Estratégia de Negocios
Estratégia de Negocios
Estratégia de Negocios
MISSÃO: Utilizando seus recursos técnicos e humanos, gerar riqueza, através do desenvolvimento,
fabricação e comercialização de produtos e serviços de tecnologia de ponta em Opto-Eletrônica.
VISÃO: Ser líder e reconhecida nos mercados que atua e vier atuar, gerando riquezas, satisfação
dos clientes, acionistas e funcionários, cumprindo sua funções sociais dentro de princípios éticos
de atuação.
Oportunidades
Expansão da rede de pontos de venda, mais escala e reputação
Vendas adicionais (segundo ou terceiro par de óculos)
Novos fornecedores ingressam no mercado e necessitam de canais que garantam cobertura
e qualidade
Incorporar as melhores práticas do mercado
Acordos de P&D com grandes fornecedores do mercado
Forças
Imagem da marca
Produtos e serviços de qualidade reconhecida
Preços competitivos
Bom relacionamento com funcionários
Equipe qualificada e leal
Cultura de inovação
Ameaças
Concorrência procura se diferenciar por preços mais baixos
Baixa qualidade de produtos e serviços oferecidos pelos concorrentes (pode prejudicar a
imagem de todos os que atuam no mercado)
Novo software de gestão atenderá às necessidades?
Margens de todo o mercado vêm caindo
Fraquezas
Marca ainda pouco conhecida na capital e em outros estados
Concorrência mais forte em outras localidades
Formação de bons funcionários demanda tempo e investimentos razoáveis
Espécie de “roteiro de viagem”, o plano estratégico deve definir aonde se quer chegar
e que caminhos adotar para ir até lá, ou seja, estabelece metas e objetivos para a
operação de franqueamento e o processo mais adequado para atingi-los. Deve ser
elaborado com base na experiência desenvolvida e nos resultados efetivamente
obtidos nas unidades-piloto. Como o mercado é dinâmico e se altera o tempo todo,
esse plano precisa ser periodicamente revisto, confrontado com a realidade e ajustado
às novas condições, incorporando, inclusive, novos dados que sejam apurados ao
longo de sua elaboração e/ou implementação.
SWOT e não SWAT - Todo plano estratégico começa com o uso de uma ferramenta
de administração e marketing, chamada análise de SWOT (a sigla é a junção das
iniciais dos termos em inglês “strengths”, “weaknesses”, “opportunities” e “threats”,
traduzidos, respectivamente, como “forças”, “fraquezas”, “oportunidades” e
“ameaças”). Apesar do nome empolado e de parecer algo complicado, não é nada
mais que a identificação e a análise das principais forças, fraquezas, oportunidades e
ameaças que o mercado apresenta à empresa e ao negócio que se pretende franquear
(veja uma simulação No esquema ao lado).
Mas é fundamental que essa análise seja feita com a mais absoluta sinceridade e
objetividade e a partir de dados reais. Não há vantagem alguma em mascarar uma
fraqueza ou ignorar uma ameaça. Aliás, se bem trabalhada, uma ameaça pode até se
transformar em uma oportunidade e uma fraqueza pode virar força. Há empresas que,
quando confrontadas com seus pontos fracos e ameaças graves, conseguem se
reinventar e criar negócios vencedores.
O processo ideal para fazer a análise de SWOT ainda é o brainstorming [do inglês,
algo como “tempestade de idéias”, processo que se tornou uma prática comum nas
empresas para gerar idéias, é um exercício de criatividade], com ou sem o apoio de
um especialista externo. Trata-se da parte mais vital de qualquer plano, pois o
restante, na essência, se resume a definir de que modo a empresa deverá agir para tirar
o máximo proveito de suas forças e oportunidades e anular ou minimizar fraquezas e
ameaças ou transformá-las em vantagens frente à concorrência.
E, para que esse objetivo seja atingido, as simulações devem ser feitas levando-se em
conta todas as receitas, todos os custos e todas as despesas inerentes ao negócio com
projeções para, pelo menos, cinco anos, baseadas em dados os mais consistentes
possíveis de serem apurados no momento.
Tiro quase no escuro - Vez por outra, por absoluta ausência de dados confiáveis, será
preciso fazer algumas estimativas. O que, sem dúvida, eleva o risco de incerteza nas
projeções. Mas, se não houver outro jeito, o caminho é esse mesmo. Como dizia
minha mãe, “o que não tem solução, resolvido está”. A falta de dados concretos nunca
impediu o nascimento de grandes negócios, embora tenha gerado uns tantos fracassos.
Mas isso é da vida. Quem não gosta de arriscar - de forma calculada e apenas na
medida do necessário, obviamente -, não serve para ser empresário.
É importante lembrar que, além dos custos em que incorre uma unidade operada pelo
próprio franqueador (aluguel, folha de pagamento, utilidades, custos do estoque,
impostos etc.), o ponto-de-venda do franqueado ainda deve pagar taxa de franquia,
royalties e, na maioria dos casos, uma contribuição para o fundo de marketing da rede.
E que, tanto custos como receitas, seja do franqueador ou do franqueado, tendem a se
alterar ao longo do tempo. Por isso, a projeção não deve ser estática, mas levar em
consideração a elevação ou a queda que tendam a decorrer do processo de maturação
do negócio.
Uma dúvida muito comum é a fixação dos valores da taxa de franquia (quantia que o
franqueado paga para ingressar na rede), dos royalties e da taxa de marketing (valor
que o franqueado deve pagar mensalmente). A resposta é que não há uma fórmula
mágica. É importante compreender que negócio que é bom só para um dos lados não
dura. Portanto, é fundamental que o candidato a franqueado perceba o valor do que
recebe e se convença de que está diante de uma boa relação custo versus benefício.
Até porque, qualquer pessoa, quando alguém lhe sugere que faça ou deixe de fazer
alguma coisa, se pergunta consciente ou inconscientemente: “que vantagem levo
nisso?”.
Na próxima edição, mais uma série de dicas para quem pensa em criar uma rede de
franquias de ópticas. Até lá.
Levando-se em conta que o ciclo médio de troca das lentes oftálmicas é de três anos, o
número de usuários de lentes corretivas no país é de 57,45 milhões em um total de 70
milhões de brasileiros que necessitam de correção visual. Do total de vendas, 80% são
completas, isto é, lentes e armações, e os outros 20% correspondem apenas à troca das
lentes com a manutenção da armação anterior, que perfaz, respectivamente, 30,64
milhões e 7,66 milhões. O número de armações de receituário vendidas ficou em
15,32 milhões. Cerca de 3,83 milhões de consumidores trocaram apenas as lentes de
seus óculos.
Pelo menos uma coisa é real na atual novela das oito da rede Globo, Celebridade, de
Gilberto Braga: a predileção das celebridades por óculos. Especialmente os solares.
Desde que o mundo é mundo e se deu início à cultura da celebridades décadas atrás,
astros e estrelas, famosos e famosas sempre lançaram mão de óculos escuros, seja
para fugir dos inconvenientes fotógrafos, também conhecidos como paparazzi, seja
para conferir um toque especial de glamour à sua imagem.
E já que o enredo da novela tem como tema central exatamente o mundo das
celebridades, não poderia ser diferente: os óculos, muitas vezes, tem desempenhado
papel principal nos rostos dos famosos. O quadro abaixo mostra alguns dos modelos
usados pelos personagens na nova história de Gilberto Braga. Sem dúvida, se o
mundo fosse feito só de celebridades, a venda de óculos seria muito maior...
Beatriz (Deborah Evelyn): Chanel 5031 502/33, 3024B 582, 4053 189/8F e 5046
649/18, todos da Luxottica
Fernando Amorim (Marcos Palmeira): Ray-Ban 3023 W2963, Bvlgari 528 195/71 e
Chanel 4008 126/26, todos da Luxottica
Maria Clara Diniz (Malu Mader): DKNY 7260s 714 (Marchon Brasil), Bvlgari 713
501/6 e Chanel 5052 501/18, ambos da Luxottica
Renato Mendes (Fábio Assunção): Calvin Klein 292s flex 593 (Marchon Brasil)
Rápidas
:: A indústria italiana Lastes produzirá uma ousada invenção do designer siciliano
Piero Massaro: armações de acetato com revestimento de papelão multicolorido,
que serão distribuídas pela Italiana Design, de Veneza.
Foi com esses versos do brilhante e eterno poeta português Fernando Pessoa que começamos a nossa
conversa. Era uma típica manhã carioca de abril, daquelas de céu bem azul e, por coincidência, a véspera do
dia em que a sua empresa, a Pupila, completaria 35 anos de existência.
Daí o motivo dos versos, que, ao mexer nas memórias da empresa, Seu Leite - como ficou conhecido ao
longo dos anos -, me mostrou o postal comemorativo de 25 anos, estampado com aquelas belas linhas de
Pessoa que, segundo ele, estavam ali não pelo fato de o poeta ser tão português como ele, mas por retratar o
seu espírito e o espírito da empresa.
Seu Leite é mais um daqueles profissionais que chegou ao mercado óptico por acaso e dele nunca mais saiu
- a minha teoria do “mosquitinho da óptica”, que inocula todos com um “veneninho do bem” e que em geral
leva à permanência das pessoas no setor, segue fazendo cada vez mais sentido. A Pupila foi fundada em 6
de abril de 1971, mas Seu Leite apenas ingressou dois anos mais tarde, em 1973, no exato ano em que
comemorava uma década de Brasil.
Sim, dez anos antes, ele tinha saído de sua cidade, Arcos de Valdevez, no norte de Portugal, rumo ao
eldorado chamado Brasil. Como todo bom português, tinha dentro de si o sonho de imigrar - muito natural em
uma época em que o país vivia há décadas massacrado pela ditadura de António Salazar. O Brasil era um de
seus alvos ao lado da capital de Moçambique, Lourenço Marques, então colônia de Portugal na África.
Mas essa história começou com Seu Leite pouco mais que um menino, quando foi contratado como office boy
no banco Pinto de Magalhães, em sua cidade. Anos depois, já na função de caixa, um fato curioso: de seus
23 colegas de sala de aula, apenas ele não tinha deixado Portugal em busca de uma vida além-mar. Por
conta disso, como estava no banco, recebia os familiares de todos esses amigos, que lá iam para movimentar
os valores enviados por eles das mais variadas partes do mundo. Isso bastou para despertar-lhe a ambição e
o desejo de também imigrar em busca de uma vida melhor.
A sementinha da mudança estava plantada. Bastava agora germinar. Mas para onde ir? A primeira
possibilidade era a França - até hoje, o país, ao lado da Suíça, compõe o maior pólo de imigração portuguesa
dentro do continente europeu -, que foi descartada rapidamente. No fundo, Seu Leite sonhava com a capital
moçambicana, mas o eldorado mesmo era o Brasil, de quem sempre ouvia muito falar graças a tios e amigos
que por aqui moravam, além de um país cantado nos versos da sua conterrânea Carmem Miranda - mais uma
portuguesa bem-sucedida no eldorado chamado Brasil.
Até que finalmente sua vez chegou. Mas não antes sem um rebate falso. Certo dia, um superior contou a Seu
Leite que o banco preparava a abertura de sua primeira filial no Rio de Janeiro e lhe perguntou se não queria
aproveitar a oportunidade para finalmente imigrar. Imediatamente, ele foi conversar com o dono do banco.
Tudo parecia certo até o dia em que lhe telefonaram dizendo que o plano de enviá-lo tinha sido abortado por
conta de uma entidade beneficente de crianças e jovens que o banco apoiava e, por causa desse trabalho
social, esses jovens é que seriam enviados para o Brasil em seu lugar.
Seu Leite confessa que dessa vez tinha perdido as esperanças, apesar de ser o primeiro na lista do banco
interessado em trabalhar além-mar. Dois meses mais tarde, o telefone tocou. Era a direção comunicando que
preparasse toda sua documentação, fizesse as malas e se despedisse da família porque em três dias
embarcaria para o Brasil. A previsão inicial é que fosse trabalhar em São Paulo, mas antes passaria um breve
período na filial carioca, mais especificamente, na agência da Rua do Ouvidor, centro da cidade.
Sua forma de lidar com os clientes, preocupado em estabelecer vínculos e construir relacionamentos, foi o
motivo para que nunca mais saísse do Rio. Esse tal breve período significou o resto de sua permanência no
banco (dez anos) e que, no total, somou 28 anos, saindo de lá como diretor.
Mas quase 30 anos depois, tudo era diferente. O banco perdeu muito de sua personalidade ao ser comprado
por outro grupo e adotou novos métodos de trabalho. Pontos como o estabelecimento de metas, a
implantação da informática, entre outros, começaram a falar mais alto em detrimento do relacionamento com
os clientes, que deixou de ter tanta importância com toda essa modernidade. Seu Leite conta que é do tempo
em que o cliente também era amigo e sempre tinha um tempinho para dar-lhe atenção e que disso não abria
mão.
Bom para o ramo óptico. Seu Leite despede-se do universo bancário e, em 1973, adquire 50% das ações da
Pupila, então uma importadora de armações de receituário e óculos solares situada em um pequeno escritório
na Avenida Presidente Vargas, no centro. Com sua experiência bancária, conseguiu capitalizar rapidamente a
empresa e foi fazendo o negócio crescer - “sempre de forma equilibrada”, lembra.
Poucos anos depois, seu sócio se desliga e a Pupila passa a ser integralmente sua. E ele se comprometeu
que levaria os negócios para frente, tendo o crescimento como meta, mas sempre dando o passo de acordo
com a perna. Isso significava oferecer produtos de qualidade, usar o trunfo do relacionamento que tinha dado
tão certo em sua carreira anterior, entre outras coisas.
E seus dois filhos, já crescidos, entraram no negócio. O primeiro foi Antonio Carlos, que acompanha o pai em
todos os eventos e cuida das vendas em nível interno, enquanto Seu Leite, sempre que pode, continua
viajando para estar junto de seus clientes, para manter a chama do relacionamento aceso e entender de que
forma pode atender melhor o mercado de acordo com as possibilidades da empresa. A filha mais nova, Ana
Lúcia, até hoje está na casa e gerencia o financeiro.
Apesar de alguns ajustes necessários no começo dos anos 2000 por conta da alta do dólar em um momento
que todo o mercado trabalhava forte com produtos importados de maior valor, a Pupila saiu ilesa e, nos
últimos anos, deu gás total à sua linha própria de armações de receituário, a Lievissimo, criada no decorrer da
década de 90 e que, nos últimos anos, foi o principal pulmão da empresa, graças à bem resolvida equação
qualidade, design básico e valor médio. E, sem dúvida, às boas pitadas de relacionamento e de fazer tudo da
melhor forma possível como “reza” Seu Leite pela cartilha dos versos de Fernando Pessoa.
Isso não ocorre mais. O linguajar mudou e as pessoas só pensam em vender - concordo, é a sobrevivência
dele, mas também é preciso ter a técnica. Muitas vezes, a pessoa da óptica não tem coragem de dizer a
verdade quando atende. Se o cliente quer levar aqueles óculos que ficaram enormes no seu rosto, ela não vai
falar nada, não sugere que leve um pouco menor. Resolveu ter uma óptica, mas não é capaz de prestar
consultoria para que o consumidor escolha o melhor produto.
Outro ponto importante: antigamente, o dono da óptica não saía da loja. Isso quase não existe mais; quebrou–
se o elo de carinho que existia. Todo mundo tem seu direito de sobrevivência e de ter sua chance como
empresário. Mas, infelizmente, a óptica está sendo utilizada apenas como um escape para ganhar dinheiro.
Como foi a evolução do setor óptico nessas suas mais de três décadas de mercado?
Como qualquer outro setor, não pôde deixar de caminhar para frente. Hoje, tem-se só a concorrência do
oportunismo, não há mais guerra pela qualidade ou o valor. As forças estão um pouco em desequilíbrio.
Os fornecedores de porte médio praticamente acabaram. Agora, são pobres ou ricos. O que é uma pena,
porque as empresas médias eram as que traziam as novidades; eram criativas, diferentes e todos os anos
corriam feitos loucas para apresentar uma coisa bonita... Acabou tudo, porque deixaram de ter a opção de
compra, o preço é alto e isso dificultou a situação.
Agora é tudo a mesma coisa, só muda a mercadoria. Antigamente sabia-se facilmente quem era a
concorrência, hoje não mais. Aparecem empresas de todos os lados e raramente algum trabalho tem
seqüência. Fica muito difícil enxergar o mercado com a situação desse jeito.
Com isso, o mercado fica cada vez mais complicado. Porque, visualmente, é tudo igual, mas a qualidade é
incomparável. O mercado não está conseguindo sobreviver. Há 20 anos, havia muitas empresas e, hoje, só
há as multinacionais engolindo o mercado. Dos fornecedores que trabalhavam para a Pupila, por exemplo, a
maioria sumiu do mercado, principalmente os pequenos. As grandes empresas é que ditam a moda; o que
elas falam e comercializam é o que os outros compram.
E apesar da dificuldade das empresas de médio porte, qual o segredo de a Pupila ter se mantido sólida
ao longo do tempo?
O mais importante é querer. É ter vontade! E as outras partes são a transparência e a seriedade, o resto é
conseqüência. Eu tenho um sonho sempre, não penso em ser grande, mas que o meu produto seja bem
lembrado entre os clientes, que liguem e falem que gostaram do produto e queiram repô-lo. Essa é a
satisfação maior. A honestidade e a vontade de procurar fazer bem-feito. Já que é para fazer, que seja bem-
feito. Esse é basicamente o princípio da Pupila, o que sempre transmito para os meus filhos e os parceiros na
empresa.
Mas com essa crise mundial, todo mundo se encolheu muito. O desejo aumentou, mas a possibilidade de
consumo diminuiu. A pessoa busca a mesma coisa que viu na vitrine, mas que não pode pagar, então apela
para algo similar e mais barato que vai satisfazê-la naquele momento.
E isso diminuiu a criatividade das pessoas e das empresas. Não adianta criar porque não tem quem queira
consumir. O consumo que está travando o progresso. Claro que há aquela meia dúzia que continua
comprando. Os produtos melhoraram, há ainda mais qualidade, mas não se tem o poder de atingir todos.
E cada cliente é especial, o lojista tem de saber tratar cada um deles, porque esse mesmo cliente entra em
duas ou mais ópticas e vai ser tratado de formas diferentes. Quem oferecer o melhor tratamento, vai ganhar o
cliente.