Ta2, 2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL

ANP25 – Teorias Antropológicas II (disciplina obrigatória, 4 créditos)


Ministrada por Patrice Schuch ([email protected])
Semestre 2022/1 – quinta feira pela manhã, 8:30h até 12:00h.

Súmula: Examinar a diversidade teórica contemporânea e proporcionar aos estudantes


uma reflexão sobre a construção do conhecimento antropológico a partir de questões
consideradas centrais para a disciplina, enfocando autores e identificando recursos e
problemas analíticos, bem como repertórios conceituais.

Objetivos: Oferecer uma visão conjunta da produção do conhecimento antropológico


nas últimas décadas. Proporcionar elementos teóricos e conceituais para o
discernimento de algumas das perspectivas mais relevantes do campo antropológico.
Discutir questões atuais sobre a etnografia, com ênfase sobre a escrita antropológica e
os contextos empíricos de realização. Possibilitar aos alunos o aprofundamento e
atualização de temas clássicos do pensamento antropológico.

Conteúdo programático: O programa está centrado em quatro eixos articuladores:


BLOCO 1: Apresentação; BLOCO 2: Os Debates sobre Cultura; BLOCO 3: O Conceito
de Sociedade: críticas e novas propostas;  BLOCO 4: Antropologia, suas Práticas e
Políticas.

Avaliação: A avaliação constará dos seguintes itens: 1) uma prova escrita na 10 a sessão
(40% da nota); 2) Entrega das problematizações sobre os textos de aula (mínimo 6 no
semestre), apresentação de seminários e participação em aula (20% da nota); 3) uma
prova escrita na 15 sessão (40%).

 Método de trabalho: Apresentação oral dos temas, leituras dos textos, elaboração de
fichas de leitura, e discussões em sala de aula e organização em grupo de seminários
temáticos (2 por estudante).

BLOCO 1: Apresentação

1a. Sessão (14/04): Apresentação dos participantes e do curso

Indicações de Leituras:

DELEUZE, Gilles e FOUCAULT, Michel. OS INTELECTUAIS E O PODER Conversa


entre Michel Foucault e Gilles Deleuze. 5 de fevereiro de 1972.
https://grupodeestudosgrupodeestudos.wordpress.com/2013/08/19/texto-2-os-
intelectuais-e-o-poder-michel-foucault/

RODRIGUES, Vera. Quando a Mulher Negra Fala: afeto, Teoria E Política em


(Des)Construção. Texto apresentado no “I Ciclo de Debates Linguagem e Colonialidade:
raça e interseccionalidades”. Promoção: Grupo de Estudos Discurso, Identidades, Raça
e Gênero – GEDIRG/UECE. 13/05/2020. Fonte:

1
https://pensehumanas.com.br/post/quando-a-mulher-negra-fala-afeto-teoria-e-
politica-em-des-construcao

2a. Sessão: Teoria e Teorias em Antropologia... (21/04)

ASAD, Talal. Introduction. In: Talal Asad (org.). Anthropology and the Colonial
Encounter. New York, Humanities, 1973, p. 9-19.

FABIAN, Johannes. O tempo e o outro emergente. In: _____. O tempo e o outro: como a
antropologia estabelece seu objeto. Petrópolis: Vozes, 2013 [1983], p.39-70.

Lutz, Catherine. “The gender of theory”. In Ruth Behar, Deborah Gordon (ed.). Women
writing culture. Berkeley: California University Press, 1995, p. 249-266.

NADER, Laura. 2011. “Ethnography as theory”. Hau: Journal of Ethnographic Theory,


1 (1). [ http://www.haujournal.org/index.php/hau/article/view/hau1.1.008/9

MOORE, Henrietta L. 1996. “The changing nature of anthropological knowledge”. In:


H. Moore (org.), The Future of Anthropological Knowledge. Londres: Routledge (pp. 1-
15).

BLOCO 2: Os Debates sobre Cultura

3a. Sessão: A Cultura na Berlinda (28/04)

ABU-LUGHOD, Lila. Writing against Culture. In: FOX, R. (ed.) Recapturing


Anthropology. Santa Fe: School of American Research, 1991, p.137-162. Tradução em:
ABU-LUGHOD, L.; REGO, F. C. V. S. DO; DURAZZO, L. 2018. A Escrita contra a
cultura. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social,
v. 5, n. 8, p. 193-226.

ABU-LUGHOD, Lila. 2012. “As mulheres muçulmanas precisam realmente de


salvação? Reflexões antropológicas sobre o relativismo cultural e seus Outros”. Estudos
Feministas.

TROUILLOT, Michel-Rolph. Adieu, Culture: A new duty arises. In: _____. Global


Transformations: anthropology and the Modern World. New York: Palgrave, 2003, p.97-
116.

 Leitura Complementar:

BUTLER, Judith. 2015. “O não-pensamento em nome do normativo” In: Quadros de


Guerra: Quando a vida é passível de luto?. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira
Complementar.

OVERING, Joanna. Culture. In: RAPPORT, Nigel e OVERING, Joanna. Social &


Cultural Anthropology: The key concepts. Londres: Routledge, 2000, p.92-102.

4a. Sessão: A Cultura como Criatividade (05/05)

2
WAGNER, Roy. A presunção da cultura e A cultura como criatividade. In: _____. A
invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2010, p.27-72.

WAGNER, Roy. “Are There Social Groups in the New Guinea Highlands?”. In: Murray
J. Leaf (Ed). Frontiers of Anthropology: an introduction to Anthropological thinking. New
York, D. Van Nostrand Company, 1974. (tradução: “Existem grupos sociais nas terras
altas da Nova Guiné?”. In: Cadernos de Campo, 2010).

Complementares:

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Cultura e cultura: conhecimentos tradicionais e


direitos intelectuais. In: _____. Cultura com aspas. São Paulo: Cosac Naify, p.311-373.

SAHLINS, Marshall. Dos o tres cosas que sé acerca del concepto de cultura. Revista
Colombiana de Antropología, v.37, 2001, p.290-327 [The Journal of the Royal Anthropological
Institute, v.5, n.3, 1999, p.399-421].

5a. Sessão: Mais Além da Natureza e Cultura (12/05)

HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no


final do século XX. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Antropologia do ciborgue. Belo
Horizonte: Autêntica, 2000. p. 37-129.

HARAWAY, Donna. 2009. “Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo


e o privilégio da perspectiva parcial”. Cadernos Pagu, n. 5: 7-41.

Complementar:

Kohn, Eduardo. Como os cães sonham: naturezas amazônicas e as políticas do


engajamento transespécies, Ponto Urbe, 19: 2-35, 2016.

BLOCO 3: O Conceito de Sociedade: críticas e novas propostas

6a. Sessão: A Sociedade é um Conceito Teoricamente Obsoleto? (19/05)

INGOLD, Tim; STRATHERN, Marilyn; e outros. The concept of society is theoretically


obsolete: debate. In: INGOLD, T. (org.). Key Debates in Anthropology. Londres:
Routledge, 1996, p.46-98.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Perspectivismo e multinaturalismo na América


indígena. In: _____. A inconstância da alma selvagem: e outros ensaios de antropologia.
São Paulo: Cosac Naify, 2002, p.347-399.

Complementar:

BARTH, Fredrik. Towards greater naturalism in conceptualizing society. In: KUPER,


Adam. Conceptualizing society. Londres: Routledge, 1992, p.17-33.

3
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O conceito de sociedade em antropologia. In: _____.
A inconstância da alma selvagem: e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac
Naify, 2002, p.297-316.

7ª Sessão: Redes (26/05)

LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do Ator-Rede. Salvador:


Edufba; Bauru: Edusc, 2012 [2005], p.41-69, 205-249, 351-372.

STRATHERN, Marilyn. “Cutting the Network”. The Journal of the Royal Anthropological
Institute. Vol 2. No. 3,  set. 1996, 517-535. (tradução em PontoUrbe).

 Complementar

STRATHERN, Marilyn. Parts and Wholes: refiguring relationships in a Postplural


World. In: KUPER, Adam (ed.). Conceptualizing Society. London: Routledge, 1992, p.75–
103.

8ª Sessão: Malhas e Redes (02/06)

INGOLD, Tim. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo


de materiais. Horizontes Antropológicos, v.18, n.37, 2012, p.25-44 . 

INGOLD, Tim. That’s Enough About Ethnography!. In: Hau: Journal of Ethnographic
Teory.  4 (1), 2014, 383–395.

MOL, Annemarie, and LAW, John. 1994. ”Regions, networks and fluids: anaemia and
social topology." Social studies of science 24(4): 641-671.

Leituras Complementares:

INGOLD, Tim. The perception of the environment: essays in livelihood. London:


Routledge, 2000, p.13-60.

VELHO, Otávio. De Bateson a Ingold: passos na constituição de um paradigma


ecológico. Mana, v.7, n.2, 2001, p.133-140.

STEIL, Carlos Alberto; CARVALHO, Isabel Cristina de Moura . Epistemologias


ecológicas: delimitando um conceito. Mana (UFRJ. Impresso), v. 20, p. 163-183, 2014.

9a Sessão: Devires, do Incerto ao Inacabado (09/06)

BIEHL, João. “Antropologia do devir: psicofármacos – abandono social – desejo”. In:


Revista de Antropologia. Vol. 51, n. 2. SP, USP, 2008, p. 413-449.

BIEHL, João. 2020. “Do incerto e do inacabado. Uma aproximação à criação


etnográfica”. Mana. Estudos de Antropologia Social, 27. Ou: BIEHL, João e LOCKE,
Peter. Introduction. Ethnographic Sensorium. In: BIEHL, João e LOCKE,
Peter .Unfinished. The Anthropology of Becoming. Duke University Press, 2017, p. 1-
38.

4
10a. Sessão: PROVA (16/06) 

BLOCO 4: Etnografia, suas Práticas e Políticas

 11ª. Sessão: Etnografia e seus Contextos e Desafios (23/06)

ABU-LUGHOD, Lila. Locating Ethnography. In: Ethnography. 1(2), 2000, p. 261-267.

FASSIN, Didier. “2014. True life, real lives: Revisiting the boundaries between
ethnography and fiction”. American Ethnologist, 41(1): 40-55

NASCIMENTO, Silvana de Souza. O corpo da antropóloga e os desafios da experiência


próxima. Revista De Antropologia, 62(2), 2019, p. 459 - 484. 

TEITELBAUM, Benjamin R. 2019. “Collaborating with the Radical Right Scholar-


Informant Solidarity and the Case for an Immoral Anthropology” Current
Anthropology 60(3): 414-435

Leituras Complementares:

PEIRANO, Mariza  A favor da etnografia. In: ____. A favor da etnografia. Rio de Janeiro:
Relume-Dumara, 1995, p.31-58.

PEIRANO, Mariza 2014. "Etnografia não é método". Horizontes Antropológicos, 20(42):


377-391, jul./dez. http://dx.doi.org/10.1590/S0104- 71832014000200015

12a. Sessão: Cenários e Problemáticas Pós-Coloniais (07/07)

FANON, Frantz. Da Violência no Contexto Internacional. In: Os Condenados da Terra.


RJ, Editora Civilização Brasileira, 1979, p. 75-85.

Fanon, Franz. “O negro e a linguagem”. In: Pele negra, máscaras brancas. Salvador:
EDUFBA, 2008, p. 33-51.

MBEMBE, Achille. 2001. "As formas africanas de auto-inscrição." Estudos afro-asiáticos


23(1): 171-209

Overing, Joanna. A reação contra a descolonização da intelectualidade. Ilha - Revista


de Antropologia,6(1-2): 5- 27, 1994.

OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. “Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos


conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas”. (Tradução de Juliana
Araújo Lopes). In African gender scholarship: concepts, methodologies and paradigms.
Dakar, Codesria, 2004, p. 1-8.

5
Said, Edward. “A representação do colonizado: interlocutores da antropologia”. In
Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p.
114-136.

Complementar:

Revista Espaço Ameríndio. Vol.11, n. 2, jul/dez 2017 (Parte 3 + Apresentação de Sergio


Baptista da Silva)

 13a. Sessão: Perspectivas da Subalternidade e Descolonidade (14/07)

GRUPO LATINO AMERICANO DE ESTUDIOS SUBALTERNOS. Manifesto Inaugural.


In: CASTRO-GOMEZ, Santiago e MENDIETA, Eduardo (Org). Teorìas sin Disicplina
(Latinoamericanismo, poscolonialidad y globalización em debate). México, Miguel
AngelPurrua, 1996.

MIGNOLO, Walter. Desobediência Epistêmica: retórica de la modernidade. Lógica de la


Colonialidad y Gramática de la Descolonialidad. Buenos Aires, Ediciones del Signo, 2010.
(partes selecionadas).

SEGATO, Rita L. 2012. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura de um


vocabulário estratégico descolonial. E-cadernos CES (Online), v. 18, p. 106 – 131.

 SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Can the Subaltern Speak? In: NELSON, Cary;
GROSSBERG, Larry (Ed). Marxism and the Interpretation of Culture. Urbana, University o
Illinois Press, 1988, p. 271-313.

Complementar:

Das, Veena. “La subalteridad como perspectiva”. In Francisco Ortega (ed.). Veena Das:
sujetos del dolor, agentes de dignidad. Bogotá: Instituto Pensar, 2008, p. 195-216.

14a. Sessão: Feminismo Negro (21/07)

ANZALDÚA, Gloria. 1987. Borderlands/La Frontera: The New Mestiza. San Francisco:
Aunt Lute Books.(Cap. 1).

HILL COLLINS, Patricia. 2016. Aprendendo com a outsider within: a significação


sociológica do pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado, 31(1): 99-127.

HURSTON, Zora Neale. 2021. "Como eu me sinto uma pessoa de cor". Ayé: Revista de
Antropologia. Edição Especial: Textos escolhidos de Zora Neale Hurston. UNILAB,
março de 2021, p.45-53.

LUGONES, María. 2014. “Rumo a um feminismo descolonial”. Estudos

6
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais
Hoje, ANPOCS, 1984, p. 223-244.

15a. Sessão: PROVA (28/07)

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