIRCUNFERÊNCIA
Se a circunferência está inscrita
Sabemos que polígono regular é aquele que possui todos os lados e todos os ângulos congruen-
em um polígono, podemos dizer
que o polígono está circunscrito tes. Assim, se dividirmos uma circunferência em partes iguais, unindo os pontos obtidos determina-
à circunferência. remos um polígono regular. Para isso, basta dividirmos os 360° (em torno do centro) pelo número de
O apótema é o raio da circunferên- partes que quisermos obter.
cia inscrita no polígono regular. Por exemplo:
a) em 4 partes de 90° b) em 5 partes de 72°

<4 <5
raio
Apótema do
triângulo 72°
O
equilátero

Inscrevemos um quadrado. Inscrevemos um pentágono regular.

E assim por diante.


Um elemento importante do polígono regular é o apótema.
Apótema é um segmento com uma extremidade no centro da circunferência circunscrita e outra
no ponto médio de um dos lados do polígono.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

4 Em cada caso, calcule a medida do lado e do apótema de b) Hexágono regular.


um polígono regular em função do raio da circunferência cir- RESOLUÇÃO:
cunscrita a ele.
a) Quadrado. A
<6
r
RESOLUÇÃO: a6
O
r
A
B

<4
r lado: ,6
a4
360°
O r B ABOB 5 5 60°
6
OA > OB ⇒ O AB B B
> O BA
B B
Nesse caso, O AB e O BA também medem 60°
180 2 60° .
( 2 )
lado: ,4 Então, o nOAB é equilátero, daí ,6 5 r.
Aplicando o teorema de Pitágoras no nAOB, temos: apótema: a6
,42 5 r2 1 r2 ⇒ ,42 5 2r2 ⇒ ,4 5 r 2 Como
AB r
5 , temos:
apótema: a4 2 2
, r 2 r2 2
r 3
a4 1 a4 5 ,4 ⇒ 2a4 5 ,4 5 4 ⇒ a4 5 r2 5 a26 1 ⇒ a26 5 3r ⇒ a6 5
2 2 4 4 2

14 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 14 10/22/14 9:13 AM


c) Triângulo equilátero. lado: ,3
Observe que AC 5 ,3 ⇒ CM 5 ,6. Logo, CM 5 r.
RESOLUÇÃO:
Aplicando o teorema de Pitágoras no nACM, temos:
A
r ,23 1 r2 5 (2r)2 ⇒ ,23 5 3r2 ⇒ ,3 5 r 3
<3
O apótema: a3
a3
2 2
B C
<   r 3
a23 1  3  5 r2 ⇒ a23 5 r2 2  ⇒ a3 5 r
M <65 r  2  2  2

PARA CONSTRUIR

15 Escreva, em cada caso, o raio da circunferência em função do e)


lado do polígono regular.
r
a)
r
2 2
2 2 2
r2 1 , 5  , 3  ⇒ r2 5 < 2 < 5 < ⇒
()
2 3 3 4 12

⇒ r 5 , 12 ⇒ r 5 , 3
r5 < 12 6
2

b)
r
f)

2 2 2
r2 5 , 1 , ⇒ r 5 2, ⇒ r 5 , 2
() ()
2 2 4 2
<2
(2r)2 5 ,2 1 r2 ⇒ 3r2 5 ,2 ⇒ r 5 ⇒r5 < 3
3 3
c)

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
r2 1 ,
2 2
5 ,2 ⇒ r 5 3, ⇒ r 5 , 3
16 Em uma circunferência de 10 cm de raio, calcule as medidas
() 2 4 2 do lado e do apótema de um:
a) triângulo equilátero inscrito;
d) ,3 5 10 3 cm; a3 5 5 cm

r
b) quadrado inscrito;
,4 5 10 2 cm; a4 5 5 2 cm

r5,
c) hexágono regular inscrito.
MATEMÁTICA

,6 5 10 cm; a6 5 5 3 cm

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 9 e 10 Para aprimorar: 7

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 15

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 15 10/22/14 9:13 AM


Comprimento da circunferência
Historicamente, o cálculo do comprimento de uma circunferência sempre foi feito com
base na sua relação com o diâmetro. Há cerca de 4 000 anos, os babilônios obtinham o com-
primento da circunferência triplicando o diâmetro. Essa razão entre o comprimento (C) e
o diâmetro (D) da circunferência é chamado de número p, ou seja, p 5 C . Então, para os
D
babilônios, p 5 3.

Há mais de 2 000 anos, Arquimedes (287-212 a.C.), um dos mais importantes geômetras
gregos de toda a História, publicou um tratado matemático em que fixava para p um número
entre 223 e 22 . Isso equivalia a considerar p 5 3,14, valor que usamos hoje nos cálculos
71 7
práticos, um feito notável para a época.
Hoje sabemos que p é o número irracional 3,1415926535897932384626433832795028841
9716939937510..., aqui escrito com as 50 primeiras casas decimais, mas que já foi obtido com
precisão de 8 quatrilhões de casas decimais pelo pesquisador Ed Karrels, da Universidade
de Santa Clara, em 2013. Porém, mesmo hoje, usar p 5 3,14 é suficiente para nossas ne-
cessidades práticas. Em cálculos teóricos, não substituímos p pelo seu valor. Assim, usamos
para o comprimento da circunferência a fórmula C 5 2pr, pois:
C 5 p ⇒ C 5 p ⇒ C 5 2pr
D 2r

O A B

C 5 2pr
r
AB 5 C (comprimento da
A5B circunferência)

Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Tarefa para casa”. As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

TAREFA PARA CASA


As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

PARAPARA PRATICAR
PRATICAR 2 Calcule o valor de x, y e z na figura abaixo, sendo O o centro
da circunferência.
1 Na figura abaixo, o triângulo está circunscrito à circunferên-
cia. Calcule o valor de x.
y
A

Q
7 cm P z
10 cm O
O
x

B C 40°
x R
13 cm

16 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 16 10/22/14 9:13 AM


3 Determine o valor de x e de y nas figuras abaixo. 5 (FGV-SP) Dado um pentágono regular ABCDE, constrói-se
a) Não é dado o centro da circunferência. uma circunferência pelos vértices B e E de tal forma que
BC e ED sejam tangentes a essa circunferência, em B e E,
respectivamente.
B C
x
41°

31° A
D

A medida do menor arco BE na circunferência construída é:


b) É dado o ponto O, centro da circunferência. a) 72°. d) 135°.
b) 108°. e) 144°.
c) 120°.

6 Determine o valor de x, y e z nas figuras abaixo.


3y 2 26° a) 60°

x
O
y
O
5x
x1y z

140°

4 Calcule a medida x do ângulo de segmento de cada figura.


b)
a) x y

x 60°
88°

O z

140°

b) 7 Com base no que acabamos de estudar neste capítulo, de-


termine o valor de x nestas figuras, que têm traçados um

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
segmento tangente e um segmento secante a partir de
80° um mesmo ponto.
a) 10
x

c) 15
x

b)
MATEMÁTICA

130° x
O
6 6 6

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 17

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 17 10/22/14 9:13 AM


8 Use as propriedades apresentadas neste capítulo e determi- 4 Justifique a seguinte afirmação: se dois ângulos inscritos têm o
ne os valores de x e y na figura abaixo. mesmo arco correspondente, então suas medidas são iguais.
3x
2 A
D
y x
y
3x O
4

x
3x
2 C
B

9 Um triângulo equilátero de lado 5 cm está inscrito numa cir-


cunferência de raio r. Qual é a medida do diâmetro dessa 5 (Mack-SP) Na figura, se a circunferência tem centro O e BC = OA,
circunferência? B
então a razão entre as medidas dos ângulos AOD B
e COB é:

10 Determine a razão entre o apótema de um quadrado e o lado D


de um triângulo equilátero, ambos inscritos numa circunfe-
C
rência de raio igual a 6 cm.
B A
PARA
PARA APRIMORAR
PRATICAR O

1 Calcule a altura do trapézio ABCD sabendo que AB é o diâ-


metro e que os outros lados são tangentes à circunferência.
5
a) c) 2 e) 3
A 2
4 O
3 4
b) d)
D 2 3
B
6 Considere o triângulo isósceles ABC, sendo AB e AC seus
lados congruentes. Sejam C1 e C2 circunferências, como
9
mostra a figura a seguir, de raios r1 5 6 cm e r2 5 10 cm,
respectivamente. Calcule o comprimento da altura do triân-
gulo ABC, referente à base BC, sabendo que a circunferência C2
C está inscrita nele e a circunferência C1 é tangente a C2 e aos
lados AB e AC.
2 Duas circunferências tangenciam-se externamente e a dis- A
tância entre os centros é de 10 cm. O raio da circunferência
menor é 2 do raio da circunferência maior. Quanto medem
3
os raios?

3 Demonstre que, se AB é um diâmetro e C é um ponto qual-


quer da circunferência, distinto de A e B, então o nABC é r1
B é reto.
retângulo em C, isto é, C C1

C
r2
x
C2

A B
O B C

7 Prove que o apótema de um triângulo equilátero é a terça


parte da medida de sua altura.

18 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C01.indd 18 10/22/14 9:13 AM


CAPÍTULO

2 Áreas: medidas de superfície

Objetivo: Desde os egípcios, que procuravam medir e demarcar suas terras (Geometria = medida da
terra), até hoje, quando topógrafos, geólogos e arquitetos fazem seus mapeamentos e suas plantas,
c Conceituar e calcular a
o cálculo de áreas tem sido uma preocupação constante na história da Matemática.
área de uma superfície.
É fácil imaginar o cálculo de figuras poligonais, mas e no caso de terrenos irregulares?
O cálculo da área de um continente, país ou qualquer outro tipo de localização terrestre é um
processo que, mesmo com o auxílio da tecnologia e das fotografias por satélite, exigem conhecimen-
tos e aplicações de técnicas de geometria plana, como veremos a seguir.

NOAA

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
MATEMÁTICA

Imagem que mostra uma parte das áreas da América do Norte, América Central e América do Sul.

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 19

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 19 10/22/14 9:15 AM


Você já sabe que a área do retângulo é dada pelo produto “base 3 altura”, mas talvez não tenha
se perguntado por quê. Sabe também que paralelogramos e triângulos têm sua fórmula da área deri-
vada da do retângulo. Agora, vamos apresentar uma abordagem matemática minuciosa na intenção
de formalizar o conceito para uma melhor compreensão.

a ideia intuitiVa de Área


Suponha que queiramos medir a área da região do plano que está indicada por F. Para isso, pre-
cisamos comparar F com uma unidade de área. O resultado dessa comparação é um número que ex-
prime quantas vezes a região F contém a unidade de área u. Esse número, assim obtido, é a área de F.

u
F
Unidade de área: u

Então, a área da região plana F é 13,5 u, ou seja:


área de F 5 13,5 u

regiÃo Quadrada unitÁria


Vamos estabelecer como unidade de área uma região quadrada cujo lado mede uma unidade
de comprimento. Ela será chamada região quadrada unitária.

1 1 Região quadrada unitária

Qualquer região quadrada cujo lado meça 1 terá, por definição, área igual a 1.

Área do Quadrado, do retângulo


e do paralelograMo
Área da região quadrada
Vamos considerar uma região quadrada Q cujo lado mede , em que  é um número natural. Ela
pode ser decomposta em  2 regiões quadradas justapostas, cada uma com lado unitário e, portanto,
com área 1. Logo, a região quadrada Q tem área  2.

área de Q 5 2

Por exemplo, se  5 4:
para
1
reFletir
1
O conceito apresentado aqui se 4 Q
aplica aos números naturais, mas
ele também se estende para os
números racionais e irracionais. 4

Região quadrada de lado 4, decomposta


em 16 5 42 regiões quadradas unitárias.

20 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 20 10/22/14 9:15 AM


Área da região retangular
Vamos considerar uma região retangular R de comprimento c e largura  (ou base c e altura ),
em que c e  são números reais.
R ,
c

Construímos uma região quadrada cuja medida do lado é c 1 , que contém duas cópias de R
e mais duas regiões quadradas, uma cujo lado mede c e outra cujo lado mede .
c ,

c R c

, R ,
c ,

A área dessa região quadrada (Q) é dada pelo quadrado de uma soma:
área de Q 5 (c 1 )2 5 c2 1 2c 1 2 I
Como as regiões quadradas têm áreas iguais a 2 e c2, concluímos que:
área de Q 5 c2 1 2 1 2 ? (área de R) II
Comparando I e II , chegamos a:

área de R 5 c ? 

Área da região limitada por um paralelogramo


Vamos calcular a área da região plana limitada pelo paralelogramo ABCD tomando como base
AB de medida b e sua altura CE (perpendicular a AB) de medida a.
Examinando a figura, temos:
F D C

a a

A b B c E c

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
A região limitada pelo paralelogramo está contida em uma região retangular de base (b 1 c) e
altura a. A área dessa região retangular é dada por:
(b 1 c)a 5 ba 1 ca
Observe que a região retangular é formada pela região limitada pelo paralelogramo mais duas
regiões triangulares que, juntas, formam uma região retangular de área c ? a.
Assim:
(b ? a) 1 (c ? a) 5 (área da região limitada pelo paralelogramo) 1 (c ? a) Observação:
Portanto: Esse resultado não depende da
MATEMÁTICA

base escolhida. Se tivéssemos es-


área da região limitada pelo paralelogramo 5 b ? a
colhido outro lado como base e
tomado a altura correspondente,
Isso significa que a área da região limitada por um paralelogramo é igual ao produto da medida o resultado seria o mesmo.
de uma de suas bases pela medida da altura correspondente a essa base escolhida.

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 21

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 21 10/22/14 9:15 AM


Área do triângulo
Área da região triangular
Conhecendo a área da região limitada por um paralelogramo, fica muito simples determinar
a área de uma região triangular, já que toda região triangular é metade da região limitada por um
paralelogramo de mesma base e de mesma altura.
Veja:
A D

B E C

Dada a região triangular ABC, cuja área queremos determinar, traçamos paralelas aos lados AB
e BC para determinar o ponto D e a região limitada pelo paralelogramo ABCD. Vamos considerar a
altura AE de medida a desse paralelogramo.
Já sabemos que, se a medida de BC é b, então a área da região limitada pelo paralelogramo é
b ? a. Mas as regiões triangulares ABC e ADC são congruentes (pelo caso ALA de congruência de
triângulos, ou seja, têm um lado comum compreendido entre dois ângulos de mesma medida).
Logo, essas regiões triangulares têm áreas iguais.
Assim:
área da região ABCD 5 2 ? área da região triangular ABC
ou
b ? a 5 2 ? área da região triangular ABC
Portanto:

b?a
área da região triangular ABC 5 ou 1 (b ? a)
2 2

Observação:
Esse resultado não depende da base escolhida. Temos três escolhas para a base b, cada uma com
b?a
sua altura a correspondente. Independentemente da escolha, o valor de será sempre o mesmo.
2

Podemos escrever isso da seguinte forma: a área de uma região triangular é a metade do pro-
duto da medida da base pela medida da altura correspondente.

outras expressões da área do triângulo


Área da região triangular sendo conhecidos os três lados
A

c b

B a C

22 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 22 10/22/14 9:15 AM


Conhecidos os três lados (a, b e c) de um triângulo, a área da região triangular pode ser calculada
BiograFia
pela fórmula:
Heron de Alexandria foi um geô-
metra grego que também se des-
A 5 p(p 2 a) (p 2 b) (p 2 c) tacou por suas descobertas no
campo da Mecânica. Seu trabalho
se desenvolveu por volta do sécu-
Dizemos que a, b e c são as medidas dos lados do triângulo e p 5 a + b + c é o semiperímetro. lo I e pouco restou dele. Apesar de
2 o campo não ter sido formalizado
Essa fórmula é chamada fórmula de Heron, e sua demonstração, por ser bastante trabalhosa, não até o século XX, é creditado a seu
será feita neste momento. trabalho, particularmente seus dis-
positivos automatizados, o início
Área da região limitada por um triângulo equilátero
da pesquisa formal em cibernética.
Ele construiu a primeira máquina
A
de vendas automática, na qual
uma moeda era introduzida na
fresta da máquina e certa quanti-
dade de água era dispensada.
, ,
h

B , , C
M
2 2

No triângulo equilátero, todos os lados são congruentes, todos os ângulos internos são con-
gruentes (60°) e toda altura é também mediatriz, mediana e bissetriz.
Veja a seguir o cálculo da área, considerando a base () e a altura (h).
O triângulo AMC é retângulo em M e, portanto, vale a relação de Pitágoras:

32
2
 2 5 h2 1  ⇒ h2 5
2 4

 3
h5
2

Logo, a área da região limitada pelo triângulo ABC é dada por:


 3
?
A 5 base ? altura 5 BC ? h 5 2 5 3
2

2 2 2 4
Portanto:

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
para
2 3
A5 reFletir
4
Tente chegar à expressão da área
do triângulo equilátero usando a
Área de uma região triangular com o A fórmula de Heron.
auxílio da trigonometria
Esse caso se aplica quando são conhecidos dois lados
do triângulo e o ângulo formado por eles.
Observe que LAL é um caso de congruência de triân- b c
MATEMÁTICA

gulos, o que significa que um triângulo fica perfeitamente


determinado quando conhecemos dois de seus lados e o
ângulo formado por eles. a
Vamos considerar o triângulo ABC representado
C B
na figura ao lado. a

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 23

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 23 10/22/14 9:15 AM


Suponha que sejam conhecidas as medidas dos lados AC e CB e o ângulo formado por eles,
B
ACB. Para facilitar a demonstração, vamos indicar essas medidas assim: AC 5 b, CB 5 a e ACB
B 5 .
A

b h c

para
reFletir a
C B
H
Se no triângulo retângulo pode- a
mos dizer que a área vale a me-
tade do produto das medidas
Seja h a altura relativa ao vértice A.
dos catetos, o que se pode con-
cluir quanto ao valor de sen 90°? Sabemos que a área desse triângulo é dada por A 5 ah.
2
h
Se conhecemos o ângulo , podemos escrever sen  5 , já que ACH é um triângulo retângulo.
b
Agora, podemos encontrar a altura em função de  e b:
h 5 b ? sen 
Assim, a área será dada por:

a ? b ? sen 
A5
2

No entanto, o triângulo possui três alturas, cada uma dependendo do lado considerado base.
Então, suponha que sejam conhecidos outros dois lados, AB e BC, por exemplo, e o ângulo formado
por eles, ABBC. A igualdade anterior também se verifica para eles.
Isso nos permite afirmar que:
Observação:
Essa conclusão se estende aos A área A de qualquer região triangular é igual à metade do produto das medidas de dois
triângulos obtusângulos. dos seus lados multiplicada pelo seno do ângulo formado por eles.

eXerCÍCio resolVido

Determine a área da região triangular abaixo:


A

b 5 2√ 2

45°
C B
a56

resoluÇÃo:
ab
Usando a fórmula A 5 ? sen C,
B temos:
para 2
reFletir 6  ?  2 2 6  ?  2 2
A5 ? sen 45° 5 ? 2 56
2 2 2
Faça o exercício resolvido traçando
a altura relativa à base BC. Logo, a área da região triangular é 6.

24 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 24 10/22/14 9:15 AM


PARA CONSTRUIR

1 Considere um triângulo ABC inscrito numa circunferência de 3 (Cefet-RJ) Se ABC é um triângulo tal que AB 5 3 cm e BC 5 4 cm,
raio r. Demonstre que a área da região triangular correspon- podemos afirmar que a sua área, em cm2, é um número: d
dente é dada por S 5 abc . A a) no máximo igual a 9.
4r D b) no máximo igual a 8.
b r
Pela figura, temos: c c) no máximo igual a 7.
r d) no máximo igual a 6.

BC O
• BA 5 BD, pois são iguais a ; Vamos considerar a a medida do ângulo formado por AB e BC.
2 B a C Temos, então, a área do triângulo pedida:
• nBCD é retângulo (BC é reto).
Então: A 5 1 ? 3 ? 4 ? sen a
2
a ⇒ sen B
sen BD 5 A5 a que será máxima quando sen a for máximo, ou seja, sen a 5 1; por-
2r 2r
A área do nABC é: tanto, a área máxima do triângulo será:
bc bc a abc 1
S5 ? sen BA 5 ? 5 A máx. 5 ? 3 ? 4 ? 1 5 6 cm2
2 2 2r 4r 2

2 (Cefet-MG) A figura 1 é uma representação plana da “Rosa dos


4 (Uece) Na figura a seguir, os triângulos PQR e RST são equilá-
Ventos”, composta pela justaposição de quatro quadriláteros
teros e congruentes e a medida de cada um de seus lados é
equivalentes mostrados na figura 2.
x metros. O ponto M é a interseção dos segmentos PS e QR
Norte e os pontos P, R e T são colineares.
Q S
11 cm

Oeste Leste
M
2
Figura 2
P R T

Sul
Assinale a alternativa na qual se encontra a área, em metros
Figura 1
quadrados, do triângulo PMT. d
Com base nesses dados, a área da parte sombreada da figura 1, a) ( 3 ) x 2 Q S
em cm2, é igual a: d  
b)  3   x 2 M
 2 

a) 12.
b) 18.
 
c) 22. c)  3   x 2
d) 24.  3 
 a
A área pedida é dada por: P R U T
 
1 2? 2 1 2 ? 11 d)  3   x 2
4 ? 1 ? 5  4 

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
2 2 2 2 
5 4 ? 6 5 24 cm2
x 3 3x
SU 5 , PU 5
2 2

tg a 5 SU ⇒ tg a 5 3 ⇒ a 5 30°
PU 3
Como nPQR é equilátero e PBRQ 5 60°, RMP
B 5 90°. Daí:

PM 5 x 3
2
PT 5 2x
x 3 1
? 2x ?
MATEMÁTICA

PM ? PT ? sen u 2
2
2 5 x 3
AnPMT 5 ⇒ AnPMT 5
2 2 4

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 e 2 Para aprimorar: 1

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 25

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 25 10/22/14 9:53 AM


Área do trapézio e do losango
Área da região limitada por um trapézio
Podemos decompor uma figura plana em regiões cujas áreas já sabemos calcular. A área dessa
figura plana será a soma das áreas das regiões em que a figura foi decomposta.
Por exemplo, vamos decompor a área da região limitada por um trapézio traçando uma de
suas diagonais.
Dividimos a região limitada por um trapézio em duas regiões triangulares: uma de base B e
altura a e outra de base b e altura a.
b

a
a

Você já aprendeu a calcular a área de uma região triangular. Portanto, a área da região trapezoidal
é dada por:
Ba ba Ba 1 ba (B 1 b)a
A5 1 5 5
2 2 2 2
Então:

(B 1 b)a
A5
2
 (base maior 1 base menor) ? altura 
A5
2

Dizemos que a área de uma região trapezoidal é igual à semissoma das medidas das bases
multiplicada pela medida da altura.

Área da região limitada por um losango


Todo losango é um paralelogramo, daí a área da região limitada por ele poder ser calculada
como o produto da base pela altura. Entretanto, as dimensões de um losango são, em geral, expressas
pelas medidas de suas diagonais D e d.
Toda região limitada por um losango tem a mesma área de uma região retangular com altura D e
base d , como mostram as figuras a seguir.
2

d
2

Assim, a área da região limitada por um losango é dada pela metade do produto das medidas
das diagonais.

26 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 26 10/22/14 9:15 AM


d
A5D?
2
D
Dd
A5
2
diagonal maior ? diagonal menor
A5
2
d

Observação:
Como todo quadrado é um losango, às vezes é conveniente calcular a área da região quadrada
em função das suas diagonais, que têm a mesma medida.

Área de polÍgonos regulares


Área da região limitada por um hexágono regular
A região limitada por um hexágono regular é formada por seis regiões triangulares equiláteras.
Como a área da região triangular equilátera é dada por:

,
2 3 60°
A5
4

a área da região limitada por um hexágono regular é dada por:

A 5 6 ?  3 5 6  3 5 3 3
2 2 2

4 4 2
Ou seja:

3 <2 3
A5
2

Área de uma região limitada por um polígono regular


Observe alguns exemplos de polígonos regulares nos contornos das regiões poligonais:

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
Triângulo equilátero
(polígono regular de Quadrado (polígono
três lados) regular de quatro lados)

<
Apótema
MATEMÁTICA

Pentágono regular O Octógono regular


(polígono regular de (polígono regular de
cinco lados) oito lados)

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 27

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 27 10/22/14 9:15 AM


Pode-se perceber que, se o polígono regular tem n lados, a região limitada por ele pode ser
PARA decomposta em n regiões limitadas por triângulos isósceles. Em cada um desses triângulos, a base é
REFLETIR o lado (,) e a altura é o apótema (a) do polígono regular.
A área da região limitada por um polígono regular de n lados pode, então, ser escrita da
No pentágono regular, temos seguinte maneira:
A 5 5 ,a e, no octógono regular,
2
temos A 5 4,a. Escreva a área de ,a
um decágono regular em função A 5n?
do lado e do apótema.
2
O
n,
A5 ?a
, 2
a
A 5 pa
A B

,: lado
a: apótema
n,: perímetro (2p)
p: semiperímetro

PARA CONSTRUIR

5 (Insper-RJ) As disputas de MMA a 6 (Uece) O palco de um teatro tem a forma de um trapézio


(Mixed Martial Arts) ocorrem em a a isósceles cujas medidas de suas linhas de frente e de fundo
ringues com a forma de octógonos são respectivamente 15 m e 9 m. Se a medida de cada uma
regulares com lados medindo de suas diagonais é 15 m, então a medida da área do palco,
a S a
um pouco menos de 4 metros, em m2, é: c
conhecidos como “Octógonos”. a) 80.
Medindo o comprimento exato de a a
b) 90.
seus lados, pode-se calcular a área a
c) 108.
de um “Octógono” decompondo-o, d) 1182.
como mostra a figura acima, em um quadrado, quatro
9m
retângulos e quatro triângulos retângulos e isósceles.
A medida do lado do quadrado destacado no centro da figu- m
ra é igual à medida a do lado do “Octógono”. Se a área desse 15
quadrado é S, então a área do “Octógono” vale: c
3m 9m 3m
a) S(2 2 1 1).
b) S( 2 1 2). 12 m

c) 2S( 2 1 1). 15 m

d) 2S( 2 1 2). Considerando h a medida


da altura do trapézio e A a
e) 4S( 2 1 1). medida de sua área, temos:
Sabendo que o ângulo interno de um octógono regular mede 135°, h2 1 122 5 152 ⇒ h 5 9 m.
(15 1 9) ? 9
segue-se que os quatro triângulos, resultantes da decomposição A5 5 108 m2
2
a 2
do octógono, são retângulos isósceles de catetos iguais a .
2
Logo, como a área do quadrado destacado no centro do octógono

é S 5 a2 , o resultado pedido é:

 
4 ?  1 ? a 2 ? a 2 1 a ? a 2  1 S 5 a2 1 2 2a2 1 S 5
2 2 2 2 
5 2S 2 1 2S 5 2S( 2 1 1)

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 3 e 4 Para aprimorar: 2 e 3

28 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 28 10/22/14 9:53 AM


ÁREA DO CÍRCULO
Vamos considerar um círculo inscrito num quadrado e circunscrito a outro simultaneamente.

Se o raio do círculo é r, os lados dos quadrados medem 2r e r 2 , respectivamente.


É fácil perceber que a medida da área do círculo está entre as medidas das áreas dos quadrados.
Temos:
área do quadrado maior: 4r2 www.ser.com.br
área do quadrado menor: 2r2
Acesse o portal e assista ao v’deo
Logo, 2r2 , A , 4r2, sendo A a área do círculo, ou seja, a área A é obtida pelo produto de um A fórmula da área do círculo.
número próximo de 3 (que veremos que é o p) por r2.

Determinação da área do círculo


1a maneira: usando círculo dividido em setores
O círculo a seguir foi dividido em um número par de setores circulares que formaram uma figura
cujo contorno lembra um paralelogramo. Sua base mede a metade do comprimento da circunferên-
2 pr
cia  5 pr  e sua altura mede r.
 2 

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
r

pr
A área dessa figura, que é também a área do círculo, é A 5 (pr)r 5 pr2, isto é:

Acírculo 5 pr2
MATEMÁTICA

2a maneira: usando polígonos regulares


aP
Já vimos que a área da região determinada por um polígono regular é dada por A 5 , em que
a é a medida do apótema e P é o perímetro. 2

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 29

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 29 10/22/14 9:18 AM


Observe esta sequência:
a) e)

a a

b) f)

a
a

c) g)

a a

d) h)

a
a r

O que podemos perceber?


À medida que aumentamos o número de lados dos polígonos regulares, a figura se aproxima
de um círculo, no qual o apótema passa a ser o raio (r) e o perímetro passa a ser o comprimento da
circunferência (2pr).
Assim, a área do círculo pode ser representada por:

A 5 aP 5 r ? 2pr 5 pr2
2 2
Ou seja:

Acírculo 5 pr2

, determinação da área do setor circular


A parte pintada da figura é conhecida como setor circular de um círculo de raio r. Todo setor
r
circular tem um arco correspondente () e um ângulo ().
a
O setor circular é uma fração do círculo e sua área A é diretamente proporcional ao ângulo
central . Um semicírculo, por exemplo, é um setor circular cujo ângulo central é 180° (metade de
360°) e sua área é metade da área do círculo.
O comprimento  do arco também é proporcional ao ângulo central . Então, podemos es-
crever que:

A setor pgraus <


2 5 5
pr 360° 2pr

Dependendo da informação conhecida ( em graus ou comprimento  do arco) usamos uma


das razões acima.

30 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 30 10/22/14 9:15 AM


para Construir

7 (UPE) A figura a seguir representa um hexágono regular de 8 Calcule a área do setor circular pintado abaixo.
lado medindo 2 cm e um círculo cujo centro coincide com
o centro do hexágono, e cujo diâmetro tem medida igual à
medida do lado do hexágono.
6m 45¡ 6m

A setor 45° 1 9p
5 ⇒ Asetor 5 ? p ? 36 5
p ? 62 360° 8 2
Logo, a área do setor circular pintado é 9p m2.
2
Dados: p . 3 e 3 . 1,7
Nessas condições, quanto mede a área da superfície pintada? c
a) 2,0 cm2 O resultado pedido é dado por:
b) 3,0 cm2 3 ? 22? 3
2 p ? 12 . 6 ? 1,7 2 3 5 7,2 cm2
c) 7,2 cm2 2
d) 8,0 cm2
e) 10,2 cm2

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 5 e 6 Para aprimorar: 4

CÁlCulo aproXiMado de Áreas


Você saberia calcular a área desta região R?

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
Que método podemos adotar para encontrar a área de regiões com formas parecidas com estas?
Para responder a essas perguntas, usamos o procedimento a seguir.
Primeiro, decalcamos essa região em uma malha quadriculada e contamos o maior número
possível de regiões quadradas inteiras que cabem dentro dela.

u
R Unidade de área: u
MATEMÁTICA

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 31

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 31 10/22/14 9:15 AM


Em seguida, contamos o menor número possível de regiões quadradas inteiras que cobrem R
totalmente:

u
Unidade de área: u
R

Assim, no exemplo dado:


cabem 34 regiões quadradas inteiras dentro da região R.
Dizemos que a área por falta da região R é de 34 u .
69 regiões quadradas inteiras cobrem a região R.
Dizemos que a área por excesso da região R é de 69 u .
Então, a área da região R é maior do que 34 u e menor do que 69 u .
Uma razoável aproximação para essa área é dada pela média aritmética dos dois valores encontrados:
área aproximada 5 34 1 69 5 51,5 u
2
Como a área da região quadrada u da malha quadriculada é de (0,4)2 cm2 5 0,16 cm2, então
a área aproximada da região R é dada por:
A . 51,5 ? 0,16 5 8,24 cm2

razÃo de seMelHanÇa para Áreas


Sabemos que duas figuras geométricas semelhantes possuem lados proporcionais segundo
certa razão.
Mas o que acontece com as áreas dessas figuras geométricas? Será que são também proporcio-
nais? Qual será, nesse caso, a razão de proporcionalidade?
Vamos tomar o quadrado como exemplo.
Suponha dois quadrados:
k,

,
para
reFletir 2 k,
1 ,
Todos os quadrados são seme-
lhantes entre si. Justifique.

A razão entre as medidas dos lados desses quadrados é k.


Calculando suas áreas, temos: A1 5  2 e A2 5 k2 2. Então, a razão entre elas é:
A2 k 22
5 2 5 k2
A1 
Ou seja, elas são proporcionais, mas a razão de proporcionalidade é o quadrado das razões
entre os lados.
Dizemos que as medidas dos lados de uma figura geométrica são grandezas lineares. Assim,
se duas figuras geométricas forem semelhantes com razão de semelhança k entre suas grandezas
lineares, suas áreas terão razão de semelhança k2.
Mais tarde, vamos estudar que para os sólidos (figuras geométricas espaciais) semelhantes, cujas
grandezas lineares tenham razão de semelhança k, os volumes têm razão de semelhança k3.

32 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 32 10/22/14 9:15 AM


para Construir

9 A área de um triângulo retângulo é de 30 cm2. A área de um b)


2
triângulo retângulo semelhante ao primeiro é de 120 cm . Por falta: 19 u ; por exces-
Se a hipotenusa do primeiro triângulo mede 13 cm, quanto so: 45 u .
mede a hipotenusa do segundo triângulo? 19 1 45
Média 5 5 32 u .
A razão entre as hipotenusas é: 2
hipot 2
k5 5 x Considerando que u tem
hipot1 13 0,5 cm de lado, temos:
S . 32 ? 0,52 5 8 cm2
A razão entre as áreas é:
A2
k2 5 5 120 5 4 ⇒ k 5 4 52
A1 30
11 (UFC-CE) Um triângulo equilátero, um quadrado e um círculo
Então:
têm o mesmo perímetro. Se At, Aq e Ac denotam respectiva-
x 5 2 ⇒ x 5 26
mente as áreas do triângulo, do quadrado e do círculo, pode-
13
Logo, a hipotenusa mede 26 cm.
mos afirmar que: b
a 5 lado do triângulo equilátero
a) At . Aq . Ac
 5 lado do quadrado
10 Calcule a área aproximada de cada uma destas regiões: b) Ac . Aq . At r 5 raio da circunferência
a) c) Aq . At . Ac Os perímetros são iguais, portanto:
d) Aq . Ac . At 3a 5 4 5 2pr ⇒ a 5
4<
er5
2<
Por falta: 26 u ; por exces-
e) Ac . At . Aq 3 p

( )
so: 54 u . 4<
2
3
Média 5 26 1 54 5 40 u . At 5
3
5
162 3
5
4 <2 3
. 0,77 2
2 4 9 ? 4 9
Considerando que u tem Aq 5 2

( )
0,5 cm de lado, temos: 2
p ? 4 2 4 <2
S . 40 ? 0,52 5 10 cm2 Ac 5 p 2 < 5 5 . 1,27 2
p p2 p
Ac . Aq . At

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 7 a 10 Para aprimorar: 5 a 8

Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Ta-


refa para casa”. As resoluções encontram-se no
portal, em Resoluções e Gabaritos.
tareFa para Casa
As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

a) Determine o valor de x.
PARApara pratiCar
PRATICAR b) Calcule a área de um dos triângulos recortados.
c) Calcule a área do octógono.

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
1 (FGV-SP) Na figura abaixo, AD é perpendicular a AB, ADB
B 5 30°,
B
ACB 5 60° e DC 5 10 cm. Calcule a área do triângulo DCB. 3 (Fuvest-SP) A figura represen-
B ta sete hexágonos regulares
de lado 1 e um hexágono
maior, cujos vértices coinci-
dem com os centros de seis
dos hexágonos menores. En-
30¡ 60¡
D A tão, a área do pentágono ha-
10 C
churado é igual a:
2 (UFV-MG) De um piso quadrado de 34 cm a) 3 3 d) 3
MATEMÁTICA

de lado recortam-se pequenos triângu-


los retângulos isósceles de cateto x, de b) 2 3 e) 3
modo a obter um piso em forma de oc- 2
x
tógono regular, conforme ilustra a figura c) 3 3
x 2
ao lado. Considere 2 5 1,4.

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 33

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 33 10/22/14 9:15 AM


4 Qual é a área do material usado para fazer as quatro bandei- 7 Uma cesta de lixo tem por faces laterais trapézios isósceles e
rinhas a seguir? por fundo um quadrado de 19 cm de lado. Desprezando a es-
2 cm pessura da madeira, quantos metros quadrados de madeira
foram necessários para fabricar essa cesta de lixo? Considere
2 cm 2 cm as medidas dadas na figura abaixo.
face lateral
27 cm
5 (UFRGS-RS) Os círculos desenhados na figura abaixo são tan-
gentes dois a dois.

30 cm
19 cm

8 Quantos centimetros quadrados de alumínio são necessários


para fazer uma arruela cujas dimensões estão assinaladas na fi-
A razão entre a área de um círculo e a área da região som- gura a seguir?
breada é:
a) 1
b) 2 r2 5 1 cm

c) 3
42p O r1 5 3 cm

d) p
42p

e) 2p
42p

9 Um triângulo escaleno de altura AH 5 10 cm foi cortado


6 (UEL-PR) Sabendo-se que o terreno de um sítio é composto perpendicularmente à sua altura AH de forma que os dois
de um setor circular, de uma região retangular e de outra pedaços resultantes tivessem a mesma área. A que distância
triangular, com as medidas indicadas na figura abaixo, qual a do vértice A foi feito o corte?
área aproximada do terreno? A
te
n
Po

Setor
circular
45°

4 km H
da

45°
tra

Rio
Es

10 (PUC-MG) Os moradores de certa cidade costumam fazer


7 km

Região
retangular
caminhada em torno de duas de suas praças. A pista que
Região contorna uma dessas praças é um quadrado de lado L e tem
triangular
640 m de extensão; a pista que contorna a outra praça é um
círculo de raio R e tem 628 m de extensão. Nessas condições,
a) 38,28 km2 o valor da razão R é aproximadamente igual a:
L
b) 45,33 km2
c) 56,37 km2 Dado: p = 3,14.
d) 58,78 km2 a) 1 b) 5 c) 5 d) 3
e) 60,35 km2 2 8 4 2

34 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 34 10/24/14 4:12 PM


PARA
PARA APRIMORAR
PRATICAR 4 (Insper-SP) Um retângulo tem comprimento X e largura Y,
sendo X e Y números positivos menores do que 100. Se o
comprimento do retângulo aumentar Y% e a largura aumen-
1 (ESPM-SP) Uma folha de papel retangular foi dobrada como
tar X%, então a sua área aumentará:
mostra a figura abaixo. De acordo com as medidas forneci-
a)  X 1 Y 1
das, a região sombreada, que é a parte visível do verso da XY 
%.
 100 
folha, tem área igual a:
X 1Y
b)  XY 1 %.
 100 
X 1 Y 1 XY 
c)  %.
 100 
d) (X 1 Y)%
e) (XY)%

4 cm 6 cm
5 A área de um dodecágono regular é 10 cm2. Qual é a área de
a) 24 cm2 um dodecágono semelhante ao primeiro, cujo perímetro é o
b) 25 cm2 triplo do perímetro do primeiro?
c) 28 cm2
d) 35 cm2
e) 36 cm2 6 (Unicamp-SP) Em uma fotografia aérea, um trecho retilí-
neo de uma estrada que mede 12,5 km aparece medindo
5 cm e, na mesma fotografia, uma área queimada aparece
com 9 cm2. Calcule:
2 A figura abaixo mostra uma folha circular, de onde foi recorta-
da a região triangular equilátera colorida. Calcule a área dessa a) o comprimento que corresponde a 1 cm na mesma
fotografia;
 r 
região colorida.  Lembre-se: ,3 5 r 3 e a3 5 .  b) a área da superfície queimada.
 2

7 (Vunesp) Certos registros históricos babilônicos indicam o


uso de uma regra para o cálculo da área do círculo equivalen-
2

20 cm te à fórmula (em notação atual) A 5 C , em que C representa


12
o comprimento da circunferência correspondente. Determi-
ne o valor de p oculto nesses registros.

3 (Fuvest-SP) Os pontos A, B e C pertencem a uma circunferên- 8 (Uerj) Considere um setor circular AOC, cujo ângulo central
cia λ e AC é lado de um polígono regular inscrito em λ. u é medido em radianos. A reta que tangencia o círculo no
A
extremo P do diâmetro CP encontra o prolongamento do

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
diâmetro AB em um ponto Q, como ilustra a figura.
Sabendo que o ângulo u satisfaz a igualdade tg u = 2u, calcule
O
C a razão entre a área do setor AOC e a área do triângulo OPQ.
B C

Sabendo que o ângulo ABBC mede 18°, podemos concluir que A


o número de lados do polígono é igual a: O
a) 5 B
b) 6
MATEMÁTICA

Q
c) 7
d) 10 P

e) 12

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 35

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C02.indd 35 10/22/14 9:54 AM


CAPÍTULO
Resolução de
3 triângulos quaisquer

Objetivos: Há inúmeras aplicações das relações trigonométricas em triângulos.


Até a descoberta dessas relações, problemas que envolvessem triângulos eram normalmente
c Resolver triângulos.
resolvidos com o que se sabia das relações no triângulo retângulo, mas a prática mostrou que isso
c Aplicar as leis do seno e era insuficiente ou tornava os cálculos muito trabalhosos.
do cosseno na resolução A determinação das medidas dos ângulos e dos comprimentos dos lados de um triângulo
de situações-problema. qualquer, sem recorrer aos triângulos retângulos, foi possível com a evolução da Trigonometria.
As novas relações, chamadas lei dos senos e lei dos cossenos, trariam ferramentas fundamentais
para os problemas que envolviam esses triângulos.

CRÉDITO

VADIM RATNIKOV/SHUTTERSTOCK

O teodolito é um instrumento utilizado para medição de terrenos. Ele permite a determinação de “ângulos de visada”: a partir de dois pontos marcados em
determinado local, obtém-se um triângulo do qual se conhecem dois ângulos e o lado que contém seus vértices. As relações que envolvem essas medidas
permitirão ao topógrafo determinar a forma e a posição dos elementos de um terreno.

36 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 36 10/22/14 9:26 AM


RESOLUÇÃO DE TRIÂNGULOS RETÂNGULOS
Ao resolver triângulos retângulos, relacionamos seus lados com seus ângulos por meio das re-
lações trigonométricas. Resolva os exercícios a seguir e, se necessário, use uma calculadora científica.

PARA CONSTRUIR

1 (Insper-SP) A figura mostra parte de um campo de futebol, 2 (Vunesp) Um prédio hospitalar está sendo construído em
em que estão representados um dos gols e a marca do um terreno declivoso. Para otimizar a construção, o arquiteto
pênalti (ponto P). responsável idealizou o estacionamento no subsolo do prédio,
com entrada pela rua dos fundos do terreno. A recepção do
T
hospital está 5 metros acima do nível do estacionamento,
sendo necessária a construção de uma rampa retilínea de
acesso para os pacientes com dificuldades de locomoção.
A figura representa esquematicamente esta rampa (r), ligando
P
o ponto A, no piso da recepção, ao ponto B, no piso do esta-
cionamento, a qual deve ter uma inclinação a mínima de 30°
e máxima de 45°.
Considere que a marca do pênalti equidista das duas traves A Nível da recepção
do gol, que são perpendiculares ao plano do campo, além r
5m
das medidas a seguir, que foram aproximadas para facilitar Nível do estacionamento a
as contas. B
Distância da marca do pênalti até a linha do gol: 11 metros.
Nestas condições e considerando 2 . 1, 4, quais deverão
Largura do gol: 8 metros.
ser os valores máximo e mínimo, em metros, do comprimen-
Altura do gol: 2,5 metros.
to desta rampa de acesso?
Um atacante chuta a bola da marca do pênalti e ela, seguin- 5 1 5
Para a 5 30°, temos: sen 30° 5 ⇒ 5 ⇒ x 5 10 m
do uma trajetória reta, choca-se contra a junção da trave es- x 2 x
Para a 5 45°, temos:
querda com o travessão (ponto T). Nessa situação, a bola terá
5 2 5
percorrido, do momento do chute até o choque, uma distân- sen 45° 5 ⇒ 5 ⇒ x55 2 ⇒ x .7m
x 2 x
cia, em metros, aproximadamente igual a: a
3 Observe a figura:
a) 12.
b) 14. y
c) 16.
d) 18.
e) 20.
v&
Com os dados apresentados construímos dois triângulos retân- v&y
gulos: a
v&x x
T

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
2,5m
Dizemos que v %x e v %y são as componentes retangulares do
4 x vetor v %.
y Considerando o módulo de v % igual a 10 cm e o ângulo a de
11 30°, determine os módulos de v %x e v %y.
  
P vx v 3 v 
cos a ⇒ ⇒ cos 30° 5 x ⇒ 5 x ⇒ v v 5 5 3 cm
v 10 2 10
Considerando x a medida solicitada, temos:   
vy vy 1 vy 
y 2 5 42 1 112 ⇒ y 2 5 137 sen a ⇒  ⇒ sen 30° 5 ⇒ 5 ⇒ v y 5 5 cm
v 10 2 10
x 2 5 y 2 1 2,52 ⇒ x 2 5 137 1 6,25 ⇒ x 2 5 143,25 ⇒ x . 12 m
MATEMÁTICA

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 a 9 Para aprimorar: 1 a 3

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 37

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 37 10/22/14 9:26 AM


SENO E COSSENO DE ÂNGULOS OBTUSOS
Neste capítulo vamos precisar, em alguns momentos, obter os valores de senos e de cossenos
de ângulos obtusos. Vamos aprender agora como lidar com eles na prática e deixar a parte teórica
LEMBRE-SE para outro momento.
Inicialmente, é necessário saber que:
Dois ângulos são suplementares
quando a soma de suas medidas
sen 90° 5 1 e cos 90° 5 0;
é 180°.
os senos de ângulos obtusos são exatamente iguais aos senos dos suplementos desses ângulos:
sen x 5 sen (180° 2 x)
os cossenos de ângulos obtusos são opostos aos cossenos dos suplementos desses ângulos:
cos x 5 2cos (180° 2 x)
Por exemplo, para descobrir o valor de sen 120° e cos 120°, basta lembrar que o suplemento de
120° é 60°; portanto:

sen 120° 5 sen 60° 5 3 ;


2
cos 120° 5 2cos 60° 52 1 .
2

LEI DOS SENOS


Vamos analisar a situação-problema a seguir:
Uma empresa de fornecimento de energia, ao instalar a rede elétrica numa fazenda, precisou
colocar dois postes em lados opostos de um lago para permitir a passagem da fiação. Com isso, surgiu
um pequeno problema: para fazer o projeto da rede, seria necessário saber a distância entre os postes,
e a presença do lago impedia a medição direta dessa distância.
www.ser.com.br
Um dos engenheiros posicionou-se em um local onde era possível visualizar os dois postes e
Acesse o portal e jogue Aplica- medir a distância entre eles. Com um aparelho apropriado, ele mediu o ângulo entre a linha de visão
ção da lei dos senos. dele e os postes, obtendo 120°. Um auxiliar mediu a distância do poste mais afastado do engenheiro
e obteve 100 m; outro auxiliar mediu o ângulo entre a linha do poste mais próximo do engenheiro e
a linha entre os postes, obtendo 45°. Com essas informações, o engenheiro sorriu. Ele já conseguiria
calcular a distância entre os postes. Vamos ver como:

Realidade Modelo matemático

100

O
d
120°

45°

38 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 38 10/22/14 9:26 AM


O triângulo AOB é obtusângulo, e a resolução desse problema consiste em determinar a medida
do lado AB. Para resolvê-lo, vamos estudar a lei dos senos, cujo enunciado vem a seguir:

Em qualquer triângulo ABC, as medidas dos lados são proporcionais


aos senos dos ângulos opostos, ou seja:
a 5 b 5 c
sen BA sen B B sen BC

Veja sua demonstração a seguir.


Considere o triângulo ABC inscrito numa circunferência de centro O e raio R.
A

BA
c b
O

BB BC
C
B R a

A partir de A vamos traçar o diâmetro AD, determinando o triângulo retângulo ACD:


A

BA
R
c b

BB
C
B R
a BD

Temos:
5 BD (ângulos inscritos subentendidos pelo mesmo arco )AC );
BB
AD 5 2R (diâmetro);
AC
sen BB 5 sen BD 5 .
AD
Então:

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
b b 5 2R
sen BB 5 ⇒
2R sen B B
ATENÇÃO!
De modo análogo, temos:
Ao construir um triângulo ABC,
a c temos de colocar o lado a opos-
5 2R e 5 2R to ao ângulo A,B o lado b oposto
B
sen A B
sen C
ao ângulo BB e o lado c oposto ao
ângulo CB , como mostra a figura:
Assim, os lados de um triângulo são proporcionais aos senos dos ângulos opostos e a constante
MATEMÁTICA

de proporcionalidade é o diâmetro (2R) da circunferência circunscrita ao triângulo. A

b c
a b c
5 5 5 2R
B
sen A sen B B sen C
B
C B
a

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 39

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 39 10/22/14 9:26 AM


EXERCÍCIO RESOLVIDO

1 Resolva a situação-problema apresentada no início da seção. Pela lei dos senos, temos:
100 d 100 d ⇒
RESOLUÇÃO: 5 ⇒ 5
sen 45° sen 120° 2 3
A
2 2

100 100 3 5
⇒ d 2 5 100 3 ⇒ d 5
2
d
O
120° 5 100 3 ? 2 5 100 6 5 50 6 . 122,47 m
2? 2 2

45° Então, a distância entre os postes é de aproximadamente


122,47 m.
B

PARA CONSTRUIR

4 (Vunesp) Uma pessoa se encontra no ponto A de uma


planície, às margens de um rio, e vê, do outro lado do rio, o O
topo do mastro de uma bandeira, ponto B. Com o objetivo
de determinar a altura h do mastro, ela anda, em linha reta, A

50 m para a direita do ponto em que se encontrava e marca o B


ponto C. Sendo D o pé do mastro, avalia que os ângulos BAC B
B
e BCD B
valem 30°, e o ACB vale 105°, como mostra a figura: b
B

h
P
D
30° 30°
A 105°
50 m Com os dados apresentados pelo enunciado, construímos o se-
C guinte triângulo:

A altura h do mastro da bandeira, em metros, é: b 3 3


a) 12,5. d) 25,0 2. O y A x B
e) 35,0. 30° 60°
b) 12,5 2. 120° 75°
c) 25,0.
Temos de encontrar a hipotenusa do triângulo BDC a partir do triân-
gulo ABC: 3 3
50 BC 30° 45°
5 ⇔ BC 2 5 50 ⇔ BC 5 25 2
sen 45° sen 30°
h 1 h P
sen 30° 5 ⇔ 5 ⇔ h = 12,5 2
25 2 2 25 2
3 + 3 y 3 + 3 y
= ⇔ = ⇔ y = 3 + 1
5 (UFPE) Na ilustração a seguir, a casa situada no ponto B deve ser sen 120° sen 30° 3 1
2 2
ligada com um cabo subterrâneo de energia elétrica, saindo do
Podemos observar que o triângulo POB é isósceles. Logo, PO 5 OB,
ponto A. Para calcular a distância AB, são medidos a distância e
temos que OB 5 3 + 3 :
os ângulos a partir de dois pontos O e P, situados na margem
B B
AB 5 x 5 3 1 3 2 ( 3 1 1) 5 2 km 5 20 hm
oposta do rio, sendo O, A e B colineares. Se OPA 5 30°, POA 5
B
5 30°, APB 5 45° e OP 5 (3 1 3) km, calcule AB em hectometros.

40 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 40 10/22/14 9:26 AM


B 5 45°, BB 5 30° e a 1 b 5
6 Num triângulo ABC, são dados A 7 Encontre o valor do ângulo a.
5 2  + 1. Calcule o valor de a.
4√3
C
a
b 105°
30° B
 4
45° c
A

 a b a 5 b ⇒ a5b 2 a
 sen 45° 5 sen 30° ⇒
I Lembrando que 5 2R, temos:
2 1 sen A

 2
 2
a 1 b 5 2 1 1 II 4 3 4 3
5 2 ? 4 ⇒ 8 sen a 5 4 3 ⇒ sen a 5 ⇒
sen a 8
Substituindo I em II , obtemos: 3
⇒ sen a 5 ⇒ a 5 60°
a1b5 211⇒b 21b5 211⇒ 2
⇒ b( 2 1 1) 5 2 1 1 ⇒ b 5 1
Substituindo b 5 1 em I , obtemos:
a5b 2⇒a5 2

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 10 a 15 Para aprimorar: 4 a 6

LEI DOS COSSENOS


Vamos voltar ao nosso engenheiro e seu problema em medir a distância entre os postes, su-
gerido no início do item “Lei dos senos”. Se tivesse encontrado alguma dificuldade para obter o ângu-
lo de 45°, ou mesmo que não quisesse obtê-lo, o engenheiro poderia ter pedido a seu segundo au-
xiliar que medisse a distância do poste mais próximo do local onde ele estava. Assim, além do valor
do ângulo (120°) que o engenheiro já havia medido e a distância (100 m) entre o poste mais afastado
e ele, teria obtido a nova distância, de 36,60 m, entre o poste mais próximo e o engenheiro. Essas informações
também permitiriam ao engenheiro calcular a distância desejada. Veja o modelo matemático novamente:
Modelo matemático
A

100

O
120° d

36,60

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
Pelo desenho, podemos observar que nosso problema consiste em determinar a medida de um
lado de um triângulo quando conhecemos as medidas dos outros dois e do ângulo oposto ao lado
cuja medida queremos encontrar.
Para resolvê-lo, precisamos estudar a lei dos cossenos, enunciada a seguir:

Em qualquer triângulo, o quadrado da medida de um lado é igual à soma dos quadrados


das medidas dos outros dois lados menos duas vezes o produto das medidas desses lados pelo
cosseno do ângulo que eles formam, ou seja:
A
MATEMÁTICA

a2 5 b2 1 c2 2 2bc ? cos A B
c b b2 5 a2 1 c2 2 2ac ? cos BB
c2 5 a2 1 b2 2 2ab ? cos CB
B C
a

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 41

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 41 10/22/14 9:26 AM


Vamos provar apenas a primeira das relações apresentadas anteriormente; a demonstração das
outras é análoga.
Há três casos a considerar:
B
PARA 1o caso: A é agudo
REFLETIR B pode estar em um triângulo acutângulo, retângulo ou obtusângulo.
O ângulo agudo A
Verifique se a relação vale para BA B
agudo no triângulo retângulo e B
no triângulo obtusângulo. B

c
c a5h c
a h a
h

C A C;H b A H A
H b C b

Vamos demonstrar a lei dos cossenos usando o triângulo acutângulo.


Traçando a altura BH, obtemos os triângulos retângulos ABH e CBH.
No nABH, temos:
B 5 AH B
cos A ⇒ AH 5 c ? cos A
c
B 2 ⇒ h2 5 c2 2 c2 ? cos2 A
c2 5 h2 1 (AH)2 ⇒ h2 5 c2 2 (AH)2 ⇒ h2 5 c2 2 (c ? cos A) B I

No nCBH, temos:
B 2⇒
a2 5 h2 1 (CH)2 ⇒ a2 5 h2 1 (b 2 AH)2 ⇒ h2 5 a2 2 (b 2 c ? cos A)
2 2 2
⇒ h 5 a 2 b 1 2bc ? cos A B 2 c ? cos A
2 2 B II

De I e II temos:
B 2 c2 ? cos2 A
a2 2 b2 1 2bc ? cos A B 5 c2 2 c2 ? cos2 A
B

Então:

B
a2 5 b2 1 c2 2 2bc ? cos A

B
2o caso: A é obtuso
Nesse caso, o triângulo ABC é obtusângulo.
B

a
h c

180° 2 A

H A b C

Traçando a altura BH, obtemos nBHA e nBHC, ambos retângulos.


No nBHA, temos:
B 5 AH ⇒ 2cos A
cos (180° 2 A) B 5 AH ⇒ AH 5 2c ? cos A B
c c
B
c2 5 h2 1 (AH)2 ⇒ h2 5 c2 2 (AH)2 ⇒ h2 5 c2 2 c2 ? cos2 A I

No nBHC, temos:
a2 5 h2 1 (b 1 AH)2 ⇒ h2 5 a2 2 (b 2 c ? cos A)B 2⇒
2 2 2 B 2
⇒ h 5 a 2 b 1 2bc ? cos A 2 c ? cos A2 II

42 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 42 10/22/14 9:26 AM


De I e II , temos:
B 2 c2 ? cos2 A
a2 2 b2 1 2bc ? cos A B 5 c2 2 c2 ? cos2 A
B
Então:

B
a2 5 b2 1 c2 2 2bc ? cos A

B
3o caso: A é ângulo reto
Nesse caso, o triângulo ABC é retângulo.
C
COMENTÁRIO
a Podemos considerar o teore-
b
ma de Pitágoras (a2 5 b2 1 c2)
como um caso particular da lei
A B dos cossenos.
c

Sabemos que a2 5 b2 1 c2 (teorema de Pitágoras) e que cos A B 5 0 (A


B é reto).
Essa expressão pode ser escrita da seguinte maneira:
a2 5 b2 1 c2 2 0
que é equivalente a:
a2 5 b2 1 c2 2 2bc ? cos 90°
ou ainda:

a2 5 b2 1 c2 2 2bc ? cos BA

EXERCÍCIO RESOLVIDO

2 Agora, resolva a mesma situação-problema do início da seção usando a lei dos cossenos.

RESOLUÇÃO:
A

100

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
d
O
120°

36,60

Pela lei dos cossenos, temos:


MATEMÁTICA

d2 5 1002 1 (36,6)2 2 2 ? 100 ? 36,6 ? cos 120° ⇒ d2 . 15 000 ⇒


⇒ d . 1155 000 5 50 6  . 122, 47 m

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 43

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 43 10/22/14 9:26 AM


PARA CONSTRUIR

8 No triângulo da figura determine a medida a. Uma das tecnologias que possibilita essa interação funciona
a partir de um sensor instalado em um dos cantos da tela,
A onde a imagem é projetada, e de uma caneta eletrônica es-
pecial que, ao ser acionada, emite dois sinais simultâneos: um
30° pulso sonoro (ultrassom) e um pulso luminoso (infraverme-
lho). O pulso de ultrassom é usado para calcular a distância
c5 3 b54
da ponta da caneta até o sensor, enquanto o pulso de infra-
vermelho indica ao sistema o ângulo entre a base da tela e o
segmento de reta que une o sensor à ponta da caneta.
B a C
Considere um quadro interativo de 3 metros de largura por
Pela lei dos cossenos, temos: 2 metros de altura, representado no primeiro quadrante de
B 5
a2 5 b2 1 c2 2 2bc ? cos A
2
um plano cartesiano, com o sensor instalado na origem. Um
5 42 1 ( 3 ) 2 2 ? 4 ? 3 ? cos 30° 5 usuário aciona a caneta em três pontos distintos da tela, ge-
3 rando as leituras de distância e de ângulo apresentadas na
5 16  1 3 2 8 3 ? 5
2
5 19 2 12 5 7 ⇒ a 5 7
tabela:

Ponto Distância Ângulo


A 2m 60°
B 2m 30°
C 1m 30°
9 (FGV-SP)
a) Determine o perímetro do triângulo na forma decimal O triângulo com vértices nos pontos A, B e C é: a
aproximada, até os décimos. Se quiser, use algum destes a) escaleno. d) isósceles de base AB.
dados: 352 5 1 225; 362 5 1 296; 372 5 1 369. b) equilátero. e) retângulo em A.
c) isósceles de base BC.
60° y
6 cm 8 cm 2
A

Denominando de x a medida do triângulo que está faltando, 75° B


vamos calculá-lo e, em seguida, encontrar o perímetro P:
x 2 = 62 + 8 2 − 2 ? 6 ? 8 ? cos 60° ⇒
30° C
⇒ x = 2 13 ⇒ x = 2 ? 3,6 ⇒ x . 7,2
P = 6 + 8 + 7,2 = 21,2 30°
O 3 x

Sabendo que OA = 2 m, OB = 2 m e OC = 1m, temos que


BC = OB − OC = 1 m. Além disso, o triângulo OAB é
b) Um aluno tinha de fazer um cartaz triangular, em cartolina. isósceles de base AB. Logo, OBA
 ù OAB  = 75°.
Decidiu construiu o triângulo com as seguintes medidas Aplicando a lei dos cossenos no triângulo OAB, temos:
2 2 2
dos lados: 6 cm, 8 cm e 16 cm. Ele conseguirá fazer o AB = OA + OB − 2 ? OA ? OB ? cos30° ⇔
cartaz? Por quê? ⇔ AB = 22 + 22 − 2 ? 2 ? 2 ? 3 ⇔
2

A medida do lado de um triângulo deve ser menor que a soma dos 2


2
demais lados, mas nesse caso isso não acontece, pois 16 > 6 1 8, ⇔ AB = 8 − 4 3 ⇒ AB = ( 6 − 2) m.
ou seja, ele não conseguirá fazer o cartaz.
Como AC é mediana do triângulo ABO, vem:
AC = 1 ? 2 ? (OA + AB ) − OB =
2 2 2

10 (Udesc) Quadros interativos são dispositivos de interface 5 1 ? 2 ? (22 + 8 − 4 3) − 22 =


2
humana que permitem ao usuário interagir com as imagens
5 1 ? 4 ? (5 − 2 3) = 5 − 2 3 m
projetadas sobre uma tela grande, geradas por um computador. 2
O uso desses quadros é cada vez mais comum em instituições Portanto, como AB ≠ AC ≠ BC, segue que o triângulo
de ensino, substituindo o quadro de giz ou o quadro branco. ABC é escaleno.

44 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 44 10/22/14 9:26 AM


11 (PUC-MG) Uma porta retangular de 2 m de altura por 1 m de largura gira 30°, conforme a figura.
A distância entre os pontos A e B, em metros, é:
a) 5 1
D
A
A 30° 1 No nADC isósceles, pela lei dos cossenos, temos:
3 30°
b) x x 2 5 12 1 12 2 2 ? 1 ? 1 ? cos 30° 5
C
3
5222? 522 3
c) 21 3 2 2
y
No nABE, retângulo em E, temos:
d) 41 3 y 2 5 22 1 x 2 5 22 1 2 2 3 5
E 54122 3 562 3 ⇒ y5 62 3
e) 62 3 x
B

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 16 a 24 Para aprimorar: 7 a 11

Veja, no Guia do Professor, as respostas da ”Tarefa para casa“. As resoluções encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

TAREFA PARA CASA


As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

PARAPARA PRATICAR
PRATICAR 3 Determine a área da região triangular abaixo.
C
1 Dois níveis de uma praça estão ligados por uma rampa de 2 m 4 cm
de comprimento e 30° de inclinação, conforme a figura. De- h
vem-se construir sobre a rampa 8 degraus de mesma altura. 20°
A B
Encontre a altura de cada degrau. 7 cm

4 Um observador, no ponto B da figura abaixo, vê um prédio


de modo que o ângulo ABC B é de 105°. Se esse observador está
2m
situado a uma distância de 8 m do prédio e a uma altura de 8 m,
qual é a altura do prédio?
A
30°

2 No instante em que o ângulo de elevação do Sol acima do


horizonte é de 60°, a sombra de um poste mede 3 m, como 8m
B

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
mostra a figura abaixo.

8m

5 Calcule a medida x indicada na figura abaixo.


B MATEMÁTICA

x
60°

60°
3m 30°
A C
Qual é a altura desse poste? 100

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 45

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 45 10/22/14 9:26 AM


6 Considere o retângulo ABCD e os triângulos ABE e CDE. Sa- 10 Em um triângulo isósceles, a base mede 6 cm e o ângulo
bendo que o segmento AE mede 6 cm, determine a medida oposto à base mede 120°. Calcule a medida dos lados con-
do segmento BD. gruentes do triângulo.
E
11 Na figura abaixo, calcule o valor da medida x.
x
A 30° B 105°

100

45°

60°
12 No triângulo abaixo, determine as medidas x e y.
C D

 62 2 
7 Os triângulos retângulos abaixo possuem um cateto em comum.  Dado: sen 15° 5 4
.

x
15°
y 135°
2
h

13 O trapézio abaixo é isósceles. Calcule a medida x sabendo


12
6  1  2
que sen 75° 5 .
4
45° 30°
75°

Encontre a medida da altura h.


6
8 No triângulo abaixo, calcule a medida x.
60°
x

4
14 O triângulo ABC está inscrito numa circunferência, sendo
B 5 120°, BC 5 4 3 e AC 5 4. Qual é a medida de BB e do raio
A
30°
4
da circunferência?
x

15 Num triângulo ABC, temos AB 5 60°, a 5 7 e b 5 3. Determi-


9 (Mack-SP) Determine qual é o triângulo retângulo cujos da- ne o lado c.
dos estão compatíveis.
a) d) 16 No triângulo da figura abaixo, calcule a medida x.
4
2
30°
45°
2
3
b) e)
60° 60° 3
3
3 x
3 6

c)

6 60°

60° 1
3

46 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 46 10/22/14 9:26 AM


17 (UFTM-MG) Na figura estão posicionadas as cidades vizi- 24 As diagonais de um paralelogramo medem 10 cm e 8 cm e
nhas A, B e C, que são ligadas por estradas em linha reta. formam um ângulo de 60°. Determine a área dessa região
Sabe-se que, seguindo por essas estradas, a distância en- limitada pelo paralelogramo.
tre A e C é de 24 km, e entre A e B é de 36 km.
C
PARA
PARA APRIMORAR
PRATICAR

1 Um poste na posição vertical tem sua sombra projetada


numa rua horizontal. A sombra tem 12 m. Se a altura do pos-
120° te é de 4 3 m, então qual é a inclinação dos raios solares em
A B relação à rua horizontal?
Nesse caso, pode-se concluir que a distância, em km, entre B 2 Determine o valor de CD na figura abaixo. CD é a projeção
e C é igual a: ortogonal de AB sobre um eixo.
a) 8 17 B
4 cm
b) 12 19
15°
A
c) 12 23
d) 20 15
e) 20 13
C D
18 No triângulo da figura abaixo, são dados:
a 5 4, b 5 3 2 e CB 5 45°. Calcule a medida c. 3 Na figura abaixo, encontre os valores de x, y e z.
A

c
x z
12
b
B
30°
a
y

4 No triângulo ABC, calcule a medida a, supondo conhecidos b,


C
g e o perímetro 2p.
B
19 No triângulo da figura abaixo, AC 5 3, BC 5 4, AB5 3 e BAC 5 a. A

Determine o valor de cos a.


a
A
c b
a

B C b g

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
B a C

20 Num triângulo ABC são dados: AB 5 45°, b 5 8 2 e c 5 10. 5 A figura abaixo nos mostra um triângulo isósceles de base
Calcule a medida do terceiro lado do triângulo. BC. Calcule a medida da base BC, admitindo conhecidos
m, a e b.
21 Considere o triângulo ABC, com AB 5 45°, a 5 4 e b 5 4 2.
Determine o lado c. A

a
22 Um paralelogramo tem lados medindo 6 cm e 8 cm. Saben-
do que a diagonal menor mede 52  cm, calcule a medida
MATEMÁTICA

m
da diagonal maior.

23 Qual é a área da região limitada por um paralelogramo cujos


b
lados medem 10 cm e 16 cm, sabendo que formam um ân-
gulo de 30°? B C

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 47

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 47 10/22/14 9:26 AM


6 Numa fazenda, o galpão fica 50 m distante da casa. Sejam x e y, respectivamente, as distâncias da casa e do galpão ao transforma-
dor de energia, conforme a figura abaixo. Calcule o valor de x 1 y em função de a e b.

y
50
b

7 Reconheça a natureza de um triângulo cujos lados medem 6, 10 e 11.

8 Reconheça a natureza de um triângulo de lados medindo 7, 8 e 10.

9 Considere o triângulo de lados 8 cm, 10 cm e 12 cm. Encontre a medida da mediana relativa ao maior lado.

10 (Fuvest-SP) Em uma semicircunferência de centro C e raio R, inscreve-se um triângulo equilátero ABC. Seja D o ponto onde a bis-
B
setriz do ângulo ACB intercepta a semicircunferência. O comprimento da corda AD é:
B

a) R 2 2 3

b) R 32 2

c) R 2 21

d) R 3 21

e) R 3 2 2

11 (Unifesp) Em um triângulo com lados de comprimento a, b, c, tem-se (a 1 b 1 c)(a 1 b 2 c) 5 3ab. A medida do ângulo oposto ao
lado de comprimento c é:
a) 30°
b) 45°
c) 60°
d) 90°
e) 120°

48 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 48 10/22/14 9:26 AM


Veja, no Guia do Professor, as respostas da ”Revisão“. As resoluções dos
exercícios podem ser encontradas no portal, em Resoluções e Gabaritos.

REVISÃO As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

1. (PUC-RS) A área ocupada pela arena do Grêmio, no bairro 4. (UnB-DF) Um círculo de centro O e cujo diâmetro AB é
Humaitá, em Porto Alegre, é de 200 000 m2, e o gramado um dos lados do triângulo equilátero ABC intercepta os
do campo de futebol propriamente dito tem dimensões outros dois lados desse triângulo nos pontos D e E, con-
de 105 m por 68 m. A área de terreno que excede à do forme ilustra a figura a seguir. Sabendo que o diâmetro
campo é, aproximadamente, de m2. AB mede 16 cm, faça o que se pede, desconsiderando a
a) 7 000 c) 130 000 e) 207 000 parte fracionária do resultado final obtido, após efetuar
b) 70 000 d) 193 000 todos os cálculos solicitados.
C
2. (UFRN) A figura a seguir é composta de 16 circunferên-
cias inscritas em 16 quadrados, cujos lados medem 2 cm
de comprimento. Os segmentos de retas que cortam as D E
circunferências são paralelos e a distância entre dois seg-
mentos vizinhos quaisquer é sempre a mesma.
A B
O

B
a) Calcule a medida, em graus, do ângulo AOD.
b) Calcule o comprimento, em mm, do segmento DE.
c) Determine a porcentagem da área do triângulo ABC
ocupada pelo quadrilátero ABED.
A área sombreada da figura mede:
a) 6p cm2
5. (Fuvest-SP) Na figura, OAB é um setor circular com centro
b) 8p cm2
em O, ABCD é um retângulo e o segmento CD é tangente
c) 9p cm2
em X ao arco de extremos A e B do setor circular.
d) 11p cm2
D X C
3. (UFPE) Uma propriedade rural tem a forma do triângulo
ABC representado na figura. A região cultivada corres-
ponde apenas à porção sombreada. A B

E
O

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
Se AB 5 2 3 e AD 5 1, então a área do setor OAB é
B A igual a:
D
p
a)
3
3 3
Sabendo-se que AD 5 AB e AE 5 AC, que porcenta- 2p
4 4 b)
gem da área da propriedade rural é cultivada? 3
a) 50% 4p
c)
b) 60% 3
5p
MATEMÁTICA

c) 66% d)
d) 75% 3
7p
e) 1  2 1 3  ? 100% e)
2 3 4 3

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 49

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 49 10/22/14 9:26 AM


6. (Fuvest-SP) A figura representa um retângulo ABCD, com 9. (ITA-SP) Duas circunferências concêntricas C1 e C2 têm
AB 5 5 e AD 5 3. O ponto E está no segmento CD de ma- raios de 6 cm e 6 2  cm, respectivamente. Seja AB uma
neira que CE 5 1 e F é o ponto de intersecção da diagonal corda de C2, tangente à C1. A área da menor região deli-
AC com o segmento BE. )
mitada pela corda AB e pelo arco AB mede, em cm2:
E a) 9(p 2 3) c) 18(p 2 2) e) 16(p 1 3)
D C
b) 18(p 1 3) d) 18(p 1 2)

F 10. (Fuvest-SP) No papel quadriculado da figura, adota-se


como unidade de comprimento o lado do quadrado
pintado. DE é paralelo a BC.

C
A B
E

Então a área do triângulo BCF vale:

a) 6 c) 4 e) 3 A D B
5 3 2

b) 5 d) 7 Para que a área do nADE seja a metade da área do nABC,


4 5
a medida de AD, na unidade adotada, é:
7. (Fuvest-SP) Uma folha de papel ABCD de formato retan-
gular é dobrada em torno do segmento EF de maneira a) 4 2
que o ponto A ocupe a posição G, como mostra a figura. b) 4
D C c) 3 3

d) 8 3
E
3
e) 7 3
G 2
11. (Fuvest-SP) Um lenhador empilhou 3 troncos de madeira
num caminhão de largura 2,5 m, conforme a figura abaixo.

A B
F

Se AE 5 3 e BG 5 1, então a medida do segmento AF


h
é igual a:
3 5
a) 3 5 d)
2 5
7 5 5 2,5
b) e)
8 3
Cada tronco é um cilindro reto, cujo raio da base mede
3 5
c) 0,5 m. Logo, a altura h, em metros, é:
4
8. (Fuvest-SP) O triângulo ABC está inscrito numa circunfe- a) 1 1  7
rência de raio 5 cm. Sabe-se que A e B são extremidades 2
de um diâmetro e que a corda BC mede 6 cm. Então, a
área do triângulo ABC, em cm2, vale: b) 1 1  7
3
a) 24
b) 12 c) 1 1  7
4
c) 5 3
2 7
d) 1 1
d) 6 2 3
e) 1 1 7
e) 2 3 4

50 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 50 10/22/14 9:26 AM


12. (FGV-SP) Uma pizzaria vende pizzas com preços propor- Então, é correto afirmar que a área do quadrado PQRS é:
cionais às suas áreas. Se a pizza média tiver raio igual a
a) 1 1 42 2 dm2
80% do raio da grande, seu preço será:
a) 59% do preço da grande. b) 1 14 2 dm2
b) 64% do preço da grande. c) 3 1 42 2 dm2
c) 69% do preço da grande.
d) 74% do preço da grande. d) 3 14 2 dm2
e) 80% do preço da grande.
16. (IFSP) Uma praça retangular é contornada por uma calçada
13. (UFF-RJ) Seja MNPQ um quadrado de lado igual a 2 cm. de 2 m de largura e possui uma parte interna retangular de
Considere C o círculo que contém os vértices P e Q do dimensões 15 m por 20 m, conforme a figura.
quadrado e o ponto médio do lado MN (ponto T ). Deter-
mine o raio do círculo C.
C
Parte interna da praça
Q P

Calçada

Nessas condições, a área total da calçada é, em metros


M N quadrados, igual a:
T
a) 148.
b) 152.
14. (UFC-CE) Na figura abaixo, a razão entre o perímetro da
c) 156.
região hachurada e o perímetro da circunferência é: (O é
o centro da circunferência.) d) 160.
e) 164.
a) 1
3 17. (UFS-SE) Se os raios solares formam um ângulo a com o
solo, qual é, aproximadamente, o comprimento da som-
b) p 1 4 bra de um edifício com 10 m de altura?
4p
o  Dado: sen a 5 3 .
c) p  5
4
a) 16,6 m
d) p 1 4 b) 15,5 m
2p
c) 14,4 m
e) 2 d) 13,3 m
e) 12,2 m
15. (UFMG) O octógono regular de vértices ABCDEFGH, cujos

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
lados medem 1 dm cada um, está inscrito no quadrado 18. (Vunesp) Duas rodovias retilíneas A e B se cruzam fo-
de vértices PQRS, conforme mostrado nesta figura: mando um ângulo de 45°. Um posto de gasolina se en-
S F E R contra na rodovia A, a 4 km do cruzamento. Pelo posto
passa uma rodovia retilínea C, perpendicular à rodovia B.
A distância do posto de gasolina à rodovia B, indo através
G D de C, em kilômetros, é:

a) 2 d) 2
8
MATEMÁTICA

H C
b) 2 e) 2 2
4

c) 3
P A B Q
2

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 51

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 51 10/22/14 9:26 AM


19. (Unicamp-SP) Caminhando em linha reta ao longo 22. (PUC-SP) Leia com atenção o problema proposto a Calvin
de uma praia, um banhista vai de um ponto A a um na tira seguinte.
ponto B, cobrindo a distância AB 5 1 200 m. Quando
em A, ele avista um navio parado em N de tal manei-
B
ra que o ângulo N AB é de 60°; quando em B, verifica O ponto A é duas vezes
que o ângulo N BBA é de 45°. mais distante do ponto C
do que o ponto B é de A.
a) Faça uma figura ilustrativa da situação descrita. Se a distância de B a C é de
5 cm, qual é a distância do
b) Calcule a distância a que se encontra o navio da praia. ponto A ao ponto C?

20. (UnB-DF) Um observador, situado no ponto A, distante 30 m


do ponto B, vê um edifício sob um ângulo de 30°, con-
forme a figura. Baseado nos dados da figura, determine a
altura do edifício em metros e divida o resultado por 2.
a) 10 m
b) 11 m
c) 12 m
d) 14 m
e) 15 m
D

O Estado de S. Paulo, 28 abr. 2007.


C
B
30° 60° Supondo que os pontos A, B e C sejam vértices de um
triângulo cujo ângulo do vértice A mede 60°, então a res-
75° posta correta que Calvin deveria encontrar para o proble-
ma é, em centimetros:
A
a) 5 3
Dados: AB 5 30 m; med (CBAD) 5 30°; 3
med (CBAB) 5 75°; med (ABBC) 5 60°; med (DBCA) 5 90°. b) 8 3
3
21. (Vunesp) Para calcular a distância entre duas árvores si-
tuadas nas margens opostas de um rio, nos pontos A e B, c) 10 3
3
um observador que se encontra junto a A afasta-se 20 m
da margem, na direção da reta AB, até o ponto C e depois d) 5 3
caminha em linha reta até o ponto D, a 40 m de C, do qual e) 10 3
ainda pode ver as árvores.
Tendo verificado que os ângulos D CB B e BBDC medem, res- 23. (Fuvest-SP) As páginas de um livro 1 dm

pectivamente, cerca de 15° e 120°, que valor ele encon- medem 1 dm de base e 11 3
trou para a distância entre as árvores, se usou a aproxima- α
dm de altura. Se esse livro for par-
ção 6 . 22, 4?
cialmente aberto, de tal forma que
B
o ângulo entre as páginas seja 60°, a
medida do ângulo α, formado pelas
diagonais das páginas, será de:
a) 15°
D
b) 45°
A
c) 30°
d) 75°
C e) 60°

52 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 52 10/22/14 9:26 AM


24. (UFG-GO) O mostrador do relógio de uma torre é divi- a) 17
dido em 12 partes iguais (horas), cada uma das quais 12
é subdividida em outras 5 partes iguais (minutos). Se o 19
ponteiro das horas (OB) mede 70 cm e o ponteiro dos b)
12
minutos (OA) mede 1 m, qual será a distância AB, em
função do ângulo entre os ponteiros, quando o relógio 23
c)
marcar 1 hora e 12 minutos? 12
25
d)
12
B
29
e)
12
A
27. (PUCC-SP) Nas principais concentrações urbanas do país,
O
trabalhadores de baixa renda percorrem grandes distân-
cias a pé. Outros pedalam muitos kilometros para usar
uma condução a menos, deixando a bicicleta em esta-
cionamentos próprios. Considere que, na figura a seguir,
tem-se a planificação do quadro de uma bicicleta e as
25. (UFPE) Uma ponte deve ser construída sobre um rio, unin- medidas indicadas estão em centimetros.
do os pontos A e B, como ilustrado na figura abaixo. Para (Dado: cos 53° 5 0,6.)
calcular o comprimento AB, escolhe-se um ponto C, na
53
mesma margem em que B está, e medem-se os ângulos C
B
CBA B
5 57° e ACB 5 59°. Sabendo que BC mede 30 m, indi- B

que, em metros, a distância AB. (Dado: use as aproximações


sen 59° . 0,87 e sen 64° . 0,90.) 48 62

53°
A
40 D

59° C
O perímetro do triângulo BCD, em centimetros, é igual a:
a) 148
57°
b) 152
c) 155
B d) 160
e) 172
26. (Fuvest-SP) Na figura abaixo, tem-se AC 5 3, AB 5 4 e

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
CB 5 6. O valor de CD é: 28. (FVG-SP) Em relação a um quadrilátero ABCD, sabe-se que
B
med (BAD) B
5 120°, med (ABC) B
5 med (ADC) 5 90°, AB 5 13
A e AD 5 46. A medida do segmento AC é:
a) 60
b) 62
c) 64
B
d) 65
C
D e) 72
MATEMÁTICA

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 53

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 53 10/22/14 9:26 AM


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÁVILA, G. Cálculo 1: funções de uma variável. Rio de Janeiro: LTC, 1982.
BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher/Edusp, 1974.
COLEÇÃO do professor de Matemática. Rio de Janeiro: SBM, 1993. 14 v.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de Matemática. 12. ed. São Paulo: Ática, 1997.
DAVIS, P. J.; HERSH, R. A experiência matemática. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.
LIMA, E. L. et al. A Matemática do Ensino Médio. Rio de Janeiro: SBM, 1997. (Coleção do Professor de
Matemática, v. 1 e 2.)
MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. O. Estatística básica. São Paulo: Atual, 1981.
POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1986.
. Mathematical discovery. Nova York: John Wiley & Sons, 1981. 2 v.
REVISTA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA. São Paulo: SBM, 1982/1998. v. 1 a 36.

ANOTAÇÕES

54 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 54 10/22/14 9:26 AM


MAIS ENEM
Ciências Humanas e suas Tecnologias
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Matemática e suas Tecnologias

ATMOSFERA: CAMADA GASOSA É FUNDAMENTAL PARA A VIDA

DON EMMERT/AFP PHOTO


A atmosfera é uma camada gasosa que envolve e acompanha a Terra em seus movimentos no espaço. Ela pode ser comparada
a uma capa que protege contra o choque com corpos celestes. Além disso, filtra raios solares, fazendo com que as temperaturas na
superfície terrestre sejam amenas, possibilitando o desenvolvimento da vida. Na Lua, por exemplo, onde não há atmosfera, a tem-
peratura na superfície da face voltada para o Sol chega a aproximadamente 100 °C, enquanto na outra face a temperatura cai para
cerca de 2150 °C.
A Terra nasceu da colisão de planetesimais, pequenos corpos sólidos formados a partir da poeira cósmica e do gás da nebulo-
sa solar, que se agregaram gradualmente. À medida que crescia o planeta assim formado, os gases presos em seu interior escapavam
e o envolviam, originando a atmosfera. Por fim, cresceram plantas, que liberavam oxigênio, e a atmosfera evoluiu até se tornar o
espesso manto de ar que é hoje.
A atmosfera é fundamental para a vida na Terra. Ela se formou logo após o surgimento do planeta, há aproximadamente
4,6 bilhões de anos, a partir dos gases liberados pelas colisões dos planetesimais. Cerca de 3 milhões de anos atrás, as plantas co-
meçaram a processar fotossíntese, alterando a atmosfera primitiva com a emissão de vastas quantidades de oxigênio.
Com o tempo, desenvolveu-se na atmosfera uma estrutura complexa, com diversas camadas, estendendo-se a cerca de
1.000 kilometros de altitude.
Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/atmosfera-camada-gasosa-e-fundamental-para-vida.htm>. Acesso em: 10 set. 2014.

Um foguete desenvolvido pela Nasa foi lançado perpendicularmente ao solo, e desta forma se manteve até o fim da atmosfera terrestre.
Supondo que ele só se desloque de forma vetorial, ao sair da atmosfera terrestre o foguete sofrerá um desvio de 60° em sentido horário e
percorrerá mais 2 000 kilometros até chegar ao seu destino.
Desprezando qualquer movimento da Terra, assinale a alternativa que corresponde à distância em linha reta do ponto de saída do
foguete até seu destino final. b
a) 4 100 km
b) 3 500 km
c) 3 150 km
d) 2 650 km
e) 2 090 km

55

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 55 10/22/14 9:26 AM


QUADRO DE IDEIAS

Presidência: Mário Ghio Júnior


Direção: Carlos Roberto Piatto
Direção de inovação em conteúdo: René Agostinho
Direção editorial: Lidiane Vivaldini Olo
Circunferência Conselho editorial: Bárbara Muneratti de Souza Alves,
Carlos Roberto Piatto, Daniel Augusto Ferraz Leite,
Eduardo dos Santos, Eliane Vilela, Helena Serebrinic,
Lidiane Vivaldini Olo, Luís Ricardo Arruda de Andrade,
Relações Marcelo Mirabelli, Marcus Bruno Moura Fahel,
Marisa Sodero, Ricardo Leite, Ricardo de Gan Braga,
métricas Tania Fontolan
Ângulos
Gerência editorial: Bárbara Muneratti de Souza Alves
Edição: Alessandra Naomi Oskata (coord.),
Pietro Ferrari, Tatiana Leite Nunes
x Ângulos Ângulos Assistência editorial: Aline Moojen Pedreira,
O Tadeu Nestor Neto
2x C E Organização didática: Maitê Fracassi
x A
Revisão: Adriana Gabriel Cerello (coord.), Danielle Modesto,
Edilson Moura, Letícia Pieroni, Marília Lima, Tatiane Godoy,
P P Tayra Alfonso, Vanessa Lucena;
Colaboração: Aparecida Maffei, Karina Novais,
G F Rayssa do Valle
D
Coordenação de produção: Fabiana Manna (coord.);
Adjane Oliveira, Solange Pereira
B
(PE)2 5 PF ? PG Supervisão de arte e produção: Ricardo de Gan Braga
Edição de arte: Daniel Hisashi Aoki
PA ? PB 5 PC ? PD
Diagramação: Antonio Cesar Decarli,
Claudio Alves dos Santos, Fernando Afonso do Carmo,
Flávio Gomes Duarte, Kleber de Messas
Iconografia: Sílvio Kligin (supervisão), Marcella Doratioto;
Colaboração: Fábio Matsuura, Fernanda Siwiec,
Fernando Vivaldini
Áreas Licenças e autorizações: Edson Carnevale
Capa: Daniel Hisashi Aoki
Foto de capa: Latinstock/Staffan Widstrand/Corbis
Projeto gráfico de miolo: Daniel Hisashi Aoki
Editoração eletrônica: Casa de Tipos
Quadrado Losango
Todos os direitos reservados por Sistemas de
A 5 lado ? lado Ensino Abril Educação S.A.
diagonal maior ? diagonal menor
A5 Avenida das Nações Unidas, 7221 – Pinheiros
2 CEP: 05425-902 – São Paulo – SP
(0xx11) 4383-8000
Hexágono © Sistemas de Ensino Abril Educação S.A.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
3 ? lado2 ? 3 Triângulo equilátero (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
A 5
2
lado2 ? 3 Dante, Luiz Roberto
A5 Sistema de ensino ser : ensino médio,
4 caderno 2 : geometria : PR / Luiz Roberto Dante. --
2. ed. -- São Paulo : Ática, 2015.

Triângulo qualquer 1. Geometria (Ensino médio) 2. Matemática


(Ensino médio) I. Título.
base ? altura Círculo
A5 14–11304 CDD–510.7
2
A 5 p ? raio2 Índice para catálogo sistemático:
1. Matemática : Álgebra : Ensino médio 510.7
A 5 p(p 2 a)(p 2 b)(p 2 c)
2014
ISBN 978 85 08 17110-1 (AL)
A 5 a ? b ? sen a Retângulo ISBN 978 85 08 17100-2 (PR)
2 2ª edição
A 5 base ? altura 1ª impressão

Impressão e acabamento

Trapézio
Uma publicação
(base maior 1 base menor) ?⋅ altura
A5
2

56 Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_C03.indd 56 10/22/14 9:27 AM


MATEMÁTICA
geOMeTria e TrigOnOMeTria
GUIA DO PROFESSOR

LUIZ ROBERTO DANTE


Livre-docente em Educação Matemática pela Unesp – Rio Claro/SP.
Doutor em Psicologia da Educação: Ensino da Matemática pela
PUC/São Paulo.
Mestre em Matemática pela USP.
Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Educação Matemática
(Sbem).
Ex-secretário executivo do Comitê Interamericano de Educação
Matemática (Ciaem).

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
Pesquisador em ensino e aprendizagem da Matemática pela Unesp
– Rio Claro/SP.
Autor de vários livros: Didática da resolução de problemas de
Matemática; Didática da Matemática na pré-escola; Coleção
Aprendendo Sempre – Matemática (1o ao 5o ano); Tudo é Mate-
mática (6o ao 9o ano); Matemática – Contexto & Aplicações –
Volume único (Ensino Médio); Matemática – Contexto & Aplica-
ções – 3 volumes (Ensino Médio).

MÓDULO
MATEMÁTICA

Circunferência, áreas e resolução de triângulos


quaisquer (16 aulas)

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer

SER1_CAD2_MAT_GEOM_MP.indd 1 10/22/14 9:33 AM


AULA 1 Páginas: 4 a 7

MÓDULO Posições relativas entre reta


e circunferência; posições relativas
Circunferência, áreas e resolução entre duas circunferências
de triângulos quaisquer
Objetivos
Apresentar as posições relativas entre reta e circunferência e aplicá-
-las em exercícios.
Plano de aulas sugerido Apresentar as posições relativas entre duas circunferências e aplicá-
Carga semanal de aulas: 2 -las em exercícios.
Número total de aulas do módulo: 16 Estratégias
Conceitue circunferência.
Explique as três posições relativas entre reta e circunferência.
Competências Habilidades Explique as seis posições relativas entre duas circunferências.
c Utilizar o conhecimento c Identificar características de
geométrico para realizar a figuras planas ou espaciais.
Tarefa para casa
leitura e a representação da c Resolver situações-problema Solicite à turma que faça em casa a atividade 1 do “Para praticar”
realidade e agir sobre ela. que envolvam conhecimentos (página 16) e as atividades 1 e 2 do “Para aprimorar” 1 e 2 (página 18).
c Construir noções de geométricos de espaço e forma. Se achar oportuno, corrija as questões no início da próxima aula
grandezas e medidas para c Utilizar conhecimentos juntamente com toda a classe.
a compreensão da realidade geométricos de espaço e forma
e a solução de problemas na seleção de argumentos
AULA 2 Páginas: 7 a 11
do cotidiano. propostos como solução de
problemas cotidianos. Ângulos em uma circunferência
c Identificar relações entre

grandezas e unidades de Objetivos


medida.
c Resolver situações-problema
Apresentar ângulo central e ângulo inscrito e suas propriedades.
que envolvam medidas de Demonstrar propriedades do ângulo inscrito.
grandezas. Aplicar os conceitos de ângulo central e ângulo inscrito em resolu-
c Utilizar a noção de escalas ções de exercícios.
na leitura e representação Abordar ângulo de segmento e sua propriedade.
de situação do cotidiano. Aplicar o conceito de ângulo de segmento em resolução de exer-
c Avaliar o resultado de uma cícios.
medição na construção de
um argumento consistente. Estratégias
c Avaliar proposta de
Conceitue ângulo central e ângulo inscrito.
intervenção na realidade Enuncie a propriedade que relaciona a medida do ângulo central e
utilizando conhecimentos
a medida do ângulo inscrito.
geométricos relacionados a
grandezas e medidas. Conceitue ângulo de segmento e enuncie sua propriedade.

Tarefa para casa


Solicite à turma que faça em casa as atividades 2 a 6 do “Para praticar”
1. CIRCUNFERÊNCIA (páginas 16 e 17) e as atividades 3 a 5 do “Para aprimorar” (página 18).
Se achar oportuno, corrija as questões no início da próxima aula
Objeto do conhecimento juntamente com toda a classe.
Conhecimentos geométricos.
Conhecimentos algébricos/geométricos. AULA 3 Páginas: 11 a 13

Relações métricas na circunferência


Objeto específico
Características das figuras geométricas, planas e espaciais. Objetivos
Comprimentos, áreas e volumes. Ângulos. Posições de retas. Retas. Definir segmento secante e segmento tangente.
Circunferências. Paralelismo e perpendicularidade. Aplicar em exercícios as relações entre duas cordas, entre dois segmen-
tos secantes e entre um segmento secante e um segmento tangente.

2 GUIA DO PROFESSOR

SER1_CAD2_MAT_GEOM_MP.indd 2 10/22/14 9:33 AM


Estratégias
Conceitue segmento secante e segmento tangente. Objeto específico
Enuncie as seguintes propriedades: cruzamento de duas cordas; Características das figuras geométricas, planas e espaciais.
dois segmentos secantes a partir de um mesmo ponto; segmento Grandeza, unidades de medida e escalas. Comprimentos, áreas e
volumes. Ângulos. Circunferências.
secante e segmento tangente a partir de um mesmo ponto.
Tarefa para casa
Solicite à turma que faça em casa as atividades 7 e 8 do “Para prati- AULA 6 Páginas: 19 a 25
car” (páginas 17 e 18) e a atividade 6 do “Para aprimorar” (página 18).
Se achar oportuno, corrija as questões no início da próxima aula
A ideia intuitiva de área; região quadrada
juntamente com toda a classe. unitária; área do quadrado, do retângulo
e do paralelogramo; área do triângulo
AULA 4 Páginas: 14 a 16 Objetivos
Polígonos regulares inscritos Apresentar região quadrada unitária e utilizá-la no cálculo de áreas.
na circunferência Deduzir expressões do cálculo de áreas e aplicá-las.
Mostrar como calcular áreas.
Objetivos
Mostrar como inscrever polígonos na circunferência. Estratégias
Mostrar como calcular a medida do apótema de polígonos e o Mostre a ideia intuitiva de área.
comprimento da circunferência. Conceitue região quadrada unitária.
Deduza as expressões para cálculo das áreas da região quadrada e
Estratégias da região retangular.
Explique os exemplos relacionados a inscrever um quadrado e ins- Faça também a dedução das expressões para o cálculo de áreas da
crever um pentágono regular em uma circunferência. região limitada por um paralelogramo e da região triangular.
Conceitue apótema e mostre um exemplo. Deduza outras expressões da área do triângulo: região triangular
Explique o cálculo do comprimento da circunferência. conhecidos os três lados, região limitada por um triângulo equilátero
e região triangular com o auxílio da trigonometria.
Tarefa para casa
Solicite à turma que faça em casa as atividades 9 e 10 do “Para Tarefa para casa
praticar” (página 18) e a atividade 7 do “Para aprimorar” (página 18). Solicite à turma que faça em casa as atividades 1 e 2 do “Para pra-
Se achar oportuno, corrija as questões no início da próxima aula ticar” (página 33) e a atividade 1 do “Para aprimorar” (página 35).
juntamente com toda a classe. Se achar oportuno, corrija as questões no início da próxima aula
juntamente com toda a classe.
AULA 5 Páginas: 49 a 53
AULA 7 Páginas: 26 a 28
Revisão
Objetivo Área do trapézio e do losango;
área de polígonos regulares
Desenvolver, por meio de exercícios, uma revisão dos conteúdos

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
estudados no capítulo. Objetivos
Estratégias Deduzir expressões para o cálculo de áreas.
Proponha aos alunos que, em duplas, resolvam os exercícios da Mostrar como calcular áreas.
“Revisão” referentes ao conteúdo do capítulo estudado. Identifique Estratégia
os conteúdos em que ainda há dúvidas e resolva os exercícios cor-
Deduza as expressões para o cálculo da área da região limitada
respondentes na lousa. por um trapézio, por um losango, por um hexágono regular e por
um polígono regular.
2. ÁREAS: MEDIDAS DE SUPERFÍCIE Tarefa para casa
MATEMÁTICA

Solicite à turma que faça em casa as atividades 3 e 4 do “Para pra-


Objeto do conhecimento ticar” (páginas 33 e 34) e as atividades 2 e 3 do “Para aprimorar”
Conhecimentos geométricos. (página 35).
Conhecimentos algébricos/geométricos. Se achar oportuno, corrija as questões no início da próxima aula
juntamente com toda a classe.

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 3

SER1_CAD2_MAT_GEOM_MP.indd 3 10/22/14 9:33 AM


AULA 8 Páginas: 29 a 31 3. RESOLUÇÃO DE TRIÂNGULOS QUAISQUER
Área do círculo
Objeto do conhecimento
Objetivos Conhecimentos geométricos.
Deduzir expressões para o cálculo de áreas. Conhecimentos algébricos/geométricos.
Mostrar como calcular áreas. Objeto específico
Estratégias Características das figuras geométricas, planas e espaciais.
Comprimentos, áreas e volumes. Ângulos. Simetrias de figuras
Deduza as expressões para o cálculo da área do círculo e do setor
planas ou espaciais. Congruência e semelhança de triângulos.
circular. Teorema de Tales. Relações métricas nos triângulos. Trigonometria
Peça aos alunos que resolvam o exercício 8 da seção “Para do ângulo agudo.
construir”. Paralelismo e perpendicularidade.

Tarefa para casa


AULA 11 Páginas: 36 e 37
Solicite à turma que faça em casa as atividades 5 e 6 do
“Para praticar” (página 34) e a atividade 4 do “Para aprimorar” Resolução de triângulos retângulos
(página 35).
Objetivo
Se achar oportuno, corrija as questões no início da próxima aula
juntamente com toda a classe. Revisar o conteúdo de resolução de triângulos retângulos resolven-
do problemas e exercícios.
AULA 9 Páginas: 31 a 33 Estratégias
Cálculo aproximado de áreas; Leia com os alunos o texto introdutório sobre aplicações das rela-
razão de semelhança para áreas ções trigonométricas.
Peça aos alunos que resolvam os exercícios da seção “Para construir”.
Objetivos
Tarefa para casa
Mostrar como calcular áreas.
Solicite à turma que faça em casa as atividades 1 a 9 do “Para praticar”
Mostrar como calcular a razão de semelhança para áreas.
(páginas 45 e 46) e as atividades 1 a 3 do “Para aprimorar” (página 47).
Estratégia Se achar oportuno, corrija as questões no início da próxima aula
Explique o cálculo aproximado de áreas e a razão de semelhança juntamente com toda a classe.
para áreas.
AULAS 12 e 13 Páginas: 38 a 41
Tarefa para casa
Solicite à turma que faça em casa as atividades 7 a 10 do “Para
Seno e cosseno de ângulos obtusos;
praticar” (página 34) e as atividades 5 a 8 do “Para aprimorar”
lei dos senos
(página 35). Objetivos
Se achar oportuno, corrija as questões no início da próxima aula Revisar seno e cosseno de ângulos obtusos.
juntamente com toda a classe. Estudar a lei dos senos e aplicá-la na resolução de problemas e
exercícios.
AULA 10 Páginas: 49 a 53
Estratégias
Revisão Explique como obter valores de senos e cossenos de ângulos
Objetivo obtusos.
Introduza a lei dos senos utilizando uma situação-problema.
Desenvolver, por meio de exercícios, uma revisão dos conteúdos
Demonstre a lei dos senos.
estudados no capítulo.
Tarefa para casa
Estratégias
Solicite à turma que faça em casa as atividades 10 a 15 do “Para
Proponha aos alunos que, em duplas, resolvam os exercícios da praticar” (página 46) e as atividades 4 a 6 do “Para aprimorar” (páginas
“Revisão” referentes ao conteúdo do capítulo estudado. Identifique 47 e 48).
os conteúdos em que ainda há dúvidas e resolva os exercícios cor- Se achar oportuno, corrija as questões no início da próxima aula
respondentes na lousa. juntamente com toda a classe.

4 GUIA DO PROFESSOR

SER1_CAD2_MAT_GEOM_MP.indd 4 10/22/14 9:33 AM


AULA 14 Páginas: 41 a 45 REVISÃO E MAIS ENEM
Lei dos cossenos
AULAS 15 e 16 Páginas: 49 a 53 e 55
Objetivo
Estudar a lei dos cossenos e aplicá-la na resolução de problemas e Objetivo
exercícios. Desenvolver, por meio de exercícios, uma revisão dos conteúdos
Estratégias estudados no capítulo.
Introduza a lei dos cossenos utilizando uma situação-problema.
Estratégias
Demonstre os três casos da lei dos cossenos.
Proponha aos alunos que, em duplas, resolvam os exercícios da
Tarefa para casa
“Revisão”. Identifique os conteúdos em que ainda há dúvidas e resolva
Solicite à turma que faça em casa as atividades 16 a 24 do “Para praticar”
(páginas 46 e 47) e as atividades 7 a 11 do “Para aprimorar” (página 48). os exercícios correspondentes na lousa.
Se achar oportuno, corrija as questões no início da próxima aula Trabalhe em aula o texto da seção “Mais Enem” e resolva o exer-
juntamente com toda a classe. cício proposto.

RESPOSTAS

CAPÍTULO 1 – CIRCUNFERÊNCIA 4. A
eD
 são ângulos inscritos de mesmo arco BC
 , sendo m( A
) 5 x
e m( D
 ) 5 y. Se o ângulo central de arco BC
 mede a, então, pelo

PARA PRATICAR – páginas 16 a 18 que foi demonstrado, x 5 a e y 5 a . Daí podemos concluir


2 2
1. x 5 5 cm que x 5 y.
2. x 5 40°; y 5 50° e z 5 100° 5. e.
3. a) x 5 41° e y 5 108° 6. 50 cm
b) x 5 13° e y 5 52° 7. Sendo h a altura do triângulo equilátero, ,3 a medida do lado e a3
4. a) x 5 44° o apótema, temos:

b) x 5 80° ,3 3
h5 e , 3 5 2a3 3
2
c) x 5 115°
5. e. Logo:
6. a) x 5 70°; y 5 100° e z 5 30° 2a3 3 ? 3
h5 ⇒ h 5 3a3 ⇒ a3 5 h
b) x 5 70°; y 5 40° e z 5 30° 2 3
7. a) x 5 5
b) x 5 6 3
PARA REFLETIR – página 8
2a situação:
8. x 5 2 e y 5 33 A A

9. d 5 10 3 cm y ab

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
3 O O
a c d b
10. 6 x
6
B C B C
D
PARA APRIMORAR – página 18
Traçamos o diâmetro AD de modo que a + b 5 y e c + d 5 x.
1. Altura 5 12
Os triângulos ABO e AOC são isósceles, pois têm dois lados de
2. 6 cm e 4 cm mesma medida (raios). Nos triângulos isósceles, os ângulos da
3. AOB
 é um ângulo central de arco correspondente AB
 e medida de
base têm a mesma medida. Daí ABD mede a e ACO  mede b.
180°.  é um ângulo externo ao nAOB ⇒ c 5 2a.
BOD
MATEMÁTICA

 é um ângulo inscrito de mesmo arco correspondente AB


ACB .
 é um ângulo externo ao nAOC ⇒ d 5 2b.
COD
Pelo que foi demonstrado no capítulo, ACB
 mede a metade de
Somando membro a membro, temos:
 ou seja, 180° 5 90°. Se ACB
AOB,  mede 90°, o nACB é retângulo
2 c + d 5 2a + 2b ⇒ c + d 5 2(a + b) ⇒ x 5 2y, como queríamos
em C. demonstrar.

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 5

SER1_CAD2_MAT_GEOM_MP.indd 5 10/22/14 9:33 AM


3a situação: página 24
sen 90° 5 1
D A
O O
z
x b52 2
A C A w x C
y y h

B B
45°
Para demonstrar a propriedade nesse caso, traçamos o diâmetro C B
a56
AD e usamos duas vezes o raciocínio da situação anterior:
sen 45° 5 h ⇒ h5 2 ?2 2 52
z 5 2w e x + z 5 2(y + w)
2 2 2
Substituindo z por 2w na segunda igualdade, temos:
x + 2w 5 2y + 2w A 5 ah 5 12 5 6
2 2
Portanto, x 5 2y, como queríamos demonstrar.
página 28
A 5 5,a
CAPÍTULO 2 – ÁREAS: MEDIDAS
DE SUPERFÍCIE página 32
Sendo a e b os lados de dois quadrados quaisquer,
PARA PRATICAR – páginas 33 e 34
temos: a 5 b 5 1.
1. A 5 25 3 a b
2. a) 10 cm CAPÍTULO 3 – RESOLUÇÃO DE TRIÂNGULOS
2
b) 52 cm QUAISQUER
c) 956 cm2 PARA PRATICAR – páginas 45 a 47
3. e. 1. 12,5 cm
4. A 5 4 3 cm2 2. 3 3 m
5. d.
3. A . 4,8 cm2
6. d.
4. 21,6 m
7. 0,3121 m2
5. x 5 50 3
8. A 5 8π cm2
6. BD 5 6
9. Aproximadamente 7,1 cm do vértice A.
7. h 5 12 3
10. b.
8. x 5 2 3
PARA APRIMORAR – página 35 9. c.
1. b.
10. 2 3 cm
2. A 5 300 3 cm2
11. x 5 100 2
3. d.
12. x 5 2 e y 5 3 21
4. a.
5. A 5 90 cm2 13. x 5 6 3 2 6
6. a) 2,5 km 14. B 5 30° e R 5 4
2
b) A 5 56,25 km 15. Vamos considerar que o lado a é oposto ao ângulo A
 e do mesmo
7. π 5 3 modo os lados b e c são opostos aos ângulos B e C
 respectiva-
8. 1 mente, como na figura a seguir:
2 B
PARA REFLETIR
página 23 c a5 7

p 5 , 1 , 1 , 5 3,
2 2 60°
A C
3, ? 3, 2 , 3, 2 , 3, 2 , 5 b53
A5
2 2 ( 2 )(
2 )( ) Aplicando a lei dos cossenos:
( 7 )2 5 32 + c2 – 2 ? 3 ? c ? cos 60° ⇒
5 3, ? , ? , ? , 5 3 ,2 ? ,2 5 ,2 3
2 2 2 2 4?4 4 ⇒ 7 5 9 + c2 2 6 ? c ? 1 ⇒ c2 2 3 ? c + 2 5 0 ⇒
2
⇒ c 5 1 ou c 5 2

6 GUIA DO PROFESSOR

SER1_CAD2_MAT_GEOM_MP.indd 6 10/22/14 9:33 AM


16. x 5 7 no nCBH:
a2 5 h2 + (CH)2 ⇒ a2 5 h2 + (AH 2 b2) ⇒
17. b.
⇒ a2 5 h2 + (c ? cos A
 2 b)2 ⇒
18. c 5 10
⇒ h2 5 a2 2 (c ? cos A
 2 b)2 ⇒
19. cos α 5 1
9 ⇒ h 5 a 2 (c ? cos2 A
2 2 2  + b2) ⇒
 2 2bc ? cos A
20. a 5 2 17 ⇒ c2 2 c2 ? cos2 A
 5 a2 2 c2 ? cos2 A  2 b2 ⇒
 + 2bc ? cos A
21. c 5 4 ⇒ a2 5 b2 + c2 2 2bc ? cos A
 (lei dos cossenos)
22. 2 37 Usando o triângulo retângulo abaixo:
23. 80 cm2 B
2
24. 20 3 cm
a c
PARA APRIMORAR – páginas 47 e 48 h

1. 30° C A
H
2. CD . 3,9 cm b
Observa-se que, para A  agudo no nABC retângulo em B , a de-
3. x 5 24; y 5 16 3; z 5 8 3
monstração é a mesma já realizada para o triângulo acutângulo.
4. Conhecidos β e γ, é possível determinar
Portanto, vale ainda a relação
α 5 180° 2 (β + γ) e escrever sen α 5 sen (β + γ).
a2 5 b2 + c2 2 2bc ? cos A (lei dos cossenos).
Usando a lei dos senos:
a 5 b 5 c .
sen α sen β sen γ REVISÃO – páginas 49 a 53
Daí temos a1b1c 5 a , ou seja, 1. d.
sen α 1 sen β 1 sen γ sen α
2. a.
2p a
5 ⇒ 3. b.
sen(β 1 γ ) 1 sen β 1 sen γ sen(β 1 γ )
4. a) 60º b) 80 mm c) 75%
2p ? sen(β 1 γ )
⇒ a5 5. c. 6. b.
sen(β 1 γ ) 1 sen β 1 sen γ
(a está calculado em função de 2p, β e γ). 7. d. 8. a.
m ? sen α 9. c. 10. a.
5. BC 5 11. e. 12. b.
sen β
50(sen α 1 sen β ) 13. 5 cm 14. d.
6. x 1 y 5 4
sen(α 1 β ) 15. c. 16. c.
7. Aplicando a lei dos cossenos usando o ângulo oposto ao maior lado: 17. d. 18. e.
112 5 102 + 62 2 2 ? 10 ? 6 ? cos α ⇒ 19. a) N
⇒ 121 5 100 + 36 2 120 ? cos α ⇒
⇒ 120 ? cos α 5 15 ⇒ cos α 5 15 ⇒ cos α 5 1 45°
120 8
d

GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA
Como cos α é positivo, então o ângulo α é agudo e o triângulo é
acutângulo. 60° 45°
A B
8. Triângulo acutângulo. 1200 m
9. m 5 46 b) d 5 600(3 2 3 ) . 780 m
20. e.
10. a.
21. 28 m
11. c.
22. c.
PARA REFLETIR – página 42 23. c.
Usando o triângulo obtusângulo da página 42. 24. AB 5 14 900 2 14 000 cos 36° cm
no nABH:
MATEMÁTICA

25. AB 5 29 m
 5 AH ⇒ AH 5 c ? cos A
cos A 
c 26. e.
 2
c 5 n 1 (AH) ⇒ n 5 c 2 (AH)2
2 2 2 2
27. c.
h2 5 c2 2 (c ? cos A
 )2 5 c2 2 c2 ? cos2 A

28. b.

Circunferência, áreas e resolução de triângulos quaisquer 7

SER1_CAD2_MAT_GEOM_MP.indd 7 10/22/14 9:33 AM


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÁVILA, G. Cálculo 1: funções de uma variável. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1982.
BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher/Edusp, 1974.
COLEÇÃO do professor de Matemática. Rio de Janeiro: SBM, 1993. 14 v.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de Matemática. 12. ed. São Paulo: Ática, 1997.
DAVIS, P. J.; HERSH, R. A experiência matemática. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.
LIMA, E. L. et al. A Matemática do Ensino Médio. Rio de Janeiro: SBM, 1997. (Coleção do Professor de Matemática, v. 1 e 2.)
MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. O. Estatística básica. São Paulo: Atual, 1981.
POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1986.
______. Mathematical Discovery. New York: John Wiley & Sons, 1981. 2 v.
REVISTA do professor de Matemática. São Paulo: SBM, 1982/1998. v. 1 a 36.

ANOTAÇÕES

8 GUIA DO PROFESSOR

SER1_CAD2_MAT_GEOM_MP.indd 8 10/22/14 9:33 AM


O sistema de ensino SER quer conscientizar seus alunos sobre os problemas da
atualidade. Pensando nisso, apresentamos, no Ensino Médio, capas com animais da
fauna brasileira em extinção. Esperamos que as imagens e as informações fornecidas
motivem os estudantes a agir em favor da preservação do meio ambiente.
A onça-pintada (Panthera onca) chama a atenção por seu tamanho e sua imponência. Quando
adulta, seu corpo pode medir 1,85 m mais a cauda (chega a ter aproximadamente 65 cm),
e pesar 150 kg. É encontrada do México ao norte da Argentina, tanto em meio à vegetação
densa como em campos. Essa espécie está na lista de animais em extinção do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Por isso, diversos
programas e projetos trabalham para a sua preservação. Em conjunto, universidades e
institutos de pesquisa estão elaborando o mapa genético da onça-pintada, o que permitirá o
desenvolvimento de estratégias de preservação mais eficazes. O maior felino das Américas
sofre principalmente com a perda de hábitat, decorrente de atividades agropecuárias.

www.ser.com.br 0800 772 0028 PROFESSOR 518906

8_CAPA2_SER_MP_MAT_Geometria.indd 2 10/21/14 3:46 PM

Você também pode gostar