01 Share Me - Ker Dukey e K. Webster (Série Kkinky Reads)
01 Share Me - Ker Dukey e K. Webster (Série Kkinky Reads)
01 Share Me - Ker Dukey e K. Webster (Série Kkinky Reads)
Manter-me segura.
Mas nenhum de nós está seguro contra o fascínio que temos quando estamos
juntos.
Alguém está tentando acabar com a minha vida, mas eles podem não ter a
chance se eu for devorada por meus salvadores primeiro.
Aviso: Este é um romance MFMMM, ardente e quente que vai fazer você se
queimar! Uma combinação perfeita de doce e sexy com um pouquinho de
suspense! Você terá um final feliz que vai te fazer desmaiar! Este não é um
romance sombrio.
Playlist
Listen on Spotify here.
— Back to You— by Louis Tomlinson and Bebe Rexha
— I Don’t Wanna Live Forever— by Zayn
— Pillowtalk— by Zayn
— Loud(y)— by Lewis Del Mar
— The Death of Me— by Meg Myers
— War of Hearts— by Ruelle
— Love is Mystical— by Cold War Kids
— White Noise— by Badflower
— Little One— by Highly Suspect
— Where is My Mind? — by Pixies
— Blossom— by Candlebox
— #1 Crush— by Garbage
— So Real— by Jeff Buckley
— Hold Me Down— by Halsey
— Like Lovers Do— by Hey Violet
— Movement— by Hozier
— R U Mine? — by Arctic Monkeys
— Sex on Fire— by Kings of Leon
— Like Real People Do— by Hozier
— Wild Horses— by Bishop Briggs
— Can I Exist— by MISSIO
— Tempt My Trouble— by Bishop Briggs
— I Feel Love— by Donna Summer
—Sweet Young Thing Ain’t Sweeet No More— by Mudhoney
Para aqueles de vocês que são otários por coisas românticas...
como sexo anal e palmadas na bunda.
Prólogo
Clove Sterling – A Cliente
Perseguindo.
3
Sexualmente atraente.
sexo. Fui levada a acreditar por programas de TV que isso deveria acontecer anos
depois do casamento, não desde o começo. Eu nem senti a dor que deveria sentir
quando perdi a virgindade. Foi simplesmente insípido e rápido demais para
perceber dor ou prazer. Eu sempre fui uma pessoa sexual, comigo mesma.
Minhas fantasias me fizeram companhia e criaram uma expectativa que
William nunca poderia fazer jus.
Eu ainda não tenho certeza se é normal ou se há algo errado comigo,
porque desejo ser provada, ser tocada por horas, em todo lugar, proibido ou não.
Eu quero paixão como você vê nos filmes ou até mesmo o sexo sujo, em todas as
posições que você vê em vídeos pornográficos.
A luxúria, a necessidade, o toque bruto e áspero de um homem que quer
me devorar.
Talvez porque ter crescido em uma casa de homens que parecem ter saído
das páginas de um catálogo esportivo ou diretamente de um set de filmagem.
Meus quatro caras estabeleceram um alto padrão no departamento visual.
Eu me apaixonei por eles desde que entraram na minha vida há seis anos.
Eles foram a razão pela qual comprei meu primeiro vibrador. Eu tinha sonhos
impróprios sobre cada um deles e às vezes com todos eles desde que consigo
lembrar. Eu comprei o brinquedo online, então ele se tornou meu melhor amigo
e provavelmente a razão pela qual não senti dor com William.
Não só porque eles são todos bonitos, no entanto, cada um dos meus
rapazes também é único, oferecendo algo que sempre precisei. Atenção. Afeição.
Um ouvido atento. Proteção. Mas acima de tudo… companhia.
Só de saber que eles estão por perto, em algum lugar da casa, me faz sentir
menos… sozinha.
Eu não tive a educação típica, então os amigos eram escassos e namorados
não foram permitidos até eu completar dezoito anos, e mesmo assim, foi
escolhido para mim pela equipe de segurança do meu pai. Antecedentes e
verificação de mídias sociais para ter certeza de que ele não era apenas digno,
mas se não tinha algum segredo. Encontros arranjados e organizados, roupas
escolhidas para mim até que fiz dezenove anos e adquiri confiança. Isso foi tudo
graças a Ford, que um dia chorou de rir do meu cardigã. Tinha coelhos impressos
por toda parte e eu parecia ter cinco anos, não uma mulher de dezenove anos
pronta para perder sua virgindade. Ford me levou às compras naquele dia,
deixando-me experimentar o que eu quisesse. Mudei todo o meu guarda-roupa
naquele fim de semana e nunca mais olhei para trás, para horror de Marjorie.
Aparentemente ter opinião própria também significa que você é um pesadelo de
relações-públicas. Eu sou uma boa filha, e jogo pelas regras quando isso é
importante.
Roupas tem poder. Quando preciso ser quem meu pai quer que eu seja,
posso colocar uma saia e uma blusa e fingir que sou essa garota. Quando me
sinto ousada e quero perder essa expectativa, posso substituir a blusa e a saia
por um vestido sedutor e ficar mais despreocupada. Mas o melhor de tudo,
quando preciso me sentir especial e sexy, posso ser apenas eu de calcinha de
renda. William nem uma única vez tirou meu sutiã durante o sexo, o que eu
acho estranho e gostaria de ter alguém próximo com quem pudesse conversar.
Eu diria que ele nunca tirou porque meus seios parecem atraentes na peça
rendada, mas ele sempre franze a testa quando uso roupa íntima sexy. Ele me
disse que uma dama não usa itens assim. Ele também me disse que não era
comum uma garota querer sexo.
Eu sempre me senti envergonhada por isso.
Eu li on-line que é normal ter um alto desejo sexual quando você é jovem,
mas não tenho certeza se isso se refere à pessoa solteira ou em um
relacionamento. Seus hormônios enlouquecem, afirmavam os artigos. Bem, eu
tenho vinte e três anos agora e ainda estou com tesão e frustrada.
Olhando para a minha mão esquerda, suspiro profundamente. Meus
pensamentos estão pesados com as informações entregues a mim por sua irmã.
Uma proposta está chegando. O pensamento de me casar com William deixa um
buraco no meu estômago cada vez maior. Eu não posso casar com ele.
As coisas com William simplesmente não funcionam. Eu não posso
continuar me enganando e pensando que vai funcionar.
Apenas visitá-lo tornou-se uma tarefa árdua e não é justo para nenhum
de nós continuar com isso quando temos os olhos da mídia sobre nós o tempo
todo, criando um casal perfeito quando estamos longe disso.
Eu rolo para uma foto dele com sua família e suspiro diante do afeto que
os olhos de sua mãe transmitem enquanto olha para seu filho com adoração.
Sinto falta da minha mãe e desejo ser olhada com tanto carinho.
A morte da mamãe foi há seis anos, mas a tristeza sempre que penso nela
é como sal sendo derramado em uma ferida crua.
Muita coisa mudou desde sua morte. Ela morreu em um acidente de carro
quando o pai estava concorrendo a governador. Em vez de paralisar sua carreira,
a impulsionou. A cobertura da mídia e as revistas, todas escrevendo sobre sua
força e paternidade, fizeram maravilhas para seus votos. Mas a verdade era que
sua equipe me criou. E quando digo me criou, quero dizer que olharam por mim.
Eu praticamente me criei. Agora ele está indo para a Casa Branca e seu tempo
para mim é menor do que antes. Eu o adoro, no entanto, e ele me ama. Eu só
queria que nosso tempo juntos não fosse forçado em sua agenda. Ele pediu para
se encontrar comigo para um café em uma loja local mais tarde, porque
encontrar tempo dentro de nossas próprias paredes é impossível.
Ele quase nunca está em casa e eu apenas existo dentro dessas paredes.
Ele quer discutir sua campanha e meu papel enquanto concorre a presidência.
Eu digo a ele que não quero fazer parte dessa farsa?
Eu verifico meu celular e vejo que tenho algumas horas de sobra antes de
encontrar meu pai, então procuro o contato de William.
Eu: Podemos nos encontrar esta manhã?
Cinco minutos depois vem sua resposta.
William: Posso te agendar às 10:30 por meia hora?
Sua resposta me faz revirar os olhos. Eu preciso de alguém que não queira
me agendar e sim fique entusiasmado por poder passar um tempo comigo.
Eu fecho o laptop e desço da cama. Está quente, quente demais, e o ar-
condicionado não está funcionando no meu quarto a dois dias. Indo até a janela,
a empurro para cima e inspiro o ar, tentando encher meus pulmões e esfriar
minha pele suada. Eu tenho dormido só de calcinha e ainda está muito quente.
Estamos tendo um outono excepcionalmente quente. Eu mal posso esperar que
o clima mais frio comece.
Meus olhos se fecham e levo um minuto para pensar sobre o que vou dizer
a William.
— Ei, você não me satisfaz. Nós deveríamos nos separar.
— Nós precisamos conversar. Acabou. Tchau.
— Eu sou insaciável e você odeia me foder, então acabou.
— William, você sempre será uma parte da minha...
Ugh, patético.
Abro os olhos e me assusto quando meus olhos se chocam com os
brilhantes olhos azuis de Sebastian, o líder da equipe de segurança do papai, de
pé no quintal. Ele e sua equipe trabalham para o papai exclusivamente desde a
morte da mamãe, então ele não é estranho para mim, mas o brilho em seus olhos
quando encontram os meus é diferente de qualquer outra maneira que ele me
olhou.
Choque no começo. Então, intensidade. Finalmente, fome.
Minha testa franze e é então que percebo que estou usando apenas minha
calcinha. A janela é baixa e mostra todo o meu torso ao seu olhar focado.
Porcaria!
Normalmente, os terrenos na parte de trás da casa estão vazios. São
apenas três quilômetros de vegetação. Mas não hoje. Hoje, Sebastian está lá fora,
com o celular no ouvido e os olhos azuis brilhantes colados em mim.
Respire, Clove. Respire, Clove.
Não consigo respirar, no entanto. Meu peito aperta, espremendo meus
pulmões, fazendo meus olhos incharem.
Levo alguns segundos para me afastar e colo minhas costas na parede ao
lado da janela, tomando uma enorme quantidade de ar. Meu coração está
acelerado e minhas mãos estão trêmulas, uma emoção, que não deveria, me
atravessando.
Ele não desviou o olhar. Apenas olhou para a minha pele exposta e isso
gerou uma excitação em meu estômago que eu não entendo. Foi só uma situação
acidental, mas todo o meu corpo está zumbindo com necessidade agora.
Manifestando e umedecendo minha calcinha. Eu não sou normal.
Eu espio para ver se ele ainda está lá, mas não está. O espaço em que ele
estava agora está vazio. Meu coração se esvazia um pouco sem motivo. Eu o
imaginei?
Estou sendo idiota por gostar da emoção dele me vendo quase nua.
Sebastian sempre me deixou com borboletas no estômago. Sua autoridade
misturada com aqueles olhares é uma combinação mortal e sempre tive um
sentimento de medo e excitação na presença dele, como se ele pudesse me punir
se eu quebrasse as regras, mas sua punição seria brutalmente pecaminosa.
Imaginei ser colocada sobre seu joelho em mais ocasiões do que considerado
sensato.
Mordendo meu lábio, verifico o horário no meu celular. Nove e meia. Eu
tenho tempo. Correndo para a minha cama, pego meu brinquedo rosa da cômoda
e deslizo minha calcinha pelas minhas coxas, deitando-me e deixando
pensamentos impróprios ocuparem minha mente.
Visões de mim fazendo isso com ele assistindo, com os outros membros
da equipe assistindo, faz minhas costas arquear. Imagino meus quatro rapazes
em volta da minha cama, cada um deles se tocando, me encorajando, guiando-
me, comandando-me. Deixo as vibrações dançarem sobre o meu clitóris
enquanto fantasio que estou em exibição para Sebastian e toda a sua equipe, me
abrindo para eles, enlouquecendo. Eles estão todos em volta da minha cama,
mas não podem tocar. Eu me abro mais, expondo minha boceta brilhante para
o quarto, e massageio a ponta rosa sobre meu clitóris até meus dedos se
curvarem. Então, deslizo para dentro e me contraio em torno dele enquanto
ondas ilícitas de prazer me inundam.
É rápido quando o orgasmo chega, acendendo todos os nervos do meu
corpo. Minha calcinha encharcada enche o ar e um sorriso sobe pelo meu rosto.
Assim que arrefeço e deslizo o dispositivo de dentro de mim, a vergonha o
substitui.
Eu não sou normal.
Ficar excitada por alguém que conheço há anos e acidentalmente me viu?
Estou desesperada e patética.
William deveria cuidar dessas necessidades e, ao invés disso, ele só me
deixa mais frustrada.
Uma batida na porta do meu quarto me sacode dos meus pensamentos e
vejo a maçaneta baixar, então puxo minha calcinha rapidamente, jogando o
brinquedo sobre o final da minha cama e me sentando em meus joelhos.
A porta se abre e Sebastian está parado ali. Todo o 1,82 cm dele. Estrutura
sólida. Testa franzida, mandíbula tensa e olhos semicerrados.
— Oh, desculpe. — Diz ele com uma voz rouca, notando meu estado ainda
nu e virando as costas largas para mim. Meus olhos se arregalam e pego um
travesseiro para me cobrir. Eu sei que minhas bochechas estão queimando e
pareço culpada, porque sou. Ele sabe? Ele ficará envergonhado por si mesmo?
Por mim?
— Tudo bem. — Eu falo.
Ele arrisca um vislumbre por cima do ombro, um brilho feroz em seus
olhos, e vê que me cobri antes de assentir e se virar para me encarar de novo. —
Eu sinto muito sobre antes. — Ele aponta para a janela e, em seguida, esfrega a
mão na parte de trás do seu pescoço. Ele está corando?
Estou balançando a cabeça antes mesmo de ele terminar a frase. — Não,
foi minha culpa. Por não colocar roupas. — Eu rio sem jeito e seus olhos
escurecem enquanto se arrastam sobre mim. — O AC4 está quebrado aqui. —
Acrescento rapidamente. — Eu só precisava de um pouco de ar para refrescar o
quarto. Está tão quente. — Estou murmurando como uma idiota. É como se eu
Ar – condicionado.
o encontrasse pela primeira vez e não tivesse passado seis anos sob este teto
com ele.
Sua língua passa por seus lábios cheios, deslizando para provar o inferior.
— Sim, eu posso ver isso. — Ele afirma, mais uma vez arrastando os olhos sobre
mim como se pudesse ver através do travesseiro que estou segurando como um
bote salva-vidas.
Eu coro mais forte e mordo meu lábio inferior. Eu não me sinto com vinte
e três anos. Eu me sinto como uma adolescente virgem sob seu olhar. Ele se
move mais para dentro do meu quarto e em direção ao meu AC e meu estômago
cai. A doença da humilhação explode dentro de mim quando ele contorna a cama
e seu pé chuta o vibrador de que tentei me livrar. O tempo desacelera e
desmorono na cama quando seus olhos caem no item ofensivo.
Ele está se abaixando enquanto estou saindo da cama. Não, não, não.
Ele chega antes de mim, apertando-o na palma da mão, e se ergue. Agora
estou em pé na frente dele, o travesseiro abandonado e a humilhação disparando
um rubor vermelho sobre minha pele.
Eu arranco-o da mão dele e escondo atrás das minhas costas como se isso
fosse apagar o fato de que ele viu e tocou. Ele provavelmente poderia ver o brilho
do meu orgasmo sobre isso. Sentir meu cheiro. Oh Deus, mate-me.
Ele está olhando para a mão dele, a que segurava meu brinquedo usado
um segundo atrás, e meus olhos se arregalam com a preocupação de que
qualquer umidade possa estar lá.
— Estou mortificada. — Eu engasgo, minhas sobrancelhas franzidas e
lágrimas nos meus olhos.
— Todos nós temos necessidades, Clo. — Ele engole e estou paralisada
com o movimento de sua garganta. Eu sempre achei que ele se parecia com um
vampiro, mas agora me sinto como um. Porque quero me inclinar e dar uma
mordida no pulso saltando em seu pescoço.
— Sebastian? — Um rosnado vem da porta, fazendo-me quase saltar da
minha pele. Voltando o olhar para a voz ofensiva, vejo outro membro da sua
equipe, Ford, parado ali olhando para nós. Ford sempre foi um amigo para mim,
mas esse tom não era amigável. O quarto aquece e olho entre os dois, rezando
para que Sebastian não mencione esse incidente para ele.
— Eu estava apenas checando o AC. Está quebrado. — Sebastian
resmunga.
Se não estou enganada, ele parece culpado.
Minha pele queima e caramba se não me sinto culpada também.
— Sim, parece quente aqui. — Ford grunhe e, em seguida, a agressão de
momentos antes se dispersa com seu sorriso de sempre, seus olhos varrendo
meu corpo exposto como se estivesse contando uma história.
Puta merda, duas vezes em uma manhã outro homem me viu de calcinha.
— Precisamos nos preparar. Zac quer revisar o plano de hoje. — Informa
Ford.
Há uma pausa silenciosa no quarto antes de começarmos a nos mover. Eu
ando até a cama, puxando o lençol para cobrir meu peito. Sebastian se vira e vai
para a porta que agora tem Ford apoiado contra o batente, sorrindo para nós
como se soubesse de um segredo que nós não sabemos. Há malicia em suas
feições e sei que ele acha que sabe mais do que realmente sabe.
O que papai pensaria se eu tivesse algo com um membro de sua equipe de
segurança?
Ele os demitiria e me proibiria de contar a alguém para que não se tornasse
um escândalo que pudesse manchar nossa reputação. Eu posso fantasiar, no
entanto. Ninguém tem controle sobre isso.
Eu os assisto sair e respiro fundo antes de ir para o banheiro tomar um
banho, levando meu brinquedo rosa de prazer comigo.
2
Ford Cross – Agente Especialista em Armas
Clove está vestida com uma saia lápis e blusa. Um colar de pérolas abraça
seu pescoço delicado e seu longo cabelo castanho escuro está puxado para cima
em um coque firme e elegante. Ultimamente, ela usa esse suculento gloss em
seus lábios rosados que me deixam com água na boca. Seus olhos castanhos
estão sempre maquiados com delineador e rímel, mas prefiro quando ela está em
casa e limpa. Aqueles olhos castanhos parecem estalar e revelam mais da
verdadeira Clove.
Eu sinto que cada vez mais, especialmente quando ela esta com seu
boneco Ken, William, ela perde a verdadeira Clove e tem que ser o fantoche de
seu pai para a imprensa com muita frequência.
Eu não sou um fã da fodida Barbie filha de político.
Ela sempre parece muito composta hoje em dia. Vê-la em desordem esta
manhã apenas de calcinha foi esclarecedor, lembrando-me da vez que a levei
para fazer compras quando ela me perguntou se parecia atraente de uma forma
sexual anos atrás. Ela estava vestindo uma porra de suéter estúpido com
animais por toda parte. Ela poderia fazer qualquer coisa, mas eu sabia que ela
nunca havia escolhido suas próprias roupas na vida. Então, a levei para o
shopping. Foi como deixar um animal enjaulado livre no mundo. Ela foi de loja
em loja, escolhendo alegremente as coisas que queria e terminou em uma loja
de lingerie.
Renda, calcinhas de renda. Eu poderia dar-lhe um colar de pérolas para
combinar com elas e não o tipo que ela usa agora…
Eu afasto a imagem dela dos meus pensamentos pela centésima vez.
O corpo que ela esconde sob suas roupas é mortal. Ela é um nocaute. E a
imagem não sai da porra da minha cabeça, não importa quantas vezes a force a
sair dela.
— Estou nervosa. — Ela anuncia, chamando minha atenção por outro
motivo.
Ela está apertando as mãos e meus ombros endurecem.
Eu olho para Sebastian, que está dirigindo para variar, e olho para ela no
retrovisor.
— Por quê? — Eu pergunto franzindo a testa. Meu estomago se agita
nervoso pelo que ela vai dizer. Eu pego sua mão e aperto antes de soltá-la.
— Eu vou terminar as coisas com William. — Ela suspira e se desloca em
seu assento ao lado do meu.
Estamos acostumados a ela falando sobre sua vida conosco. Somos as
pessoas que ela mais vê, então ela se adaptou e se tornou aberta com alguns de
nós. Principalmente Leo, que a trata como se ela fosse uma fodida boneca frágil,
e eu que a trato como se ela fosse humana. Eu acho que surpreenderia a todos
quão inquebrável ela é.
Estou tão aliviado com as palavras dela. Eu tinha essa imagem dela
casando com aquele filho da puta.
— Ele é errado para você de qualquer maneira. — Eu lhe digo
corajosamente, ignorando o aperto da mandíbula de Sebastian.
Normalmente, eu apenas a escuto e não interfiro, mas William não a
merece. Ele a trata como se ela fosse um acessório. Ele só quer sair com ela
quando é com para a imagem dele. Ele é muito parecido com o pai dela. Clove
precisa de um homem que seja dedicado a ela. Ela é uma porra de um bom
partido, mas para esse bastardo político ela é apenas um meio para um fim. Ele
está tentando usar a influência e fama de seu pai para seu próprio ganho.
Ninguém realmente olha além do sobrenome dela para ver a mulher bem
ali diante deles. Ela é brilhante, além de bonita e carinhosa. Engraçada e doce.
Determinada e focada.
— Você realmente acha isso? — Ela sussurra depois de uma pausa
silenciosa. Por um momento, me preocupo em ter dito isso em voz alta, mas
depois lembro que estávamos discutindo William.
— Eu acho. Você merece alguém que ocupe seu tempo. Que irá até os
confins da terra para se certificar de que você está feliz e satisfeita. — Eu aceno.
Seus olhos se arregalam com a menção de satisfação e envia uma enxurrada de
visões através da minha cabeça de ser o único a satisfazê-la.
— Chegamos. — Sebastian anuncia. Tiramos os dois cintos de segurança
e saímos do carro.
Sebastian já está fora e à sua porta antes que eu possa chegar a ele.
— Você fica do lado de fora. Eu vou com ela. — Ele resmunga.
Com um aceno de cabeça, eu verifico as ruas e, em seguida, ocupo meu
posto do lado de fora da entrada do prédio de escritórios de William.
3
Clove Sterling - A Cliente
Inquieta, aperto minhas mãos enquanto o elevador sobe no prédio. Por que
está tão quente aqui? Sebastian e eu somos as únicas pessoas dentro da lata e
seu tamanho e proximidade me faz esquecer meu nervosismo e, em vez disso, a
excitação em meu estômago está de volta.
É como se meu corpo tivesse acordado depois de um longo sono. Eu sinto
cada parte dele aqui comigo. A ascensão e queda de seu peito enquanto respira,
a gota de suor em sua testa, sua mão acidentalmente roçando o tecido da minha
roupa, sua respiração se dispersando sobre meu rosto enquanto olha para mim,
os músculos flexionando em sua mandíbula. Eu vou entrar em combustão.
Sebastian está na casa dos trinta anos, mas não impede um calor que
começa a queimar meu pescoço com sua proximidade. Ele é alto, tem mais de
1,80 m. Ombros largos. Olhos azuis penetrantes e o cabelo muito preto que
parece tinta derramada. O brilho feroz que sempre cintila em seu olhar me
lembra de um vampiro novamente, mas sou eu quem está com sede aqui, não
ele.
Já vi muitos filmes. Minha imaginação gosta de enlouquecer de vez em
quando. Imagine se ele realmente fosse um vampiro e me mordesse em outros
lugares?
— Você parece perturbada. — Ele diz de repente e meus olhos se
arregalam.
— Eu… erm. — Minha língua parece grande demais para a minha boca.
Um pequeno puxão de seus lábios e então ele acrescenta: — Ele ficará
bem. Além disso, estarei do lado de fora se você precisar de mim. — O elevador
para e a porta se abre.
— Obrigada. — Eu coaxo, saindo o mais rápido possível do espaço fechado.
Ando direto pelo corredor e passo por Mary, a secretária de William. Ela
começa a levantar-se, a mão acenando em protesto quando ela quase salta de
trás de sua mesa para me alcançar, mas Sebastian fica em seu caminho,
bloqueando sua aproximação.
— Ele está me esperando, Mary. — Eu digo em torno de sua grande
estrutura.
— Eu ainda preciso anunciá-la. — Ela argumenta, mas é silenciada pela
espessura do corpo de Sebastian entre nós.
Eu bato na porta de William e, em seguida, empurro a maçaneta para
entrar. Ele olha para cima quando entro na sala. Há um homem sentado em
frente a ele, que segue o olhar de William até mim. Deixo meus olhos estudá-lo
e engulo quando suas órbitas escuras se estreitam em mim.
— Clove, você chegou cedo. — William se levanta e passa a mão pela
gravata.
— Desculpe, na verdade estou cinco minutos atrasada. Eu posso voltar
outra hora se você estiver ocupado. — Ofereço. Mas, na verdade, não vou marcar
outra hora para vê-lo. Vou terminar tudo por telefone quando ele puder ligar.
Ele balança a cabeça com veemência e move-se de um pé para o outro
como se estivesse ansioso.
— Você vai nos apresentar? — O outro homem diz, levantando-se e vindo
em minha direção. As roupas que ele está usando são incomuns neste ambiente,
o que me leva a acreditar que ele não está aqui a negócios. O couro em forma de
jaqueta fica bem sobre os ombros largos. Uma camiseta pressiona firmemente
seu abdômen com um logotipo de uma banda de rock estampada no tecido. Calça
jeans baixa em seus quadris estreitos descendo por suas pernas e
desaparecendo em pesadas botas pretas que param exatamente quando a ponta
de sua bota atinge o final do meu sapato.
O desejo de recuar é sufocante, mas me recuso a ser intimidada, e essa é
a vibração que vem desse homem. Seus olhos estão estreitos e um sorriso de
desprezo curva seus lábios quando ele diz: — Você está subindo na vida. Ela é
uma melhoria em relação à última.
Assim que minha boca se abre para lhe dizer para se afastar, uma mão
grande chega ao redor da minha cintura e me puxa para trás contra um peito
duro. O cheiro de Sebastian me envolve enquanto sua outra mão poderosa
empurra o peito do homem.
— Você está muito perto. — Sebastian rosna em aviso.
Eu sinto o calor e aperto dele em mais lugares do que a minha cintura e
luto contra o desejo de inalá-lo e me pressionar contra o seu corpo poderoso.
— Está tudo bem. — Intervém William, puxando-me dos meus
pensamentos confusos, finalmente saindo de trás de sua mesa e agarrando o
braço do homem contornando-o. Ele não está olhando para mim, mas para o
gigante atrás de mim, me protegendo. — Ela está bem. — Ele diz a Sebastian
sem me perguntar se estou realmente bem. Em seu domínio, me sinto mais do
que bem.
— Este é um amigo de escola de muito tempo. Ele está apenas de visita e
já está indo embora. — William olha por cima do ombro e o cara sorri com um
encolher de ombro.
— Não pretendia ofender. — Ele levanta as mãos em sinal de rendição.
— Você pode soltá-la agora. — William pede, mas Sebastian não me solta,
apenas relaxa um pouco, o que eu sou grata porque meus joelhos
enfraqueceram.
— Na verdade, é apenas uma visita rápida para que você saiba
pessoalmente que isso — eu gesticulo entre ele e eu — não está funcionando. Eu
tenho outro compromisso para comparecer, então... — Sei que pareço
desorientada, mas não consigo pensar direito com a neblina de Sebastian.
Recomponha-se, eu zombo internamente.
A mandíbula de William fica frouxa e seus olhos azuis claros se arregalam
em choque. Ele deveria ser o suficiente, deveria ser melhor nas coisas que eu
preciso, mas ele simplesmente não é.
— Você está brincando? — Ele ri, passando os dedos pelos cabelos loiros.
Mas a risada desaparece quando ele percebe que não estou sorrindo. Não é uma
piada.
— Clove? Você não pode terminar assim. Somos perfeitos juntos. Nossas
carreiras...
Eu levanto a mão para detê-lo. Ele quer dizer sua carreira. Eu faço
trabalhos de caridade. Eu não estou tentando subir degraus como William. Seu
ego me dá a munição que preciso para limpar a névoa da química sexual que
parece estar me consumindo hoje.
— Sua carreira. Estar com você não faz nada para promover minha própria
agenda, apenas a sua. — Eu zombo.
— Eu te amo. — Ele tenta.
O seu amigo da escola, que ainda está de pé atrás dele, solta uma
gargalhada, ganhando toda a nossa atenção. Com as mãos subindo em rendição,
ele diz: — Desculpe, continue.
Que filho da puta rude. Eu deveria ter esperado que ele fosse embora.
Escolhido outro momento para fazer isso, mas esperar, seria apenas prolongar
o inevitável.
— Você ama uma idealização de mim. — Murmuro. — Há uma diferença.
A mandíbula de William enrijece e os músculos se contraem ali. Ele coloca
as mãos nos quadris enquanto anda pelo chão. O aperto de Sebastian diminuiu,
mas ele não me deixou ir completamente.
— Podemos falar sobre isso num momento mais apropriado? Não é o lugar,
Clove.
— Devo agendar outro horário para vê-lo então? — Eu mordo.
— Eu não te dou tempo suficiente. Eu posso melhorar. — William diz com
um suspiro resignado.
— Faça melhor com a próxima mulher que entrar em sua vida. — Eu
estendo a mão para ele e aperto seu braço, antes de virar no meu salto e ficar
cara a cara com o peito de Sebastian. Ele fica na minha frente por um tempo
muito longo antes de dar um passo para o lado e me deixar passar.
Assim que eu atravesso a porta, me viro. — Foi um prazer conhecê-lo…?
— Ren. Ren Hayes. — O amigo sorri.
— O Ren Hayes? — Sebastian enrijece, fazendo-me ficar em alerta.
William empalidece e bate a porta do escritório na cara de Sebastian.
— Rude. — Eu recuo.
— Vamos lá. — Sebastian incita com a mão na parte inferior das minhas
costas, enviando ondas de choque pela minha espinha e calor líquido acumular
no meu estômago.
Nós não falamos de novo até estarmos de volta no carro. Desta vez Ford
assume o lugar do motorista e Sebastian se junta a mim na parte de trás.
Desabotoo alguns botões da blusa que estou usando. Estou confusa e
furiosa com a forma como as coisas aconteceram lá no escritório de William. E,
como uma cadela no cio com cada toque ou olhar de Sebastian, apesar de
conhecê-lo por mais de seis malditos anos, só piorou as coisas. Ugh. Essas
roupas profissionais são um obstáculo. Eu não consigo respirar. Eu adoraria
colocar meus shorts e camiseta e me sentir normal por uma vez.
Para me sentir livre.
— O que você quis dizer, O Ren Hayes? — Dirijo a pergunta a Sebastian
para me distrair, mas a questão desaparece quando encontro seus olhos na
minha clivagem exposta. Minha frequência cardíaca acelera e água inunda
minha boca.
— Ren Hayes? — Ford late por cima do ombro. — O homem que acabou
de ser absolvido pelo assassinato daquela mulher naquele clube? Deu no
noticiário.
Todo o calor é drenado do meu corpo, deixando um frio gelado em seu
rastro. Eu olho para Sebastian por confirmação e pelo mergulho em suas
sobrancelhas e postura tensa, eu diria que foi exatamente isso que ele quis dizer.
— Dirija. — Exige Sebastian.
Volto a relaxar no meu assento, sem perceber que me inclinei para a frente
quando o Ford mencionou com quem estive frente a frente minutos antes.
Assassinato?
A mão fria da morte serpenteia pela minha espinha, sussurrando sobre a
carne, causando arrepios por toda a minha pele. Sebastian se desloca em seu
lugar, sua coxa descansa contra a minha, lembrando-me que não tenho nada a
temer de Ren ou homens como ele. Porque tenho quatro protetores que não
permitem que ninguém me prejudique.
4
Sebastian Constantine – Chefe da Equipe de
Segurança
Uma energia nociva corre pelas minhas veias desde que saímos do
escritório do idiota do William.
O fodido Ren Hayes era a última pessoa que eu queria perto de Clo, e o
fato de ele estar no escritório de William com William trabalhando para o estado
é uma tolice. Essa é uma tempestade de mídia esperando para acontecer.
O bastardo chato parecia nervoso pra caralho e com boas razões se tem
um passado ligado a Ren Hayes. Ren foi acusado pelo assassinato de uma
mulher chamada Kate Rose. Ela o conheceu numa boate e mais tarde foi
encontrada estrangulada até a morte. O DNA de Ren foi encontrado na vítima e
suas impressões digitais num lenço de seda enrolado no pescoço dela. Ele alegou
que foi um item usado antes dela morrer, e estavam fazendo sexo violento. E que
o lenço foi um presente que ele comprou para ela.
Mas não havia provas de que fossem um casal. O bastardo encantou os
jurados e saiu.
Falta de evidências.
Agora estou no limite. Nós investigamos William quando eles começaram
a namorar, mas esse negócio com Ren veio depois. Ele não teria sinalizado. Darei
uma nova olhada nos antecedentes de William quando terminarmos esta reunião
na cafeteria com o pai dela.
Zac e Leo chegaram à cafeteria com o Sr. Sterling alguns minutos atrás.
Ele decidiu ficar do lado de fora, o que torna nosso trabalho de mantê-los seguros
duas vezes mais difícil. Pontos de possíveis ataques são maiores em espaço
aberto. Mas o Sr. Sterling gosta de ser visto. É bom para a imagem dele.
Eu examino o perímetro da cafeteria novamente e aceno para Ford, que
está sentado ao lado da mesa onde Clo e seu pai estão tomando café. Fica
evidente que ele só queria se encontrar em um espaço público quando os
paparazzis começam a aparecer e a fotografa-los. Jack Sterling precisa que o
mundo pense que ele é um pai dedicado passando um tempo com sua única
filha. Nós todos sabemos a verdade. Clo nunca o veria se não fosse bom para
sua imagem. Eu não estou dizendo que ele não ama ou se importa com ela, ele
ama mais sua carreira. Tem sido difícil vê-la crescer nessa linda mulher, mas
tão solitária e desesperadamente necessitada de amor.
Está ao seu redor, mas ela nunca pode saber.
Eu não consigo ouvir o que eles estão falando, mas os vislumbres rápidos
que dou a Clo me dizem que é algo com o que ela não está feliz, sem dúvida,
informando-a de mais sessões de fotos e eventos organizados, dos quais ela terá
que participar. Essa garota nunca se queixa de ser uma ferramenta nas
campanhas de seu pai. Ela faz o que é esperado dela, como uma marionete em
uma corda. Estou morrendo de vontade de soltá-la delas, de libertá-la... ou usar
para amarrá-la de maneiras mais divertidas. Porra, eu preciso parar de pensar
nela desse jeito. Ela não ajuda minha causa. Há muita coisa dentro dela
esperando para se libertar. Eu posso ver isso lutando sob a superfície, lutando
por uma fuga, implorando para que eu desbloqueie a gaiola em que ela está
presa.
Eu costumava amar meu trabalho, a emoção do perigo iminente, mas
agora, agora me importo tanto com a garota que estou protegendo que odeio isso.
Fico estressado em saber que há sempre um perigo potencial só por ela ter o
nome Sterling. Mantê-la segura é algo que prometi fazer, não importa o que
aconteça, mas gostaria que fosse sob circunstâncias diferentes, que ela fosse
minha. Que não fosse de longe.
Eu daria tudo para prová-la. Senti-la contra a minha pele, sua respiração
contra meus lábios antes que eu roubasse o seu fôlego e fizesse o mundo
desaparecer com um beijo que ela nunca receberia do maldito William. Qualquer
coisa por um gosto.
Leo verifica seu relógio e acena para mim, reorientando minha atenção. Já
passaram trinta minutos, o que é tempo de sobra para causar uma boa
impressão. Como um relógio, eles terminam. Ele nem sequer a alimentou.
— Leo, leve Clove para casa. Sebastian, você e os outros irão comigo. — O
Sr. Sterling nos informa. Normalmente ele me deixa decidir os arranjos de
proteção, mas ele sabe que Clo gosta da companhia de Leo e pelos seus lábios
virados para baixo, a reunião a aborreceu.
Quero discutir, mas não há razão para Clo não estar segura com Leo. Ele
a adora e é tão bem treinado quanto o resto de nós.
Assinto confirmando e vejo Clo caminhando até Leo e gesticulando para o
parque do outro lado da rua. Ela sempre gostou de caminhar. Ela ama a
natureza e raramente consegue experimentá-la.
Quando me afasto dela, sinto isso em meus ossos antes de qualquer outra
coisa. A atmosfera muda e uma piscina de ácido se forma no meu estomago
quando ouço um carro acelerando, os pneus guinchando e queimando no
asfalto.
Meu coração para quando o mundo desacelera. Eu me viro a tempo de ver
Clo quando ela pisa na avenida, o carro indo na sua direção. Mas em vez de
frear, acelera. Uma pedra se forma na minha garganta, mas consigo gritar, —
Leo!
O medo me enche enquanto corro em direção a ela. Leo já deve ter visto o
carro porque está empurrando-a para fora do caminho e pega a arma da perna
quando o carro o atinge, mandando-o para o chão. Pego minha Glock,
engatilhando em um segundo.
Meus olhos estão por toda parte, checando os arredores, baixando para
ver Ford ajudando Clo.
— Ela está bem. — Ele grita, sua própria arma na mão.
Zac levou Jack para dentro da loja para mantê-lo seguro. Flashes
disparam de todos os paparazzis fotografando o incidente. Eu aponto para o
carro desaparecendo à distância, mas é muito arriscado abrir fogo com tantos
civis ao redor. Alguém poderia se machucar no fogo cruzado.
Meu peito está apertado quando vejo Clo chorando no peito de Ford. Meu
corpo inteiro está vibrando com uma mistura de nervosismo e raiva. Alguém
tentou machucar, não, não machucar, porra, matar nossa garota.
Ford pega Clo em seus braços e a leva até o carro em que chegamos.
Filhos da puta.
Quem diabos iria querer machucá-la?
Quem quer que seja, morrerão.
5
Clove Sterling – A Cliente
Ir embora.
Ele quer que eu vá embora.
Meu pai borra diante de mim quando lágrimas enchem meus olhos. Eu
não entendo porque ele quer que eu vá. Estou mais segura com ele. Com nossa
equipe de segurança. Meus rapazes.
E ainda assim ele está exigindo que eu fuja.
— Papai. — Eu imploro. — Não faça isso. Podemos encontrar uma casa
segura para nós dois. Ninguém nunca vai nos encontrar. — Faz horas desde o
incidente e eu tenho temendo desde então.
A testa do meu pai está franzida. Normalmente, ele é sorridente e jovial ao
meu redor, mas isso o assustou. Não só a ele. Hoje à noite, ele é tudo menos
brincalhão. — Alguém tentou matá-la, Clove. — Papai rosna. — Eles vão tentar
de novo. Precisamos de você a salvo até que eu possa descobrir quem está por
trás disso. Se eu estiver muito ocupado me preocupando com sua segurança,
não serei capaz de fazer isso. Eu preciso me concentrar.
Marjorie se materializa do canto, seus cachos loiros saltam e caminha até
meu pai. Ela agarra seu bíceps e lhe dá um sorriso triste. É embaraçoso quão
completa e obviamente apaixonada ela está. Papai ainda não esqueceu mamãe
depois de seis anos. A pobre Marjorie está perseguindo uma causa perdida.
— Sua equipa é capaz. — Garante Marjorie. — Mandá-la embora pode não
ser a resposta.
Eu assinto rapidamente concordando. Nós nem sempre nos entendemos
em nossas escolhas de roupas e como me porto na frente do público, mas ela
está definitivamente no meu time.
Papai dá um tapinha no braço dela e balança a cabeça. — Não, ela precisa
ir. Nós vamos mantê-la fora da mídia. Você pode fazer isso por mim.
Seus lábios franzem e posso dizer que ela quer argumentar, mas no final,
passa os dedos sobre os dele de um jeito afetuoso e confortável antes de assentir
e me condenar a esse novo destino.
— Senhor. — Sebastian rosna. — Tempo é essencial.
Papai franze a testa e me puxa para ele. — Eu te amo bebezinha. Dê-me
tempo. Vou resolver tudo isso em pouco tempo. Então, voltarei para você.
Enquanto isso, vá com minha equipe. Eles vão mantê-la segura. — Ele está me
enviando com sua equipe?
— Mas quem vai mantê-lo seguro? — Eu exijo através das minhas
lágrimas. Estou preocupada que alguém venha e o tire de mim. Eu já perdi
minha mãe. Não posso perdê-lo também.
— Segurança Avançada. — Sebastian grunhiu. — Eles são mais do que
capazes.
Eu me viro e franzo a testa para ele.
— Clove. — Meu pai insiste porque estou presa olhando para Sebastian
inventando um mundo de fantasia onde não estamos em perigo iminente e ele
simplesmente não sugeriu que deixássemos meu pai sem sua proteção.
— Mais do que capaz não é bom o suficiente. — Eu digo, injustamente
tirando minhas emoções de Sebastian. Meu corpo está em guerra com minha
cabeça. Eu só quero correr até ele e fazê-lo me abraçar. Mas não posso fazer isso.
Ele não é realmente meu, não importa o quanto eu finja que cada um deles é.
— Ele precisa do melhor. Ele precisa de você. — Engulo o nó na minha
garganta.
Os olhos de Sebastian brilham e tenho um vislumbre na minha mente dele
correndo em minha direção e mordendo o meu pescoço. Eu passo minha mão lá
sem pensar.
— Não. — Papai corrige. — Você precisa do melhor. É por isso que estou
enviando o IDS.
— Eu não vou. — Eu argumento, cruzando os braços sobre o peito. Sei
que estou sendo uma pirralha, agindo como uma criança e não a mulher que
sou, mas ele é toda a família que me resta.
Papai beija o topo da minha cabeça antes de sussurrar: — Sinto muito. —
Ele me empurra em direção a Sebastian. — Vá.
— Espere! — Eu grito, mas é tarde demais. Sebastian está em cima de
mim, seus braços poderosos me puxando contra ele. Eu protesto mais, mas a
mão dele bate na minha boca, me silenciando. Desgraçado.
Minhas pernas chutam por instinto e tentam atingi-lo, sem sucesso.
— Shhh. — Sebastian murmura, sua respiração quente no meu ouvido
enviando uma onda de emoções através de mim que me recuso a admitir. —
Tente não fazer uma cena no caso de alguém estar assistindo.
Quem assistiria quando estamos em nossa casa?
Lágrimas silenciosas correm pelo meu rosto, mas paro de lutar com ele.
Está feito. A decisão foi tomada pelo meu pai e não há como mudar isso.
Sebastian facilmente me leva através da nossa cozinha enorme e para a garagem.
Meus outros três caras se viram para nos ver quando entramos pela porta.
Os quatro são tudo para mim depois do meu pai, e só quero evaporar sobre
eles e permitir que me absorvam. Eles estão aqui conosco desde os meus
dezessete anos. Absolutamente fiéis ao meu pai, a mim. E eu amo todos eles
ternamente. Eu fungo contra a mão de Sebastian ainda pressionada na minha
boca enquanto aceito meu destino. Sou eu e eles agora. Eu relaxo contra
Sebastian, o líder e o mais feroz de todos nós, apreciando os planos duros de seu
corpo. Seu braço direito é Leo, que me observa com uma carranca profunda.
Onde Sebastian é alto, moreno e bonito, Leo é mais jovem e construído como um
deus romano que normalmente parece brilhar. Não esta noite, no entanto. Hoje
à noite, Leo está carrancudo e parece agitado com a minha aflição. Isso me faz
querer gritar e pedir-lhe para me ajudar a ficar, me ajudar a manter meu pai
seguro. Em vez disso, imploro com meus olhos antes de deixá-los cair em sua
lesão. Sua perna sofreu alguns danos do carro que tentou me atropelar. Está
enfaixada do joelho ao tornozelo e uma lágrima fresca desliza do meu olho. Ele
poderia ter morrido me salvando.
Seguindo meu olhar, suas linhas de expressão se suavizam e ele encolhe
os ombros. — Não tive tempo de me trocar. Não dói, Clove. — Ele diz, com uma
expressão séria. — Eu sou um biscoito duro.
Eu murmuro contra a palma de Sebastian, mas sai muito abafado para
fazer sentido.
— Você não tem que segurá-la com tanta força. — Leo estala, rondando o
nosso caminho. — Certo, Clo?
Eu pisco e mais lágrimas deslizam pelas minhas bochechas, encharcando
a palma de Sebastian.
— Foi o que pensei. — ele latiu. — Venha aqui. Eu cuido dela no carro.
Seb, você dirige para onde precisamos ir.
— Vamos dirigir o Tahoe? — Zac pergunta, seus olhos castanhos escuros
afiados e alertas. Onde os outros dois homens são sólidos e cheios de músculos,
Zac é alto e magro como um corredor. Ele nunca sorri para mim como os outros
fazem. Zac está sempre tenso e agitado, como se fosse um elástico pronto para
arrebentar a qualquer momento. Ele recentemente comemorou seu trigésimo
segundo aniversário. Caminhadas ou algo assim. Quando notei sua ausência,
Ford me informou que ele tirou uma semana de folga para celebrar sozinho no
deserto. Não consigo nem imaginar o que estar sozinho no deserto implicaria.
— Tahoe está com tanque cheio. — Diz Leo enquanto me puxa para o seu
peito quente, a salvo de Sebastian. Ele acaricia meu cabelo e isso torna a culpa
mais profunda. Eu deveria estar cuidando dele.
Por que isso está acontecendo? Eu sou inofensiva. Matar-me seria inútil.
Isso não faz sentido.
— Eu não quero deixar meu pai. — Eu sussurro contra o paletó dele.
— Eu sei, doçura. Mas nós precisamos. Não é permanente. Apenas um
lugar seguro temporário. — Ele me assegura enquanto me guia até o Tahoe.
Zac fica ao lado do veículo e abre a porta. Seus olhos escuros brilham com
uma emoção que eu poderia interpretar como raiva. Eu acho que ele está furioso
porque está preso como minha babá. Mas antes que eu possa me preocupar com
isso, ele pisca para mim, o que serve para aliviar minha culpa de arrastá-los
para Deus sabe onde.
— Tudo vai ficar bem, Clove, — Diz Zac. — Apenas nos deixe cuidar de
você. É o nosso trabalho.
Eu quero discutir e lhe dizer que seu trabalho é cuidar do meu pai e salvar
vidas, especificamente a do meu pai, considerando a direção de sua carreira.
Mas Leo já está segurando meus quadris e me colocando no Tahoe. Seu toque,
tão terno e protetor, me aquece, fazendo meu estômago afundar e o corpo relaxar.
Agora não é hora de reconhecer os sentimentos que tenho em relação a Leo ou a
qualquer um dos outros.
— Venha aqui, Lucky. — Diz Ford, já sentado dentro do veículo.
Eu me arrasto no banco para enterrar meu rosto contra o peito dele. Ford
nunca está sem seu sorriso de derreter calcinhas. Seus olhos castanhos são
quentes e convidativos. E ele sempre me reconhece. Enquanto Sebastian e Zac
tendem a respeitar meu pai e não conversar com sua filha, Ford e Leo preferem
ignorar as regras não ditas. Leo costuma ser meu cobertor de segurança. Mas
Ford? Ford é meu entretenimento. Ele sempre tem tempo para mim. Para me
fazer rir ou me levar para fazer compras ou me perguntar sobre o meu dia. Aos
trinta e um anos e o mais novo da IDS, ele está mais próximo da minha idade
que do meu pai e, por alguma razão, isso me faz sentir mais próxima dele do que
qualquer um.
— Estou com medo. — Eu admito, inclinando a cabeça para olhar seu
lindo rosto. Seu cabelo escuro bagunçado, cor de chocolate, sempre naquele
estilo sexy, está mais tentador hoje à noite. Muitas vezes, quis tocar o cabelo
dele, mas nunca tive coragem. Se ele ou algum deles me rejeitasse, eu os perderia
e eles são minha família.
Ele cobre minha bochecha com sua palma enorme, e eu suspiro nela,
permitindo-me sua afeição. — Você nunca precisa ter medo quando está
conosco. Nós sempre cuidaremos de você, Lucky. Você sabe disso.
Sorrio ao apelido que ele me deu quando me encontrou pela primeira vez
há seis anos. Meu mundo inteiro está fora de seu eixo. O futuro parece incerto.
Isso me faz querer aproveitar as oportunidades que deixei escapar no passado.
É por isso que não evito estender a mão e tocar seu cabelo castanho macio.
Seu sorriso cai e seus olhos castanhos endurecem, fazendo meu peito se
contrair. Estou atordoada por sua mudança repentina de expressão. Ele deixa
cair seu olhar nos meus lábios antes de desviá-lo tão abruptamente que me
assusta. Sua mandíbula enrijece como se ele estivesse com raiva de mim. As
borboletas no meu estômago se transformam em mosquitos drenando o meu
sangue.
— Cinto de segurança. — Sebastian late quando entra no veículo,
deixando-me tensa com a súbita intrusão do som. Ele pega o cinto e cruza o meu
peito como se eu fosse uma criança. Seu braço roça meus seios, no entanto, me
fazendo ofegar involuntariamente em surpresa. Nossos olhos se encontram e sou
incendiada pelo fogo em seus brilhantes globos azul. Não consigo desviar o olhar.
Estou presa em seu olhar intenso e meus mamilos doem devido ao pequeno
toque acidental. Eu não vou sobreviver sozinha com eles. Eu só sei disso. Minha
necessidade desesperada de ser tocada deve aparecer por todo o meu rosto pela
maneira como minha pele queima com o calor, subindo pelo meu pescoço e pelas
minhas bochechas para ele ver e dissecar.
Ele aperta minha mandíbula com sua mão poderosa e olha para mim. —
Está tudo bem, Clo. — Ele promete.
Assim que ele se afasta, perco o momento intenso, do leve toque e de seus
olhos em mim. Algo em suas palavras me diz que isso significa mais do que a
situação. Tudo bem, Clo. Não há problema em ficar excitada quando eu te tocar.
Ele fecha a porta e Ford se aproxima de mim. Eu estava tão absorta no
olhar de Sebastian que quase esqueci que não estávamos sozinhos. O corpo de
Ford se aproxima do meu. O calor saindo dele queima uma trilha pela minha
coxa. Minha adrenalina deve estar causando essa súbita crise de hormônios,
porque tudo parece muito quente, muito intenso, demais. Ford me observa com
curiosidade quando Sebastian sobe no banco do passageiro e Zac entra no banco
do motorista. Leo sobe no lado de Ford e se instala na última fila atrás de nós.
Eu pego meu pai olhando para nós da porta. Poderoso e feroz. Ele está em
seu elemento quando lidera pessoas e faz negócios acontecerem. Eu posso dizer
que ele está confiante em sua decisão pela forma como nos vê saindo da garagem.
Papai está certo. Ele é aguerrido. A segurança avançada é tão boa quanto a IDS
e o pai nem sempre precisa de proteção.
Não como eu.
Eu nunca saí de casa. Não por muito tempo, de qualquer maneira. Eu
cresci com os melhores professores em casa. Todos os amigos que tive eram
filhos de seus influentes parceiros de negócios escolhidos para mim por Marjorie.
Até meus cursos universitários foram feitos on-line em casa. Papai não queria
que eu fosse para a faculdade por causa de decisões ruins que poderiam
acontecer lá. Ele quis dizer a vida de festas que algumas socialites escolhem
durante seus cursos.
Eu nunca tomei decisões ruins que pudessem afetar a carreira de meu
pai. Sempre fui obediente e lhe dei tudo que ele pediu. Então, por essa ameaça
contra a minha vida, farei como me disseram mais uma vez, porque a verdade é
que estou apavorada.
Uma mão quente agarra meu ombro por trás e Leo espia por trás do
assento. Meu nervosismo me faz pegar sua mão e segurá-la com a minha
esquerda.
— Durma agora, doçura. — Ele murmura, suas palavras fazendo o meu
sangue zumbir em minhas veias.
— Durma. — Ford concorda, estendendo a mão para pegar minha mão
direita. — Deixe-nos cuidar de você.
Como se as palavras deles tivessem poderes mágicos, solto um bocejo.
Eu fecho meus olhos para tentar descansar, mas sinto a maneira como
Leo e Ford seguram minhas mãos. Sem olhar para eles, sei que seus olhos estão
em mim. O sono me chama, mas é impossível com a mão de Ford segurando a
minha descansando na minha coxa perto do meu fogo. Isso me faz tremer e
pensamentos impertinentes passam pela minha mente. Ford começa a se afastar
e é como se minha perna gostasse da atenção, porque movo meu joelho para que
minha perna fique pressionada contra a dele. Minhas pernas estão separadas,
mas minha saia ainda me cobre.
Espreitando, dou uma olhada em Ford. Seu olhar está agora para frente e
os faróis que se aproximam iluminam suas feições no veículo escuro, fazendo-o
parecer um tipo de entidade perversa. Isso me faz tremer. Ele confunde a reação
com o frio, porque solta a minha mão espalmando minha coxa logo abaixo da
bainha da minha saia. De um lado para o outro, ele esfrega minha pele para me
aquecer. Lenta e suavemente. Isso me enlouquece. Calor transborda através de
mim e fico tonta.
Assim como todos os filmes de romance bobo que vejo nos fins de semana.
Mas ao contrário dessas histórias, ele não desliza as mãos para cima e me
explora mais. Eventualmente, desisto de esperar que ele me toque e deixo o sono
me levar.
6
Sebastian Constantine – Chefe da Equipe de
Segurança
Eu tento passar por cima de Ford, mas ele sente meus movimentos assim
que coloco uma perna sobre sua cintura e minha bunda desliza sobre sua virilha.
Suas mãos seguram meus braços e ele fica tenso. O tom azul do luar brilhando
sobre nós de uma pequena janela na sala ilumina seu rosto e o brilho em seus
olhos rouba minha respiração.
— O que você está fazendo? — Ele murmura, sua voz tensa.
— Eu preciso…
— Você precisa de quê? — Ele quase implora, seu aperto aumentando nos
meus braços. Não consigo evitar. As sensações reunidas dentro de mim fazem
minha bunda pressioná-lo. Sua crescente ereção fica no vinco da minha bunda
e nós dois ofegamos com o contato.
— Lucky, — Ele grunhe, as sobrancelhas franzidas e a mandíbula tensa.
— O que você está fazendo?
— Ela precisa fazer xixi. — Zac de repente diz do lado da cama. Eu
encontro seu olhar e a vergonha me toma. Estou agindo de forma indecente e
imprudente. Esses são os mesmos homens com quem convivo há anos. Por mais
que eu queira que eles sejam meus homens, na verdade, são funcionários do
meu pai. E homens, homens de verdade. Eles não são os Williams macios e
passivos do mundo. Eles são ardentes, másculos e ferozes. E fora do meu
alcance. Eu preciso me controlar.
— Venha. — Zac late.
Oh Deus. — O que? — Eu quase salivo.
— Vamos. Eu vou te mostrar onde fica o banheiro.
Ah, claro que foi isso que ele quis dizer.
Eu deslizo minha mão em uma que ele me oferece e ele me estabiliza
quando passo por cima de Ford, que assobia quando meu pé roça sua ereção
enquanto deslizo da cama. Rapidamente, coloco meus sapatos.
O chão range sob nossos pés quando saímos do quarto, entrando em um
pequeno espaço onde Sebastian e Leo estão sentados em uma mesa de jantar
com quatro cadeiras.
— O que está acontecendo? — Sebastian pergunta, levantando-se, seus
olhos azuis penetrantes alertas e cautelosos.
— Ela precisa fazer xixi. — Zac responde por mim.
Leo recua e arranha seu pescoço. — Sim, sobre isso...
— O que? Há um banheiro, certo? — Eu estou brincando, revirando os
olhos.
Seb e Leo trocam olhares antes de Leo ficar de pé. Ele abre as persianas
que cobrem uma janela.
— A floresta? — Eu fico boquiaberta.
— Não. — Sebastian tenta esconder o divertimento em seu tom, mas falha.
— Mas é do lado de fora.
— Por que diabos é lá fora? — Exige Zac.
— Porque este lugar é velho como merda, e todos os lugares aqui em cima
foram construídos com latrinas.
Eu mudo de pé para o outro tentando aliviar a necessidade de esvaziar
minha bexiga, mas isso só me faz precisar mais.
— Vamos lá, eu vou levá-la. — Oferece Leo.
Eu olho para Zac e ele encolhe os ombros. — Vou mijar em um arbusto.
Leo pega minha mão e me leva para fora. O frio atinge minha pele,
perseguindo um arrepio no meu sangue. — Quer minha jaqueta?
— Não, tudo bem. — Eu digo com confiança e segurança. Mas não está
tudo bem. Estou do lado de fora para fazer xixi. Eu não sou um tipo de diva, mas
também não estou acostumada com o aspecto de vida ao ar livre de estar aqui
na floresta.
Nós contornamos a pequena cabana e chegamos a uma pequena estrutura
de madeira. Leo abre a porta e gesticula com a mão para o vaso sanitário. É como
um reservado que você veria em um banheiro público, mas mais arrepiante e
antigo. — De jeito nenhum. — Eu balanço minha cabeça com veemência,
puxando minha mão dele e cruzando os braços sobre o peito.
— Só não pense sobre isso. — Ele encolhe os ombros.
Minha boca cai aberta. — Não há luz. É como um caixão na vertical. Eu
não posso entrar ai dentro. — Eu protesto.
— É aqui ou lá fora. — Ele acena para a linha das árvores onde Zac está
empoleirado contra uma árvore, aliviando-se.
Droga
— Eu não vou fechar a porta. — Eu resmungo.
Leo ri e levanta as mãos. — Tudo bem. Deixe aberta. Eu vou me virar para
você manter sua dignidade. — Ele sorri enquanto reviro meus olhos para ele.
Dando alguns passos para dentro, me encolho no espaço escuro. Não
consigo ver a condição do assento nesta luz, mas aposto que é tão degradado
quanto a construção. Eu me viro para ver Leo me observando.
— Pronta? — Ele pergunta com um sorriso em seu tom.
— Eu acho que tenho que estar. — Levantando minha saia, eu deslizo
minha calcinha para baixo e tento pairar sobre o assento sem tocar as paredes
com as mãos ou o assento com a minha bunda. Eu deveria fazer agachamentos
porque isso é trabalho duro.
— Eu não ouço nada. — Grita Leo.
— Está complicado.
Seu corpo treme um pouco e então assisto sua cabeça mergulhar antes de
ouvir o som distinto de um zíper se abrindo. Dois segundos depois, o som dele
aliviando sua bexiga persuade a minha a relaxar. Um suspiro ultrapassa meus
lábios enquanto relaxo. Quando estou terminando, algo cai no topo da minha
cabeça. É grande e em movimento.
Um grito sai dos meus pulmões quando salto para frente, minhas mãos
golpeando meu cabelo. Minha calcinha ainda está em meus joelhos e restringe
meus movimentos, fazendo-me cair para frente e bater no chão.
Leo está sobre mim em segundos, tentando me acalmar e avaliar a
situação. Num piscar de olhos, Zac está ao seu lado, suas feições contorcidas de
preocupação. — O que aconteceu? — Ele sai correndo, olhando ao meu redor.
— Algo caiu em cima de mim! — Eu grito.
Passos pesados batem no chão até que Ford e Sebastian estão em pé ao
meu redor também, todos os quatro homens olhando para mim, examinando
meu corpo.
— Lá! — Ford grita, apontando para algo perto da minha cabeça. Seu pé
levanta e desce. — Aranha. — Ele sorri.
Que nojo. Uma aranha?
— Bom trabalho, herói. — Sebastian revira os olhos para Ford em
zombaria.
Eu mal reprimo um tremor só de pensar naquela coisa rastejando no meu
cabelo.
— Você pode me ajudar? — Eu coaxo, minhas bochechas queimando com
humilhação.
Leo se abaixa e me coloca de pé. Minha calcinha cai nos meus tornozelos
e todos os quatro pares de olhos seguem sua trilha.
Perfeito.
Eu levanto meu pé para tirá-la porque tenho certeza que fiz xixi nela e em
mim na fuga do predador no banheiro. Antes que eu possa me inclinar e pegá-
la, Zac o faz.
Oh meu Deus.
— Ela está molhada. — Ele anuncia como se fosse normal isso acontecer.
Isso está muito longe do normal. Estou prestes a entrar em combustão enquanto
todo o meu corpo se encolhe em uma bola quente de mortificação. E Sebastian
gemeu?
— Eu fiquei com medo e corri. — Eu digo, defendendo a causa da umidade.
É xixi. Vou continuar com isso.
— Caiu. — Leo corrige. Eu bato meu punho em seu braço e ele ri.
Eu estendo minha mão para Zac, mas em vez de me entregar minha
calcinha, ele sai com ela ainda agarrada em sua mão.
Erm…
— Onde diabos você está indo com ela? — Seb late, fazendo a pergunta
que não pude.
— Não seria a primeira a ser roubada dela. — diz Ford.
Meus olhos se arregalam. — O que?
— Nada. — Seb rosna. — Ele está brincando.
Ford bufa, me fazendo contorcer. Eu coloco uma mecha de cabelo atrás da
minha orelha e olho para o chão, porque esta é uma informação que eu nunca
esperaria de Zac. Era uma piada? Tinha que ser uma piada. Por que ele iria
querer minha calcinha? Eu vi as mulheres se jogando para ele no passado. Ele
poderia ter a calcinha de qualquer uma.
— Vamos entrar. — Ordena Seb. — Já está quase amanhecendo e Leo e
eu precisamos de um pouco de descanso.
Nós entramos e Ford geme ao meu lado quando passamos pela porta da
frente. Eu sigo sua linha de visão para minha calcinha pendurada sobre a lareira
secando perto do fogo.
— Eu vou precisar de algumas roupas. Vocês nem sequer me deixaram
fazer uma mala, — aponto com uma carranca.
Leo passa sua mão pelas minhas costas para me consolar. —
Precisávamos tirar você da cidade o mais rápido possível. Não sabemos quão
grande é essa ameaça.
Sebastian arranca a camisa que está usando e a joga em uma das
cadeiras. Meus olhos examinam avidamente a pele tensa e os músculos
definidos. Eu engulo em seco enquanto sigo a trilha de cabelos escuros que
desaparece na calça que ele está desabotoando.
Gostoso.
— Você está com fome? — Seb me pergunta e eu rapidamente deslizo a
mão na minha boca para me certificar de que não estou babando.
— Ela parece. — Ford sorri.
— Há algumas latas no armário. — Diz Seb. — Zac, você pode esquentar
alguma coisa?
Oh Deus. Eu não posso respirar direito. É trabalhoso e difícil. Eles ouvem
isso também?
— O que vamos fazer sobre as roupas? — Pergunto de novo, muito
consciente de que estou sem calcinha e usando uma saia.
— Podemos conseguir algumas coisas em alguns dias. — Seb me garante.
Alguns dias são demais. Eu preciso de roupas íntimas novas. Agora.
Leo desaparece com Sebastian no quarto e fecha a porta, ignorando minha
total mortificação pelas palavras de despedida de Sebastian.
Eles estão falando sério. Alguns dias.
Isso vai ser uma tortura.
8
Zac Stone – Agente de Segurança Eletrônica
Paramos para fazer xixi por volta das três da manhã. Seb diz que estamos
a cerca de uma hora da pequena cabana de caça. Nós gastamos mais tempo na
loja do que planejamos com Seb recebendo e-mails nos informando que William
estava limpo e que o tal do Ren foi visto na CCTV 5em outro lugar no momento
da tentativa de atropelamento. Por mais que quiséssemos tornar qualquer um
deles responsável por isso, nenhum deles foi confirmado. Infelizmente. Eu
adoraria nada mais do que colocar meu punho no rosto do menino William. As
placas no carro eram falsas, por isso não remontavam a ninguém. Jack tem
aparecido e dado entrevistas sobre o incidente, ao ponto de fazer um pedido
choroso para deixar sua filha em paz. A polícia está envolvida, mas também não
tem pistas. É um impasse. Precisamos mantê-la longe até descobrirmos quem
tentou matá-la. Talvez tenha sido apenas um acidente, lugar errado, hora errada,
mas a placa falsa e a fuga apontam para algo mais sinistro.
Meu pescoço está me matando por estar espremido no fundo do carro. Eu
deveria vigiar Clove enquanto eles estão mijando. Agora seria a hora de mudar a
disposição dos assentos. Ford ou Sebastian podem sentar atrás. Cansei.
Solto meu cinto e manobro para o banco do meio onde Clove dorme. Ela
treme e é o suficiente para eu tirar seu cinto e puxar seu pequeno corpo para o
meu colo. Uma vez que a cabeça dela está descansando no meu peito, arrasto o
5 A televisão em circuito fechado ( CCTV ), também conhecida como vigilância por vídeo , é
o uso de câmeras de vídeo para transmitir um sinal para um local específico, em um conjunto
limitado de monitores.
cinto sobre nós e o prendo. Todos nós estamos no limite nos últimos dias. As
coisas estão tensas, ou intensas é uma palavra melhor para isso. Clove é como
uma bomba-relógio com seus olhares sutis. O jeito que ela pressiona suas coxas
sempre que está observando um de nós mostra quão madura e excitada ela está.
A pequena e pura Clove tem uma fome dentro dela que nenhum idiota como
William Warner poderia satisfazer.
Eu passo minhas mãos grandes por cada centímetro dela em uma
tentativa de aquecê-la. Ela geme em agradecimento, enterrando o rosto no meu
casaco. Uma vez que ela parece mais relaxada e não está mais tremendo, me
acomodo. Meu olhar se dirige para frente da linha das árvores, onde Ford está
vigiando a estrada, enquanto Seb e Zac estão conversando.
Com seu cabelo bem debaixo do meu nariz, rapidamente fico intoxicado
pelo cheiro dela. O desejo de tocá-la por todo lugar é intenso. É sempre tão difícil
ficar longe de Clove Sterling. Duro como o inferno permanecer profissional
quando tudo que quero fazer é arrancar suas roupas com meus dentes e fodê-la
sem sentido.
A possessividade me domina. Eu sei que não sou o único que saliva pela
nossa doce menina. Seb praticamente rosna como um maldito homem das
cavernas quando ela está perto. Ford descaradamente verifica seus seios e
bunda, o tempo todo flertando com ela. E Zac, apesar de agir como se fosse o
profissional do grupo, olha tanto para ela que quase engravidei só de assistir.
Isso é um problema.
Quatro homens, duros pra caralho o tempo todo por uma mulher.
Uma mulher que nenhum de nós pode ter.
Porra, ser responsável é uma merda.
Eu posso dizer o momento em que ela acorda porque sua respiração está
um pouco alterada. Eu espero que ela saia do meu colo ou fale algo, mas ela
continua parada. Minhas mãos gananciosas a esfregam como se ainda estivesse
com frio, permanecendo em sua bunda. Sem pensar, beijo o topo de sua cabeça.
Porra.
A porta lateral se abre e viro minha cabeça para encontrar o brilho agitado
de Ford. Eu atiro para ele o sorriso Você sai, você perde que o faz pular no banco
da frente. Zac se junta a ele na frente, me deixando para lidar com Seb.
— Isso não é seguro. — Ele sussurra.
— Ela está sempre segura comigo. — Eu retruco.
Mais uma vez, espero que ela se mova, mas ela finge dormir. Boa menina.
Eu vou mantê-la segura e quente.
— Estamos perdendo tempo. — Murmuro e aceno com a cabeça para a
parte de trás.
Seb olha para mim antes de subir atrás de nós. A parte de trás se ilumina
quando ele parece carregar seu telefone. Zac e Ford continuam conversando
baixinho enquanto decolamos. Meu coração troveja em sua jaula ao receber esse
momento roubado com ela.
E ela está acordada
Esfrego suavemente o lado de fora da sua coxa sobre a saia. Quando
alcanço a bainha e meus dedos dançam sobre sua carne nua, ela estremece.
Desta vez, não é o frio fazendo seu corpo tremer. É meu toque. Eu sou todo
homem e sei o que uma mulher gosta e precisa. Eu deslizo meus dedos ao longo
de sua coxa nua até o joelho antes de subi-los novamente. Sua respiração falha
quando aliso minha palma e a empurro sob sua saia.
Devagar, Leo. Você vai ter sua bunda chutada.
Eu começo a afastar minha mão, mas sua pequena mão segura meu pulso
como se dissesse Não pare.
Seu domínio aumenta enquanto ela guia minha palma de volta para sua
coxa. Essa é toda a permissão que preciso. Eu acaricio sua carne e tento domar
minha própria respiração enquanto também tento ignorar o jeito que meu pau
está duro como pedra contra ela. Não há dúvida de que ela sente cada centímetro
do granito que estou embalando. Meus dedos deslizam todo o caminho até eu
sentir a ponta da calcinha. Ela ofega baixinho, apenas o suficiente para eu ouvir,
e suas pernas se alargam para permitir o acesso. Porra. Isso é tão errado em
muitos níveis, mas não consigo me controlar. Sua boceta está lá para ser
tomada. Ela quer que eu pegue.
Eu preciso parar. Recuar, porra. Não fazer o que eu quero.
No entanto, não consigo.
Eu movo minha mão e corro meus dedos ao longo de sua calcinha. Fixo
no pequeno ponto molhado. Quanto mais esfrego contra ele, mais úmido fica.
Sua respiração é pesada, mas ela está sufocando seus sons, como se não
quisesse ser pega também.
Parceiros no crime.
Eu posso viver com isso.
Beijando-a no topo da cabeça, eu a deixo saber que estou com ela cem por
cento. Meus dedos continuam a esfregá-la com mais firmeza, fixando-se no cerne
sob o tecido que parece pulsar com necessidade. Se estivéssemos sozinhos, eu
arrancaria sua calcinha e chuparia seu clitóris até que ela gritasse meu nome
como uma maldita oração.
Um suspiro.
Alto o suficiente para me perguntar se alguém ouviu.
O telefone de Seb toca e ele começa a falar em voz baixa com um dos caras
da Advanced Security. Aproveito a oportunidade enquanto ele está distraído e os
caras da frente estão conversando.
— Abra mais, doçura. — Eu sussurro, incentivando suas coxas a se
afastarem mais.
Ela deixa cair para o lado, se abrindo para mim. Sua calcinha está
encharcada. Eu as empurro para o lado e provoco sua fenda com a ponta do meu
dedo. Quando meto em seu buraco apertado, ela suprime um gemido que sinto
principalmente em vez de ouvir.
Porra.
Porra.
Estou dedilhando Clove, nossa cliente.
Não, foda-se isso.
Ela sempre foi mais do que isso e não quero parar. Eu não posso parar.
Os caras teriam que me matar antes que eu a soltasse de bom grado neste
momento. Lentamente, a fodo com o dedo enquanto esfrego seu clitóris com o
polegar. Ela está fazendo um ótimo trabalho em ficar parada apesar dos
pequenos movimentos e dificuldade respiratória indicando sua satisfação. Eu
posso dizer o momento em que ela goza porque seu corpo aperta com força em
torno do meu dedo e ela engasga. Seu corpo treme e me sinto completamente
satisfeito por tê-la feito gozar. Se esses bastardos não estivessem aqui, eu a teria
sem calcinha e montando meu pau.
Mas não estamos sozinhos.
Droga.
— Como ela está? — Ford pergunta da frente.
Eu mexo meu dedo dentro dela, amando o jeito que ela engasga. —
Perfeita.
— Estamos quase em casa? — Ela murmura, fingindo ter acabado de
acordar. — Eu estou com fome.
— Eu estou com fome também. — Eu murmuro, minha voz rouca e
pingando insinuação.
Tirando o dedo, permito que a calcinha deslize no lugar e deixo um rastro
de umidade ao longo da parte interna da sua coxa. Trago meu dedo ao nariz e
inalo seu doce aroma. Ela levanta a cabeça para olhar para mim. No escuro, seus
olhos castanhos brilham com luxúria selvagem. Deslizando o dedo na minha
boca, chupo seu mel do meu dedo e amo a maneira que ela lambe os lábios como
se estivesse faminta.
— Mais oitenta quilômetros. — Garante Zac. — Relaxe e tente dormir.
Eu tenho certeza que não vou dormir. Não com essa ereção tentando
rasgar minhas calças.
10
Clove Sterling – A Cliente
Oh merda.
Puta merda.
Leo acabou de me foder com os dedos e eu gozei com tanta força que vi
estrelas. Oh meu Deus. Isso é ruim, eu acho. Tem que significar que sou uma
pessoa horrível se deixei um dos meus caras fazer coisas obscenas com meus
outros três caras tão perto.
E, no entanto, acho que parte do fascínio foi o fato de estarem tão
próximos. Que a qualquer momento alguém poderia olhar e nos pegar. Eu quero
que eles me vejam. Sempre foi minha fantasia.
A mão de Leo se acomoda na minha coxa e a luxúria por seu toque me
deixa molhada mais uma vez com a lembrança de eu caindo do lado de fora do
banheiro e todos eles de pé em cima de mim. Eu sou pervertida. Mas eu não
acho que me importo. Se algo pode ser tão bom, não pode estar errado, certo?
Eu quero montar nele e moer contra seu pênis. Eu quero pressionar meus lábios
nos dele e beijá-lo até ficar sem fôlego.
Jesus, sou patética.
William realmente teve um efeito negativo sobre mim.
Estou tão desesperada?
Leo não parece perturbado ou enojado. Na verdade, ele parece bastante
satisfeito. Eu pressiono meus lábios em seu pescoço perto de sua orelha e
sussurro: — Obrigada.
Ele aperta minha coxa com força. — De nada.
Crunch.
Meu batimento cardíaco retumba contra minhas costelas quando acordo,
com medo. Minhas mãos seguram o lençol abaixo de mim e olho para a escuridão
crescente do pequeno quarto.
Crunch.
Eu posso ouvir um graveto quebrando além das paredes finas e Seb
falando em tons crescentes. Então reconheço a voz de Leo. Os murmúrios suaves
de Zac podem ser ouvidos nas proximidades no sofá. Mas, além disso, está tudo
muito quieto. A temperatura caiu ainda mais desde que adormeci no Tahoe no
caminho de volta. Eu nem me lembro de chegar aqui.
Frio e quieto.
Cara, sinto falta do meu quarto e da minha casa.
E do meu pai.
Lágrimas ameaçam, mas eu as pisco de volta Eu sou uma mulher adulta,
pelo amor de Deus. Um corpo sólido ao meu lado queima com calor, me
aquecendo. Ford. Eu suspiro, sentindo menos medo. Ford, sempre intuitivo,
passa os dedos fortes pelo meu cabelo.
— Você está bem?
— Frio. — Eu choramingo. Estou com frio e chateada.
Sua palma percorre minha espinha e para na minha bunda, como se
fôssemos amantes deitados em nossa cama, não cliente e guarda-costas. Eu abro
minha boca para lhe dizer que isso é muito bom, que está me confundindo e me
fazendo querer mais, mas antes que eu possa falar, ele me puxa pelas coxas. —
Venha aqui. — Ele resmunga. — Muito mais quente assim.
Ele tirou o casaco e a camisa desde que chegamos aqui e optou por calça
de moletom e apenas uma camiseta fina para dormir. Ao contrário de mim, ele
tinha uma muda de roupa no Tahoe. Eu finalmente peguei algumas roupas hoje
à noite da loja. O tecido fino da camisola que comprei é a única coisa que nos
separa. Eu me agarro ao seu peito com minha bochecha descansando contra sua
clavícula, apreciando o modo como seu calor me atravessa. Suas palmas
esfregam para cima e para baixo nas minhas coxas, lembrando-me de horas
atrás no carro com Leo.
Oh Deus.
— Ford. — Eu sussurro. — Eu fiz algo ruim.
— Sim? O que foi isso? — Sua voz é rouca e tensa.
— Eu, uh, eu deixei... — Eu paro.
— O que você fez, querida?
Eu inclino minha cabeça e sussurro contra o lado de sua garganta. — Eu
deixei Leo me tocar.
Eu estou de costas tão rápido que quase choro. Ford acomoda seu corpo
magro e forte sobre o meu, prendendo-me no colchão irregular. Seu pau está
duro e pressiona descaradamente contra o meu centro, forçando minhas pernas
a se separarem para que seus quadris se acomodem contra mim da maneira
mais tortuosa e perfeita.
Seu nariz toca o meu e sua respiração é quente contra a minha boca. —
Você fez o que?
— Acabou de acontecer. No carro. — Eu respiro. — Estou envergonhada,
mas não me arrependo. Estava bom. Muito bom. E agora, estou excitada só de
pensar nisso. Especialmente pelo jeito que ele esfregava contra mim.
— Como ele tocou em você?
Minha respiração acelera com os pensamentos. — Com os dedos.
— Onde? — Ele rosna.
— Entre minhas pernas.
— Onde? — Ele exige novamente.
— Minha boceta.
— Ele fez isso com a gente ali? — Pergunta ele, surpreso. Ele parece
impressionado e chateado como o inferno.
— Sinto muito. — Murmuro. — Foi errado. Há algo de errado comigo. —
Minhas sobrancelhas franzem enquanto permito que minhas próprias palavras
me envolvam. Por que desejo todos eles? Eu sou gananciosa e sacana. Mas se
for honesta comigo mesma, não me importo que seja uma sacanagem. Eu me
preocupo com todos eles desde sempre. Por que isso é errado?
Seus lábios pressionam os meus suavemente. — Não há nada de errado
com você. — Ele mói seu pau contra mim e meu corpo inteiro estremece de
prazer. — Está tudo certo com você, Clove.
Eu aperto seus bíceps fortes e pressiono meus calcanhares em sua bunda.
Hálito quente. Corpo forte. Perfume masculino. No escuro, quero ser consumida
por ele.
— Eu não sei o que aconteceu comigo. — Murmuro. — Estou praticamente
em chamas com necessidade. É embaraçoso. — Estou quase chorando com o
quanto de uma prostituta isso me faz. Deixando um dos meus garotos me
dedilhar, e depois, horas depois, outro me foder a seco.
— Você não precisa ficar envergonhada. — Ele me garante em um
sussurro. — Deixe-me ajudar desta vez, querida.
Eu relaxo com suas palavras. Ele não parece horrorizado pelo jeito que me
agarro desesperadamente a ele. Na verdade, como Leo, ele parece estar envolvido.
Seus quadris flexionam e eu mordo meu lábio para não gritar. Quando sua
grande palma aperta meu peito sobre o meu vestido, um gemido escapa. Eu
desejo mais do seu toque e desajeitadamente o puxo para baixo, me mostrando
para dar-lhe mais acesso. Assim que o puxo para baixo, sua palma quente toca
minha pele, causando uma onda de necessidade devoradora através de mim. Ele
me acaricia gentilmente a princípio, e então sua mão se torna desesperada e
firme, apertando e provocando, beliscando o mamilo que se arrepiou por ele.
— Foda-se. — Ele rosna. — Olha como você é perfeita.
Eu me derreto sob seu intenso louvor. Inclinando-se, ele pega meus lábios
em um beijo duro e áspero antes de lentamente ir até o meu peito. Quando seus
lábios macios roçam meu mamilo, arqueio minhas costas. Sua língua sai e ele a
lava contra a carne pontiaguda. Ele chupa o mamilo em sua boca e o quarto
brilha com cor.
Puta merda
Sua outra mão desliza para baixo entre as minhas coxas e ele esfrega
minha boceta sobre a minha calcinha. Eu me perco no prazer doentio da ideia
de que Leo esteve lá há apenas algumas horas. Minha voz interna gritando: Foda-
me, Ford. Foda-me como a garota má que eu sou.
Merda, estou uma bagunça. Minha vagina lateja enquanto o prazer pulsa,
fazendo meus olhos revirar e meus dedos se curvar. Eu gozo duro com imagens
de ambos Leo e Ford fazendo coisas sujas comigo ao mesmo tempo. Estou
desesperada para jogar Ford de costas e tomar o que preciso. Um pequeno
grunhido ressoa no meu peito, fazendo-o sorrir. O brilho perverso em seus olhos
diz que ele sabe exatamente onde estão meus pensamentos.
Eu mal me recompus quando ouvimos passos entrarem na cabana. Ford
sai de cima de mim rapidamente como se eu fosse um fogo que ele está muito
próximo. Nós dois respiramos pesadamente. Eu quero falar com ele sobre isso,
mas somos interrompidos.
— Bom. — Seb grunhe. — Você está acordado. Estou cansado como o
inferno.
Eu continuo deitada de costas, meu coração trovejando no meu peito. Ford
amaldiçoa, mas sai da cama. Eles trocam algumas palavras e Ford assobia para
Zac acordar também. Zac resmunga para Seb se foder e não faz nenhum
movimento para sair do sofá. Os sapatos de Seb são chutados e sua arma faz
um som estridente quando ele a coloca em uma mesa próxima. Então tira sua
camisa e calça antes de deslizar para a cama comigo.
Eu vou entrar em combustão. Nenhuma pessoa sã poderia sobreviver a
esses homens. Você teria que ser um santo para não desejá-los. Eu não sou
santa.
Minha mente volta para quando ele estava olhando para mim do quintal
da minha casa no dia em que tivemos que sair sem deixar vestígios. A maneira
como ele olhou para o meu corpo quase nu. Como ele pegou meu vibrador. O
jeito que seus olhos azuis brilham sempre que estou perto.
Estar amontoada nesta pequena cabana com quatro deuses bestiais é
ruim. Muito ruim. Estou com tesão e vulnerável. Entre o meu rompimento e
depois quase ser morta, minhas emoções estão tumultuadas. E eu quero que
eles façam tudo desaparecer. Tornar tudo melhor, dando-me o que eu estive
perdendo todo esse tempo. Salve-me, Seb.
— Clo? — Sua voz é rouca e profunda.
— Sim?
— Nós precisamos conversar.
Porra, ele sabe.
11
Sebastian Constantine – Chefe da Equipe de
Segurança
Os filhos da mãe devem pensar que eu sou idiota. Podia ouvi-la ofegante.
Choramingando como um gatinho sendo acariciado. Porra, deitado aqui, posso
sentir o cheiro da excitação dela. Ela está queimando com a porra da necessidade
e quero muito prová-la.
— Não os culpe. — Ela deixa escapar.
Eu fico tenso. Eles? — Culpar quem?
— Erm. — Ela se desloca, então está de frente para mim. — Eu deixei as
minhas coisas em casa, então não tenho o que preciso para saciar esse desejo
dentro de mim. — O apelo para que eu entenda irradia dela.
Ela está falando sobre o seu vibrador. O brinquedinho rosa que estava
molhado com seus sucos quando a peguei no ato há quase uma semana. Ela
gostou que eu a visse. Eu me sento e empurro as cobertas da cama.
Eu serei amaldiçoado se não ajudá-la com suas necessidades. Os outros
caras com certeza não têm problema em ajudar.
— Mostre-me, Clo. — Eu murmuro. — Mostre-me onde você deseja ser
tocada.
Salpicos de arrepios se erguem sobre a pele exposta. A camisola que ela
comprou está em volta da sua cintura. Sua calcinha de algodão está úmida no
centro. Sua mão desliza para baixo entre as pernas e ela respira: — Aqui.
— Tire sua calcinha e mostre-me onde você se toca. — Eu rosno. Nós
cruzamos tantas linhas e sou o pior de todos porque estou no comando e
aprovado para cuidar dela pelo seu pai.
Mas foda-se se eu não a quero há muito tempo. Eu anseio por ter suas
mãos delicadas em mim e minhas próprias ásperas acariciando seu fruto
proibido.
Ela desliza a mão em sua calcinha e suspira. Eu preciso ver mais e ela
precisa de mim também. Ela se excita sendo assistida e observada. Lentamente
deslizo minhas palmas por suas pernas e aperto sua calcinha antes de rasgá-la
e jogar as sobras no chão. Eu cutuco o pé dela e ela obedece ao meu comando
silencioso. Abra-se para mim. Meu coração está batendo dentro do meu peito e
meu pau está se esticando em minha boxer enquanto ela abaixa os joelhos e se
abre para mim como as nuvens se abrindo em uma tempestade para mostrar
um pedaço do céu. Carne molhada rosa enfiada entre dobras lisas.
— Você se depila? — Eu engulo em seco.
— Cera. Eu não gosto do pelo contra os meus dedos. — Ela geme. Ela está
tremendo. Todo o seu corpo está vibrando, o buraco maduro se contraindo com
fome para ser preenchido. Eu quero tanto me inclinar para frente e saboreá-la.
— Toque-se, Clo. — Eu rosno através da garganta seca.
Assim que ela arqueia as costas e castiga seu clitóris, Zac se senta no sofá
onde estava dormindo, ou pelo menos fingindo. Ele não diz nada e nem eu. Isso
vem fermentando há anos e se eu não achasse que ela estava pronta para isso
acontecer, eu daria uma surra em todos nós. Mas todos querem isso e estamos
cansados de dançar em torno do assunto. Isso estava destinado a acontecer. Não
era uma questão de se, apenas quando.
Eu preciso vê-la toda. Eu chego para frente e pego a barra de sua camisola,
arrancando o tecido de seu corpo, expondo seu estômago firme e seios
empinados. Seus mamilos rosados se arrepiam quando seu peito se ergue e seus
gemidos ecoam através do quarto.
— Prove-a. — Zac me diz, seu tom áspero e cheio de luxúria.
Porra.
Não há como voltar atrás agora. Não que eu queira, porra. Minha moral se
esvaiu de mim em algum lugar ao redor do local onde mijamos. Aqui, a moral
não existe.
Eu seguro seus seios e os aperto, meus polegares tocando os mamilos
tensos, e então não posso mais esperar. — Mova sua mão, Clo. — Eu rosno. —
Deixe-me banquetear em você, baby.
Um ronco me escapa quando mergulho e a devoro. Chupando seu clitóris
me rende um gemido alto dela e sua bunda se ergue para ajudar a esfregar sua
boceta contra o meu rosto. Doce como mel pra caralho. Eu lambo e provo,
rodando minha língua em torno de seu clitóris. Eu libero um dos seios dela e
levo meus dedos para seu buraco apertado, deslizando dois diretamente dentro
dela e saboreio a sensação de finalmente estar dentro dela.
Ela não precisará mais daquele pedaço de borracha rosa. Não comigo por
perto.
Eu bombeio meus dedos, sugando e atormentando seu clitóris até que
suas pernas se fecham contra a minha cabeça e seu corpo fica todo tenso. Eu
não recuo. Eu empurro seus limites e continuo forçando outro orgasmo de seu
corpo. Eu sinto um respingo quente no meu braço e levanto a cabeça para ver
Zac se masturbando, seu gozo jorrando sobre o peito e o rosto de Clo. Eu uso
seu lubrificante natural para esfregar o mamilo duro, beliscando até que ela grita
de dor. Então, eu solto e Zac se inclina para sugar a picada.
— Isso foi lindo. — Ele rosna contra sua carne.
— Temos companhia, rapazes! — Ford grita do outro lado do quarto. —
Porra!
Zac e eu, apesar de segundos de levar essa coisa com Clo ainda mais longe,
entramos em ação. Estou com a minha Glock na mão instantaneamente.
— Olhos nela. — Ordeno quando saio da cabana com minha arma
engatilhada.
Eu posso ouvir Clo sussurrando para Zac através das finas paredes da
cabana, mas ele a cala. Silenciosamente e com os olhos apertados contra a noite
escura, procuro meus meninos. Eu vejo um brilho de metal à luz do luar e Leo
acena na frente dele para o Tahoe.
Scraaaape.
Crunch.
Crack.
Alguém está escondido atrás do veículo e não está muito quieto sobre isso.
Um vislumbre de movimento à minha esquerda me fez apontar minha arma
naquela direção. Mas quando tranco os olhos com Ford enquanto ele se move
para frente, movo minha arma de volta para o som. Nós três circulamos o veículo.
Assim que espio na parte de trás do Tahoe, deixo escapar uma maldição.
Um urso de tamanho decente está tentando entrar no veículo atrás de alguns
alimentos guardados.
— Urso! — Eu grito e levanto minha Glock no ar. É arriscado fazer barulho,
mas não vou matar o filho da puta. Ele está apenas com fome.
Pop!
O urso solta um grunhido assustado e sai correndo para a floresta longe
de nós. Ford vem atrás de mim e ri.
Ele cheira o ar e, em seguida, aperta meu ombro. — Parece que o urso não
era o único babaca com fome.
É claro que esse filho da puta poderia sentir o cheiro de boceta a uma
milha de distância.
— Sim, sim. — Eu resmungo. — Esta cabana é um pouco pequena demais
para o meu gosto. Precisamos pesquisar uma localização melhor.
— Algum lugar com uma porra de chuveiro. — Leo concorda quando se
aproxima. — Esses banhos de esponja estão ficando chatos. — Esse babaca
fareja o ar também. — Não que eu esteja reclamando desse cheiro. — Ele sorri,
parecendo extra diabólico ao luar.
Nós definitivamente temos que sair daqui. E em breve.
12
Leo King – Agente de Inteligência
Cooperativa
Eu olho para o jornal que comprei e balanço a cabeça. Ontem à noite, Seb
brincou com a ideia de deixar este inferno e não posso concordar mais.
Especialmente agora que estou tendo dúvidas sobre as pessoas atrás de Clove e
Jack.
— Esse é Jack? — Seb pergunta atrás de mim.
Ele pega o papel e seus olhos azuis deslizam sobre as palavras. Suas
feições, divertidas, tornam-se furiosas. — O que diabos ele está fazendo?
— Não se escondendo e ficando longe dos holofotes, isso está claro, — Eu
resmungo.
Clove ri da outra sala e posso ouvir Ford a provocando. Eu amo quando
ela ri. Faz tudo não parecer tão rígido e estressante. Ela sopra ar fresco no nosso
mundo, isso é certo.
— Ele está dando entrevistas exclusivas sobre o quão difícil foi após a
morte de Marlene. Sobre quão difícil foi criar Clo. Ele está jogando com o público.
Que diabos? — Sebastian rosna.
— Certamente não está agindo como alguém que acha que a vida de sua
família está em perigo. — Resmungo.
Seb bate o papel na mesa e passa os dedos pelos cabelos. Ele já viu dias
melhores. Esta cabine está tirando o melhor de todos nós. Vamos enlouquecer e
apesar de nossos banhos de esponja, cheiramos mal pra caralho. Ele anda pelo
pequeno espaço e depois para, cruzando os braços sobre o peito.
— Não há migalhas de pão que nos leve a lugar nenhum. Usei todos os
nossos melhores recursos e todos dizem a mesma coisa.
— Como é? — Eu pergunto, meu tom baixo e assassino. — Ninguém tinha
motivo e todas as pistas voltam para casa.
Ácido derrama em minhas articulações, solidificando meus músculos e
moendo meus ossos.
— Casa como em... Jack? — Eu balancei minha cabeça. De jeito nenhum.
Seu pai não iria...
— É uma farsa. — Sua mandíbula aperta e chamas de fogo aparecem em
seus olhos. — Ele jogou conosco, com sua própria filha, a fim de promover sua
agenda política.
Eu levanto e agarro seus ombros, esperando acalmar meu amigo. — Você
não tem certeza.
Ele olha para longe. — Não, mas eu sei. Ele está reencenando o que
aconteceu com sua esposa. Simpatia. Olhe para tudo isso. — Ele pega jornal
após jornal, capas de revistas com Jack estampada nelas.
— E se você estiver errado? — Eu tenho que perguntar, mas meu instinto
me diz que ele não está.
— Meu dever de protegê-la nunca irá esmorecer. — Ele me garante, seus
olhos me fixando no lugar. — Mas o plano mudou. Eu quero tudo embalado
dentro de uma hora. Estamos indo para o norte.
Eu levanto uma sobrancelha para ele. — O que há no norte?
— Encanamento interno. Eletricidade. Minha cama.
— Sua casa? — Eu pergunto, choque no meu tom. — Eu nem sabia que
você ainda possuía aquela casa. Você nunca vai lá.
Culpa brilha em seus olhos. — Eu ainda sou o dono.
— Fale logo, Seb.
Ele esfrega o rosto. — Rachel mora lá.
Rachel mora lá.
— Rachel, sua ex-noiva, que te traiu enquanto estava fora pouco antes de
pegarmos o trabalho da Sterling?
Ele suspira, colocando as mãos nos quadris. — Eu deveria ter te contado.
— Ele admite na derrota.
— Já faz seis malditos anos, Seb. — Eu rosno. — Por que diabos ela ainda
está lá?
— É complicado.
— Vai precisar de mais do que isso.
Coçando a parte de trás de sua cabeça, ele franze as feições. — Eu estava
pensando em me aposentar.
— Aposentar? — Eu zombei. — Você tem quantos anos? Quarenta?
— Trinta e seis. — Ele resmunga, me mostrando o dedo do meio. Ele sabe
que eu sei quantos anos ele tem. Somos amigos há mais de uma década. Ele é a
única razão pela qual entrei neste negócio depois de uma turnê no exterior. Ele
me puxou de um abismo quando minha contagem de mortes começou a me
assombrar quando eu dormia e a única maneira de espantar os fantasmas era
com uma garrafa de Jack e um punhado de pílulas para dormir. Seb me ensinou
a colocar meu conjunto de habilidades em prática. Ajudar as pessoas que
precisam de proteção.
— Muito jovem para jogar a toalha e o que? Você vai voltar para a Rachel?
Ela te traiu. — Eu pareço chateado porque estou.
— Foda-se não. Rachel não tem nada a ver com isso. Eu a deixei ficar na
minha casa porque ela estava grávida.
Suas palavras quase arrancam o ar dos meus pulmões.
— Seu? — Eu chiei.
Ele sacode a cabeça. — Não.
Porra.
— Meu? — Eu pergunto, aterrorizado com a resposta. Minha cabeça enche
com as lembranças de todas as vezes que a compartilhamos no quarto. Eu
sempre usei camisinha. Não usei?
— Não, imbecil. — Ele resmunga. — Você acha que eu esconderia essa
merda de você?
Não. Mas parece que ele continua tendo segredos.
— O idiota que ela... — Ele para e sua mandíbula aperta. — O idiota que
ela fodeu enquanto eu estava trabalhando. — O negro de suas pupilas engole a
cor, fazendo-o parecer uma besta.
— Seu molenga. — Eu digo em tom de zombaria. — Você a deixou morar
na sua casa com o filho de algum rato da cidade que ela estava fodendo. Ele
mora lá também?
Cruzando meus braços sobre o peito, olho para ele. Rachel era uma vadia
que fez a cabeça dele. Ela era insaciável e foi quando ele me levou para o quarto
deles, mas não importava o quanto ele a fodia ou quantos homens levava para a
cama deles, ela sempre trairia. Ela era uma vadia manipuladora que não
conseguia superar seu ex, Joey. Ela estava usando Seb no começo, para deixá-
lo com ciúmes, mas Seb era cego quando se tratava dela. Ele não via que ela
estava o usando. Ele precisou encontrar Clove para finalmente esquecer que
Rachel existia. Clove era como uma lufada de ar fresco, um anjo enviado até nós
para curar nossas fodidas almas quebradas, corações negros despedaçados.
— Casey Roberts. — Seb sorriu.
— O quê?
— O ex de Rachel e o fodido pai do bebê. Ele fugiu com Casey Roberts.
De jeito nenhum.
— Fat Casey? — Eu zombei. Ela não era apenas gorda, ela tinha um olho
de inseto e exibia sua bunda por toda a cidade para quem quisesse montá-la.
Seb ria agora, segurando seu estomago do esforço. Era uma visão rara
para ele e provocou uma reação contagiosa em mim. Lágrimas escorrem dos
meus olhos e nossa risada ecoa no espaço aberto.
Quando consigo me controlar, a atmosfera engrossa quando nós dois
ficamos sérios novamente. — Então, por que aposentadoria?
Franzindo as sobrancelhas, ele olha para o chão, chutando a terra. — Eu
só… Clo ia se casar com aquele filho da puta um dia e eu não queria ficar por
perto para isso. Eu não suportaria vê-la casada com aquele idiota saltando. Você
poderia? Estar perto dela sabendo que ela nunca seria nossa? — Ele olha para
a cabana.
— Ela sempre será nossa, irmão. — Digo a ele, porque é verdade.
— E Jack... — Ele se interrompe. — Eu estava cansado de querer, assistir,
esperar. Um dia eu gostaria de me acalmar. Casar talvez. Ter um filho.
Aproveitar a minha vida em vez de proteger alguém. Eu tenho terra, propriedade,
dinheiro. Isso nunca seria permanente para mim. Eu promoveria sua bunda e
sentaria a minha no sofá.
Meus olhos se arregalam com suas palavras sinceras. — Quando você ia
me dizer?
Ele me lança um olhar arrependido. — Ainda não estava decidido, Leo.
Não faça tempestade em um copo d’água e avise os outros que vamos partir. —
Assunto oficialmente encerrado de acordo com Seb.
— Certo, chefe. — Eu assunto quando passo por ele. — Mas não
terminamos. Assim que eu tomar um bom banho e tiver uma refeição quente no
estômago, vamos falar sobre isso.
— Sim, tudo bem. — Ele resmunga.
Sentar a bunda dele no sofá? Sim, porra certo. Seb não pode ficar parado.
Ele vai ficar louco sem nós lá para irritá-lo. Ele precisa de nós e nós precisamos
dele. Ele é o cimento em nossa parede muito estável. Sem ele, nós caímos.
Entro no outro cômodo para encontrar Clove sentada no sofá entre Ford e
Zac. Sua cabeça está descansando no colo de Ford, onde ele passa os dedos
pelos cabelos enquanto Zac esfrega seus pés. Isso me faz querer arrancá-la e
jogá-la por cima do meu ombro. Levá-la para longe deles, para que eu possa
mantê-la comigo por um tempo. Eu posso fazer coisas indescritíveis com ela
antes que tenha que compartilhá-la com o resto.
— Você está rosnando. — Ela diz, sorrindo. Deus, mesmo em apuros no
meio do nada, ela é linda. Os caras estão todos sujos, com a barba por fazer e
começam a cheirar mal, mas Clove é flexível e bonita e completamente beijável.
— Podemos conversar? — Eu pergunto a ela. — A sós.
Ela nota minha seriedade e pula, franzindo as sobrancelhas. Sua mão
agarra a minha e ela me guia até a cama. Zac e Ford resmungam, mas nos
deixam sozinhos, fechando a porta atrás deles. Eu aperto a ponte do meu nariz
quando estamos a sós.
— Seu pai está espalhado por todo o noticiário. Dando entrevistas e merda.
— Eu digo. Eu sempre fui um direto.
— O que? Ele deveria estar escondido. — Ela morde o lábio inferior rosa e
se agita nervosa em seus pés.
— Bem, ele não está. — Eu corro meus dedos pelo meu cabelo e prendo-a
com um olhar duro. — É possível que tudo isso tenha sido uma manobra.
— Por publicidade? — Ela zomba. — Você acha que alguém tentou me
matar para que ele desse entrevistas?
— Não matar. Apenas fazer parecer um alvo, Clove.
Seus olhos se arregalam quando ela balança a cabeça veementemente. —
Não. Quem se beneficiaria?
As meninas sempre acreditarão no melhor sobre seus pais. Mas ela não
leu os artigos. Eu li. Eu vi através dessa merda assim como Seb. Ela está
andando agora, passando as mãos em pânico pelo cabelo.
— Então, foi tudo falso? Eu não estou em perigo? — Ela pergunta, lágrimas
brotando em seus lindos olhos castanhos. — Nós podemos ir para casa agora?
Eu agarro seus quadris estreitos e a puxo para mim parando seus
movimentos frenéticos. — Não temos certeza e não comprometeremos sua
segurança por um segundo. Especialmente não por um palpite. — Eu a abraço
apertado e beijo seu cabelo. — Nós só vamos nos mudar. Para algum lugar
seguro, mas com melhores ferramentas à nossa disposição. Como a porra da
internet.
Ela ri, mas está chorosa. — Eu poderia tomar um banho quente.
— Eu apreciaria uma cama de verdade e não um sofá irregular.
Sua cabeça se inclina e me olha com um sorriso doce. As linhas foram
borradas para todos nós desde que chegamos aqui. Definitivamente cruzadas.
Eu serei amaldiçoado seguindo a linha baseado no profissionalismo. Não quando
a mulher mais linda que conheço está olhando para mim com os lábios
entreabertos, implorando por um beijo.
Eu deslizo minha palma em sua garganta e aperto seu queixo. Ela engasga
quando puxo seu queixo para baixo expondo sua boca flexível para mim. Um
pequeno gemido de antecipação escapa e eu o roubo. Eu me inclino, pressiono
meus lábios nos dela e chupo essa necessidade. Minha menina ansiosa empurra
sua língua contra a minha, desesperada pelo beijo tanto quanto eu. As palmas
das mãos dela vagam pela minha camisa e se acomodam no meu pescoço.
Virando-a para a parede, eu a pressiono nela. Nosso beijo se torna mais frenético.
Minhas mãos apertam sua bunda e eu a levanto. Ela envolve suas pernas em
volta da minha cintura e nós dois gememos em uníssono quando meu pau
esfrega contra seu centro através de nossas roupas.
— Deus, Clove. — Murmuro contra sua boca. — As coisas que eu quero
fazer com você.
— Então, faça-as. — Ela desafia, sem fôlego.
Eu me afasto e sorrio para ela. — Eu não sou o único que quer fazê-las.
Você está cutucando o ninho de vespas, querida. Estamos todos prestes a
enxamear.
— Você diz isso como se fosse uma coisa ruim. — Ela diz e, em seguida,
morde o lábio inferior. — Quatro homens lindos querendo fazer coisas sujas
comigo. Não consigo ver o que há de tão ruim nisso.
Suas palavras provocantes só me deixam mais duro. Eu moo contra ela.
— Talvez eu não goste de compartilhar. — Resmungo. — Pelo menos a velha
bunda de Seb vai sair do meu caminho. Menos pau para atraí-la para longe de
mim.
— Você pode me compartilhar. — Ela ri, mas depois suas sobrancelhas
colidem. — Espere… Sebastian vai embora? O que você quer dizer?
Ah merda.
— Nada.
— Leo. — Ela sussurra. — Não se atreva a esconder isso de mim. Não sou
mais apenas uma cliente, nunca fui e não sou criança. Diga-me o que isso
significa.
Eu soltei um bufo. — Você está certa, você nunca foi apenas uma cliente,
Clove.
— Diga-me. — Ela exige.
— Ele quer se aposentar ou alguma merda assim.
— Oh inferno não.
Porra.
16
Clove Sterling – A Cliente
Sebastian vai se aposentar? Desde quando? Ele tem uns trinta anos. E ele
é meu. Ele não pode se aposentar. Escorregando, empurro Leo para longe de
mim.
— Foda-se. — Ele geme. — Não diga nada.
— Dane-se isso. — Eu grito. — Ele não pode nos deixar assim!
Partindo do quarto para a sala de estar, encontro-o discutindo algo com
Ford e Zac. Assim que ele pega meu olhar furioso, levanta as mãos em defesa.
Mãos que ontem à noite percorreram meu corpo. O filho da puta me seduziu,
sabendo que ia partir.
— Você não pode se aposentar. — Eu cuspi, empurrando o peito duro
como pedra. Ele não vai a lugar algum. — Você não pode me deixar.
Vergonha o faz olhar para os outros caras. — Clo... — Ele aperta o queixo
e me lança um olhar duro. — Nós precisamos fazer as malas e partir. Vamos
discutir isso mais tarde.
— Não! Vamos discutir isso agora mesmo! — Eu bato em seu peito,
deixando toda a minha fúria e traição apontada para ele até tenha o suficiente.
— Tudo bem. — Ele grita. — Vamos conversar sobre isso agora. Lá fora.
Eu grito quando ele se inclina e me joga por cima do ombro. Meus punhos
esmurram sua bunda musculosa até que ouço os outros três garotos rindo. Eu
paro meus punhos para mostrar o dedo do meio ao sair pela porta. Assim que
estamos do lado de fora, Seb se afasta da cabana através das árvores. Uma vez
que estamos sozinhos, ele me coloca de pé.
— Acalme-se. — Ele rosna.
— Não. — Eu assobio, meu coração na garganta. — Eu preciso de você.
Você não pode me deixar. Eu nem sei quem eu sou sem vocês. — Eu engasgo
com a minha verdade.
— Venha aqui. — Ele resmunga, puxando-me para ele. Ele me segura
enquanto deixo a emoção me atingir e choro contra ele. Eu nunca realmente
pensei em nenhum deles me deixando. É insuportável imaginar.
— É papai? Vocês se desentenderam sobre o que aconteceu? Sou eu? —
Meu coração afunda com essa perspectiva. Foi porque ele me viu me dando
prazer e cruzamos a linha? Oh Deus. Ele me dando prazer...
— Não é você. — Ele diz ferozmente. — Bem, não da maneira que você
imagina.
Meu corpo endurece. Eu olho para ele através dos meus cílios, o calor
inundando minhas bochechas e tristeza enchendo meu coração com o
pensamento de perdê-lo. — O quê? — Um arrepio percorre minha espinha, o ar
gelado com uma sensação de fragilidade. Está tudo acabado antes de termos tido
a chance de explorá-lo?
— Antes de virmos para cá... — ele diz e franze a testa. — Eu estava tendo
dificuldade em vê-la com William. Ele não te merecia. — Ele levanta a mão e
passa sua junta ao longo da minha bochecha, limpando uma lágrima que caiu
sem permissão. — Eu te queria e era antiprofissional e antiético.
Ele me queria?
— Mas então? — Eu pergunto, desespero na minha voz.
— Então cruzamos algumas linhas e não quero voltar atrás. Meus planos
foram sabotados. — Ele admite em derrota. — Agora… agora você não está com
aquele idiota do caralho, William. Restam-me três homens em quem confio mais
do que tudo, todos apaixonados pela garota que eu quero. A garota que quis há
muito tempo, Clove.
— Então, me compartilhe. — Eu digo em uma respiração desesperada.
Escolher um deles neste momento seria impossível. Ganância, luxúria,
necessidade, meu coração estúpido me faz querer tudo.
— Não é competição se você compartilhar. — Tento convencer não só a ele,
mas a mim mesma. Por que eles não podem me compartilhar? Não é da conta de
ninguém e é o que eu quero.
Ele mergulha e beija meus lábios, fazendo um vislumbre de esperança
encher meu peito. — Eu ainda estou tentando entender as coisas.
— Nós vamos entendê-las juntos. — Eu asseguro, aprofundando o beijo.
— Mas você não pode me deixar. Não depois de todo esse tempo. Depois de tudo
que tivemos. Não depois de você finalmente me notar. — Eu gemo através de
beijos.
Ele zomba, afastando-se um pouco. — Finalmente te notar? Estou
sofrendo por você muito antes de ser moralmente aceitável, baby. Você estrelou
muitas das minhas fantasias. Agora minhas fantasias estão ficando mais
complicadas.
Eu levanto uma sobrancelha. — Oh? Como assim?
Seu olhar se desvia. — Ontem à noite, tendo Zac conosco, achei que
precisaria de você para mim mesmo. Mas foi…
— Mais excitante. Foi mais excitante tê-lo nos dizendo o que fazer e
assistindo. — Eu sussurro, minha boceta pulsando apenas com a lembrança.
Ele lança seu olhar de volta para o meu. — Foi.
— Sou a favor de explorar suas fantasias complicadas. — Eu digo a ele
com um sorriso malicioso. — Eu tenho algumas também.
— Oh sim? — Ele desafia enquanto agarra meus quadris e me vira, então
estou de frente para uma árvore grossa. — Aguente firme. — Ele fala
profundamente e dominando, fazendo a excitação correr pelo meu sangue. Eles
me intoxicaram e estou voando alto, esperando nunca descer.
Eu cravo meus dedos na casca e sorrio quando o sinto trabalhando no
meu jeans. Ele os empurra para baixo, raspando a carne das minhas coxas
enquanto faz isso. É carente e apressado e eu amo isso. Baixando até meus
tornozelos, ele então espalma minha bunda.
— Olhe para você. — Ele rosna quando aperta minhas nádegas. — Há
muito tempo penso em tê-la só para mim assim.
Meu coração corre em meu peito. — O que você vai fazer agora que me
tem?
— Você sabe o que vou fazer. O que venho pensando a cada maldita noite
por anos. — Ele desliza minha calcinha para baixo e a joga onde minha calça
jeans está. — Eu finalmente vou saber como é estar dentro de você, Clo. E
quando estiver lá, talvez nunca queira sair.
Ele se atrapalha com o cinto atrás de mim. Então, seu pau quente está
esfregando a fenda da minha bunda, me provocando. — Implore-me para fodê-
la. — Ele ordena. — Eu preciso ouvir isso, baby.
— Foda-me. — Eu respiro, empurrando minha bunda contra o seu pau.
Ele pulsa contra mim. — Sebastian. Pare de provocar e me foda logo. Estive
esperando por isso também, por muito tempo. Mostre-me como deve ser. Foda-
me com força.
Seus gemidos me arrepiam. Ele começa a esfregar seu pau entre minhas
coxas e depois para cima ao longo da umidade que está vazando do meu corpo.
Indo e vindo. Alternadamente. Ele esfrega em mim, mas sem tentar entrar.
Deixa-me louca. Estou fazendo uma bagunça em seu pênis com a minha
excitação. Agarrando a árvore para não cair, curvo meu corpo e empurro contra
a cabeça de seu pau. Minha boceta parece ser um ímã para sua espessura. Sua
ponta provoca meu pequeno buraco carente.
— Foda-me como se fosse meu dono, Sebastian. — Eu assobio, quase
delirando com a dor. — Faça-me finalmente sua. — Minha respiração está
acelerada. A sensação de pura necessidade enfurece dentro da minha corrente
sanguínea, fazendo-me mover minha bunda para completar a nossa conexão.
Ele não me faz esperar mais. Sua circunferência espessa empurra contra mim,
me esticando ao ponto de quase dor.
— Oh Deus. — Eu sussurro, minhas pernas quase se dobrando.
Ele desliza a mão na minha frente e esfrega o meu clitóris. Misturando o
prazer com a dor, um duo caótico confundindo todos os meus pensamentos e
funções. A dor não deveria ser prazerosa, mas acontece. Tudo parece demais,
bom demais. Sensações eróticas tomam conta do meu corpo, dando-me todas as
coisas com as quais sonhei. Minha boceta aperta em torno de seu pau grosso,
fazendo-nos gemer.
— Porra, baby, você é gostosa pra caralho. Melhor do que imaginei. Eu vou
te dar tudo. Fodê-la até que esteja dolorida.
— Deixe-me fraca, Seb. Foda minha boceta e me reivindique. — Eu ofego,
perdendo todas as inibições.
Seus dedos cravam em meu quadril enquanto a outra mão me leva cada
vez mais da beira da loucura. Minhas pernas tremem quando euforia toma conta
de cada parte de mim. — Estou gozando. Oh foda-se, Seb, você está me fazendo
gozar, — eu grito.
— Sim, Clo, goze por todo o meu pau, baby. — Ele grunhe, martelando
seus quadris em mim até que sinto seu pau pulsar e jorro quente começar a me
encher. De todas as vezes que estive com meu ex, nunca me senti assim.
Consumida e sem energia.
— Seb. — Murmuro.
Bufo. Rosno. Grunho.
O prazer está correndo nas minhas veias quando a mão dele deixa meu
quadril para cobrir minha boca. Sua respiração é quente contra o meu ouvido.
— Shhh, baby. — Ele sussurra. — Não faça barulho.
Ele vira minha cabeça e a menos de sete metros de distância, um urso
está passando. Eu enrijeço, engolindo um grito aterrorizado.
— Boa menina. — Ele diz baixinho. — Muito bom, boa menina.
Ele continua massageando meu clitóris enquanto seu pau engrossa
novamente e ele começa a me foder lentamente por trás, metendo completamente
para dentro. Ele me enche totalmente com seu pênis, fazendo todo o meu corpo
reacender. Eu mal posso respirar com a mão grande cobrindo minha boca e meu
prazer roubando qualquer ar em meus pulmões. E não ajuda que um urso feroz
esteja por perto. Parece trazer o animal em Seb porque seus quadris se contraem
contra mim, a pele batendo contra a pele, nossos gemidos mal contidos
arriscando nossa segurança. A qualquer momento, ele poderia virar e nos ver.
Ele aperta meu clitóris e me perco de novo.
Um gemido é arrancado de mim, mas sua mão pressiona mais forte. Dedos
grossos cobrindo minhas vias aéreas, minhas próprias mãos agarradas à árvore
para me impedir de cair com a força de suas estocadas. Sou superada onda após
onda do meu orgasmo. Ele continua me acariciando ao esquecimento. Desejo
explode através de mim e não consigo emitir um som. Sinto que estou sufocando
e isso de alguma forma aumenta as sensações. Medo misturado com prazer é
uma combinação que gosto mais do que deveria admitir. Meu mundo gira de
uma maneira deliciosa enquanto ele solta um grunhido irregular. Então, seu
calor jorra em mim, enchendo-me mais uma vez com seu próprio clímax.
Tão feroz e reivindicando.
Eu nunca fui fodida assim.
É impressionante e surpreendente. Como quando o Ford estava comigo. E
quando Leo me tocou no Tahoe. Esses homens... eles me saciam. Meus caras
finalmente me deram o que eu sempre precisei.
Tudo.
Tudo o que eu poderia imaginar e mais.
Quem diria que seriam necessários quatro homens fortes e viris para
satisfazer uma mulher sexualmente faminta?
Sua mão desliza do meu rosto e ele esfrega o nariz no meu cabelo. — É
seguro. O urso se foi.
Seu jorro escorre pela minha coxa enquanto seu pênis começa a amolecer.
— Mas você não foi. Você ainda está aqui. — Eu exclamo. — E não vou
permitir que você me deixe.
Ele beija o topo da minha cabeça. — Eu não vou a lugar nenhum, baby.
14
Zac Stone – Agente de Segurança Eletrônica
A casa de Sebastiano é legal. É muito grande para ele. Quem era aquela
mulher? Três quartos, dois banheiros. Você pode dizer que um homem a decorou.
Não uma mulher. O mobiliário é masculino e funcional. Não há fotos pessoais ou
qualquer coisa que sugira que ele seja dono desta casa. Ou tenha uma mulher
misteriosa que nunca mencionou antes.
— Cozinha. Sala de estar. A lavanderia é por ali. — diz Ford, apontando
os ambientes enquanto me arrasta. — Quartos aqui e ali. Nós vamos ficar no
principal.
Eu o sigo para o quarto principal. Uma grande cama fica no meio do quarto
em frente a uma janela enorme e pitoresca. Ela dormiu aqui com Seb, com algum
dos meus rapazes? Eu ando até a janela e olho para as árvores escuras.
Ford chega atrás de mim, com as palmas das mãos apoiadas nos meus
ombros e os lábios pressionando um beijo no topo da minha cabeça. — Você está
bem?
— Sim. — Eu murmuro. — Quem era a mulher?
Ele recua e solta um suspiro pesado. — Você não quer saber. — Ele
caminha em direção ao banheiro. Bem, isso é sinistro. Agora eu realmente quero
saber.
Eu me viro a tempo de vê-lo tirar sua camiseta, mostrando as curvas
musculares de suas costas, e todos os pensamentos de qualquer coisa, exceto
ele, fogem da minha mente. Ele tira os sapatos e, em seguida, empurra sua calça
jeans, mostrando sua bunda para mim. Fico de boca aberta quando a porta do
banheiro se fecha atrás dele. O chuveiro liga e eu ainda estou congelada quando
alguém ri da porta.
A sobrancelha de Leo está levantada enquanto ele me observa. — Você viu
algo que gostou?
Calor enche minhas bochechas, mas me recuso a deixar Leo me fazer
sentir mal por checar a bunda perfeita e esculpida de Ford. — Estou fazendo um
estudo comparativo. — Digo a ele com um sorriso inocente. — Talvez você
devesse tirar as calças também para ver quem é melhor. Para pesquisa.
Ele tira a camiseta e flexiona o abdômen esculpido. Leo é todo deus grego
que você vê em livros. Com um sobrenome como King e um corpo como o dele,
você não pode deixar de adorá-lo de joelhos. Pardais negros e flores estão
artisticamente tatuados no lado esquerdo do peito, me deixando curiosa para
explorá-los mais de perto. Eu molho meu lábio inferior com a língua, quase
engasgando com um gemido.
— Você realmente vai me mostrar sua bunda? — Eu desafio, meu coração
batendo rapidamente no meu peito.
Ele encolhe os ombros musculosos. — Eu vou mostrar meu pau também,
doçura. Dar-lhe todas as evidências de que precisa para sua... pesquisa.
Fiel à sua palavra, ele abre o jeans e empurra para baixo. Sua boxer preta
está esticada sobre sua ereção óbvia. Grosso e duro. Puta merda.
Eu definitivamente estou sentindo o desejo de uma pequena adoração...
— Venha. — Ele ordena com voz rouca.
Eu engulo e pisco várias vezes em estado de choque. — O que?
— Bem, essa outra virá depois. Por enquanto, vamos comparar.
Ele pega minha mão e quase me arrasta para o banheiro onde o chuveiro
está ligado. O vidro está embaçado, então não vejo nada além da forma turva de
Ford.
— Ei, Ford. — Leo grita.
— Sim cara?
— Clove aqui quer comparar nossos paus. — Diz Leo como se fosse a coisa
mais normal de sempre.
Ford ri. — Deixe a nossa menina nua e vamos mostrar-lhe que meus vinte
e dois centímetros são preferíveis aos seus doze.
— Doze minha bunda. — Leo resmunga, mas seus olhos verdes dançam
com diversão. — Tire suas roupas, doçura.
Está acontecendo.
Oh meu Deus.
Minhas mãos tremem quando me atrapalho com meu jeans. Leo se
aproxima e ajuda. Seus dedos quentes roçando meu estômago faz um arrepio
ressoar através de mim. A porta do chuveiro se abre silenciosamente.
E querido Deus.
Ford é um anjo esculpido em pedra. Perfeito. Bronzeado. Músculos
esculpidos em seu peito que estou morrendo de vontade de explorar mais de
perto. Mas o que me paralisou foi a maneira como o bíceps flexiona cada vez que
ele masturba seu pênis impressionante. Seus olhos estão escuros de luxúria,
mas ainda brilham divertidos. Meu jeans é empurrado pelas minhas coxas,
fazendo-me expirar alto.
— Tire sua camisa, Lucky. Eu quero ver seus peitos.
Eu mordo meu lábio inferior antes de ceder ao comando de Ford. Leo me
ajuda a tirar meus sapatos e minhas meias.
— Sutiã e calcinha bonitos. — Diz Leo com um sorriso malicioso. — Eles
vão parecer mais bonitos no chão.
Uma risadinha me escapa e é contagiante. Ambos Leo e Ford riem. O
nervosismo que estava abrindo caminho pelos meus ossos se dissipa como o
vapor no banheiro. Leo me liberta da última das minhas roupas antes de pegar
meu pulso. Ele me puxa para o chuveiro. No momento em que estou ao alcance,
Ford agarra meus quadris e me puxa contra ele.
Levantando minha cabeça, olho em seus olhos aquecidos. Ele não me da
uma chance de falar. Apenas esmaga seus lábios cheios nos meus em um beijo
que rouba a alma. Suas mãos percorrem minhas costelas em uma caminhada
até meus seios. Quando duas mãos fortes tocam meus ombros, eu tremo
consciente.
Dois.
Eu estou nua com dois homens extremamente gostosos.
Dois homens que me querem tanto quanto eu os quero.
Leo puxa meu cabelo para um lado para que possa acessar meu pescoço.
Sua boca trava na minha carne enquanto suas palmas deslizam para a minha
frente. Um miado rasteja para fora da minha garganta quando ele toca minha
boceta. Ford sorri contra a minha boca, nunca quebrando o nosso beijo e aperta
meus mamilos duros e doloridos. O pau de Leo é como pedra contra a fenda da
minha bunda.
— Hora de comparar. — Incita Leo, esfregando seu pau contra mim. —
Estamos esperando por seu relatório completo.
Ford se afasta um pouco para me dar um sorriso travesso. — Vá em frente,
Lucky. Comece a agir.
Eu abaixo a mão entre nós e pego sua espessura. Então, por trás de mim
agarro o pênis de Leo. Ambos são grossos e longos e perfeitos.
— Quem é o vencedor? — Leo diz rouco, seus quadris balançando
suavemente contra o meu aperto nele. Eu. Eu sou a vencedora. Ele intensifica a
maneira como seus dedos circulam meu clitóris até que eu esteja tremendo de
necessidade. — Hmm?
— Eu, uh, eu... ohhhh... — Eu gemo.
Ford torce meus mamilos, me fazendo choramingar. — Qual é o seu
veredicto?
— Empate. — Eu choramingo. — Eu amo os dois. Vocês são perfeitos.
— Boa menina. — Leo rosna. Suas palmas se esticam sob minhas coxas e
ele me levanta. Eu posso sentir seu pau balançando contra minha boceta. Meu
corpo se contorce enquanto procuro seu pênis.
— Precisa de ajuda? — Ford pergunta com um brilho diabólico em seus
olhos. Ele se ajoelha na nossa frente e corajosamente agarra o pau de Leo para
ajudar a guiá-lo para o meu corpo carente.
Leo assobia de prazer e solto um gemido quando a boca de Ford faz contato
com minha boceta. Estou desossada nos braços fortes de Leo. Ele facilmente me
manobra para cima e para baixo em seu comprimento enquanto morde meu
ombro. Meus dedos encontram o cabelo molhado de Ford, agarrando, enquanto
ele chupa meu clitóris. Estou completamente perdida neste momento enquanto
estes dois homens me alegram. A boca de Ford é pura magia enquanto ele suga,
lambe, morde o meu clitóris e os lábios da minha boceta.
— Oh, Deus. — Eu choramingo. — Leo! Ford! — Meu orgasmo me invade,
fazendo meu núcleo contrair. Isso desencadeia Leo porque ele solta um grunhido
feroz. Seu calor me inunda por dentro enquanto seus dentes machucam minha
carne.
Eu mal me recuperei do meu clímax antes que Ford se levantasse e me
puxasse avidamente dos braços de Leo. A perda do pau de Leo dentro de mim
me faz sentir vazia, mas segundos depois, Ford está me esticando com seu pau.
Minhas pernas trancam em torno de sua cintura quando nossas bocas se
encontram enquanto ele me fode contra a parede de azulejos. Ele tem o meu
gosto. Isso envia um fogo que queima meu estômago. Eu amo isso.
— Você é perfeita pra caralho, Lucky. — Ford rosna. Ele morde minha
mandíbula antes de encontrar meu ouvido. Sua respiração quente me faz
cócegas. — Perfeita e nossa.
Nossa.
Não apenas dele.
Deles.
Imagens sujas dos meus outros dois caras no chuveiro conosco faz outro
orgasmo se aproximar.
— A água está ficando fria. — Leo murmura do meu outro lado. Ele cheira
a sabão agora e vagamente percebo que ele se lavou enquanto Ford estava me
fodendo ao esquecimento. — Além disso, estou no caminho da visão de alguém.
O corpo de Ford bate alto contra o meu, ganhando toda minha atenção.
Eu posso sentir os olhos em mim, mas não consigo olhar para cima. A boca de
Ford está de volta à minha, exigindo meu foco total. Ele leva a mão entre nós e
dá ao meu clitóris algumas massagens especializadas que me fazem perder o
controle novamente. Minha cabeça cai para trás contra o azulejo com um baque.
Eu choramingo, meu corpo inteiro estremecendo. Mais calor surge dentro de
mim.
Eles estão me enchendo.
Marcando-me como deles.
O pau de Ford para de se contorcer, eventualmente, e ele sai de dentro de
mim. Desde que a água ficou fria, ele nos limpa rapidamente. Quando saio do
chuveiro em uma névoa induzida por sexo, encontro Sebastian esperando com
uma toalha.
— Ei. — Eu digo, incapaz de encontrar seus olhos enquanto ele envolve a
toalha macia em volta de mim.
Seus dedos encontram meu queixo, inclinando minha cabeça para cima.
— Ei, linda.
Nada em seu olhar indica que ele acha que sou suja. Se alguma coisa, a
luxúria queima em seu olhar. Estou um pouco dolorida, mas estou doendo por
tê-lo também. Ele deve sentir minha necessidade porque suas narinas dilatam.
Eu solto um grito quando ele me pega em seus braços poderosos. Uma
risada escapa e é então que sinto o esperma de Ford e Leo jorrando de mim. É
sujo, mas muito quente também. Sebastian me leva para o quarto principal até
a cama. Ele me coloca solta antes de puxar a toalha para longe.
— Vamos dar uma olhada nessa boceta. — Ele rosna, espalhando minhas
coxas. Seu olhar faminto corre pela minha área sensível, causando arrepios na
espinha. — Eles abusaram dela. Safada, Clo. Você é tão safada.
Ford ri enquanto entra no quarto com uma toalha amarrada na cintura.
Eu pego o olhar de Leo de uma cadeira no canto. Vê-los assistir quando Seb
preguiçosamente esfrega minha boceta faz minhas coxas enrijecer.
Sebastian chega por trás do pescoço para agarrar sua camisa. Ele puxa-a
sobre a cabeça em um daqueles movimentos quentes que derrete meus ovários.
Eu bebo de seu peito sólido e tatuado e do leve punhado de pelos escuros entre
seus peitorais. Seus bíceps que também são cobertos por tatuagens flexionam,
mas são seus ombros cheios e musculosos que desejo lamber. Tanta arte neste
homem e quero explorar cada parte dele lentamente. Meus olhos percorrem seu
abdômen duro até sua trilha feliz que promete muitos momentos divertidos
dentro de seu jeans. Quando ele me vê o examinando, ele me lança um sorriso
antes de desabotoar sua calça jeans. O som de carne na carne me faz examinar
o quarto de novo. Leo está jogado na cadeira com as pernas esticadas na frente
dele e as coxas abertas enquanto acaricia seu pênis. Ele parece realmente um
Deus sentado num trono. Estou encantada com a visão até o pau de Seb
provocar minha abertura que vaza com o esperma de outros dois homens.
— Tudo lubrificado para mim? — Seb pergunta, a coroa espessa de seu
pau me rompendo. Queima um pouco quando ele me estica lentamente, enfiando
tudo até chegar ao fundo. Ele se inclina procurando minha boca. Nós nos
beijamos asperamente e desleixadamente enquanto ele me fode de uma forma
agressiva e doce que me faz sentir segura. Estou muito gasta para gozar. Eu sei
disso. Mas então seus dedos estão massageando meu clitóris duro e rápido. É
quase doloroso tentar arrancar outro orgasmo. — Goze para mim, Clo. Não me
negue o que eu quero.
Ele constrói até que eu esteja gritando seu nome.
O mundo ao meu redor reluz em branco enquanto me perco em êxtase.
Estou tonta de prazer.
Ele geme, sinalizando sua libertação, antes de me encher.
— Oh Deus. — Murmuro.
Estou tão dolorida. Tudo dói.
E mesmo assim…
— Chegou a tempo. — Diz Ford para alguém. — Começamos sem você.
— Não brinca. — Grunhe Zac.
Seb sorri contra meus lábios e, em seguida, sai abruptamente. Meus olhos
procuram por Zac através de pálpebras pesadas. Ele está nu. Gloriosamente nu.
Seu peito magro, mas esculpido, implora para ser tocado e seu grande pau se
projeta orgulhosamente na frente dele. Eu lambo meus lábios antes de encontrar
seu olhar faminto, quase irritado.
Eu fico tensa, pânico crescendo dentro de mim.
Mas então ele pisca.
Aquele simples ato de segurança me faz relaxar, apesar da forma como o
esperma de três homens vaza da minha boceta dolorida.
— Minha vez, pirralha. — Zac rosna, seus olhos castanhos escurecendo.
Quando ele me chamou de pirralha, logo que começaram a trabalhar para o meu
pai, eu me ofendi. Mas com o passar dos anos, passei a aceitar isso como um
termo carinhoso.
Suas mãos encontram meus quadris rudemente e ele me vira para o meu
estômago. O fogo aquece minha nádega no momento em que ele bate nela. Antes
que eu possa me recuperar, ele está empurrando seu pau excessivamente grande
dentro de mim.
Lágrimas queimam meus olhos enquanto ele me estica brutalmente ao
ponto da dor. Ele é grosso e longo. Com cada impulso, ele me machuca em algum
lugar no fundo. Tudo o que posso fazer é reprimir um soluço enquanto aperto o
edredom.
Ele bate na minha bunda novamente, fazendo-me contrair em torno dele.
Eu choramingo com a dor disso. Sua mão massageia a carne dolorida e estou
quase ansiosa para sentir a picada mais uma vez.
O que há de errado comigo?
Ele empurra com força, atingindo um ponto dentro de mim que me faz
tremer de surpresa. Sua mão bate na minha bunda outra vez antes de apertar
meus quadris com força. Ele me angula mais alto enquanto bate os quadris. O
lugar que ele encontrou dentro de mim pulsa com cada punhalada gloriosa de
seu pênis monstruoso.
Oh Deus. Oh Deus. Oh Deus.
— Oh Deus! — Eu grito quando o prazer parece agarrar-me de dentro para
fora. Esse orgasmo é diferente dos outros. Isso me puxa deste mundo e me joga
em outro. Estranho e maravilhoso. Eu estou em território desconhecido.
Um grunhido feroz rasga a garganta de Zac.
Então seu calor me inunda.
Seu esperma me enche, picando minhas entranhas. Espero que ele saia,
mas ele pressiona seu corpo suado contra minhas costas e encontra meu ouvido.
Ele planta um doce beijo na concha do meu ouvido.
— Eu sabia que você seria perfeita, Clove. — Ele murmura. — Perfeita pra
caralho. E nossa.
Eu não tenho palavras.
Lágrimas de felicidade e cansaço e de estar esmagada vazam dos meus
olhos.
Tudo o que posso fazer é acenar com a cabeça.
Deles.
Eu sou deles.
Finalmente.
16
Sebastian Constantine – Chefe da Agencia de
Segurança
Eu acordo com uma mão sobre o meu rosto e gemo, empurrando a mão
do homem. Rolando para o meu lado, encontro Clo encolhida contra o lado de
Leo. Imagens da noite passada quando todos nós fodemos nossa garota inunda
minha mente.
Estamos todos tão fodidos.
E, sinceramente, não me importo.
No nosso caso, foder é muito bom e estranhamente gratificante.
Sim, Leo é um porco na cama e dorme como uma criança de três anos.
Mas ele também é um dos meus melhores amigos. Leal acima de tudo. Daria sua
vida, como demonstrou claramente não muito tempo atrás, pela garota em seus
braços. E a melhor parte é que ele não é um idiota ciumento e possessivo.
Nenhum de nós é. Todos nós nos envolvemos um pouco em sexo poliamor, mas
esta é a primeira vez que nós quatro ativamente, ainda que de maneira não dita,
visamos a mesma mulher com mais propósito do que apenas foder.
Nós quatro nos preocupamos profundamente com Clo.
A situação é uma bagunça, mas não vou começar a pensar nos detalhes.
A noite passada aconteceu e algo me diz que mais noites assim acontecerão.
Vamos manter a Clo aqui para sempre, se for preciso. Essa ideia é atraente como
o inferno.
Eu passo meus dedos pelos cabelos de Clo e inalo seu doce perfume. Meu
pau está duro contra o vinco de sua bunda. Quando sua bunda pressiona contra
mim, percebo que ela está acordada.
— Bom dia. — Murmuro contra o cabelo dela, meu braço serpenteando
para frente. Eu encontro seu clitóris e massageio.
— Bom dia.
Eu beijo seu ombro e a esfrego, amando os gemidos que ela dá. Ela
calmamente constrói seu orgasmo enquanto tenta não acordar Leo. No momento
em que ela goza, tiro meus dedos e chupo alguns deles. Seu gosto é viciante.
Uma vez que meus dedos estão molhados, os arrasto na ponta do meu pau para
lubrificá-lo. Eu sei que ela deve estar seca por ter sido fodida quatro vezes
seguidas na noite passada.
Um pequeno gemido escapa quando pressiono a cabeça do meu pau contra
sua fenda. Lentamente, entro em sua boceta. Eu agarro seu peito, meu polegar
e dedo apertando seu mamilo. Meus quadris empurram contra ela em um ritmo
constante que faz a cama ranger.
— Clo...
— Sebastian.
— Você é a única mulher para mim. — Eu estou obcecado por você há anos.
Ela solta um gemido suave. — E aquela garota na noite passada?
Eu não quero falar sobre a minha ex com meu pau dentro de Clo.
— Ela não é importante. Cuida da minha propriedade enquanto estou
fora.
— Então, você e ela...
Eu a silencio torcendo seu mamilo levemente até ela gritar. Contarei a ela
sobre Rachel mais tarde, mas agora não é a hora.
Não demora muito para eu estar gemendo com a minha libertação. Ela
começa a rir baixinho e me apoio no meu cotovelo para olhar para ela.
— O que é tão engraçado? — Eu sussurro.
Ela aponta para a maneira como o pau de Leo se estende. Ele ainda está
roncando, mas nós claramente entramos no seu sonho. Rindo, eu a puxo para
longe e beijo seu pescoço.
— Vamos. — Eu rosno. — Vamos limpá-la.
Clo parece boa suficiente para comer em uma das minhas camisas. Ela
tem suas próprias roupas agora, mas devo dizer que gosto do jeito que ela parece
na minha. Eu coloco uma calça e uma camiseta. Leo não está mais na cama
quando saímos do banheiro. Clo passa o braço ao redor do meu enquanto
seguimos o cheiro de bacon sendo preparado.
Estou tão feliz por estarmos em casa.
Conforto. Roupas. Uma cozinha adequada.
Não precisamos sair.
Leo está parado de cueca, empurrando um pedaço de bacon na boca
enquanto olha para o celular. Ford está usando jeans e moletom, uma carranca
no rosto enquanto olha pela cozinha. E Zac está usando uma calça de moletom
sem camisa enquanto tecla no laptop.
Se eles estão na mesa, quem está na...
— Eu fiz um monte de bacon porque sei o quanto você ama, Sebby. —
Rachel cantarola quando sai da cozinha carregando um prato de bacon. Ela está
usando uma camisa decotada que mostra muito de seus peitos no café da
manhã. Sua saia é muito curta e muito reveladora. Estou envergonhado por ela.
Assim que seus olhos varrem a aparência de Clo, recém-saída do banho e a
usando minha camisa, suas narinas dilatam e seu lábio se curva. — Oh, olá. —
Ela diz para Clo friamente antes de me olhar com um de seus sorrisos brilhantes.
— Bom dia.
Clo enrijece ao meu lado. Leo agarra seu pulso antes de puxá-la para ele
num abraço. Rachel coloca o bacon na mesa e depois corre até mim. Ela joga os
braços em volta do meu pescoço e me abraça. Tanto Ford quanto Zac me
observam por cima da sua cabeça, fazendo uma careta de desaprovação.
— Bom dia. — Eu grunho de volta, pegando os quadris de Rachel para
afastá-la.
Ela ri e pressiona seus seios contra o meu peito. — Você sabe que tenho
cócegas. — Ela diz ofegante. — Não se preocupe. Eu ainda gosto disso.
Clo faz um som chocado. Eu encaro Rachel.
— Chega. — Eu digo.
A sobrancelha de Rachel se levanta. — Sebby...
Quando ela estende a mão para acariciar meu peito, eu aperto seu pulso
antes de arrastá-la pela cozinha e entrar na lavanderia.
— Precisamos conversar. — Eu resmungo assim que fecho a porta atrás
de nós. Eu solto a mão de Rachel e cruzo meus braços sobre o peito. — Você?
Na minha casa? Fazendo o café da manhã? Não funciona para mim, Rach. Eu te
pago para ter certeza de que ninguém entre na minha propriedade enquanto
estiver fora, não para fazer o café da manhã.
— Jesus, Sebastian, você não precisa ser tão rude. — Seu lábio inferior
treme. A culpa me inunda.
— Desculpe. — Eu resmungo. — É só que…
— Você está fodendo aquela garota? — Ela pisca rapidamente para mim
como se estivesse tentando imaginar isso.
— Não é da sua conta.
— O inferno que não é. — Ela grita. — Nós temos história. Caso você tenha
esquecido.
— Você não é mais minha noiva, Rachel. — Eu grito de volta. — Você não
tem voz na minha vida. Você também não pode entrar na minha casa e faz o que
quiser, quando quiser. Clo é especial para mim. Eu não vou deixar você fazê-la
sentir indesejada.
— Especial. — Ela ferve. — Tão especial que ela abraça o primeiro cara
seminu ao primeiro sinal de problema. Ela provavelmente está chupando o pau
de Leo enquanto falamos.
Eu reviro meus olhos para ela. — Pare com isso e vá para casa. Qual o pau
que ela chupa, não é da sua conta.
Ela se aproxima de mim, a fúria resplandecendo em seus olhos. Seu rabo
de cavalo loiro balança de um lado para o outro. Eu fecho meus olhos, esperando
por sua iminente bofetada. Em vez disso, seus lábios pressionam os meus.
Eu abro meus olhos e agarro seus ombros, empurrando-a para longe. —
Chega. — Eu rosno. — Vá para casa. Diga-me que você não deixou o garoto
sozinho.
— Foda-se, Sebastian. — Ela solta uma risada dura. — E cuidado com
aquela garota. Ela vai arruiná-lo. Garotas como ela jogarão vocês uns contra os
outros. Boas garotas gostam de foder os garotos selvagens, mas elas não se
acalmam com eles, Seb. Quando ela acabar de usá-lo, eu estarei aqui. Eu sempre
estou.
Balanço a cabeça para ela e abro a porta. Clo está ali, com lágrimas
enormes nos olhos. Seus olhos passam de mim para Rachel. Rachel solta um
suspiro de satisfação enquanto passa por nós.
— Clo. — Eu murmuro.
— Ela não é ninguém, hein? — Seu lábio inferior treme. — Eu posso lidar
com a verdade. Se você realmente se importasse comigo, confiaria em mim. —
Ela se vira e sai cambaleando.
— Clo, espere. — Eu chamo por ela.
Seu corpo bate em Ford e ele envolve seus braços ao redor dela. Seus lábios
estão pressionados em uma linha firme. Eu ando até eles e ele me dá um aceno
de cabeça antes de pronunciar a palavra: — Mais tarde.
Então eles saem.
Eu fico me perguntando como estraguei tudo em questão de minutos.
17
Clove Sterling – A Cliente
Clunk.
Eu coloco minha arma Sig P320 estrategicamente ao lado da minha H e K
VP9. Ambas ainda estão quentes desde a prática de tiro desta manhã. Seb e Leo
já deixaram suas armas antes de irem se encontrar com uma fonte a algumas
horas de carro daqui que pode ter alguma informação sobre o motorista do carro
que quase atingiu nossa garota. Está quente na casa de Seb e tiro meu moletom
antes de encontrar minha mochila. Dentro, entre ferramentas e munição extra,
encontro o meu kit de limpeza de armas. Sento-me à mesa e começo a desmontar
minha H e K. Desparafuso o supressor e coloco-o na superfície de madeira. O
cheiro do óleo quando coloco um pouco num dos panos de limpeza me acalma.
Comecei a limpar armas para o meu velho quando eu tinha oito anos. Vinte e
três anos depois, ainda amo essa parte quase tanto quanto disparar as armas.
Estou a muito tempo na minha tarefa de limpar as armas de fogo quando
alguém pigarreia. Afasto meu torpor, bloqueando meus olhos com Clove. A mera
visão dela na minha camiseta com seu cabelo escuro desalinhado, faz meu pau
engrossar em minhas calças cargo.
— Bom dia, Lucky. — Eu saúdo, levando um tempo para admirar os
chupões no pescoço dela. Depois do banho dela ontem à noite, eu a levei de volta
para o quarto principal, onde Seb já havia se acomodado e estava dormindo. Nós
nos beijamos no escuro como dois adolescentes. Então, chupei seu pescoço,
marcando-a afinal porque diabos não? E a fodi lentamente. Ela adormeceu presa
em meus braços com meu pau aninhado dentro dela.
— Bom dia. — Ela diz, mostrando-me um sorriso caloroso antes de abrir
um armário e ficar na ponta dos pés para pegar alguma coisa.
Passei os olhos pelo traseiro dela, amando o jeito que sua bunda fica
embaixo do tecido da camiseta. Suas pernas estão nuas. Suaves. Bronzeadas. E
segue por milhas. Até os pés dela são adoráveis pra caralho.
Clove é um sonho molhado, andando e falando.
Ela coloca uma tigela no balcão e morde o lábio inferior. Eu arqueio uma
sobrancelha em questão.
— Você, uh... — Ela para e suas bochechas ficam rosa brilhante. Como se
ela fosse tímida. Eu estive dentro dela agora e vi meus melhores amigos
transarem com ela. Porque ela estaria tímida agora?
— Fora com isso, mulher.
Ela solta uma risada nervosa. — Você... você parece super quente agora.
Uma risada ressoa através de mim. — Desculpe quebrar seu coração,
linda, mas minhas mãos estão todas sujas. Você vai ter que cuidar de si mesma.
Seus olhos se arregalam em choque. — Você não vai me foder?
Eu pego o supressor e jogo um pouco de óleo antes de limpá-lo com um
pano. — Oh, eu vou fodê-la. Todos os dias, se puder fazer isso acontecer. Mas
agora, — eu rosno, levantando os olhos para encontrar os dela. — Agora, Lucky,
você vai se foder.
Lábios cor-de-rosa gordos e bonitos se abrem em resposta.
— Sente-se na ilha e de frente para mim. Eu quero ver o que você faz. —
Ordeno, colocando o supressor na mesa de madeira. — Vamos. Mostre-me o que
você tem.
Ela me olha de uma maneira tão inocente, mas depois escurece quando
encontra sua determinação. Seus quadris balançam de um jeito que faz meu pau
responder com um puxão enquanto caminha até a ilha. Com o traseiro
pressionado na borda, ela pega o balcão e se ergue.
Usando meu pincel de câmara que está na minha mão, aceno como uma
varinha de um lado para o outro, indicando que ela precisa separar suas coxas.
Suas narinas dilatam, mas ela obedece.
— Ainda estou de calcinha. — Ela diz, como se isso fosse impedi-la de sua
tarefa.
— Acho que você vai ter que ser criativa. — Eu sorrio para ela. — Tire a
camisa, no entanto, Lucky.
Ela puxa o material e joga no chão. Sua carne pálida tem hematomas nos
quadris e pescoço delicado. Eu posso ser responsável pelos chupões no pescoço
dela, mas os de seus quadris são definitivamente de Zac.
— E agora? — Ela pergunta, deixando cair seu olhar para o chão. Seu
cabelo escuro cai em cortinas ao redor do rosto e sobre os seios cheios que
imploram para serem degustados.
— Esqueça que estou aqui. Faça o que é bom. Finja que está sozinha.
Suas sobrancelhas se unem antes que ela me olhe de um jeito perturbado.
— Eu não gosto de ficar sozinha.
Meu coração aperta no meu peito. O desejo de protegê-la, mesmo da
solidão, é esmagador.
— Lembre-se de não muito tempo atrás, antes de tudo isso. — Eu aceno
meu pincel de câmara no ar. — No momento que entrei e vi Seb em seu quarto?
Suas narinas dilatam. — Nós não fizemos nada.
— Mas você queria. — Eu desafio.
— Eu queria. — Ela respira.
— Então, volte para aquele dia. Toque-se como queria.
Sua pequena mão desliza entre suas coxas e seu dedo médio esfrega seu
clitóris sobre a calcinha. Eu gemo porque ela é muito gostosa. Abrindo minhas
pernas, me inclino para trás na minha cadeira e olho para a deliciosa mancha
molhada que agora escurece sua calcinha rosa.
— Mostre-me como você está molhada. — Eu rosno, meus olhos focados
em sua boceta.
Ela desliza a mão em sua calcinha e empurra o tecido enquanto procura
a entrada em sua boceta. Um pequeno suspiro escapa.
— Um dedo não vai bastar, Lucky.
Seus olhos castanhos mel voam para os meus. — Dois?
— Três. Foda-se com três até que você esteja boa e suculenta. Então me
mostre.
Ela franze as sobrancelhas enquanto se concentra em sua tarefa em mãos.
Literalmente. Um gemido escapa dela. Eu meio que me sinto um idiota porque
sei que ela está dolorida. Mas se ela vai continuar um relacionamento sexual
com quatro homens de uma só vez, então terá que treinar sua boceta para levar
quatro paus como uma campeã.
Meu pau dói em minhas calças, ansioso para dar-lhe um pouco de prática
agora. Em vez disso, volto a limpar minhas armas, usando meus outros sentidos
para apreciar a maneira como ela se toca. Seu cheiro corta o cheiro de óleo e
inunda meus sentidos, fazendo minha boca encher de água. Gemidos doces
ressoam enquanto ela lentamente se fode com três dedos. São os sons, porém,
que são enlouquecedores. O dentro e fora de seus dedos em seu corpo faz o som
mais molhado do planeta e estou sedento por isso.
— Mostre-me agora. — Eu exijo, meus olhos se voltando para ela.
Seus olhos se abrem e ela tira a mão de sua boceta. Ela balança os dedos
que brilham no sol da manhã que entra pela janela atrás de mim.
— Molhada. — Eu observo com um rosnado.
— Tão molhada. Tudo por você, Ford. — Ela diz, lambendo os lábios e
olhando para mim como se eu fosse todo dela.
— Limpe seus dedos em seus seios.
— Assim? — Ela ronrona, passando os dedos escorregadios em círculos ao
redor de seu mamilo.
— Exatamente. Faça no outro agora.
Estou prestes a instruí-la a me deixar provar quando Zac vira a esquina e
entrar na cozinha atrás dela. Seus olhos castanhos brilham com maldade
enquanto ele se aproxima, o cabelo escuro pingando em seu peito nu de seu
recente banho. O filho da puta está duro como pedra em seu moletom. Imagens
dele transando com ela enquanto observo faz meu pau latejar de desejo.
— Minhas mãos estão todas sujas. — Digo a ele, mexendo os dedos das
duas mãos. — E nossa pequena Clove está tão desesperada para ser fodida.
As narinas de Zac inflam e ele lambe os lábios. — Parece que apareci na
hora certa então.
Ela olha para ele por cima do ombro, mostrando sua garganta esbelta para
mim. As contusões lá me fazem querer chupá-la com mais força da próxima vez.
Tê-los em sua carne o tempo todo é um pensamento intoxicante.
— Você veio me resgatar? — Ela pergunta.
Ele balança a cabeça. — O que eu quero fazer com você é muito vil.
— Seus queridinhos saíram, Lucky, — Digo a ela, arrastando sua atenção
de volta para mim. — Você ficou com esse filho da puta sujo. — Eu aponto para
mim mesmo e então aponto para Zac. — E aquele desgraçado pervertido.
Zac ri sombriamente. — Ele quer me ver te foder até você gritar.
Apesar das palavras intimidadoras, Clove está excitada. Sua pele queima
vermelha e os lábios se separam. Antes que ela possa pronunciar uma palavra,
Zac a tira da ilha e a vira de costas para ele. A inclina, achatando seus seios
contra a bancada. Com movimentos bruscos, ele puxa a calcinha pelas coxas
dela, livrando-a dela. Sua cabeça gira para que ela possa me olhar. Eu tenho
uma boa visão lateral do ato pervertido. Ele se afasta para admirar sua bunda,
dando-lhe uma palmada de brincadeira.
— Ai. — Ela resmunga.
— Se uma palmada na sua bunda linda te faz dizer ai, então nem quero
imaginar o que você dirá quando eu colocar meu pau grande dentro dela. — Ele
rosna, batendo nela novamente, desta vez com mais força.
Ela choraminga. — Você vai me machucar?
O sorriso de Zac é lupino. — Você vai gostar.
— Se doer muito, diga meu nome. — Digo-lhe com firmeza, dando-lhe uma
saída se ela precisar. — Zac é uma aberração, mas ele não é um monstro.
Ela balança a cabeça contra o balcão, contorcendo sua bunda para ele. —
Eu sei. Bata na minha bunda de novo, Zac, e me faça gritar por você.
Bem, porra. Ela está provando que está mais pronta para nós do que
pensávamos ser possível. Nossa garota má gosta de limpo e sujo, macio e duro,
áspero e disposto.
Ele empurra o moletom até que esteja em suas coxas. Seu pau pesado
balança, saltando contra sua boceta. Com um chute suave firme em seus
tornozelos, ele força suas coxas a se separarem mais. Esfregando a palma entre
as pernas, sentindo toda aquela boceta molhada só esperando para ser
castigada, ele recua e dá um tapa em sua boceta. Seu corpo sacode e ela grita,
mas é tudo de prazer.
— Mais uma vez. — Ela pede, carente pra caralho.
Eu não posso me concentrar. É hipnotizante vê-lo com ela, tirando toda a
maldade escondida por dentro. Outro tapa faz com que seus olhos quase saiam
das órbitas.
— Você acha que ela está pronta para mim? — Ele brinca, retirando a mão
e alinhando seu pênis com a fenda dela.
— Ela cheira a pronta. — Eu gemo.
Ele desliza entre os lábios de sua boceta, reunindo seus sucos, antes de
empurrar em sua boceta. Ela desliza as palmas das mãos para o outro lado do
balcão acima da cabeça e agarra-se.
— Eu achei que você ia colocar na minha bunda. — Ela respira.
— Você só vai chorar. — Ele diz, apertando sua bunda enquanto empurra
para dentro dela.
Ela retruca brincando com ele. — Lagrimas de felicidade.
— Cala a boca, pirralha. — Ele geme.
Ela não diz mais nada enquanto ele a fode em submissão.
— Ela quer chorar. — Digo a ele. — Dê à garota o que ela quer, Zac.
Seu olhar ardente dispara para o meu antes que sua atenção esteja de
volta nela. Ele puxa para fora, agarrando seu pau em sua mão. Então, ele
pressiona mais acima. Seu corpo inteiro enrijece em preparação para ele violá-
la.
— Relaxe. — Zac e eu comandamos imediatamente.
Seu corpo se derrete com a nossa instrução. Caindo de joelhos, ele abre
suas nádegas e passa a língua pelo seu vinco. Ela recua e grita quando ele move
a boca pela parte de trás de sua coxa, afundando os dentes em sua carne,
marcando-a. Passando os dedos contra sua vagina, ele reúne seus sucos e os
usa como lubrificante para romper seu buraco enrugado.
— Relaxe, Lucky. — Eu exijo, observando-o foder seu rabo com o dedo,
adicionando mais dedos e saliva de sua boca para deixá-la toda molhada e
pronta para seu pênis. Ela está ofegando, seus dedos arranhando o balcão, suas
costas arfando com sua necessidade de mais. Levantando-se, Zac gentilmente
tira os dedos de sua bunda e alinha seu pênis com seu buraco necessitado. Com
um assobio, ele a pressiona devagar, avançando além dos anéis musculares. Um
som sufocado escapa dela. Azar para a pequena Clove, ela ter oferecer a bunda
pela primeira vez ao maior pau no grupo. É tudo ou nada, eu acho.
Um soluço quebrado sai dela.
— Você sabe meu nome. Diga. — Eu insisto, dando-lhe o que prometi.
Lágrimas vazam de seus olhos e ela balança a cabeça para mim. Zac me
lança um olhar feroz antes de agarrar seu quadril de forma punitiva, metendo o
resto do seu pau.
— Foda-se. — Ele rosna. — Você está estrangulando meu pau aqui, Clove.
Seus quadris recuam e então ele bate nela com força suficiente para que
ela grite. Seus dedos ficam brancos enquanto ela agarra o balcão, seu corpo
inteiro tremendo.
— Diga. Meu. Nome. — Eu rosno.
Ela fica quieta como um maldito rato.
Então, Zac acelera um pouco. Fode sua bunda duro e sem se desculpar.
Seus gritos ecoam contra as paredes, enviando fogo pelas minhas veias.
— Porra. Porra. Porra. — Zac é um homem selvagem enquanto bate nela.
Outro soluço alto de Clove.
— Diga. — Eu grito. — Porra, diga isso, Clove.
Ela não diz nada que acabe com a dor. Ela gosta disso.
Zac usa a mão, juntando seus cachos escuros em seu punho, e puxa-a
para fora do balcão. Ele envolve o outro braço em volta de seu estômago para
segurá-la enquanto empurra seus quadris. Ela soluça, seus pés trancando a
parte de trás de suas coxas e suas mãos segurando a borda do balcão.
Lágrimas escorrem pelo rosto dela enquanto ele fode sua bunda com força.
Ele sussurra muitas coisas em seu ouvido, segurando seu cabelo com força.
Eventualmente ela parece desfeita, um soluço de partir o coração saindo dela.
— Ford. — Ela chora.
Eu bato minha câmara sobre a mesa, pronto para gritar com Zac, mas ele
a solta e sai dela. Apesar de não estar mais dentro dela, ele goza contra suas
costas logo acima de sua bunda.
— Uma menina tão boa. — Ele respira em seu cabelo. — Você está bem?
Ela balança a cabeça e se vira em seus braços para abraçá-lo. Ele a aperta,
beijando o topo de sua cabeça.
— Você está ferida? — Ele pergunta.
Seus ombros encolhem, como se ela estivesse envergonhada de admitir
isso.
— Vá tomar banho. — Eu digo a ela suavemente.
Os dedos de Zac deslizam em seus cabelos e ele inclina a cabeça para trás
para olhar seu rosto manchado de lágrimas. — A menos que você não tenha
acabado de se sujar.
Ele vira a cabeça na minha direção.
Porra, ela é tão bonita. Especialmente uma bagunça soluçando e fodida.
19
Clove Sterling – A Cliente
Fogo queima a minha bunda e não consigo parar de tremer. Isso machuca.
Claro, eu fiz uma grande atuação, mas doeu. E ainda assim... eu não queria que
ele parasse. Eu sou depravada.
Mas esses caras, não, esses homens viris olham para mim como se minha
depravação fosse algo para ser adorado. Isso me faz explorar minha bravura. Eu
não sou mais a namorada de William. Eu não sou a princesa da mídia do papai.
Eu sou deles.
A mulher deles. Sua prostituta. Sua garota suja e depravada.
Não conheço nenhuma outra mulher como eu. Uma vagabunda imunda
que anseia que quatro homens transe com ela o tempo todo. Em cada buraco.
Mas aqui estou eu. Desesperada por isso. Tremendo por isso. Ansiando por isso.
Minha bunda doeu mais do que pude suportar. Eu tive que proferir a
derrota. Zac sussurrou em meu ouvido que amava quão bonita, corajosa e forte
eu era, mas ele queria que eu jogasse a toalha. Ele prometeu, que com o tempo,
trabalharíamos nisso e que, eventualmente, não doeria. Ele me implorou para
dizer o nome de Ford e parar. Por agora. E então ele sussurrou que me amava.
Ter essa garantia me fez dizer a proclamada palavra segura. E como foi
acordado em silêncio, ele puxou para fora, gozando na minha bunda.
Eu falhei com eles.
Mais alguns segundos e ele teria gozado dentro de mim.
— Ford não chegou a gozar. — Eu sussurro, meus olhos fixos em Zac.
Sua sobrancelha escura franze. — Você ainda tem algum jogo em você,
pirralha?
Meus lábios se curvam em num sorriso. — Não posso me deixar abater.
Zac pisca para mim, aquecendo minhas entranhas. — Boa menina. — Seu
olhar escurece. — Agora rasteje até o nosso amigo Ford e mostre a ele que boa
filha da puta você é.
— Rastejar? — Eu pergunto, minhas sobrancelhas franzidas.
— Sob a mesa. — Ele acena com a cabeça na direção de Ford. — Vá em
frente.
Eu fico na ponta dos pés e roubo um beijo. Por muitos anos, Zac foi o que
eu estava preocupada que não gostasse de mim. Mas seus olhos castanhos
brilham com tanto calor e admiração que quase me arrebenta.
E ele me ama.
— Eu também te amo. — Eu sussurro contra sua boca antes de me afastar.
Meus olhos se prendem a Ford. Sua mandíbula aperta enquanto ele me
observa atentamente. Lentamente, caio de joelhos quando Zac se inclina para
puxar o moletom. Eu estremeço quando uma dor na minha bunda passa por
mim. Então, começo a rastejar pelo chão até a mesa. Eu empurro uma cadeira
e rastejo até que estou entre as coxas abertas de Ford. Eu esfrego minhas palmas
nas coxas grossas e musculosas e, em seguida, começo a desabotoar suas calças
cargo. Seu pau está duro e salta livre no momento em que puxo sua boxer para
baixo. Ele assobia quando minha mão envolve sua espessura. A ponta brilha
com sua excitação. Inclinando-me para frente, lambo sua coroa, amando o jeito
que ele geme em resposta.
A cadeira atrás de mim raspa no azulejo e Zac se senta. Ele estica o pé
descalço para frente entre as minhas coxas. Eu não posso evitar, mas balanço
meus quadris, buscando o atrito que a ponta do seu pé proporciona.
Zac continua uma conversa sobre armas. Eu pego palavras como H e K e
Glock e ponta côncava. Ford resmunga, mas seu foco está principalmente em
mim. Isso me faz querer roubar toda a sua atenção. Eu deslizo meus lábios para
cima e para baixo ao longo de seu eixo, tentando não engasgar cada vez que sua
ponta cutuca a parte de trás da minha garganta. Quando Ford pronuncia um
porraaaa não posso deixar de sorrir ao redor de seu pênis. Minha autoconfiança
é interrompida quando Zac move o pé embaixo de mim, me distraindo. Logo,
estou esfregando minha boceta no seu pé de todas as coisas, enquanto um
orgasmo me provoca.
Eu tento deslizar o pau grosso de Ford pela minha garganta, mas a posição
estranha debaixo da mesa me faz engasgar. Lágrimas quentes escapam dos
meus olhos, escorrendo pelo meu rosto e baba escorre pelo meu queixo.
Meus caras me deixam bagunçada.
Eu me afasto e tento levá-lo novamente, amordaçando. O pé de Zac está
sendo mais agressivo e eu descaradamente o monto, buscando o prazer que ele
oferece. Eu estou tentando levar Ford pela minha garganta novamente quando
o meu orgasmo chega. Um gemido alto e gutural ressoa através de mim quando
gozo. Isso deve desencadear Ford, porque seus dedos lubrificados deslizam no
meu cabelo, me agarrando com força. Seus quadris avançam, empurrando seu
pênis profundamente em minha garganta. O desejo de vomitar é forte, mas então
ele goza. Seu calor atinge minha garganta e faço tudo ao meu alcance para não
vomitar. Eu quero engolir e fazer deste o melhor boquete que ele já teve. Baseado
nos sons de prazer que emanam dele, eu diria que fui bem-sucedida.
No último segundo, minha garganta se contrai, forçando-o a sair. Esperma
salgado dispara na minha língua quando ele termina. Eu engulo. Então beijo a
ponta do seu pau.
Ele solta uma risada. — Você acabou de beijar meu pau?
Eu rastejo debaixo da mesa e fico de pé, franzindo a testa para ele. — E
daí? Eu queria beijá-lo.
Suas mãos oleosas encontram meus quadris e ele me puxa para ele. Eu
me inclino para frente, atraída por seus olhos cor de avelã, hipnóticos. Ele aperta
minha garganta, me puxando para mais perto e pressiona um beijo doce na
minha boca. — Lucky, — Ele murmura. — Você pode beijar meu pau quando
quiser.
— Para o registro, você pode beijar o meu também, pirralha, — Zac
pronuncia atrás de mim.
Nua. Bagunçada. E com esperma em cima de mim é como Seb e Leo me
encontram quando entram cinco minutos depois. Nunca há um momento de
tédio por aqui.
20
Leo King – Agente de Inteligência
Cooperativa
Quando o Uber desacelera até parar na frente dos portões de ferro que
levam até a minha casa, a calorosa sensação de familiaridade que eu esperava
que me desse boas-vindas está ausente. Meus pensamentos permanecem
perdidos nos meus quatro caras. Eles devem estar enlouquecendo por eu ter
partido. No calor do momento, eu estava com raiva e muito magoada pelas
insinuações de Rachel. E então, os encontro abraçados de maneira tão íntima?
Eu deixei minha raiva me guiar e agora estou aqui. Não sei se foi a coisa certa a
fazer. Se meus rapazes tivessem deixado meu celular comigo, poderiam ter me
ligado, e eu poderia ter explicado que precisava de um tempo para absorver todas
as novas informações. Permitir que meu momento de insegurança se ajustasse
à minha nova vida. Aceitar que talvez eu não seja especial para eles... que eu
também tenha que aprender a compartilhá-los.
Não.
Eu não poderia fazer isso.
Pode me tornar uma hipócrita, mas nunca foi uma opção. Eu não posso
compartilhá-los. Seria muito doloroso. Eles são meus... ou pelo menos eu achei
que eram.
Eu preciso falar com o meu pai. Esclarecer qualquer suspeita que os caras
tenham em relação a ele.
— Identificação? — Um guarda enorme que não reconheço late para o
motorista.
Abrindo a porta do carro, saio e me aproximo dele. — Sou a senhorita
Sterling, a filha do seu chefe. Eu moro aqui. Por favor, abra o portão.
As sobrancelhas do homem franzem e uma cicatriz atravessando sua
sobrancelha direita puxa a pálpebra, fazendo-o parecer ameaçador. — Senhorita
Sterling, não nos disseram para esperar por você.
— Não muda o fato de eu estar aqui. Então, novamente, por favor, abra o
portão e informe ao meu pai que estou em casa. — Eu digo irritada. O longo dia
me esgotou, física e emocionalmente, e quero me enrolar e chorar.
— Imediatamente, senhora. — Ele balança a cabeça e vai até a pequena
caixa de visitantes para apertar o botão que abre o portão. — Eu posso levá-la.
— Ele me informa, entregando ao motorista do Uber um monte de notas e sacode
a cabeça para dispensá-lo.
Gesticulando com a mão para um carrinho de golfe, ele me olha com
expectativa. Eu balanço minha cabeça recusando. — Eu vou andando. Quero
aproveitar o ar.
A verdade é que preciso de algum tempo para pensar sobre o que vou dizer
ao meu pai. Até agora, tudo que conseguia pensar era nas palavras de Rachel
sacudindo meu cérebro, fazendo um buraco abrir no meu peito. Seu discurso
aparentemente insignificante teve mais impacto do que eu gostaria, fazendo-me
sentir tola.
Eu me arrependo de me oferecer para ir a pé quase imediatamente. Está
frio demais. Eu puxo meu casaco mais apertado em volta de mim para tentar
trazer calor para a minha pele quando a casa aparece. Estou nervosa quando
não deveria estar. Esta é a casa em que fui criada. Sempre foi o meu refúgio,
mas parece estranhamente desconhecida agora.
Meus pés protestam contra a subida da estrada sinuosa, bolhas se formam
nas solas dos pés e suspiro quando chego aos degraus que levam à casa. Marjorie
vem correndo para me cumprimentar. Ela se apressa na minha direção, jogando
os braços em volta de mim, me pegando desprevenida e me forçando para trás
em meus pés. Ela nunca foi tão carinhosa. Talvez tenha sentido minha falta?
— Clove, querida, o que você está fazendo aqui? — Ela sussurra no meu
ouvido antes de se afastar e olhar para trás. — Você está sozinha?
— Sim, eu precisava voltar para casa. — Eu digo com um suspiro,
contornando e subindo os degraus para entrar. A porta se fecha atrás de nós, e
tiro meus sapatos antes de deixar minha bolsa e casaco no cabide.
— Papai está em casa? Deixei uma mensagem para ele, mas estava em um
telefone público e ele pode não ter escutado meu recado. — Meus ouvidos se
animam, tentando ouvir qualquer ruído, mas apenas o silêncio me cumprimenta.
— Não, receio que ele não esteja e só volte mais tarde. — Marjorie me dá
um tapinha nas costas como se eu fosse uma criança abandonada.
— Eu vou para o meu quarto descansar por um tempo. — Eu digo a ela,
sentindo seus olhos em mim com um milhão de perguntas que sei que ela está
morrendo de vontade de fazer. Marjorie odeia surpresas e não saber das coisas.
Ela é meticulosa com nossas vidas e obsessiva quando se trata de construir a
imagem de nossa família para o público, então ela controlará os danos pagando
ao motorista do Uber para manter sigilo sobre a corrida durante a noite, e para
garantir que nenhum paparazzi me pegou na minha volta para casa parecendo
um acidente de trem.
Entrando no meu quarto, os aromas da minha antiga vida explodem sobre
mim, lembrando-me de quanta coisa mudou em tão pouco tempo. Passando
meus dedos sobre a cômoda, noto uma pequena camada de poeira sobre ela.
Eles devem ter dito a faxineira para parar de vir aqui. Fui esquecida, fora da
vista, fora da mente. Eu odeio meus pensamentos. Eles são fracos e lamentáveis,
mas sinto que fui banida e a vida continuou para o meu pai. Todo o pânico e
preocupação pela ameaça da minha vida em um minuto e então, assim que saí
do caminho, ele voltou a ser o político, um produto daquilo que as pessoas
querem. Um homem sem preocupação. O homem que está a caminho da Casa
Branca.
Onde estava o pai escondido entre as camadas desse homem que uma vez
foi o nascer e o pôr do sol de sua garotinha? As palavras de Leo ecoam dentro de
mim. Ele pode estar envolvido, doçura.
Eu as afasto, escondendo tão profundamente que elas não existem mais
para mim. Elas não podem ser verdadeiras. Eu me recuso a acreditar nisso
mesmo que meus caras tenham provas. Precisaria que meu pai puxasse uma
arma e atirasse em mim antes de pensar que minha alma poderia estar tão
amaldiçoada que até meu pai tiraria isso de mim.
Sentada na cama que não parece tão macia ou acolhedora como a de
Sebastian, meu pé bate no chão de madeira aleatoriamente. Eu vou superar essa
mentira de Seb ter um filho com outra mulher? Eu tenho o direito de ficar brava
com ele? Com eles? Todos eles sabiam e deixaram que ela tirasse essas
informações do bolso e me entregasse por sua escolha. Eu não estava preparada.
Eu era ingênua e ela podia ver isso escrito sobre mim, explorando. A raiva
borbulha dentro do meu peito mais uma vez. Lágrimas de tristeza e fúria
guerreiam dentro de mim. Eu odeio que ela tenha uma parte dele e possa
oferecer-lhe uma vida normal sem esse caos e tempestade da mídia esperando
para enxamear. Eu me ressinto e me odeio por isso. Uma batida na porta chama
minha atenção e Marjorie a abre, entrando sem avisar.
— Eu fiz uma xícara de chá de camomila. — Ela diz com um sorriso,
colocando uma xícara de porcelana na minha mesa de cabeceira. — Demos férias
prolongadas à equipe só para ficar de olho em quem entra e sai da propriedade,
com níveis de ameaça altos. — Ela para, cruzando os braços sobre o pequeno
peito. O casaco que ela usa é uma cor de caramelo horrível e faz sua pele parecer
desbotada. Ela poderia ser bonita se tentasse, mas amarra seu cabelo comprido
num coque baixo e usa óculos enormes, em vez de lentes de contato e
maquiagem mínima, para não chamar atenção para si mesma. Eu sei que ela
está apaixonada pelo meu pai. Eu posso reconhecer isso agora, a aparência, a
saudade, a necessidade. Eu me sinto mal por ela a esse respeito, porque meu
pai nunca terá tempo para amar outra pessoa. E quando estiver pronto para se
casar novamente, vai procurar por um acessório, uma mulher que ficará bem
para o público. Talvez uma herdeira ou uma família rica e saudável. Marjorie
não tem família. Nós somos a família dela. A carreira do meu pai é o trabalho de
toda a sua vida. Seu sangue, suor e sonhos estão todos envolvidos no sucesso
ou fracasso de outra pessoa.
Eu pego a xícara e tomo um gole, tentando não estremecer quando o gosto
azedo do limão adicionado atinge minha língua e explode sobre minhas papilas
gustativas. — Está perfeito, obrigada. — Eu minto, oferecendo-lhe um sorriso
tenso.
— Então, o que te traz para casa sem aviso prévio? Seu pai disse que você
estaria ausente pelo menos mais um mês.
— As coisas mudam. Eu não acredito que esteja em perigo. Não há
motivação para alguém querer me machucar. Eu não sou uma ameaça para
ninguém. — Eu balancei minha cabeça e ri, mas é estranho e me faz contorcer
um pouco quando seu rosto permanece estoico.
— Alguém tentou atropelá-la. — Ela me lembra. — Eu dificilmente diria
que você não está em perigo. Algo assim pode ter tantas ramificações. Os efeitos
psicológicos podem alterar a vida.
Erguendo uma sobrancelha para ela, bufo e coloco minha xícara de volta
na cômoda. Estou bem, Marjorie, só de saco cheio de viver como uma princesa
escondida. Quero acabar com isso. Eu me recuso a viver a minha vida de tal
maneira. Meu pai está indo para a Casa Branca, e certamente não posso ficar
escondida para sempre.
Minha cabeça nada um pouco e meu coração começa a desacelerar dentro
do meu peito. Fechando meus lábios, afundo meus dentes no meu lábio inferior
e não sinto nada. Está entorpecido. Que diabos?
— Você parece cansada. Vou te preparar um bom banho. Beba seu chá.
— Marjorie insiste antes de ir ao meu banheiro. Eu me viro para a xícara e
estendo a mão, mas meus membros estão moles e pesados, não cooperativos. A
xícara de porcelana escapa da minha mão instável e cai no chão, quebrando
como a minha sanidade sobre os meu piso de madeira. Névoa nubla minha
mente, me encharcando de umidade. O que está acontecendo comigo?
— Você sabe. — A voz de Marjorie soa distorcida. Consigo distinguir o som
de água correndo e sua figura sombria parada na porta do banheiro. — Jack
nasceu para se tornar presidente. Com um pequeno empurrão nos votos, ele
pode ter tudo. — Ela diz, gesticulando com os braços para mim. — Você vir para
casa sozinha assim era o destino. Eu planejei pedir a Jack para te trazer para
casa. Eu ia mostrar a ele as imagens desagradáveis que o meu cara tirou de você.
— O que? — Eu falo, tentando ficar de pé, mas minhas pernas se tornaram
gelatina. Eu caio de volta sentada na cama.
— Você acha que eu permitiria que aqueles homens te levassem sem que
eu a vigiasse? — Ela solta uma risada zombeteira. — Você é um produto, Clove.
Você pode construir ou quebrar seu pai. Um escândalo agora, quando ele está
tão perto, o destruiria. A nós. Eu sei que você está transando com aqueles
homens como uma prostituta repugnante que é passada como uma garrafa de
uísque barato. Todo mundo toma um gole e se embebeda. Eles te desvalorizaram
e desgraçaram. Foram eles que fizeram você voltar aqui? Eles cansaram de
dividir o pacote?
— Pare. — Eu digo, meus pensamentos nadando na lama. Suas palavras
estão fazendo a bile subir pela minha garganta e a sujeira invisível grudar na
minha pele, me cobrindo de vergonha.
Quem é essa mulher que substituiu a Marjorie que conheci quase toda a
minha vida?
Andando até mim, o rosto dela está tão perto do meu que posso sentir o
cheiro do cigarro na respiração dela. Eu não sabia que ela fumava. Seu lábio se
enruga enquanto ela me estuda, seu rosto dizendo todas as coisas que suas
palavras nunca disseram. Eu sou um problema. Um inseto insignificante
enviado para a casa dela, do qual ela precisa se livrar. O zumbido começa a bater
no meu crânio.
— O que você fez comigo? — Eu choro, tentando agarrá-la, mas pegando
o ar.
— Eu coloquei algo no seu chá para ajudá-la a relaxar na banheira, e estar
lutando para lidar com o quase acidente. E então, é claro, terminar com seu
futuro marido, William. Tudo isso combinado apenas tomou um pedágio em
você. As muitas noites em que te encontrei chorando no seu quarto. Meu coração
se quebra por quão perdida você estava, e não pude fazer nada para ajudá-la.
Você estava tão quebrada.
Meu estômago revira com suas palavras.
— Marjorie. — Eu respiro.
— Você estava tão deprimida e nós deveríamos ter visto isso acontecer.
Quer dizer, você nunca foi a mesma depois do triste fim da sua mãe. Isso era
inevitável.
— Não fale da minha mãe. — Eu suspiro, perdendo o fôlego.
— Sua mãe foi um sacrifício por uma causa maior. Com sua morte trágica,
a simpatia veio, lançando a carreira política de seu pai. Claro que a ideia de tirá-
la do caminho era para que eu pudesse tomar o lugar dela. Eu não achei que
levaria tanto tempo. Uma vez que você tenha partido, ele encontrará conforto em
meus braços e juntos começaremos de novo.
— Não. — Eu tento ficar de pé novamente, mas caio no chão. Cacos
minúsculos cortam meus joelhos quando caio sobre a porcelana quebrada. A
porta do quarto se abre e passos pesados batem sobre o piso de madeira,
parando onde estou lutando para me endireitar. Mãos fortes chegam sob minhas
axilas e me puxam para cima, antes que eu seja jogada de volta na cama como
um peso morto.
O ar sai dos meus pulmões enquanto meus membros se movem ao meu
redor, completamente contra a minha vontade. Minhas habilidades motoras são
inexistentes e meu corpo se sente pesado como chumbo.
— Tire a roupa dela e leve-a para a banheira. — Eu ouço Marjorie instruir.
O homem do portão da frente entra em minha visão enevoada, seus lábios em
uma linha fina enquanto suas mãos me despem.
— Pare com isso. — Eu rosno, mas é fraco, o volume não está computando
do meu cérebro para os lábios.
— Não arranque, idiota. Precisa parecer que ela se despiu. — Marjorie se
agita. Ar frio se arrasta sobre a minha carne exposta quando ele remove minha
roupa. Lágrimas enchem os meus olhos e caem no meu rosto enquanto a
humilhação mancha minha alma.
— Pena que não podemos seguir outra rota com isso. — O cara zomba,
levantando-me para puxar minha camisa debaixo de mim. Tentando lutar com
ele, agito meu corpo e acabo chutando e ganhando. Ele uiva e rosna. — Cadela.
— A parte de trás de sua mão chicoteia e colide com a minha bochecha,
sacudindo meus dentes e fazendo fogo explodir sobre o meu rosto.
— Não a marque, seu imbecil. Leve-a para a banheira, se você acha que
pode lidar com uma menina drogada por conta própria. — Ela zomba
cruelmente.
Dedos grossos agarram minha carne, me arrancando da cama. Eu estou
presa em braços indesejáveis, um peito duro no qual não encontro conforto, o
toque de um homem que não conheço respirando sobre minha pele nua. Tudo
isso está errado. Emoções entopem a minha garganta enquanto ele me carrega
através do meu próprio quarto. Tentar lutar é inútil. Seu aperto é doloroso, e o
que estava naquele chá me deixou fraca. A água fria consome meu corpo com
um splash, me envolvendo em suas profundezas como se ele me deixasse cair
como uma pedra no oceano. Ofegando por ar quando minha cabeça emerge, o
rosto do homem zomba de mim. Seu queixo quadrado se projeta e olhos viscosos
rastejam pelo meu corpo. Grosseiramente, ele empurra meus ombros para baixo.
O pânico enlouquecedor percorre minha mente abafada, fazendo-me gritar de
forma incoerente, o que permite que a água entre em minha boca.
Ele vai me matar. Afogar-me e fazer parecer que fiz isso. Meus caras vão
se culpar. Eles vão pensar que fiz isso por causa das verdades que descobri com
Rachel. Eles nunca saberão o quanto os amo. Como nada disso importa quando
você se depara com sua própria mortalidade.
Eu fui tão idiota.
Eu tinha tudo e, em vez de estender a mão e agarrar, deixei o orgulho me
quebrar. Eu deixo a interferência externa me influenciar. Permiti que Rachel se
infiltrasse em nossa bolha feliz e explodisse o que construímos.
Eu sinto muito, Seb. E Ford e Leo e Zac. Meu coração dói.
— É uma pena você ter tomado muitas pílulas e adormecer no banho.
Suicídio é uma epidemia ultimamente. — A voz de Marjorie penetra através das
minhas orelhas submersas enquanto luto para emergir.
Eu não posso partir assim. Meus caras precisam saber.
Minhas mãos se fecham em punhos, as unhas perfuram a pele enquanto
luto pela minha vida, querendo que meus membros pesados trabalhem, reajam,
me salvem. O sangue escoa da minha pele. Tente convencer as pessoas de que
isso foi suicídio, vadia, minha mente grita.
Eu tento com todas as células do meu corpo fatigado lutar para viver, mas
a força e a água me dominam. Eu afundo mais, sob o peso das drogas e da água.
Os braços me empurram mais forte, forçando-me a ficar submersa, me
mantendo lá até que eu esteja sufocando, enfraquecendo, perdendo. O líquido
frio corre pela minha garganta, roubando a minha vida de mim.
A escuridão me consome.
Minha vida tinha finalmente acabado de começar. Eles me fizeram deles,
e eu fugi.
Agora estou morrendo...
Estou morrendo…
Estou morrendo…
Estou morrendo...
26
Sebastian Constantine – Chefe da Equipe de
Segurança
Dirigindo até a casa, vemos a porta da garagem aberta e vamos direto para
lá. A energia que vibra no ar me envolve como uma nuvem de tempestade
esperando para explodir. Todos os músculos do meu corpo doem por estarem
rígidos desde que percebemos que a nossa menina fugiu. Há esse vazio dentro
de mim como um buraco negro engolindo toda felicidade das últimas semanas
em seu poço cavernoso.
Nós todos saímos ao mesmo tempo, eu do Tahoe e Leo e Zac do Mustang
que pegaram emprestado do Rick. Os dois já estão armados e eu abro a porta de
trás do carro para pegar minhas próprias armas. Quando estamos prontos, em
menos de trinta segundos depois, descemos correndo para a garagem e para a
casa.
— Ela vai ficar bem. — Zac late pela milésima vez desde que voltou para
nos pegar, lendo nossas mentes, porque ele sente isso também. Uma mudança
no ar, o medo pesando. Nós não deveríamos ter deixado nossa guarda baixa. Nós
a deixamos escapar pelos nossos dedos. Se alguma coisa acontecer com ela,
nunca vou nos perdoar. — Ela vai ficar bem. — Ele diz novamente. Mas há um
tom em sua voz que não testemunhei antes. Medo.
— Olá? — Leo grita quando o silêncio nos cumprimenta lá dentro. — Olá?
— Ele tenta novamente enquanto cada um de nós verifica um quarto,
procurando por eles.
— Aqui em cima. — Uma chamada desesperada corta o ar do andar de
cima. Sebastian.
Estou mais perto e sou o primeiro a subir os degraus. Um zumbido lateja
nos meus ouvidos enquanto corro para o quarto de Clove. O mundo gira quando
entro vendo seu corpo mole encharcado no chão do banheiro.
Azul.
Azul pra caralho.
Mas que merda!
Sebastian se inclina sobre ela, suas enormes mãos batendo em seu peito.
Não, não, isso não está acontecendo. Isso não é real. Ela não está morta.
Isso não é real.
Eu saio do caminho quando Zac e Leo passam correndo por mim e
assumem o lugar de Sebastian. Lágrimas escorrem de seus olhos enquanto os
observa freneticamente trabalhando nela.
Um… dois… três… respire…
Um… dois… três… respire…
— Ford, na garagem há um armário médico com um desfibrilador. Vá
agora. — Zac ordena, empurrando-me do meu estado de choque. Sua voz é mais
desesperada do que eu já ouvi.
Meus pés oscilam e meu coração vaza sua essência em minha cavidade
torácica quando testemunho nenhuma vida voltando na mulher que amamos. O
chumbo preenche meus ossos, tornando-os pesados e desalinhados.
— Agora. — Ele late, me colocando em ação.
Corro pela casa até a garagem, localizando o enorme armário branco do
chão ao teto. O interior tem tudo o que você pode precisar em caso de
emergência. Eu pego o desfibrilador e corro o mais rápido do que já fiz na minha
vida para o quarto. Eles a mudaram agora para o chão do quarto. Leo arrebata
a caixa das minhas mãos e começa a pressionar as duas almofadas no peito de
Lucky. Meus olhos traçam cada centímetro dela, fazendo uma oração silenciosa
para um deus que eu nem tenho certeza se acredito.
Ela está tão pálida, seus lábios estão escurecendo para um horrível tom
de azul. Meia lua de sangue marca a pele nas palmas das suas mãos, e contusões
enchem a sua carne como uma miragem de sua vontade de sobreviver.
Ela não estava partindo sem lutar.
Porra, ela parece tão quebrada deitada lá com homens fortes e largos se
movendo ao redor de seu corpo, tentando lhe devolver a vida. Ela está
desvanecendo de nós a cada segundo que passa. Se ela não voltar disso, nenhum
de nós voltará.
Movimento atrás deles no banheiro, chama a minha atenção. Um gemido
soa e um cara está levantando dentro do chuveiro quebrado.
— Quem diabos é esse? — Eu rosno.
Os olhos de Sebastian seguem os meus e ele estremece enquanto tenta se
levantar. É quando vejo a torrente de sangue escorrendo por suas costas de um
enorme pedaço de vidro preso em sua omoplata.
— Ele fez isso. — Ele chia, balançando enquanto tenta ficar de pé. — Ele
a afogou.
Meus olhos acompanham o estranho agora puxando uma faca de uma
bainha em seu cinto e olhando para nós. Nós não viemos desarmados. Tanto Leo
quanto Zac tiveram tempo de juntar nossas armas antes que Rick aparecesse e
eles saíssem com seu carro, mas esse filho da puta merece mais do que uma
bala. Eu me inclino para puxar minha própria faca da minha bota. É serrilhada
com o meu nome esculpido no aço.
Ele usará meu nome por dentro.
Passando por Leo, eu ouço o bip... bip... bip do desfibrilador antes do
zumbido baixo enquanto descarrega em nossa garota. Seu corpo se ergue e bate
no chão.
Ele fez isso com ela.
Ele a matou.
Eu avanço para ele, e ele sorri, sangue de sua luta óbvia com Seb
manchando seus lábios.
— Não era nada pessoal. — Ele sussurra. — Estou aqui apenas pelo
dinheiro. Jack tem mais dinheiro do que senso. Ele nem percebeu onde Marjorie
estava gastando. Porra idiota. Outro idiota na política.
— Oh, você está errado. — Eu rosno. — É pessoal pra caralho e você
descontou seu último cheque.
Ele avança com a faca, errando quando me esquivo com facilidade. Eu dou
um chute ao lado de sua canela, fazendo-o quase cair. Ele se equilibra rápido o
suficiente para me atacar, me perdendo por um centímetro. Ele dá um soco,
pousando um punho no meu queixo. Nós trocamos golpe por golpe, testando o
outro. O ambiente é pequeno e me dá muitas superfícies para usar. Eu agarro
sua cabeça e a trago para baixo conectando com meu joelho, atordoando-o.
Usando seu estado atordoado para minha vantagem, enfio o seu crânio na pia e
depois no vaso sanitário antes de cortá-lo no braço com minha faca.
Sangre, filho da puta.
Você vai sangrar muito pelo que você fez.
Ele chia de dor, agarrando seu braço e cuspindo o sangue enchendo sua
boca. Uma cicatriz feia marca sua testa enquanto ele a enruga e ruge antes de
me atacar. Ele me pega pela cintura, tentando me empurrar para trás contra a
pia. Eu enfio minha faca em suas costas e, em seguida, a puxo. Ele uiva e joga
seu peso contra de mim, me levando ao chão. Ele cai sobre mim enquanto
procura forças para me manter imobilizado. Montando minha cintura, ele tenta
forçar sua lâmina no meu rosto, mas eu o enfraqueci demais e sei que posso
dominá-lo.
Zac, sem hesitação, se aproxima por trás e pega um punhado do cabelo
do cara. Ele puxa a cabeça para trás e corta sua jugular ao mesmo tempo em
que mergulho minha lâmina em seu coração. Sangue jorra sobre mim, uma
torneira quebrada me cobrindo com a fonte de vida do bastardo. Zac empurra o
corpo para o chão, liberando-me de baixo dele.
Lutando para ficar de pé, os meus e os olhos de Zac caem sobre a
inconsciente Marjorie caída ao lado do vaso sanitário. Zac verifica seu pulso e
acena para me informar que está respirando. Pegando-a, ele se move para o
quarto e a joga na cama.
Eu estou com as pernas trêmulas quando entro no quarto, mas enfraqueço
e caio de joelhos quando volto meu olhar para Clove. Leo segura Lucky junto ao
seu peito. Tudo volta correndo. A dura realidade me dá um soco no estômago.
Fogo ardente vaza dos meus olhos, uma rocha se aloja na minha garganta. Eu
não posso fazer isso. Não sem ela.
— Está tudo bem. — Ele me diz, manobrando seu corpo para que eu possa
ver seu lindo rosto. Cílios escuros vibram quando suas pálpebras se abrem. Suas
bochechas ainda estão pálidas e grossas, os lábios ainda azuis se abrem com
um murmúrio delicado e suave que escorre deles.
— Acho que eu realmente tenho sorte. — Ela murmura.
Eu me jogo para ela, abraçando Leo e ela e deixando todo o meu medo,
raiva e tristeza sangrarem de mim como uma ferida aberta. Ela está bem. Ela
está bem.
— Eu te amo, Lucky. — Eu sufoco. — Porra, mulher, você me assustou
pra caralho.
— A todos nós! — Leo me corrige, suas bochechas molhadas de lágrimas.
— Precisamos levar esse idiota para o hospital antes que ele sangre, — Zac
grunhe, olhando para Seb, que está curvado sobre as pernas de Lucky. Seu
sangue escoa, vazando por toda parte, e seu rosto está pálido.
— E ela. — Eu digo, apontando para a cama. — Ela pode estar machucada
também.
— Foi Marjorie. — Seb geme, se movendo. — Ela me apunhalou.
— Ela o que?
O rosto de Zac brilha com fúria quando minha mente tenta entender.
— Marjorie?
— A nerd, bibliotecária Marjorie?
— Ela matou minha mãe. — Soluça Lucky, agarrando a camisa de Leo.
Ela chia enquanto seus olhos lutam para permanecer abertos. Precisamos levá-
la a ser examinada por um médico, também.
Um suspiro irregular ressoa da cama e Marjorie senta-se como a porra do
Undertaker do WWE7 nesse momento.
Ela grita para Lucky: — Você estragou tudo...
Pop!
7 Mark William Calaway (nascido em 24 de março de 1965), mais conhecido pelo nome de
ringue The Undertaker , é um lutador profissional americano atualmente assinado com a
WWE.
Suas palavras são silenciadas pelo tiro e ela é derrubada. A boca de
Marjorie se abre quando o sangue escorre pelo novo buraco no meio da sua testa.
Zac abaixa a arma e assobia. — Vadia.
Enquanto olhamos em silêncio atordoado, Zac nos puxa para a ação. —
Hospital. Agora. — Ele enfia a arma no coldre antes de pegar Lucky da mão de
Leo e acenar para nós ajudarmos Seb. — Não me façam dizer de novo, garotos.
Vamos lá.
28
Leo King – Agente de Inteligência
Cooperativa
Ninguém sabe o que aconteceu neste quarto há apenas uma semana. Não
há vestígios de morte, assassinato, caos. Eu nunca teria pensado que Marjorie
fosse capaz dessa provação toda. Agora ela se foi. Meus caras a mataram por
seus pecados contra mim. Não sinto culpa nem tristeza pela morte dela. Eu não
sei para onde eles levaram os corpos, dela e do homem que ela usou como
ferramenta para realizar seu plano final. E eu não me importo. Tudo o que sei é
que eles se foram. Um arrepio percorre-me quando lembro bem antes disso. Boas
memórias. Quando tudo começou com Seb, Ford, Leo e Zac. Memórias de
quando meu mundo começou a mudar. Quando meus rapazes me viram com
novos olhos. Eu não posso deixar de sorrir. Mas meu sorriso cai quando penso
no meu pai.
Eu escolhi não contar a ele o que Marjorie confessou sobre a mãe. Seu
coração já está despedaçado o suficiente, pequenos fragmentos de culpa
sangrando um pensamento de cada vez. Ele não sobreviveria sabendo que ela foi
responsável por minha mãe também. Isso iria levá-lo ao limite. Eu posso poupá-
lo disso.
Eu arrasto a mala do meu armário e coloco na cama antes de ir até minha
cômoda e esvaziá-la, empurrando tudo dentro da caixa quadrada. A porta se
abre e meu pai entra em pés tímidos. — Ei. — Ele diz, fazendo uma careta
quando me vê fazendo as malas. — O que você está fazendo?
Suspirando, sento na cama e dou um tapinha no colchão para ele se juntar
a mim. — Você não pode me manter trancada em uma torre para sempre, pai.
— Eu o cutuco, sorrindo. Desde que ele foi autorizado a me levar para casa, tem
sido arrogante e obsessivo sobre cada detalhe de segurança possível.
— Eu não quero mandá-la embora. — Ele me diz, segurando minha mão
e apertando. — Eu nunca mais vou te mandar para qualquer lugar. Você
pertence aqui comigo. Eu não vou concorrer à presidência. Nós vamos passar
mais tempo juntos.
— Eu não quero que você pare de ser quem é. — Eu digo a ele gentilmente.
— Você sempre esteve destinado a acabar em DC, mas essa é a sua vida. Não a
minha. Eu não pertenço aqui.
— Onde você pertence, se não aqui com seu pai? — Ele pergunta, rindo,
mas não é diversão, é confusão.
— Eu pertenço a eles, pai. Eu sempre pertenci. Desde o dia em que você
fechou a porta do carro no funeral da mamãe. Sempre foram eles. Eles são minha
vida, meu futuro, meu destino.
Suas sobrancelhas se juntam. — Clove... — Ele engasga um pouco e limpa
a garganta, uma enxurrada de perguntas dançando em seus olhos enquanto
suas bochechas ficam vermelhas de vergonha. Ele não precisa saber todos os
detalhes para os pensamentos passando por sua mente.
— Eu os amo. — É tudo que digo antes de ficar de pé e fechar a mala. —
Mas eu também te amo e sempre amarei. Boa sorte com sua campanha, papai.
— Planto um beijo em sua bochecha e digito um texto rápido.
Eu estou pronta.
Segundos depois, Ford bate e entra no meu quarto, oferecendo-me seu
sorriso caloroso e contagiante.
— Eu levo isso, Lucky. — Diz ele, pegando a mala e pegando a minha mão.
— Jack. — Ele balança a cabeça antes de gentilmente me guiar para fora do
quarto e descer as escadas para o Tahoe onde Zac está sentado esperando, o
motor em marcha lenta. Seb me observa como um falcão do banco do passageiro.
Zac pisca para mim enquanto pulo no banco de trás, me jogando em Leo. Depois
que Ford joga minha mala no porta malas, ele também desliza ao meu lado.
— Pegou tudo o que precisa? — Zac pergunta, seus olhos encontrando os
meus no espelho retrovisor.
Sebastian se vira para me dar um sorriso feliz. Leo aperta minha coxa. E
Ford rouba um beijo na minha bochecha.
— Sim. — Eu digo a ele, superada com felicidade. — Tudo o que eu mais
preciso está bem aqui.
— Vamos para casa, então. — Seb ordena.
Casa.
Borboletas dançam no meu estômago e meu coração aperta no meu peito.
Eles são minha casa.
Sebastian, Ford, Leo e Zac.
Deus eu os amo.
Meus.
Epílogo
Sebastian Constantine – Chefe da Equipe de
Segurança
Tiro o suor da minha testa, odiando que hoje esteja quente pra caralho,
mas emocionado como o inferno com o progresso que os construtores fizeram. A
laje foi colocada e a estrutura erguida. Contratei um construtor local, outro
amigo de Rachel, e ele provou valer o seu peso em ouro. A minha casa já não
serve, para não mencionar que era minha.
Esta nova casa é nossa.
Cada um de nós contribuiu para o que queríamos deste lugar. Os caras
queriam merda funcional, mas era Clo quem estava escolhendo os móveis e a
decoração. Todos os dias ela está online comprando novas coisas que temos que
guardar até que a casa seja construída. Mas pelo menos ela está feliz. Isso é tudo
que qualquer um de nós já esperou.
Um carro entra no caminho de cascalho no novo terreno que nós quatro
compramos para nossa garota e nossa nova casa. Eu reconheço como sendo de
Rick. Ele sai com Rachel e Seth a reboque. Seth corre até a casa em construção,
verificando as merdas como as crianças fazem.
— Não posso acreditar que você está vendendo sua propriedade. — Diz
Rachel rabugenta. — Você nos chutou.
Rick revira os olhos para mim, mas ele está claramente divertido.
— Eu não te chutei. — Eu digo com uma risada. — Estou vendendo minha
propriedade que você utilizava. Além disso, não te deixei na mão. Você está fora
daquele trailer que te assusta toda vez que caí uma tempestade.
Ela sorri porque sabe que é verdade. Outro amigo meu tem uma fazenda
com cavalos e outros animais. Ele está sempre viajando para shows de rodeio,
mas precisa de alguém para cuidar da propriedade enquanto está fora. Desde
que Rachel fez um bom trabalho todos esses anos com a minha, a recomendei a
ele. Em vez de ficar num trailer esquisito, ela vai morar numa casa grande com
uma bela vista.
— Pelo menos Henry me paga. — Ela concorda. — E ele não se importa
que Rick fique.
Rachel sempre foi uma garota de festa do pijama. Ligeira para o próximo
cara. Rick dorme, mas não sai. E agora que parece que ela está carregando uma
bola de basquete no estômago, acho que ele não vai querer deixar a filha também.
Eventualmente ele a convencerá a se casar com ele. Zac e eu somos
especialmente gratos por Rick. Agora ela nos deixou em paz.
— Você veio aqui para me torturar? — Eu pergunto, minhas sobrancelhas
levantando em questão.
Ela ri, seu rabo de cavalo loiro balançando com o movimento. — Não,
idiota. Eu vim convidar você e seu harém para jantar. Rick assará carne e eu fiz
um pouco da minha famosa salada de batata.
Porra, Clo adora salada de batata dela.
— Sim, sim, nós estaremos lá. — Eu resmungo. — Que horas?
Ela sorri, sabendo que ganhou a batalha. Sua salada de batata sempre
vence. E uma vez que Clo nos deu o susto de uma vida, Rachel ergueu uma
bandeira branca da derrota. Foi lento no início, mas sendo que nenhuma das
mulheres tem amigas, elas forjaram uma amizade que se fortaleceu nos últimos
meses.
— Sete. Diga a Clove para trazer algo de chocolate. Eu vou morrer a menos
que coma chocolate. Diga-lhe essas palavras exatas. — Diz Rachel
dramaticamente.
Eu ri. — Combinado. Chocolate e meu harém. Mais alguma coisa, sua dor
no rabo?
— Não. — Diz ela com um sorriso e depois grita com Seth. — Vamos
querido!
Seth me dá um abraço antes de todos voltarem para o carro deles. Eu
deslizo para o meu novo caminhão cabine dupla Ford F150 e vou para casa. Não
será casa por muito tempo. Em breve, esta casa maior estará pronta e faremos
muitas novas memórias aqui.
São vinte minutos de carro até a casa, por isso chamo Zac. Ele está no
escritório da cidade. Nós amamos foder Clo como se fosse nosso trabalho, mas
na realidade não podemos fazer isso para ganhar a vida. Para não mencionar
que iríamos enlouquecer e isso só daria mais tempo para Zac pensar em
maneiras pervertidas de amarrar nossa garota. Não que eu me importe de vê-la
amarrada e à nossa mercê, mas ainda temos que colocar comida na mesa.
— E aí. — Ele responde. — Como está a casa?
— Impressionante. Eles a ergueram rápido. Se tivermos um verão seco,
pode acabar no início do outono. — Digo a ele. — Como está o arquivo Briggs?
Ele se lança em nosso mais novo cliente. Quando decidimos que não íamos
a nenhum outro lugar, montamos a sede da Integral Defense Security num
prédio de tijolos na Main Street, bem ao lado da delegacia de polícia. Até agora,
tivemos trabalhos ajudando a polícia a investigar maridos traidores. Fontaine
Briggs é um homem idoso de setenta anos que acha que as pessoas estão
caçando em suas terras. O homem é senil como o inferno e tem certeza que os
patrulheiros e os guardas florestais estão envolvidos. Mas louco ou não, seu
dinheiro vale como os outros.
— Você sabe, o velho caduco não está tão fora de si como todos pensam.
— Diz Zac com uma risada. — Bastou um pouco de vigilância na sua propriedade
para saber que algo está acontecendo. Um dos guardas florestais, Abe Frye, é
um filho da puta de olhos tresloucados. Eu estou olhando para ele agora. Sua
picape certamente visita os bosques de Briggs e ele sempre sai com algo no
bagageiro.
Eu estaciono na garagem ao lado do Tahoe que Ford requisitou e ao lado
do Camaro vermelho de Leo, um carro que tenho certeza que Clove chupou seu
pau para convencê-lo a comprar.
— Estou em casa. Vou me limpar e depois temos que ir jantar com a
Rachel.
Ele geme. — Ela vai nos mostrar todas as suas merdas de bebê de novo?
— Clove provavelmente comprou mais merda para ela, então acho que sim.
— Ela vai fazer salada de batata? — Ele pergunta.
— Vamos ser realistas, cara, é a única maneira dela nos levar até lá de
bom grado.
Ele bufa. — Vejo você em dez.
Nós desligamos e entro na casa. Está estranhamente quieto. Eu ando pelas
salas até chegar ao quarto principal. Aqueles bastardos sujos estão todos nus,
deitados de lado e gemendo. Inclinando meu ombro no batente da porta, eu os
observo. Ford e Leo adoram mergulhar em nossa garota. Pessoalmente, acho que
os dois têm mais prazer em esfregar seus paus. E agora, ambos os paus roçam
um contra o outro enquanto fodem a boceta de Clo. Leo está pressionado contra
ela por trás, com o rosto enterrado no cabelo dela, enquanto Ford está à sua
frente. Leo e Ford trabalham em conjunto, seus quadris se contorcendo em
uníssono, enquanto transam com ela ao esquecimento. O ombro de Ford se
flexiona enquanto ele esfrega seu clitóris. Apenas assisti-los me deixa duro pra
caralho.
Mas estou suado e cansado e não sinto vontade de compartilhar.
Então eu assisto.
Assim que eles gozam os sons que escapam do corpo dela são suculentos
como o inferno, eu começo a tirar minhas roupas. Eu ando até o banheiro e ligo
o chuveiro antes de voltar para pegar minha garota. Ford sai dela e ela desliza
do pênis de Leo. Quando ela me vê, seu rosto se ilumina com um lindo sorriso.
— Eu senti sua falta. — Ela respira, seus olhos cor de mel passam do meu
peito para a minha ereção.
— Parece que você estava muito distraída. — Eu provoco.
Ela morde o lábio inferior, lançando-me uma expressão infantil. — Você
sabe que é preciso os quatro para me satisfazer plenamente.
Meu pau sacode ao lembrete. — Bem, não posso mantê-la esperando e
necessitada. — Eu ofereço-lhe a minha mão, que ela toma feliz. Tanto Leo quanto
Ford estão deitados na cama, ofegantes e exaustos de sua festa de amor a três.
Eu puxo Clo para o banheiro, onde podemos desfrutar de nossa festa a dois. Ela
pisa sob o jato do chuveiro, a água empurrando para trás seu cabelo castanho
escuro quase até a bunda. Eu levo um tempo admirando sua bunda. Está maior
e mais redonda. Eu amo isso.
Ela deve me pegar olhando porque se vira, me dando mais oportunidade
de adorar seu corpo. Seus seios estão enormes atualmente, dos quais nenhum
de nós se cansa, mas é o seu estômago inchado que deixa o meu pau duro.
Grávida do nosso bebê. Nós não sabemos o sexo ainda, mas em breve. Eu mal
posso esperar para ver como é o bebê. O alfa em mim espera que saia com olhos
azuis e cabelos negros como eu. Mas sei que ficarei feliz se sair com olhos verdes
divinos como Leo ou um fodido sorriso como Ford. Mesmo que seja mal-
humorado como Zac, ainda vamos amar esse bebê. Principalmente, eu só quero
que pareça com Clo. O simples pensamento dela nos dando muitos filhos para
encher nossa nova casa me deixa ansioso para fazer amor com ela.
— Você está tão intenso hoje. — Diz ela, abrindo os braços, então entro
neles.
Eu a envolvo em um abraço apertado, puxando-a para o meu peito. — Só
querendo saber como diabos nós tivemos tanta sorte de tê-la.
Ela inclina a cabeça para cima e me dá um sorriso doce. — Eu sou a
sortuda.
Agarrando sua bunda, eu a levanto. Ela envolve as coxas ao redor da
minha cintura enquanto deslizo em seu calor apertado. Nossas bocas se
encontram num beijo aquecido enquanto a fodo, sem dúvida, a boceta dolorida
tão gentilmente quanto posso. Quando ela crava seus calcanhares na minha
bunda, sei que o momento da suavidade acabou. Minha garota gosta de sujo e
áspero.
— Seb. — Ela geme. — Mais difícil. Foda-me mais forte, papai.
Deus, eu a amo.
Eu rio contra sua boca. Agora que ela está grávida, ela usa muito esse
titulo para nós quatro. E para todos os idiotas que disseram que a merda era
assustadora, eles não têm esse nome saindo dos suculentos lábios rosados de
Clo. Essa palavra desencadeia cada um de nós, vibrando com um orgulho
selvagem e viril. Eu a beijo duro e a fodo com mais força. Sua cabeça bate contra
o azulejo, mas ela não está preocupada. Assim que ela grita de prazer, eu gozo.
Eu encho sua boceta com a minha liberação, beliscando seus lábios enquanto
faço.
Eu mal a soltei antes que Zac se junte a nós no chuveiro. Ele acaricia seu
pau enquanto dá a Clo um olhar perverso.
— Você ainda não parece satisfeita, pirralha. — Diz ele, seus olhos
escurecendo com a luxúria. — Por que você não se ajoelha e te darei algo para
te encher?
Eu bato na sua bunda com um estalo alto que a faz gritar antes de começar
a ensaboar meu corpo. Clo cai de joelhos, ansiosamente pronta para chupar Zac.
Ele enfia os dedos atrás da cabeça e olha para ela. Seus músculos oblíquos
flexionam e seus quadris empurram quando ela desliza-o em sua boca. Meu pau
começa a endurecer novamente. Eu adoro vê-la engasgar com seu pênis
monstruoso. Essa merda me excita.
Um movimento chama minha atenção do lado de fora da porta do chuveiro
além do vidro. Ambos Leo e Ford também estão acariciando seus paus, famintos
por outro gosto da nossa menina. Somos insaciáveis. Ela nos transformou em
homens famintos. Obrigado Deus, ela tem o suficiente para alimentar nós
quatro.
Ford abre a porta e se junta a nós, seguido por Leo. Um dos itens da nossa
lista foi um chuveiro muito maior. Por enquanto, nós quatro nos esprememos,
assistindo ansiosamente nosso próprio show pornô em primeira mão.
Devemos tomar banho rapidamente e nos preparar para o jantar.
Ou poderíamos passar a noite toda devorando nossa garota...
Parece que o jantar foi cancelado.
A sobremesa está parecendo poderosamente deliciosa.
Fim.