LINGUAGENS, CÓDIGOS

E SUAS TECNOLOGIAS
FRENTE: PORTUGUÊS I
EAD – MEDICINA
PROFESSOR(A): ÂNGELO SAMPAIO

AULA 17

ASSUNTO: O TEXTO TEATRAL

D) Por tratar de um tema tecnológico, a peça não conta

com personagens femininas, já que as mulheres estavam
Resumo Teórico desinteressadas do universo produtivo no século XIX.
E) A ação se passa num momento em que o tráfico de escravos já
não era permitido, mas ainda assim sua venda ilegal é praticada
e discutida na peça.
TEXTO TEATRAL
02. (Enem/2016)
TEXTO PRINCIPAL: enunciado para os espectadores;
PINHÃO sai ao mesmo tempo que BENONA entra.
TEXTO SECUNDÁRIO: Destina-se aos profissionais que vão encenar
BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer falar com você.
a peça – ator, diretor, iluminador, cenógrafo, figurinista, sonoplasta
EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas
ou maquiador.
não quero falar com ele.
• ESTRUTURA DIALÓGICA
BENONA: Mas Eurico, nós lhe devemos certas atenções.
• RUBRICAS (didascálias) – Necessidade ou possibilidade?
EURICÃO: Você, que foi noiva dele. Eu, não!
• O texto principal apresenta três tipos de falas, que podem ser em
BENONA: Isso são coisas passadas.
prosa ou poesia:
EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu. Esperava
• monólogo – em que uma personagem fala consigo mesma, expondo
que Eudoro, com todo aquele dinheiro, se tornasse meu cunhado.
os seus pensamentos e sentimentos.
Era uma boca a menos e um patrimônio a mais. E o peste me
• diálogo – são as falas de duas ou mais personagens que conversam,
traiu. Agora, parece que ouviu dizer que eu tenho um tesouro.
discutem etc.
E vem louco atrás dele, sedento, atacado de verdadeira hidrofobia.
• apartes – são os comentários de uma personagem que não são
Vive farejando ouro, como um cachorro da molest’a, como um
ouvidos pelos seus interlocutores. É comum que o aparte seja
urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele está enganado. Santo
dito para o público, a quem o personagem confidencia seus
Antônio há de proteger minha pobreza e minha devoção.
pensamentos.
SUASSUNA, A. O santo e a porca.
– O texto secundário apresenta: Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (Fragmento).
• A listagem inicial das personagens;
• Os nome das personagens no início de cada fala; Nesse texto teatral, o emprego das expressões “o peste” e
• As informações sobre a estrutura da peça (divisão em atos, cenas “cachorro da molest’a” contribui para
ou quadros); A) marcar a classe social das personagens.
• As indicações sobre o cenário e o vestuário das personagens; B) caracterizar usos linguísticos de uma região.
• As orientações sobre movimentos, gestos e entoação de voz das C) enfatizar a relação familiar entre as personagens.
personagens. D) sinalizar a influência do gênero nas escolhas vocabulares.
E) demonstrar o tom autoritário da fala de uma das personagens.

Exercícios 03. (Enem/2014)

FABIANA, arrepelando-se de raiva — Hum! Ora, eis aí está para

que se casou meu filho, e trouxe a mulher para minha casa. É isto
01. (UFPR/2017) A respeito da obra teatral “Os dois ou o inglês constantemente. Não sabe o senhor meu filho que quem casa
maquinista”, de Martins Pena, é correto afirmar: quer casa... Já não posso, não posso, não posso! (Batendo com
A) Por ser um texto teatral, do qual a figura do narrador é ausente, o pé). Um dia arrebento, e então veremos!
não há espaço na sua estrutura formal para descrição de
ambientes ou de personagens. PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopubiico.gov.br.
Acesso em: 7 dez. 2012.
B) As ações das personagens são mostradas ou relatadas na
peça, mas seus pensamentos não, de modo que o leitor ou o
As rubricas em itálico, como as trazidas no trecho de Martins Pena,
espectador ignora quais terão sido suas emoções e reflexões.
em uma atuação teatral, constituem
C) As inovações técnicas apresentadas pelo inglês são bem
A) necessidade, porque as encenações precisam ser fiéis às
recebidas pelos personagens brasileiros, que não emitem sinais
diretrizes do autor.
de desconfiança, por admiração ao estrangeiro.

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B) possibilidade, porque o texto pode ser mudado, assim como Com base na leitura do trecho anterior e da peça “O pagador de
outros elementos. promessas” e considerando o contexto do Modernismo brasileiro,
C) preciosismo, porque são irrelevantes para o texto ou para a assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
encenação. 01) A peça de Dias Gomes prioriza o aprofundamento psicológico
D) exigência, porque elas determinam as características do texto de seus personagens, deixando de lado o enfoque crítico de
teatral. questões socioculturais que é típico do Modernismo.
E) imposição, porque elas anulam a autonomia do diretor. 02) O contraste entre o urbano e o rural é simbolicamente
desfeito, na peça, quando o protagonista Zé-do-Burro
04. (UFRGS/2004) Assinale a alternativa incorreta sobre o “Auto da decide-se por viver um pouco na cidade e um pouco na
Compadecida”, de Ariano Suassuna. roça, caracterizando-se, assim, uma espécie de contínuo
A) João Grilo é a personagem principal que, por ser mais instruída geográfico.
e por não acreditar em religião, sobressai entre as demais. 04) O protagonista é aclamado pela multidão quando, vencendo
B) A obra baseia-se em romances e histórias populares do o autoritarismo do Padre Olavo e do Monsenhor Otaviano,
Nordeste, dando expressão tanto à tradição cristã quanto às consegue cumprir sua promessa e humildemente deposita
crenças mais ingênuas do povo. uma cruz no altar da igreja.
C) Após a morte das personagens, a figura de Nossa Senhora 08) A peça, além de apresentar diversas marcas de regionalismo,
intervém junto ao seu Filho e pede compaixão pelos pecados aborda questões universais, como o multiculturalismo,
cometidos. a intolerância da Igreja, a opressão do homem, a falta de
D) É um texto teatral de 1955, cuja temática central é a escrúpulo da imprensa.
religiosidade brasileira, que serve de inspiração a uma história 16) O pagador de promessas revela a tragédia de um homem
plena de peripécias. cuja ingenuidade não lhe permite compreender as relações
E) Além da Compadecida e de outras entidades sobrenaturais, de poder do mundo em que vive.
o texto põe em cena personagens da terra, como o padre, 32) A peça “O pagador de promessas” elabora uma crítica social
o bispo e Chicó. ampla, bastante avançada para a época; entretanto, segundo
os padrões atuais, seria considerada retrógrada, porque se
• Texto para as próximas 2 questões. opõe ao sincretismo religioso e desvaloriza a cultura popular.
64) O texto retrata a luta de classes que permeia os três atos da
A(s) questão(ões) a seguir refere(m)-se à comédia “O judas em peça “O pagador de promessas”, a qual culmina com a vitória
sábado de aleluia”, de Martins Pena, dramaturgo que enriqueceu o dos lavradores nordestinos que conseguiram, de Zé-do-Burro,
universo do Romantismo brasileiro com uma forma simples de construir um pedaço de terra.
o texto teatral, produzindo efeitos de humor. Para tanto, registrou
08. (UFRGS/2012) Assinale a alternativa correta sobre a peça
características e costumes da sociedade da época do Império, os quais
“O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes.
se conservam ainda atuais.
A) A cordialidade do povo brasileiro acaba por torná-lo forte,
capaz de vencer a repressão das instituições, como simboliza
05. (UFRN/2001) Acerca de “O judas em sábado de aleluia”, pode-se
a roda de capoeira no final da peça.
afirmar que
B) Diante dos fatos que ocorreram na frente da igreja, Zé-do-
A) o enredo se passa em um mundo de sonhos e rebeldia.
-Burro decide voltar ao terreiro para negociar com Iansã a cura
B) a peça rompe com as três regras do teatro clássico.
de Nicolau.
C) o autor critica a hipocrisia dos valores burgueses.
C) No folheto “ABC do Zé-do-Burro”, a imagem do sertanejo
D) a ação dramática retrata expectativas de um mundo ideal.
como um rebelde com intenções políticas é amplamente
difundida.
06. (UFRN/2001) Essa comédia se desenvolve através de personagens D) Alegando ser superstição de gente ignorante, o doutor não
principais que se caracterizam por serem aceitou usar a pomada milagrosa para estancar a hemorragia
A) tipos nobres da elite militar do lmpério. de Nicolau.
B) figuras arrogantes da elite econômica da Monarquia. E) Zé-do-Burro, fiel à sua palavra, não aceita trocar sua promessa
C) figuras indolentes da realidade social da província. por outra, ainda que isso o impeça de entrar na igreja.
D) tipos oportunistas de uma classe social em formação.
09. (UFPR/2011) Leia o trecho abaixo de “O pagador de promessas”,
07. (UFSC/2012) Leia. de Dias Gomes, que narra o que acontece imediatamente depois
da morte de Zé do Burro:
BONITÃO (Algo interessado): Ele tem um sítio, é?
DELEGADO (para o Secreta): Vamos buscar reforço. (Sai, seguido
ROSA: Tinha, agora tem só um pedaço. Dividiu o resto com os
do Secreta e do Guarda)
lavradores pobres.
O Padre desce os degraus da igreja, em direção ao corpo de Zé
BONITÃO: Por quê?
do Burro.
ROSA: Fazia parte da promessa.
ROSA (com rancor): Não chegue perto!
BONITÃO: Que é que está esperando? Virar santo?
PADRE: Queria encomendar a alma dele...
ROSA: Não brinque. Pelo caminho tinha uma porção de gente
ROSA: Encomendar a quem? Ao Demônio?
querendo que ele fizesse milagre. E não duvide. Ele é capaz de
acabar fazendo. Se não fosse a hora, garanto que tinha uma
Considerando tanto o trecho acima quanto a totalidade da obra,
romaria aqui, atrás dele.
considere as seguintes afirmativas:
BONITÃO: Depois de cumprir a promessa, ele vai voltar pra roça?
1. O Delegado, o Secreta e o Guarda saem com a desculpa de
ROSA: Vai.
buscar reforço, mas na verdade fogem, porque percebem que
GOMES, Dias. O pagador de promessas. 44. ed. a morte de Zé do Burro foi um erro e que a justiça irá cobrar
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. p. 41-42. explicações deles.

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2. Rosa, apesar da raiva que sente de Zé do Burro no início da peça, 11. (Acafe/ 2015) Assinale a alternativa que não se refere à obra Juiz
do constrangimento público que a situação deles representa e de Paz na Roça, de Martins Pena.
de se ter entregado a Bonitão, termina sentindo que são mais A) O enredo é uma sátira da justiça na época do Segundo Império,
fortes do que antes os laços que a ligavam ao marido. denunciando a corrupção e o abuso das autoridades.
3. A reação do Padre não tem traços de caridade cristã e se dá B) O gênero textual que o autor utiliza para inventar sua história
por puro medo, já que se sente ameaçado pelo fato de todo denomina-se fábula, que, na concepção latina, é uma narrativa
o povo que se juntou na praça estar contra a proibição da de caráter mítico. Essa peça de teatro trata da avareza em tom
entrada de Zé do Burro na igreja. de humor.
4. O responsável por toda a tragédia é, no fundo, o próprio C) O momento histórico da ação é o mesmo da Revolução
Zé do Burro, vítima da ignorância e da pobreza que geram Farroupilha, acontecida no Rio Grande do Sul, em 1834: e da
o fanatismo religioso católico característico do Nordeste convocação militar que José, noivo de Aninha, vem fugindo.
brasileiro. D) A peça enquadra-se na estética romântica, no entanto inclui
traços de realismo, tanto na descrição do cotidiano rude da
Assinale a alternativa correta.
família de Manuel João, quanto no despreparo intelectual para
A) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
exercer o cargo de juiz de paz. Trata-se, em síntese, de uma
B) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
obra romântica com características do realismo.
C) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
D) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
12. (UFP/2017) A respeito da obra teatral “Os dois ou o inglês
E) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
maquinista”, de Martins Pena, é correto afirmar:
A) Por ser um texto teatral, do qual a figura do narrador é ausente,
• Texto para a próxima questão.
não há espaço na sua estrutura formal para descrição de
Leia o fragmento a seguir de O Bem-Amado, de Dias Gomes e
ambientes ou de personagens.
depois responda:
B) As ações das personagens são mostradas ou relatadas na
Uma sala da prefeitura. O ambiente é modesto. Durante a mutação, peça, mas seus pensamentos não, de modo que o leitor ou o
ouve-se um dobrado e vivas a Odorico, “viva o prefeito”, etc. Estão espectador ignora quais terão sido suas emoções e reflexões.
em cena Dorotéa, Juju, Dulcinéia, Vigário e Odorico. Este último, C) As inovações técnicas apresentadas pelo inglês são bem
à janela, discursa. recebidas pelos personagens brasileiros, que não emitem sinais
ODORICO: Povo sucupirano! Agoramente já investido no cargo de desconfiança, por admiração ao estrangeiro.
de Prefeito, aqui estou para receber a confirmação, a ratificação, D) Por tratar de um tema tecnológico, a peça não conta
a autenticação e por que não dizer a sagração do povo que me com personagens femininas, já que as mulheres estavam
elegeu. desinteressadas do universo produtivo no século XIX.
Aplausos vêm de fora. E) A ação se passa num momento em que o tráfico de escravos já
ODORICO: Eu prometi que o meu primeiro ato como prefeito seria não era permitido, mas ainda assim sua venda ilegal é praticada
ordenar a construção do cemitério. e discutida na peça.
Aplausos, aos quais se incorporam as personagens em cena.
ODORICO: (Continuando o discurso.) Botando de lado os 13. (UFRGS/2007) Assinale a alternativa que completa corretamente
entretantos e partindo pros finalmentes, é uma alegria poder o enunciado a seguir.
anunciar que prafrentemente vocês já poderão morrer descansados, A obra de Martins Pena, um dos mais autênticos e originais
tranquilos e desconstrangidos, na certeza de que vão ser sepultados escritores românticos,
aqui mesmo, nesta terra morna e cheirosa de Sucupira. E quem A) apresenta, sobretudo no drama, recursos cênicos sofisticados e
votou em mim, basta dizer isso ao padre na hora da extrema-unção, inovadores, adequados às exigências do público do século XIX.
que tem enterro e cova de graça, conforme o prometido. B) traduz-se, em alguns casos, como sátira aos costumes rurais,
Aplausos. Vivas. Foguetes. A banda volta a tocar. Odorico acena utilizando-se de tipos rústicos, oriundos do interior paulista.
para o povo sorridente, depois deixa a janela e é imediatamente C) traduz, nas comédias urbanas, toda a complexidade social e
cercado pelos presentes, que o cumprimentam. humana das elites republicanas.
DOROTÉA: Parabéns. Foi ótimo o seu discurso. D) tem como tema dominante, tanto na comédia urbana quanto
JUJU: Disse o que precisava dizer. na rural, o amor contrariado.
ODORICO: Obrigado, obrigado. E) imprime, à comédia nacional, assuntos, tipos, expressão e
O Bem-Amado, Dias Gomes caráter herdados da comédia francesa.
10. (ESPM/2005) Só não se pode afirmar sobre o fragmento
apresentado o seguinte: 14. (UFRGS/2005) Considere as seguintes afirmações sobre a obra
A) Ao se fazer intérprete da vontade popular na primeira fala, de Martins Pena.
Odorico utiliza um recurso, comum nos discursos de políticos
demagogos quando tomam posse. I. A peça “Judas em Sábado de Aleluia” distingue-se pela
B) Há uma gradação de ideias na sequência “a confirmação, apologia dos rituais religiosos;
a ratificação, a autenticação e ... a sagração”. II. Em “Juiz de Paz na Roça”, é apresentada uma visão da
C) O termo “sagração” reveste o prefeito com uma conotação sociedade fluminense da primeira metade do século XIX;
místico-religiosa. III. Os aspectos burlescos, as situações equivocadas e os disfarces
D) Visando impressionar a plateia, o discurso de Odorico são recorrentes na produção teatral desse autor.
contém uma grande quantidade de neologismos sobretudo
representados por adjuntos adverbiais de modo. Quais estão corretas?
E) O grande respaldo popular do agora prefeito Odorico provém A) Apenas I. B) Apenas II.
de sua variada e consistente plataforma política. C) Apenas III. D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

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• Texto para a próxima questão. 07. 08 + 16 = 24.

Os itens [01], [02], [04], [32] e [64] são incorretos, pois:
A(s) questão(ões) a seguir refere(m)-se à comédia “O judas em sábado [01] Dias Gomes é um dramaturgo da Literatura contemporânea
de aleluia”, de Martins Pena, dramaturgo que enriqueceu o universo e a peça “O pagador de promessas” apresenta profunda
do Romantismo brasileiro com uma forma simples de construir o crítica sociocultural;
texto teatral, produzindo efeitos de humor. Para tanto, registrou [02] não existe menção a que Zé-do-Burro tenha vivido em
características e costumes da sociedade da época do Império, os quais ambiente urbano;
se conservam ainda atuais. [04] Zé-do-Burro não consegue cumprir a promessa;
[32] Dias Gomes destaca o sincretismo religioso e valoriza a
15. (UFRN/2001) Acerca de “O judas em sábado de aleluia”, pode-se cultura popular;
afirmar que [64] não existe na peça nenhum tipo de referência à luta de
A) o enredo se passa em um mundo de sonhos e rebeldia. lavradores nordestinos pela posse de terras.
B) a peça rompe com as três regras do teatro clássico.
C) o autor critica a hipocrisia dos valores burgueses. 08. Apenas a alternativa (E) é correta, pois Zé-do-Burro manteve-se
D) a ação dramática retrata expectativas de um mundo ideal. irredutível relativamente ao cumprimento da sua promessa, que
era carregar a cruz e colocá-la dentro da igreja de Santa Bárbara.

Resoluções Resposta: E

09. O Delegado, o Secreta e o Guarda saem para buscar reforço

01. Uma das cenas da peça é uma conversa entre Felício (sobrinho de e prender Zé-do-Burro, revelando a total incapacidade das
Dona Clemência, apaixonado pela prima Mariquinha) e Negreiro autoridades que representam o Estado de lidar com questões
(negociante de escravos, também pretendente de Mariquinha) a multiculturais, transformando um caso de diferença cultural em
respeito de um traficante de escravos que chegou ao Brasil, apesar um caso policial, sem nenhum tipo de autocrítica ou sentimento
da proibição vigente. de culpa. A intolerância da Igreja Católica, personificada no
autoritarismo do Padre Olavo, não encontra naquele momento
Resposta: E nenhum tipo de contestação popular e revela apenas a intenção
de realizar um ato ritualístico sem levar em conta a contradição
02. A peça teatral O santo e a porca é da autoria de Ariano Suassuna, do gesto. A peça de Dias Gomes busca denunciar questões
escritor paraibano que sempre dedicou atenção especial ao típicas da sociedade brasileira, enfatizando o sectarismo religioso,
conhecimento das formas de expressão populares tradicionais da o preconceito e a manipulação da imprensa, entre outros, e que,
região. Assim, é correta a opção [B], pois o emprego das expressões em conjunto, são responsáveis por toda a tragédia. Assim, apenas
“o peste” e “cachorro da molest’a”, termos linguísticos típicos as afirmações apresentadas em 2 são adequadas.
da cultura nordestina, contribui para caracterizar o falar dessa
região. Resposta: A

Resposta: B 10. Odorico não possui um plano de governo elaborado: oportunista,

vê na construção do cemitério de Sucupira uma oportunidade de
03. As rubricas em itálico descrevem o estado de espírito que a aparecer, não de ajudar o povo.
personagem deve se apresentar, afinal, já estava cansada de ter de
sustentar o filho, agora casado. Entretanto, se a atriz em questão Resposta: E
resolver dar um outro sentido á fala, fica a critério do diretor ou
da intérprete, o autor dá uma flexibilidade para a encenação. 11. A obra construída como fábula e que trata da avareza de maneira
bem-humorada é o Santo e a Porca, de Ariano Suassuna, portanto,
Resposta: B não pertence a nenhuma obra de Martins Pena.

04. João Grilo é temente a religião, tanto que roga a intercessão Resposta: B
da compadecida, para que não sejam entregues ao encourado
sem que antes se defendam. O personagem se sobressai pela 12. Uma das cenas da peça é uma conversa entre Felício (sobrinho de
inteligência. Dona Clemência, apaixonado pela prima Mariquinha) e Negreiro
(negociante de escravos, também pretendente de Mariquinha) a
Resposta: A respeito de um traficante de escravos que chegou ao Brasil, apesar
da proibição vigente.
05. Critica-se em “O judas em sábado de aleluia”, de Martins Pena,
o comportamento hipócrita da sociedade do século XIX, que vivia Resposta: E
o inverso do que pregava: imorais, preconceituosos e interesseiros.
13. De modo geral, Martins Pena mostra o homem sertanejo que vive
Resposta: C diversas peripécias ao chegar na cidade grande, bem como uma
crítica aos costumes de tal sociedade no período republicano.
06. Há uma mostra de personagens interesseiros, como Maricota,
que quer se casar com Ambrósio apenas pelo fato de ser ele seu Resposta: D
pretendente mais rico.
14. Não há na peça apologia a ritos religiosos, mas uma crítica de
Resposta: D costumes. O Judas em Sábado de Aleluia é uma peça teatral de

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Martins Pena, escrita na década de 1840. É uma comédia de

costumes, em um único ato, com 12 cenas. A história se passa
no Rio de Janeiro, em 1844, na casa de José Pimenta, cabo
da Guarda Nacional, e de suas filhas Chiquinha e Maricota.
É Sexta-Feira Santa, e um grupo de crianças prepara um boneco
de Judas para a malhação da manhã seguinte. O jovem Faustino
vem se encontrar com Maricota, mas quando chega Ambrósio,
pretendente mais rico da moça, ele se esconde no Judas. A partir
daí, passa a testemunhar, sem ser visto, conversas entre vários
personagens - inclusive uma declaração de amor de Maricota por
Ambrósio, bastante semelhante à que ela tinha feito há pouco
para ele.

Resposta: D

15. Dado o comportamento de Maricota em querer o pretendente

mais rico, Ambrósio, há uma crítica de costumes no texto.

Resposta: C

SUPERVISOR/DIRETOR: MARCELO PENA – AUTOR: ÂNGELO SAMPAIO

DIG.: Zilmar – REV.: KARLLA

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