Trabalho Gatti - Imuno
Trabalho Gatti - Imuno
Trabalho Gatti - Imuno
Essa ação pode ser percebida através do aumento do tamanho de gânglios, sobretudo os
localizados logo abaixo da pele, que revela a existência de infecções. O leucócito não é
como as células normais do corpo, age como um organismo vivo independente e
unicelular, com capacidade de locomoção e de capturar microrganismos por conta
própria.
Em uma pessoa sadia o número oscila entre 5 e 11 mil leucócitos por ml de sangue, já
em uma situação de resposta a processos infecciosos esta quantidade pode triplicar para
poder atacar com eficácia os microrganismos invasores. A secreção amarelada (pus) que
aparece em lesões nos tecidos, tem em sua composição uma grande massa de leucócitos
juntamente a outros resíduos.
Classificação
Os leucócitos são classificados de acordo com a granulosidade do citoplasma e a
quantidade de lóbulos nucleares. Sendo assim, são divididos em dois grupos:
granulócitos e agranulócitos.
Neutrófilos
Eosinófilos
Com núcleo bilobado e com o citoplasma preenchido por muitos grânulos róseos.
Móveis e fagocitários, atuam nos organismos envolvidos por reações alérgicas. Os
eosinófilos liberam a hidrocortizona, um hormônio que diminui essas reações alérgicas
e a quantidade de eosinófilos no sangue.
Basófilos
Linfócitos
Possuem um núcleo regular e que ocupa quase todo o volume da
célula. Ativamente móveis, circulam sempre através do sangue, pelos linfonodos, baço e
tecido conjuntivo. Sua função é garantir imunidade aos organismos.
Monócitos
http://www.infoescola.com/citologia/leucocitos/
http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/1250/inflamacao
Já a passiva ocorre quando os agentes patogénicos são transferidos de uma pessoa para
outra. Vale a pena ressaltar que esta imunidade dura somente enquanto os anticorpos
estão presentes (na maioria dos casos, algumas semanas ou meses).
O nosso sistema imune possui células de memória que se lembram do contato com
determinado invasor e adquire mecanismos de defesa contra ele nos possíveis contatos
posteriores. Essas reações serão mais rápidas e eficiente. É o princípio das vacinas.
Existem reforços para a diminuição da ação dessas células de memória.
Memória
Autolimitação
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imune_adaptativo
Neste caso, os chamados linfócitos T auxiliadores (CD4) se ligam ao antígeno, permitindo que
o agente infeccioso não se espalhe pelo organismo. Além disso, os CD4 ativam dois grupos
de linfócitos: os T matadores (CD8) e os B (plasmócitos), enviando informações relacionadas
à forma e constituição do elemento estranho para que estes o combatam de forma eficaz;
sendo os primeiros responsáveis pela destruição das células infectadas do corpo.
São dos plasmócitos que originam os anticorpos, por meio de processos de ativação e
diferenciação. Estes, também chamados de imunoglobulinas, são substâncias de natureza
proteica que também se ligam aos antígenos, inativando-os e facilitando sua destruição.
Antígeno e anticorpo possuem uma relação de especificidade, ou seja: anticorpos específicos
reconhecem as particularidades de determinados corpos estranhos, atuando de forma a
neutralizar e combater seus efeitos.
Os anticorpos, também conhecidos como imunoglobulina, são proteínas com ligações de um ou mais
açúcares de características sintetizadas que são expelidas pelas células plasmáticas. Possuem uma
forma estrutural em Y composta por quatro cadeias polipeptídicas.
Sua função é realizar a defesa do organismo a partir da inibição de toxinas, impedimento de multiplicação
de microorganismos e destruição de antígenos. A reação dos anticorpos se inicia ainda no período intra-
uterino quando copiam as seqüências dos aminoácidos produzidos pelo feto e as armazena.
Ao detectar um antígeno, ou seja, uma substância que o sistema imunológico não reconhece, os
anticorpos trabalham para eliminá-lo através da fixação do complemento, opsionização, desgranulação
dos mastócitos, aglutinação, neutralização da substância e outros.
IgA: Proteína dominante encontrada na saliva, lágrima, leite, mucosas do trato respiratório,
gastrointestinal e genitourinário cuja função é proteger o organismo contra vírus e bactérias.
IgG: A única proteína que passa pela placenta. Compõe 80% dos anticorpos do organismo sendo
encontrada em circulação no sangue.
IgE: Proteína de baixa concentração presente nas membranas dos basófilos e mastócitos. Desencadeia
processos alérgicos quando é encontrado em altos níveis.
http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/anticorpos.htm
http://www.brasilescola.com/biologia/anticorpos.htm
Sistema complemento
Introdução e Conceito
Às vezes a interacção dos anticorpos com antígenos é eficiente por si só. Por exemplo:
Mas, muitas vezes, a ligação de anticorpos a antigénios não produz função útil a menos
que ela possa activar um mecanismo efectivo, seja ele celular ou humoral. O sistema
complemento participa nestas funções efectoras.
Para que o sistema complemento expresse a sua atividade é necessária a sua ativação
prévia. As actividades mais importantes de defesa do hospedeiro são efectuadas por C3
e C5, estruturalmente semelhantes. A clivagem de tais proteínas é feita por proteases
altamente específicas, as convertases. Existem três C3 convertases (C4b2a, C3(H20)Bb,
C3bBb) e duas C5 convertases (C4b2a3b, C3bBb3b), organizadas durante a activação
das três vias do complemento, denominadas vias: clássica, da lectina, e alternativa.
Via clássica
Nessa via a montagem e a organização das convertases são habitualmente iniciadas por
anticorpos da classe IgG ou IgM formando complexos com o antígeno. Várias outras
substâncias, tais como os complexos da proteína C-reativa (PCR), determinados vírus e
bactérias Gram-negativas, também podem ativar esta via. Os ativadores são
reconhecidos por C1q, uma das três proteínas do complexo C1. Esta ligação ativa C1r
que ativa a pró-enzima C1s. Então, C1s ativado cliva C4, resultando na fixação
covalente do seu principal fragmento, C4b, à superfície do ativador. O componente C2
liga-se a C4b e é clivado por C1 em dois fragmentos (este processo necessita da
intervenção de Ca2+ o Mg2+), dos quais C2a permanece ligado a C4b, completando a
montagem do complexo C4b2a, que é a C3 convertase da via clássica. Esta cliva C3
resultando na ligação de C3b à superfície do ativador e na ligação posterior de C3b à
subunidade C4b2a, formando a C4b2a3b que é C5 convertase da via clássica..P
Via da Lectina
A via da lectina utiliza uma proteína similar a C1q para ativar a cascata do
complemento, a lectina ligadora de manose (MBL). A MBL liga-se a resíduos de
manose e outros açúcares, organizados em um padrão, que recobrem superficialmente
muitos patógenos. A lectina ligadora de manose é uma molécula formada por duas a
seis cabeças, semelhante a C1q, que formam um complexo com duas serina proteases a
MASP-1 e MASP-2. MASP-2 é similar as proteínas C1r e C1s. Quando o complexo
MBL liga-se à superfície de um patógeno, MASP-2 é ativada para clivar C4, em C4a e
C4b, e C2 em C2a e C2b, originando a C3 convertase da via da lectina - C4b2b. O papel
de MASP-1 ainda não está bem claro na ativação do complemento.
Via Alternativa
Esta via foi denominada alternativa por razões históricas, por ter sido descoberta após a
via clássica. A ativação desta via inicia-se a partir da hidrólise espontânea tiol-éster
localizada na cadeia alfa do componente C3, gerando o C3(H20).Esta molécula exibe
sítios reativos que permite a ligação de uma proteína plasmática, fator B (fB), formando
o complexo C3(H2O)B. O fB então é clivado por uma enzima denominada fator D
(fD). Esta clivagem origina 2 fragmentos Ba e Bb. O fragmento Bb fica ligado a
C3(H2O), gerando o C3(H2O)Bb, que na presença de íons Mg++, tem atividade serino-
protease, clivando o C3 em C3a e C3b. Assim como o C3(H2O), C3b também apresenta
sítio de ligação com o fB. Formando o complexo C3bBb, após clivagem do fB em fBb
e fBa pelo fD. O C3bBb atua então como C3 convertase, clivando mais moléculas de
C3, formando C3bBb3b que cliva C5 em C5a e C5b. O fragmento C5b permanece
ligado ao complexo e os outros componentes (C6,C7, C8 e C9)se ligam para a formação
MAC.
O C1 INH liga-se aos C1r, C1s, MASP-1 e MASP-2 ativados e os inibem, regulando
assim a ativação da via clássica, bem como da via da lectina. Diversas proteínas no
plasma e associadas à membrana, tais como C4bp, H, DAF, MCP e CR1, controlam a
taxa de formação e a atividade das convertases do complemento. Algumas dessas
proteínas atuam como co-fatores obrigatórios para a enzima proteolítica I, que cliva C4b
e C3b em fragmentos menores. Duas proteínas séricas, a proteína S, também
denominada vitronectina, e SP 40/40, bem como uma proteína associada a células,
CD59, inibem a formação do MAC. Por fim, a C3a/C5a INA, uma carboxipeptidase,
inativa as anafilatoxinas do complemento. Em seu conjunto, as proteínas de controle do
complemento realizam duas funções importantes: asseguram que a ativação do
complemento seja proporcional à concentração e à duração da presença dos ativadores
do complemento e protegem as células do hospedeiro contra o potencial deletério dos
produtos de ativação do complemento
Deficiências do Complemento
Já foram descritos casos déficits do complemento para quase todos os componentes
desse sistema. Normalmente esses indivíduos sofrem infecções freqüentes e/ou
enfermidades associadas a imunocomplexos. O déficit se transmite com caráter
autossômico recessivo. Os indivíduos heterozigóticos são fáceis de identificar porque
seu soro contém aproximadamente metade dos níveis normais do componente em
questão. A única exceção a este modelo é o déficit de C1-Inh, que é herdado por um
modelo autossômico dominante. Em geral, a situação clínica dos pacientes com déficits
genéticos do complemento reflete o papel biológico e a importância de seus distintos
componentes in vivo. Surpreendentemente, alguns indivíduos toleram os déficits de
complemento muito melhor que outros.
O déficit na fase lítica provoca infecções recorrentes por Neisseria, seguramente pela
capacidade deste microorganismo sobreviver ao sistema imune como parasita
intracelular em macrófagos.
Componente Sintomatologia
Via Clássica
C1q Enfermidades por imunocomplexos, infecções repetidas
C1r LES, glomerulonefrite, infecções repetidas
C1s LES (Lúpus eritematoso sistemático)
C4a Enfermidades por imunocomplexos, infecções repetidas
C4b Infecções repetidas
C2 LES. Mais de 90% assintomático
Via Alternativa
Fator D Infecções repetidas das vias respiratórias
Properdina Meningite
C3 Infecções repetidas, enfermidades por imunocomplexos
Fase Lítica
C5 Infecções repetidas por Neisseria, LES
C6 Infecções repetidas por Neisseria, LES
C7 Infecções repetidas por Neisseria, LES
C8 Infecções repetidas por Neisseria, LES
C9 Assintomático
Reguladores
C1-inibidor Angioedema hereditário. LES. Níveis baixos de C2 e C4
Fator I Infecções repetidas. Valores baixos de C3 e fator B
Fator H Meningite
CR1 Não-genético. Problemas associados a imunocomplexos
CR3 Infecções repetidas. Déficit de LFA-1 e gp150,95
DAF Não-genético. Hemoglobinúria paroxística noturna
Imagens adicionais
Clássica
Alternativa
Clássica