3260.1 Plano de Emergencia Paranagua - Rev 03 - 2021
3260.1 Plano de Emergencia Paranagua - Rev 03 - 2021
3260.1 Plano de Emergencia Paranagua - Rev 03 - 2021
EMERGÊNCIAS – PAE
PARANAGUÁ
Thiago Januario
Jan/2019 Criação e Implantação do Manual Carolina Souza 01
da Silva
Hidelbrando
Ago/2020 Revisão da gestão da emergência Carolina Souza 02
Almeida
Este plano foi desenvolvido de acordo com as legislações aplicáveis e alinhado ao Manual de Emergências
da Svitzer assim como os procedimentos estabelecidos no Sistema de Gestão Harmonizado (HMS) da
empresa.
2. APLICAÇÃO E REVISÃO
Este Plano aplica-se em todas as instalações da Svitzer na filial e arredores incluindo as embarcações e
escritórios.
O plano é aplicável para todos os funcionários Svitzer e contratados, assim como às pessoas sob
responsabilidade da empresa durante o período que permanecem nas instalações Svitzer.
O plano de atendimento a emergência deve ser revisado a cada 3 anos ou sempre que houver necessidade
de mudança por alterações administrativas, incidentes ou mudanças em legislação.
Emergência médica pode ser caracterizada neste documento como ocorrência imprevista com ou sem risco
potencial à vida, onde o indivíduo necessita de assistência médica imediata.
Qualquer pessoa que esteja dentro de instalações da Svitzer, funcionários ou terceiros, pode acionar o
plano de emergência em casos de indisposição ou após observar alguém precisando de socorro.
Em caso de emergências simulataneas, os responsáveis pela gestão da emergência devem priorizar a vida
das pessoas.
O porto de Paranaguá possui atendimento da ambulância do OGMO onde fará os primeiros socorros e
deslocará a vítima para o hospital responsável da região. Em caso de mal estar o OGMO pode levar a vítima
para hospital conveniado com o plano de saúde (Clinica Médica São Paulo) ou para o UPA (unidade de
pronto atendimento), porém em casos mais graves a vítima será encaminhada direto para o hospital
público da região.
Todos os funcionários possuem plano de saúde disponibilizado da empresa. Em caso de emergência médica
devem ser priorizados a especialidade de cada hospital de acordo com a emergência médica e o
cadastramento no plano de saúde, conforme descrito na Tabela 1 – Lista de Hospitais e Clínicas de
Referência. Em caso de indisponibilidade de aceitação do plano, o responsável deverá acionar RH ou o
Gerente da Filial para direcionamento adequado do caso.
Uma vez que a embarcação é abastecida com combustível marítimo e que entre as características principais
encontram-se altas temperaturas, a complexidade dos equipamentos e maquinaria em movimentos
rápidos, possíveis derrames e fugas de óleos, gases, o vapor na atmosfera, etc., o risco de incêndios e
explosões está presente nas operações rotineiras.
Todas as embarcações são equipadas equipamentos para combate a incêndio adequdos como por
exemplo, extintores portáteis, bomba de incêndio, mangueiras e acessórios além de um sistema fixo de
extinção para a praça de máquinas. Os equipamentos de combate a incêndio são considerados críticos, e
possuem um plano de inspeção e manutenção detalhados para a garantia de seu funcionamento contínuo.
Todos os membros da tripulação devem ser treinados em combate a incêndios e estar familiarizados com
os planos de incêndio e equipamentos de combate a incêndios de seus navios, desta forma é fundamental
realizar simulados práticos de combate a incêndio com cenários variáveis de acordo com o procedimento
HMS 11-001 Exercícios da Embarcação.
O procedimento HMS 11-014 – Incêndio, detalha o passo a passo para combate a incêndios e o papel de
cada tripulante está descrito na tabela mestra de bordo, mas apesar de estarem equipadas para uma
resposta inicial ao incêndio, para eventos de média a alta proporção o corpo de bombeiros local deve ser
acionado para uma resposta mais efetiva devendo a tripulação priorizar salvaguardar a vida do tripulantes
e demais pessoas a bordo, uma vez que não possuem conhecimento e equipamentos especializados para
tal. A rápida e eficiente coordenação entre o navio, escritório, autoridades portuárias e outras partes
envolvidas é vital para amenizar os efeitos do incêndio.
Emergências relacionadas a queda de vítimas na água são frequentes na indústria marítima e com alto risco
potencial, desta forma a preparação e a resposta para estas emergências deve ser ágil e eficiente.
Sempre que houver uma vítima na água, por queda de tripulante ou terceiros do seu rebocador ou por
vítimas desconhecidas encontrada no mar, é responsabilidade do comandante priorizar o resgate e a vida
da vítima, a menos que a situação ofereça riscos para sua tripulação.
O passo a passo para atuação do homem ao mar pode ser encontrado no procedimento HMS 11-013
Homem ao mar e no procedimento HMS 11-031 Resgate de pessoas na água. A informação sobre a
localização do incidente através dos equipamentos de comunicação é importante para alertar embarcações
ao redor sobre a emergência e evitar lesões maiores a vítima(s).
Após o resgate da vítima da água, se faz necessário a realização de primeiros socorros específico, uma vez
que vítimas deste cenário podem sofrer de hipotermia e o consequente acionamento da emergência
médica.
Vítimas de hipotermia leve apresentam apenas sintomas de tremores e são capazes de uma conversa
racional podem requerer apenas a remoção das roupas molhadas e sua substituição por roupas ou
cobertores secos. Nos casos mais graves em que a vítima está semiconsciente, serão necessárias medidas
imediatas para o reaquecimento. Vítimas ‘próximas’ do afogamento podem apresentar sintomas como
coloração cianótica (azul) da pele, sem respiração detectável, sem pulso ou batimento cardíaco aparente
e/ou pupilas totalmente dilatadas (abertas). Esses sintomas nem sempre significam que a vítima está
morta, mas podem ser um reflexo corporal para preservar as funções vitais do corpo por isso devem ser
tomadas as mesmas medidas para aquecer e reanimar a vítima.
A bordo das embarcações Svitzer utilizamos o conceito de trabalho em altura para qualquer atividade
realizada acima de 1,80m de altura. Os principais cenários para queda em altura são: Atividades no mastro,
atividades de manutenção fora da borda falsa do rebocador e manutenções na estrutura acima de 1,80m.
O procedimento HMS 09-011 Trabalho em altura e na lateral, detalha os principais aspectos sobre trabalho
e resgate.
Uma pessoa suspensa pode sofrer traumas e levar a perda de consciência. A falta de circulação sanguínea
pode causar acúmulo de toxinas que podem levar a falência renal, ataque cardíaco, dano cerebral e morte.
Por isso uma resposta a emergência rápida é fundamental. As duas principais formas de resgate são:
• Auto-resgate do usuário, quando o mesmo utiliza partes fixas ao redor para retornar a posição
original
• Resgate realizado por equipe de resgate no menor tempo possível, não passando de 20 minutos
Uma vez que a tripulação é composta de 3 a 4 pessoas quando operando no porto e que realiza atividades
em altura somente enquanto atracada, o resgate de vítimas inconscientes ou que não possuem capacidade
de se mover deve ser realizado por profissionais capacitados e externos, a tripulação a bordo deverá dar o
apoio até a chegada dos mesmos.
Em Paranaguá o apoio externo para este tipo de emergência é representada pelo corpo de bombeiro local.
Após o resgate é necessário acionar o plano de emergência médica para avaliação das condições reais da
vítima.
Os trabalhos em espaços confinados nas instalações Svitzer são executados por empresas terceiras, que
passam por um processo de seleção e avaliação antes da prestação do serviço. Todo fornecedor para
espaço confinado é responsável por executar a tarefa assim como prover meios para realização do resgate
em espaço confinado de acordo com seu plano de emergência.
A entrada e o resgate em espaços confinados só podem ser realizados por pessoal treinado e autorizado
para tal atividade. Portanto, em caso de emergência equipes externas devem ser contactadas para o
suporte adequado, caso o fornecedor não consiga atuar na emergência.
O procedimento HMS 11-025 Resgate em espaços confinados detalha a atuação durante emergências.
Em Paranaguá o supervisor responsável pela equipe deverá avaliar a situação de emergência que está
ocorrendo - tipo de acidente, quantidades de vítimas e o potencial risco para atendimento da emergência,
Em casos de emergência, a tripulação da embarcação não poderá acessar o espaço confinado mas poderá
dar auxílio na parte externa do espaço confinado como:
• Comunicações de emergência
• Auxílio esforço junto ao tripé
• Primeiros socorros após retirada da vítima
Após o resgate da vítima, será necessário o acionamento do plano de emergência médica para avaliar as
condições da vítima.
3.6 Abandono
3.6.1 Escopo e Descrição
Em casos de naufrágio ou em situações que ofereçam risco a vida dos tripulantes e demais pessoas
presentes a bordo, é responsabilidade do comandante garantir a evacuação da embarcação para um
local de menor risco.
Caso seja constatado que alguma pessoa não esteja presente no ponto de encontro antes do
abandono, se seguro, o Comandante deve designar um responsável para localizar e trazer a pessoa
ausente, garantindo uma comunicação constate com o designado.
O passo a passo para a evacuação da embarcação está descrito no procedimento HMS 11-015 –
Abandono e a função de cada tripulante descrita na tabela mestra. As embarcações possuem com
balsa salva-vidas para abandono da embarcação, quando atracado é orientado o abandono da
tripulanção, visitantes e contratados pela escada de acesso ao porto, onde poderão encontrar local
mais seguro para permanência e gestão da emergência.
A Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios (Marpol) visa prevenir e minimizar a
poluição por navios, tanto a poluição acidental como aquela a partir de operações de rotina. Em geral,
existem duas categorias para os vazamentos de líquidos contaminantes:
Em casos que a poluição ao mar, deverá ser seguido o procedimento HMS 11-022 Combate à Poluição e
as tarefas descritas na tabela mestra da embarcação. Todas as embarcações possuem um kit SOPEP para
resposta a vazamentos de óleo de pequenas quantidades e em casos de vazamentos de maiores
proporções deve ser acionada o suporte externo para suporte. O Porto de Paranaguá é um porto público e
possui um centro de prontidão ambiental instalado na faixa portuária, com atendimento 24 horas por dia
– ALPINA BRIGGS – contato – 0800 772 2220.
É importante reforçar que o vazamento de óleo pode gerar o risco de incêndio ou explosão, requerendo
que se tomem medidas de segurança caso ocorra. Em qualquer tipo de vazamento é fundamental
identificar a fonte de vazamento e interromper o mais rápido possível para reduzir os impactos, se seguro.
Devem ser avaliada medidas para contenção do vazamento a bordo da embarcação para reduzir o volume
vazado e consequente impacto ao meio ambiente tais como: transferência interna, utilização de
contentores, avaliação das condições metereológicas, utilização de bombas portáteis, etc.
A rápida e eficiente coordenação entre o navio, escritório, autoridades portuárias e outras partes
envolvidas é vital para amenizar os efeitos do evento de poluição.
O cabo de reboque é o elo de transporte de carga entre o rebocador e a embarcação assistida e precisa ser
capaz de lidar com as cargas estáticas e dinâmicas que resultam do movimento relativo entre elas. Durante
as operações, o rompimento do cabo de reboque pode trazer risco para a navegação das embarcações
assim como para as tripulações envolvidas.
A segurança da tripulação e da embarcação devem ser priorizadas. Os cabos rompidos devem ser
recolhidos para a embarcação para avaliação e descarte correto. Devem ser seguidas as orientações do
prático para continuidade da manobra, sempre que viável e seguro. Os rebocadores possuem cabos
reservas a bordo que podem ser utilizados, caso necessário.
Além dos cenários já descritos outras emergências podem ocorrer quando a bordo ou nos escritórios
como: colisões, abalroamentos, danos a ativos, pirataria entre outros. O detalhamento das ações a serem
tomadas estão descritas no elemento 11 do HMS – Preparação e Resposta a Emergências.
Descrição Atividades
• Quem observa a emergência reporta para o responsável da instalação.
OCORRÊNCIA DA EMERGÊNCIA
Em caso de embarcações, para o comandante.
• Responsável local comunica imediatamente para a equipe de terra da
filial (se for nas embarcações) ou do escritório central (se for nos
COMUNICAÇÃO COM EQUIPE
escritórios).
DE GESTÃO
• Caso não consiga contato, falar com Hidelbrando Almeida ou Carolina
Souza
• Equipe de gestão local aciona os órgão necessários de acordo com a
SOLICITAÇÃO DE SUPORTE emergência para suporte da resolução da emergência. Anexo I - lista
de contatos de emergência.
• Responsável da gestão local realiza comunicação com Operações RJ
• Equipe de Operações RJ realiza a classifica da emergência
COMUNICAÇÃO COM A SEDE • Equipe Operações comunica a diretoria Brasil, ao DPA e/ou time de
emergência.
• Se necessário, avisar órgãos competentes e abrir CAT, se aplicável
• Após ter a situação controlada, responsável da instalação preenche
SISTEMA DE REPORTE DE formulário de comunicação de acidentes/incidentes 09F-004 do HMS
EMERGÊNCIAS - HMS com as informações detalhadas em até 24h após a ocorrência da
emergência.
Os meios de comunicação básicos utilizados são durante as emergências podem ser: telefone, e-mail e
rádio e alarmes e/ou luzes de emergência a serem acionados de acordo com cada situação.
Após o acionamento da emergência, a gestão da comunicação durante a emergência deve seguir o fluxo
abaixo.
Ponto focal na
filial para Gerente da Órgãos locais – bombeiros,
emeregência filial ambulância, capitania,
praticagem,etc
Coordenação da Suporte a
emergência Operações RJ Gerente de RH
familiares
Seguradora
DPA
Grupo Maersk
5. EXERCÍCIOS E SIMULADOS
De forma a garantir que as emergências possam ser gerenciadas de maneira eficiente, para salvaguardar a
vida humana e proteger o meio ambiente e bens da Svitzer devem ser realizados o tanto quanto for possível
exercícios e simulados quanto a resposta a emergência.
Deve ser seguido a agenda de exercícios estipulada no procedimento HMS - 11-001 Exercícios da
Embarcação assim como as orientações descritas no procedimento HMS 11-009 Exercícios de Emergência.
Os relatórios dos exercícios e simulados devem conter todas as informações relevantes assim como a
avaliação da resposta a emergência e ser registrado através do formulário HMS 11F-002 Planejamento pré-
exercício e avaliação pós-exercício.
6. RESPONSABILIDADES
Aqui serão definidas as principais funções de cada setor da empresa, entretanto as funções difinidas aqui
não são restritas e limitadas, podendo ter variações de acordo com a emergência.
O diretor Brasil da Svitzer é o responsável por todas as operações e instalações no país, e deve:
• Assegurar que todos os funcionários da filial, nos escritórios ou a bordo, conheçam e cumpram
este plano.
• Verificar e solicitar revisões do plano de emergência sempre que necessário
• Seguir o fluxo de comunicação de emergência estipulado no plano
• Realizar as comunicações devidas aos órgãos competentes sobre o evento
• Solicitar recurso externo quando necessário para o gerenciamento da emergência
• Seguir a prioridade de resposta a todos os incidentes de acordo com o princípio PEARS: Pessoas,
Meio Ambiente, Ativos, Reputação e Acionistas.
• Garantir o treinamento e capacitação dos funcionários para atendimento ao Plano de Atendimento
a Emergência
• Avaliar impactos sociais e definir estratégias de mitigação, sendo ponto focal para familiares em
caso de vítimas
• Acompanhamento de hospitalizações, acomodações, suporte aos impactados, etc
• Severá fornecer o apoio logísitico da emergência