Livro Desenho Arquitetonico
Livro Desenho Arquitetonico
Livro Desenho Arquitetonico
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Gildo A. Montenegro
AR ITETONICO'
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·72.021.2 M777d4. ed. 2Q07'1
r. Montenegro, Gildo A.,
edição, revista e.atualizada
- '0: Desenho arquitetõnico : para eu
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DESENHO
ARQUITETÔNICO
PARA CURSOS TÉCNICOS DE 2? GRAU
E FACULDADES DE ARQUITETURA
4~ EDICÃO,
, REVISTA E ATUALIZADA
EDITORA BWCHER
www.btucher.com.br
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© 2001 Gildo A. Montenegro
EDITORA BLUCHER
Rua Pedroso Alvarenga, 1245 - 4° andar
04531-012 - São Paulo, SP - Brasil
Fax: (11) 3079-2707
TeL: (11) 3078-5366
e-rnail: [email protected]
site: www.blucher.corn.br
ISBN 85-212-0291-1
FICHA CATALOGRÁFICA
Montenegro, Giido A.
M783d Desenho arquitetônico/ Gildo A. Montenegro - 4" edição -- São Paulo: Blucher, 2001.
Bibliografia.
ISBN 85-212-0291-1
I. Desenho arquitetônico
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CoV\te~do
Agradecimentos, 3
Capítulo 1 Introdução, 5
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2 Material e instrumentos de desenho, 7
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3 Como usar os instrumentos de desenho, 15
4 Normas de desenhos técnicos, 27
5 Tipos de desenhos e de papéis, 30
6 Escalas numéricas e gráficas, 33
7 Letras e algarismos. Caligrafia técnica, 37
8 Dimensionamento. Colocação de cotas no desenho, 41
9 Sistemas de representação, 44
10 Representação de um projeto, 50
11 Símbolos gráficos, 63
12 As etapas do desenho, 76
13 Noções de desenho topográfico, 89
14 Detalhes construtivos, 93
15 Circulação vertical, 107
16 Instalações prediais, 123
17 Detalhes de esquadrias, 128
18 Representação em cores, 139
19 Projeto de residência com dois pavimentos, 141
20 Projeto de um edifício de apartamentos, 147 .
21 Arquitetura e computador, 156
22 Museu do Desenho, 158
23 Vocabulário técnico, 164
Sobre o Autor, 167
Na página inicial de cada capítulo o leitor encontra o resumo da matéria tratada. Eventualmente o rodapé será
utilizado para destacar algum ponto do texto.
5
• O Desenho Arquitetõnici feito à mão, é artesanato em plena Era da Tecnologia, mas ...
• Já existem máquinas, ligadas a computadores, que desenham levantamentos topográficos completos, planos
rbanísticos e projetos de Arquitetura, inclusive apresentando cortes, fachadas e perspectivas externas e de
interiores, na posição que for escolhida para o observador ou mostrando o objeto em movimento.
\
• O Desenho Arquitetõnico não é a representação ideal de um projeto. Seu defeito maior é mostrar pedaços de
um projeto que deverá ser visualizado completo em uma imagem mental (síntese).
Tomei por base minha experiência, primeiro como desenhista e mais tarde como professor universitário dessa
matéria, ao redigir e desenhar um curso que obedece à seqüência da aprendizagem, o que nem sempre coincide
com a ordem lógica dos assuntos.
Este livro nasceu de uma edição particular que os alunos chamavam de apostila e que o apoio dos amigos fez
esgotar-se. Atendendo a sugestões, refiz e ampliei o trabalho inicial. O livro é, pois, obra reformulada em edições
sucessivas e foi feito com a intenção de informar e de orientar o futuro desenhista; nada mais. Se a universidade,
em alguns casos, ao longo de 5 anos não consegue formar um Arquiteto, como teria eu a pretensão de fazer um
arquiteto em pouco mais de 100 páginas? Além de absurdo, seria ilegal.
Deixo de apresentar bibliografia pois é impossível citar livros dos quais eu usei uma ou duas frases, guardadas na
memória, sem fichas e sem arquivo. Por outro lado, muitos assuntos não se encontram em qualquer outro livro de
Desenho Arquitetõnico, nacional ou estrangeiro.
o explanar um assunto os autores tendem a colocá-Ia nos cornos da lua e alguns julgam o seu conteúdo o mais
importante de todos. Outros, generosamente, procuram (e)levar sua obra àquelas alturas. Neste sentido, eu sou
ma ovelha negra por dois motivos:
. Meu livro é incompleto. Ora porque eu não sei de tudo, ora porque engrossaria demais o livro. Conversando, um
dia, com uma diretora da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco, ela disse (não uma; duas vezes!)
nre seu trabalho era tão bom que não via como melhorá-Ia (!). Não tenho tamanha pretensão; e este livro é
exatamente o contrário! Está aí para ser melhorado, riscado, corrigido. Com a colaboração do leitor isto ficará
mais fácil de ser realizado.
te ;;; ?
Desenho Arquitetõnico: os dedos fazendo artesanato ou apertando botões do computador? Os pontos fracos do
desenho como representação técnica. As origens e os objetivos deste livro. Por que é necessário conhecer bem
as regras do desenho.
6 Desenho Ay.qut'fefônico
2. O Desenho Arquitetõnico (assunto) tem deficiências e, como Desenho, está longe de ser a representação ideal
de um projeto arquitetõnico.
Não estou sozinho neste ponto de vista; outros arquitetos concordam comigo ou vice-versa. Como é o caso de
Frank Lloyd Wright, o talentoso arquiteto norte-americano que, em sua autobiografia, lembra a existência de
enorme diferença entre arquitetura pensada, imaginada, e arquitetura desenhada. O desenho, digo eu, é chato
(bidimensional), taquigráfico (simbólico), não reflete a escala humana, é estático (não muda seus pontos de
vista), não denota o espaço (sobretudo o interior, nos grandes edifícios), não mostra as cores nem a luz, nem os
cheiros e os sons. O projeto arquitetõnico é a casca seca e miniaturizada de uma fruta; ainda que possa crescer
e ter vida, a~er construído e servir de abrigo às pessoas.
Diz-se que os arquitetos antigos não faziam projetos; embora houvesse um plano preconcebido (esboço e,
algumas vezes, maquete), a idéia amadurecia durante a construção e as eventualidades da obra eram vividas pelo
arquiteto e pelos artesãos.o projeto de hoje, detalhado até os parafusos, é o diagrama de uma montagem e não
passa de um~ idéia imaterial.
Exatamente por possuir tais deficiências, o Desenho Arquitetõnico deve ser dominado até os seus pormenores
mais sutis. O futuro arquiteto terá de conhecer a fundo a gramática (regras) do desenho a fim de se expressar fácil
e rapidamente na linguagem do traço. Para dominar a linguagem simbólica, ele necesssita conhecer sua origem
e pensar criticamente as normas e convenções; somente assim o desenhista poderá optar conscientemente por
esta ou aquela convenção ou norma ou, quebrar, conscientemente, as regras, quando for o caso.
Assim fazendo, o futuro arquiteto evita tropeçar em falhas gráficas que podem custar tempo, dinheiro e abor-
recimentos. Por isto, em alguns escritórios, o arquiteto NUNCA ERRA. Neles, o desenhista é como o mordomo:
sempre leva a culpa.
Com estas palavras, está dado o pontapé inicial para o jogo de aprendizagem em que o leitor é o participante
mais efetivo. Eu fico na margem do campo, depois de tê-to sinalizado e aparado a grama; fico de prontidão, como
o massagista.
Com licença: minha esposa leu apenas este trecho e tenho de explicar-lhe que isto é sentido figurado: "Nada a ver
com as jogadoras. Fique tranqüila ..." E, acrescento: muito menos com eies ...
Recife, 2001
7
Material e -jl"\strvH'Y\el"\tos
de desenho
equipamentos diversos, instrumentos e materiais de
desenho e - o mais importante - gente que saiba
usá-los bem!
No comércio encontram-se pranchetas mais sofisti-
cadas tendo contrapesos e gavetas, abajur de ilu-
minação, e também banco com encosto, que realmente
poupa os rins ... nos intervalos.
Há, ainda, quem prefira chamar de prancheta °
tampo I
(ver figura), reservando o nome de mesa para o apoio I
(pés).
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o tampo ou prancheta serve de apoio para a folha de
desenho. Há quem diga que o tampo em posição vertical
provoca menos cansaço no desenhista; seguramente, I
podemos informar que nos desenhos de formato grande r.1
o escritório
de desenho ou o ateliê de arquitetura pode
na posição vertical, torna-se necessário colocar ao lado
do desenhista uma bancada ou mesa para depositar o «o
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ter uma bonita placa e, lá dentro, deverá contar com material de desenho. ~
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RESUMO:
O escritório de arquitetura e seu equipamento: prancheta, iluminação, régua-tê e régua paralela, régua
graduada, esquadros, iápis, compasso, borracha, transferidor, curva-francesa, tinta nanquim, caneta de estilete.
A bagagem do desenhista.
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o tampo da prancheta deve ser forrado com plástico Se a luz vem da direita, provoca sombra da mão e
fosco, não do tipo com brilho, de cor verde (ou creme) dos esquadros, escurecendo o campo de trabalho e
em tonalidade clara. O plástico branco fosco pode prejudicando a visibilidade. Se a luz estiver colocada
ser usado, embora apresente o inconveniente de em nossa frente, reflete-se no papel diretamente para
sujar-se com facilidade. O plástico deve ser aplicado a nossa vista, provocando em pouco tempo o cansaço
bem estirado, sem deixar bolhas ou ondas, sendo visual. Portanto ...
grampeado na face inferior do tampo e nunca em
suas bordas laterais ou na face superior.
Para trabalhos prolongados a lâmpada indicada é a
de tipo/marca "Solar", incandescente e de vidro
azulado. Na lâmpada incandescente comum pre-
dominam as radiações infravermelhas, uma das causas
do cansaço visual. A lâmpada fluorescente comum,
Alguém já sugeriu que o tampo da prancheta fosse feito apesar de seus últimos aperfeiçoamentos, não é
de material translúcido: vidro fosco ou acrílico leitoso. recomendada para trabalhos onde se exigem acuidade
Vantagem: a iluminação - ou parte dela - seria feita visual e atividade prolongada. Da mesma forma, a
por baixo, sem criar sombras sobre o desenho. lâmpada do tipo "Solar" tem defeito: emite mais calor
Enquanto esta prancheta não é fabricada, vejamos do que as lâmpadas comuns, apresentando-se, assim,
alguma coisa sobre a ... com menor rendimento luminoso do que estas.
Régua-lê Régua paralela
fies de Jl.áiLo"r
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A ~.S'ác regttJ:U' CO*<
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~ tra.l<S parud.ês.
Coutpr~ 980/1.20
A régua-tê serve, principalmente, para traçar linhas Uma boa régua graduada será, de preferência, opaca.
paralelas horizontais. Assim, a própria régua encobre traços do desenho,
A régua-tê, ou simplesmente o tê, é também usada deixando à mostra apenas aqueles que se deseja medir.
como apoio dos esquadros no traçado de verticais e de Desaconselhamos, pois, a régua transparente. A gra-
oblíquas. É o que mostram as figuras da página 20. duação em meios milímetros causa dificuldades de
Ao comprar uma régua-tê de cabeça móvel, verifique leitura e, também, o mau hábito de riscar a régua com
se a parte móvel pode ser retirada. Em geral, traba- o lápis, provocando sujeira ou estragos. A graduação
lhamos quase exclusivamente com a cabeça fixa e em polegadas poderá ser usada para leitura de
poderemos, portanto, retirar a peça móvel de modo a desenhos feitos no sistema inglês de medidas, em
tornar a régua mais leve e cômoda. desuso.
A escala ou escalímetro revela-se uma faca de dois
gumes: facilita a medição de desenhos em escalas dife-
o substituto mais moderno da régua-tê é a régua rentes, mas exige grande atenção para que se utilize
deslizante presa por fios paralelos nas bordas superior apenas a graduação correta. Por outro lado, vicia o
e inferior do tampo. Apresenta o inconveniente de não desenhista, que acaba por perder o hábito de passar
permitir a coiocação de objetos sobre a prancheta, pois as medidas ou cotas de uma escala para outra. Acre-
eles poderiam tocar num dos fios de náilon ou na régua ditamos que, na maioria dos casos, o escalímetro é
tirando o paralelismo dos traços. instrumento perfeitamente dispensável.
Régua graduada
Triplo ~o C<71M.
r;f'r:uíaaçezõ ei« ~
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DeseV\ho AV'CjlAitetôV\ico
tampo da prancheta deve ser forrado com plástico Se a luz vem da direita, provoca sombra da mão e
fosco, não do tipo com brilho, de cor verde (ou creme) dos esquadros, escurecendo o campo de trabalho e
em tonalidade clara. O plástico branco fosco pode prejudicando a visibilidade. Se a luz estiver colocada'
ser usado, embora apresente o inconveniente de em nossa frente, reflete-se no papel diretamente para
sujar-se com facilidade. O plástico deve ser aplicado a nossa vista, provocando em pouco tempo o cansaço
bem estirado, sem deixar bolhas ou ondas, sendo visual. Portanto ...
grampeado na face inferior do tampo e nunca em
suas bordas laterais ou na face superior.
Para trabalhos prolongados a lâmpada indicada é a
de tipo/marca "Solar", incandescente e de vidro
azu!ado. Na lâmpada incandescente comum pre-
dominam as radiações infravermelhas, uma das causas
do cansaço visual. A lâmpada fluorescente comum,
Alguém já sugeriu que o tampo da prancheta fosse feito apesar de seus últimos aperfeiçoamentos, não é
de material translúcido: vidro fosco ou acrílico leitoso. recomendada para trabalhos onde se exigem acuidade
Vantagem: a iluminação - ou parte dela - seria feita visual e atividade prolongada. Da mesma forma, a
por baixo, sem criar sombras sobre o desenho. lâmpada do tipo "Solar" tem defeito: emite mais calor
Enquanto esta prancheta não é fabricada, vejamos do que as lâmpadas comuns, apresentando-se, assim,
alguma coisa sobre a ... com menor rendimento luminoso do que estas.
·lllM'Iinação
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Régua paralela
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A régua-tê serve, principalmente, para traçar linhas Uma boa régua graduada será, de preferência, opaca.
paralelas horizontais. Assim, a própria régua encobre traços do desenho,
A régua-tê, ou simplesmente o tê, é também usada deixando à mostra apenas aqueles que se deseja medir.
como apoio dos esquadros no traçado de verticais e de Desaconselhamos, pois, a régua transparente. A gra-
oblíquas. É o que mostram as figuras da página 20. duação em meios milímetros causa dificuldades de
Ao comprar uma régua-tê de cabeça móvel, verifique leitura e, também, o mau hábito de riscar a régua com
se a parte móvel pode ser retirada. Em geral, traba- o lápis, provocando sujeira ou estragos. A graduação
lhamos quase exclusivamente com a cabeça fixa e em polegadas poderá ser usada para leitura de
poderemos, portanto, retirar a peça móvel de modo a desenhos feitos no sistema inglês de medidas, em
tornar a régua mais leve e cômoda. desuso.
A escala ou escalímetro revela-se uma faca de dois
gumes: facilita a medição de desenhos em escalas dife-
o substituto mais moderno da régua-tê é a régua rentes, mas exige grande atenção para que se utilize
deslizante presa por fios paralelos nas bordas superior apenas a graduação correta. Por outro lado, vicia o
e inferior do tampo. Apresenta o inconveniente de não desenhista, que acaba por perder o hábito de passar
permitir a colocação de objetos sobre a prancheta, pois as medidas ou cotas de uma escala para outra. Acre-
eles poderiam tocar num dos fios de náilon ou na régua ditamos que, na maioria dos casos, o escalímetro é
tirando o paralelismo dos traços. instrumento perfeitamente dispensável.
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Em geral encontramos variação nos produtos de fabri- ele não possui articulações a agulha e o lápis encontram [i
cantes diferentes. Assim, um grafite tipo B poderá estar o papel em direções oblíquas: ao ser traçada a circun- li
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muito próximo do HB de outro fabricante e ambos se ferência, o pequeno furo do centro vai se alargando. i
assemelharem ao lápis comum de número 1 ou 2. Os 'I
Isto não acontece se a agulha ou ponta seca fura o
números 1, 2 e 3 correspondem à graduação do lápis papel perpendicularmente, como se vê nas figuras.
comum ou escolar, de dureza bem mais variável que a
I
Portanto, a ausência de articulação caracteriza o
dos lápis técnicos; por este motivo os lápis comuns compasso de qualidade inferior. .
não devem ser usados em trabalhos profissionais. Outros tipos de compasso: ver Museu do Desenho no
O compasso serve para traçar circunferências. Quando Capítulo 22.
••
Graduação Macio Médio Duro Duríssimo
dos
grafites 6B-4B-2B-B HB F-H-2H 3H ... 9H·
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Não pode Ver Uso Não é
Para que ser usado observações normal em usado
serve em desenhos na desenhos sobre
técnicos página 13 técnicos papel
o e-aeasor ~ o raio.
OBSERVAÇÃO:
Veja no Museu do desenho, no Capítulo 22: outros tipos de compassos, tinteiros de nanquim, tira-linhas, caneta
Grafos, etc. .
12
Borracha
~- Curva-francesa
"
A borracha é um material fantástico, quero dizer: As curvas-francesas são fabricadas em plástico trans-
aparentado aos fantasmas. Desaparece com a maior parente e encontram-se à venda em diversos tamanhos
facilidade e surge nos lugares mais imprevistos: e modelos. A curva universal ou régua flexível é
debaixo do papel, na prancheta vizinha e até mesmo encontrada em vários tipos: ver Museu do Desenho no
na casa do colega ... Noutros países o material é Capítulo 22.
chamado de apagador ou raspador e atualmente ele
é fabricado em plástico, fibra de vidro e até de
borracha.
Peça. ae ~ aa:
CCU/.AZta ao cetccoaseo:
oraçaaeo-a:
/~)
/;(
/
~ 3.;.almente a mais usada. A caneta de estilete é O instrumental de desenho mais completo nada
ontável e se presta bem para o desenho à mão representa se não estiver nas mãos de um desenhista
e onde seja dispensável a variação de espessura dono de conhecimentos técnicos e disposto a praticar
"
até ao ponto ótimo.
14 Desef'tho .AI""qlAitetôf'tico
o estudo da Geometria não cabe neste livro. Apresen- Em continuação vamos admitir que o leitor tenha no-
tamos aqui uma lista dos conhecimentos que um bom ções dos itens 1 a 6. Porém, mais importante do que
profissional de desenho deve possuir. isto, é a capacidade de utilizar bem a sua bagagem de
conhecimentos (ver figura abaixo), de experiência e,
De Geometria Bidimensional: sobretudo, manter a disposição para aprender.
1 - Ângulo e bissetriz. Retas paralelas,
perpendiculares e oblíquas.
2 - Triângulos e quadriláteros: construção, linhas
principais, classific~o.
3 - Circunferências e tangentes. Concordância.
4- Áreas e superfícies.
5 - Sólidos geométricos e volumes.
Isto é o mínimo!
15
C,oVV\o V\sC\~ os
i V\strLAVV\entos de desel'lh6
ES'ta. e' ct
aos içci:o c.orret:a... /
Muita gente acha que é difícil ser um bom desenhista. Não pense que os pequenos detalhes -que virão em
De fato, uma parte dos que começam um curso de seguida - sejam coisas tolas e dispensáveis. Todos
desenho desiste por julgar que "não dá para a coisa". nós encontramos chutadores de bola, às pencas, em
Vamos deixar bem claro que se o desenhista espera qualquer lugar.
fazer-se da noite para o dia, como com um bilhete
premiado de loteria, está muito enganado. Um de-
senhista se faz com doses elevadas de três coisas: No entanto, Pelé só existe um. Leia, grave e aplique
persistência, treinamento e observação. As duas primei- todas as recomendações para ser um bom desenhista,
ras dependem quase exclusivamente de cada um. A fazendo trabalhos rápidos e da melhor qualidade.
observação, aliada a uma boa memória visual, é tão
importante para o desenhista como uma orientação
segura. É isto que você vai encontrar neste livro.
RESUMO:
e iMtb1'B-
-
Ter bons instrumentos é meio caminho andado, mas é preciso utilizá-Ias bem. A colocação do papel, o uso
correto das réguas, do lápis, dos esquadros, do compasso, tudo influi. E (é claro! ...) a iluminação. Prepare o
ambiente e sente-se corretamente para se sentir bem. Se você cometeu um erro nem tudo está perdido: veja
como; mas evite repeti-Ia. O supercomputador EDO e alguns exercícios.
U8~Õ~
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::;;:::n,r...J;a. côiccc:c; :
NUA-U:a
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CE SABE SEGURAR
'.' O LA P I S ?
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-(-- o I RE ç A-O
00 TRIlÇO
4 o
uso de grafite macio leva ao desgaste rápido de sua
oonta cônica, que será repetidamente lixada e, o que é
muito pior, suja os instrumentos (atrito) e logo depois
os dedos e o papel. Um desenho sujo é a pior reco-
mendação para o desenhista. Não há motivo para usar
grafite B em desenho técnico!
-:üi esenhar sobre papel-manteiga (ver Capítulo 5) Para desenhar sobre papel vegetal ou papel censon e
grafite F ou H. Pode-se tolerar o uso do HB similares, usar grafites mais duros como o H ou 2H.
e e para o desenho de letras e também quando O grafite de 0,5 mm de diâmetro faz traços de espes-
se csa o grafite de 0,5 mm de diâmetro. sura quase uniforme.
e girá-to eazce os
cie.d<7s (trai- - e - oes«],
•
Asei«« a. pauta 9fW ta-se por
igUA.-I.. e o tra..ç.o e' t.ud.for~.
Nos ka..prs ~os, a. e.s-pe.r::s:u.ra.
fica-rá tftUcdvet '\.
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~-2
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..;J~_~""'"::...-:
TODOS
PONTA
ELES
CÔNICA
AGORA ENCHA O
ESPAÇO EMTft E AS !""RALE lU
COM VÁRIOS TRAÇOS FINOS.
(J:~~:SO SE:,p
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18
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e' ~a.da. coi« a ta-ao eS'~da..
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-,- .. _...•. -.~-••..•.._~---~.-
_.:....--..~------~--_.~--- ._' . - ---- --'-
Quando se usa a cabeça móvel do tê deve-se ter o
cuidado de - depois de apertar o parafuso de fixação
- movimentar a régua-tê e depois retornar para a reta
que serviu de diretriz a fim de verificar se a nova direção
é realmente paralela ou se houve desvio.
+
a
a ±b ,
a± b+ C
t
+
CI
t
+
b c , o aLrito (}I,t..eUua
Q borda áa regaa..
PROCESSO CERTO:
A RÉGUA FIXA!
ESQUADROS
1- TRAÇADO
A PAL MA
DE PARALELAS _//{I
DA MÃO F J X A _ __
f- J ~_/Cll'
__•
<----\jj; ,
--_J
I
/I
2- TRAÇADO DE PE RPENOICULARIES ~
~ ROr:.çAO EM TOP.HO
V-- . 00 AHGULO RETO_
.•
r ~ r+- DESVIO
A verificação do ângulo reto de um esquadro é feita
'" SQ UADRO
t. ,~
apoiando um cateto sobre o tê e traçando o cateto
COM DEFEITO
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r " \\
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\
que ficou na vertical; inverte-se, agora, o esquadro
de modo que o vértice que estava à direita passe para
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r \ a esquerda e risca-se por cima do primeiro traço. O
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esquadro é de precisão se os dois traços se confundem.
IMPORTANTE:
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PROVIDENCIE ~~ Q. MAis a4! 30 ~tros
80A ILUMINAÇÃO! de~~~Se~
pàe o- ~ ~ aá.. ~-
cAe.ta.. ~ FO.eç:4NDO 4 Y;ST4.í
E VEJA
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BA LA NÇ O
CORCUNOA
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FORA DA
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ESCORADO
CORPO COM 1 PE
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APOIADO
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LIGEIRA
NOS ANTEBRAÇOS
INCLINAÇÃO
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Ajuste o ra-io do
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a.sa"udo asea. S'Ó U(.CÚ).
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próJd..llw ae sea: corpo.
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a d.r~é«..da. teo
setdia:..o dos ~s
ao retó9io.
A figura desta página, no alto à esquerda, mostra de Para usar o extensor, as instruções são as mesmas
que maneira o compasso tem seu raio ajustado por dadas acima, exceto a maneira de segurar o compasso:
meio dos dedos indicador, médio e anular da mão a mão esquerda mantém a ponta seca no centro da
direita. Da esquerda, para canhotos. Para o traçado circunferência e a mão direita movimenta a outra
de arcos usa-se o polegar e o indicador, como mostra extremidade do compasso que tem a caneta ou o tira-
a seqüência de figuras ao lado. A finalidade da linhas.
articulação no compasso foi explicada na página 11.
;"Jcn;!R s-er
o-r-oooca-c/c- por
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ap-o-iado_
Antes de apresentar uma série de exercícios para de- Trata-se da Gráfica Computacional, tradução mais cor-
senvolver a habilidade manual e a visão do desenhista reta e mais adequada que a designação vulgar de com-
na utilização dos tradicionais instrumentos de dese- putador gráfico. Não existe ainda computador gráfico,
nho,vamos falar de um outro objeto. O leitor deve ter pois todos eles são analíticos. Assim, Gráfica Compu-
percebido na frase anterior o destaque da palavra tacional significa que os traços são feitos com apoio e
tradicionais, pois existe uma aparelhagem mais recente orientação do computador.
que substitui e engloba todos eles.
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o Milhões de máquina (?) ::::) ~
anos de mais :...Ji
aperfeiçoamento admirável :~~J.;
o Dispensa e complexa Eõ:
tomada, fios, até hoje
transformador conhecida
e pilhas ... GO~? ..
0No break:
sempre
disponível Manual Direitõ
o Sem fusíveis de usos: Intuitivo
0Tem cem vem aí Emotivo
bilhões a um livro Imagens
um trilhão
de neurônlos
o Gera até
10800 idéias
26
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TRAÇADO DE TANGENTES
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27
Normas de deseV\hos
técnicos
o Desenho Técnico não pode sujeitar-se aos gostos
e caprichos de cada desenhista, pois será utilizado por
profissionais diversos para chegar à fabricação de um
objeto específico: máquina, cadeira ou casa.
As normas técnicas francesas têm as iniciais NF; as No desenho arquitetônico o traço grosso é feito com
alemãs são as DIN (Deutsche Industrie Normen ou 0,6 ou 0,8 mm na escala de I: 50 e 0,5 ou 0.6 mm na
Normas da Indústria Alemã). As nossas são as NBR- escala de 1:100.
Normas Brasileiras Registradas; o número identifica uma Este assunto é complementado nos capítulos 10 e
norma específica. Trata-se, então, de norma discutida 11.
e aprovada. Nossas normas não têm força de lei; contu-
do, devem ser adotadas por escritórios particulares, por
firmas e por repartições, pois são baseadas em pes-
quisas e são racionais, tendo por objetivo a unificação
e a ordem.
·iIwisioeis -# Cu r to ----"----------- _
. de ----+ Troco e
e.i..w po ri to
.*iA ot'Ai
RESUMO:
Para que servem as normas. Normas brasileiras e estrangeiras. Tipos de linhas. Formatos de papel e dobramento
de cópias.
Jese.nho A,...qui+e+ônico
€~dopapel
(NBP 10068)
(;>'0 ~ AO E
(Li-J'e A ~) ~ E
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FORMATO AO . ESCALA 1:30
AI A2
~ do tfcr~ AO.'
kn:ics- os f.:rr~ ~
~~er~ A3 A4
aa ~'~ occ da.
~ oo-r 2. I IAS
o formato A 1 tem 0,50 m2 (1/2 metro quadrado) e 2 -- Os formatos-padrões devem levar em consideração
corresponde à divisão do formato AO em duas partes; as dimensões dos papéis (rolos e folhas) vendidos
o formato A2 tem 0,25 m2 (1/4 de metro quadrado) e no comércio.
origina-se da divisão do formato Ai em duas partes,
A escolha do formato do papel não pode ficar a critério 3 -- As cópias são pagas em função da superfície em
de cada um. Deve-se considerar: metro quadrado de papei. É, pois, vantajoso que os
formatos tenham 1 m2,1/2 'm2, 1/4 m2, ete.
1 -- Um desenho feito num determinado tamanho e O desenhista deve procurar fazer todas as pranchas
reduzido por processo fotográfico à metade de seu de um projeto com um formato único, isto é, com as
tamanho original terá sua escala igualmente reduzida mesmas dimensões. Quando isto não for possível,
à metade. Isto significa que cada formato deve ter a procurar-se-a, pelo menos, ajustar as pranchas em dois
metade das dimensões do anterior, havendo múltiplos formatos. A experiência ajudará muito na escolha do
e submúltiplos. formato ideal.
Referência X Y a
-, rr======;::::::=tr
2ÀO 1189 1682 15
1
AO 841 1189 iO 25
Ai 594 841 10
A2
A3
420
297
594
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7
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A4 210 297 7
A5 148 210 5 J
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DOBRAMENTO A2
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A3 2 I
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594x 841
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Os desenhos originais são guardados em rolos ou
abertos; se forem dobrados deixam manchas nas
cópias e podem rasgar-se. Assim, somente as cópias
são dobradas. A NBR 6492 mostra uma seqüência
de dobramento que aqui aparece com mais detalhes.
As figuras a seguir mostram o dobramento praticado
nos desenhos que levam seu título no canto inferior
direito. Do menor ao maior:
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• LEGENDA
'~2foI12~1I9l 185)(41 f
~2-' 6
:0
-
Tipos de dese~hos
e de papéis
--------------------
o começo de um projeto. Projeto ou planta? Onde fica
a Criatividade? As àpas de um projeto. Tipos de papel.
é
COMO NASCE O PROJETO? Existem dezenas de perguntas deste tipo para serem
Quando alguém pretende construir uma escola, um respondidas quando o arquiteto começa a esboçar o
hospital ou uma casa surge a necessidade de fazer o projeto. E todas as respostas devem ser justificadas
projeto. Sem projeto não há possibijidade de ser ou 'sentidas'; por que é assim e não assado? Aquilo de
determinado o custo da construção, a quantidade de abrir um livro de projetos ou uma revista e dizer que
tijolos, de telhas, de azulejos, de cimento, etc., nem o deseja "uma casa igual a esta" é falta de imaginação,
tempo que deverá durar a construção. no mínimo. Isto nada tem a ver com projeto e com
Arquitetura. Arquitetura é, antes de tudo, criação. (*)
O resultado de copiar ou plagiar o que se publica ou
aquilo que já existe pode ser uma coleção de plantas,
Devemos esclarecer a diferença entre projeto e planta.
mas nunca um projeto!
A planta ou as plantas são os desenhos, rolos de papéis
ou os disquetes onde está representado aquilo que se
deseja construir, que é o projeto.
Portanto, o projeto é uma idéia, é o resultado da
imaginação criadora, ao escolher entre centenas de
fatores aqueles que devem prevalecer. A habilidade
Em resumo: fazer uma planta está ao alcance de
e o conhecimento serão as bases para equilibrar a
qualquer pessoa, de qualquer profissão. Elaborar um
Arte e as Ciências Técnicas no projeto.
projeto é uma coisa mais- séria e o arquiteto - ainda
que tenha muita experiência e capacidade - precisa
parar, pesquisar, pensar, imaginar, riscar, discutir e
Se o cliente é uma pessoa aberta, sociável, acostumada
tornar a riscar. Duas, três, dez, vinte vezes. Ou não
a receber amigos, a casa será completamente diferente
se trata de um Arquiteto.
daquela onde o proprietário é um estudioso, retraído,
que gosta de ouvir música sozinho; ela será ciara, aberta
para o terreno amplo ao seu redor, de cores vivas ou
será discreta, dando para um pátio interno? Será rodeada
de terraços ou terá grandes vidraças para proteger do (*) Eu gostaria que alguém explicasse por que, nos
clima externo? Ficará no meio do lote ou será encostada cursos de Arquitetura, não se estuda a Criatividade.
num dos lados? A sala se prolonga pelos terraços e É óbvio que todos somos criativos! Mas isto não é
jardins? A cozinha ficará melhor na frente ou lá atrás? desculpa para não desenvolver ainda mais a Criatividade,
Os quartos ficarão voltados para os fundos ou ou para como se vê em nosso livro sobre A Invenção do Projeto.
a rua? A sala terá a mesma altura da cozinha? Fecha o parêntesis.
RESUMO:
A origem de um projeto e para que ele serve. Diferença entre projeto e planta. Um projeto para cada caso. As
etapas de um projeto. Tipos de papel.
Tipos de desenhos e de pClpéis 31
f? OS tipos de
desenho
1 - Os estudos preliminares
Cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende disponíveis. Em geral é feito sobre papel opaco de
alcançar com sua construção, fornecer um programa marcas como Piraí, Canson, Fabriano, Ingres, Schoeller
ou lista de necessidades, fixar quanto poderá gastar e similares. Pode-se optar por apresentar o anteprojeto
e em quanto tempo. No diálogo entre o arquiteto e o sob forma de disquete, englobando tudo o que o
cliente vão surgindo problemas e soluções. Ao mesmo computador oferece. Depois de discutido o antepro-
tempo, o arquiteto estará fazendo suas pesquisas e jeto, fazem-se as pazes, logo que possível, e vem a
anotações de modo a orientar suas primeiras 'boi ações' terceira fase.
ou idéias. Pouco a pouco o projeto vai tomando forma
em esboços que se sucedem e em novas discussões 3-0 PROJETO
e esboços. A tal ponto que pode ocorrer o fato de um
esboço já descartado, poucos dias depois, não mais O projeto ou plano geral ou projeto definitivo é dese-
ser entendido ou 'interpretado' pelo próprio arquiteto que nhado com instrumento, na prancheta, ou digitado no
o riscou. Esta é uma das razões por que os esboços computador para posterior impressão. O projeto
são 'passados a limpo' (revisados). normalmente é submetido à aprovação de entidades
públicas e servirá de orientação para orçamentos e
para a construção. A representação do projeto é o
Alguns arquitetos mais desligados desenham nos assunto principal deste livro.
forros de prancheta, nas mesas de bar, em caixas de
fósforo, nas margens de jornais, nos guardanapos de 4 - OS DETALHES E PROJETOS
papel e nos similares da outra extremidade. COMPLEMENTARES
A idéia do projeto arquitetônico passa por muitos
estudos até que chega à sua primeira representação O projeto completo ou projeto executivo deve ser
gráfica, que é também um esboço. E recebe vários acompanhado de detalhes construtivos (portas, jane-
outros nomes: croqui, croquis, borrão, estudo preliminar, las, balcões, armários e outros) e de especificações
rascunho, etc. de materiais e de acabamentos (pisos, paredes, for-
Os esboços, em geral, são feitos em 'papel-manteiga'. ros, peças sanitárias, coberta, ferragens, etc.). Com
estes dados preparam-se o orçamento, o cronograma
2 - O ANTEPROJETO de obras, os projetos de instalações (elétrica, telefô-
nica, hidro-sanitária,etc.), o projeto estrutural e o mais
O esboço é 'passado a limpo' - como se diz - e daí que vier a ser necessário.
surge o anteprojeto. (Atenção: a turma que esqueceu
a alfabetização anda escrevendo 'ante-projeto'!) Que vem Todos estes projetos são representados em desenhos
a ser a SEGUNDA representação gráfica do projeto. chamados 'originais' que chegam à obra sob forma
Anteprojeto é um desenho feito à mão livre ou com de 'cópias'. Elas são feitas em papel heliográfico, em
instrumento; é desenho de apresentação para aprecia- copiadoras a seco (tipo xerox) ou na impressora do
ção pelo cliente e, por isto, repleto de cores, com computador (plottet). A cópia heliográfica pode ser na
perspectivas internas e externas e outros recursos cor azul, preta ou marrom.
32
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paStãs.
Os desenhos originais são guardados em tubos ou Assim, para a mapoteca vertical, a posição indicada
em mapotecas, enquanto que as cópias são dobradas é o canto superior direito da folha ou prancha de
e colocadas em pastas. desenho, pois trata-se do local mais acessível à vista
Quando não há padronização pelos órgãos públicos ao ser aberto o móvel. Quando se utiliza a mapoteca
(em geral, a Prefeitura Municipal) o tipo de armário de gavetas, o carimbo será colocado no ângulo inferior
para arquivamento definirá o loca! para colocação do direito.
chamado 'carimbo', que vem a ser o título e a As dimensões e os dizeres do carimbo serão indicados
discriminação do conteúdo da folha de desenho. no Capítulo 12, item G.
TIPOS DE PAPEL
Papel opaco - branco ou em cores. Por não serem Papel vegetal - É semitransparente, semelhante ao
transparentes, estes papéis são mais utilizados para papel-manteiga, sendo mais espesso; seu peso varia
os desenhos coloridos. Em geral o anteprojeto é feito de 50 a 120 g/1112,sendo o mais usado o de 90 g/m2•
neste tipo de papel para valorizar as cores e a Serve para desenhos a lápis com grafite duro (F, H ou
apresentação. As marcas e tipos mais comuns foram 2H) ou com nanquim. Aceita o hidrocor mas não a
mencionadas na página anterior; podemos acrescentar aquarela ou o guache. Não deve ser dobrado pois
o chamado 'papel madeira', o tipo gesso ou cartão ou deixa manchas nas cópias e acaba por rasgar-se. É
'guache' e outros que se encontram disponíveis nas o mais indicado para o desenho de projetos por sua
lojas e papelarias, em mostruários e estoques. resistência ao tempo e por permitir raspagens e
As dimensões variam: para uns, 50 x 70 em; para correções. É vendido em rolos de 20 metros com
outros, 1,00 x 0,70 m. Ambos com variação, para largura de 1,10 m ou 1,57 m e, também, nos formatos
menos, em torno de 4 em. recomendados pela ABNT, tendo as margens já
impressas.
Papel-manteiga - É um papel vegetal (ver adiante)
mais fino, semitransparente e fosco. O tipo brilhante,
usado para embrulhar manteiga e frios em geral, é Papel helloqráfico -- É encontrado nas cores azul ou
totalmente inadequado para desenho. O papel- preta, mais raramente na cor marrom. Uma de suas
manteiga é utilizado para esboços, estudos e faces é tratada por processo químico que a torna
detalhes; aceita bem o nanquim, o lápis HB até F, o sensível à luz, reagindo em presença do amoníaco.
hidrocor e não se presta para aquarela, aguada e Esta reação se faz em máquinas copiadoras e acaba
guache. Por se tratar de papel fino, não permite por revelar (fixar) os traços do original. Somente
correções no desenho feito a nanquim, salvo raras desenhos feitos em papel-manteiga ou vegetal podem
exceções. É vendido em folhas de 1,00 x 0,70 m ou ser copiados por este processo. Existem diversos tipos
em rolos de 20 metros com largura de 1,00 m. Seu de 'papel' (base) heliográfico: o legítimo papel, o
metro quadrado.
°
peso (gramatura) fica na faixa de í a 45 gramas por aluminizado e o poliéster, sendo que o papel tem
variações do mais fino ao mais espesso.
No exercício do Capítulo 3 aparecem uma lâmpada e
um tinteiro representados com suas medidas reais,
isto é, em sua verdadeira grandeza. Contudo, muitos
objetos não podem ser desenhados em suas medidas
reais; você já pensou em desenhar um automóvel em
seu tamanho verdadeiro? Certamente você teria de
colar muitas folhas de papel e... desenharia onde? Sobre
o chão? Ou colaria sobre uma parede? E se fosse um
destes gigantescos prédios de apartamentos da gloriosa
civilização industrial?
NO OBJETO ( RE AL)
ESUMO:
O e é escala? Para que serve? Tipos de escala: numérica, gráfica, simples e escala de transversais.
=xercícios práticos.
34 DeseV\ho A "'1IA itetôV\ ico
1m 0.5m o 1m 2m
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- Desenho ;Àt"CjV\itetônico
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,éio~ 1) Uma rua está desenhada com 12 milímetros de largura e mede 24 metros.
Qual é a escala do desenho?
2) Num projeto desenhado em escala de 1:50 a altura de um pr édio mede 18 em.
Qual é a verdadeira grandeza desta altura?
~,)I 3) Uma sala mede 6,20 x 3,80 m. Num desenho feito na esc ala de 1:50 quais
serão as medidas da sala (em centímetros)?
4) Um objeto foi desenhado no formato A2 e em escala de 1:25.
seguida, reduzido fotograficamente
desenho é, em
para o formato A4. Q ual é a escala de
o
redução destes formatos? Qual a nova escala do des enho? Qual é o
comprimento em centímetros, na redução, de uma aresta d o objeto que mede
4,20 m em sua verdadeira grandeza?
4-.
O 5) Construir a escala de transversais para o título de 1:25 e nela indicar os
o comprimentos gráficos correspondentes a 2,93 m, 1,32 m e 0,45 m.
2.93m
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I I 0.45m N
0.05
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I 1.38m
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AI
1.
A2 Respostas
1) Medida no desenho: D = 12 mm
.. Medida real: R = 24 m = 24.000 mm
A3 Portanto: D 12 1
R 24 .000 2.000
Resposta: escala de 1:2.000.
2) 9 m.
3) Sala de 12,4 x 7,6 em.
A4 A4
4) Redução de 1:2 nas medid as (formatos), por-
tanto 1:4 nas áreas; escala d e 1:50; comprimen-
to 8,4 em.
Respostas 5, 6 e 7: ver des enhos.
~'!..''::''''''''''''C''''_"",--..j....••••.•.
_~·. __ J ~_ •• __ .~ _ •• ~_. -- - - -
I.'
I
3
Letras e algarismos )
Caligrafia técf!\ica
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oCr-
02
O
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"':I~.::c:
f.--
[.J~
LETRAS E ALGARISMOS
PODEM SER DO TIPO
FANTASIA
USADAS EM PUBLICIDADE,
EMBALAGENS, LOGOTlPOS, e rc.
ou do tipoTÉCNICO, também
chamado tipo bastão, utilizado
tradicionalmente no Desenho
Técnico.
RESUMO
Desenho Técnico também exige boa apresentação e não dispensa a companhia de letras e de algarismos.
orrnógrafo e caligrafia técnica feita sem instrumentos. Tipos de caligrafia.
38 Desenho Af"Cjuitetônico
,
E O TIPO MAIS CARO
E O DE MELHORES
RESU L TADOS
Pode parecer estranho, contudo, as normas brasileiras Voltemos às normas para projetos de arquitetura ou
de Desenho Arquitetônico não são compatíveis com NBR 6492. Para o desenho MANUAL de letras e de
as de Desenho Técnico, em alguns pontos. Além disto, algarismos ...
a NBR 8402 (Caracteres para escrita em Desenho 1) a caligrafia inclinada não é recomendada;
Técnico) apresenta duas formas A e B de caligrafia, 2) a altura mínima é de ~ milímetros;
mostradas adiante, que não se encontram ainda nos 3) o espaçamento entre linhas deve ser igualou superior
normógrafos comercializados. a3mm;
4) a norma apresenta como exemplo uma caligrafia
personalizada que não reproduzimos neste livro.
~[?~.~...
Ej;;~}
~edre ...
... ieira.s 1/7 a 2/7h
~} 4/711
~~
~ ..a.p-ar ecer "
«cais do CfUR O
~,;o d.esecch-o.
40 Dese",ho }\."'Cjuitetô",ico
DESENHO ARQUITETONICO
f'
2. Divido o altura minúsculas
em 3oart es Ig('/0';'5,
trace a o a uta e
acr es c eri te 1/3
poro baixo.
ocupa
d~O/;-~~
2/3
---r-'~í'3~ o e a oerna ou a
••
" ..{ I?
I I I haste ocupa Í"3 para
--'--_/ -"- cima ou para baixo.
4- A maior/a. dos
letras pode ser
desenhada
E
t /;"J
2
a portir da
coastr c/c oo
d2 uma oval.
5do
Para o desenho de letras de grande tamanho devem- Um dos melhores exercícios para o desenhista habi-
se traçar quadrículas, como nos exemplos abaixo tuar-se a traçar letras 'e algarismos com rapidez e
feitos com a caligrafia da NBR 6492, que mantém o regularidade é decalcar em papel-manteiga um texto
tipo da antiga NB-8R. escrito em máquina de escrever.
. Quando o desenho é feito a lápis pode-se usar espes- Somente depois de conhecer bem o traçado das letras
sura mais fina do que a recomendada para as letras. O normalizadas é que o desenhista de arquitetura deve
normógrafo dá excelente acabamento e uniformidade partir para criar sua 'caligrafia' própria com letras de
às letras e algarismos mas, em geral, toma mais tempo. imprensa, isto é, se não adotar a caligrafia técnica.
O principiante deve observar que o bom desenhista faz
deslizar a 'aranha' (lembra uma valsa!) sem forçar, sem
empurrar o instrumento.
--+-
I h
57" I
-+1
DiVV\eV\sioV\C\J1I\eV\to
Colocação de cotas Jl\O deseJl\ho
~
\cte coca. Os desenhos de Arquitetura, como os demais de-
o-u. de senhos técnicos, devem trazer corretamente indicadas
~ todas as suas medidas. Qualquer medida errada ou
mal indicada costuma dar prejuízos e aborrecimentos.
!.imta. ae
Co-1«.O es-creoer as coh.s.'
~l ·1 ",'>0 /'
-_~ J '7
No desenho ao lado aparecem as indicações corretas
de cotas em diversos exemplos. As cotas devem ser
escritas acompanhando a direção das linhas de cota.
•.
Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas
representam a verdadeira grandeza das dimensões.
É importante evitar o cruzamento de linhas de cota.
Os algarismos das cotas são colocados ACIMA da linha
--
de cotas, quando a linha é contínua; se a linha é
, I.seta ~ interrompida, a cota ocupa o intervalo desta interrupção.
Liaute 2. seta.
:ta
3. tra.ço a 45°
--x
4.20
1- ~----~~~
~
01 I()
o
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Para corri.qir (Y..,<.
U)
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~ t.ta«2 cota."
D
I I c.Ft.t:Jaf a ~
o
-o ~ po-r U,.rU{
~~::- ~~e
esc;e.oer a uotra: cota.
RESUMO:
Como e onde colocar as medidas do objeto desenhado. Regras e exemplos. Os erros mais comuns. Um teste
para sua capacidade de observação.
,
PRINCIPIO!
GERAIS:
NÃO
UNHA.
TODAS
COTA COMO
AS COTAS
05 ÂNGULOS !tEC 105- CONTlKlJAÇ'Ãej
SERÃO ÁS LINHAS SÁRIAS
1>E COTA SI:~A'O DE L !tH-\A
MEDIOOS
NAO
Eti GQAUS,
It;DICADAS DA. ~ I GU'<A
IIVTEiP"Cfp
->'4'1
!<XCETO NI\S, LIIH\AS
CO 9ElrrAS
E RAMPAS ..q"XILlftS~.(S
Q"'E Sê
It(DICAM \ St-\.
AS COTAS P~EVALcCEM
PORCE'l'tí'AG~M
SOBRE AS MEDIDAS
CAlCVLAOAS COt-\ BASi:
NO í>ESENI-lO
AS
DE COTA
PAC<ALElA$
P ENE'M SER
ESPAÇADA~
\ GUALMEIHE
N'a-o ~ dA2<.Ye
Existem outras regras igualmente importantes:
~~ I
aaca
1 - As cotas de um desenho ou projeto devem ser
v.ÁAÁa de c-oto. e S'iu<.
.
expressas em uma única unidade. a ~ /
p-eç-a.:
2 - Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do
desenho,
It----t+-I
DimensionG\mento 43
-or favor,
evite f?stes
erros!. ~ .
~?-I
~ 3.30 ~
(J
I~ 1.80
1.40
----*
~I -:
~
1.40
O·
••• I~ --I
"
3.20 mts. D'f.
2.00
0.70
EXERCíCIO
Teste sua capacidade de observação observando os erros c.ometidos na
figura acima.
!I
I
Respostas lidas da esquerda para a direita e de cima para baixo:
I
1) A medida 3.30 está cruzada por linha de cota. 2) Os algarismos de 1.80 estão muito afastados da linha de
cota. A seta da esquerda é diferente da da direita. 3) A cota 0.70 deveria ser escrita de baixo para cima e à
II
j
esquerda da linha de modo a ser lida pelo lado direito desta página. 4) A cota 0.85 deveria ser escrita paralelamente
à linha de cota ou com interrupção dela. 5) A linha de cota correspondente a 1,40 está desenhada com traço
grosso; as setas deveriam ter suas extremidades sobre as linhas auxiliares. 6) A segunda cota de 1.40 deveria
I
;
t·
~
ter sua linha de cota em traço fino. 7) A cota 0.75 deveria ser escrita fora da figura. Quando se torna necessário
~
escrever uma cota dentro de uma área hachurada (com traços paralelos) deve-se interromper o hachurado ao
redor de letras e algarismos. 8) A a.breviatura de metro é m, letra minúscula sem ponto final, sem te sem s! É a
lei metrológica brasileira. 9) No último desenho, a cota 1.50 está cruzada por uma linha da figura. As linhas ,
~
auxiliares da cota 0.70 cruzam a cota de 2.00. E as medidas 2.00 e 0.70 estão colocadas abaixo da linha de cota,
I
quando deveriam estar acima desta linha.
SisteW\as de
~ep~eseJ!1+ação
AS
..
,~
PROJEÇOES ORTOGONAIS DA GEOMETRIA DESCRITIVA sÃo
USADAS NO DESENHO ARQUITETÔNICO APENAS
MUDANDO OS TERMOS TÉCNICOS.
VIST" DE LADO
CI iriA
SW@ , H mmn
RESUMO:
A representação convencional da Geometria Descritiva é apresentada de modo abreviado, sendo
definidos alguns dos termos técnicos mais utilizados. No final encontram-se exercícios para avaliar
os conhecimentos introduzidos.
Sistemas de •.•
ep •.•
eseV\tação 45
o c
;:-
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em projeções ortogonais. Em Geometria Descritiva a
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posição 1 seria a projeção horizontal e o número 2 a
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As Normas Brasileiras NBR 10067 estabelecem a convenção, usada também pelas normas italianas, alemãs,
russas e outras, em que se considera o objeto a representar envolvido por um cubo, como na figura acima. O
objeto é projetado sobre cada uma das seis faces do cubo e, em seguida, o cubo é aberto ou planificado,
obtendo-se as seis vistas. A seqüência e colocação destas vistas é mostrada na página seguinte.
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A prática mostra que esta ordenação e colocação para o seu lado esquerdo passa a ver a casa no sen-
das vistas - embora importante como racionalização tido da seta nº 3. Continuando a andar em volta da
- não pode ter maior rigor no Desenho Arquitetônico, casa, ou do objeto, terá a vista por trás (nº 6) ou vista
pois os desenhos costumam ser feitos em folhas sepa- posterior. Ao prosseguir seu caminho, chegará ao la-
radas. Exatamente por este motivo, podemos simplificar do direito da casa (nº 4) e daí retoma ao ponto de partida.
ou abreviar aquela convenção: na figura abaixo o Em resumo: as vistas ou fachadas laterais direita e
observador, estando fora da casa, vê a frente desta casa esquerda referem-se à direita e esquerda do obser-
(posição ou seta nº 2).Quando o observador caminha vador.
48 Desenho Ãl'glAitetônico
EXERCíCIOS
Apresentamos nesta página dois projetos, sendo cada
um deles representado por duas perspectivas. O leitor
deverá desenhar cada projeto na escala de 1:100, 3,00
apresentando planta de coberta, fachada principal, duas
fachadas laterais e a fachada posterior.
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RepreseJl\tação de
UW\ projeto
PLANTA DE COBERTA
DE CIMA
RESUMO:
O Desenho Arquitetônico tem peculiaridades de representação, de terminologia e de procedimentos que são
apresentadas aqui: planta de coberta e de locação, planta baixa, planta de situação, cortes, convenção de
traços, corte e seção, corte "quebrado" e fachada em desenvolvimento.
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Repl"esel'\toção de 1-\11'\ pl'ojeto 51 "
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A planta de coberta, em geral, é desenhada na escala I~
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de 1:100 ou de 1:200. Quando há necessidade de 11I
maiores detalhes, usamos a escala de 1:50.
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Na página anterior, nesta e na seguinte, como se trata de uma vista superior, o observador vê em primeiro
lugar a coberta. Nestas figuras - referentes ao mesmo projeto - a cobertura avança além das paredes, de modo
que o contorno destas não será visto do alto. Nesta condição, isto é, quando o contorno da parede é oculto pela
coberta, ele é desenhado com traços interrompidos, curtos e finos.
7J7fiJíp&1!7/Zl0glf7w;r~:Yd[7!$(Q) ~
ucdcca o. posiccio da
COUS' trucao decaro-
do terreao.
Pode-se PJV" ia« deseeao úuU;o
C<:rJ«.
e a. ~OgERTa
52 Desenl'\o A"'1lAitetônico
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Além desta seqüência da construção, pode-se admitir
pequena variação na colocação das telhas, sem maiores
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conseqüências, o que não ocorre com a posição das Vi I
paredes. CALÇADA
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PLANTA BAIXA
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Repl"e5e~tC\çêío de tA"" Fwoje+o 53
Planta baixa
Consideremos, agora, o plano horizontal de corte.
Nele estão as paredes, portas e janelas, como se vê
ao lado:
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PLANTA BAIXA
S4 Desenho Af"CjL,\itetônico
?,~Pj;ç~O_1>-1. ~Q.ej:,!T_A , .
No desenho técnico a representação da planta é a da I I
figura ao lado. Nele acrescentamos (não é obrigatório!) I 't
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o quadriculado correspondente aos pisos do terraço e I I
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os materiais do piso, das paredes, do forro, etc. pode I I
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A planta de situação indica a forma e as dimensões rfORTE
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Representação de IAm projeto ss II
Na maioria dos casos, as plantas e fachadas não são suficientes para mostrar as divisões internas de um
projeto de arquitetura. Para melhor definir os espaços internos são necessários os cortes feitos por planos
verticais.
CORTE
PLANO VERTICAL
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1,
COlHE AB
CORTE
Na figura acima está o plano AB onde aparecem, com parte retirada teríamos o corte BA, de modo que a
traço mais grosso, as partes cortadas (ou seccionadas) primeira letra do corte fique à esquerda do observador e
pelo dito plano vertical. Mais adiante do plano AB avista- a segunda à sua direita. Na página seguinte, o corte
se uma porta e, em seguida, um trecho de parede - no BA está desenhado no canto inferior direito na escala
lado esquerdo da figura - ambos correspondentes à de 1: 100. As normas brasileiras já não recomendam o
sala. uso de letras consecutivas para a indicação dos cortes,
optando pelo uso de setas. Parece evidente que
No desenho acima está a parte que foi 'retirada' para indicações como AA' ou BB' podem dar margem a
permitir a observação do corte AB, desenhado na página equívocos se o sinal' vier a ser confundido com um
seguinte. Se quiséssemos a representação daquela borrão ou ponto na cópia.
56 Desenho Ãi"qt-\itetônico
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Na prática evitamos desenhar as linhas de chamada
por cima da planta baixa. Estando ela já traçada (geral-
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I mente é o primeiro elemento a ser desenhado num
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TRACOS NOS
CORTES:
COM TRAÇO GROSSO •
NAS PARTES RESTANTES
USA-SE O TRAÇO FINO
A figura mostra outros termos técnicos. Devemos a norma fala de fachada lateral esquerda, o cartório diz
lembrar que a terminologia adotada pelas normas brasi- 'lado direito', tanto para o lote como para a casa. A
leiras, embora coincidindo com a de muitos países, é mesma confusão existe para o lado direito; podemos
diferente daquela em uso por algumas repartições nos dar por felizes, pois os termos técnicos e jurídicos
(cartórios e prefeituras, por exemplo). Assim, quando coincidem quando se trata de frente e de fundo.
A LINHAIIlEHTO. TESTADA
OU FRE~TE DO LOTE
Na prática profissional, é costume desenhar as fachadas disposição das quatro fachadas de uma construção,
em pedaços de papel-manteiqa colocados sobre a relacionando-as com a planta e seguindo as regras da
planta, como se viu em páginas anteriores. Poste- Geometria Descritiva. Deve-se notar a presença de
riormente estes pedaços serão montados para compor linhas de chamada, de projetantes e de rotações, assim
uma prancha do projeto. Damos na página seguinte a corno a aplicação da convenção:
FACHADA PRINCIPAL
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CONVENÇÃO
PARA
TRAÇOS
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PARTES
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DISPOSIÇÃO DA.
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PLANTA
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I NORTE
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A escolha da posição para os cortes depende de corte transversal AS, pois 'corte AB' tem o mesmo
diversos fatores. O corte deverá mostrar as alturas significado.
de portas e de janelas, a altura do forro (pé direito), a
inclinação do telhado e outros detalhes. As reparti- É muito comum se confundir corte e seção ou secção.
ções públicas encarregadas de examinar os projetos A rigor são representações diferentes de uma mesma
costumam fazer exigências sobre a localização dos operação de cortar ou secionar, da Geometria Descritiva.
cortes. Por exemplo: devem passar pela escada mos- Assim, seção é a representação da parte secionada;
trando os degraus; outro deve mostrar os sanitários e ver seção AB na figura abaixo. Corte é a representação
por aí vai. Enfim, a experiência será a melhor con- dos elementos secionados e mais as partes vistas
selheira. adiante do plano de corte; ver corte AB, abaixo. No
caso da planta de forma irregular, mostrada abaixo, o
Livros antiqostrnencionarn o corte transversal (cor- corte pode tornar a representação um tanto complicada;
responde ao AB das páginas anteriores) e o corte nestes casos, sugerimos desenhar a seção.
longitudinal, que são perpendiculares entre si.
Entretanto,' numa casa de planta quadrada, qual seria
o corte transversal? Não há critério racional para defini-
10.Mas, supondo resolvido isto por um critério qualquer, Corte e seção é assunto que pode parecer difícil numa
surgirá a necessidade de marcar a posição do corte na primeira leitura. Não haverá prejuízo se forem estudados
planta; e esta posição será indicada por meio de letras mais adiante. Assim o leitor poderá passar diretamente
consecutivas. Logo, torna-se desnecessário falar de para o capítulo seguinte.
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Jese",ho At"qu.itetôY\ico
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A planta mostra a posição do corte GH. Observe a
maneira de indicar o corte quebrado: traços grossos
fora da planta e traços finos dentro da planta, ambos
com trechos longos, pequenos intervalos e dois traços
curtos. O corte GH é como uma espécie de soma dos
SAL.A
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cortes CD (parcial) e EF (também parcial). É claro
que, com a prática, o corte GH será desenhado sem
que sejam traçados os cortes CD e EF.
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tensão. Assim a fachada A será representada com o
trecho S à sua direita; ou a fachada D será desenhada
com S+C à esquerda e os trechos E+ F à direita, como
H se vê no desenho. Ou poderemos, igualmente, fazer a
fachada G em desenvolvimento, tendo F à esquerda.
PLANTA· ESCALA I: 100
São alternativas corretas, pois evitam os trechos curtos
Nos desenhos antigos era hábito indicar a representação de fachada em desenhos isolados. E isto é diferente
dos alicerces ou fundações, abaixo da linha do terreno. de paredes perpendiculares entre si, como o exemplo
Com o hábito corrente de preparar um projeto de da fachada N, abaixo.
estrutura, o alicerce ou fundação é detalhado neste
projeto estrutural e, por esta razão, deixou de figurar
nos projetos de arquitetura.
Um outro caso especial é a fachada em desen-
G. .J.F
vo!vimento. O termo pertence à Geometria Descritiva
e significa planificar ou tornar plana, desenvolver ou
desdobrar a superfície de uma figura sobre um plano
único. No Capítulo 9 vimos o desenvolvimento do cubo
l)+-E /
dos planos de projeção. A mesma idéia é aplicada na
representação de fachadas quando a planta é irregular
e apresenta trechos curtos e oblíquos. /~
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No exemplo ao lado, o desenho das fachadas A, D e G ! D
seria normal; entretanto as fachadas S, C, E e F
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FACHADAS
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PLANTA
FACHADA o - EM DESENVOlVIMEIHO
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63
Símbolos gráficos
o Desenho Arquitetônico, por ser feito em escala princípio poderá haver dificuldade para decorar tantas
reduzida e por abranger áreas relativamente extensas, medidas; com a repetição todas ficarão gravadas na
é obrigado a recorrer a símbolos gráficos. Um memória. Muito ajudará, neste sentido, se o leitor se
lavatório, por exemplo, pode ser representado nas der ao trabalho de tirar pessoalmente as medidas das t
escalas de 1: 1 ou 1:5 com todos os seus segmentos coisas e objetos cujos símbolos são apresentados I
e curvas; a maioria-delas não pode ser desenhada adiante.
na escala de 1:50. Seria um trabalho penoso e inútil,
uma vez que o tal lavatório pode ser simbolizado
por uma figura esquemática. Este fato repete-se
muitas vezes no desenho de um projeto: nas bacias Observe os cortes desenhados no Capítulo 12 e
sanitárias, nas portas, nas janelas, nas telhas, nos compare com o do Capítulo 10 (página 53). São bem
balcões, etc. diferentes, embora feitos na mesma escala. O do
Capítulo 12 é de efeito mais agradável e corresponde à
convenção habitualmente usada por arquitetos e dese-
É imprescindível que o desenhista conheça os nhistas. Como ambas são corretas; trata-se, pois, de
símbolos gráficos do Desenho Arquitetônicos, assim uma escolha pessoal usar essa ou aquela convenção
como as dimensões reais dos objetos caseiros. A na escala de 1:50.
PAREDES
de 0.25 e de 0.15
de espessura
ESCALA 1:50
0.8/0.6
PAREDE ALTA:
(POuco USADO)
1- PAREDE ALTA: ~
COM TRAÇO GROSSO
RESUMO:
Os símbolos gráficos são constantemente utilizados nos desenhos de arquitetura e abrangem: paredes, portas,
janelas, peças sanitárias, móveis, balcões e bancadas, veículos, etc. Por vezes, ocorrem convenções
alternativas; assim, vale a pena conhecer sua origem e significado para uma boa escolha.
::>esenho Al"ql>\itetônico
Quando desenhadas na escala de 1:100 ou 1:200, as A norma citada endossa, em trabalhos a lápis (por que
paredes podem ser traçadas 'cheias', como fizemos a restrição à tinta?), o traspasse de linhas, como é
nas plantas e cortes do capítulo anterior. Contudo, na praticado nos escritórios de arquitetura em desenhos
escala de 1:100 há quem prefira usar dois traços feitos feitos com lápis ou com tinta. Aliás, nas cópias eles
com 0,4 ou 0,3 mm de espessura; assim está pouco diferem.
desenhado o exemplo do Capítulo 19. Contudo, em
escala de 1:200, esta representação torna-se impra-
ticável: teremos de desenhar as paredes 'cheias', a
menos que se trate - por exemplo - de construção
antiga, de grossas paredes e robustos pilares .
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Uma outra apresentação para projetos é a que exem-
plificamos abaixo. Faz-se o contorno de paredes, a lápis
ou tinta, com traço fino de espessura uniforme e pinta-
se o intervalo das traços (alvenaria) com hidrocor ou A NBR 6492, que trata da representação de projetos de
lápis colorido, aplicado no verso ou na face do papel. A arquitetura, não é bastante clara a respeito da con-
beleza do colorido soma-se à economia de tempo, pois venção para paredes. O desenho acima 'imita' um dos
o desenhista usa uma única espessura de traços, uma exemplos dessa norma, embora as penas não sejam
vez que o contraste será dado pelo colorido (aqui indicadas. Aparentemente, a norma não levou em conta
substituído, por motivo técnico, pelas retículas, isto é, a legibilidade, o efeito estético, a rapidez de execução
pontinhos). e a uniformidade de traços nos desenhos.
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ttIll PL4NTA
Comparar com as páginas
CORTE CO 79a82
ESC. I/50 FACHADA
Escala 1/50
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;::':t--l'-t--t--t--f--1I-t--t--t-H Deve-se ter o cuidado de usar cores que resistam à
água, a fim de evitar manchas, e, além disso, verificar
que a tonalidade das cópias não corresponde à cor
original. I
+-------1
...
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Símbolos 9V'6f_ic_o_s ••••••
6~5
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Detalhes de portas e de janelas são estudados no Capítulo 17.
A porta interna faz a comunicação entre dois ambien- As portas externas comunicam ambientes em que os
tes que têm os pisos no mesmo nível; na linguagem pisos têm cota (altura ou nível) diferentes, sendo, em
técnica, diz-se que eles possuem a mesma COTA. geral, o piso externo o mais baixo.
EXTERIOR
CORTE
0.80)( Z.lO
PLANTA CORTE
LARGURA X ALTURA (&m.. ~: 2.10 <><-<. 2.20)
é~lU'a. de traços
1{4 eecaza cIR 1:50:
9ro~o 0,6/0.8
~ 0.25/0.3 Nos banheiros, a água atinge a parte inferior da porta,
que apodrece rapidamente, ou passa para o ambiente
~o 0,1/0.2 vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há
diferença de cota entre os dois pisos: 1 ou 2 centímetros,
pelo menos. Por conta desta diferença de planos, as
portas de sanitários desenham-se como as externas.
Desenho A •.qlAitetônico
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2·de A APARENT~
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Símbolos 9"'5icos 73
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o Desenho Arquitetõnico - na situação ideal - tende para uma linguagem universal. Para isto, ele recorre
a símbolos. E um símbolo gráfico deve ser:
único, isto é, diferente de qualquer outro, apresentando características próprias.
simples de ser desenhado (comodidade) e compreendido.
• semelhante ou aproximado com a coisa representada para fácil memorização e interpretação.
• racional, portanto justificável pela lógica.
• utilizado pelos profissionais, o que implica em aceitação geral.
• um sinal (aviso) para orientar trabalho posterior, seja no projeto complementar, orçamento, montagem ou I
• construção.
•Tudoisto deve ser analisado ao se escolher um símbolo ou notação convencional. Trata-se, pois, de uma opção,
que poderá ser ser pessoal ou ter o endosso das normas técnicas.
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76
As etapas do desenho
As técnicas de desenho e a seqüência no trabalho
são elementos importantes para obter eficiência e qua-
lidade. Muitos não ligam a estes detalhes e desenham
de qualquer maneira; mal e devagar, em geral. O
profissional competente sabe que um trabalho bem feito
depende de bons instrumentos, de bom material e da
correta aplicação deles. Este é o fator humano e
depende essencialmente de nós mesmos.
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RESUMO:
Em páginas anteriores, falamos sobre material e instrumentos de desenho, explicando como se desenham
plantas, cortes e fachadas. Agora trataremos da SEQÜÊNCIA do trabalho durante o desenho: por onde começar
e como organizar o trabalho.
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Em projetos que exigem várias pranchas elas são Nos projetos em que a planta baixa, por suas grandes I'
desenhadas na seqüência que acabamos de mostrar, dimensões, tenha de ser dividida em mais de uma I,
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ainda que posteriormente venham a ser numeradas prancha, deve-se ter o cuidado de fazer um desenho
na seguinte ordem: contendo a planta completa - menor e simplificada
1 - Situação ou abreviada - de modo que se tenha, rapidamente,
2 - Locação uma idéia de conjunto.
3 - Plantas baixas
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ANTES DI: TIRAR CÓPIAS
As cópias são geralmente tiradas em grande quantidade de tal forma que qualquer erro se torna difícil de ser
corrigido. Verifique, também, a ortographya, digo, a ortografia a fim de que não circulem coisas como ante-
projeto, dispensa, cosinha, garage, sita (casa sita à rua ...), basculhante, mts. (em lugar de metros ou m),
faichada, dezenho, living (em lugar de sala de estar).
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As etapas do desenho 87
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Uma especificação detalhada dificilmente pode ser encaixada em um desenho. Costuma-se fazê-Ia abreviada e
cornplernentada por um caderno de encargos. Há diferentes modalidades de especificar nos desenhos. Daremos
algumas amostras:
1 - Utilizando letras e algarismos
Estabelece-se, por exemplo, um código como:
A - Piso 1 - Cimentado
B- Rodapé 2 - Cerâmica
C - Soleira 3 - Gesso
D - Parede 4 - Lambri de madeira
E - Pintura 5 - Tinta lavável
F - Forro 6 - Fluorescente
G - Iluminação 7 - Azulejo colorido
H - Balcão 8- Mármore
Assim, A8 significa piso de mármore; E5 corresponde a pintura com tinta lavável, etc. O conjunto de letra +
algarismo é escrito em cada dependência muito mais rapidamente do que qualquer outro processo. Neste
caso, cada planta será acompanhada da 'tradução' do código, em papel separado ou na mesma prancha.
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Cada escritório pode estender ou aperfeiçoar suas A página seguinte inclui exemplos de utilização dos
especificações de modo a incluir outros elementos da dois processos acima indicados. O primeiro deles é
construção; por exemplo: relação de esquadrias, mais flexível, por não estar sujeito a símbolos gráficos;
ferragens, luminárias etc., assim como detalhar bem ambos podem ser utilizados, também, nos desenhos
alguns pontos do projeto. de cortes e de fachadas.
88 Desel'\ho Àl"qt-\itetôV\ico
E SPECIFI CAÇÁO
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1) Cerâmica esmaltada de 15x30 cm.
Cor bege
2) Cerâmica decorada linha SETA, cor
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branca e verde. 20x20 cm
3) Taco de peroba encerado. Ver
detalhe
4) Cimentado, na cor natural
5) Mámore branco
6) Peroba
7) Chapisco e massa única
8) Azulejo decorado ALFA de 10x20 cm
na vertical. Cor marrom e creme
9) Azulejo branco com 10 fiadas
10) Azulejo de cor bege
11) Pintura de PVA sobre massa
plástica. Cor castanho
COZINHA
12) Pintura de PVA sobre massa plástica. SALA
Cor azul celeste
13) Pintura de cal branca
14) Cimentado pintado de Epoxi. Cor
®h~mll
mostarda
15) Aço inoxidável
16) Incandescente
17) Fluorescente
18) Linha Calumbi na cor branca com
ferragem ITOL, linha Capiba
As esquadrias são detalhadas em pranchas
à parte, onde se indicam as quantidades, a
madeira, o acabamento e as ferragens.
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89
Noções de deseV\ko I
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topo9~áfco
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Nem sempre os terrenos são lotes retangulares e de um levantamento incompleto. Há sempre quem iI
planos. Há terrenos de contorno irregular e outros com confunda 'economia' e 'o mais barato' (que acaba saindo
I1
altos e baixos. A representação da superficie do mais caro).
terreno é objeto de,&studo da Topografia. É o que diz 1I
o seu próprio nome: topo = terreno e grafia = repre-
,I
I1
sentação.
o bom construtor sabe que serviço bem feito é aquele 1I
que é feito uma única vez! Nada custa tão caro como
Muitos projetos têm seus custos acrescidos por desmanchar e fazer novamente, com remendos.
serviços não previstos inicialmente; não por deficiên-
cia do projeto e sim, por falta de dados em decorrência
Perde-se tempo, trabalho e dinheiro e surgem os
aborrecimentos e atritos.
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~~"'""cte~(~~ / /
~/ ~, etc) o-u. pcr ~..Lio- de
~l2..í' aVeaS', ~ s-e ~ PLANTA. ESCALA I: I 000
cú com-a: ~CÜJ- 1?t.Lt.ilb vx/~ ,
RESUMO:
Conhecer (e reconhecer: ir ao local) o terreno é fundamental para o projeto e para a construção. Um terreno
com suas dimensões, ângulos, relevo, árvores, blocos de pedra e acidentes geográficos conhecidos, torna a
construção menos sujeita a imprevistos. É a representação convencional destes itens que se estuda a seguir.
90 Desenho ;À1"$V\itetônico
CURVA DE
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E A REPRESENTAÇÃO
DOS PONTOS DE MES..,A
COTA OU ALTURA EM
RELAÇÃO A UM PLAf'lO
HORIZONTAL TOM AO O
ONO REFERÊNCIA
CURVA DE NíVEL C,
____~-_+-----_+~---Cl
CURVA DE NíVEL
-~~+---~---------r-+~
VERTI CAL
PERSPECTIVA
PROJEÇÃO
HORIZONTAL
4 pa.rb:.r de ~ de ~ 24 -------- _ .. _
C:s::=~== ts:=
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Noções de desenho +OPOAl"áfico 91
Atenção:
Este não é um exercício para principiantes!
Orientação
Inicialmente escolhemos uma fachada, por exemplo, Be ou Sul e traçamos o perfil do terreno (base do muro).
O procedimento é semelhante ao que foi usado para determinar as seções na página anterior; aqui as distâncias
horizontais devem ser multiplicadas por 2, de modo a passar da escala 1:1.000 (planta) para a de 1:500 (fachada)
ou seja: 1/1.000 x 2 = 1/500. Desenhamos a fachada da casa segundo as cotas fornecidas. Procuramos os
pontos de interseção de cada curva de nível com a linha de chamada e levamos para a fachada, obtendo o perfil
do terreno (traço fino) nesta fachada. Depois passamos uma paralela à base do muro (h = 1 m) e fazemos a parte
superior do muro, como se vê na Fachada Sul (parte à direita). Podemos fazer o muro escalonado, isto é, em
degraus, como está desenhado num trecho da Fachada Oeste.
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RESPOSTAS li
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Continuação:
Solução dos exerci CIOS sobre Topografia. Os
desenhos estão na escala de 1: 500.
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93
Detalhes coV\strl1tivos
o desenhista não deve limitar-se à utilização das de uma obra em suas diversas etapas. Nenhum livro e
técnicas de desenho, dos instrumentos, dos símbolos, nenhum professor pode substituir aquilo que se chama
etc. Ele deve conhecer uma construção por dentro, 'o saber feito de experiência'. Assim, a apresentação
aquilo que está por:trás das tintas e dos revestimentos, que se segue deve servir de ponto de partida para maior
o que existe por baixo dos pisos e por dentro das aprofundamento pelo interessado.
lajes, as canalizações e outros detalhes.
RASA: ( DE POUCA
EXE M PLOS:
PROFUNDIDADE),
~ "",""'""""" ••"0" ""'" ..
• EM RACHÕES (BLOCOS DE PEDRA) • DE MADEIRA
VER NA pAGII'(,\ SEGUINTE
•• DE CONCRETO ARM ADO
ESPECIALIZ AOAS
•
Elo!
EM
SAFATAS
•.
BLOCOS
ISOLADAS
PRÉ-MOLDADOS
LIGADAS
- VEJA
POR CINTAS.
A PÁGINA
--
SEGUINTE
ESUMO:
ação das etapas sucessivas de uma construção. Alicerce ou fundação e seus tipos. A alvenaria e as
aredes: de pedra e de tijolo e seus revestimentos. Pisos. Estruturas e sua representação. Painéis divisórios.
Uma visão geral das coberturas. Estruturas metálicas e telhados. Interseção de telhados. Um detalhe de cima a
baixo.
94 Dese",h.o r\.I"CJ lAitetô",ico
.1';.
//
/ ~ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA PARA
"" l/.' AS PEDRAS.
) ",,~., ENCHER OS VAZIOS ENTRE
PARA JMPERMEABILiZAÇÃO.
Detalhes COi'\stV'!Ativos 95
• COM 4RO"MASIlA
ALVENARIA
É o SlSTENA CQNSTR·UT,IVO "'ORIIIAO'O
• SIM ARGAMASSA ou
POR "ATEftIAIS CO,-OCAOOS REGULAR DE PEDRA SECA
DE GESSO
APARENTE
R EVE!! TlIIl E NTO
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DE TIJOLO
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TIPOS ...•;;:.(
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MACIÇO
(MANUAL OU PRENSADO)
BLOCO DE C IME NTO
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• A GALGA OU
A CUTELO
• OE IoIEI4 VEZ OU
OE IoIEIO TIJOLO
• DE vez E MEIA
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DE Ulot E MEIO
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96
1,5. Z em
0,2 (I 0.5 em
C'~RÂMICA~
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_ ., ". PASTILHAS
FOSCAS
VI T FlIFICAOAS
[SMAL.T.!), •••,
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PEDRAS LAMBRIS De: MAOEIIt.t. CHAPAS DE
PUí9TICO
•••••uMíNIO
TINTAS E VERNIZES
REVESTIMENTOS DE PIsca
A • PISOS DE NADEIRA
TACOS
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C. PISOS EM PECAS
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ESTRUTURASOE MAOEIRA
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COLU~
PILIIR
(SEÇÃOClRCULAR) (SEÇÃO POLlGONAL)
LAJE EM
JUNTA DE
BALANÇ O DILATAÇÃO
ú-...scri.éo
SÓ
T/'ed...CJ eLe
EXTREMIDADE.
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~&te ~ ÜU;úea
. yt«' o pi.ta.r (J1V'''c:a.
de ~f2S JU)
~ a. s-eoao:
, ,
PAINEIS DIVISORIOS
sÃO USADOS PARA A SEPARAÇÃO DE
AMBIENTES. UMA BOA DIVISÓRIA DEVE TER:
• ACABAMENTO VARIADO.
~~~
• FACILI CAOE DE MONTAGEM.
~ar.,~.
PULAR)
FABRICADOS
OU EM PORCELANA
EM CIMENTO (TIPO
VITRIFICAOA( EX-
Pº
o
cELENTE ACABAM E NTO l. RECOME NDADO PARTI-
r
ELEMENTO VASADO
~
~l
Detalhes coV\strlAtivos 99
'. HORIZONTAL
LI. J E
{m...
{ INCLINADA
ASÓIIADA$ CÚPULAS
CASCAS
• DE SUPERFíCIES CURVAS
TELHA,~
ROMAN~
~. TELHA CANAL ~ .. ~ TEl.HAPLANA
~~u ·COl.ONIAL ~O\l F·RANCESA
AÇO ( AUTOPORTANTES )
TELHAS OE ( ,
ALUMINIO
AS TELHAS OE PLASTlCO
TELHAS DE CIMENTO- AMIANTO TRANSLÚCIDO POO E M
DE FORMAS E TAMAflHOS OS lIi~iI' DIVERSOS SE R USADAS EM COHJUN-.
•• ONDA ALTA
e: ca/'4. p~ .N1r
• WANOE.lA
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100
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TELHADOS DE UMA ÁGUA ••• OE 2 AGUAS .•• DE •• AGUAS
TELHAOO "sHEO"
Y~~~D~cM~
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ViOllO 011/
/ / CALHA OU ,uNcKo __ ...•._..•• __ ..
VENEZIANAS ..;./r
ESPIGÃO OU
TACANIÇA
® PONTO DE UM TELHADO
DEFINIDA
E" A INCLINAçÃO@
PELA RELAÇÃO JL
PORCE!"'TAGE
~ peta. ~
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i~ a.. tO ~
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NA FIGURA ABAIXO TEI/iOS:
o PONTO (1/4, '/3 •... ) SEMPRE
SE REFERE À COBERTURA COM DUAS ÁGUAS. oc=
'7'n.
L = 2 c-m.
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= 20-m.m
-m. 7>l
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Detalhes COVlstl"lAtivos 101
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TELHA:'· CANAL 13° 25
TE \ L H A oE li LU M í N I [~4°~I~"~2:SI~8~I============~~~~::::::::::::'-I
Aviso: o estudo que começa aqui e vai até o final do
capítulo pode ser dispensado numa primeira leitura,
a menos que o leitor tenha bons conhecimentos de
Geometria Descritiva.
A Geometria Descritiva demonstra que, quando se
trata de planta em que as paredes de contorno são
perpendiculares entre si - caso do retângulo e do
quadrado - o encontro de duas águas adjacentes se
faz segundo um ângulo de 45°, ou seja, segundo a
bissetriz do ângulo formado pelas fachadas. Eviden-
temente estamos supondo que as águas do telhado
sejam igualmente inclinadas, o que normalmente ocorre.
Esta propriedade geométrica simplifica o traçado das
plantas de coberta, por tornar desnecessário o desenho
da elevação ou fachada nesta etapa do trabalho.
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VISTA N
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epresentação das fachadas A e B permite a
terminação imediata do ponto e em que a cumeeira
is baixa encontra o telhado do do bloco A; este e
o é transportado para a planta ( ponto e' ). Uma
..;.'73. solução, sem recorrer às fachadas é traçar as
oíssetrízes dos ângulos dme e fng; elas se encontram f
o c'.
104
Tal como nos problemas anteriores, verificamos que nos pontos A e C forma-se um rincão na direção decada
bissetriz BA e DC. O trecho BD corresponde a uma cumeeira horizontal.
Esta solução é tecnicamente correta por evitar a calha horizontal, que é desaconselhada por causa dos
inconvenientes que costuma provocar. Nosso livro Ventilação e Cobertas aprofunda este assunto, inclusive com
o estudo mais desenvolvido das interseções de telhados (problemas e respostas).
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RECOBRIMENTO
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CircV\lação vertical
RESUMO:
Mais alguns novos termos técnicos. Cálculo e desenho de uma escada. Forma dos degraus e seu balanceamen-
to. Escada helicoidal: cálculo e representação. Rampa reta e helicoidal: como calcular e desenhar. Elevadores.
108
TERMOS TÉCNICOS
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ALTURA (h)
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Uma escada não pode ser colocada arbitrariamente. fica a dúvida: daremos passadas maiores do que o
Se o espelho tiver mais de 18 centímetros a escada normal ou encurtaremos os passos? Se os espelhos
torna-se cansativa. Se o piso do degrau é menor do de uma escada forem variáveis quebra-se o ritmo dos
que 25 centímetros, o pé não encontra bom apoio e passos e a possibilidade de quebrar também algum
pode provocar quedas ou, no mínimo, arranhar o osso na queda.
calcanhar no espelho ao descer. Com pisos de 45 cm Para o cálculo das escadas existem ...
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FORMULAS
QUANTIDADE DE ESPELHOS = n = ~
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COMPRIME.NTO • C = P (n-O--
COMPRlt~E.NTO = C = patamar +
escudo sem patamar (0<:19)
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ESCOL.HIDO n. 14
p ESC01-HIDO ENTRE 25 a 30_
FÓRMULA (TI
DESENHO ESCALA 1:50
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O processo, visto acima, para a divisão da reta /'
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• IlUNERE AS HORIZONTAIS E AS V!RTICAIS;
O ENCONTRO DESSAS LINHAS DÁ A PARTE
SUPERIOR OA ESC:ADA:
HORIZONTAIS • PISOs
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ESCALA 1:50
BALANCEAMENTO DE OE6RAUS
É UMA COM PE NSAÇÃO NOS PISOS OUA NDO
OCORRE MUDANÇA DE DIREÇÃO NA ESC~
DA. NÃO SE CONHECE PROCESSO PARA
TRAÇADO EXATO.
B
F G
A tendência na Arquitetura
atual é explorar a escada, de
modo que ela venha a se
integrar, a compor o ambiente.
Surgem, assim, as escadas
ATENÇÃO:
NAS ESCAO,,"S A ALTURA Ê
com trechos retos e patamares
DIVIOIOA EM !! ESPELHOS
curvos ou com lances curvos
e: A PLANTA E!Ii n -I PISOS.
e patamares retos, escadas
helicoidais e outras criações. É
importante que o desenhista
domine bem o cálculo e o tra-
çado de modo a evitar erros.
Existe grande probabilidade de
de não se poder consertar uma
escada depois de construída!
~
~-E ç-;
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H E LI C E
1 I
TRAÇADO:
4 r7?--f--- l2W-id..iJo a. ~ -
,.ê,r..I~ "m. N ~.
/'1~ o- ~ (aL-
t;u....a.) e c{.<p·ú:;Ür óU?f.
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PROJEÇÃO VERTlCAl
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~ d<w fz.c.rt-
~ C417L tU' ver-é<:-
c.a.is de ~
~M'O- " es-i4 ~
Uma sugestão para visualizar a hélice é traçar a • Q.. héLi.0fZ .
diagonal de um papel cartão cortado de forma retangular
e enrolar em forma de um cilindro; a diagonal passa a
ser uma hélice. A base do cilindro (circunferência) é a 0= 12
PROJEÇÃO HORIZONTAL
NA ESCADA HELiCOnU\L
o PISO É UM .sETOPl CII'lCULAR.
PQra. o- ~ ~
fJS'Cada, ~ twta.-
~~(~de
p.iS'& ) ~ de· 50 a. 60 o«
r:k,- ~ ..........,
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I As VARIA DE \8 o 32 em I
116 D ese",ho ÀI"Cj VI i+e+ôr,i co
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CALCULO
Oaóos: h= 2.eo(oHura)
L.= O.aO( lorV14ro) ACHAR: R =1
NA FORMULA III n: ~. = w= 16.5 :. FAZEMOS = n:: 17.
. ,4,~------_+~------~
lo4-------~------_r
7~-----~~-----~
-f..------H1t-----jf-
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5 -+------~I-------1~ e A PARTIR oaVA elRCUWFEIIÊI:ICIA
4-l-------H11-------+ INTEIUU, MI.RCH/f' to. LARGUIIl4 OAOII. /
s-+-----~#------+ E TI'IiACe: li. CII'ICUNFEItÊNCII,. El(TU~ Id. ,.LANTA
ESCAt.A lISO
(*) Se o cálculo fornece R> 50 cm (mínimo aceito para a linha do piso), optamos por % ou % circunterência em
lugar de uma circunferência inteira. Em qualquer dos casos, o cálculo de R é feito por tentativas. Por exemplo:
para h = 2,25 m temos n = 13; com piso de 22 cm fica 2n:R = 22x12, onde será R = 42 cm: INACEITÁVEL!
Fazendo % x 2n R = 22x12 fica R = 56 cm (satisfaz).
Fazendo Y2 X 2n R = 22x12 fica R = 84 cm, igualmente satisfatório.
Neste caso, qualquer das duas respostas pode ser escolhida. Na página seguinte está desenhada uma escada
helicoidal onde C = 1/2n, h = 2,25 m e largura útil de 0,90 m.
117
~.
EXERCíCIOS
ELE VAÇÃO M
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O CORRIMÃO mTERNO
'0/ ELIMINADO PARA
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DESENHO.
PLAHTA 00
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RAMPAS
Rampa é um plano inclinado que se utiliza para circulação de pessoas, de cargas ou de veículos.
Deve-se prever patamar de descanso em condições semelhantes às da escada.
Para uso por pedestres a inclinação ideal é de 8%; por ocupar muito espaço, costuma-se fazê-Ia com 10%.
o elemento que deve nortear a inclinação de uma rampa é a sua extensão. Em rampas curtas pode-se fazê-
Ia até com inclinação superior a 10% no caso de absoluta falta de espaço no ambiente.
Como nas escadas, o guarda-corpo costuma ser colocado com altura de 0,80 m a 1,00 m. Em caso de pânico
esta altura maior não é suficiente para dar proteção, pois a altura da metade do corpo humano situa-se em torno
de 1,10 m (alturà~do umbigo); segue-se que, para proteção mais eficaz, deve-se usar guarda-corpo com altura
MíNIMA de 1,20 m.
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:, ELEVAÇÃO M
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PLANTA-PAV.TÉRREO-ESC.I/loo
P HE ICO A
';;-C CULO 2º· DESENHO
rampa helicoidal o comprimento que se obtém nos Traçamos o raio médio na escala dada e colocamos
cálculos é o do eixo médio, ou seja, aquele que é de cada lado do eixo (circunferência) a metade da
edido na metade da largura da rampa. Para o largura e mais a espessura do guarda-corpo. Daí por
exemplo abaixo faremos: diante o leitor atento notará diversos pontos de
=
= 2,40 m; inclinação i 10% e largura útil L = 1,20 m. semelhança entre as rampas e as escadas helicoidais
Aplicando a regra de três já referida fica: no que se refere a traçado, convenções e cálculo.
=
C = (h x 100).,.. i (2,40 x 100) .,..10 = 24 metros.
Tal como no caso de uma escada e para esta altura
devemos colocar patamar; temos, pois:
Comprimento da rampa + Patamar = 2nR ou 24 + 1,20
(largura) = 2nH.
Daí o cálculo nos dá R = 4 metros, que será o raio do
eixo médio.
ELEVAÇÃO N
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PAV. TÉRREO II1
POÇO
PORTA
CORTA-FOGO
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COR"fEAS. ESCAl.A 1:100
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JJI\s+alaçães p~ediais· 1 \i
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UM PROJETO ARQUITETONICO COMPl.ETO
DEVE SER
PRlOJETOS
ACOMPANHADO DOS
C O M P L E ME N T A R E S DE ÁGUA
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ESGOTO
IIIi
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AGUAS PLUVIAIS
LUZ E FORÇA <n ,\\'\'
11
TELEFO NE ~ ij!
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PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
G
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lil
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ESTRUTURA
I
Não competem aos arquitetos estes projetos, ainda 1
que alguns deles saibam e possam fazê-Ios. É uma H
I1
li
11
Id
III
i
HIORANTE
10"""'"
RESUMO:
Os projetos arquitetõnicos são complementados pelos de instalação hidráulica, de esgotos, luz e força, telefone
e outros, tendo cada um deles símbolos gráficos que devem ser conhecidos.
124
>;. o
FLUOR ESCENTE
DE 2 SECÇÕES S2
NA PAREDE
QUADRO DE MEDIDOR DE lUZ
(D.RANDELA)
TOMADAS ALTA
ACI MA DE 2:.00m
DE OISTRIBUIÇÃO DE lUZ
•••
ME DIA
~.1.20
CIGARR A d CAMPAINHA
0.80<. h.( 1.40
NO PISO
PARA TELEFONE
BAIXA
~,_0._4_04r
....•
·lf~ '_·95 4~....•
·I~~ ~~~ .-~:'f 2.10 ~.I~ 0.40,
~T r---------------------------------------·_--------------------------------, rr
~ I 1.00 X 0.70 : ri I
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cil- SERViÇO 1~.5 1
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PLANTA· ESCALA I: 50
4~ ~ -nc-~/2 ~d
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~ de ~ e LW' c..,/.a3 de ~ e de
~ /' a ~d.AcaçM- de ~ ecao:
ftX. ~.
126 DeseV\ho ÀI"CfVlitetôV\ico
DESENHO
ESQUEMÁTICO
UM BANHEIRO
L AV
(9
, 50
CHUVEIRO BS
OU
DETALH E DE BWC
ESCALA 1:25
127
LEGENDA
,
AF AC A FRIA TAQ TANQUE DE LAVAR ROUPA
CS CAIXA SIFONADA
OU DUCHA SíMBOLOS
FI FILTRO
ESGOTO -----------------
llAV LAVATÓRIO
REC R E C ALOUE
HIDRANTE
RP REGISTRO DE PRESSÃO
II
I
I
I
III
Este desenho visualiza, para um outro banheiro, as dezenas de peças (ocultas na construção acabada) que
integram as instalações sanitárias. As plantas detalhadas dessas peças caíram em desuso junto aos projetistas
pelo fato de que, nem sempre, o que foi projetado e desenhado corresponde exatamente ao existente na obra;
e é por aí que o montado r faz suas adaptações, fugindo do projeto original a fim de simplificar sua mão-de-obra.
O que pode resultar em mau funcionamento.
Detalhes de esqV\adv-ias
OE MACEIRA
ESQUADRIA E o CONJUNTO DE PORTAS E JANELAS { DE FERRO
DE ALUMíNIO
MOVIMENTO FOLHAS T I P o
DE GIRO (OOBRADIÇAS) DE I FOL.HA OE FICHAS
P O RT AS
CORRE OiÇA oe: 2 FOl HAS oe: COMPE:NSADO
PfVOTANTE ETe. ENVIORAÇADA
aASCULANTE DE ALMOFADAS
DE ENROLAR
FOLHA DA
PORTA
OMBREIRA
OU AOUELA n
SOLEIRA
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• DE CAIXA: AOUELA
IGUAL. À ESPESSURA
DA PAREDe:
RESUMO:
-
Nas figuras seguintes aparecem detalhes construtivos muito comuns em obras. Mais do que servirem de modelos
! Af
para serem copiados, eles devem ser usados para se pensar em como e por que funcionam.
129
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FIXAÇÃO DA GRADE NA ........•...
PAA,E DE POR ME'O n~ ...
ALIZAR OU
60Aft NIÇÃO
AOUELA
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TRAVESSA
ALMOFADA
PORTA ENVIDRAÇAOA
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ao- IY~~ 6Jrc./:3 POR PREGOS
PORTA DE FICHAS
DIVERSOS TIPOS
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DE FICHAS
TRAVESSA
TIRANTE
{ DE CAIXA
VERGA OMBREIRA
ADUELA IILIZAR
TUFO OU TACO BATEDOR OU
BATENTE
COUÇOEIRA TRAVESSA
FOLHA PINASIO
É USADA PARA
EVITAR A FLE-
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TRILHO DE FERRO /.
MOLDURA
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• ~RO PARA"
; \ REGULAGEM ..
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FOLHA DE
ENC HI 1.1E"lHO DE
RESTOS DE MADEIRA.
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CORREDiÇA
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2.10 ••••
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PIIIASIO
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QUANTO AO MOVIMENTO
• DE GIRO
• CORREDiÇA
• BASCULANTE
JANELAS • PIVOTANTE -V'ER CAPo 11
TRAVESSA
• DE GUILHOTINA - IDEM
QUANTO AS FOLHAS
• DE UNA FOLHA
• J>E DUAS FOLHAS, ETC.
OU FOLHA
DE SEGURANÇA
OLHA
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Detalhes de eSCjlAadl"ias 135
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BATEDOR EXTERNO
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136 Desenho Ar-qV\itetônico
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Detalhes de esqv.adl"ias 137
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I~ CONVENÇÃO
22 CONVENÇÃO
RECO MENDAOA
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RESUMO:
Os projetos de obras envolvendo acréscimo ou demolição costumam utilizar cores para assegurar bom
entendimento daquilo que vai ser alterado; esta representação convencional é o assunto deste capítulo. Outros
usos de cores convencionais são apresentados.
140
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ESUMO:
O projeto que ilustra este capítulo é uma feliz solução para habitação unifamiliar em terreno pequeno. Os
oesenhos formam aquilo que é exigido para apresentação e aprovação de um projeto junto aos serviços públicos,
:o e anto deixamos de apresentar as especificações, os detalhes e a indicação dos pontos elétricos.
142
PROJETO: RESIDENCIA
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LOCAL LOTE 9,QUADRA F
LOTEAMENTO N.S. DO LORETO. PIEDADE - ..IABOATÃO - PE
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ÁREAS
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PLANTA DE SITUACÃO
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RESUMO
Os desenhos a seguir são aqueles que se apresentam aos órgãos públicos para a aprovação do projeto
arquitetõnico.
148 Desenho Ai"CJlAitetônico
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Arq l/\itetl/\ra e
compl/\tador
A gráfica computacional- traduzida erradamente como Em 1990, B. Lawson identificou 4 categorias de uso
computador gráfico (um instrumento que ainda não do computador em arquitetura:
existe!) - apareceu como idéia na década de 50 e foi 1. Organização e Administração.
concretizada em 1963 quando Ivan Sutherlahd mostrou 2. Processamento de informações: coleta de dados,
o uso de computadores em projetos arquitetônicos. Em análise de exigências, resumos, relação de mate-
seguida, não somente as máquinas (hardwares) se riais, orçamento, etc.
desenvolveram como foram criados programas isott- 3. Análise de soluções: comparação entre vários
wares) para áreas como projetos de eletricidade, ilu- projetos ou avaliação de um item específico.
minação, planejamento econômico e espacial, acústica, 4. Geração de soluções: não existe ainda algo que
comportamento térmico, etc. Logo a gráfica computa- satisfaça o usuário menos exigente, como foi dito
cional entrou nos currículos universitários (1975) e nos acima.
escritórios de arquitetura e de engenharia.
Entre os programas de desenho ajudado por computador
o mais conhecido é o CAD, que corresponde ao
Houve tentativas de usar o computador para fazer 'fusquinha' entre os automóveis. Em tese, os tais
projetos arquitetônicos e os resultados foram dois: o programas aumentam a produtividade, liberando o tempo
projeto saía muito rapidamente da impressora, mas ... do projetista para aplicação em maior criatividade e
da pior qualidade! melhor projeto; na prática, isto raramente ocorre. Há
casos em que o projetista apenas aprendeu a apertar
botões, sendo incapaz de sair da jaula ou janela do
No momento há grande diversidade de programas e programa.
os arquitetos se dividem em dois grupos: os que utilizam
as máquinas e os que ainda não experimentaram. Estas Vantagens do computador
pessoas imaginam que utilizar o computador é mais
difícil do que aprender o uso do tradicional normógrafo Além das já citadas, há outras:
manual, o que é falso; apesar de sua fama, o compu- • Ele substitui um monte de instrumentos: lápis,
tador é aprendido sobretudo com a prática e qualquer canetas, régua graduada, compasso, esquadros,
exigência de raciocínio abstrato ou filosófico é mito régua-tê, prancheta, etc.
absolutamente sem base. Tanto é assim que as crian- • É mais rápido e preciso.
ças aprendem a utillzá-lo ... brincando! Desconhece-se • Dá a visão global do projeto, inexistente nos dese-
qualquer impedimento legal para o adulto fazer o mesmo. nhos manuais fragmentados de plantas, cortes,
fachadas e perspectiva.
• Abre a possibilidade da animação gráfica: o obser-
vador circulando dentro ou fora do edifício.
• Permite o estudo de alternativas de acabamentos
internos e externos (simulação).
• Possibilita grande compatibilidade entre projeto
arquitetônicoe projetos complementares.
• Traz facilidade de reprodução e transmissão dos
desenhos do projeto.
RESUMO:
O surgimento da gráfica computacional e seu rápido desenvolvimento. O medo do computador entre os adultos.
Usos do computador em Arquitetura. Vantagens e pontos fracos da máquina. A necessidade de debates sobre
mudanças no ensino e na maneira de fazer projetos. Aperfeiçoamentos que podem ser feitos nos programas.
157
Pontos fracos
Existem programas capazes de analisar as sobre-
Eventual perda de habilidade manual do desenhista cargas na construção com uma parede de tijolos ou
iniciante, podendo acarretar redução de sua percepção com blocos de gesso (como se comportaria a estrutura
artística. Isto se tem verificado com pessoas que em cada caso?), o consumo de água e de eletricidade,
utilizam o computador no início de sua formação o sub ou superdimensionamento de janelas, a ventila-
profissional, ainda que raros professores o reconheçam; ção cruzada, a orientação dos espaços em função da
talvez motivados pelo endeusamento corrente da máqui- insolação, etc.
na, que é, de alguma forma, uma novidade tecnológica
(!,
com enormes possibilidades.
o professor Cláudio César Pinto Soares, da UFRJ, é Tais programas são estritamente técnicos e quan-
uma destas 'ovelhas negras' que aceita a tecnologia titativos; seria de desejar que fossem adaptados para
mas levanta restrições e chega ao ponto de não dar usuários não especialistas. Por exemplo: programas
aulas de CAD ou de qualquer outro programa por estar que mostrassem uma viga trincando em face de exces-
consciente de que o aluno apenas deseja decorar sivo carregamento; uma estrutura que desmorona na
quais teclas apertar, em vez de entender antes os tela sob efeito de recalque diferencial ou outro motivo;
conceitos fundamentais da gráfica computacional. o usuário impedido de ler um jornal em sala mal
iluminada, etc.
É fato reconhecido, mas pouco falado, que os com- Enquanto espera tais aperfeiçoamentos, o leitor
putadores são máquinas superdimensionadas: algo poderá comparar os desenhos do Capítulo 12, feitos
como usar um jato para ir do centro ao subúrbio; além com utilização dos instrumentos tradicionais de
disto, os proqramas são complicados e incompatíveis desenho, com os dos Capítulos 19 e 20, produzidos
entre si. Ou seja, quem adere a um programa fica com os recursos da gráfica computacional.
monopolizado por um determinado produto e marca
comercial que é atualizado com freqüência.
Já é tempo de universidades, órgãos e associações de Este Capítulo foi escrito graças a subsídios fornecidos
asse, ABNT, fabricantes, fiscalizadores e usuários pela Professora GiseleCarvalho, da UFPE, e pelo
iscutirem entre si os problemas a fim de definir quais Professor Cláudio César Pinto Soares, da UFRJ.
udanças (inclusive pedagógicas) devem ser adotadas
o ensino de projeto. Do contrário ficaremos todos à
ercê de programas e de piratas, utilizando o compu-
tador como uma prancheta eletrônica, embora sabendo
:l e ele pode ir muito além disto.
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Museu do DeseV\ho
PAPEL PARA FORRAR PRANCHETA
o tampo da prancheta deve ser forrado com papel liso Alguém já sugeriu que o tampo da prancheta fosse feito
(já se fabricou u!JI.papel especial para isto) ou com de material translúcido: vidro fosco ou acrílico leitoso.
plástico não brilhante de cor verde ou creme em Vantagem: a iluminação - ou parte dela - seria feita por
tonalidade clara. O plástico branco fosco pode ser baixo, sem criar sombras sobre o desenho.
usado, embora apresente o inconveniente de sujar com
facilidade. O papel ou o plástico deve ser bem estirado, é'esirecccca/ ~ so/"cu+<.
sem deixar bolhas ou ondas, sendo grampeado na face ae /;oa. r;ua!Úzade.
inferior do tampo e nunca nas bordas laterais ou na
face superior.
Compassos
-L--'-__ T.I"'a-Ça.
cV'~
de ~5 a. /2mm
de raio.
\A
3 - o cintel é formado por duas peças
que se prendem sob pressão em
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uma haste de madeira ou metal. A
distância entre as duas peças -
ponta seca e lápis - é igual ao raio. 4 - O compasso de redução não ser- 5 - O compasso de pontas secas
Algumas lojas vendem o cintel com ve para traçar circunferências! Ele não possui lápis. Portanto, não risca
haste cromada; verifique, neste ca- tem por finalidade passar - depois e serve para transportar medidas de
so, que a haste não seja curta pois de ajustado o eixo móvel - as me- um local para outro. Não tem apli-
ela não pode ser aumentada, como didas da proporção A para B (redu- cação no desenho arquitetõnico,
ocorre com as peças isoladas que ção igual a AlB) ou de B para A, por- porém é bastante útil no desenho
aceitam qualquer haste. tanto ampliação igual a B/A. de máquinas.
RESUMO:
Com o passar do tempo os instrumentos de desenho mudam; surgem novos, enquanto outros se tornam peças
de museu. É o caso de compassos, papel para prancheta, tecnígrafo, norrnógrafo de chapa perfurada, curva
universal, tira-linhas, caneta Graphos e outros.
Múlseúl do Desenho 159
I I
•
Normalmente o compasso, de qualquer tipo, é usado
com grafite de ponta cênica. Em casos excepcionais,
quando o raio a traçar é muito pequeno, pode-se usar a
ponta em BISEL. Ela tem o inconveniente de gastar-se
mais facilmente do que a ponta cônica.
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I :
o Tira-linhas
e'UU! ~ cio
eoutpa.S'S.O e e' JLi,( ao
fa1~tt<OS as« aeseeéo cos«
t/'a.ç<rs de cores oaria.da.s.
TECNíGRAFO
NORMÓGRAFO
o... cÁapa. ck p.~
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DE TINTA
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t!ll'- ~/
U,Á" •• "DE É
. ENCAIXADA A PENA.-
PENA
(SÉRIE A)
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4S PENAS
PARTE. PARA
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UN. liDA
À '
APIIES:!NTAÇAO
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PRECISA-SE, PELO MENOS, DE:
0,13
0,2
O,Z:! (OU 0,3)
0,4
0,6 00 0,7
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N~~
., UMA PENA DA aÉRIE"T·HÚMEI\!O: ~ fa.c-e
0,&
163
r
demão de tinta,
APICOAR - Desbastar com ferramenta CAVA - O mesmo que escavação.
uma superfície ou pedra. CHANFRO - Pequeno corte para
ARANDElA - Aparelho de iluminação eliminar arestas vivas.
fixado na parede. CHAPÉU (de muros) - Coroamento
AS NA - Peça de tesoura de telhado. que protege das águas.
Perna. CHAPIS'CO - Primeira camada de
AMARRAÇÃO - Disposição dos tijolos. revestimento de paredes e de tetos,
ASSOAlHO - Piso de tábuas. Soalho. destinada a dar maior aderência ao
I-~r
BALANÇO - Elemento com apoio e revestimento final.
contrapeso numa extremidade e com a CHEIO - Nome dado a uma parede
outra livre. ------------' sem aberturas. Parede cega.
BALAÚSTRE - Elemento vertical que, CHUMBADOR - Peça que serve para
empregado em série, forma a balaus- fixar qualquer coisa numa parede.
trada. CLARABÓiA - Vão na cobertura, em
BALDRAME - Parte do embasamento geral protegido com vidros.
entre o alicerce e a parede. Soco. COMBOGÓ - Elemento vazado.
BANDEIRA - Parte superior dos vãos COI FA - Cobertura acima do fogão para
acima das folhas de porta ou janela. tiragem da fumaça.
BASCULANTE - Janela ou peça móvel COLUNA - Suporte de seção cilíndrica.
em torno de eixo horizontal. CONCRETO - Aglomerado de cimento,
BATEDOR - Batente. Rebaixo na aduela areia, brita e água.
onde se encaixam as folhas dos vãos. CONCRETO ARMADO - O mesmo
BEIRAL - Parte saliente da cobertura. acima com ferragem.
BISEL - Corte em chanfro na extre- CONDUíTE - Conduto flexível.
midade de uma Reça. CONTRAFORTE - Reforço de muro ou
BOlEADO - De perfil curvo. ---I. parede. O mesmo que gigante.
1
Sob~e O Au.torr
e-a
I
Foto: Josenilson Santana
Os familiares pensam em interná-Ia, pois escrever livro
no Brasil é coisa de maluco. Eles estão adiando porque
o professor paga o mercadinho, toma umas, lava pratos,
a burra e o carro ou carroça. E, ao contrário do professor,
seus projetos não são assim tão malucos.