Técnicas de Tiro de PrecisãoPistola
Técnicas de Tiro de PrecisãoPistola
Técnicas de Tiro de PrecisãoPistola
O Processo do Disparo
Estrutura de um treino
Não sou dos que pontificam. Devo fazer constar que a maioria do que comento provem da
leitura de muitos livros dos quais fui anotando ou recordando as origens de determinados
erros que ao cometer-se poderiam produzir tiros defeituosos. Quero dizer, que aqui falam
grandes treinadores internacionais, alguns dos nossos grandes atiradores e por que não,
aportações da minha própria experiência. Do que tenho pena é ter apontado as faltas e
não os seus autores. Bom, estão na biblioteca...
Parto da base de que se procura o "erro humano" assim que se supõe que a arma está
em perfeitas condições, o punho bem ajustado a mão do atirador ( com pequenas
excepções ) e a munição é a munição é a mais adequada. Não vou repetir, como é tão
frequente, os desenhitos da alça com o ponto de mira desviado para um dos lados e
assinalando o lugar do erro produzido no alvo. Estas notas estão escritas para atiradores
de nível médio, incluindo principiantes, que muitas vezes repetem, sem se aperceberem, o
mesmo erro e acabam por ganhar um forte hábito sem se aperceberem, o que é muito
difícil de corrigir.
Chamo-lhes "erros" porque, além de seu o seu nome gramatical, não são alterações para
melhorar pontuações; aí não haveria erro, seria uma alteração de técnica por outra mais
apropriada ao atirador e esta é a função dos treinadores, que, naturalmente a
complementa eliminando erros. Não há que esquecer que no Tiro existe uma limite de
resultados preestabelecida, o que leva o atirador a contar os "pontos perdidos" porque
sabem que têm um máximo a atingir, geralmente de 600 pontos. E os grandes atiradores
de disciplinas em que as pontuações estão muito altas, por exemplo à volta do 590, ainda
que muitos o tentem evitar, é-lhes impossível não memorizar ao longo da prova os "pontos
que estão perdidos" sem necessidade de os apontar. Nas modalidades nas quais as
pontuações são mais baixas, por exemplo em Pistola Livre, destroçam a mente contando
os dezes e os oitos para saber a todo o momento quantos pontos lhes sobram para fazer
uma média de nove. Isto vai perdendo actualidade com as instalações electrónicas, ainda
que sejam recentes.
Recordo que, há bastantes anos, um várias vezes campeão mundial e olímpico, o norte-
americano Wigger, quando em carabina deitado não eram tão frequentes os 600 / 600,
mas se iam fazendo, como primeiro tiro sacou um 9 e teve que fazer toda a prova com tal
jugo em cima, porque outro 9 eliminava-o de conseguir uma boa classificação como ele
estava acostumado. Como excepcional atirador e após desempate, ganhou a medalha de
ouro com 599. Isto diferencia-nos de outros desportos de marca aberta, por exemplo, em
atletismo dizia-se que a capacidade humana não permitia baixar dos 10 segundos nos
100 metros e actualmente não entra na final ninguém que não esteja abaixo desta marca.
Quero dizer, que em quase todos os desportos aspira-se a ganhar e no Tiro é mais bem a
não perder.
Há tiros isolados e escassos, não significativos, que são os chamados "foguetes". Dizem
que devemo-nos preocupar quando se repetem três tiros maus, com a mesma tendência,
e que não se detecta antes de espreitar no óculo, o local do impacto. Normalmente, se o
atirador o detectou, sabe qual foi o seu erro. O grande problema está quando "pensava
que era bom e não o é" .
O erros designam-se por simples e compostos. Os primeiros tem uma dimensão concreta
e os segundos nenhuma. Como hipótese, podemos dizer que é um 7 na vertical mas
enganámo-nos na altura unicamente e o mesmo é na horizontal, mas é só uma suposição.
Se a aceitamos, pode-se dizer que são corrigíveis com a alça se seguidos, ou quase,
repetimos a mesma tendência. Mas um só tiro o dois espaçados podem produzir a
seguinte situação: a altura é correcta, o 7 devia ser à direita porque a alça não estava no
seu sitio, por outro lado, estávamos colocados numa posição errada que produziria um 7 à
esquerda. Resultado, por compensação de erros fazemos um 10 e ficamos muito
satisfeitos porque apesar de termos cometido um erro composto e deixado os erros que
nos complicariam muito os próximos tiros sem corrigir, fizemos um 10 não significativo.
Por isso, em tiros de ensaio ( mais bem de aquecimento ) é insuficiente conformar-se com
um par de tiros bons para pedir alvo de prova.
A localização dos erros simples é relativamente simples. Se com uma arma observámos
que os tiros estão altos e tratámos de o corrigir com alguns clicks e eles continuam a sair
altos, o melhor seria experimentar com outra pistola própria ( não a de um amigo ) a
mesma distância. Se os tiros não saem altos, o erro está na pistola, se continuarem com
uma tendência alta a culpa é do atirador que está a cometer um erro pessoal. Estes erros
devem ser erradicados rapidamente para que não fiquem connosco se insistirmos com
muitos treinos.
Os erros mais frequentes do atirador, sem ser exaustivo e por uma ordem aleatória são:
1 – Não confundir a postura com a posição. A postura adopta-a o atirador, a mais cómoda
dentro dos estilos conhecidos. Não se deve adoptar uma postura só porque se leu num
livro, o diga um amigo, ou um campeão a use. Dentro do "usual" deve-se experimentar a
que se adapta melhor a cada um e então mantê-la sem aceitar sentenças imperativas de
pedagogos curiosos. Assim, não se deve esquecer que não se utiliza a mesma postura
em todas as disciplinas. Como se diz, em Pistola Livre "apoiamo-nos sobre os rins" devido
às características da arma, da distância a que se dispara e do tempo que se leva a
efectuar um disparo. Em Pistola de Velocidade "carrega-se com o peso do corpo" sobre a
perna dianteira, mais adequado porque em cada série disparam-se cinco tiros em
posturas diferentes sem possibilidades práticas de correcção entre elas.
3 – A posição de pés é fundamental. Sobre tudo deve-se fugir de uma antiga teoria que
consiste que uma vez adoptada uma posição ao começar a prova, devia marcar-se com
giz no chão a colocação dos pés, para que no caso de se mexer ou sentar-se para
descansar, voltasse a situar-se no mesmo sítio. Esta ideia publicou-se num folheto há
quase 50 anos e que não se leu em nenhum livro estrangeiro, teve sucesso em Espanha
e ainda se vêem nas nossas carreiras alguns desenhos de pés marcados no chão, o que
indica que algum treinadorzito de escasso nível ficou ancorado em quase meio século e
continua ensinando o mesmo.
Não se deve esquecer que no processo de disparo não se deve incluir nenhum elemento
de rigidez nem quanto à postura, nem quanto aos movimentos e essas marcas de pés
forçam a situar-se exactamente da mesma maneira durante toda a prova. E isto não
funciona assim. Quando se começa uma prova ( ou um treino ), ainda que se tenha feito
aquecimento prévio, o que muitas vezes atiradores de nível médio não fazem, os
músculos não têm o mesmo comportamento após duas horas, por exemplo, em Pistola
Livre, disparando tiro a tiro em tensão. A fadiga natural faz que, sem se aperceber, a
postura mude alguma coisa e o próprio relaxamento colabore com isso, o que costuma
produzir uma maior separação dos pés. A rigidez torna-se incómoda e reflecte-se na
qualidade do tiro.
4 – Deve-se prestar especial atenção aos músculos ventrais, porque da sua falta de
controlo produz-se um balancear que é causa de grandes de erros de altura. Vemos
claramente as miras, estamos em boa postura e posição e mantemos o braço em posição
em posição correcta, o reflexo condicionado, ou melhor semi-condicionado, leva-nos a
premir o gatilho precisamente no momento em que se produz um pequeno vaivém à altura
da cintura e o tiro sai por cima da linha de pontaria prevista. É curioso que quando
pensamos que saiu alto, é costume sair baixo e vice-versa. Isto acontece porque dentro
do balancear dá-nos a impressão de ter saído alto, mas na pequena fracção de segundo
de apertar o gatilho, quando ainda não saiu a bala do cano, já está a baixar a pontaria
prevista e vice-versa.
5 – Outro dos factores está na pressão exercida pela mão no punho antes e durante o
disparo. Se ao principio da competição apertámos a pistola, geralmente com demasiada
força e produz-se crispação ( frequentes maus tiros ao primeiro quadrante ); durante a
competição, se não se descansa, perde-se a concentração ( demasiados tiros seguidos )
e é costume afrouxar a pressão da mão com resultados catastróficos e por outras vezes,
por falta de atenção, sem nos apercebermos empunhámos de forma correcta e no
momento do disparo, sem dar-nos conta, afrouxamos e com isso perdemos a "parada"
que tínhamos conseguida. São esses tiros que prognosticámos como bons que ao
espreitar no óculo, levamos uma desagradável surpresa.
O Processo do Disparo
Para o Tiro de Precisão com: Pistola Sport, Standard,
Pistola de Ar Comprimido (PAC) e Pistola Livre (PL)
Introdução
O dito processo de disparo será descrito detalhadamente neste artigo com o fim motivar e
ajudar os atiradores desportivos que estejam sinceramente empenhados, assim como aos
seus treinadores.
Nas disciplinas de Pistola, o atirador deve aprender a manobrar vários pesos de gatilho, o
que requer especial atenção durante a aprendizagem dos passos práticos individuais.
O desenho dos vários modelos de gatilho tem aqui uma importância particular. Pode-se
obter literatura especializada nos fabricantes de armas desportivas, para familiarizar os
atiradores com os detalhes destas.
O Processo de Disparo
O processo de disparo é numa primeira fase descrito neste artigo, começando com a fase
de aprendizagem e progredindo através das fases de observação teóricas e praticas
respectivas. Desta maneira, o atirador aprenderá a reconhecer o significado de apertar o
gatilho no desporto de Tiro Olímpico com Pistola.
Pode-se dizer que o processo de apertar o gatilho é um elemento que vem coroar um bom
disparo. Requer uma grande quantidade de paciência e atenção por parte do atirador de
Pistola para se familiarizar com os problemas de apertar o gatilho e aprender a cada
passo da prática que consiste o processo de disparo. Por isso é necessário o seu tempo
para aprender este importante processo.
Enquanto o atirador faz um movimento brusco ao levantar o braço com uma arma
desportiva, no entanto, para apertar o gatilho necessita executar em movimento "fino" com
o dedo do gatilho e isso requer um agudo sentido do tacto.
Este movimento tão "fino" do dedo do gatilho faz que surjam sensações – especialmente
pressão e temperatura – através dos receptores sensoriais da pele, que permitem ao
atirador reconhecer as mudanças essenciais e ao mesmo tempo mínimos que são
necessárias efectuar no gatilho.
O atirador deve completar vários requerimentos antes de que possa activar o gatilho
correctamente. Primeiro, deve treinar o dedo do gatilho e desenvolver uma sensibilidade
muscular para ele.
Os dedos médios, anular, e mínimo juntam-se para agarrar. O polegar gira ligeiramente
para cima e o dedo indicador move-se para trás e para a frente. O campo de movimentos
de ambas as falanges digitais ( segmentos finais ) do dedo indicador é de 10 mm.
Enquanto mexe o dedo do gatilho, o atirador observa os restantes três dedos flexionados
e o polegar, os quais devem permanecer absolutamente imóveis.
Se fosse possível, a primeira articulação do dedo do gatilho não se deveria mexer. Ambas
falanges deveriam mover-se lentamente mas de forma constante e não brusca, a um ritmo
de 2 a 3 segundos. A duração do treino, na fase de aprendizagem, não deverá exceder de
4 a 5 minutos por dia.
Não se deverá passar para a segunda fase sem ter assimilado a primeira.
A pressão contra o dedo do gatilho deverá aumentar lenta mas constantemente e não de
"sacão", a um ritmo de 6 a 8 segundos. A duração deste exercício não deverá exceder 4 a
5 minutos por dia.
Uma vez que o atirador tenha adquirido sensibilidade no músculo do dedo do gatilho,
então poderá começar a familiarizar-se com os gatilhos especiais das pistolas desportivas.
Aprenderá a reconhecer a sensibilidade, incluindo a mais mínima alteração e entenderá
melhor o propósito de exercitar o músculo.
Na fase de aprendizagem, o atirador deve ser muito cuidadoso em não puxar o gatilho
nem muito rápido nem muito lentamente. Normalmente, para disparar uma Pistola
Standard ou uma PAC activa-se o gatilho com a falangeta do dedo indicador,
paralelamente ao eixo do cano, apertando-o em direcção ao pulso.
Uma ajuda é, em treino, disparar para alvos em branco ( de costas ), ou seja, soltar o
gatilho sem nenhuma superfície como referência para apontar. Nesta fase de
aprendizagem o atirador familiariza-se com o gatilho. Não tem referência frontal e deve
portanto focar a vista no ponto de mira.
Para adquirir sensibilidade para o tempo e pressão necessários para apertar o gatilho, o
atirador deve praticar dois pontos de maneira simultânea: aguentar o disparo e apertar o
gatilho. Durante o processo de disparo, a mira frontal não deve desalinhar da ranhura da
alça. O atirador deve ver sempre a mira frontal nitidamente. Já não existe nenhuma
referencia para apontar, não se pode disparar com nenhum padrão para um alvo de
costas. Portanto, o atirador deve concentrar-se no gatilho e observar o comportamento da
mira frontal muito bem focada.
A mudança de um alvo de costas para um alvo normal não deveria causar problemas
após se terem dominado os passos anteriores. O atirador – e isto é muito importante –
deve ter uma noção exacta do seu desempenho, com referência nos pontos anteriores.
Deve-se assinalar aqui, novamente, que a combinação dos ditos factores requer uma
grande quantidade de treino, antes que tudo funcione optimamente.
Não é suficiente activar correctamente o gatilho da arma desportiva. O atirador deve poder
activá-lo enquanto mantém imóvel a arma e aponta com precisão na posição de manter a
respiração. Deve ter muito cuidado com esta coordenação na fase de aprendizagem.
"Baixar a arma" é também uma necessidade absoluta, especialmente se se excedeu o
tempo de "parada" e de "apertar o gatilho".
O atirador começa por aplicar pressão no gatilho depois de ter levantado o braço até ao
nível onde deve supostamente manter-se e depois de ter a imagem nítida da mira da
frente.
Para activar o gatilho correctamente para obter um bom disparo, deve-se praticar
aumentando a pressão sobre o mesmo de maneira firme e suave. Ao fazê-lo, deveria
tratar de encontrar as "manhas" do gatilho na fase de aprendizagem e adaptá-las aos
tempos máximos de se manter imóvel.
Alguns atiradores activam o gatilho demasiado tarde – na fase inicial ou mais tarde – ao
manter a arma para além do tempo que esta se encontra firme ou diminuem a pressão no
gatilho enquanto seguram na arma, unicamente para voltar a aumentá-la depois. Isto não
se deve fazer. Nesses casos o atirador deve aplicar a técnica de baixar a arma.
Anos mais tarde, quando o atirador finalmente tenha reduzido a fase de se manter imóvel
de 6 a 4 segundos, o atirador deve começar a aplicar pressão no gatilho enquanto vai
subindo a arma para evitar reduzir ao máximo o tempo necessário para disparar.
O atirador deve desenvolver primeiro um fino sentido do tacto com o dedo do gatilho, para
adquirir sensibilidade para todos os detalhes. Ao fazer isto, familiariza-se com as boas e
más características do seu mecanismo.
O gatilho mais favorável é o tem uma pequena distância a vencer – a folga – até chegar a
um primeiro toque. Uma vez alcançado, somente uma muito pequena distância deverá ser
vencida com a pressão adequada – sem nenhuma alteração perceptível – até que sai o
disparo.
O processo que implica a activação do gatilho directo de um Pistola Livre é algo diferente.
Neste caso recomenda-se um gatilho assim que não tenha um toque perceptível até à
saída do disparo, quero dizer, um gatilho sem folga, somente com um toque mínimo e
quase imperceptível. A lingueta do gatilho não deve ser tocada pelo dedo até que comece
a fase de se manter imóvel, uns 5 segundos depois. Este contacto, no entanto, não quer
dizer que o dedo do gatilho esteja quieto, pelo contrário, flexiona-se ao sentir contacto
com a lingueta até sair o tiro. Este processo não deve durar mais de um segundo. O
gatilho directo, no entanto, deve ser activado dentro de uma zona mínima de flutuação,
durante a fase de se manter imóvel. Todo o processo de activar o gatilho depende de
sensações dos receptores sensoriais da pele que o atirador deve aprender a reconhecer e
dominar.
Como tal, é absolutamente necessário praticar com o gatilho diariamente e integrar esta
pratica no programa de treino em geral para se familiarizar bem com as suas
características. Isto é de particular importância para os praticantes de todas as disciplinas
de pistola mencionadas. Através de treinos intensivos, o dedo do gatilho acostuma-se aos
pesos e desenvolve uma sensibilidade apropriada para eles. Se o atirador for persistente
e consequente em praticar todas as fases deste processo, ser-lhe-á mais fácil depois
adaptar-se a novos gatilhos de armas desportivas.
Esta mudança permite ao atirador aplicar uma pressão especifica, uniforme ao gatilho de
todas as armas desportivas mencionadas.
Pode-se conseguir uma pressão uniforme na superfície para três pesos de gatilho, se se
mudar a largura e superfície de contacto. Claro está, a superfície de contacto depende,
em grande parte, da condição do dedo do gatilho. Se se oferece ao atirador uma pressão
de superfície constante, mudando a largura da lingueta, para assim se poder adquirir uma
maior sensibilidade para o gatilho, pode-se encurtar o tempo necessário para desenvolver
o sentido do tacto.
Não obstante, deveria considerar-se seriamente que a lingueta não seja nem muito larga
nem muito fina. A percepção sensitiva das arestas torna o atirador consciente para o
processo do gatilho e acontece principalmente enquanto este se activa. Portanto devem-
se eliminar quaisquer outras arestas que apareçam para o dedo do gatilho.
Observações Finais
O êxito alcança-se por etapas ou passos individuais, os quais devem ser praticados e
então dominados na totalidade.
O atirador encontrará unicamente o animo que necessita para ganhar uma competição
através do êxito. Sem este, o longo caminho torna-se cansativo e conduz a uma falta de
independência. A compostura e concentração não se podem ver forçados. O seu
interesse pessoal no desporto, no entanto, pode ser uma grande ajuda para o conseguir.
A habilidade requerida para efectuar um bom disparo podem ser adquiridas unicamente
através do treino e refinadas e reforçadas com cada passo novo de pratica.
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Há várias causas que o podem justificar. Neste artigo mencionarei só uma, mas
fundamental, deste fracasso. Consiste na sua falta de capacidade de preparar as
competições.
a. Limpeza minuciosa das pistolas. 1 a 3 treinos antes das provas e ajuste dos
parafusos mais importantes ( do punho, dos contrapesos, dos dispositivos de mira
)
b. A roupa desportiva em contacto directo com o corpo deve ser de fibras naturais. O
desportista, conforme a estação do ano, deve dispor de roupa adequada para
cada alteração das condições meteorológicas e temperatura.
5 – Fase de tiro
Permite, já no posto de tiro, no momento de apontar e antes do tiro, assim como durante
os tiros de ensaio, aperfeiçoar a coordenação da fase de tiro, da sensação ( cinética )
interior e de disposição à luta.
Espero que o conteúdo deste artigo permita a muitos atiradores elaborar o seu próprio
método de preparação para as competições, tendo em conta que, pela sua importância
dos assuntos mencionados e o formato reduzido do texto, alguns deles tenham sido
tratados superficialmente
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Estrutura de um treino
Por: Cesar Staniszewki
Seleccionador Espanhol
Em Espanha o Tiro com pistola é bastante popular. A melhor prova é que as competições
nacionais apresentam-se com centenas de atiradores. É muito esperançador ver tantos
entusiastas em pistola, mas muitos de eles, com talento evidente, não estão treinados
para as competições desta magnitude e os resultados obtidos são inferiores às suas
possibilidades.
Primeira Parte: Conceitos Gerais
Uma das causas importantes destes baixos resultados é a falta de treinadores fixos. Em
muitos clubes e federações regionais simplesmente não se emprega nenhum treinador.
Nesta situação, o atirador não tem possibilidade de receber ajuda e conselho do mister,
um professor / treinador.
Algumas publicações acessíveis, e entre elas dois livros, tratam este tema de maneira
superficial e incompleta. Para suprir este déficit de conhecimentos teóricos e práticos,
preparei uma série de artigos que abarcam o processo de treino completo, mas de forma
resumida. Desta maneira, poder-se-á entender como é um treino eficaz. Estes artigos
tratarão os seguintes temas:
Cada unidade de treino, também no tiro, deve compor-se de três partes importantes:
Por exemplo:
a. Organização ( 3-5’ )
O treino, exige segui-lo com exactidão e realizar com toda a precisão as três partes do
treino.
2 – Classes de treino
a. Treino preparatório
b. Treino principal
c. Treino regenerativo
O treino preparatório tem como fim a preparação do atirador para o esforço adicional
( supercompensação preliminar
O treino regenerativo tem como fim assegurar ao organismo a volta às condições óptimas
de funcionamento e saúde. Por isso não se pode aplicar continuamente.
Desde o ponto de vista dos meios empregues ( exercícios ) dividimos os treinos em:
a. Treino técnico
b. Treino táctico
c. Treino psíquico
d. Treino físico
e. Treino teórico
O treino técnico tem como fim para o atirador, a aquisição de uma técnica óptima e eficaz
de tiro na disciplina escolhida ( pistola ).
O treino táctico consiste no domínio da habilidade de cada um, e dos métodos de tiro
eficazes em qualquer local de treino ( carreira de tiro ), independentemente das condições
meteorológicas, problemas de organização, e outros imprevistos.
O treino físico deve assegurar uma boa condição física para cada atirador.